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Iniciativa Hospital Amigo da Criança - Módulo 3 - Rede Brasileira de ...

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SUMÁRIOPREFÁCIO............................................................................................................................73.1 ORIENTAÇÕES PARA FACILITADORES DO CURSO................................................9Objetivos do curso........................................................................................................................9Duração do curso........................................................................................................................11Preparação para o curso.............................................................................................................12Materiais do curso....................................................................................................................13Apresentação do curso...............................................................................................................15Anexos .........................................................................................................................................18Anexo A – Lista <strong>de</strong> conferência para o planejamento do curso.......................................18Anexo B – Exemplo <strong>de</strong> cronograma do curso – 3 dias <strong>de</strong> duração ..................................21Anexo C – Fontes para buscar mais informações ..............................................................23Anexo D – Instruções para a confecção <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> mama <strong>de</strong> pano.......................30Anexo E – Avaliação dos instrumentos <strong>de</strong> aprendizagem ...............................................31Anexo F – Créditos <strong>da</strong>s imagens dos sli<strong>de</strong>s <strong>de</strong> power point............................................33Anexo G – Notas para seção <strong>de</strong> orientação com equipe não clínica.....................353.2 DELINEAMENTO DAS SEÇÕES.................................................................................37Seção <strong>de</strong> boas-vin<strong>da</strong>s..................................................................................................................37Seção 1: <strong>Iniciativa</strong> <strong>Hospital</strong> <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança: uma parte <strong>da</strong> Estratégia Global................38Seção 2: Habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação .....................................................................................45Seção 3: Promoção do aleitamento materno durante a gestação – Passo 3..........................65Seção 4: Proteção do aleitamento materno .............................................................................88Seção 5: Práticas <strong>de</strong> parto e aleitamento materno – Passo 4 .................................................98Seção 6: Como o leite materno chega ao bebê......................................................................111Seção 7: Como aju<strong>da</strong>r no aleitamento materno – Passo 5 ...................................................120Seção 8: Práticas que auxiliam o aleitamento materno – Passos 6, 7, 8 e 9.........................139Seção 9: “Pouco leite”................................................................................................................151Seção 10: Lactentes com necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s especiais...................................................................162Seção 11: Quando o bebê não po<strong>de</strong> ser amamentado no peito – Passo 5..........................174Seção 12: Condições <strong>da</strong>s mamas e dos mamilos ...................................................................188Seção 13: Questões relaciona<strong>da</strong>s à saú<strong>de</strong> materna...............................................................206Seção 14: Apoio continuado às mães – Passo 10 ...................................................................215Seção 15: Como tornar seu hospital um hospital amigo <strong>da</strong> criança ...................................228Seção <strong>de</strong> encerramento............................................................................................................247Prática clínica 1: Observar e auxiliar o aleitamento materno..............................................248Prática clínica 2: Conversar com uma gestante......................................................................252Prática clínica 3: Observar a expressão manual do leite e a alimentação com copo .........2553.3 SLIDES DE POWER POINT PARA O CURSO..........................................................261REFERÊNCIAS..................................................................................................................269


