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a enfermagem desvelando os fatores que influenciam na gravidez ...

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Trabalho 2<br />

A ENFERMAGEM DESVELANDO OS FATORES QUE<br />

INFLUENCIAM NA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: UMA<br />

REVISÃO SISTEMÁTICA.<br />

Autores: Antonio Henri<strong>que</strong> Vasconcell<strong>os</strong> da R<strong>os</strong>a; Lucia<strong>na</strong> Zuzarte da<br />

R<strong>os</strong>a Medeir<strong>os</strong>; Patricia Chaves da Cunha; Leila Rangel da Silva; Inês<br />

Maria Meneses d<strong>os</strong> Sant<strong>os</strong><br />

Introdução: Diante da experiência da <strong>gravidez</strong> <strong>na</strong> adolescência foram<br />

construíd<strong>os</strong> inúmer<strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> para a discussão tanto no âmbito da saúde,<br />

quanto no <strong>que</strong> se refere ao impacto social <strong>que</strong> esta prática causa <strong>na</strong> família<br />

num sentido amplo. Principalmente quando n<strong>os</strong> apoiam<strong>os</strong> n<strong>os</strong> índices da<br />

gestação nesta faixa etária (12 a<strong>os</strong> 18 an<strong>os</strong>) <strong>que</strong> no Brasil correspondem a<br />

20% do total de <strong>na</strong>scid<strong>os</strong> viv<strong>os</strong> (MARTINES, 2003). Sendo assim este é um<br />

tema <strong>que</strong> apesar de ter sido amplamente discutido não esgota as<br />

p<strong>os</strong>sibilidades de investigação em relação a<strong>os</strong> distint<strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> <strong>que</strong><br />

compõem a teia de construções acerca deste ato.Objetivo: Identificar as<br />

p<strong>os</strong>síveis contribuições do enfermeiro para diminuição da <strong>gravidez</strong> <strong>na</strong><br />

adolescência e seus p<strong>os</strong>síveis agrav<strong>os</strong>. Metodologia: O estudo teve uma<br />

abordagem qualitativa do tipo revisão sistemática sem metanálise.<br />

Resultad<strong>os</strong>: Levantar características gerais das adolescentes e suas mães;<br />

conhecer, entre outr<strong>os</strong> aspect<strong>os</strong>, as expectativas vivenciadas pela família,<br />

representada pel<strong>os</strong> pais, em relação à adolescente após a <strong>gravidez</strong>; identificar<br />

como eram veiculadas as informações sobre sexualidade no seio familiar antes<br />

da <strong>gravidez</strong>; e as reações e sentiment<strong>os</strong> vivid<strong>os</strong> pel<strong>os</strong> pais diante da <strong>gravidez</strong><br />

<strong>na</strong> adolescência, são <strong>fatores</strong> determi<strong>na</strong>ntes ao apoio à gestante. Conclusões:<br />

O fato de não serem trabalhadas as <strong>que</strong>stões relacio<strong>na</strong>das à educação e<br />

prática sexual <strong>na</strong> família deva constituir um d<strong>os</strong> eix<strong>os</strong> norteadores da atuação<br />

de profissio<strong>na</strong>is preocupad<strong>os</strong> com o controle desta problemática de saúde em<br />

n<strong>os</strong>so meio, ao tempo em <strong>que</strong> a família passe a ser valorizada não só como<br />

agente socializador, mas também de cuidado por parte d<strong>os</strong> profissio<strong>na</strong>is de<br />

saúde, tendo em vista sua instrumentalização para atuar junto a seus membr<strong>os</strong><br />

adolescentes, inclusive n<strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> com sua sexualidade.<br />

Descritores: Adolescente, Gravidez, Enfermagem<br />

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Trabalho 2<br />

Considerações Iniciais.<br />

Diante da experiência da <strong>gravidez</strong> <strong>na</strong> adolescência foram construíd<strong>os</strong><br />

inúmer<strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> para a discussão tanto no âmbito da saúde, quanto no <strong>que</strong><br />

se refere ao impacto social <strong>que</strong> esta prática causa <strong>na</strong> família num sentido<br />

amplo. Principalmente quando n<strong>os</strong> apoiam<strong>os</strong> n<strong>os</strong> índices da gestação nesta<br />

faixa etária (12 a<strong>os</strong> 18 an<strong>os</strong>) <strong>que</strong> no Brasil correspondem a 20% do total de<br />

