26.12.2014 Views

relatório 3 (pdf) - Departamento de Geografia - USP

relatório 3 (pdf) - Departamento de Geografia - USP

relatório 3 (pdf) - Departamento de Geografia - USP

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

FFLCH<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Filosofia, Letras e Ciências Humanas<br />

<strong>Departamento</strong> <strong>de</strong> <strong>Geografia</strong><br />

PLANOS DE MANEJO<br />

PARQUES NATURAIS MUNICIPAIS DE SÃO PAULO, SANTO ANDRÉ, SÃO<br />

BERNARDO DO CAMPO, ITAPECERICA DA SERRA E EMBU<br />

(RODOANEL TRECHO SUL)<br />

3º RELATÓRIO TÉCNICO<br />

Profª Dra. Sueli Ângelo Furlan<br />

Coor<strong>de</strong>nação Geral e Executiva<br />

São Paulo - SP<br />

Fevereiro - 2010<br />

Relatório 3<br />

1


SUMÁRIO<br />

INTRODUÇÃO .................................................................................................... 3<br />

1. PLANO DE MANEJO – ABORDAGENS PARA ELABORAÇÃO ............... 4<br />

1.1 Período e etapas <strong>de</strong> elaboração ............................................................. 5<br />

2. EQUIPES TÉCNICAS–LEVANTAMENTOS REALIZADOS NO PERÍODO 7<br />

2.1 Meio Físico ............................................................................................... 9<br />

2.2 Meio Biótico ........................................................................................... 13<br />

2.3 Meio Socioeconômico e Vetores <strong>de</strong> Pressão ..................................... 17<br />

3. MATRIZ DE ORGANIZAÇÃO .................................................................... 31<br />

4. PRÓXIMAS ATIVIDADES .......................................................................... 32<br />

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................... 33<br />

BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 34<br />

Relatório 3<br />

2


INTRODUÇÃO<br />

Neste documento registramos as informações obtidas até o momento conforme o<br />

previsto para o Terceiro Relatório (R3) <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> elaboração dos Planos <strong>de</strong><br />

Manejo dos Parques Naturais <strong>de</strong> São Paulo, São Bernardo do Campo, Santo<br />

André, Embu e Itapecerica da Serra. Trata-se <strong>de</strong> uma síntese dos trabalhos<br />

realizados pela equipe técnica no período <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2009 a janeiro <strong>de</strong><br />

2010.<br />

O documento <strong>de</strong>nominado Plano <strong>de</strong> Manejo 1 (PM) tem como objetivo orientar o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conservação, neste caso, parques naturais<br />

urbanos, assegurando a manutenção dos recursos naturais para o usufruto das<br />

gerações atuais e futuras. Para tanto, <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>finidos princípios<br />

metodológicos e procedimentos técnicos que conduzam a elaboração <strong>de</strong><br />

diagnósticos que apresentem o atual estado da área e seu entorno como subsídio<br />

ao zoneamento a<strong>de</strong>quado. Consi<strong>de</strong>ra-se também como fundamental os<br />

compromissos <strong>de</strong> compensação ambiental assumidos na criação <strong>de</strong>stas unida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> conservação. Desta forma, o plano que conduzirá o manejo dos parques<br />

naturais é um documento complexo, principalmente em relação à sua elaboração,<br />

uma vez que necessita aten<strong>de</strong>r os princípios da conservação dos recursos<br />

naturais como também aos anseios dos atores sociais envolvidos, como as<br />

comunida<strong>de</strong>s locais, comunida<strong>de</strong> cientifica, o po<strong>de</strong>r público, entre outros.<br />

Neste sentido adotou-se um enfoque abrangente para os levantamentos que<br />

estão sendo realizados, por diversas equipes técnicas, que subsidiarão a<br />

elaboração dos Planos <strong>de</strong> Manejo dos Parques Naturais Municipais do<br />

Jaceguava, Itaim, Varginha, Bororé e Linear (São Paulo), Pedroso (Santo André),<br />

Riacho Gran<strong>de</strong> (São Bernardo do Campo) e os parques dos municípios <strong>de</strong> Embu<br />

e Itapecerica da Serra. Neste relatório 3 estão <strong>de</strong>scritas as ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>senvolvidas nos dois últimos meses, que caracterizam a continuida<strong>de</strong> aos<br />

levantamentos em fontes secundárias, reuniões, discussões e reuniões temáticas<br />

1 O conceito <strong>de</strong> Plano <strong>de</strong> Manejo (PM) adotado é o que se encontra no Capítulo I, Art. 2º XVII da Lei Nº<br />

9.985/2000, que estabelece o Sistema Nacional <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação da Natureza (SNUC):<br />

“Documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos gerais <strong>de</strong> uma Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que <strong>de</strong>vem presidir o uso da área e o manejo<br />

dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da Unida<strong>de</strong>”.<br />

Relatório 3<br />

3


envolvendo os diversos setores técnicos e segmentos envolvidos, assim como os<br />

trabalhos <strong>de</strong> campo (levantamentos primários), necessários para o conhecimento<br />

das áreas <strong>de</strong> interesse.<br />

1. PLANO DE MANEJO – ABORDAGENS PARA ELABORAÇÃO<br />

De acordo com IBAMA (2002) o PM <strong>de</strong> uma UC <strong>de</strong>ve apresentar três abordagens<br />

distintas: enquadramento, diagnósticos e proposições (Figura 1-1).<br />

Figura 1-1: Abordagem do Plano <strong>de</strong> Manejo. (Fonte: Roteiro Metodológico <strong>de</strong> Planejamento<br />

voltado para Parques Nacionais, Reservas Biológicas e Estações Ecológicas [IBAMA,<br />

2002]).<br />

Dentro <strong>de</strong>stas três abordagens distintas, porém complementares, estão sendo<br />

<strong>de</strong>senvolvidos os planos <strong>de</strong> manejo dos parques naturais urbanos, esclarecendose<br />

que:<br />

<br />

Enquadramento: refere-se à contextualização da unida<strong>de</strong> nos cenários<br />

internacional, fe<strong>de</strong>ral e estadual, <strong>de</strong>stacando-se a relevância e as<br />

oportunida<strong>de</strong>s da UC nesses escopos;<br />

Diagnóstico: verificação do cenário existente na UC e seu entorno,<br />

caracterizando-o em seus aspectos físicos, bióticos e socioeconômicos,<br />

além disso, é preciso conhecer as características institucionais envolvidas,<br />

visando a condução <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong>mocrático e participativo na<br />

construção <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão; e,<br />

4<br />

Relatório 3


Proposições: o objetivo principal <strong>de</strong>ste aspecto <strong>de</strong> abordagem é minimizar<br />

e/ou reverter situações <strong>de</strong> conflito e otimizar situações favoráveis à UC,<br />

traduzidas em um planejamento que consi<strong>de</strong>re as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

conservação e aos anseios da socieda<strong>de</strong> envolvida no processo.<br />

As abordagens <strong>de</strong>scritas <strong>de</strong>vem consi<strong>de</strong>rar um planejamento participativo, o que<br />

exige o comprometimento daqueles que participam do processo <strong>de</strong> elaboração do<br />

documento com vistas à promoção <strong>de</strong> mudanças na situação existente na<br />

unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conservação e suas imediações. Consiste num dialogo amplo <strong>de</strong><br />

diferentes saberes e interlocuções.<br />

O processo <strong>de</strong> elaboração do documento <strong>de</strong>ve priorizar o envolvimento da<br />

socieda<strong>de</strong> no planejamento e em ações específicas na UC e no seu entorno,<br />

tornando-a participante e comprometida com as estratégias estabelecidas, pois se<br />

não acontecerem mudanças no sentido do aumento da conscientização ambiental<br />

da socieda<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ntro e fora da área protegida a conservação e a proteção ficarão<br />

comprometidas.<br />

1.1 Período e etapas <strong>de</strong> elaboração<br />

Os planos <strong>de</strong> manejo dos Parques Naturais Urbanos serão elaborados em um<br />

período <strong>de</strong> doze meses, on<strong>de</strong> serão seguidas doze etapas <strong>de</strong> execução,<br />

conforme sintetizado no Quadro 1.1-1.<br />

Quadro 1.1-1 – Etapas <strong>de</strong> elaboração do Plano <strong>de</strong> Manejo<br />

Etapas<br />

Relatório 3<br />

Ações<br />

1 Primeira Reunião Técnica - Organização do Planejamento<br />

2 Coleta e Análise das Informações Básicas Disponíveis<br />

3 Reconhecimento <strong>de</strong> Campo<br />

4 Oficinas <strong>de</strong> Planejamento<br />

5 Levantamentos <strong>de</strong> Campo (condicional)<br />

6 Geração do “Encarte 1: Contextualização da UC”, “Encarte 2: Análise Regional”,<br />

e “Encarte 3: Análise da Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Conservação<br />

7 Segunda Reunião Técnica - Planejamento<br />

8 Terceira Reunião Técnica - Estruturação do Planejamento<br />

9 Elaboração do “Encarte 4: “Planejamento” e Versão Resumida<br />

10 Quarta Reunião Técnica - Avaliação do Plano <strong>de</strong> Manejo<br />

11 Entrega e Aprovação do Plano <strong>de</strong> Manejo<br />

12 Implementação do Plano <strong>de</strong> Manejo da UC<br />

Fonte: Roteiro Metodológico <strong>de</strong> Planejamento voltado para Parques Nacionais, Reservas<br />

Biológicas e Estações Ecológicas [IBAMA, 2002].<br />

5


Em nosso caso <strong>de</strong>cidiu-se que para estas ações produziremos documentos por<br />

municípios agrupando os parques e seus encartes específicos. Os levantamentos<br />

diagnósticos encontram-se na etapa 2 - Coleta e Análise das Informações Básicas<br />

Disponíveis, etapa <strong>de</strong> suma importância para o conhecimento dos cenários<br />

existentes e o levantamento <strong>de</strong> dados secundários. Contudo, por serem<br />

<strong>de</strong>senvolvidas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma metodologia dinâmica, além dos reconhecimentos<br />

<strong>de</strong> campo realizados, outras ativida<strong>de</strong>s estão sendo <strong>de</strong>senvolvidas<br />

concomitantemente, visando à ampla participação e trocas entre as equipes<br />

técnicas. A articulação com os atores sociais envolvidos está em fase inicial. O<br />

primeiro contato com o comitê gestor da Apa Bororé (que abrange os parques do<br />

município <strong>de</strong> São Paulo, exceto PN Jaceguava) será realizado em março. As<br />

reuniões com equipes da prefeitura tem tido solução <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong>. Nas<br />

situações em que não há conselhos consultivos estamos em negociação com as<br />

prefeituras para o <strong>de</strong>senho das reuniões iniciais <strong>de</strong> planejamento participativo que<br />

<strong>de</strong>verão ocorrer a partir <strong>de</strong> abril.<br />

Na Figura 1.1-1 observa-se fluxograma com as ativida<strong>de</strong>s relacionadas à Etapa<br />

2.<br />

Figura 1.1-1 – Etapa 2 <strong>de</strong> elaboração <strong>de</strong> Plano <strong>de</strong> Manejo. (Fonte: adaptado <strong>de</strong> IBAMA,<br />

2002).<br />

No quadro 1.1-2, é possível verificar as principais ativida<strong>de</strong>s coletivas que foram<br />

realizadas no período abrangido por este relatório.<br />

Relatório 3<br />

6


1.1-2 Quadro resumo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s realizadas entre <strong>de</strong>zembro/09 e janeiro/10.<br />

Data<br />

Ativida<strong>de</strong><br />

Reuniões<br />

22/12 Reunião Bimestral – estado da arte dos levantamentos<br />

06/01 Reunião Gestão Executiva – organização e planejamento<br />

13/01 Reunião equipe técnica <strong>de</strong> Vegetação e Programas <strong>de</strong> Pesquisa<br />

