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206 Lote<br />
Três Vintens (34.02) e Três Vintens, P de D. Pedro II;<br />
Três Vintens (54.01), Três Vintens, P e Meio Tostão de D. João V;<br />
Seis Vintens J, Três Vintens I de D. José I; Seis Vintens de D. Maria I e D. Pedro III;<br />
Três Vintens de D. Maria I; Seis Vintens e Três Vintens (x2) de D. João VI;<br />
Três Vintens de D. Miguel e X Reis 1838 de D. Maria II<br />
(14 moedas) MBC, BC+ 200€<br />
207* Moçambique<br />
Ouro 2 1/2 Maticais com Carimbo roseta<br />
(14.03) 14,08g. BELA 1 000€<br />
208* Moçambique<br />
Ouro 1 1/4 Maticais com Carimbo roseta<br />
(13.01) 7,06g. EXTREMAMENTE RARA BELA 5 500€<br />
Em Moçambique, desde o início do reinado de D.Maria II, avolumaram-se as queixas pela falta de moeda no mercado, tanto para<br />
as pequenas transacções como para as de maior vulto. Assim, como remédio imediato, foi decidido pela Junta Governativa da<br />
Província que tomou posse a 4 de Setembro de 1835, dada a não existência de uma casa de cunho fazer por fundição pequenas<br />
barras com o ouro que era retirado de alguns rios. Essas barrinhas, de dois tamanhos, com os pesos aproximados de 14 e<br />
de 7 gramas, foram marcadas em valores da moeda local, de 2,5 maticais e de 1,25 de matical, que passaram a ser conhecidas<br />
por barrinha e meia-barrinha. O total feito não poderá ter sido grande, pois o ouro dos pesquizadores não era muito e em 1844<br />
já teve de ser obtido de particulares, para duas emissões de cerca de 175 barras cada. Também em 1851, quando quase todas<br />
as barras em circulação foram carimbadas para se separarem e inutilizarem as falsas, que logo apareceram, só foi possível marcar<br />
2576 barrinhas, acrescidas de 24 mais tarde, e apenas 91 meias barrinhas. A explicação da grande disparidade destes<br />
números está em que a solução da Junta Governativa para obstar à falta da moeda teve um erro logo de início, tanto por não<br />
existirem ensaiadores competentes na Província como pelo ouro não ser todo da mesma proveniência. Enquanto o ouro fundido<br />
para as barrinhas era de 19,2 quilates, o das meias-barrinhas tinha um teor de 22 quilates, que conduzia a valores muito<br />
diferentes dos que estavam marcados. Daí o rápido desaparecimento das meias barrinhas, talvez guardadas pelo ourives, mais<br />
habilidosos e práticos na avaliação do ouro por pedra de toque. Este facto explica a grande raridade hoje das meias-barrinhas<br />
relativamente à raridade das barrinhas, que também não foram muitas as fabricadas. Numisma apresenta aqui uma barrinha e<br />
uma meia-barrinha com o carimbo de autênticas aplicado em 1851.