<strong>na</strong>scid<strong>os</strong> viv<strong>os</strong> (MARTINES, 2003). Sendo assim este é um tema <strong>que</strong> apesar<br />

de ter sido amplamente discutido não esgota as p<strong>os</strong>sibilidades de investigação<br />

em relação a<strong>os</strong> distint<strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> <strong>que</strong> compõem a teia de construções acerca<br />

deste ato.<br />

O interesse por investigar este tema se deu devido à incidência da<br />

gestação <strong>na</strong> adolescência ser alta n<strong>os</strong> mais distint<strong>os</strong> níveis sociais. E por<br />

perceber <strong>que</strong> as pessoas <strong>que</strong> fazem parte do núcleo social da adolescente <strong>que</strong><br />

vivencia esta experiência também passarem por diferentes process<strong>os</strong> <strong>que</strong><br />

afetam direta ou indiretamente seu cotidiano. Mais especificamente <strong>os</strong><br />

aspect<strong>os</strong> relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> à família, por observar <strong>que</strong> normalmente a abordagem<br />

d<strong>os</strong> estud<strong>os</strong> publicad<strong>os</strong>, esta <strong>na</strong> adolescente.<br />

Percebeu-se <strong>que</strong> em relação à <strong>gravidez</strong> <strong>na</strong> adolescência já foram<br />

discutid<strong>os</strong> inúmer<strong>os</strong> aspect<strong>os</strong>, inclusive <strong>os</strong> relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> ao comprometimento<br />

do núcleo familiar ao vivenciar a situação da gestação “não planejada” (Isto<br />

por<strong>que</strong> nem sempre ela é não planejada, em algumas situações a adolescente<br />

tem o desejo de engravidar). Deste modo <strong>que</strong>stio<strong>na</strong>-se: O evento da <strong>gravidez</strong><br />

tem um impacto n<strong>os</strong> familiares (pais e mães) <strong>que</strong> participam deste processo<br />

Estes são aspect<strong>os</strong> <strong>que</strong> podem ser observad<strong>os</strong> para <strong>que</strong> <strong>os</strong> serviç<strong>os</strong> de saúde<br />

p<strong>os</strong>sam ter, mais subsídi<strong>os</strong>, para instituir uma prática dialógica e qualificada<br />

<strong>que</strong> sustente a diversidade das adolescentes, famílias, escolas, serviç<strong>os</strong> de<br />

saúde e comunidade<br />

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Trabalho 2<br />

Para melhor compreensão sobre este fenômeno ante de mais <strong>na</strong>da se<br />

faz necessário uma melhor a<strong>na</strong>lise sobre o <strong>que</strong> é adolescência seus mit<strong>os</strong> e<br />

rit<strong>os</strong> <strong>que</strong> circundam esta fase da vida huma<strong>na</strong>.<br />

Aberastury (1992), coloca <strong>que</strong> a adolescência é uma etapa decisiva de<br />

um processo de desprendimento. Ocorrendo contradições e conflit<strong>os</strong> com o<br />

meio familiar e o ambiente circulante. Na adolescência o individuo ainda não<br />

p<strong>os</strong>sui ple<strong>na</strong>s capacidades para racio<strong>na</strong>lizar as conseqüências futuras,<br />

decorrentes do seu comportamento sexual, deparando-se freqüentemente com<br />

situações de risco, como <strong>gravidez</strong> não planejada ou desejada.<br />

Conforme Osório (1996, p. 11), “nem sempre o início da adolescência<br />

coincide com a puberdade”, sendo <strong>que</strong> muitas crianças amadurecem mais<br />

cedo, pela estimulação do meio ambiente em <strong>que</strong> vivem, sendo a adolescência<br />

considerada um período fundamentalmente psic<strong>os</strong>social.<br />

Essa é a época <strong>que</strong> acontecem modificações da sexualidade <strong>que</strong>, se<br />

associada à falta de apoio familiar e de expectativas de vida, podem levar a<br />

perda da auto-estima e ao baixo rendimento escolar. Além disso, a falta de<br />

lazer, maus exempl<strong>os</strong> familiares, curi<strong>os</strong>idade <strong>na</strong>tural, necessidade de<br />

expressar amor e confiança, solidão, carência afetiva e necessidade de<br />

afirmação, são também element<strong>os</strong> <strong>que</strong> podem levar a adolescente a iniciar sua<br />

vida sexual precocemente, com risco de uma <strong>gravidez</strong> indesejada (BURROWS,<br />