PREFÁCIODes<strong>de</strong> que foi lança<strong>da</strong> pelo Unicef e OMS em 1991-92, a <strong>Iniciativa</strong> <strong>Hospital</strong> <strong>Amigo</strong><strong>da</strong> Criança (IHAC) tem crescido, contando com mais <strong>de</strong> 20000 hospitais cre<strong>de</strong>nciadosem mais <strong>de</strong> 152 países nos últimos 15 anos. Neste período, diversos encontros regionaisofereceram orientação e proporcionaram oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s para a criação <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s<strong>de</strong> contatos e a troca <strong>de</strong> informações entre os profissionais envolvidos com a implementação<strong>da</strong> IHAC em seus países. Duas <strong>de</strong>ssas reuniões aconteceram recentementena Espanha (para profissionais <strong>da</strong> Europa) e em Botsuana (para profissionais do lestee do sul <strong>da</strong> África). Em ambas foram feitas recomen<strong>da</strong>ções para atualizar os CritériosGlobais e os instrumentos <strong>de</strong> avaliação relaciona<strong>da</strong>s, além do “curso <strong>de</strong> 18 horas” à luz<strong>da</strong> experiência com a IHAC <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que esta começou, <strong>da</strong>s orientações proporciona<strong>da</strong>spela nova Estratégia Global para a Alimentação <strong>de</strong> Lactentes e Crianças <strong>de</strong> PrimeiraInfância e dos <strong>de</strong>safios apresentados pela pan<strong>de</strong>mia do HIV. A importância <strong>de</strong> <strong>da</strong>ratenção ao “cui<strong>da</strong>do amigo <strong>da</strong> mãe” no âmbito <strong>da</strong> IHAC também foi levanta<strong>da</strong> poralguns grupos.Como resultado do interesse e <strong>da</strong>s solicitações pela atualização do pacote IHAC,o Unicef, em conjunto com a OMS, empreen<strong>de</strong>u a revisão dos materiais usados em2004-2005, com Genevieve Becker <strong>da</strong> BEST Services à frente <strong>da</strong> revisão do curso eAnn Brownlee, <strong>da</strong> University of California/San Diego, responsável pela revisão dosinstrumentos <strong>de</strong> avaliação. Esse processo incluiu uma ampla “pesquisa com usuários”que contou com a participação <strong>de</strong> colegas <strong>de</strong> diversos países. Quando concluí<strong>da</strong> arevisão do curso e dos instrumentos, o esboço inicial foi submetido à revisão <strong>de</strong> especialistas<strong>de</strong> todo o mundo e então testado em campo em países industrializados e em<strong>de</strong>senvolvimento.O presente pacote <strong>da</strong> IHAC inclui 1 :Módulo 1: Histórico e Implementação, que oferece orientações sobre os processosrevisados e opções <strong>de</strong> expansão no país, uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, reconhecendoque a <strong>Iniciativa</strong> foi expandi<strong>da</strong> e <strong>de</strong>ve ser eleva<strong>da</strong> a uma condição <strong>de</strong> sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong>,incluindo:1.1 Implementação em Nível Nacional1.2 Implementação em Nível <strong>Hospital</strong>ar1.3 Critérios Globais <strong>da</strong> IHAC1.4 Conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> com o Código Internacional <strong>de</strong> Comercialização dos Substitutosdo Leite Materno1.5 Expansão IHAC e Opções <strong>de</strong> Integração1.6 Fontes, Referências e WebsitesMódulo 2: Como Fortalecer e Sustentar a <strong>Iniciativa</strong> <strong>Hospital</strong> <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança:Um curso para gestores, a<strong>da</strong>ptado do curso <strong>da</strong> OMS “Promoting breast-feeding in1Os módulos 1 a 4 estão disponíveis no website do Unicef, no en<strong>de</strong>reço , ou em buscas nos websites do Unicef, ou <strong>da</strong> OMS .7


health facilities a short course for administrators and policy-makers”. Esse materialpo<strong>de</strong> ser usado para orientar os gestores <strong>de</strong> hospitais (diretores, administradores, gerentesetc.) e elaboradores <strong>de</strong> políticas quanto às diretrizes <strong>da</strong> <strong>Iniciativa</strong> e os impactospositivos que po<strong>de</strong> ter, e para conquistar seu comprometimento com a promoção ea manutenção <strong>da</strong> causa “<strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança”. O Módulo 2 inclui um Guia do Curso eoito Planos <strong>de</strong> Seção com impressos e transparências. Dois Planos <strong>de</strong> Seção alternativospara uso em cenários com alta incidência <strong>de</strong> HIV foram incluídos.Módulo 