14/01 Reunião Equipe <strong>de</strong> Infraestrutura<br />

19/01 Reunião Gestão Executiva<br />

22/01 Reunião equipe técnica <strong>de</strong> Fauna<br />

Campos<br />

19/01<br />

20/01<br />

Equipes <strong>de</strong> pedologia, vegetação, Geomorfologia e<br />

Infraestrutura - Embu<br />

Equipes <strong>de</strong> pedologia, vegetação, geoprocessamento, Uso<br />

Público e Infraestrutura– Itapecerica da Serra<br />

25/01 Equipe <strong>de</strong> geomorfologia – Embu e Itapecerica da Serra<br />

31/01 Equipe Perfil Socioeconômico<br />

Fonte: Gestão Executiva.<br />

2. EQUIPES TÉCNICAS – LEVANTAMENTOS REALIZADOS NO PERÍODO<br />

Durante os meses <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2009 e janeiro <strong>de</strong> 2010, as equipes técnicas<br />

envolvidas nos levantamentos diagnósticos das áreas dos Parques Naturais<br />

Urbanos e entornos, <strong>de</strong>finiram a <strong>de</strong>limitação da abrangência <strong>de</strong> seus estudos,<br />

após diversas idas a campo e reuniões temáticas. Da mesma forma, as bases<br />

cartográficas necessárias para elaboração dos mapas temáticos foram<br />

sistematizadas pela equipe <strong>de</strong> Geoprocessamento, implicando em um importante<br />

avanço na integração e socialização das informações obtidas pelas equipes<br />

técnicas. Alguns problemas <strong>de</strong> fluxo ocorreram entre a disponibilização <strong>de</strong><br />

materiais, particularmente a <strong>de</strong>finição dos limites <strong>de</strong> cada Parque, preceito<br />

fundamental para o inicio do processamento digital padronizado para todas as<br />

equipes.<br />

A equipe <strong>de</strong> diagnostico do meio físico apontou também alguns<br />

problemas técnicos em relação às bases topográficas quanto à eqüidistância das<br />

curvas <strong>de</strong> nível na escala 10.000. O problema técnico diz respeito ao maior<br />

<strong>de</strong>talhamento da base no perímetro interior dos parques e um menor<br />

<strong>de</strong>talhamento na área <strong>de</strong> estudo que nos auxiliará na <strong>de</strong>finição da zona <strong>de</strong><br />

amortecimento. A equipe <strong>de</strong> Geoprocessamento e a coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> meio físico<br />

Relatório 3<br />

7


estão procurando sanar os problemas técnicos e isto consumiu boa parte do<br />

tempo <strong>de</strong> reuniões.<br />

Cabe ainda ressaltar que, para o período abrangido por este relatório, dar-se-á<br />

<strong>de</strong>staque aos resultados dos levantamentos das equipes <strong>de</strong> Socioeconomia e<br />

Vetores <strong>de</strong> Pressão, uma vez que o conhecimento do cenário <strong>de</strong> ocupação e as<br />

sensibilida<strong>de</strong>s a ele relacionadas permitem a compreensão da realida<strong>de</strong> local, da<br />

mesma forma, <strong>de</strong> acordo com o cronograma proposto, neste momento, os<br />

municípios <strong>de</strong> Embu e Itapecerica da Serra apresentam-se como priorida<strong>de</strong>s nos<br />

esforços das equipes temáticas, uma vez que suas áreas estão envolvidas pelas<br />

pistas da rodovia e a seqüência <strong>de</strong> documentações legais para licenças <strong>de</strong><br />

operação <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong>stes planos. A temática relacionada aos vetores <strong>de</strong><br />

pressão teve início <strong>de</strong> sua abordagem neste período em que os primeiros<br />

levantamentos das <strong>de</strong>mais equipes foram consolidados, fornecendo subsídios à<br />

<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> sua metodologia <strong>de</strong> trabalho e os resultados esperados.<br />

Em relação aos aspectos bióticos será apresentado plano <strong>de</strong> trabalho da equipe<br />

responsável pelos levantamentos referentes à fauna. Este plano é apresentado<br />

neste relatório 3 <strong>de</strong>vido ao aguardo das <strong>de</strong>cisões entre a coor<strong>de</strong>nação geral e<br />

pesquisadores do Museu <strong>de</strong> Zoologia da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo. São<br />

contratos distintos, mas intimamente relacionados. O componente Fauna é o<br />

mais <strong>de</strong>safiador, uma vez que segundo avaliações cientificas os dados existentes,<br />

apesar <strong>de</strong> importantes são fragmentados e a área é insuficientemente amostrada<br />

para a maioria dos grupos. Precisamos acertar uma metodologia <strong>de</strong> estudo que<br />

pu<strong>de</strong>sse respeitar o rigor técnico <strong>de</strong> estudo da fauna e, ao mesmo tempo, que<br />

fosse consistente do ponto <strong>de</strong> vista dos indicativos <strong>de</strong> conservação e fragilida<strong>de</strong>s.<br />

A seguir são expostos, <strong>de</strong> maneira resumida, ações e resultados alcançados por<br />

algumas das equipes técnicas <strong>de</strong> meio físico; o plano <strong>de</strong> trabalho das pesquisas<br />

com Fauna, e, posteriormente, serão expostos os resultados, com maior<br />

<strong>de</strong>talhamento, relacionados à socioeconomia, com <strong>de</strong>staque aos municípios <strong>de</strong><br />

Embu e Itapecerica da Serra e, em seguida tratar-se-á da metodologia <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ntificação dos vetores <strong>de</strong> pressão.<br />

Relatório 3<br />

8


2.1 Meio Físico<br />

Geomorfologia Fluvial e Recursos Hídricos<br />

A equipe realizou, no período em questão, as seguintes ativida<strong>de</strong>s:<br />

Consolidação da metodologia <strong>de</strong> trabalho;<br />

Definição e consolidação <strong>de</strong> plano <strong>de</strong> trabalho;<br />

Consolidação do inventário bibliográfico acerca da área <strong>de</strong> abrangência dos<br />

estudos e temas pertinentes;<br />

Caracterização regional da área <strong>de</strong> abrangência, a partir <strong>de</strong> dados<br />

secundários.<br />

Leitura e análise da bibliografia inventariada;<br />

Definição <strong>de</strong> produtos cartográficos analíticos a serem elaborados a fim <strong>de</strong> dar<br />

continuida<strong>de</strong> aos estudos <strong>de</strong> caracterização da área <strong>de</strong> abrangência, em<br />

escala 1:100.000; e,<br />

Definição <strong>de</strong> roteiro <strong>de</strong> observação e levantamentos <strong>de</strong> campo para os<br />

Parques <strong>de</strong> Embu e Itapecerica da Serra, para início dos estudos em escala <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>talhe (1:10.000). Tais estudos consistirão na caracterização e diagnóstico<br />

dos Parques Naturais Urbanos e entorno.<br />

Além <strong>de</strong> tais produtos <strong>de</strong>senvolvidos, a equipe vem participando <strong>de</strong> reuniões<br />

(gerais e temáticas) e trabalhos <strong>de</strong> campo. Até a presente data, a equipe<br />

participou <strong>de</strong> três campos <strong>de</strong> reconhecimento (Embu, Itapecerica da Serra, São<br />

Paulo [Parque Jaceguava e Parque Itaim] e Santo André [Parque Pedroso]).<br />

A caracterização regional da área <strong>de</strong> abrangência (objeto do Relatório 2)<br />

contemplou aspectos como o quadro geomorfológico regional; i<strong>de</strong>ntificação dos<br />

principais cursos d’água e unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gerenciamento dos recursos hídricos<br />

(bacia hidrográfica e sub-bacias); situação dos recursos hídricos (usos,<br />

disponibilida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong>); principais mudanças antropogênicas nos sistemas<br />

fluviais e vetores <strong>de</strong> pressão. No entanto, tais características foram abordadas<br />

apenas através <strong>de</strong> informações obtidas em fontes secundárias. Consi<strong>de</strong>ra-se que,<br />

para uma caracterização mais aprofundada, ainda numa abordagem <strong>de</strong> nível<br />

Relatório 3<br />

9


egional (escala 1:100.000), os estudos <strong>de</strong>vem ainda contemplar a elaboração <strong>de</strong><br />

produtos cartográficos analíticos tais como Mapa <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s Hidrográficas e<br />

Hierarquização da Re<strong>de</strong> Hidrográfica, bem como análises espaciais (<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> drenagem; padrões <strong>de</strong> drenagem; fluxos dos sistemas hídricos, <strong>de</strong>ntre outros).<br />

Tais estudos, que subsidiarão a caracterização e diagnóstico em escala <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>talhe (1:10.000) são objeto da continuida<strong>de</strong> dos trabalhos, visto que as bases<br />

cartográficas foram sistematizadas e unificadas pela equipe <strong>de</strong><br />

Geoprocessamento.<br />

Pedologia<br />

As ativida<strong>de</strong>s executadas, até o momento, estão relacionadas ao reconhecimento<br />

da área dos parques e seu entorno, além do levantamento da bibliografia<br />

específica, consolidando o inventário bibliográfico produzido.<br />

Com a disponibilização das bases cartográficas, estão sendo preparadas as<br />

cartas clinográfica e hipsométrica <strong>de</strong> toda a área <strong>de</strong> influência dos parques. Com<br />

base nesses produtos, nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> campo e no Mapa Geológico da Região<br />

Metropolitana <strong>de</strong> São Paulo, será feito o levantamento exploratório (escala<br />

1.100.000) dos solos da área <strong>de</strong> influência dos parques.<br />

Paralelamente, estão agendados trabalhos <strong>de</strong> campo nos parques <strong>de</strong> Embu e<br />

Itapecerica da Serra durante o mês <strong>de</strong> Fevereiro. Nessas expedições <strong>de</strong> campo<br />

serão verificados os principais tipos <strong>de</strong> solos que ocorrem nos dois parques, além<br />

<strong>de</strong> executadas as primeiras coletas <strong>de</strong> material pedológico a ser analisado em<br />

laboratório.<br />

Climatologia<br />

Para os estudos <strong>de</strong> climatologia, os levantamentos secundários (principalmente<br />

aqueles contidos no EIA/RIMA do empreendimento) forneceram informações<br />

referentes à escala climatológica regional, portanto, não foram trabalhados dados<br />

na escala topo e microclimática das condições atuais específicas da área <strong>de</strong><br />

estudo.<br />

Diante disso, o enfoque <strong>de</strong>sta equipe temática pauta-se em elaborar a<br />

Relatório 3<br />

10


caracterização climática nas escalas <strong>de</strong> análise local, topo e microclimática,<br />

contemplando os principais atributos climáticos (temperatura do ar, umida<strong>de</strong> do<br />

ar, radiação solar, vento e precipitação), associando-os às características<br />

predominantes dos aspectos <strong>de</strong> uso e ocupação do solo que, <strong>de</strong>stacadamente,<br />

atuam como um controle climatológico <strong>de</strong>terminante das características do clima,<br />

na área <strong>de</strong> estudo.<br />

Os estudos nas escalas inferiores do clima (topo e micro) são <strong>de</strong> fundamental<br />

importância, pois são os níveis on<strong>de</strong> a vida biológica (biológica e social) e a<br />

maioria dos processos pedológicos e geomorfológicos se <strong>de</strong>senvolvem.<br />

Os dados a serem trabalhados nesta escala <strong>de</strong> análise serão obtidos por meio da<br />

instalação <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> medição da temperatura do ar e umida<strong>de</strong> relativa<br />

do ar ao longo dos parques, visando representar os diversos tipos <strong>de</strong> uso da terra<br />

presentes. Portanto, ressalta-se a necessida<strong>de</strong> da obtenção dos equipamentos<br />

com a maior brevida<strong>de</strong> possível.<br />

Atualmente a equipe técnica vem obtendo os dados para montagem do banco <strong>de</strong><br />

dados que subsidiará a análise nas diferentes escalas <strong>de</strong> abordagem, bem como<br />

efetuado a pesquisa bibliográfica para compor o cenário climatológico em que a<br />

área <strong>de</strong> estudo está inserida. Até o momento, foram obtidos os dados do<br />

<strong>Departamento</strong> <strong>de</strong> Águas e Energia Elétrica (DAEE) e do Instituto Nacional <strong>de</strong><br />

Meteorologia (INMET), os quais se encontram em processo <strong>de</strong> espacialização das<br />

informações para posterior análise, conforme apontam os resultados preliminares<br />

