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Novembro de 2009 - SindiSeab

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Jornal do<br />

2 <strong>Novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2009</strong> - nº 176<br />

EDITORIAL<br />

Mudanças no clima sempre<br />

ocorreram na Natureza; no entanto,<br />

o problema, agora, é a intensida<strong>de</strong> e<br />

a profundida<strong>de</strong> com que as mesmas<br />

veem ocorrendo, bem como, as<br />

gravíssimas consequências que<br />

essas mudanças têm trazido para a<br />

vida na Terra.<br />

O problema da <strong>de</strong>gradação e<br />

poluição da Natureza no Planeta vemse<br />

intensificando assustadoramente<br />

nos últimos 40 anos. Preocupada com<br />

o problema, em 1972, em Estocolmo<br />

(Suécia), a ONU – Organização das<br />

Nações Unidas realizou a primeira<br />

conferência internacional intitulada:<br />

“Conferência Mundial <strong>de</strong><br />

Desenvolvimento Humano”, durante a<br />

qual foram apresentados diagnósticos<br />

e discutidas as conseqüências da<br />

<strong>de</strong>gradação e contaminação da<br />

Natureza; bem como, foram feitos,<br />

oficialmente, os primeiros alertas<br />

sobre a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrer, em<br />

brevíssimo tempo, um aquecimento<br />

global <strong>de</strong>corrente do acúmulo <strong>de</strong><br />

gases do efeito estufa, principalmente<br />

o CO2.; e, a socieda<strong>de</strong> civil ali<br />

organizada já indicava o mo<strong>de</strong>lo industrial<br />

capitalista <strong>de</strong> produção como<br />

o principal responsável pela situação,<br />

presente e futura.<br />

Inúmeros eventos temáticos<br />

internacionais, globais e regionais, foram<br />

realizados na seqüência, até que,<br />

em 1992, realizou-se no Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro, a II Conferência Mundial da<br />

ONU, <strong>de</strong>nominada “RIO-92” ou “ECO-<br />

92/” ou “Conferência Mundial da ONU<br />

sobre Meio Ambiente e<br />

Desenvolvimento”. Nesse evento, foram<br />

assinados vários tratados e<br />

convenções internacionais, <strong>de</strong>ntre as<br />

quais, uma sobre as Mudanças<br />

Climáticas (CQNUMC – Convenção-<br />

Quadro das Nações Unidas sobre<br />

Mudança do Clima), outra sobre<br />

Biodiversida<strong>de</strong> e Florestas, etc.<br />

Em 1997, foi produzido, pela ONU,<br />

no Japão, o Protocolo <strong>de</strong> Quioto, que<br />

estabelece obrigações quantificadas<br />

<strong>de</strong> limitação ou redução <strong>de</strong> emissões<br />

para os países industrializados,<br />

relacionados no Anexo I da<br />

Convenção. A gran<strong>de</strong> polêmica girou<br />

em torno à resistência dos Estados<br />

COP-15 - AQUECIMENTO GLOBAL<br />

VAMOS CUIDAR DO PLANETA!<br />

Unidos, maior poluidor do Planeta, em<br />

assinar o compromisso <strong>de</strong> reduzir as<br />

emissões <strong>de</strong> gases do efeito estufa.<br />

Por outro lado, os países em<br />

<strong>de</strong>senvolvimento sentiam-se<br />

pressionados a não investir em<br />

<strong>de</strong>senvolvimento para não aumentar<br />

a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gases emitidos e,<br />

portanto, não aumentar o<br />

aquecimento global.<br />

Recentemente, o Painel<br />

Intergovernamental <strong>de</strong> Mudanças<br />

Climáticas das Nações Unidas (IPCC)<br />

responsabilizou as ativida<strong>de</strong>s<br />

antrópicas como as principais<br />

responsáveis pelo aquecimento global<br />

do Planeta.<br />

No Brasil<br />

Em novembro <strong>de</strong> 2007, o Governo<br />

Brasileiro criou o Comitê<br />

Interministerial sobre Mudanças do<br />

Clima (Decreto Fe<strong>de</strong>ral n. 6263) com<br />

o propósito <strong>de</strong> pensar e elaborar<br />

políticas púbicas capazes <strong>de</strong> fazer o<br />

enfrentamento do aquecimento global<br />

com os propósitos do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento nacional, acabando<br />

