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A aceitação da observação de aves como ferramenta didática no ...

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Tabela 3. Respostas e justificativas* dos alu<strong>no</strong>s mediante a pergunta "Você acha queapren<strong>de</strong>ria <strong>de</strong> forma mais fácil e rápi<strong>da</strong> as outras disciplinas com a aju<strong>da</strong> <strong>da</strong>s <strong>aves</strong>?"Quadro 3. Algumas respostas seleciona<strong>da</strong>sdos questionários sobre o interesse emutilizar as <strong>aves</strong> <strong>como</strong> <strong>ferramenta</strong> interdisciplinar.“... É uma forma muito legale diferente <strong>de</strong> se encarar as matériase dá para mexer com as <strong>aves</strong> emqualquer matéria, <strong>como</strong> matemática,geografia, ciências e etc.”(Entrevistado 7).“... Este tipo <strong>de</strong> sistematizaçãopermite associações e facilitao aprendizado, tornando-omais agradável”(Entrevistado 8).“Eu apren<strong>de</strong>ria pois tudo queé diferente e que se traz paraa sala <strong>de</strong> aula dá certo, pois saido cotidia<strong>no</strong> do alu<strong>no</strong>”(Entrevistado 9).assim <strong>como</strong> a sensibilização para com o meio ambiente, <strong>de</strong>s- ma forma, Penick (1998) afirma que os professores, ao <strong>de</strong>sempertandoconceitos <strong>de</strong> preservação (Costa, 2006a,b, 2007a,b; penharem papéis específicos <strong>de</strong> facilitadores, po<strong>de</strong>m criar salasArgel-<strong>de</strong>-Oliveira, 1996 e 1997; Oliveira-Júnior & Sato, <strong>de</strong> aula on<strong>de</strong> os alu<strong>no</strong>s apren<strong>da</strong>m ciências em uma atmosfera <strong>de</strong>2003). i<strong>no</strong>vação.A avaliação teve <strong>como</strong> finali<strong>da</strong><strong>de</strong> maior investigar o interesse Quando questionados se apren<strong>de</strong>riam <strong>de</strong> forma mais fácil e rádosalu<strong>no</strong>s pela prática <strong>da</strong> <strong>observação</strong> <strong>de</strong> <strong>aves</strong> e o uso <strong>de</strong>sta uma pi<strong>da</strong> as outras disciplinas (Matemática, Português, Física, Quí<strong>ferramenta</strong><strong>didática</strong>, <strong>de</strong>stacando as perguntas 1, 2 e 3 <strong>como</strong> <strong>de</strong> mica, Educação Física e Artística etc), relacionando-as com o temaiorrelevância para o presente estudo.ma “<strong>aves</strong>”, gran<strong>de</strong> parte dos alu<strong>no</strong>s (n= 56) <strong>de</strong>monstrou relevan-Quando questionados a respeito <strong>da</strong> existência <strong>da</strong>s <strong>aves</strong> <strong>no</strong> seu te interesse na estratégia abor<strong>da</strong><strong>da</strong> (Tabela 3; quadro 3). A interentor<strong>no</strong>,os alu<strong>no</strong>s <strong>de</strong>monstraram ple<strong>no</strong> conhecimento <strong>da</strong> pre- disciplinari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrou ser fun<strong>da</strong>mental para os alu<strong>no</strong>ssença <strong>de</strong>ste seres <strong>no</strong>s ambientes naturais e urba<strong>no</strong>s, reconhecen- (n= 25) <strong>como</strong> forma <strong>de</strong> facilitar o entendimento <strong>da</strong>s outras discidoa interação direta dos seres huma<strong>no</strong>s com estes animais. Ou- plinas (n= 24) ou mesmo tornando-as mais dinâmicas e envoltroponto forte averiguado foi a relação <strong>de</strong> afetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e empatia ventes (n=18).que os alu<strong>no</strong>s apresentaram ao se referirem as <strong>aves</strong> (Quadro 1). É <strong>no</strong>tório que quando os alu<strong>no</strong>s estão pessoalmente envol-Ao reconhecer a existência <strong>de</strong> <strong>aves</strong> em seu entor<strong>no</strong>, o alu<strong>no</strong> vidos na aprendizagem, apren<strong>de</strong>m e