1994; COSTA; PINHO; MARTINS, 1995).<br />

A adolescência acontece sobre três aspect<strong>os</strong>: o cronológico, o<br />

sociológico e o psicológico. Cronologicamente é o período <strong>que</strong> se define d<strong>os</strong><br />

11/12 an<strong>os</strong> até <strong>os</strong> 19 an<strong>os</strong>. Sociologicamente é o período de transição onde<br />

começam a assumir determi<strong>na</strong>das responsabilidades e funções do mundo<br />

adulto. Psicologicamente é o período de descoberta do “Eu”, com mudanças da<br />

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Trabalho 2<br />

perso<strong>na</strong>lidade e funções <strong>que</strong> o indivíduo exerce <strong>na</strong> sociedade (PAIVA,<br />

CALDAS e CUNHA, 1998).<br />

A adolescência é a etapa da vida compreendida entre a infância e a fase<br />

adulta, marcada por um complexo processo de crescimento e desenvolvimento<br />

biopsic<strong>os</strong>social. A Organização Mundial da Saúde circunscreve a adolescência<br />

à segunda década da vida (de 10 a 19 an<strong>os</strong>) e considera <strong>que</strong> a juventude se<br />

estende d<strong>os</strong> 15 a<strong>os</strong> 24 an<strong>os</strong>. Esses conceit<strong>os</strong> comportam desdobrament<strong>os</strong>,<br />

identificando-se adolescentes jovens (de 15 a 19 an<strong>os</strong>) e adult<strong>os</strong> jovens (de<br />

20 a 24 an<strong>os</strong>). (Brasil 2005)<br />

A lei brasileira considera adolescente a faixa etária de 12 a 18 an<strong>os</strong>. Há<br />

aqui um descompasso entre a faixa etária do Estatuto da Criança e do<br />

Adolescente e a da Organização Mundial da Saúde, também adotada pelo<br />

Ministério da Saúde.<br />

A adoção do critério cronológico objetiva a identificação de requisit<strong>os</strong> <strong>que</strong><br />

orientem a investigação epidemiológica, as estratégias de elaboração de<br />

políticas de desenvolvimento coletivo e as programações de serviç<strong>os</strong> sociais e<br />

de saúde pública, porém, ignora as características individuais. Portanto, é<br />

importante ressaltar <strong>que</strong> <strong>os</strong> critéri<strong>os</strong> biológic<strong>os</strong>, psicológic<strong>os</strong> e sociais também<br />

devam ser considerad<strong>os</strong> <strong>na</strong> abordagem conceitual da adolescência e da<br />

juventude. (Brasil 1991)<br />

Estud<strong>os</strong> realizad<strong>os</strong> em diferentes países e grup<strong>os</strong> sociais demonstram<br />

aumento da taxa de fecundidade <strong>na</strong>s adolescentes, em confronto com a<br />

diminuição dessas taxas <strong>na</strong> população geral. No Brasil, essa realidade vem<br />

sendo constatada pelo crescente número de adolescentes n<strong>os</strong> serviç<strong>os</strong> de pré<strong>na</strong>tal<br />

e maternidade, sua maior incidência <strong>na</strong>s populações de baixa renda e a<br />

associação entre alta fecundidade e baixa escolaridade.<br />

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Trabalho 2<br />

Objetivo geral<br />

‣ Identificar as p<strong>os</strong>síveis contribuições do enfermeiro para<br />

diminuição da <strong>gravidez</strong> <strong>na</strong> adolescência e seus p<strong>os</strong>síveis agrav<strong>os</strong>.<br />

- METODOLOGIA<br />

O estudo teve uma abordagem qualitativa do tipo revisão sistemática<br />

sem metanálise. A pesquisa bibliográfica baseou-se no referencial do Ministério<br />

da Sáude foi realizado uma pesquisa em banc<strong>os</strong> de dad<strong>os</strong> indexad<strong>os</strong> <strong>na</strong>s<br />

bases de dad<strong>os</strong> do Lilacs, Medline, Bdenf, Ministério da Saúde no período de<br />

