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A aceitação da observação de aves como ferramenta didática no ...

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A <strong>aceitação</strong> <strong>da</strong> <strong>observação</strong><strong>de</strong> <strong>aves</strong> <strong>como</strong> <strong>ferramenta</strong>9<strong>didática</strong> <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> formalISSN 1981-8874771981 887003 0 0 1 4 61,2Maria Cecília Vieira-<strong>da</strong>-Rochado ao <strong>de</strong>senvolvimento do espírito <strong>de</strong> investigação, invenção eTamara Molin 1,3 iniciativa e à aplicação do pensamento lógico. Segundo Pilleti(1993): “Os objetivos do ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> ciências, <strong>de</strong>lineados pela legislaçãoResumo. No Brasil, o ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> ciências ain<strong>da</strong> está vinculadoatual, serão atingidos se tal ensi<strong>no</strong> levar o alu<strong>no</strong> a ad-ao livro didático, existindo uma tradicional valorização <strong>da</strong>s atiquandoquirir habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s, que caracterizam os cientistasvi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> leitura, exercícios teóricos e aulas expositivas. Coreza”.empenhados na re<strong>de</strong>scoberta <strong>da</strong> regulari<strong>da</strong><strong>de</strong> na natu-mo método alternativo <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> dos conteúdos formais e na integraçãoe aplicação <strong>da</strong> educação ambiental - <strong>de</strong> caráter interdis<strong>de</strong>rO ponto principal é reconhecer a real possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> enten-ciplinar - a <strong>observação</strong> <strong>de</strong> <strong>aves</strong> surge <strong>como</strong> prática pe<strong>da</strong>gógicao conhecimento científico e a sua importância na formaçãovaliosa, oferecendo a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ser emprega<strong>da</strong> sob difepliaçãodos alu<strong>no</strong>s, uma vez que ele contribui efetivamente para a am-rentes enfoques e abor<strong>da</strong>gens, reunindo diversas áreas do saber<strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> compreensão e atuação <strong>no</strong> mundo.<strong>de</strong> forma integra<strong>da</strong>. O presente estudo teve <strong>como</strong> objetivo invesperceptíveis(Krasilchik, 1996). Partindo <strong>de</strong>ste pressuposto, são facilmentetigar, por meio <strong>de</strong> uma amostra piloto, a <strong>aceitação</strong> e o interesseas diversifica<strong>da</strong>s formas <strong>de</strong> seleção <strong>de</strong> experiênciasdos alu<strong>no</strong>s na utilização <strong>da</strong> <strong>observação</strong> <strong>de</strong> <strong>aves</strong> <strong>como</strong> <strong>ferramenta</strong> e organização <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que contribuirão para um aprendi<strong>didática</strong>na aprendizagem dos conteúdos formais. A pesquisa foi zado eficaz, em que o alu<strong>no</strong> seja capaz <strong>de</strong> alcançar o comporta-<strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> em 2008 <strong>no</strong> Instituto <strong>de</strong> Educação do Paraná “Pro- mento final que <strong>de</strong>le se espera (Turra, 1986).fessor Erasmo Pilotto”, instituição <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong> médio estadual siqueNélio Bizzo (2002) aponta para uma renúncia aos conteúdostua<strong>da</strong> em Curitiba (Paraná). Para a coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos, dirigi<strong>da</strong> a aluciências,se limitam apenas a transmitir <strong>no</strong>tícias sobre os produtos <strong>de</strong><strong>no</strong>s <strong>de</strong> três turmas <strong>de</strong> 2° a<strong>no</strong> diur<strong>no</strong> do Ensi<strong>no</strong> Normal (Formaformaafirmando ser a ciência muito mais uma postura, umação <strong>de</strong> Docentes), realizou-se uma aula expositiva e dialoga<strong>da</strong><strong>de</strong> planejar o pensamento; e seu ensi<strong>no</strong>, <strong>de</strong>ve estar apoiaçãopara ca<strong>da</strong> turma, dividi<strong>da</strong> em três módulos: 1. explanação teóritedo na capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>spertar <strong>no</strong> indivíduo e na inquietação fren-ca; 2. momento prático; 3. aplicação <strong>de</strong> questionário. Embora regionalao <strong>de</strong>sconhecido.e <strong>de</strong> peque<strong>no</strong> universo amostral, a pesquisa indicou que Pilleti (1993) <strong>de</strong>staca que o ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> ciências <strong>de</strong>verá levar ogran<strong>de</strong> parte dos alu<strong>no</strong>s <strong>de</strong>monstram