retêm o conhecimento eamplia sua percepção <strong>de</strong> espaço e a interação <strong>de</strong>ste com outros as habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> uma forma mais a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>. Uma vez inseriseres.Essa compreensão levará a um maior conhecimento do dos em uma sala <strong>de</strong> aula, on<strong>de</strong> o ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> ciências é eficienambienteem que está inserido, <strong>de</strong>spertando assim uma consci- te, os alu<strong>no</strong>s po<strong>de</strong>m mostrar seu interesse e compreensão, exentizaçãopara a preservação <strong>de</strong>sse habitat comum. (Argel-<strong>de</strong>- pressando o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r mais e agindo <strong>de</strong> forma queOliveira, 1996, 1997; Oliveira-Júnior & Sato, 2003; Costa, propicie a aprendizagem e posterior aplicação <strong>de</strong> seus conhe-2007). cimentos (Penick,1998).No âmbito <strong>de</strong> verificar se há interesse por parte dos alu<strong>no</strong>s em A edição <strong>de</strong> 1986 do National Assessment of Educational Procorrelacionaro tema “<strong>aves</strong>” com as <strong>de</strong>mais áreas do conheci- gress (Mullis & Jenkins, 1988) indica que os alu<strong>no</strong>s preferem emento científico, presentes na disciplina <strong>de</strong> ciências e biologia, têm as mais altas <strong>no</strong>tas nas classes em que há i<strong>no</strong>vação. Consi<strong>de</strong>foipercebido um gran<strong>de</strong> entusiasmo na proposta apresenta<strong>da</strong>. rando que professores i<strong>no</strong>vadores são aqueles que fazem algo di-Po<strong>de</strong>-se afirmar que a curiosi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> maioria dos alu<strong>no</strong>s, segun- ferente e muitas vezes insuitado, propostas que sustentem a indoseus <strong>de</strong>poimentos (n=70), parte <strong>da</strong> vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> ampliar seus terdisciplinari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> forma criativa são uma alternativa e<strong>no</strong>rconhecimentos(n= 23), revelando importância <strong>da</strong> consciência memente visível, em contraparti<strong>da</strong> à já <strong>de</strong>sgata<strong>da</strong> prática pe<strong>da</strong>preservacionista(n=14) e do <strong>de</strong>corrente interesse pela Ornitolo- gógica tradicional.gia (n=23) visto que este tema é pouco abor<strong>da</strong>do <strong>no</strong>s conteúdos Costa (2007), por exemplo, propõe alguns exemplos <strong>de</strong> coformais(Tabela 2; Quadro 2).mo utilizar a <strong>observação</strong> <strong>de</strong> <strong>aves</strong> <strong>de</strong> forma interdisciplinar:De acordo com Costa (2007), a <strong>observação</strong> <strong>de</strong> <strong>aves</strong> surge co- Educação Artística (<strong>de</strong>senhos, formas e cores, representaçõesmo método facilitador na apreensão <strong>de</strong> conteúdos formais dos teatrais), Matemática (aplicação <strong>de</strong> conceitos matemáticos <strong>no</strong>currículos escolares, contrapondo-se ao <strong>de</strong>sânimo provocado cálculo <strong>de</strong> diversi<strong>da</strong><strong>de</strong>, abundância, tamanho do bando, siste<strong>no</strong>salu<strong>no</strong>s pelos métodos tradicionais <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong> e pela ausência ma métrico), Português (produção <strong>de</strong> textos, grafia dos <strong>no</strong>mes<strong>de</strong> conectivi<strong>da</strong><strong>de</strong> com a reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, entre outros fatores. Da mes- vernáculos e radicais gregos e lati<strong>no</strong>s) e História (folclore, uso36Atuali<strong>da</strong><strong>de</strong>s Ornitológicas On-line Nº 146 - Novembro/Dezembro 2008 - www.ao.com.br

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