3: Promovendo e Incentivando a Amamentação em um <strong>Hospital</strong> <strong>Amigo</strong><strong>da</strong> Criança: curso <strong>de</strong> 20 horas para equipes <strong>de</strong> materni<strong>da</strong><strong>de</strong>, que po<strong>de</strong> ser usadopara fortalecer o conhecimento e a capacitação <strong>de</strong>ssas equipes no sentido <strong>de</strong> uma boaimplementação dos Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno. Esta seçãoinclui:3.1 Orientações para Facilitadores do Curso e Lista <strong>de</strong> Conferência para Planejamentodo Curso3.2 Delineamento <strong>da</strong>s Seções3.3 Transparências para o CursoMódulo 4: Auto-Avaliação e Monitoramento <strong>Hospital</strong>ar oferece ferramentas quepo<strong>de</strong>m ser inicialmente usa<strong>da</strong>s por gerentes e equipes para aju<strong>da</strong>r a <strong>de</strong>terminar se asuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s estão aptas a se submeterem à avaliação externa e, <strong>de</strong>pois que cre<strong>de</strong>ncia<strong>da</strong>sAmigas <strong>da</strong> Criança, para monitorar a a<strong>de</strong>quação aos Dez Passos. Esta seção inclui:4.1 Formulário <strong>de</strong> Auto-Avaliação <strong>Hospital</strong>ar4.2 Orientações e Formulário <strong>de</strong> MonitoramentoMódulo 5: Avaliação e Reavaliação Externas 2 oferece orientações e instrumentospara avaliadores externos, que usarão ambas inicialmente para avaliar se os hospitaisaten<strong>de</strong>m aos Critérios Globais e, portanto, respeitam integralmente os Dez Passos, e<strong>de</strong>pois para reavaliar, regularmente, se mantêm os padrões requeridos. Este móduloinclui:5.1 Guia para Avaliadores5.2 Instrumentos para Avaliação Externa <strong>de</strong> Hospitais5.3 Orientações e Instrumentos para Reavaliação Externa2Módulo 5: Avaliação e Reavaliação Externa, não disponível para distribuição. Oferecido apenas para autori<strong>da</strong><strong>de</strong>snacionais <strong>da</strong> IHAC que as oferecerão aos avaliadores que conduzirão avaliações e a reavaliações IHAC8


3.1 ORIENTAÇÕES PARA FACILITADORES DO CURSOO curso <strong>de</strong> “18 horas” original foi amplamente utilizado e traduzido para muitosidiomas. Esta revisão leva em conta novas pesquisas a respeito <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> apoio,assim como o tema HIV. Estas orientações são <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s a facilitadores com experiênciano curso e não foram concebi<strong>da</strong>s com a intenção <strong>de</strong> serem segui<strong>da</strong>s literalmente.Este curso concentra-se na aplicação <strong>de</strong> conhecimentos e habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos profissionais<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> em suas práticas cotidianas e, portanto, não apresenta uma gran<strong>de</strong>quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> teorias e resultados <strong>de</strong> pesquisas.Os principais pontos <strong>de</strong>ste curso são:• A amamentação é importante tanto para a mãe quanto para o bebê.• A maioria <strong>da</strong>s mães po<strong>de</strong> amamentar seus bebês e a maioria <strong>de</strong>les po<strong>de</strong> ser amamenta<strong>da</strong>.• Mães que não estão amamentando e bebês que não estão sendo amamentados<strong>de</strong>vem receber cui<strong>da</strong>dos especiais para continuarem saudáveis.• As práticas hospitalares po<strong>de</strong>m aju<strong>da</strong>r (ou atrapalhar) as práticas amigas <strong>da</strong>criança.• A implementação <strong>da</strong> <strong>Iniciativa</strong> <strong>Hospital</strong> <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança estimula a aplicação<strong>de</strong> boas práticas.Objetivos do cursoOs objetivos <strong>de</strong> curto prazo <strong>de</strong>ste curso são:• aju<strong>da</strong>r a munir a equipe hospitalar com conhecimentos e habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s necessáriospara transformar a materni<strong>da</strong><strong>de</strong>, por meio <strong>da</strong> implementação dos Dez Passospara o Sucesso do Aleitamento Materno, em um <strong>Hospital</strong> <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança e• sustentar mu<strong>da</strong>nças em políticas e práticas.Este curso é a<strong>de</strong>quado para funcionários que tenham contato com gestantes, mãese seus filhos recém-nascidos. A equipe <strong>de</strong>ve incluir médicos, parteiras, enfermeiras,assistentes <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, nutricionistas, aconselhadores leigos e outros funcionários.O curso também é a<strong>de</strong>quado para cursos <strong>de</strong> capacitação, para que estu<strong>da</strong>ntessejam preparados com