gran<strong>de</strong> <strong>aceitação</strong> <strong>da</strong> obseroalu<strong>no</strong> à aprendizagem <strong>de</strong> fatos e princípios científicos, levandovação<strong>de</strong> <strong>aves</strong> <strong>como</strong> recurso interdisciplinar. Os resultados, <strong>de</strong>sguindoa adquirir a <strong>no</strong>ção <strong>da</strong> universali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s leis científicas. Se-ta forma, reforçam opiniões anteriormente divulga<strong>da</strong>s na literanãoa explanação <strong>de</strong> Alves (2006), educadores e educandostura que consi<strong>de</strong>raram a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>no</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> eduvemestão convictos <strong>de</strong> serem possuidores <strong>da</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>,e sim <strong>de</strong>turacação, por meio <strong>de</strong> técnicas <strong>didática</strong>s alternativas <strong>de</strong> fácil aceitaaprendizes,estar sempre prontos a escutar e agir <strong>como</strong> permanentesção.objetivando a experimentação e a completa produção.Palavras-chave: Ensi<strong>no</strong> Formal; Observação <strong>de</strong> <strong>aves</strong>; Acei- ção <strong>de</strong> conhecimento (Bizzo, 2002).tação; Ferramenta <strong>didática</strong>.Torna-se papel fun<strong>da</strong>mental e uma obrigatorie<strong>da</strong><strong>de</strong> constitu-cional <strong>da</strong>s instituições <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong>, proporcionar o acesso a outrasIntroduçãoformas <strong>de</strong> conhecimento, <strong>como</strong> o artístico, cultural e científico,O ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> ciências na maioria <strong>da</strong>s escolas <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong> fun<strong>da</strong><strong>ferramenta</strong>este último dotado <strong>de</strong> especifici<strong>da</strong><strong>de</strong>s que o transforma em umamental e médio do Brasil tem sido relegado a um pla<strong>no</strong> inferior,po<strong>de</strong>rosa <strong>no</strong> mundo mo<strong>de</strong>r<strong>no</strong>, <strong>como</strong> forma <strong>de</strong> expan-<strong>de</strong> abando<strong>no</strong> e esquecimento, mantendo praticamente os mesçasdir o conhecimento, mo<strong>de</strong>lando explicações alternativas às cren-mos métodos didáticos utilizados há várias déca<strong>da</strong>s. Segundo as<strong>da</strong> coletivi<strong>da</strong><strong>de</strong> (Oliveira, 1997).diferentes pesquisas feitas na área <strong>de</strong> educação (Bonami<strong>no</strong> & De acordo com Menezes (2000), ao por <strong>de</strong> lado o ensi<strong>no</strong> in-Franco, 1998; Bethelem, 1971), adquiriu-se uma consciência coaostrodutório e enciclopédico em ciências, é possível apresentarmum <strong>de</strong> que qualquer educador po<strong>de</strong>ria ensinar “ciências”, vis<strong>no</strong>alu<strong>no</strong>s questões contemporâneas, criar ambientes on<strong>de</strong> o alu-to apresentar-se <strong>como</strong> disciplina necessária e <strong>de</strong> fácil aplicação.possa se aprofun<strong>da</strong>r <strong>no</strong>s tópicos <strong>de</strong> seu interesse e proporciotoNo entanto, <strong>de</strong>vido à gran<strong>de</strong> envergadura temática, gran<strong>de</strong> parte nar momentos on<strong>de</strong> a iniciativa do alu<strong>no</strong> é privilegia<strong>da</strong>, resuldosprofessores exprime insegurança, pela falta <strong>de</strong> acesso a ma- tando em sua participação ativa <strong>no</strong> aprendizado.teriais informativos e recentes aplicações <strong>da</strong> ciência. Além disdidático,No Brasil, o ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> ciências ain<strong>da</strong> está vinculado ao livroso, acabam fun<strong>da</strong>mentados em programas pouco incentivadoresexistindo uma valorização intensa <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> lei-e objetivos <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong> inespecíficos resultando, assim, na ausênsenvolvimentotura, exercícios teóricos e aulas expositivas. No entanto, o <strong>de</strong>-cia quase que completa <strong>da</strong> aplicação <strong>de</strong> conceitos focados nas<strong>de</strong> projetos que oferecem oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s paraciências físicas e biológicas (Bethelem, 1971).que os alu<strong>no</strong>s investiguem o mundo em que vivem, torna-se umaO Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Educação, <strong>no</strong> Parecer n° 853 <strong>de</strong> 1971, alternativa metodológica viável, que auxilia não só o professor<strong>de</strong>finiu <strong>como</strong> objetivos específicos <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> ciências a capasena exposição <strong>de</strong> temas atuais, <strong>como</strong> também, <strong>de</strong>sperta o interes-citação do educando à compreensão e explicação sobre o meiodo alu<strong>no</strong> pela ciência e pela prática científica (Santos et al.,que o cerca, assimc <strong>como</strong> sua <strong>de</strong>corrente atuação sobre ele, alia- 2005).Atuali<strong>da</strong><strong>de</strong>s Ornitológicas On-line Nº 146 - Novembro/Dezembro 2008 - www.ao.com.br33