1975 a de 2009, sendo incluíd<strong>os</strong> de periódic<strong>os</strong>, resum<strong>os</strong> de artig<strong>os</strong> de<br />

periódic<strong>os</strong>, resum<strong>os</strong> de artig<strong>os</strong> e livr<strong>os</strong>. O acesso a esses banc<strong>os</strong> de dad<strong>os</strong> foi<br />

via online através d<strong>os</strong> sites: Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Ministério da<br />

Saúde. Os descritores utilizad<strong>os</strong> para identificar as publicações foram<br />

“Gravidez”, “Adolescente” e “Enfermagem”.<br />

Na realização desta busca, foram encontradas 169 referências, das quais<br />

foram selecio<strong>na</strong>das 47 sobre o tema prop<strong>os</strong>to.<br />

A<strong>na</strong>lises e discussões d<strong>os</strong> dad<strong>os</strong>:<br />

Existem muit<strong>os</strong> <strong>fatores</strong> <strong>que</strong> podem favorecer a ocorrência de uma<br />

<strong>gravidez</strong> indesejada, <strong>na</strong> adolescência entre estes se destacam a ausência de<br />

educação sexual <strong>na</strong>s escolas e de programas de planejamento familiar n<strong>os</strong><br />

serviç<strong>os</strong> públic<strong>os</strong> de saúde (FREDIANI; ROBERTO; BALLESTER, 1994;<br />

GILDEMEISTER, 1993; PINTO, 1995).<br />

Os enfermeiro, de acordo com Figueiredo e Tonini (2007), devem agir como<br />

educadores, pensando em problemas comuns como: med<strong>os</strong>, preconceito,<br />

insegurança, impotência, resistência e desesperança. Tudo isso depende do<br />

desenvolvimento de habilidades sensíveis, de sintonias corporais para saber:<br />

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Trabalho 2<br />

olhar/vendo, ouvir/escutando, tocar/sentindo, falar/comunicando,<br />

perguntar/ouvir, observar/olhando.<br />

Cabe também ao enfermeiro desenvolver ações educativas e<br />

preventivas, a fim de reduzir <strong>os</strong> índices de <strong>gravidez</strong> <strong>na</strong> adolescência. A<br />

<strong>gravidez</strong> <strong>na</strong> adolescência, geralmente, traz consequências graves, uma vez<br />

<strong>que</strong> a adolescente interrompe seu desenvolvimento global, desorganiza<br />

totalmente sua vida, acarretando problemas psic<strong>os</strong>sociais desastr<strong>os</strong><strong>os</strong>,<br />

tor<strong>na</strong>ndo de extrema necessidade a promoção de medidas preventivas por<br />

parte do profissio<strong>na</strong>l de saúde, para se evitar a <strong>gravidez</strong> prematuta. Acredita-se<br />

<strong>que</strong> a ausência de uma educação sexual mais efetiva, bem como a falta de<br />

acesso a informações e programas de saúde relativ<strong>os</strong> à vida sexual e<br />

reprodutiva, principalmente desti<strong>na</strong>d<strong>os</strong> a adolescentes, são <strong>fatores</strong><br />

determi<strong>na</strong>ntes para <strong>que</strong> aconteça a <strong>gravidez</strong> indesejada. (MONTEIRO;<br />

TRAJANO; BASTOS, 2009).<br />

É importante uma atitude franca diante da atividade sexual do<br />

adolescente, reconhecendo-a. Ignorá-la é dificultar as ações necessárias para<br />

prevenção da <strong>gravidez</strong> <strong>na</strong> adolescência. (PAIVA; CALDAS; CUNHA, 2009).<br />

O impacto da <strong>gravidez</strong> trás mudanças no funcio<strong>na</strong>mento psicológico da<br />

mulher e em suas relações com <strong>os</strong> demais podendo representar um momento<br />

crítico <strong>na</strong> vida da adolescente. Mesmo <strong>na</strong> gestação planejada existem conflit<strong>os</strong><br />

a serem resolvid<strong>os</strong>, sendo esta a primeira gestação (GARCIA, 1985).<br />