conhecimentos e habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s para apoiar a amamentação,antes que comecem a trabalhar. É possível que o hospital utilize partes do curso parafornecer à sua equipe seções reduzi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> capacitação com foco específico no local <strong>de</strong>trabalho.O curso em si não é capaz <strong>de</strong> transformar hospitais, mas po<strong>de</strong> fornecer bases comunsrelaciona<strong>da</strong>s ao manejo <strong>da</strong> amamentação capazes <strong>de</strong> lançar os alicerces paraa transformação. Esses funcionários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> em contato com a mulher e o bebê,além <strong>de</strong> administradores hospitalares, gestores governamentais e servidores públicosenvolvidos com a criação <strong>de</strong> políticas públicas, terão a gran<strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>assegurar a implementação em longo prazo, <strong>da</strong>s políticas apropria<strong>da</strong>s que apóiem aalimentação ótima dos lactentes.9


Ao final <strong>de</strong>ste curso, espera-se que os participante sejam capazes <strong>de</strong>:• usar técnicas <strong>de</strong> comunicação para conversar com gestantes, mães e colegas <strong>de</strong>trabalho;• colocar em prática os Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno e respeitaro Código Internacional <strong>de</strong> Comercialização dos Substitutos do Leite Materno;• discutir com as gestantes a importância <strong>da</strong> amamentação e resumir as práticasque apóiam o início <strong>da</strong> amamentação;• assistir a mãe no aprendizado <strong>da</strong>s técnicas corretas <strong>de</strong> posicionamento e “pega”<strong>da</strong> mama pelo bebê, assim como <strong>da</strong> habili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar a or<strong>de</strong>nha ou expressãomanual do leite materno;• instruir a mãe sobre como encontrar apoio para a amamentação após o retornopara casa;• resumir o que é necessário discutir com uma mulher que não está amamentandoe saber a quem encaminhá-la para mais auxílio com a alimentação <strong>de</strong> seu bebê;• i<strong>de</strong>ntificar as práticas que apóiam e interferem na amamentação;• trabalhar com colegas para i<strong>de</strong>ntificar obstáculos à amamentação e procurar maneiras<strong>de</strong> superá-los.Este curso NÃO foi concebido para capacitar facilitadores para ministrar cursos,para fornecer capacitação <strong>de</strong> pessoas que prestam apoio à alimentação <strong>de</strong> lactentesapós a alta <strong>da</strong> materni<strong>da</strong><strong>de</strong>, para capacitar funcionários especializados no auxílio àsdificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s com a amamentação, aconselhadores em alimentação <strong>de</strong> lactentes quetrabalhem com mulheres HIV positivo ou administradores ou pessoas envolvi<strong>da</strong>s no<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> políticas. Há outros cursos que proporcionam capacitação maiscompleta e específica para estes profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, muito mais ampla do que estepequeno curso po<strong>de</strong> fornecer, como:• Breastfeeding Counselling: a training course (WORLD HEALTH ORGANIZA-TION; THE UNITED NATIONS CHILDREN'S FUND, 1993)• HIV and Infant Feeding Counselling: a training course (WORLD HEALTH OR-GANIZATION; THE JOINT UNITED NATIONS PROGRAMME ON HIV/AIDS; THE UNITED NATIONS CHILDREN'S FUND, 2000)• Infant Feedinng in Emergencies, <strong>Re<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> Nutrição <strong>de</strong> Emergência (RNE) emconjunto com OMS/UNICEF (WORLD HEALTH ORGANIZATION; THEUNITED NATIONS CHILDREN'S FUND, 2003a)• Strengthening and sustaining the Baby-Friendly <strong>Hospital</strong> Initiative: A Course for<strong>de</strong>cision-makers (WORLD HEALTH ORGANIZATION; THE UNITED NA-TIONS CHILDREN'S FUND, 2005b)• Integrated Infant Feeding Counselling: a training course (WORLD HEALTHORGANIZATION; THE UNITED NATIONS CHILDREN'S FUND, 2005a)10