Figura 1. Aspectos do trabalho didático: há <strong>aceitação</strong> <strong>da</strong> <strong>observação</strong> <strong>de</strong> <strong>aves</strong> <strong>como</strong> <strong>ferramenta</strong> <strong>didática</strong>?Existe uma ampla gama <strong>de</strong> materiais e métodos <strong>de</strong> ciências à Tornar comum e frequente a prática <strong>de</strong> <strong>observação</strong> <strong>de</strong> <strong>aves</strong>,disposição dos professores que po<strong>de</strong>m contribuir para a melho- <strong>de</strong>spertando a curiosi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> crianças e jovens para o tema é gariado trabalho e conseqüente interesse dos alu<strong>no</strong>s (Bizzo, rantir a preservação <strong>de</strong>ssa diversi<strong>da</strong><strong>de</strong>, assumindo significado e2002). Como método alternativo <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> dos conteúdos for- gran<strong>de</strong> relevância <strong>no</strong> cotidia<strong>no</strong> dos alu<strong>no</strong>s, possibilitando amais e na integração e aplicação <strong>da</strong> educação ambiental - <strong>de</strong> cará- união <strong>da</strong> classe <strong>aves</strong> com o ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> ciências nas escolas (Espíterinterdisciplinar - a <strong>observação</strong> <strong>de</strong> <strong>aves</strong> surge <strong>como</strong> prática pe- <strong>no</strong>la, 2007).<strong>da</strong>gógica, oferecendo a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ser emprega<strong>da</strong> sob dife- A utilização <strong>da</strong> <strong>observação</strong> <strong>de</strong> <strong>aves</strong> <strong>como</strong> instrumento didátirentesenfoques e abor<strong>da</strong>gens, reunindo diversas áreas do saber co é fortalecido pela importância ecológica <strong>de</strong>ste grupo zoológi<strong>de</strong>forma integra<strong>da</strong> (Costa, 2007).co que, além <strong>de</strong> compor um grupo amplo, atuam significativa-Um dos objetivos principais <strong>da</strong> utilização do tema “<strong>aves</strong>” co- mente <strong>no</strong> controle populacional e em inúmeras relações ecolómomultiplicador e integrador <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> ciências é a sua fácil gicas <strong>de</strong> interesse mútuo com vertebrados, invertebrados e planaplicaçãoe <strong>aceitação</strong> por parte <strong>de</strong> todos os públicos. Ocorrendo tas (Espí<strong>no</strong>la, 2007).em qualquer ambiente e em to<strong>da</strong>s as estações do a<strong>no</strong>, as <strong>aves</strong> ocu- Conforme Argel-<strong>de</strong>-Oliveira (1996), ao utilizar as <strong>aves</strong> empam um papel relevante <strong>no</strong>s diversos ecossistemas, por serem educação é possível <strong>de</strong>senvolver <strong>no</strong>s alu<strong>no</strong>s a percepção <strong>da</strong> exisexcelentesindicadoras <strong>da</strong>s condições ambientais (COSTA, tência <strong>de</strong> animais <strong>no</strong> entor<strong>no</strong> do ser huma<strong>no</strong>, <strong>de</strong>smistificando2007). qualquer aversão causa<strong>da</strong> por outros animais <strong>como</strong> morcegos,As <strong>aves</strong> são os organismos mais bem conhecidos e, portanto, anfíbios lagartixas e insetos, reduzindo os riscos <strong>de</strong> repulsa pormais populares por parte <strong>da</strong> população brasileira, sendo simpá- parte dos alu<strong>no</strong>s.ticas e facilmente observáveis por apresentarem gran<strong>de</strong> diversi- O presente estudo teve <strong>como</strong> objetivo investigar, por meio <strong>de</strong><strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> cores e cantos estabelecendo, assim, uma importante co- uma amostra piloto, a <strong>aceitação</strong> e o interesse dos alu<strong>no</strong>s na utilinexãocom as práticas <strong>de</strong> educação ambiental (Straube & Vieira- zação <strong>da</strong> <strong>observação</strong> <strong>de</strong> <strong>aves</strong> <strong>como</strong> <strong>ferramenta</strong> <strong>didática</strong> na<strong>da</strong>-Rocha, 2006).aprendizagem dos conteúdos formais.O Brasil apresenta a segun<strong>da</strong> maior biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>aves</strong>do mundo, sendo possuidor <strong>de</strong> 1822 espécies, <strong>da</strong>s quais 232 ex- Métodosclusivas (endêmicas) dos limites territoriais do País (Lobo, A pesquisa foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> <strong>no</strong> Instituto <strong>de</strong> Educação do Para-2008). Esta abundância, contudo, ain<strong>da</strong> é pouco explora<strong>da</strong>, le- ná Professor Erasmo Pilotto, enti<strong>da</strong><strong>de</strong> governamental estadualvando a uma enrome carência <strong>de</strong> informações disponíveis, ao ci- do ensi<strong>no</strong> médio localiza<strong>da</strong> em Curitiba, Paraná.