(Figuras 2.1-1 e 2.1-2). A cartografia ainda será <strong>de</strong>talhada com o apoio técnico<br />

da equipe <strong>de</strong> Geoprocessamento.<br />

Relatório 3<br />

11


7420000<br />

7400000<br />

7380000<br />

7360000<br />

mm<br />

3300<br />

3000<br />

2700<br />

2400<br />

2100<br />

7340000<br />

1800<br />

1500<br />

280000 300000 320000 340000 360000 380000 400000 420000<br />

1200<br />

0 20000 40000 60000 80000<br />

Figura 2.1-1: Espacialização dos dados <strong>de</strong> precipitação média anual (1996 a 2002), para as<br />

estações no entorno do RODOANEL – Trecho Sul. Fonte: DAEE/SP.<br />

SÃO PAULO<br />

SANTO ANDRÉ<br />

ITAPECERICA<br />

mm<br />

EMBU-GUAÇU<br />

SÃO BERNARDO DO CAMPO<br />

3300<br />

3000<br />

2700<br />

2400<br />

2100<br />

1800<br />

1500<br />

1200<br />

0 20000 40000<br />

Figura 2.1-2: Espacialização dos dados <strong>de</strong> precipitação média anual (1996 a 2002), para as<br />

estações no entorno do RODOANEL – Trecho Sul (município <strong>de</strong> São Paulo e municípios<br />

limítrofes ao sul). Fonte: DAEE/SP.<br />

Relatório 3<br />

12


2.2 Meio Biótico<br />

Fauna<br />

As áreas protegidas em questão são <strong>de</strong> importância crucial para a conservação<br />

dos remanescentes da Mata Atlântica, parte da Zona Núcleo da Reserva da<br />

Biosfera, <strong>de</strong>clarado Patrimônio da Humanida<strong>de</strong> em 1998 (PISCIOTTA, 2002).<br />

Uma das preocupações do Comitê Científico dos Planos <strong>de</strong> Manejo é traduzir os<br />

resultados das pesquisas científicas em ações <strong>de</strong> manejo. Para uma análise em<br />

tempo curto e com rigor metodológico a proposta <strong>de</strong> trabalho está estruturada em<br />

três passos:<br />

Primeiro passo – compilar (e revisar) todos os dados existentes (publicados e<br />

em po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> especialistas ou das equipes das prefeituras); revisar com apoio <strong>de</strong><br />

especialistas dos vários grupos <strong>de</strong> fauna e discutir o seu significado sobre o<br />

estado <strong>de</strong> conservação na região: quanto ao tipo e número <strong>de</strong> pesquisas<br />

realizadas por grupo, ao número <strong>de</strong> espécies endêmicas à Mata Atlântica,<br />

ameaçadas <strong>de</strong> extinção e bioindicadoras encontradas, entre outros conceitos<br />

chave.<br />

Segundo passo – I<strong>de</strong>ntificar uma equipe <strong>de</strong> pesquisadores para realizar um<br />

levantamento <strong>de</strong> todas as publicações científicas disponíveis sobre a fauna da<br />

região a fim <strong>de</strong> compor um documento sistematizador <strong>de</strong> todas as publicações<br />

científicas sobre a região. I<strong>de</strong>ntificar os problemas a serem consi<strong>de</strong>rados na<br />

gestão dos parques, quanto à conservação da fauna, tais como a manutenção <strong>de</strong><br />

um sistema <strong>de</strong> vigilância efetivo que coíba a ação <strong>de</strong> caçadores, a<br />

<strong>de</strong>scaracterização da vegetação nativa e o manejo <strong>de</strong> fauna invasora como<br />

conseqüência <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>scaracterização, i<strong>de</strong>ntificar conexões dos parques com<br />

outros fragmentos na area <strong>de</strong> estudo, etc.<br />

Terceiro passo – Reunir e analisar documentos que possibilitem a análise da<br />

fauna em uma perspectiva regional e local. Esta análise <strong>de</strong>ve incluir também<br />

dados obtidos e não publicados por pesquisadores por meio <strong>de</strong> oficina <strong>de</strong><br />

planejamento das priorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação da fauna.<br />

Relatório 3<br />

13


Detalhamento preliminar dos primeiros passos<br />

1. Levantamento e sistematização dos trabalhos sobre a fauna<br />

Refere-se ao uso <strong>de</strong> dados secundários fundamentados em pesquisas sobre a<br />

fauna e na possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> direcionar esforços e recursos para outros aspectos<br />

menos estudados, mas também na opção <strong>de</strong> valorizar os resultados dos estudos<br />

realizados, e na oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comprovar a utilida<strong>de</strong> das pesquisas já<br />

<strong>de</strong>senvolvidas para a gestão dos parques.<br />

O levantamento e sistematização dos dados secundários sobre a fauna <strong>de</strong>vem<br />

focar toda a área <strong>de</strong> estudo e não apenas os perímetros dos parques.<br />

Nas buscas dos trabalhos sobre a fauna recomenda-se utilizar como palavraschave<br />

os nomes das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação, das localida<strong>de</strong>s do entorno e seus<br />

municípios. Os dados serão levantados nas seguintes bases <strong>de</strong> dados:<br />

Banco <strong>de</strong> dados da Comissão técnico-científica do Instituto Florestal –<br />

Cotec. Esta base lista somente os projeto apresentados a partir <strong>de</strong> 2000 e foca o<br />

parque estadual da Serra do Mar e regiões importantes da Mata Atlântica.<br />

<br />

Base <strong>de</strong> dados Dedalus – <strong>USP</strong><br />

Base <strong>de</strong> dados CRUESP-Unibibliweb. Esta base inclui os acervos das<br />

bases <strong>de</strong> dados das três Universida<strong>de</strong>s Estaduais paulistas: <strong>USP</strong>, UNESP e<br />

UNICAMP.<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Base <strong>de</strong> dados Saberes – UFSCar<br />

Base <strong>de</strong> dados Scielo – Fapesp<br />

Sistema <strong>de</strong> Informação do Programa Biota – SinBiota-Fapesp<br />

Web of Science<br />

Zoological Records<br />

Google Scholar<br />

EIAs realizados na região<br />

PBA – DERSA – Museu <strong>de</strong> Zoologia<br />

Relatórios do Museu <strong>de</strong> Zoologia<br />

Dados <strong>de</strong> captura da DERSA<br />

Relatório 3<br />

14


Devem ser também utilizados trabalhos citados naqueles encontrados nas<br />

buscas, trabalhos citados ou fornecidos pelos pesquisadores envolvidos com a<br />

area <strong>de</strong> estudo, informações das prefeituras, etc.<br />

Os dados <strong>de</strong>vem ser compilados em planilhas contendo informações sobre os<br />

trabalhos e sobre a fauna mencionada neles e o georeferenciamento.<br />

Para uniformizar a nomenclatura científica, na maioria dos casos <strong>de</strong>vem ser<br />

adotadas as listas <strong>de</strong> fauna das socieda<strong>de</strong>s científicas brasileiras. Em outros<br />

casos, utilizar referências amplamente adotadas, como Redford e Eisenberg<br />

(1999) para alguns mamíferos, e trabalhos mais recentes com a<strong>de</strong>quações <strong>de</strong><br />

nomenclatura, como a revisão <strong>de</strong> Gregorin (2006) sobre bugios. As fontes<br />

adotadas po<strong>de</strong>m ser as seguintes: Mamíferos - Gregorin (2006), Miretzki (2005),<br />

Redford e Eisenberg (1999); Wilson e Ree<strong>de</strong>r (2005); Aves - CBRO (2006);<br />

Répteis - SBH (2005); Anfíbios - SBH (2006).<br />

As espécies <strong>de</strong>vem ser classificadas quanto às categorias <strong>de</strong> ameaça em que se<br />

inserem segundo a lista oficial das espécies da fauna brasileira ameaçadas <strong>de</strong><br />

extinção (IBAMA, 2003), a lista vermelha da IUCN (2006) e a lista oficial das<br />

espécies da fauna ameaçadas <strong>de</strong> extinção no Estado <strong>de</strong> São Paulo, da Secretaria<br />

do Meio Ambiente (SÃO PAULO, 1998).<br />

Devem ser consi<strong>de</strong>radas endêmicas as espécies com ocorrência restrita à Mata<br />

Atlântica, seguindo as listas <strong>de</strong> Miretzki (2005) para mamíferos e a <strong>de</strong> Stattersfield<br />

et al. (1998) para aves. Uma vez que ainda existem incertezas quanto à<br />

taxonomia e distribuição <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> parte das espécies da herpetofauna (ZAHER<br />

et al., 2007), as espécies endêmicas <strong>de</strong>ste grupo <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>finidas com base<br />

em consulta bibliográfica, principalmente Pombal Jr. e Gordo (2004), Marques e<br />

Sazima (2004), Haddad e Prado (2005) e Frost (2004). Esta última analise apesar<br />

<strong>de</strong> se tratar <strong>de</strong> uma fonte on-line, tem sido consi<strong>de</strong>rada confiável por ter sido<br />

citada como fonte <strong>de</strong> informação por Haddad e Prado (2005). Para anfíbios,<br />

alguma informação po<strong>de</strong> ser obtida para todas as espécies.<br />

Para peixes, recomenda-se Oyakawa et al. (2006) para a <strong>de</strong>finição das espécies<br />

endêmicas; a distribuição geográfica das espécies, neste livro, é <strong>de</strong>finida em<br />

Bacias Hidrográficas, e as espécies <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>radas endêmicas quando<br />

Relatório 3<br />

15


sua ocorrência for restrita a rios costeiros dos estados <strong>de</strong> Santa Catarina ao Rio<br />

Gran<strong>de</strong> do Norte e <strong>de</strong>mais bacias completamente incluídas no domínio da Mata<br />

Atlântica. Para as espécies que só ocorrem no planalto, <strong>de</strong>vem-se buscar<br />

informações sobre a distribuição geográfica. .<br />

Espécies invasoras<br />

Espécies invasoras po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>finidas como aquelas pertencentes a outros<br />

biomas e instaladas na Mata Atlântica. A <strong>de</strong>finição exata <strong>de</strong>ste termo, entretanto,<br />

é <strong>de</strong>licada. Po<strong>de</strong>-se optar por consi<strong>de</strong>rar como invasora qualquer espécie<br />

característica <strong>de</strong> formação aberta registrada em uma UC do domínio da Mata<br />

Atlântica. Neste caso, temos um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> espécies invasoras a serem<br />

apontadas na área <strong>de</strong> estudo, já que muitas espécies características <strong>de</strong><br />

formações abertas adjacentes à Mata Atlântica são encontradas na região.<br />

Desta forma, é preciso <strong>de</strong>finir um critério para <strong>de</strong>signar uma espécie como<br />

invasora. Sugestão: consi<strong>de</strong>rar apenas quando é proveniente <strong>de</strong> outro domínio<br />

morfoclimático e sua ocorrência na Mata Atlântica representa competição ou outro<br />

tipo <strong>de</strong> risco para uma espécie nativa. Devido ao <strong>de</strong>sconhecimento da ecologia da<br />

maioria das espécies, é possível que a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espécies consi<strong>de</strong>radas<br />

invasoras neste levantamento seja uma sub-estimativa.<br />

Espécies exóticas são aquelas provenientes <strong>de</strong> outros países. Deverão ser<br />

discutidas aquelas que se reproduzem e ampliam sua área <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong><br />

forma in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da presença humana no perímetro dos parques e sua area<br />

<strong>de</strong> amortecimento.<br />

E, por fim, as pesquisas e espécies da fauna <strong>de</strong>vem ser georreferenciadas com a<br />

maior precisão possível.<br />

2. Oficina <strong>de</strong> Biodiversida<strong>de</strong><br />

A Oficina <strong>de</strong> Biodiversida<strong>de</strong> <strong>de</strong>verá ser realizada com o objetivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir as<br />

espécies-alvo <strong>de</strong> conservação, as espécies topo <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ia, bio-indicadoras e<br />

exóticas e i<strong>de</strong>ntificar lacunas <strong>de</strong> conhecimento. Tais objetivos <strong>de</strong>vem ser<br />

apresentados em carta enviada aos pesquisadores em abril <strong>de</strong> 2010 e reforçados<br />

no início dos trabalhos da oficina, quando também será apresentada a<br />

metodologia que irá nortear os dois dias <strong>de</strong> trabalho. A metodologia para<br />