com a pobreza e estimulando o<br />

crescimento do País. A elaboração<br />

da Política Nacional sobre Mudança<br />

do Clima e do Plano Nacional sobre<br />

Mudanças do Clima são tarefas<br />

fundamentais <strong>de</strong>sse comitê.<br />

Para <strong>de</strong>mocratizar e proporcionar<br />

a participação da socieda<strong>de</strong> civil<br />

nesse trabalho, outros espaços<br />

colegiados também foram criados,<br />

tais como: o Fórum Brasileiro <strong>de</strong><br />

Mudanças Climáticas, a Comissão<br />

Interministerial <strong>de</strong> Mudança Global do<br />

Clima, a Comissão Mista Especial <strong>de</strong><br />

Mudanças Climáticas do Congresso<br />

Nacional, a III Conferência Nacional <strong>de</strong><br />

Meio Ambiente, os Fóruns Estaduais<br />

<strong>de</strong> Mudanças Climáticas, além <strong>de</strong><br />

outros.<br />

No Paraná<br />

No Estado do Paraná, há cerca <strong>de</strong><br />

três anos, também foi criado o Fórum<br />

Paranaense <strong>de</strong> Mudanças Climáticas<br />

e, nesse momento, está em discussão<br />

o Projeto <strong>de</strong> Lei que estabelece<br />

políticas públicas para enfrentar as<br />

mudanças climáticas.<br />

COP-15<br />

COP-15 é a Conferência das<br />

Partes sobre Mudanças Climáticas,<br />

organizada pela ONU, e que <strong>de</strong>verá<br />

ocorrer no período <strong>de</strong> 08 a 18 <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, em Copenhagem,<br />

na Dinamarca.<br />

Cada país <strong>de</strong>verá levar um<br />

relatório do inventário realizado e<br />

propor medidas para resolver o<br />

problema.<br />

O Brasil está elaborando seu<br />

documento, mas sabe-se que <strong>de</strong>verá<br />

assumir o compromisso voluntário <strong>de</strong><br />

reduzir em 80% o <strong>de</strong>smatamento na<br />

Amazônia até 2020 e <strong>de</strong> reduzir em<br />

até 40% as emissões até 2020 em<br />

relação ao crescimento ten<strong>de</strong>ncial.<br />

Uma outra questão que o Brasil<br />

<strong>de</strong>verá priorizar, em Copenhagem, é<br />

a construção da continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um<br />

diálogo Pós-COP-15, diferenciandose<br />

significativamente <strong>de</strong>ntro do G-77<br />

e fora do grupo <strong>de</strong> países<br />

<strong>de</strong>senvolvidos relacionados no Anexo<br />

I. Medidas <strong>de</strong> controle e redução das<br />

emissões não <strong>de</strong>vem significar risco<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego; pelo contrário,<br />

<strong>de</strong>vem contribuir para a redução da<br />

pobreza e a conquista <strong>de</strong> maior<br />

equida<strong>de</strong> socioambiental.<br />

Documento das Centrais<br />

Sindicais.<br />

As Centrais Sindicais: CTB, CUT,<br />

CGTB, NCST, UGT e FORÇA<br />

SINDICAL também se reuniram e<br />

elaboraram um documento único, o<br />

qual foi apresentado ao Presi<strong>de</strong>nte<br />

Lula, na reunião do Fórum Brasileiro<br />

<strong>de</strong> Mudanças Climáticas, realizada em<br />

São Paulo, no dia 09 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong><br />