<strong>da</strong>dão comum, sobre as plantas e os animais que vivem em seu Para a coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos, que consi<strong>de</strong>rou os alu<strong>no</strong>s <strong>de</strong> três tur-País (Straube & Vieira-<strong>da</strong>-Rocha, 2006).mas <strong>de</strong> segundo a<strong>no</strong> diur<strong>no</strong> do Ensi<strong>no</strong> Normal (formação <strong>de</strong> do-34Atuali<strong>da</strong><strong>de</strong>s Ornitológicas On-line Nº 146 - Novembro/Dezembro 2008 - www.ao.com.br


Tabela 1. Perguntas aplica<strong>da</strong>s <strong>no</strong> questionário <strong>de</strong> interpretação sobre a <strong>aceitação</strong> <strong>da</strong><strong>observação</strong> <strong>de</strong> <strong>aves</strong> <strong>como</strong> <strong>ferramenta</strong> <strong>didática</strong> <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> médio <strong>no</strong> Instituto <strong>de</strong> Educaçãodo Paraná (Curitiba).Quadro 1. Algumas respostas seleciona<strong>da</strong>sdos questionários sobre o reconhecimento<strong>da</strong> avifauna <strong>no</strong> cotidia<strong>no</strong> geográfico.“Em todos os lugares que estou, possover e ouvir o canto <strong>de</strong>stes seres tãobonitos <strong>de</strong> observar”. (Entrevistado 1).“Não é somente nas florestas queexistem <strong>aves</strong>, comece a olhar paraalguma árvore, quando você observa,você percebe que elas po<strong>de</strong>m existirtambém nas gran<strong>de</strong>sci<strong>da</strong><strong>de</strong>s”.(Entrevistado 2).“Elas não têm um lugar fixo paraficarem, estão a <strong>no</strong>ssa volta, em <strong>no</strong>ssospensamentos, alegrando <strong>no</strong>ssas vi<strong>da</strong>s”.(Entrevistado 3).centes), o estudo contou com uma aula expositiva e dialoga<strong>da</strong> pa- Para avaliar qualitativa e quantitativamente as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, foira ca<strong>da</strong> turma, ministra<strong>da</strong> em 50 minutos. Esta explanação foi di- <strong>de</strong>senvolvido um questionário composto por cinco questões disvidi<strong>da</strong>em três módulos: explanação teórica; momento prático; sertativas, com o objetivo principal <strong>de</strong> medir <strong>no</strong>s estu<strong>da</strong>ntes, osaplicação <strong>de</strong> questionário. O primeiro e o segundo módulo tive- seguintes aspectos: conhecimento e interação com as <strong>aves</strong>, caparamduração <strong>de</strong> 20 minutos ca<strong>da</strong>, restando os 10 minutos finais ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>observação</strong> temática e o interesse e <strong>aceitação</strong> <strong>da</strong>s <strong>aves</strong>para avaliação.<strong>como</strong> <strong>ferramenta</strong> <strong>didática</strong>. Para a análise do questionário, asA explanação teórica apresentou uma breve introdução a res- questões foram dividi<strong>da</strong>s em três grupos: conhecimento, aceitapeito<strong>da</strong>s <strong>no</strong>ções <strong>da</strong> biologia <strong>da</strong>s <strong>aves</strong> (diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> bicos, cau- ção e <strong>observação</strong> (Tabela 1).<strong>da</strong>s, coloração <strong>da</strong>s penas, cantos, alimentação e comportamen- Foram necessários os seguintes materiais, <strong>de</strong> uso nas ativi<strong>da</strong>to),técnicas <strong>de</strong> <strong>observação</strong> e i<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong>s <strong>aves</strong> <strong>no</strong>s diversos <strong>de</strong>s teóricas e práticas: sala <strong>de</strong> aula, quadro-negro e giz, além <strong>de</strong>ambientes, <strong>como</strong> também a importância dos cantos para a i<strong>de</strong>n- microcomputador (e acessórios básicos) conectado a equipatificaçãoe os equipamentos mais utilizados para este fim. mento <strong>de</strong> projeção.No momento prático, foi utilizado <strong>como</strong> recurso didático umcartaz ilustrativo, representando uma estratificação florestal e Resultadosseus representantes avifaunísticos em ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s cama<strong>da</strong>s. A pesquisa contou com um total <strong>de</strong> 84 alu<strong>no</strong>s cujas informa-Os alu<strong>no</strong>s foram estimulados a observar e contar as <strong>aves</strong> (com o ções alusivas à temática foram