Eletrônica Aplicada - Saber Eletrônica
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tecnologias<br />
o nível de saída e um circuito de controle<br />
ajusta os atenuadores internos deste<br />
estágio (configuração parecida com a da<br />
figura 26).<br />
Circuito Combinador<br />
Atente para as figuras 27 e 28. O circuito<br />
combinador faz a soma dos sinais do<br />
rádio principal e diversidade no estágio de FI.<br />
Para compensar a diferença de atraso entre<br />
os sinais (a antena-diversidade está numa<br />
altura menor e, portanto, mais próxima do<br />
rádio) é colocada uma linha de retardo, na<br />
realidade um cabo coaxial longo o suficiente,<br />
no circuito de diversidade para equalizar o<br />
atraso. Internamente o combinador possui<br />
um circuito que realiza também a equalização<br />
de fase antes de somar os dois sinais. Na<br />
saída se obtém um sinal com espectro sem<br />
“fadings profundos” (figura 29).<br />
Demodulador<br />
O demodulador converte o sinal modulado<br />
(constelação QAM) nos dois feixes de<br />
dados correspondentes às subportadoras I<br />
e Q. Para isso é preciso, através de um PLL,<br />
recuperar estas subportadoras (figura 30).<br />
Lógica Digital<br />
Circuitos comparadores de nível identificam<br />
os níveis dos sinais (I e Q) e, conforme<br />
o resultado, geram a sequência de bits do<br />
feixe I e do feixe Q (a figura 31 apresenta<br />
apenas o feixe I, de maneira análoga se obtém<br />
o feixe Q).<br />
Aplicando a lógica reversa do circuito do<br />
transmissor, os feixes I e Q são combinados<br />
em um único feixe e os bits de informação<br />
do quadro do rádio são entregues ao<br />
microprocessador para informações de<br />
gerência e controle, conforme foi explicado<br />
anteriormente. (Figura 32).<br />
Os bits de paridade contidos no quadro<br />
do rádio são analisados e a paridade<br />
do quadro recalculada. Caso haja alguma<br />
discrepância nos resultados, esta é reportada<br />
à gerência do rádio como erro de bit<br />
na recepção do sinal. Este recurso é muito<br />
importante no monitoramento do desempenho<br />
do sistema.<br />
Conversor de Interface<br />
Finalmente, o feixe de bits recebido é<br />
convertido do nível lógico interno (TLL ou<br />
ECL) para o padrão ITU G.703 na interface<br />
de saída do rádio. Veja a figura 33.<br />
20 I SABER ELETRÔNICA 460 I Março/Abril 2012<br />
F28. O circuito combinador soma os sinais do<br />
rádio principal e diversidade no estágio de FI.<br />
F30. Atuação do Demodulador<br />
com uso de um PLL.<br />
F32. Serialização/Análise<br />
de quadro do rádio.<br />
Conclusão<br />
A teoria de transmissão digital pode<br />
ser aplicada para os mais diversos meios de<br />
propagação, o que muda são as técnicas para<br />
solução dos problemas. Os equipamentos<br />
de transmissão e recepção apresentam<br />
diagramas de blocos semelhantes, onde os<br />
elementos realizam funções inversas.<br />
Apenas os sinais na interface de acesso<br />
(G.703) são padronizados. Os níveis lógicos<br />
internos, o formato do quadro do rádio e o<br />
sinal irradiado possuem formato proprietário,<br />
o que obriga o usuário a comprar um par T X<br />
/ R X de um mesmo fornecedor.<br />
Quanto mais complexo o tipo de modulação<br />
(número de pontos da constelação)<br />
F29. Sinal de saída, cujo espectro não<br />
contém “fadings profundos”.<br />
F31. Circuito comparador de<br />
nível para o feixe I.<br />
F33. Conversão do sinal TTL(ou<br />
ECL) para HDB-3.<br />
maior a dificuldade de implementação dos<br />
circuitos, maiores as exigências de linearidade,<br />
potência e baixo ruído e a suscetibilidade a<br />
erros, porém, menor a banda ocupada.<br />
Nas transmissões por rádio o resultado<br />
final não depende só do equipamento. O meio<br />
de transmissão (a atmosfera) também tem<br />
forte influência. Ruído atmosférico, atenuação,<br />
interferências, “fadings seletivos” são<br />
algumas das anomalias causadas pelo meio.<br />
Equalizadores adaptativos, rádio diversidade<br />
de espaço, pré- distorcedores e controle<br />
de potência são algumas das técnicas<br />
utilizadas para otimizar o desempenho, que<br />
em toda a transmissão digital é medido pela<br />
taxa de erros de bits.<br />
E