A disponibilidade para ouvir a paciente com uma p<strong>os</strong>tura empática e de<br />

acolhimento , é o requisito mais importante para a ação preventiva. Através da<br />

interação, o profissio<strong>na</strong>l pode detectar variações de humor, de pensamento e<br />

comportamento sugestiv<strong>os</strong> de eventual distúrbio psiquiátrico, cujas<br />

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Trabalho 2<br />

consequências para gestante, criança e família serão menores com uma<br />

atuação terapêutica precoce.<br />

A abordagem <strong>na</strong> assistência fala em favor da participação de membr<strong>os</strong><br />

da família disponíveis, para obter informações, buscar apoio e oferecer<br />

esclareciment<strong>os</strong> e das equipes de saúde e <strong>enfermagem</strong>, para atuar junto a<strong>os</strong><br />

familiares ou pessoas significativas, bem como estabelecerem interações<br />

empáticas e esclarecedoras com a gestante.<br />

É imprescindível, manter um es<strong>que</strong>ma de observação compartilhado<br />

com element<strong>os</strong> da família principalmente no puerpério, a fim de identificar a<br />

presença de sintomas ou a verbalização de intenções indicativas de tentativa<br />

de suicídio ou ameaça de filicídio.<br />

As referências consultadas indicam <strong>que</strong> <strong>os</strong> transtorn<strong>os</strong> psiquiátric<strong>os</strong><br />

ocorrid<strong>os</strong> durante a <strong>gravidez</strong>, parto e puerpério não constituem uma entidade<br />

homogênea. Atualmente, a exemplo da maioria d<strong>os</strong> problemas de saúde , eles<br />

devem ser compreendid<strong>os</strong> dentro de uma abordagem multifatorial. Sendo<br />

importante a descrição de estressores psic<strong>os</strong>sociais, <strong>fatores</strong> biológic<strong>os</strong>,<br />

experiências <strong>na</strong> infância, predisp<strong>os</strong>ição familiar – hereditária dentre outr<strong>os</strong>.<br />

(COX, 1988).<br />

Além disso, n<strong>os</strong> temp<strong>os</strong> de hoje, cada vez mais são perdid<strong>os</strong> <strong>os</strong> rituais<br />

e tabus relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> ao puerpério, conse<strong>que</strong>ntemente, restringiu-se a fase de<br />

atenção e apoio da família e sociedade, es<strong>que</strong>cendo-se <strong>que</strong> neste momento a<br />

mulher se encontra mais vulnerável a distúrbi<strong>os</strong> dentre eles <strong>os</strong> mentais. Quanto<br />

a<strong>os</strong> transtorn<strong>os</strong> mentais no período gravídico-puerperal, a literatura enfatiza<br />

<strong>que</strong> a maioria das depressões pós parto ocorrem no espaço limitado d<strong>os</strong> três a<br />

seis meses após o <strong>na</strong>scimento do concepto (KUMAR; ROBSON, 1984).<br />

92


Trabalho 2<br />

A <strong>gravidez</strong> <strong>na</strong> adolescência geralmente vem acompanhada de<br />

angústias, preocupações, med<strong>os</strong> e transtorn<strong>os</strong> decorrentes de suas<br />

expectativas em relação ao futuro. Não poder contar com seus familiares, nem<br />

com o apoio do pai da criança e pensar no futuro pode tor<strong>na</strong>r-se uma situação<br />

quase insustentável. A jovem não sabe como se comportar ante a <strong>gravidez</strong><br />

nem <strong>que</strong> atitudes tomar frente à sociedade (GODINHO, 2000).<br />