16<br />

Relatório 3


compilação das listagens <strong>de</strong> espécies também será apresentada. O <strong>de</strong>senho da<br />

dinâmica <strong>de</strong>sta oficina será compartilhado com as equipes <strong>de</strong> fauna das<br />

prefeituras, equipe <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong> fauna do projeto, e mediador contratado.<br />

Os pesquisadores <strong>de</strong>vem receber um material sistematizado antecipadamente e<br />

serão divididos em grupos. Serão convidadas, em principio, para oficina <strong>de</strong><br />

biodiversida<strong>de</strong> as equipes <strong>de</strong> vegetação e estrutura da paisagem.<br />

2.3 Meio Socioeconômico e Vetores <strong>de</strong> Pressão<br />

Socioeconomia<br />

A equipe técnica responsável pelos levantamentos socioeconômicos, continuando<br />

seu processo investigativo das características sociais e econômicas que<br />

compõem o cenário <strong>de</strong> implantação e manutenção dos Parques Naturais<br />

Municipais, expõe resultados adquiridos por meio <strong>de</strong> dados secundários e<br />

análises que possam explicar a dinâmica socioeconômica das localida<strong>de</strong>s do<br />

entorno, para que, <strong>de</strong>sta forma, seja possível refletir sobre as relações a serem<br />

estabelecidas entre estas populações locais e as unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação,<br />

priorizando neste momento os municípios <strong>de</strong> Embu e Itapecerica da Serra. Para<br />

tanto, foi estabelecido dois planos <strong>de</strong> análise, conforme <strong>de</strong>scrito a seguir:<br />

1º plano <strong>de</strong> análise: o município.<br />

Realizado com base na análise <strong>de</strong> dados estatísticos relativos aos municípios <strong>de</strong><br />

Embu e Itapecerica da Serra, produzidos por fontes oficiais e com área <strong>de</strong><br />

abrangência apenas na escala municipal. O objetivo é a montagem <strong>de</strong> um quadro<br />

geral <strong>de</strong> dados que possa auxiliar na compreensão da realida<strong>de</strong> socioeconômica<br />

da área, a partir <strong>de</strong> quatro enfoques principais: população, economia, e<br />

saú<strong>de</strong>/saneamento.<br />

2º plano <strong>de</strong> análise: a área <strong>de</strong> abrangência do estudo.<br />

Para a compreensão dos dados específicos da área <strong>de</strong> pesquisa, como um<br />

recorte do município, serão executadas as seguintes etapas: análise <strong>de</strong> dados<br />

Relatório 3<br />

17


estatísticos relativos aos setores censitários que formam a área <strong>de</strong> pesquisa e <strong>de</strong><br />

dados fornecidos pelos municípios.<br />

O objetivo é a montagem <strong>de</strong> um quadro específico <strong>de</strong> dados sobre a área <strong>de</strong><br />

pesquisa que possa auxiliar na compreensão <strong>de</strong> sua realida<strong>de</strong> socioeconômica, a<br />

partir daqueles três enfoques <strong>de</strong>finidos (população, economia e<br />

saú<strong>de</strong>/saneamento), incluindo-se mais outros dois aspectos a consi<strong>de</strong>rar: dados<br />

relativos aos domicílios e a infraestrutura (transporte público e lazer). Os dados<br />

serão apresentados na forma <strong>de</strong> tabelas e/ou <strong>de</strong> cartogramas, conforme o caso. A<br />

fonte <strong>de</strong> dados é IBGE (Censo 2000 e outros) e os dados fornecidos pelas<br />

prefeituras, passíveis <strong>de</strong> serem mapeados para a área <strong>de</strong> pesquisa.<br />

Ainda no que diz respeito ao levantamento <strong>de</strong> dados da área <strong>de</strong> pesquisa será<br />

realizada a análise da legislação urbanística inci<strong>de</strong>nte neste perímetro (plano<br />

diretor, zoneamento) a partir <strong>de</strong> documentos já fornecidos pelas prefeituras, <strong>de</strong><br />

forma a evi<strong>de</strong>nciar as modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> uso e ocupação da terra atuais, bem como<br />

as tendências futuras.<br />

Em relação à contextualização da mancha urbana <strong>de</strong> São Paulo, no setor<br />

sudoeste (Embu e Itapecerica da Serra) a primeira constatação no que diz<br />

respeito a essa realida<strong>de</strong> sócioespacial é a notável fragmentação do tecido<br />

urbano nos municípios, com praticamente duas manchas urbanas não contínuas,<br />

uma situada ao longo da Rodovia Régis Bittencourt (BR 116) e outra mais leste,<br />

contígua aos bairros da periferia sul <strong>de</strong> São Paulo. Tais manchas urbanas<br />

encontram-se hoje separadas por uma baixada <strong>de</strong> rio, a várzea do Rio Embu-<br />

Mirim, um dos tributários da Represa do Guarapiranga. Aparentemente são<br />

setores do mesmo município que não estabelecem relação cotidiana, já que tem<br />

entre si dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ligação viária e uma barreira física a ser transposta.<br />

Em Embu, uma das manchas urbanas, do lado oeste, situa-se o chamado centro<br />

histórico, local do nascedouro da povoação, com suas edificações do século XVIII<br />

constituindo um forte atrativo turístico. Neste setor concentra-se o comércio e<br />

setor <strong>de</strong> serviços, além da se<strong>de</strong> administrativa do município e um corredor<br />

industrial ao longo da rodovia.<br />

Relatório 3<br />

18


Já o setor leste é <strong>de</strong> característica predominantemente resi<strong>de</strong>ncial, com comércio<br />

local. É on<strong>de</strong> se encontram a maior parte da população moradora, 60% segundo<br />

a Empresa Paulista <strong>de</strong> Planejamento Metropolitano (EMPLASA). Separado do<br />

centro da cida<strong>de</strong> por uma verda<strong>de</strong>ira barreira física, que é representada pela<br />

rodovia, esta porção do município apresenta vínculos mais intensos com a<br />

periferia sul da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, inclusive pela maior proximida<strong>de</strong>,<br />

continuida<strong>de</strong> da área edificada e pelo acesso aos bairros que se dá via São<br />

Paulo, a partir <strong>de</strong> Campo Limpo e Capão Redondo. A função dormitório <strong>de</strong>stas<br />

localida<strong>de</strong>s, cuja população trabalha em outros municípios da metrópole, também<br />

colabora para enfraquecer os vínculos e o sentimento <strong>de</strong> pertencimento com o<br />

município <strong>de</strong> Embu.<br />

O mesmo acontece em Itapecerica da Serra, que apresenta um trecho <strong>de</strong> área<br />

urbanizada à oeste, entre a rodovia e a avenida que leva ao centro da cida<strong>de</strong><br />

(Quinze <strong>de</strong> Novembro, antiga estrada até Embu-Guaçu), e outro setor mais à<br />

leste, contíguo aos bairros da periferia sul <strong>de</strong> São Paulo, em especial, o Jardim<br />

Ângela (Figura 2.2-1).<br />

Na baixada que separa estes dois setores urbanos serão implantados os parques,<br />

<strong>de</strong>limitados por duas pistas do Rodoanel, que circundarão as unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

conservação. Duas possibilida<strong>de</strong>s são previstas, preliminarmente, para a relação<br />

cida<strong>de</strong>-parque. Na primeira, os parques e o Rodoanel, ambos situando-se entre<br />

estes dois setores urbanos não contíguos, po<strong>de</strong>rão reforçar essa fragmentação<br />

do espaço. De outro lado, os parques po<strong>de</strong>rão, em função do uso público e<br />

freqüência, se tornarem uma nova referência para as cida<strong>de</strong>s e, portanto, um<br />

elemento <strong>de</strong> integração das populações dos dois lados. As condições <strong>de</strong> acesso<br />

ao parque (por meio <strong>de</strong> transporte público e vias <strong>de</strong> circulação) e as ativida<strong>de</strong>s<br />

disponíveis na unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conservação serão <strong>de</strong>finidoras do tipo da relação. No<br />

entanto, para essa avaliação <strong>de</strong>vem ser esclarecidas quais serão as condições<br />

físicas <strong>de</strong> acesso ao Parque, já que em ambos os lados da cida<strong>de</strong>, ele estará<br />

<strong>de</strong>limitado pelas pistas do Rodoanel.<br />

REPETIDO<br />

Relatório 3<br />

19


Figura 2.2-1: Setores <strong>de</strong> ocupação – Embu e Itapecerica da Serra<br />

A fragmentação do tecido urbano explica-se, historicamente, pela forma como se<br />

<strong>de</strong>u a expansão urbana <strong>de</strong> caráter metropolitano neste setor sudoeste e o<br />

conhecimento <strong>de</strong>ste processo é fundamental para a compreensão das dinâmicas<br />

atuais e das tendências futuras <strong>de</strong> crescimento urbano.<br />

O gran<strong>de</strong> crescimento urbano em Embu e Itapecerica da Serra é fato<br />

relativamente recente, já que, segundo Langembuch (1971), até os anos 1940,<br />

quando se dá a chamada “gran<strong>de</strong> metropolização” <strong>de</strong> São Paulo, ambos<br />

constituíam ainda povoados ligados à cida<strong>de</strong> por estradas extra-regionais<br />

implantadas seguindo os antigos caminhos <strong>de</strong> tropa: entre elas a Estrada <strong>de</strong><br />

Itapecerica, Estrada <strong>de</strong> M’Boi Mirim, Estrada <strong>de</strong> Campo Limpo.<br />

Nestes povoados <strong>de</strong>senvolvia-se uma típica agricultura <strong>de</strong> áreas interiorizadas,<br />

com cultivo <strong>de</strong> produtos voltados para abastecer o comércio na cida<strong>de</strong> como<br />

milho, mandioca e feijão, os principais plantados até 1940, segundo o autor.<br />

Contando com uma pequena população, Embu com aproximadamente 2 mil<br />

Relatório 3<br />

20


habitantes, e Itapecerica com 8 mil, a quase totalida<strong>de</strong> da população<br />

economicamente ativa vivia do setor primário.<br />

Fato que foi fundamental para a expansão urbana que se <strong>de</strong>u, após meados do<br />

século XX, foi a condição que Taboão da Serra apresentou como povoadoentrocamento,<br />

ponto a partir do qual se estabelecia uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> estradas, antigos<br />

caminhos que ligavam a lugares como Santo Amaro, Itapecerica, Campo Limpo,<br />

Capela do Socorro. Esta re<strong>de</strong> <strong>de</strong> estradas tornou-se indutora <strong>de</strong> crescimento<br />

urbano linear, sendo posteriormente incorporada à mancha urbana, assumindo a<br />

feição <strong>de</strong> avenidas e gran<strong>de</strong>s artérias <strong>de</strong> ligação entre bairros. Conforme<br />

apresenta Langembuch (op.cit), a condição <strong>de</strong> entroncamento provocou a<br />

polarização <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s comerciais e <strong>de</strong> serviços, que fomentaram o seu<br />

crescimento urbano que <strong>de</strong>pois se expandiu no sentido Embu e Itapecerica.<br />

A gran<strong>de</strong> metropolização dos anos 1940, quando se <strong>de</strong>u a expansão da mancha<br />

urbana, foi provocada por uma associação entre ativida<strong>de</strong> imobiliária intensa, que<br />

foi abrindo novos loteamentos, em áreas cada vez mais distantes do centro da<br />

cida<strong>de</strong>, e uma política rodoviarista, apoiada no transporte <strong>de</strong> ônibus que foi<br />

ligando estes lugares à cida<strong>de</strong>. Assim se vê o papel conferido às antigas estradas<br />

na expansão da urbanização, principalmente as <strong>de</strong> Itapecerica, M’Boi Mirim e do<br />