colhi<strong>da</strong>s diretamente pelosauxílio <strong>de</strong> binóculos), <strong>de</strong>screvendo suas principais característi- questionários. Na prática <strong>de</strong>sta ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> cultural e lúdica, a cacas.paci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>observação</strong> e percepção dos alu<strong>no</strong>s foi estimula<strong>da</strong>,Tabela 2. Respostas e justificativas* dos alu<strong>no</strong>s mediante a pergunta "Você gostaria <strong>de</strong>apren<strong>de</strong>r os conteúdos <strong>de</strong> ciências relacionando-os com o extraordinário mundo <strong>da</strong>s <strong>aves</strong>?".Quadro 2. Algumas respostas seleciona<strong>da</strong>sdos questionários sobre o interesse em utilizaras <strong>aves</strong> <strong>como</strong> <strong>ferramenta</strong> interdisciplinar.“... Acho que nós jovens <strong>de</strong>hoje per<strong>de</strong>mos muitas coisas <strong>da</strong>natureza por não termosconhecimento quando me<strong>no</strong>res.Por isso, a preservaçãoestá precária” (Entrevistado 4)“... Estaríamos ampliando<strong>no</strong>ssos conhecimentos sobreeste mundo tão pouco exploradoe aplicado em <strong>no</strong>sso cotidia<strong>no</strong>”(Entrevistado 5).“... Po<strong>de</strong>ríamos <strong>de</strong>scobrirquantas espécies existem, <strong>como</strong>vivem e o principal, o porquê sãotão importantes para o ecossistema”(Entrevistado 6).Atuali<strong>da</strong><strong>de</strong>s Ornitológicas On-line Nº 146 - Novembro/Dezembro 2008 - www.ao.com.br35


Tabela 3. Respostas e justificativas* dos alu<strong>no</strong>s mediante a pergunta "Você acha queapren<strong>de</strong>ria <strong>de</strong> forma mais fácil e rápi<strong>da</strong> as outras disciplinas com a aju<strong>da</strong> <strong>da</strong>s <strong>aves</strong>?"Quadro 3. Algumas respostas seleciona<strong>da</strong>sdos questionários sobre o interesse emutilizar as <strong>aves</strong> <strong>como</strong> <strong>ferramenta</strong> interdisciplinar.“... É uma forma muito legale diferente <strong>de</strong> se encarar as matériase dá para mexer com as <strong>aves</strong> emqualquer matéria, <strong>como</strong> matemática,geografia, ciências e etc.”(Entrevistado 7).“... Este tipo <strong>de</strong> sistematizaçãopermite associações e facilitao aprendizado, tornando-omais agradável”(Entrevistado 8).“Eu apren<strong>de</strong>ria pois tudo queé diferente e que se traz paraa sala <strong>de</strong> aula dá certo, pois saido cotidia<strong>no</strong> do alu<strong>no</strong>”(Entrevistado 9).assim <strong>como</strong> a sensibilização para com o meio ambiente, <strong>de</strong>s- ma forma, Penick (1998) afirma que os professores, ao <strong>de</strong>sempertandoconceitos <strong>de</strong> preservação (Costa, 2006a,b, 2007a,b; penharem papéis específicos <strong>de</strong> facilitadores, po<strong>de</strong>m criar salasArgel-<strong>de</strong>-Oliveira, 1996 e 1997; Oliveira-Júnior & Sato, <strong>de</strong> aula on<strong>de</strong> os alu<strong>no</strong>s apren<strong>da</strong>m ciências em uma atmosfera <strong>de</strong>2003). i<strong>no</strong>vação.A avaliação teve <strong>como</strong> finali<strong>da</strong><strong>de</strong> maior investigar o interesse Quando questionados se apren<strong>de</strong>riam <strong>de</strong> forma mais fácil e rádosalu<strong>no</strong>s pela prática <strong>da</strong> <strong>observação</strong> <strong>de</strong> <strong>aves</strong> e o uso <strong>de</strong>sta uma pi<strong>da</strong> as outras disciplinas (Matemática, Português, Física, Quí<strong>ferramenta</strong><strong>didática</strong>, <strong>de</strong>stacando as perguntas 1, 2 e 3 <strong>como</strong> <strong>de</strong> mica, Educação Física e Artística etc), relacionando-as com o temaiorrelevância para o presente estudo.ma “<strong>aves</strong>”, gran<strong>de</strong> parte dos alu<strong>no</strong>s (n= 56) <strong>de</strong>monstrou relevan-Quando questionados a respeito <strong>da</strong> existência <strong>da</strong>s <strong>aves</strong> <strong>no</strong> seu te interesse na estratégia abor<strong>da</strong><strong>da</strong> (Tabela 3; quadro 3). A interentor<strong>no</strong>,os alu<strong>no</strong>s <strong>de</strong>monstraram ple<strong>no</strong> conhecimento <strong>da</strong> pre- disciplinari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrou ser fun<strong>da</strong>mental para os alu<strong>no</strong>ssença <strong>de</strong>ste seres <strong>no</strong>s ambientes naturais e urba<strong>no</strong>s, reconhecen- (n= 25) <strong>como</strong> forma <strong>de</strong> facilitar o entendimento <strong>da</strong>s outras discidoa interação direta dos seres huma<strong>no</strong>s com estes animais. Ou- plinas (n= 24) ou mesmo tornando-as mais dinâmicas e envoltroponto forte averiguado foi