autárquicas em foco - Jornal de Oleiros

12 Jornal de OLEIROS 2013 MAIO / JUNHO
Austeridade: os órgãos de
soberania devem dar o exemplo
António D’Orey Capucho
O Primeiro Ministro anunciou
mais um conjunto de
medidas visando a redução
do défice das contas públicas,
que atingem novamente a função
pública e os pensionistas,
neste caso o estrato social onde
encontramos os cidadãos mais
vulneráveis e com menor capacidade
reivindicativa.
Passos Coelho não teve uma
palavra para os desempregados,
cujo número cresce de
mês para mês e atinge proporções
insustentáveis (cerca de
40% nos jovens), nem explicou
como vai evitar ou atenuar a espiral
recessiva decorrente destes
cortes brutais adicionais.
De facto, a austeridade que a
troika nos impõe - e o Governo
aceita com estranha subserviência
-, ao reduzir brutalmente
o poder de compra das famílias,
provoca fortes quebras no
consumo, com natural impacto
negativo na economia e, consequentemente,
no emprego.
Isto está amplamente demonstrado,
tal como se sabe
que o Governo tem sucessivamente
adiado a chegada
da almejada recuperação da
economia e falhado todas as
previsões macro-económicas
que antecipa. Por outro lado,
continuamos a nada saber da
prometida reforma do Estado,
ou seja, apenas sabemos dos
novos cortes...
Entre as medidas anunciadas,
se analisadas isoladamente,
algumas até são susceptíveis
de apoio. Mas o conjunto é
simplesmente inaceitável pelos
efeitos perversos que provoca.
Como é inaceitável o Primeiro
Ministro afirmar categoricamente
que não haverá aumento de
impostos, o que é simplesmente
falacioso. De facto, aumentar o
desconto para a ADSE e a nova
eufemística “contribuição extraordinária
de solidariedade”
sobre as pensões, o que significa
senão o equivalente a um
agravamento de impostos
Continuo a condenar esta
terapêutica suicida que está
a matar o doente da cura e
aproveito para salientar que
nesta sucessão de cortes mais
ou menos cegos, se “esqueceram”
sistematicamente de tomar
medidas de fundo visando
os órgãos do Estado. Desde
logo, o que espera o PSD para
apresentar um projecto de lei
visando suprimir 50 mandatos
na Assembleia da República,
tal como consta do programa
partidário aprovado e é
permitido pela Constituição
Recordo que António José Seguro,
no discurso proferido no
último 5 de Outubro, admitiu
pela primeira vez a redução do
número de Deputados.
Claro que a poupança global
assim obtida no Parlamento
pode não passar de pouco
mais do que uma gota de água
no grande oceano da despesa
pública, mas teria um enorme
impacto favorável junto da
opinião pública. E teria essencialmente
também o mérito de
favorecer a qualidade do trabalho
parlamentar, sem afectar
a representatividade nem a
proporcionalidade.
Em próximo escrito não deixarei
de me referir aos cortes
que importa introduzir nos demais
órgãos de soberania.
A austeridade deve começar
naqueles que têm a obrigação
de dar o exemplo de sobriedade
e austeridade. Até agora
isso não aconteceu em dose satisfatória.
■
Carne de qualidade
Praça do Município . Oleiros
Telefone 962567362
Sobre a grande
rota do Zêzere
Este projeto que pode vir
a alavancar de forma determinante
o desenvolvimento
turístico de uma considerável
área do território nacional
está já na sua fase terminal.
Com uma extensão superior
a 350 kms a GRANDE ROTA
DO ZÊZERE (GRZ) assume
a responsabilidade de contribuir
decisivamente para o
conhecimento da área em que
se insere, mas e sobretudo se
adequadamente promovida
atingirá a internacionalização
com uma utilização a todos
os títulos benéfica para a economia
dos Municípios nela
representados.
Envolvidos desde a primeira
hora neste autentico
projeto de interesse nacional,
vemos com alguma preocupação
que inversamente à
importância da obra estarão
a ser eventualmente descurados
aspetos determinantes
para o seu sucesso, nomeadamente
os relacionados com a
sua promoção e divulgação.
Tenhamos em conta que a
GRZ oferece possibilidades
infinitas quer pela sua múltipla
funcionalidade (pedestre,
BTT, canoagem, etc.), quer
ainda e também pelo seu potencial
impacto turístico nas
áreas da restauração e alojamento,
animação turística,
comercialização dos produtos
endógenos, serviços, etc.
Gostaríamos de conhecer
o que se está a fazer, não a
obra que está quase concluída,
mas ao nível das ações
promocionais sem as quais
se corre o risco de criar mais
um “elefante branco”.Neste
plano preocupa-nos a dúvida
sobre se os Municípios que
integram a GRZ estão conscientes
do que o projeto prestes
a ser inaugurado pode
significar. Temos razão para
preocupação quando sentimos
diferentes formas de reagir
e atuar a uma ideia que
à partida reuniu um grande
consenso e entusiasmo mas
que levou demasiado tempo a
concretizar-se e isso arrefeceu
as vontades. Esperamos que
não se concretizem as piores
expectativas para o “Day after”.
É sempre nesta altura
que normalmente aparecem
as falhas.
Voltaremos ao assunto
oportunamente. ■
Eduardo Lyon de Castro
Fernando Freire, um
Oleirense distinto
Candidato à Presidência da Câmara
de Vila Nova da Barquinha
Actualmente vereador da cultura
na Câmara, é vogal do conselho
de administração da Associação
para o Desenvolvimento Integrado
do Ribatejo Norte. Preside a Liga
de Amigos do Centro Social e Paroquial
da Atalaia e faz parte dos
órgãos sociais do Sporting Clube
Barquinhense.
Ainda jovem, foi atleta do Águias
do Moradal e do “ARCO” de Oleiros
onde também foi dirigente.
É licenciado em Direito. Bom trabalho
Amigo. ■
AGRADECIMENTO
Os Familiares de Manuel Jorge Gonçalves Louro, vêm muito
sentida e reconhecidamente agradecer a todos os que, das mais
diferentes formas lhes manifestaram o seu pesar pela morte do
seu ente muito querido.
O nosso desejo era demonstrar a nossa gratidão pessoalmente
a cada um de vós que connosco estiveram nestes momentos tão
dificeis, mas era de todo impossivel fazê-lo em tempo útil.
“Bem Hajam” e que Deus vos recompense.
O Director do Jornal de Oleiros e equipa, lamentam a notícia e
apresentam condolências ao Dr. Fernando Marques Jorge.
e-mail: mariaclcc@gmail.com
Telef.: 272 688 058
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