Campo Limpo, que foram esten<strong>de</strong>ndo a área edificada <strong>de</strong> São Paulo para oeste,<br />

até encontrar com Embu e Itapecerica. Para Langenbuch (1971), as estradas<br />

comandaram a estruturação <strong>de</strong>stes subúrbios os quais cresceram e foram<br />

absorvidos pela cida<strong>de</strong>, tornando-se parte do tecido urbano.<br />

Esse processo foi particularmente mais marcante para Taboão da Serra, neste<br />

momento <strong>de</strong> meados do século XX, enquanto para Itapecerica e Embu, ainda era<br />

tímido. Apesar disso, em relação a estas localida<strong>de</strong>s, a dimensão do transporte<br />

público mostrava uma relação importante estabelecida com a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São<br />

Paulo, já que <strong>de</strong>z ônibus diários faziam a ligação com Embu e Itapecerica, no ano<br />

<strong>de</strong> 1941. Em 1965 este número salta para 111 ônibus fazendo a ligação<br />

Itapecerica - São Paulo e 73 <strong>de</strong> Embu-São Paulo (LANGENBUCH, op.cit.). Até<br />

1970 o autor caracterizava este setor sudoeste da metrópole como um cinturão<br />

suburbano periférico e <strong>de</strong>scontínuo, ou seja, uma área <strong>de</strong> expansão ainda<br />

embrionária da metrópole.<br />

Relatório 3<br />

21


Seu caráter <strong>de</strong> antigo povoado caipira vai <strong>de</strong>saparecendo aos poucos,<br />

expressando-se na redução da área cultivada, que cai pela meta<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1940 para<br />

1960. A mancha urbana a partir da zona sul <strong>de</strong> São Paulo vai se esten<strong>de</strong>ndo para<br />

estes municípios a partir das estradas <strong>de</strong> Itapecerica e <strong>de</strong> Campo Limpo, mas <strong>de</strong><br />

forma ainda pouco a<strong>de</strong>nsada. Estas áreas urbanas são constituídas <strong>de</strong><br />

loteamentos resi<strong>de</strong>nciais, em sua maioria <strong>de</strong>stinados à classe operária. A década<br />

<strong>de</strong> 1970 correspon<strong>de</strong> a um marco do processo <strong>de</strong> urbanização neste setor<br />

sudoeste.<br />

Conforme se observa no Quadro 2.2-1, <strong>de</strong> 1960 para 1970, os municípios<br />

apresentam gran<strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> sua população, 265% em Embu e 82% em<br />

Itapecerica, mas mesmo assim, em números absolutos ainda constituíam<br />

pequenas cida<strong>de</strong>s do entorno da capital.<br />

Na década seguinte, <strong>de</strong> 1970 para 1980, o crescimento apresenta-se mais<br />

explosivo, com 428% em Embu e 155% em Itapecerica, invertendo-se a tendência<br />

histórica até então, com Embu superando, em número, a população <strong>de</strong><br />

Itapecerica da Serra. A década <strong>de</strong> 1970 marca este momento <strong>de</strong> passagem<br />

<strong>de</strong>stas localida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> subúrbio para periferia metropolitana.<br />

Quadro 2.2-1 – Crescimento Populacional – Embu, Itapecerica da Serra e São Paulo.<br />

Na ausência dos dados relativos aos setores censitários é difícil afirmar em que<br />

setores dos municípios houve maior crescimento, no entanto, pelo mapa <strong>de</strong> uso<br />

do solo <strong>de</strong> 1980, observamos a gran<strong>de</strong> extensão da mancha urbana à leste, a<br />

partir <strong>de</strong> bairros como Campo Limpo e Jardim Ângela (São Paulo), chegando até<br />

o limite da recém criada, área <strong>de</strong> proteção aos mananciais (Figura 2.2-2).<br />

Relatório 3<br />

22


Figura 2.2-2: Embu e Itapecerica da Serra, áreas <strong>de</strong> interesse<br />

A partir dos anos 1970, além <strong>de</strong>sta expansão urbana que se consolida, a oeste, a<br />

partir dos bairros da periferia sul <strong>de</strong> São Paulo, fortalece-se outro eixo <strong>de</strong><br />

urbanização, a leste, em função da abertura da Rodovia Regis Bittencourt, a BR<br />

116, que começa a atrair indústrias e novos loteamentos resi<strong>de</strong>nciais. Segundo<br />

Langembuch (1971) as rodovias tiveram um papel importante no processo <strong>de</strong><br />

metropolização, funcionando como eixos <strong>de</strong> estruturação dos subúrbios<br />

resi<strong>de</strong>nciais.<br />

O crescimento urbano nestes municípios nas décadas seguintes ainda se<br />

mantém, porém em patamares inferiores em relação à década <strong>de</strong> 1970: <strong>de</strong> 1980<br />

para 1991, 63% em Embu e 58% em Itapecerica. Apesar do Censo <strong>de</strong> 1991<br />

evi<strong>de</strong>nciar na metrópole paulista um novo padrão <strong>de</strong>mográfico, com a redução<br />

brusca <strong>de</strong> crescimento populacional, creditada, em gran<strong>de</strong> parte, a mudança do<br />

padrão <strong>de</strong> migração, em relação aos municípios mais distantes da capital, como<br />

foi o caso <strong>de</strong> Embu e Itapecerica, o crescimento ainda segue como significativo.<br />

Relatório 3<br />

23


Este novo padrão <strong>de</strong>mográfico testemunhado nos anos 1990, com a queda das<br />

taxas <strong>de</strong> crescimento é um processo que atinge <strong>de</strong>sigualmente a metrópole: nas<br />

áreas mais centrais e mais valorizadas, a população mais pobre é expulsa para<br />

locais cada vez mais distantes, enquanto a crise econômica dos anos 1980 e<br />

conseqüente <strong>de</strong>semprego provocaram, também, um fenômeno novo, <strong>de</strong> retorno<br />

<strong>de</strong> migrantes, com a saída para as regiões <strong>de</strong> origem. Enquanto bairros mais<br />

centrais testemunham taxas <strong>de</strong> crescimento cada vez mais baixas, os municípios<br />

da franja da metrópole, como é o caso <strong>de</strong> Embu e Itapecerica da Serra, recebem<br />

cada vez mais população que se <strong>de</strong>sloca para lugares on<strong>de</strong> a moradia é mais<br />

barata. Isto explica, porque nestes municípios as taxas <strong>de</strong> crescimento da<br />

população ainda são maiores e diferenciadas em relação ao que aparece como<br />

tendência para São Paulo.<br />

Vetores <strong>de</strong> Pressão<br />

Definidas as premissas gerais e os primeiros resultados dos levantamentos da<br />

<strong>de</strong>mais equipes técnicas, foi possível dar inicio as análises que culminarão na<br />

i<strong>de</strong>ntificação dos vetores <strong>de</strong> pressão da área <strong>de</strong> entorno dos Parques Naturais<br />

Urbanos. Desta forma, são aqui apresentados os preceitos metodológicos e<br />

resultados almejados relativos à caracterização e posterior mapeamento dos<br />

Vetores <strong>de</strong> Pressão dos Parques Naturais Municipais e respectivas áreas <strong>de</strong><br />

entorno. Sabendo que cada parque será possuidor <strong>de</strong> seu respectivo Plano <strong>de</strong><br />

Manejo, os Vetores <strong>de</strong> Pressão serão abordados <strong>de</strong> acordo com a inserção local<br />

e regional <strong>de</strong> cada área.<br />

De acordo com a abrangência espacial das obras do trecho sul do Rodoanel, ou<br />

seja, gran<strong>de</strong> extensão territorial, passando por diversos municípios e áreas<br />

diversificadas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>nsamente urbanizadas até áreas que abrigam<br />

remanescentes <strong>de</strong> áreas naturais passiveis <strong>de</strong> conservação, a i<strong>de</strong>ntificação,<br />

caracterização e mapeamento dos fenômenos e processos que constituem os<br />

Vetores <strong>de</strong> Pressão serão feitos segundo dados e informações fornecidas pelos<br />

diagnósticos realizados por todos os grupos <strong>de</strong> pesquisa (Vegetação, Clima, Uso<br />

da Terra, Fauna, Socioeconomia, Geomorfologia, Recursos hídricos). Em suma,<br />

serão i<strong>de</strong>ntificados e correlacionados os Vetores <strong>de</strong> Pressão i<strong>de</strong>ntificados com<br />

Relatório 3<br />

24


informações obtidas e fornecidas em variados diagnósticos dos temáticos, tais<br />

como biodiversida<strong>de</strong>, meio físico, socioeconomia e patrimônio histórico-cultural.<br />

Além do diagnóstico referente aos Vetores <strong>de</strong> Pressão, <strong>de</strong> acordo com cada<br />

parque abordado, os fenômenos e tendências serão espacializados<br />

cartograficamente com o uso das bases digitais disponibilizadas. Os Mapas<br />

temáticos que apresentarão os Vetores <strong>de</strong> Pressão se constituem na<br />

espacialização dos fatores/elementos externos e internos em relação aos limites<br />

área <strong>de</strong> abrangência das UCs. Os fatores externos correspon<strong>de</strong>m aos fluxos e<br />

intensida<strong>de</strong>s, por sua vez os vetores <strong>de</strong> pressão internos, <strong>de</strong>notam intensida<strong>de</strong>s e<br />

ocorrências pontuais. Tais vetores po<strong>de</strong>m ser enquadrados em três categorias<br />

essenciais, antrópicos, biofísicos e biodiversida<strong>de</strong>.<br />

As unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> análise para os vetores externos são os municípios do entorno e<br />

das próprias UCs, ou seja, os vetores são indicados <strong>de</strong> acordo com as<br />

características <strong>de</strong> cada qual, consi<strong>de</strong>rando o uso e ocupação da terra (categorias,<br />

vias <strong>de</strong> acesso), aspectos do zoneamento dos Planos Diretores <strong>de</strong> cada<br />

município, além da existência <strong>de</strong> UCs no entorno. Espacialmente correspon<strong>de</strong>m<br />

sobremaneira as Zonas <strong>de</strong> Amortecimento <strong>de</strong>finidas para cada área. Estes<br />

vetores são representados por fluxos <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong>, que po<strong>de</strong>m variar entre<br />

baixa, média e alta intensida<strong>de</strong>, como po<strong>de</strong>m ser qualificados como negativos e<br />

positivos. Po<strong>de</strong>m aparecer também <strong>de</strong> forma pontual, sendo representados por<br />

simbologia específica. Consi<strong>de</strong>rando as temáticas, antrópica, biofísica e<br />

biodiversida<strong>de</strong>.<br />

Os vetores internos são baseados, sobretudo, nas categorias <strong>de</strong> uso da terra<br />

atual e <strong>de</strong> acordo com o zoneamento proposto, entre informações pertinentes a<br />

áreas prioritárias para conservação da biodiversida<strong>de</strong> (vegetação, recursos<br />

hídricos, refúgios <strong>de</strong> fauna, beleza cênica, etc.), localização <strong>de</strong> equipamentos<br />

públicos e privados, atrativos naturais. As vias <strong>de</strong> circulação internas (estradas,<br />

trilhas) também são consi<strong>de</strong>radas vetores, pois ten<strong>de</strong>m a dinamizar o trânsito<br />

interno, acessos a unida<strong>de</strong>s paisagísticas peculiares, fomentar a ocupação,<br />

pesquisa, fiscalização, uso público, etc.<br />

Relatório 3<br />

25


De maneira geral, todos estes fenômenos e processos relacionados aos Vetores<br />

<strong>de</strong> Pressão serão abordados cartograficamente (com o uso <strong>de</strong> Sistema <strong>de</strong><br />

