Principais doenças fúngicas da videira no sul do Brasil
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semanas antes <strong>da</strong> colheita, de acor<strong>do</strong> com o<br />
perío<strong>do</strong> de carência <strong>do</strong> produto.<br />
Fusariose<br />
A fusariose, causa<strong>da</strong> por Fusarium oxysporum<br />
Schl. f. sp. herbemontis Tochetto, é a principal<br />
<strong>do</strong>ença vascular causa<strong>do</strong>ra de morte de<br />
<strong>videira</strong>s na Serra Gaúcha. Os <strong>da</strong><strong>no</strong>s causa<strong>do</strong>s<br />
são bastante significativos, principalmente<br />
pela redução drástica <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong>de <strong>do</strong><br />
vinhe<strong>do</strong> provoca<strong>da</strong> pela morte de plantas e<br />
conseqüente redução <strong>do</strong> número de plantas<br />
produtivas.<br />
Na região <strong>do</strong>s vasos <strong>do</strong> xilema, verifica-se um<br />
escurecimento em forma de faixa contínua,<br />
que pode ir desde o sistema radicular até os<br />
ramos principais, poden<strong>do</strong> atingir os ramos de<br />
a<strong>no</strong>. É fácil a observação <strong>do</strong> sintoma,<br />
retiran<strong>do</strong>-se a casca <strong>do</strong> tronco,<br />
longitudinalmente, pode-se <strong>no</strong>tar, na superfície<br />
<strong>do</strong> lenho, a ocorrência <strong>da</strong> faixa escura<br />
característica (Fig. 43), ou em corte<br />
transversal <strong>do</strong> tronco observa-se<br />
escurecimento <strong>do</strong>s vasos <strong>do</strong> xilema (Fig. 44).<br />
Sintomatologia<br />
Os sintomas são observa<strong>do</strong>s internamente <strong>no</strong><br />
sistema vascular <strong>da</strong> planta e externamente<br />
nas folhas, ramos e frutos. Na parte aérea, <strong>no</strong><br />
início <strong>da</strong> brotação, verifica-se uma redução <strong>no</strong><br />
crescimento <strong>do</strong>s ramos, as folhas apresentamse<br />
pequenas, com necrose marginal,<br />
desprenden<strong>do</strong>-se em segui<strong>da</strong>. No final <strong>da</strong><br />
primavera e <strong>no</strong> verão devi<strong>do</strong> ao calor, poderá<br />
ocorrer a morte súbita <strong>da</strong> planta. Nessa fase,<br />
as folhas basais murcham, tornam-se<br />
amarela<strong>da</strong>s e caem. Muitas vezes, antes de<br />
cair, elas apresentam uma necrose marginal.<br />
Os cachos murcham e secam, mas<br />
permanecem aderi<strong>do</strong>s aos ramos (Fig. 42). Os<br />
sintomas poderão aparecer somente num <strong>do</strong>s<br />
ramos principais <strong>da</strong> planta, ou mais<br />
freqüentemente em to<strong>da</strong> a planta.<br />
Fig. 43. Sintoma de fusariose: corte<br />
longitudinal mostran<strong>do</strong> escurecimento<br />
inter<strong>no</strong><br />
Fig. 44. Sintoma de fusariose: corte<br />
transversal mostran<strong>do</strong> escurecimento <strong>do</strong><br />
xilema<br />
Condições favoráveis<br />
Os solos áci<strong>do</strong>s e ricos em matéria orgânica<br />
favorecem a fusariose. O fungo responsável<br />
pela <strong>do</strong>ença vive <strong>no</strong> solo e infecta a planta<br />
pelas raízes, penetran<strong>do</strong> diretamente ou<br />
através de ferimentos. Além <strong>da</strong> sensibili<strong>da</strong>de<br />
varietal, os principais fatores para a sua<br />
disseminação <strong>no</strong> vinhe<strong>do</strong> são os ferimentos<br />
Fig. 42. Sintoma de fusariose: morte<br />
súbita <strong>da</strong> planta