Enfatizar e orientar quanto a<strong>os</strong> programas do Ministério da Saúde, como<br />

o planejamento familiar e juntamente, com as escolas, organizar palestras<br />

educativas, resaltam a importância da prevenção da <strong>gravidez</strong> precoce, <strong>que</strong> só<br />

se faz com orientação, conhecimento e dialogo. Esse diálogo, porém, não é<br />

uma conversa de entendimento simples, como muit<strong>os</strong> acham. Diálogo é a<br />

conversa de pessoas com pont<strong>os</strong> de vista op<strong>os</strong>t<strong>os</strong>. Diálogo não é só passar<br />

informações, “dar conselh<strong>os</strong>” ou ordens. Diálogo é ouvir, compreender <strong>os</strong><br />

ansei<strong>os</strong>, dúvidas e desej<strong>os</strong>. E a partir daí iniciar um trabalho lento de<br />

orientações e esclareciment<strong>os</strong>, para <strong>que</strong> o adolescente p<strong>os</strong>sa viver<br />

intensamente esse período de sua vida, e assim contribuir para <strong>que</strong> chegue a<br />

ter uma vida adulta mais feliz. Segundo Figueiredo e Tonini (2007):<br />

Na maioria d<strong>os</strong> cas<strong>os</strong>, essa jovem não esta apta a assumir a <strong>gravidez</strong>,<br />

pois ela re<strong>que</strong>r adaptação tanto individual como familiar. A gestação quando<br />

ocorrida <strong>na</strong> puberdade, a adolescente entra em crise por causa das mudanças<br />

causadas por essa etapa da vida e das relacio<strong>na</strong>das ao estabelecimento de<br />

sua identidade como pessoa (HOGA, 2001).<br />

Contudo, o apoio familiar, segundo Guimarães e Colli (1998) é<br />

fundamental para <strong>que</strong> a adolescente consiga superar as dificuldades<br />

psic<strong>os</strong>sociais de uma <strong>gravidez</strong> precoce. Levantar características gerais das<br />

adolescentes e suas mães; conhecer, entre outr<strong>os</strong> aspect<strong>os</strong>, as expectativas<br />

93


Trabalho 2<br />

vivenciadas pela família, representada pel<strong>os</strong> pais, em relação à adolescente<br />

após a <strong>gravidez</strong>; identificar como eram veiculadas as informações sobre<br />

sexualidade no seio familiar antes da <strong>gravidez</strong>; e as reações e sentiment<strong>os</strong><br />

vivid<strong>os</strong> pel<strong>os</strong> pais diante da <strong>gravidez</strong> <strong>na</strong> adolescência, são <strong>fatores</strong><br />

determi<strong>na</strong>ntes ao apoio à gestante.<br />

Zagonel e Neves (2002) afirmam <strong>que</strong> a gestação <strong>na</strong> adolescência não<br />

surge como fato isolado em sua existência, mas relacio<strong>na</strong>-se a<strong>os</strong> componentes<br />

sociais, familiares e pessoais em uma vivência de relações com-o-outro. Por<br />

outro lado, a <strong>gravidez</strong> <strong>na</strong> adolescente, especialmente a solteira, pode resultar<br />

em uma significativa crise intra-familiar, <strong>que</strong> uma vez instaurada, segundo<br />

Garcia (1996) pode favorecer a adoção de estratégias de resolução, seja da<br />

adolescente ou de sua família, nem sempre integradoras, mas<br />

comprometedoras do desenvolvimento individual ou grupal.<br />

Conforme Monteiro e Cunha (1998), a <strong>gravidez</strong> <strong>na</strong> adolescência pode<br />

provocar impacto à adolescente, pois ela se deparará com decisões<br />

importantes em relação à vida futura. A adolescente pode vivenciar esta<br />

<strong>gravidez</strong> por um período de perdas, podendo ocorrer uma ruptura no<br />

desenvolvimento, perdendo sua identidade, não sabendo <strong>que</strong>m ela é, uma<br />

criança ou um adulto, pela relativa exigência de responsabilidade da futura<br />

maternidade.<br />

Trata-se de um período de transição entre a infância e a idade adulta,<br />

em <strong>que</strong> se continua um processo dinâmico de evolução da vida, iniciado no<br />