a relação <strong>de</strong> afetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e empatia ventes (n=18).que os alu<strong>no</strong>s apresentaram ao se referirem as <strong>aves</strong> (Quadro 1). É <strong>no</strong>tório que quando os alu<strong>no</strong>s estão pessoalmente envol-Ao reconhecer a existência <strong>de</strong> <strong>aves</strong> em seu entor<strong>no</strong>, o alu<strong>no</strong> vidos na aprendizagem, apren<strong>de</strong>m e retêm o conhecimento eamplia sua percepção <strong>de</strong> espaço e a interação <strong>de</strong>ste com outros as habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> uma forma mais a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>. Uma vez inseriseres.Essa compreensão levará a um maior conhecimento do dos em uma sala <strong>de</strong> aula, on<strong>de</strong> o ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> ciências é eficienambienteem que está inserido, <strong>de</strong>spertando assim uma consci- te, os alu<strong>no</strong>s po<strong>de</strong>m mostrar seu interesse e compreensão, exentizaçãopara a preservação <strong>de</strong>sse habitat comum. (Argel-<strong>de</strong>- pressando o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r mais e agindo <strong>de</strong> forma queOliveira, 1996, 1997; Oliveira-Júnior & Sato, 2003; Costa, propicie a aprendizagem e posterior aplicação <strong>de</strong> seus conhe-2007). cimentos (Penick,1998).No âmbito <strong>de</strong> verificar se há interesse por parte dos alu<strong>no</strong>s em A edição <strong>de</strong> 1986 do National Assessment of Educational Procorrelacionaro tema “<strong>aves</strong>” com as <strong>de</strong>mais áreas do conheci- gress (Mullis & Jenkins, 1988) indica que os alu<strong>no</strong>s preferem emento científico, presentes na disciplina <strong>de</strong> ciências e biologia, têm as mais altas <strong>no</strong>tas nas classes em que há i<strong>no</strong>vação. Consi<strong>de</strong>foipercebido um gran<strong>de</strong> entusiasmo na proposta apresenta<strong>da</strong>. rando que professores i<strong>no</strong>vadores são aqueles que fazem algo di-Po<strong>de</strong>-se afirmar que a curiosi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> maioria dos alu<strong>no</strong>s, segun- ferente e muitas vezes insuitado, propostas que sustentem a indoseus <strong>de</strong>poimentos (n=70), parte <strong>da</strong> vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> ampliar seus terdisciplinari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> forma criativa são uma alternativa e<strong>no</strong>rconhecimentos(n= 23), revelando importância <strong>da</strong> consciência memente visível, em contraparti<strong>da</strong> à já <strong>de</strong>sgata<strong>da</strong> prática pe<strong>da</strong>preservacionista(n=14) e do <strong>de</strong>corrente interesse pela Ornitolo- gógica tradicional.gia (n=23) visto que este tema é pouco abor<strong>da</strong>do <strong>no</strong>s conteúdos Costa (2007), por exemplo, propõe alguns exemplos <strong>de</strong> coformais(Tabela 2; Quadro 2).mo utilizar a <strong>observação</strong> <strong>de</strong> <strong>aves</strong> <strong>de</strong> forma interdisciplinar:De acordo com Costa (2007), a <strong>observação</strong> <strong>de</strong> <strong>aves</strong> surge co- Educação Artística (<strong>de</strong>senhos, formas e cores, representaçõesmo método facilitador na apreensão <strong>de</strong> conteúdos formais dos teatrais), Matemática (aplicação <strong>de</strong> conceitos matemáticos <strong>no</strong>currículos escolares, contrapondo-se ao <strong>de</strong>sânimo provocado cálculo <strong>de</strong> diversi<strong>da</strong><strong>de</strong>, abundância, tamanho do bando, siste<strong>no</strong>salu<strong>no</strong>s pelos métodos tradicionais <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong> e pela ausência ma métrico), Português (produção <strong>de</strong> textos, grafia dos <strong>no</strong>mes<strong>de</strong> conectivi<strong>da</strong><strong>de</strong> com a reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, entre outros fatores. Da mes- vernáculos e radicais gregos e lati<strong>no</strong>s) e História (folclore, uso36Atuali<strong>da</strong><strong>de</strong>s Ornitológicas On-line Nº 146 - Novembro/Dezembro 2008 - www.ao.com.br


