25.12.2014 Views

Principais doenças fúngicas da videira no sul do Brasil

Principais doenças fúngicas da videira no sul do Brasil

Principais doenças fúngicas da videira no sul do Brasil

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

que, posteriormente, atingem to<strong>do</strong> o fruto,<br />

escurecen<strong>do</strong>-o (Fig. 35). Em condições<br />

favoráveis (alta umi<strong>da</strong>de), aparecem as<br />

estruturas reprodutivas <strong>do</strong> fungo (acérvulos)<br />

na forma de pontuações cinza-escuras,<br />

concêntricas, <strong>da</strong>s quais exsu<strong>da</strong> uma massa<br />

rósea ou salmão, que são os conídios <strong>do</strong><br />

fungo (Fig. 36). Esta massa rósea serve para<br />

diferenciar <strong>da</strong> podridão amarga. Estas<br />

<strong>do</strong>enças podem ocorrer simultaneamente <strong>no</strong><br />

mesmo cacho. Glomerella provoca a murcha<br />

<strong>do</strong> cacho e a mumificação de parte ou de<br />

to<strong>da</strong>s as bagas (Fig. 37).<br />

Condições favoráveis<br />

Temperaturas entre 25° C e 30ºC e alta<br />

umi<strong>da</strong>de são as condições ideais para a<br />

ocorrência e desenvolvimento <strong>da</strong> <strong>do</strong>ença. O<br />

fungo sobrevive em frutos mumifica<strong>do</strong>s e<br />

pedicelos e na primavera com eleva<strong>da</strong><br />

umi<strong>da</strong>de produz abun<strong>da</strong>nte frutificação, que é<br />

a fonte primária de inóculo. O excesso de<br />

nitrogênio e ferimentos nas bagas favorecem a<br />

infecção e o desenvolvimento <strong>da</strong> <strong>do</strong>ença. A<br />

infecção pode ocorrer em to<strong>do</strong>s os estádios de<br />

desenvolvimento <strong>do</strong> fruto. No final <strong>da</strong> floração<br />

ou em bagas jovens, o fungo penetra na<br />

cutícula e permanece latente até o inicio <strong>da</strong><br />

maturação <strong>da</strong> uva quan<strong>do</strong> os sintomas<br />

tornam-se visíveis.<br />

Medi<strong>da</strong>s de controle<br />

Fig. 35. Podridão <strong>da</strong> uva madura:<br />

murchamento <strong>da</strong>s bagas em uva branca<br />

Fig. 36. Sintomas de podridão <strong>da</strong> uva<br />

madura: frutificação <strong>do</strong> fungo<br />

Fig. 37. Podridão <strong>da</strong> uva madura:<br />

mumificação <strong>da</strong>s bagas em uva tinta<br />

A remoção e queima de cachos mumifica<strong>do</strong>s e<br />

<strong>da</strong>s partes po<strong>da</strong><strong>da</strong>s <strong>no</strong> inver<strong>no</strong>, que<br />

permanecem <strong>da</strong> safra anterior são medi<strong>da</strong>s<br />

que reduzem a <strong>do</strong>ença, auxilian<strong>do</strong> <strong>no</strong> seu<br />

controle. Utilização de cal<strong>da</strong> <strong>sul</strong>focálcica<br />

durante o inver<strong>no</strong> para redução <strong>do</strong> inóculo <strong>do</strong><br />

patóge<strong>no</strong> <strong>no</strong> vinhe<strong>do</strong>. O controle químico deve<br />

ser preventivo, inician<strong>do</strong> na floração e<br />

reaplica<strong>do</strong> 2 a 3 vezes até a maturação,<br />

dependen<strong>do</strong> <strong>da</strong>s condições climáticas,<br />

histórico <strong>da</strong> ocorrência de Glomerella na safra<br />

anterior e produto utiliza<strong>do</strong>. Os fungici<strong>da</strong>s<br />

cúpricos não controlam a <strong>do</strong>ença. Controle de<br />

insetos-pragas para evitar ferimentos nas<br />

bagas, que podem proporcionar “porta-deentra<strong>da</strong>”<br />

para o fungo. Outras medi<strong>da</strong>s<br />

recomen<strong>da</strong><strong>da</strong>s são: evitar o excesso de<br />

adubação nitrogena<strong>da</strong>, po<strong>da</strong> verde para<br />

favorecer o arejamento <strong>do</strong>s cachos e a<br />

penetração <strong>do</strong>s fungici<strong>da</strong>s e a alternância de<br />

fungici<strong>da</strong>s de contato e sistêmico.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!