Informações Geográficas - SIG) representando áreas, com o uso <strong>de</strong> polígonos e<br />

indicados também em intensida<strong>de</strong>s (baixa, média, alta). As ocorrências pontuais<br />

são representadas cartograficamente em “pontos”, pois não ocupam<br />

territorialmente área expressiva ou possuem características específicas,<br />

correspon<strong>de</strong>m a ativida<strong>de</strong>s que colocam em risco os preceitos <strong>de</strong> conservação<br />

das áreas e carecem <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> controle e fiscalização, por exemplo, são<br />

caça, extração <strong>de</strong> essências naturais, presença <strong>de</strong> animais domésticos,<br />

pesqueiros, ativida<strong>de</strong>s turísticas sem controle, poluição <strong>de</strong> corpos d’água e<br />

ameaças ao patrimônio histórico-cultural. Da mesma forma, os elementos que<br />

possuem um comportamento linear, ou seja, estradas, caminhos, trilhas, serão<br />

representados cartograficamente por “linhas”.<br />

Adotar-se-á, matriz analítica <strong>de</strong> acordo com as características e diagnóstico<br />

ambiental <strong>de</strong> cada área, <strong>de</strong> acordo com os parâmetros para mensurar tais<br />

vetores, segundo a intensida<strong>de</strong> indicada por cada equipe temática e mapeamento<br />

do uso da terra das áreas abordadas (Quadro 2.2-2):<br />

Relatório 3<br />

26


Quadro 2.2-2 – Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> matriz analítica<br />

Conjunto <strong>de</strong> fatores que possuem nenhuma ou pequena interferência aos<br />

preceitos <strong>de</strong> conservação da UC. Fatores <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m natural refletem o<br />

grau <strong>de</strong> conservação, uso e ameaças iminentes, quantificados <strong>de</strong> acordo<br />

com o grau <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> apontados nos diagnósticos e mapeamentos.<br />

Zoneamentos municipais e Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação foram<br />

consi<strong>de</strong>rados <strong>de</strong> acordo com os instrumentos legais quanto à<br />

conservação da área <strong>de</strong> abrangência e área protegida, sendo <strong>de</strong> “baixa<br />

intensida<strong>de</strong>” as legislações e zoneamentos que mais possuem<br />

mecanismos quanto à cessão e controle da ocupação humana e<br />

conservação da biodiversida<strong>de</strong>.<br />

Conjunto <strong>de</strong> fatores possui mediana interferência aos preceitos <strong>de</strong><br />

conservação da UC. Fatores <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m natural refletem o grau <strong>de</strong><br />

conservação, uso e ameaças iminentes, quantificados <strong>de</strong> acordo com o<br />

grau <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> apontados nos diagnósticos e mapeamentos.<br />

Zoneamentos municipais e Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação foram<br />

consi<strong>de</strong>rados <strong>de</strong> acordo com os instrumentos legais quanto à<br />

conservação da área <strong>de</strong> abrangência e área protegida, sendo <strong>de</strong> “média<br />

intensida<strong>de</strong>” as legislações e zoneamentos que possuem satisfatórios<br />

mecanismos quanto à cessão e controle da ocupação humana e<br />

conservação da biodiversida<strong>de</strong>.<br />

Conjunto <strong>de</strong> fatores possui altíssima interferência aos preceitos <strong>de</strong><br />

conservação da UC. Fatores <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m natural refletem o grau <strong>de</strong><br />

conservação, uso e ameaças iminentes, quantificados <strong>de</strong> acordo com o<br />

grau <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> apontados nos diagnósticos e mapeamentos.<br />

Zoneamentos municipais e Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação (ou mesmo a<br />

ausência <strong>de</strong>les) foram consi<strong>de</strong>rados <strong>de</strong> acordo com os instrumentos<br />

legais quanto à conservação da área <strong>de</strong> abrangência e área protegida,<br />

sendo <strong>de</strong> “alta intensida<strong>de</strong>” as legislações e zoneamentos que não<br />

possuem mecanismos quanto à cessão e controle da ocupação humana<br />

e conservação da biodiversida<strong>de</strong>.<br />

BAIXA INTENSIDADE<br />

MÉDIA INTENSIDADE<br />

ALTA INTENSIDADE<br />

Diante dos parâmetros que irão mensurar a intensida<strong>de</strong>, abrangência e<br />

características dos Vetores <strong>de</strong> Pressão, far-se-á <strong>de</strong> acordo com o que fora<br />

apresentado, Matrizes Analíticas dos Vetores <strong>de</strong> Pressão (Quadros 2.2-3 a 7)<br />

que possuem o objetivo <strong>de</strong> itemizar as informações abordadas.<br />

Relatório 3<br />

27


Quadro 2.2-3: Vetores <strong>de</strong> pressão <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> ocupações urbanas nas UCs e área <strong>de</strong><br />

abrangência (Mo<strong>de</strong>lo).<br />

OCUPAÇÃO<br />

URBANA<br />

DESCRIÇÃO PRESSÕES TIPO* QUA**<br />

Rarefeita<br />

Parcelamento do solo com lotes em núcleos <strong>de</strong><br />

expansão urbana não oficiais, ou seja, áreas<br />

com zoneamento municipal rural<br />

Avanço da zona urbana<br />

sobre a zona rural<br />

EX<br />

N<br />

Consolidada<br />

Áreas ocupadas <strong>de</strong> acordo com legislação<br />

específica e uso e ocupação do solo e código <strong>de</strong><br />

obras, infra-estrutura urbana, como arruamento,<br />

iluminação pública, abastecimento com água<br />

tratada, saneamento básico, coleta <strong>de</strong> lixo<br />

No entorno das UCs<br />

ten<strong>de</strong>m a diminuir a<br />

pressão sobre recursos<br />

naturais. Interior da UC<br />

infra-estrutura para<br />

instalações<br />

EX<br />

P<br />

Ilegais<br />

Loteamentos clan<strong>de</strong>stinos, áreas <strong>de</strong> invasão<br />

sem infra-estrutura urbana instalada<br />

Tendência à ocupação<br />

<strong>de</strong> áreas protegidas<br />

com o parcelamento do<br />

solo e instalação <strong>de</strong><br />

edificações precárias<br />

EX<br />

IN<br />

N<br />

Problemas/<br />

pressões<br />

Desmatamento, impermeabilização do solo, movimentação <strong>de</strong> terra, assoreamento <strong>de</strong> cursos<br />

d’água, dinamização <strong>de</strong> processos erosivos, produção <strong>de</strong> efluentes domésticos e resíduos<br />

sólidos, proliferação <strong>de</strong> vetores zoonoses, a<strong>de</strong>nsamento populacional com o aumento da<br />

<strong>de</strong>manda por equipamentos sociais, <strong>de</strong>gradação ambiental generalizada. No entanto, se bem<br />

or<strong>de</strong>nada, a ocupação ten<strong>de</strong> a ser menos impactante, auxiliando inclusive na cessão da<br />

expansão <strong>de</strong> núcleos urbanos adjacentes.<br />

*Tipo (IN) Interno ou (EX) externo – **Qualificação (P) Positivo ou (N) Negativo<br />

Quadro 2.2- 4: Vetores <strong>de</strong> pressão <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> ocupações rurais nas UCs e área <strong>de</strong><br />

abrangência. (Mo<strong>de</strong>lo).<br />

OCUPAÇÃO<br />

RURAL<br />

DESCRIÇÃO PRESSÕES TIPO* QUA**<br />

Ativida<strong>de</strong>s<br />

antrópicas<br />

Áreas parceladas <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s outrora <strong>de</strong><br />

maior extensão transformadas em minifúndios,<br />

com pequena ou incipiente produção<br />

agropecuária, ocupadas por pastagens.<br />

Geralmente áreas abandonadas ou com a<br />

presença <strong>de</strong> incipientes rebanhos.<br />

Proprieda<strong>de</strong>s com uso diversificado, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

culturas <strong>de</strong> subsistência a equipamentos <strong>de</strong><br />

lazer (piscinas, campos <strong>de</strong> futebol)<br />

A<strong>de</strong>nsamento <strong>de</strong> edificações<br />

por conta <strong>de</strong> loteamentos.<br />

Demanda por equipamentos<br />

sociais e vias <strong>de</strong> acesso.<br />

Contaminação <strong>de</strong> recursos<br />

hídricos com o esgoto não<br />

tratado e <strong>de</strong>scarte <strong>de</strong><br />

efluentes. Introdução<br />

espécies exóticas, perca da<br />

biodiversida<strong>de</strong>, dinamização<br />

<strong>de</strong> processos erosivos.<br />

IN<br />

EX<br />

N<br />

Culturas<br />

Áreas ocupadas por culturas diversas (perenes<br />

e temporárias), comercializadas ou<br />

subsistência. Demandam a utilização <strong>de</strong><br />

recursos hídricos e infra-estrutura para<br />

circulação para escoamento da produção<br />

Utilização <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensivos<br />

agrícolas e manejo<br />

inapropriado do solo.<br />

Introdução <strong>de</strong> espécies<br />

exóticas, dinamização <strong>de</strong><br />

processos erosivos,<br />

assoreamento <strong>de</strong> cursos<br />

d’água, contaminação <strong>de</strong><br />

IN<br />

EX<br />

N<br />

28<br />

Relatório 3


ecursos hídricos com o<br />

<strong>de</strong>scarte <strong>de</strong> efluentes.<br />

Silvicultura<br />

Áreas reflorestadas com pinus e eucaliptos,<br />

geralmente extensas e próximas a vias <strong>de</strong><br />

circulação<br />

Introdução espécies<br />

exóticas, perca da<br />

biodiversida<strong>de</strong>, impacto<br />

visual do corte raso e<br />

impacto sonoro das<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> corte.<br />

IN<br />

EX<br />

N<br />

Problemas e<br />

pressões<br />

Desmatamento, corte raso da cobertura vegetal, impermeabilização do solo, movimentação <strong>de</strong> terra,<br />

captação e assoreamento <strong>de</strong> cursos d’água, caça <strong>de</strong> fauna silvestre, criação <strong>de</strong> animais<br />

domésticos, dinamização <strong>de</strong> processos erosivos, produção <strong>de</strong> efluentes domésticos e resíduos<br />

sólidos, a<strong>de</strong>nsamento populacional com o aumento da <strong>de</strong>manda por equipamentos sociais. No<br />

entanto, se bem or<strong>de</strong>nadas quanto ao uso e ocupação, a presença <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s e respectivos<br />

ocupantes (com o <strong>de</strong>vido prazo <strong>de</strong> permanência estipulado) ten<strong>de</strong> a auxiliar na fiscalização, inibindo<br />

novas ocupações, participação em programas <strong>de</strong> recuperação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>gradadas,<br />

reflorestamento, agricultura sustentável, apoio a pesquisadores.<br />

*Tipo (IN) Interno ou (EX) externo – **Qualificação (P) Positivo ou (N) Negativo<br />

Quadro 2.2- 5: Vetores <strong>de</strong> pressão <strong>de</strong> Acessos as UCs e áreas <strong>de</strong> abrangência. (Mo<strong>de</strong>lo).<br />

ACESSIBILIDA<br />

DE<br />

DESCRIÇÃO PRESSÕES TIPO* QUA**<br />

Trilhas<br />

Abertas no interior das UCs, ou<br />

entorno.<br />

Invasões, caça, extração <strong>de</strong><br />

produtos florestais, vetores <strong>de</strong><br />

ocupação, processos erosivos.<br />

IN<br />

EX<br />

N<br />

P<br />

Estradas não<br />

pavimentadas e<br />

caminhos<br />

Acessos principais (fiscalizados) e<br />

secundários com dimensões variadas.<br />

Sem pavimentação com acesso a<br />

gran<strong>de</strong> parte da UC<br />

Invasões, caça, extração <strong>de</strong><br />

produtos florestais, vetores <strong>de</strong><br />

ocupação, erosão, ruídos,<br />

atropelamento <strong>de</strong> fauna<br />

EX<br />

IN<br />

N<br />

P<br />

Rodovias e<br />

estradas<br />

pavimentadas<br />

Acessos principais, pavimentadas,<br />

com dimensões variadas.<br />

Facilita os acessos a gran<strong>de</strong> parte da<br />

UC<br />

Vetores <strong>de</strong> ocupação, aci<strong>de</strong>ntes<br />

com produtos perigosos<br />

(contaminação <strong>de</strong> solos, cursos<br />

d’água, poluição atmosférica<br />

concentrada,<br />

ruídos,<br />

atropelamento <strong>de</strong> fauna),<br />

facilitador dos processos <strong>de</strong><br />

expansão imobiliária.<br />

EX<br />

N<br />

P<br />

Problemas e<br />

pressões<br />

Seccionamento <strong>de</strong> contínuos florestais, impactos sobre a biota, recursos hídricos, dinamização <strong>de</strong><br />

processos erosivos. Vias <strong>de</strong> acesso a ocupação, seja rural ou para expansão urbana, ações<br />

ilegais como caça, pesca, extração <strong>de</strong> produtos florestais (especialmente palmito) invasões. No<br />

entanto, se bem aproveitadas e com <strong>de</strong>vida fiscalização e controle, são importantes para<br />

fiscalização, pesquisa e manejo da unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conservação e área <strong>de</strong> abrangência.<br />