<strong>2009</strong>.<br />

Dentre as principais propostas<br />

apresentadas pelas Centrais,<br />

<strong>de</strong>stacam-se:<br />

a)Adaptação <strong>de</strong> políticas públicas<br />

para as áreas mais afetadas pelas<br />

mudanças climáticas, principalmente<br />

as áreas costeiras.<br />

b)Redução das emissões gasosas,<br />

cujo compromisso maior <strong>de</strong>ve ser<br />

assumido pelos países mais ricos<br />

(Anexo I), pois são os responsáveis<br />

pelos maiores percentuais emitidos há<br />

anos na atmosfera – redução <strong>de</strong> 45%<br />

Agenda<br />

- Audiência Pública ‘Política<br />

Estadual <strong>de</strong> Mudanças<br />

Climáticas’ - dia 18 <strong>de</strong><br />

novembro <strong>de</strong> <strong>2009</strong>, a partir das<br />

9h, no Plenarinho da ALEP.<br />

Organização: COMISSÃO DE<br />

ECOLOGIA E MEIO<br />

AMBIENTE – CEMA.<br />

Confirmar presença pelo (41)<br />

7813 – 8072; 3350 – 4088 ou<br />

do en<strong>de</strong>reço eletrônico<br />

lu.andretta@onda.com.br.<br />

- Audiência sobre o Aquífero<br />

Karst - dia 25 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong><br />

<strong>2009</strong>, a partir das 8h, no<br />

Plenarinho da ALEP.<br />

Confirmar presença pelo (41)<br />

3350 4056 / 4256 ou<br />

betipavin@alep.pr.gov.br<br />

até 2020.<br />

c)Pagamento da dívida ecológica<br />

e dívida climática que os países ricos<br />

têm para com os países pobres, <strong>de</strong><br />

forma que se garanta justiça global.<br />

d)REDD – compromisso na<br />

redução <strong>de</strong> emissões e por<br />

<strong>de</strong>smatamento e <strong>de</strong>gradação –<br />

financiamentos com base em critérios<br />

socioambientais – mecanismo<br />

compensatório <strong>de</strong> mercado.<br />

e)Transferência <strong>de</strong> Tecnologia<br />

Limpas – compromisso que <strong>de</strong>ve ser<br />

assumido pelos países ricos em<br />

relação aos países pobres, sem gerar<br />

<strong>de</strong>pendência.<br />

Além das questões globais, as<br />

Centrais Sindicais também<br />

apresentam propostas internas para<br />

o Brasil, tais como: incentivo aos<br />

empregos ver<strong>de</strong>s (que não <strong>de</strong>struam<br />

a Natureza), trabalho <strong>de</strong>cente (sem<br />

precarizações), estabelecimento <strong>de</strong><br />

critérios ambientais nos processos <strong>de</strong><br />

licitações públicas para todos os<br />

países, verificação dos inventários<br />

das emissões das empresas com o<br />

acompanhamento dos sindicatos,<br />

acompanhamento da implementação<br />

do Plano Nacional <strong>de</strong> Mudanças<br />

Climáticas por parte das entida<strong>de</strong>s<br />

sindicais; além <strong>de</strong> outros.<br />

Quem somos<br />

Diretoria Executiva Estadual: Presi<strong>de</strong>nte: Laura Jesus <strong>de</strong> Moura e Costa (Sema/Curitiba). Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Antoninho Fontanella (Seab/Francisco Beltrão). Secretário Geral: A<strong>de</strong>mir da Silva (Iap/Curitiba). 1ª<br />

Secretária: Carmem Terezinha Leal (Sema/Curitiba). 2º Secretário: Helverton Luis Corino (Iap/Maringá). Tesoureira Geral: Maria Auxiliadora Fernan<strong>de</strong>s (BPPr/Curitiba). 1º Tesoureiro: Roberto Carlos Prazeres<br />

<strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> Silva (Seab/Curitiba). Conselho Fiscal: Titulares: Heitor Rubens Raymundo (Iap/Curitiba). Saonara do Rocio Porto (Iap/Guarapuava). Milton Vasconcelos Gue<strong>de</strong>s (Seab/Curitiba)

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