<strong>na</strong>scimento. Tal momento é muito importante no desenvolvimento<br />

biopsic<strong>os</strong>ocial d<strong>os</strong> indivídu<strong>os</strong>, vulnerável e repleto de oportunidades. Ocasião<br />

de grandes transformações físicas, sociais e psíquicas, <strong>na</strong> qual <strong>os</strong> indivídu<strong>os</strong><br />

estabelecem novas relações com o meio familiar e social.<br />

94


Trabalho 2<br />

Representa uma encruzilhada <strong>na</strong> vida, podendo ser realizada de forma<br />

saudável se <strong>os</strong> indivídu<strong>os</strong> forem atendid<strong>os</strong> em suas necessidades de<br />

desenvolvimento e segurança. É uma situação de crise, influenciada pel<strong>os</strong><br />

diferentes context<strong>os</strong> (culturais, religi<strong>os</strong><strong>os</strong>,econômic<strong>os</strong> e educacio<strong>na</strong>is), n<strong>os</strong><br />

quais <strong>os</strong> adolescentes estão inserid<strong>os</strong>, pel<strong>os</strong> valores, pelas crenças e pelo<br />

estilo de vida.<br />

Segundo Maldo<strong>na</strong>do (1981), a <strong>gravidez</strong> faz parte de um processo normal<br />

do desenvolvimento, englobando a necessidade de reestruturação e<br />

reajustamento em várias dimensões. Como <strong>na</strong> puberdade, mudança de<br />

identidade e uma nova definição de papéis – a mulher passa a se olhar e a ser<br />

olhada de outra maneira. Sendo assim, a <strong>gravidez</strong> como a puberdade é uma<br />

fase de grandes transformações no corpo e <strong>na</strong> vida emocio<strong>na</strong>l da mulher.<br />

A <strong>gravidez</strong> <strong>na</strong> adolescência é considerada de alto-risco, do ponto de<br />

vista obstétrico, devido ao elevado índice de mortalidade materno-fetal. Sem<br />

falar <strong>na</strong> maior incidência de anemia, toxemias (pré-eclâmpcia e eclampsia),<br />

infecção urinária, baixo ganho de peso materno, prematuridade, baixo peso ao<br />

<strong>na</strong>scer, baixo índice de Apgar e desmame precoce, além de baixa cobertura<br />

pré-<strong>na</strong>tal (BERKOW, 1989; VIÇOSA, 1992).<br />

Segundo Garcia (1985), muitas vezes a <strong>gravidez</strong> é um sintoma de<br />

rebelião da adolescente, <strong>que</strong> tenta punir <strong>os</strong> pais por alguma privação<br />

emocio<strong>na</strong>l, real ou imaginária, sendo assim, a adolescente pune ainda mais a<br />

si mesma.<br />

O enfermeiro pode contribui de forma objetiva para redução da <strong>gravidez</strong>,<br />

criando ca<strong>na</strong>is de diálog<strong>os</strong> com <strong>os</strong> jovens sempre <strong>na</strong> vertente da orientação<br />

sexual.<br />

95


Trabalho 2<br />

De acordo com <strong>os</strong> Parâmetr<strong>os</strong> Curriculares Nacio<strong>na</strong>is (BRASIL, 1998), a<br />

abordagem da sexualidade é um conteúdo obrigatório, devendo ser<br />

desenvolvido por todas as discipli<strong>na</strong>s. É competência do enfermeiro, conduzir<br />

discussões acerca da sexualidade, excluindo qual<strong>que</strong>r tabu e preconceit<strong>os</strong> com<br />

tendência discrimi<strong>na</strong>tória. Conseqüentemente, grande parte das informações<br />

sobre sexo <strong>que</strong> eles acumulam é incompleta, incorreta, carregada de valores<br />

culturais e morais e, portanto, de pouca utilidade.<br />

Assim, a educação deve ser um instrumento de socialização de<br />

conheciment<strong>os</strong> sobre o funcio<strong>na</strong>mento normal do corpo, a sexualidade, a<br />

contracepção e a reprodução. Além disso, necessita-se abordar tais temas de<br />

maneira clara, objetiva e verdadeira, utilizando-lhes a terminologia correta.<br />

Além do contexto familiar, a escola é um d<strong>os</strong> locais mais apropriad<strong>os</strong> para<br />

abordagem de assunt<strong>os</strong> relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong> à saúde sexual e reprodutiva, com<br />

ênfase no exercício da sexualidade, <strong>na</strong> prevenção de doenças sexualmente<br />

transmissíveis e no uso de métod<strong>os</strong> contraceptiv<strong>os</strong>, pois nela concentra-se um<br />

número expressivo de adolescentes.<br />

Independente de classe, a adolescente se sente culpada, acarretando<br />

conflit<strong>os</strong> inconscientes, com conflito de aceitação do filho (GRIFFITHS, 1994).<br />