itualístico,valorização cultural). Com isso, o ensi<strong>no</strong> torna-se Agra<strong>de</strong>cimentos:suavizado em seu padrão didático mas, por outro lado, enri- Somos gratas ao pesquisador Fernando Straube pela leituraquecido pela diversi<strong>da</strong><strong>de</strong>, características que pu<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>- crítica e sugestòes ofereci<strong>da</strong>s e à professora Rita Dallagon, pelamonstrar <strong>no</strong> presente estudo, ain<strong>da</strong> que mediante peque<strong>no</strong> uni- orientação durante todo o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste estudo.verso amostral.Referências bibliográficasConclusõesAlves, R. 2006. Entre a ciência e a sapiência, o dilema <strong>da</strong> educação. SãoFoi evi<strong>de</strong>nciado o interesse por parte dos alu<strong>no</strong>s na utilização Paulo, Ed.Loyola. 105 p.<strong>de</strong> métodos i<strong>no</strong>vadores para uma melhor compreensão dos con- Argel-<strong>de</strong>-Oliveira, M.M. 1996. Subsídios para a atuação <strong>de</strong> biólogos emteúdos <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> disciplina <strong>de</strong> Biologia, <strong>como</strong> também na apren- Educação Ambiental: o uso <strong>de</strong> <strong>aves</strong> urbanas em educação ambiental.dizagem <strong>de</strong> outras disciplinas.Mundo <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> 20 (8).Consi<strong>de</strong>rando os resultados obtidos, temos por <strong>de</strong>ver sugerir Argel-<strong>de</strong>-Oliveira, M.M. 1997. El uso <strong>de</strong> <strong>aves</strong> em educación ambiental. In:a aplicação <strong>de</strong> técnicas para viabilizar a utilização <strong>da</strong> observa- [Resumos do] Encuentro Bolivia<strong>no</strong> para la Conservación <strong>de</strong> lasção <strong>de</strong> <strong>aves</strong> <strong>como</strong> recurso didático.Aves. Santa Cruz <strong>de</strong> La Sierra.Como método inicial para <strong>de</strong>spertar o interesse e percepção Bethlem, N. 1971. Explorando as ciências na escola primária. Rio <strong>de</strong> Jadoalu<strong>no</strong> sobre o tema, é sugeri<strong>da</strong> a criação núcleos escolares <strong>de</strong> neiro, J. Olympio.observadores <strong>de</strong> <strong>aves</strong>, agremiação que po<strong>de</strong>rá ser viabiliza<strong>da</strong> Bizzo, N. 2002. Ciências: fácil ou difícil? Palavras do Professor. São Pau-em período <strong>de</strong> contra-tur<strong>no</strong> nas próprias <strong>de</strong>pendências <strong>da</strong> esco- lo, Ed. Ática.la. O núcleo <strong>de</strong>verá <strong>de</strong>sempenhar ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s teóricas e práticas Bonami<strong>no</strong>, A. & Franco, C. 2008. Como an<strong>da</strong> a educação brasileira: O pro-que abor<strong>de</strong>m as técnicas <strong>de</strong> reconhecimento e i<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong>s cesso <strong>de</strong> institucionalização e os resultados preliminares do SAEB.espécies <strong>de</strong> <strong>aves</strong> do entor<strong>no</strong> <strong>da</strong> escola, bem <strong>como</strong> estudos <strong>de</strong> Disponível em:. Acessado em 07 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2008.comportamento <strong>de</strong>stes animais e a sua interação com o ambiente.Infinitas outras temáticas serão igualmente bem-vin<strong>da</strong>s, <strong>de</strong> Costa, R.G.A. 2007a. Observação <strong>de</strong> <strong>aves</strong> <strong>como</strong> <strong>ferramenta</strong> Didática para apreferência facilitando a mentalização <strong>de</strong> interligação com osEducação Ambiental. Revista Didática Sistêmica 6.outros campos do conhecimento.Costa, R.G.A. 2007b. Observação <strong>de</strong> <strong>aves</strong> <strong>como</strong> <strong>ferramenta</strong> <strong>didática</strong>: algu-Adicionalmente, sugere-se a promoção <strong>de</strong> festejos a partir <strong>da</strong>mas consi<strong>de</strong>rações pe<strong>da</strong>gógicas. Atuali<strong>da</strong><strong>de</strong>s Ornitológicas 137.realização <strong>de</strong> uma feira, comemorativa ao “Dia <strong>da</strong>s Aves” (5 <strong>de</strong> Costa, R.G.A. 2006a. Emprego <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s lúdicas <strong>como</strong> facilitadoras dooutubro), encorajando os professores responsáveis por to<strong>da</strong>s asprocesso ensi<strong>no</strong> aprendizagem <strong>de</strong> zoologia. In: V Congresso Ibero-America<strong>no</strong> <strong>de</strong> Educação Ambiental. Resumos.disciplinas a <strong>de</strong>senvolver ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s basea<strong>da</strong>s na unificação dotema “<strong>aves</strong>” com os conteúdos formais <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> disciplina, <strong>como</strong>Costa, R.G.A. 2006b. Inserção <strong>da</strong> ornitologia na educação <strong>como</strong> estraté-gia <strong>de</strong> conservação <strong>da</strong>s <strong>aves</strong>. Atuali<strong>da</strong><strong>de</strong>s Ornitológicas 131.forma <strong>de</strong> auxiliar os alu<strong>no</strong>s a compreen<strong>de</strong>rem conceitos complexose, ain<strong>da</strong>, assuntos relacionados à preservação ambiental. Espí<strong>no</strong>la, C., R. R. 2007. Aves na escola, análise <strong>de</strong> livros didáticos do ensi-<strong>no</strong> fun<strong>da</strong>mental. Florianópolis, Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catari-Nesse sentido, a escola <strong>como</strong> instituição formadora adquire meina.os <strong>de</strong> <strong>de</strong>spertar <strong>no</strong> alu<strong>no</strong> uma visão holística e realista <strong>da</strong> conser-Krasilchik, M. 1996. Prática <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> biologia. São Paulo, Ed. Harbra.vação <strong>da</strong>s <strong>aves</strong> e do meio ambiente tendo os docentes <strong>como</strong> peçafun<strong>da</strong>mental <strong>no</strong> processo educativo e integrador do conceito Lobo, F. 2008. E o Brasil <strong>de</strong>scobre a sua fauna ala<strong>da</strong>. O Eco. Disponível em:. Acessado em: 16 <strong>de</strong> ou-Por assim dizer, espera-se que o tema “<strong>aves</strong>” expresse-se co- tubro <strong>de</strong> 2008.mo elemento gerador <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e fixador <strong>da</strong>s informaçõesMenezes, L.C. <strong>de</strong>. 2000. Ensinar ciências <strong>no</strong> próximo século. In: E.W.Hamadicionais<strong>de</strong> estudos <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong>s diversas disciplinas, as quais – burguer e C. Matos (orgs). O <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> ensinar ciências <strong>no</strong> séculoa título <strong>de</strong> exemplificação – po<strong>de</strong>m abor<strong>da</strong>r: XXI. São Paulo, EDUSP. 349p.• Ciências/Biologia (biologia, comportamento, a<strong>da</strong>ptação e evo- Mullis, I.V. & Jenkins, L.B. (eds.). 1988. The Science Report card: Elelução,<strong>observação</strong>, coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos);ments of Risk and Recovery. Princeton, Educational Testing Service.• Português (poesia, re<strong>da</strong>ção, elaboração <strong>de</strong> projeto, jornais e ar- Oliveira, D.L. <strong>de</strong>. 1997. Consi<strong>de</strong>rações sobre o ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> Ciências nas satigos);las <strong>de</strong> aula. Porto Alegre, Ed. Mediação, P.9-18, Porto Alegre.• Geografia (migração, reconhecimento <strong>de</strong> biomas e os diferen- Oliveira-Júnior, S.B. & Sato, M. 2003. Educação ambiental e percepção <strong>da</strong>tes estratos florestais, i<strong>de</strong>ntificação do local <strong>de</strong> ocorrência e <strong>da</strong> avifauna. In: XI Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Ornitologia. Resumos.distribuição geográfica <strong>da</strong>s espécies com o auxílio <strong>de</strong> mapas e Penick, J.E. 1998. Ensinando "Alfabetização Científica". Educar 14:91-outros recursos mo<strong>de</strong>r<strong>no</strong>s); 113.• História (folclore, mitos, religião, relação cultural homens- Pilleti, C. 1993. Didática Especial. São Paulo, Ed. Ática.<strong>aves</strong>);Santos, A.M.P.; Franzolin, F. & Fejes, M. 2005. Projeto Aves, um exemplo• Matemática (morfometria, merística, aplicação <strong>de</strong> fórmulas bi- <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> ciências aliado ao uso <strong>de</strong> <strong>no</strong>vas tec<strong>no</strong>logias. Associaoestatísticas,cálculo <strong>de</strong> populações e biomassa, sistema métri- ção Brasileira <strong>de</strong> Pesquisa em Educação em Ciências, Atlas doco); ENPEC nº 5.• Música (chamados e cantos <strong>de</strong> <strong>aves</strong>, música populares);Straube, F.C. & Vieira-<strong>da</strong>-Rocha, M.C. 2006. O conhecimento <strong>da</strong> avifauna• Educação Artística (confecção <strong>de</strong> ilustrações, técnicas <strong>de</strong> <strong>de</strong>se- pela população <strong>de</strong> Curitiba (Paraná, Brasil), com subsídios para pronho,cartazes, maquetes, fantoches, esculturas, comedouros e postas locais <strong>de</strong> educação ambiental. Atuali<strong>da</strong><strong>de</strong>s Ornitológicasbebedouros para as <strong>aves</strong>);133.• Física (dinâmica <strong>de</strong> vôo; bioacústica, temperatura corporal, óp- Turra, C.; Enricone, M.G.; Sant'Anna, F.M. & André, L.C. 1986. Planejamentotica);<strong>de</strong> Ensi<strong>no</strong> e Avaliação. Ed. Sagra, Porto Alegre.• Educação Fisíca (jogos, gincanas, dinâmicas <strong>de</strong> grupo, vivênciasna natureza).1. Acadêmica do curso <strong>de</strong> Licenciatura Plena em Biologia• Química (bioquímica, reações <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> energia, biolo- <strong>da</strong>s Facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s Integra<strong>da</strong>s “Espiríta”, Curitiba (Paraná);gia molecular)2 3. ilicura@yahoo.com.br; . tamymolin@hotmail.com.Atuali<strong>da</strong><strong>de</strong>s Ornitológicas On-line Nº 146 - Novembro/Dezembro 2008 - www.ao.com.br37

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