*Tipo (IN) Interno ou (EX) externo – **Qualificação (P) Positivo ou (N) Negativo<br />

Relatório 3<br />

29


Quadro 2.2- 6: Vetores <strong>de</strong> pressão Instalações e Equipamentos Sociais. (Mo<strong>de</strong>lo)<br />

INSTALAÇÕES<br />

EQUIPAMENTO<br />

S SOCIAIS<br />

DESCRIÇÃO PRESSÕES TIPO* QUA**<br />

Linhas <strong>de</strong> alta<br />

tensão<br />

Áreas projetadas <strong>de</strong> linhões e<br />

torres, sobre áreas vegetadas e<br />

com ativida<strong>de</strong>s antrópicas<br />

Alta vibração das linhas e ruídos<br />

<strong>de</strong>correntes, perturbação da fauna,<br />

risco ao vôo <strong>de</strong> aves, abertura <strong>de</strong><br />

vias para manutenção<br />

IN<br />

EX<br />

N<br />

Torres <strong>de</strong> alta<br />

tensão<br />

Instaladas sobre sapatas <strong>de</strong><br />

concreto, são suporte as linhas<br />

<strong>de</strong> transmissão<br />

Alteração nos biótopos locais<br />

quando da instalação e manutenção<br />

das bases, abertura <strong>de</strong> vias para<br />

manutenção<br />

IN<br />

EX<br />

N<br />

Barramentos e<br />

UHEs ou PCHs<br />

Instalações e equipamentos <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> impacto, pra geração <strong>de</strong><br />

energia.<br />

Alteração nos biótopos locais, uso<br />

constante das vias para<br />

manutenção, trânsito constante <strong>de</strong><br />

veículos e pessoas<br />

EX<br />

N<br />

P<br />

Hotéis /<br />

Pousadas<br />

Instalações com hospedagens e<br />

equipamentos <strong>de</strong> lazer<br />

Alteração nos biótopos locais, uso e<br />

poluição dos recursos hídricos,<br />

resíduos sólidos<br />

EX<br />

N<br />

P<br />

Equipamentos<br />

Sociais<br />

Escolas, Unida<strong>de</strong>s Básicas <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong><br />

A<strong>de</strong>nsamento <strong>de</strong> edificações,<br />

atrativo <strong>de</strong> populações <strong>de</strong> áreas<br />

adjacentes, <strong>de</strong>manda por infraestrutura<br />

(água, luz, coleta <strong>de</strong> lixo)<br />

EX<br />

P<br />

Problemas e<br />

pressões<br />

Seccionamento <strong>de</strong> contínuos florestais, impactos sobre os biótopos locais, recursos hídricos,<br />

dinamização <strong>de</strong> processos erosivos. Criação <strong>de</strong> vias <strong>de</strong> acesso a ocupações, poluição por<br />

resíduos sólidos e efluentes líquidos. No entanto, com a <strong>de</strong>vida fiscalização e controle, as<br />

instalações po<strong>de</strong>m servir como apoio e auxilio para fiscalização, pesquisa, educação ambiental e<br />

manejo da unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conservação e área <strong>de</strong> abrangência.<br />

*Tipo (IN) Interno ou (EX) externo – **Qualificação (P) Positivo ou (N) Negativo<br />

Quadro 2.2- 7: Vetores <strong>de</strong> pressão políticas públicas nas UCs e áreas <strong>de</strong> abrangência.<br />

(Mo<strong>de</strong>lo).<br />

POLÍTICAS<br />

PÚBLICAS<br />

DESCRIÇÃO PRESSÕES TIPO* QUA**<br />

Plano Diretor<br />

<strong>de</strong> Embu,<br />

Itapecerica,<br />

São Paulo,<br />

Santo André e<br />

São Bernardo<br />

Lei municipal nº xxx<br />

Zoneamento<br />

Or<strong>de</strong>namento territorial.<br />

Caso não ocorra o<br />

cumprimento da<br />

legislação específica,<br />

especulação imobiliária,<br />

parcelamento irregular<br />

do solo, instalação <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s poluidoras...<br />

----- ------<br />

Problemas e<br />

pressões<br />

O cumprimento e efetivação das diretrizes, normas e legislação especifica dos Planos Diretores<br />

ten<strong>de</strong>m a or<strong>de</strong>nar o uso e ocupação do solo das áreas <strong>de</strong> influencia das UCs <strong>de</strong> forma a<br />

compatibilizar os preceitos <strong>de</strong> conservação <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conservação <strong>de</strong> proteção integral.<br />

Demais políticas públicas, ten<strong>de</strong>m a auxiliar o <strong>de</strong>senvolvimento social das populações, com<br />

programas <strong>de</strong> apoio técnico e distribuição/complementação <strong>de</strong> renda. A efetivação <strong>de</strong>stas<br />

políticas ten<strong>de</strong>m a minorar as pressões, especialmente no tocante a utilização/extração <strong>de</strong><br />

recursos naturais <strong>de</strong> áreas protegidas.<br />

*Tipo (IN) Interno ou (EX) externo – **Qualificação (P) Positivo ou (N) Negativo<br />

Relatório 3<br />

30


3. MATRIZ DE ORGANIZAÇÃO 2<br />

De forma a organizar as etapas <strong>de</strong> trabalho, reorganizamos a macro-agenda,<br />

expondo as principais ações a serem <strong>de</strong>senvolvidas:<br />

As áreas dos municípios <strong>de</strong> Embu e Itapecerica da Serra serão as primeiras a<br />

obterem a finalização do processo <strong>de</strong> construção dos Planos <strong>de</strong> Manejo, previsto<br />

para o mês <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2010. Os parques do município <strong>de</strong> São Paulo serão<br />

atendidos na sequência, com previsão <strong>de</strong> finalização dos Planos <strong>de</strong> Manejo entre<br />

os meses <strong>de</strong> agosto e setembro. Por fim, <strong>de</strong>ntro do planejamento estabelecido, os<br />

municípios <strong>de</strong> Santo André e São Bernardo do Campo serão atendidos, com<br />

finalização <strong>de</strong> seus respectivos documentos no mês <strong>de</strong> outubro.<br />

2 Esta agenda é uma proposta que será submetida a gerencia ambiental da DERSA em reunião<br />

agendada para 10 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2010, conforme comunicação pessoal da Profª Sueli Ângelo<br />

Furlan.<br />

Relatório 3<br />

31


4. PRÓXIMAS ATIVIDADES<br />

De acordo com o planejamento estabelecido, as próximas ativida<strong>de</strong>s, a serem<br />

<strong>de</strong>senvolvidas durante o mês <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2010 são:<br />

Data<br />

Ativida<strong>de</strong><br />

Campos<br />

04 a 06/02 Equipes <strong>de</strong> pedologia e geomorfologia- Embu<br />

25 a 27/02 Equipes <strong>de</strong> pedologia e geomorfologia – Itapecerica da Serra<br />

Em relação à produção das equipes temáticas, serão priorizados os seguintes<br />

assuntos:<br />

Definição das bases temáticas a serem elaboradas;<br />

Contextualização dos parques <strong>de</strong> Embu e Itapecerica da Serra;<br />

Impactos, conflitos e vantagens relacionadas à Legislação Ambiental;<br />

I<strong>de</strong>ntificação das instituições que <strong>de</strong>senvolvem ações nas regiões <strong>de</strong> Embu<br />

e Itapecerica da Serra;<br />

Diagnóstico da população <strong>de</strong> entorno dos parques <strong>de</strong> Embu e Itapecerica<br />

da Serra;<br />

Levantamento da situação fundiária – interlocução com o Instituto <strong>de</strong> Terras<br />

do Estado <strong>de</strong> São Paulo (ITESP);<br />

Definição <strong>de</strong> metodologia para i<strong>de</strong>ntificação das Unida<strong>de</strong>s Ambientais.<br />

Construção da matriz <strong>de</strong> planejamento dos programas <strong>de</strong> manejo para<br />

realização da primeira etapa do SWOT.<br />

Relatório 3<br />

32


5. CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

Este relatório abordou os principais resultados das investigações das equipes<br />

temáticas, que aten<strong>de</strong>m ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s para elaboração dos<br />

Planos <strong>de</strong> Manejo dos parques urbanos na área <strong>de</strong> influência do Rodoanel, em<br />

seu trecho sul.<br />

Como exposto, a priorida<strong>de</strong> neste momento são os municípios <strong>de</strong> Embu e<br />

Itapecerica da Serra, no setor sudoeste da metrópole paulistana. Todo o<br />

arcabouço teórico e metodológico foi consolidado nas temáticas <strong>de</strong><br />

socioeconomia e vetores <strong>de</strong> pressão, que em conjunto com informações dos<br />

meios físico e biótico, irão compor o diagnóstico das áreas <strong>de</strong> proteção propostas<br />

e seu entorno.<br />

Têm-se assim, a composição do cenário existente para andamento <strong>de</strong> forma<br />

concomitante dos programas <strong>de</strong> manejo, essenciais para o or<strong>de</strong>namento das<br />

ações dos responsáveis pela gestão das áreas protegidas.<br />

O processo <strong>de</strong> construção dos planos <strong>de</strong> manejo transcorre <strong>de</strong> acordo com a<br />

orientação do Roteiro Metodológico do IBAMA (2002), focando nos diagnósticos<br />

seus esforços iniciais, como base das <strong>de</strong>cisões em relação a propostas a serem<br />

formuladas em relação ao uso <strong>de</strong>ssas áreas e a maneira a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> gestão,<br />

levando em conta suas particularida<strong>de</strong>s.<br />

Relatório 3<br />

33


BIBLIOGRAFIA<br />

EMPLASA. Plano Metropolitano da Gran<strong>de</strong> São Paulo. 1993-2010. São Paulo:<br />

Emplasa, 1994.<br />

_________. Atlas Municipais <strong>de</strong> Uso e Ocupação do Solo, municípios <strong>de</strong> Embu e<br />

Itapecerica da Serra. São Paulo: Emplasa, 2006.<br />

IBAMA. Roteiro Metodológico <strong>de</strong> Planejamento voltado para Parques Nacionais,<br />

Reservas Biológicas e Estações Ecológicas. 2002.<br />

LANGEMBUCH, R.J. A estruturação da Gran<strong>de</strong> São Paulo. Estudo <strong>de</strong> <strong>Geografia</strong><br />

Urbana. Rio <strong>de</strong> Janeiro: FIBGE, 1971.<br />

Falta toda a bibliografia da fauna<br />

ALEIXO, Alexandre. Estrutura e organização <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aves em áreas<br />

<strong>de</strong> Mata Atlântica primitiva e explorada por corte seletivo. Dissertação <strong>de</strong><br />

Mestrado, UNICAMP. 1997.<br />

ALLEGRINI, Maurício. Sistematização preliminar <strong>de</strong> informações; evolução<br />

histórica da Implantação; Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira - PETAR. São<br />

Paulo: Relatório Técnico, IF/SMA. 1999.<br />

ANTUNES, Alexsan<strong>de</strong>r; ESTON, Marilda; MENEZES, Gisela. Relatório: Avifauna.<br />

Planos <strong>de</strong> Manejo do Parque Estadual Carlos Botelho e da Estação Ecológica <strong>de</strong><br />

Xitué. São Paulo: Relatório Técnico apresentado ao Instituto Ekos Brasil e ao<br />

Instituto Florestal <strong>de</strong> São Paulo. 2007.<br />

BEISIEGEL, Beatriz e BUENO, Rafael. Relatório: Médios e Gran<strong>de</strong>s Mamíferos.<br />