Após o parto, a adolescente <strong>que</strong>stio<strong>na</strong> o significado da criança em sua vida e<br />

defronta-se com a falta de condições econômicas para criá-la (BIO, 1992).<br />

Com o <strong>na</strong>scimento de um filho espera-se em qual<strong>que</strong>r cultura <strong>que</strong> a<br />

mulher se torne feliz, m<strong>os</strong>tre-se receptiva com ele e apta ao papel de mãe, sem<br />

negligenciar suas funções de esp<strong>os</strong>a, do<strong>na</strong> de casa e outras inerentes à sua<br />

vida social. Exigências essas, solicitadas a revelia das alterações hormo<strong>na</strong>is,<br />

bioquímicas e hidroeletrolíticas <strong>que</strong> estão se processando no seu organismo e<br />

da necessidade psicológica de estruturar um novo papel. O meio circundante<br />

espera <strong>que</strong> a mulher esteja contente com o evento e <strong>que</strong> seja "uma boa mãe"<br />

não levando em conta as p<strong>os</strong>síveis alterações <strong>na</strong> relação conjugal e familiar,<br />

96


Trabalho 2<br />

ou se a sua inserção social é deslocada inclusive, com atividade ou carreira<br />

profissio<strong>na</strong>l interrompida. (ROCHA, 1989).<br />

De acordo com sua classe social, as adolescentes vão encontrando as<br />

dificuldades. Entre as de baixa renda, há famílias <strong>que</strong> acolhem melhor, com<br />

apoio essencial, podendo as adolescentes continuar <strong>os</strong> estud<strong>os</strong> e/ou trabalhar.<br />

Por outro lado, <strong>os</strong> pais podem rejeitá-las e/ ou abandoná-las, restando a elas,<br />

muitas vezes, a pr<strong>os</strong>tituição. Já em classes mais altas, a adolescente tem<br />

como opção, o casamento ou o aborto (GILDEMEISTER, 1993).<br />

Percebe-se <strong>que</strong> a gestação <strong>na</strong> adolescência apesar da ampla produção<br />

em relação a<strong>os</strong> seus fenômen<strong>os</strong> ainda é tratada como problema. E toma como<br />

referência o discurso <strong>que</strong> tem dimensões <strong>na</strong>s relações de poder assimétricas<br />

tais como: a <strong>gravidez</strong> <strong>na</strong> adolescência em op<strong>os</strong>ição à <strong>gravidez</strong> adulta descrita<br />

como responsável, madura e controlada, a <strong>gravidez</strong> adolescente relacio<strong>na</strong>da à<br />

classe econômica, ou seja, tem maior incidência n<strong>os</strong> pobres (ANDRADE,<br />

2004).<br />

Conclui-se <strong>que</strong> o fato de não serem trabalhadas as <strong>que</strong>stões<br />

relacio<strong>na</strong>das à educação e prática sexual <strong>na</strong> família deva constituir um d<strong>os</strong><br />

eix<strong>os</strong> norteadores da atuação de profissio<strong>na</strong>is preocupad<strong>os</strong> com o controle<br />

desta problemática de saúde em n<strong>os</strong>so meio, ao tempo em <strong>que</strong> a família passe<br />

a ser valorizada não só como agente socializador, mas também de cuidado por<br />

parte d<strong>os</strong> profissio<strong>na</strong>is de saúde, tendo em vista sua instrumentalização para<br />

atuar junto a seus membr<strong>os</strong> adolescentes, inclusive n<strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> relacio<strong>na</strong>d<strong>os</strong><br />

com sua sexualidade.<br />

97


Trabalho 2<br />

REFERÊNCIAS<br />

ABERASTURY, A.; KNOBEL, M.. et. al. Adolescência. 2. ed. Porto alegre:<br />

Artes Médicas, 1992.<br />

ACIOLI, S. Os sentiment<strong>os</strong> das práticas voltadas para a saúde e doença:<br />

maneiras de fazer de grup<strong>os</strong> da sociedade civil. In PINHEIRO, R.; MATTOS,<br />

RA. (Org). Os sentid<strong>os</strong> da integralidade <strong>na</strong> atenção e no cuidado à saúde. Rio de<br />

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