Ara chloropterus - Atualidades Ornitológicas
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Figura 2. <strong>Ara</strong> chloroptera consumindo<br />
frutos secos de cinamomo Melia azedarach<br />
Figura 3. Indivíduos de <strong>Ara</strong> chloroptera consumindo<br />
frutos secos de cinamomo Melia azedarach<br />
Figura 4. <strong>Ara</strong> chloroptera consumindo<br />
amendoim bravo Pterogyne nitens<br />
Figura 5. <strong>Ara</strong> chloroptera aproveitando<br />
brotos de guarita Astronium graveolens<br />
mo, mas também de preocupação. Isso porque, no âmbito açúcar para as usinas de álcool e açúcar recentemente instalageral<br />
de sua distribuição, tal como ocorre com as demais espé- das na região.<br />
cies do gênero <strong>Ara</strong>, ela é alvo de grande interesse como ave Dentro da EE Caiuá, o principal caminho que transpassa a<br />
ornamental, em virtude de sua fácil adaptação ao convívio floresta é denominado de “Trilha da <strong>Ara</strong>ra”, em virtude de conhumano.<br />
Em função dessas características é capturada ilegal- ter em seu percurso um ninho em uma árvore morta, cujo tronmente<br />
e vendida no ilícito comércio de animais silvestres no co ainda mantinha restos de uma escada tosca para capturado-<br />
Brasil e no exterior. A espécie é também vítima de caçadores res alcançarem a cavidade usada para nidificação de onde tiraque,<br />
quando não as matam, mutilam-na deixando indivíduos vam os filhotes.<br />
sem condições de sobrevivência.<br />
Esta arara consta da lista de espécies ameaçadas da avifau-<br />
Com efeito, nos últimos anos várias araras-vermelhas na paranaense (Straube et al. 2004) e também do Plano de<br />
foram encontradas apresentando ferimentos, em diversos gra- Ação para conservação de espécies ameaçadas elaborado<br />
us de gravidade, na região noroeste paranaense, em especial pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) (Scherer-Neto &<br />
por funcionários do Escritório Regional de Paranavaí do Carrano 2009).<br />
Instituto Ambiental do Paraná (IAP), bem como de outras ins- A espécie foi observada em quase todas as expedições realitituições<br />
que realizam fiscalização de infrações ao meio ambi- zadas à Estação Ecológica do Caiuá e municípios adjacentes<br />
ente.<br />
desde 1995 a 2000 quando se encerrou o inventário avifaunis-<br />
Outro motivo preocupante com relação à conservação des- tico e, desde então, se iniciaram as pesquisas destinadas a<br />
sa arara é a condição da paisagem nessa região do estado do conhecer as suas áreas de ocorrência atual, assim como de sua<br />
Paraná. Quase toda a Floresta Estacional Semidecidual foi congenérica <strong>Ara</strong> ararauna (Scherer-Neto et al. 2008)<br />
erradicada, dando lugar a pastagens e áreas de cultivo de café Um particular interesse por essa arara se difundiu entre os<br />
em décadas passadas, e, atualmente à plantação de cana-de- guardas-parque que trabalharam na Estação Ecológica do Cai-<br />
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<strong>Atualidades</strong> <strong>Ornitológicas</strong> On-line Nº 159 - Janeiro/Fevereiro 2011 - www.ao.com.br