Plano <strong>de</strong> Manejo do Parque Estadual Carlos Botelho e da Estação Ecológica <strong>de</strong><br />

Xitué. Relatório Técnico apresentado ao Instituto Ekos Brasil e ao Instituto<br />

Florestal <strong>de</strong> São Paulo. 2007.<br />

BEISIEGEL, Beatriz. Levantamento, sistematização e análise <strong>de</strong> dados<br />

secundários relativos à fauna do Vale do Ribeira e Alto Paranapanema. São<br />

Paulo: Relatório Técnico não publicado apresentado ao Instituto Florestal <strong>de</strong> São<br />

Paulo. 2007. 67 p.<br />

COMITÊ BRASILEIRO DE REGISTROS ORNITOLÓGICOS (CBRO). Lista das<br />

Aves do Brasil. Versão 28/7/2006. Disponível em : http:///www.cbro.org.br. 2006.<br />

EISENBERG, John. Mammals of the Neotropics. Chicago: University of Chicago<br />

Press, 1989.<br />

Relatório 3<br />

34


EMMONS, Louise e FEER, François. Neotropical rainforest mammals: a field<br />

gui<strong>de</strong>. Chicago: The University of Chicago Press, 1990.<br />

FIGUEIREDO, Luis e CUSTÓDIO FILHO, Alcebía<strong>de</strong>s. Aves observadas em<br />

Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação do Estado <strong>de</strong> São Paulo por Antonio Flávio Barbosa.<br />

Boletim do Centro <strong>de</strong> Estudos Ornitológicos, v. 15, p. 30-43. 2003.<br />

FOGAÇA, Paula; BEISIEGEL, Beatriz; LIMA, Alexandre; PIANCA, Camila;<br />

FERREIRA, Célio; BALBONI, Francisco; PISCIOTTA, Kátia e PORTILHO,<br />

Wagner. Diagnóstico da fauna que usa a rodovia SP 139. São Paulo: Relatório<br />

apresentado ao IF-SP. 2004.<br />

FREITAS, André. Resposta ao questionário sobre a situação da fauna em<br />

Intervales. Contribuição ao Plano <strong>de</strong> Manejo não publicada, 2007.<br />

GREGORIN, Renato. Taxonomia e variação geográfica das espécies do gênero<br />

Alouatta Lacépè<strong>de</strong> (Primates, Atelidae) no Brasil. Revista Brasileira <strong>de</strong> Zoologia,<br />

v. 23, p. 64-144. 2006.<br />

HADDAD, Célio e PRADO, Cíntia. Reproductive mo<strong>de</strong>s in frogs and their<br />

unexpected diversity in the Atlantic Forest of Brazil. BioScience, v. 55, p. 207-217.<br />

2005.<br />

HOFLING, Elizabeth e CAMARGO, Hélio. Aves do Campus. São Paulo: Edusp,<br />

2002.<br />

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS<br />

RENOVÁVEIS. IBAMA. Lista oficial da fauna brasileira ameaçada <strong>de</strong> extinção.<br />

Disponível em: http://www.mma.gov.br/port/sbf/fauna/lista.html.2003.<br />

INTERNATIONAL UNION FOR THE CONSERVATION OF NATURE. IUCN. IUCN<br />

Red List of Threatened Species. Disponível em http://www.iucnredlist.org.<br />

MAGALHÃES, . Joly, C.A. ; Bicudo, C.E.M. (orgs). Biodiversida<strong>de</strong> do Estado <strong>de</strong><br />

São Paulo, Brasil: Síntese do conhecimento ao final do século XX. Invertebrados<br />

aquáticos. São Paulo: FAPESP, 1999.<br />

MARQUES, Otávio e SAZIMA, Ivan. História natural dos répteis da Estação<br />

Ecológica Juréia-Itatins. Em: Marques, O.A.V. e Duleba, W. (Eds.). Estação<br />

Ecológica Juréia-Itatins. Ambiente físico, flora e fauna. Ribeirão Preto: Holos.<br />

2004.<br />

MELLO, Marco Aurélio. 2007 . Resposta ao questionário sobre a situação da<br />

fauna em Intervales. Contribuição ao Plano <strong>de</strong> Manejo não publicada, 2007.<br />

Relatório 3<br />

35


MELO, Adriano. Estudos sobre estimadores <strong>de</strong> riqueza <strong>de</strong> espécies, perturbações<br />

experimentais e persistência ao longo <strong>de</strong> cinco anos em comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

macroinvertebrados bentônicos em riachos. Tese <strong>de</strong> doutorado, Instituto <strong>de</strong><br />

Biociências - Unicamp. 2002.<br />

MIRETZKI, Michel. Padrões <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> mamíferos na Floresta Atlântica<br />

brasileira. Tese <strong>de</strong> Doutorado, Instituto <strong>de</strong> Biociências da <strong>USP</strong>. 2005.<br />

OLIVEIRA, Ta<strong>de</strong>u Gomes e CASSARO, Kátia. Guia <strong>de</strong> campo dos felinos do<br />

Brasil. São Paulo: Instituto Pró Carnívros, 2005.<br />

OYAKAWA, Oswaldo e AKAMA, Alberto. Diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Peixes <strong>de</strong> Riachos e<br />

Cabeceiras da Bacia do Rio Ribeira <strong>de</strong> Iguape no Estado <strong>de</strong> São Paulo. Projeto<br />

integrante do Programa BIOTA – SP, FAPESP.<br />

OYAKAWA, Oswaldo; AKAMA, Alberto; MAUTARI, K. C.; NOLASCO, J. C. Peixes<br />

<strong>de</strong> riachos da Mata Atlântica nas Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação do Vale do Rio<br />

Ribeira <strong>de</strong> Iguape no Estado <strong>de</strong> São Paulo. São Paulo: Editora Neotropica. 2006.<br />

PACHECO, J. F. e BAUER, C.. Biogeografia e conservação da avifauna na Mata<br />

Atlântica e Campos Sulinos – construção e nível atual do conhecimento.<br />

http//conservation.org.br/ma/rfinais/rt_aves.htm. 2000.<br />

PIANCA, Camila. A caça e seus efeitos sobre a ocorrência <strong>de</strong> mamíferos <strong>de</strong><br />

médio e gran<strong>de</strong> porte em áreas preservadas <strong>de</strong> Mata Atlântica na serra <strong>de</strong><br />

Paranapiacaba (SP). Dissertação (Mestrado em Ecologia <strong>de</strong> Ecossistemas),<br />

Escola Superior <strong>de</strong> Agronomia "Luiz <strong>de</strong> Queiroz", Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo,<br />

Piracicaba, 2004. 74 p.<br />

PISCIOTTA, Kátia. The Paranapiacaba forest fragment. Em: Mateos, E.; Guix,<br />

J.C.; Serra, A.; Pisciotta, K. (Eds). Censuses of vertebrates in a Brazilian Atlantic<br />

rainforest area: the paranapiacaba fragment. Barcelona: Centro <strong>de</strong> Recursos <strong>de</strong><br />

Biodiversitat Animal, 2002. p. 19-24.<br />

PISCIOTTA, Kátia; BEISIEGEL, Beatriz e LEVENHAGEN, Blanche. Planos <strong>de</strong><br />

manejo <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação: sistematização e gestão do conhecimento.<br />

Bariloche: Anais do II Congresso Latinoamericano <strong>de</strong> Parques Nacionales y otras<br />

areas protegidas. 2007.<br />

PIZO, Marco; SILVA, Wesley; GALETTI, Mauro e LAPS, Rudi. Frugivory in<br />

cotingas of the Atlantic Forest of southeast Brazil. Ararajuba, v. 10, p.177-185.<br />

2002.<br />

POMBAL Jr., João e GORDO, M. Anfíbios anuros da Juréia. Em: Marques, O.A.V.<br />

e Duleba, W. (Eds.). Estação Ecológica Juréia-Itatins. Ambiente físico, flora e<br />

fauna. Ribeirão Preto: Holos. 2004.<br />

Relatório 3<br />

36


REDFORD, Keith e EISENBERG, John. Mammals of the Neotropics. III: The<br />

central neotropics. Chicago: The University of Chicago Press. 1999.<br />

REDFORD, Keith. The empty forest. Bioscience, v. 42, p. 412-422. 1992.<br />

SÃO PAULO (ESTADO). COMANDO DA POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL. Tráfico<br />

<strong>de</strong> animais da fauna silvestre nacional. São Paulo: 2005. 26 p.<br />

SÃO PAULO (ESTADO). Secretaria do Meio Ambiente. Documento<br />

sistematizador <strong>de</strong> informações sobre a região do Vale do Ribeira e do Alto<br />

Paranapanema – Subsídios para os planos <strong>de</strong> manejo das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

conservação. Versão 1. São Paulo: Relatório técnico não publicado. 2007a. 309 p.<br />

SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Plano <strong>de</strong> Manejo da<br />

Estação Ecológica <strong>de</strong> Xitué - Documento Preparatório. São Paulo: Relatório<br />

técnico não publicado. 2007<br />

SÃO PAULO (ESTADO). Secretaria do Meio Ambiente. Plano <strong>de</strong> Manejo do<br />

Parque Estadual Carlos Botelho. São Paulo: Relatório técnico não publicado.<br />

2007.<br />

SÃO PAULO (ESTADO).Secretaria do Meio Ambiente. 1998b. Fauna ameaçada<br />

no Estado <strong>de</strong> São Paulo. São Paulo: Série Documentos Ambientais<br />

(PROBIO/SP). 56p<br />

SÃO PAULO (ESTADO).Secretaria do Meio Ambiente. Plano <strong>de</strong> Manejo do<br />

Parque Estadual da Serra do Mar. São Paulo: Relatório técnico não publicado.<br />

2006.<br />

SÃO PAULO. FUNDAÇÃO PARA A CONSERVAÇÃO E A PRODUÇÃO<br />

FLORESTAL. Parque Estadual Intervales: plano <strong>de</strong> gestão ambiental – Fase 1.<br />

São Paulo: Secretaria do Meio Ambiente, 1998a. 256 p.<br />

SILVA, Adriana e LEONEL, Cristiane. Pesquisa científica e manejo em Intervales.<br />

Em: Leonel, C. (Ed.) Intervales. São Paulo: Fundação para a Conservação e a<br />

Produção Florestal do Estado <strong>de</strong> São Paulo. 2001. p. 71-79.<br />

SOCIEDADE BRASILEIRA DE HERPETOLOGIA (SBH). Lista <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong><br />

répteis do Brasil. Disponível em:<br />

http://www2.sbherpetologia.org.br/checklist/repteis.htm.<br />

SOCIEDADE BRASILEIRA DE HERPETOLOGIA (SBH). Lista <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong><br />

anfíbios do Brasil. Disponível em:<br />

http://www.sbherpetologia.org.br/checklist/anfibios.htm.<br />

Relatório 3<br />

37


STATTERSFIELD, A.J., CROSBY, M.J., LONG, A.J. e WEGE, D.C. En<strong>de</strong>mic bird<br />

areas of the world. Priorities for biodiversity conservation. BirdLife Conservation<br />

Series, 7. BirdLife International. 1998.<br />

WILSON, D. E. e REEDER, D. M. Mammal species of the world: a taxonomic and<br />

geographic reference. 3a. Ed. Washington, D.C.: Smithsonian Institution Press,<br />

2005.<br />

YAHNKE, C. J.; FOX, I. G.; COLMAN, F. Mammalian species richness in<br />

Paraguay: the effectiveness of national parks in preserving biodiversity. Biological<br />

Conservation, v. 84, p. 263-268, 1998.<br />

ZAHER, Hussan; ARAÚJO, Cybele; FORLANI, Maurício; SUÁREZ, Ana Paula.<br />

Relatório Final, módulo Avaliação Ecológica Rápida, tema Herpetofauna. Planos<br />

<strong>de</strong> Manejo do Parque Estadual Carlos Botelho e Estação Ecológica <strong>de</strong> Xitué. São<br />

Paulo: Relatório Técnico apresentado ao Instituto Ekos Brasil e ao Instituto<br />

Florestal <strong>de</strong> São Paulo, 2007.<br />

Relatório 3<br />

38

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!