Duração do cursoA <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> criar um curso <strong>de</strong> 20 horas é basea<strong>da</strong> em diversos fatores. Sabe-se quecursos intensivos no local <strong>de</strong> trabalho como este exigem algumas interrupções noscui<strong>da</strong>dos clínicos. As 20 horas po<strong>de</strong>m ser distribuí<strong>da</strong>s em três dias <strong>de</strong> curso intensivoou em segmentos mais curtos, durante um período mais longo, o que for mais convenientepara a uni<strong>da</strong><strong>de</strong>. O i<strong>de</strong>al é que todos os funcionários <strong>da</strong> equipe hospitalar quetenham responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> por oferecer cui<strong>da</strong>dos diretos a mães e bebês freqüentemo curso. É importante mencionar que o curso <strong>de</strong>verá ser ministrado mais <strong>de</strong> umavez no mesmo hospital, para que todos os funcionários <strong>de</strong> todos os turnos possamfreqüentá-lo.Um plano <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> 20 horas permite que a maior parte <strong>da</strong>s informações principaisseja apresenta<strong>da</strong>. Um total <strong>de</strong> 15,5 horas do tempo em sala <strong>de</strong> aula é <strong>de</strong>stinadoa capacitação com base em orientação <strong>de</strong> técnicas, incluindo discussões e práticas emduplas. Um total <strong>de</strong> 4,5 horas é <strong>de</strong>stinado à prática clínica com gestantes e novas mães.As 20 horas não incluem tempo <strong>de</strong>stinado à abertura, encerramento ou intervalos docurso; a inclusão <strong>de</strong>sse tempo <strong>de</strong>ve ser planeja<strong>da</strong> pela coor<strong>de</strong>nação do curso, se consi<strong>de</strong>radonecessário. Deve ser ain<strong>da</strong> planejado tempo adicional para prática clínica,caso haja necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento <strong>da</strong> sala <strong>de</strong> aula para outro local.Há indicação do tempo previsto para os tópicos <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s seções. Este tempopermite que a parte mais importante do material seja apresenta<strong>da</strong>, mas haverá necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> tempo extra, caso a coor<strong>de</strong>nação consi<strong>de</strong>re necessárias mais discussõesou <strong>de</strong>bates relacionados. Haverá necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo extra para algumas <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>sinclusas em quadros, como indicado. Destine um intervalo <strong>de</strong> 5 minutos entreas seções para “espreguiçar”, se intervalos maiores não estiverem previstos.No final do curso, <strong>de</strong>ve estar claro para os participantes quais ações eles <strong>de</strong>vemadotar para implementar as práticas e técnicas no trabalho cotidiano. Na última seção,são forneci<strong>da</strong>s informações sobre o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um “plano <strong>de</strong> ação”. Entretanto,haverá a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> mais tempo para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um plano<strong>de</strong>talhado, importante para que a mu<strong>da</strong>nça ocorra e seja sustenta<strong>da</strong>.Se houver disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> para mais <strong>de</strong> 20 horas, alguns tópicos po<strong>de</strong>m ser apresentadoscom mais abrangência e haverá mais tempo para discussões. Os participantestambém serão beneficiados com mais tempo <strong>de</strong> prática.Espera-se que o aprendizado clínico continue sob a supervisão dos funcionários dohospital com mais experiência e conhecimentos sobre o assunto. Esta prática clínicacontínua será essencial para <strong>da</strong>r prosseguimento aos cui<strong>da</strong>dos para mães e bebês queamamentam, além <strong>de</strong> assegurar a implementação dos Dez Passos para o Sucesso doAleitamento Materno.11


Preparação para o cursoUma lista <strong>de</strong> tópicos para planejamento completo do curso está disponível noAnexo A.Escolha dos facilitadoresOs facilitadores <strong>de</strong>vem possuir conhecimentos relacionados à amamentação e apráticas <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (incluindo procedimentos <strong>de</strong> parto) Amigas <strong>da</strong> Criança,além <strong>de</strong> habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> apresentação em público e experiência com técnicas didáticas.Pelo menos um dos facilitadores do curso <strong>de</strong>ve ter alto nível <strong>de</strong> conhecimentossobre amamentação, para que possa respon<strong>de</strong>r a possíveis perguntas e encontrar maisfontes <strong>de</strong> referência. O número <strong>de</strong> facilitadores <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá do número <strong>de</strong> participantese do formato do curso. A freqüência a este curso não qualifica um profissional aministrá-lo.Se o formato escolhido for um curso intensivo <strong>de</strong> três dias, nenhum facilitador<strong>de</strong>ve ter responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> por ministrar mais <strong>de</strong> três seções por dia. É interessante quehaja uma mu<strong>da</strong>nça freqüente <strong>de</strong> facilitadores – pelo menos um para ca<strong>da</strong> seção. Asseções po<strong>de</strong>m ser dividi<strong>da</strong>s entre dois ou mais facilitadores, que po<strong>de</strong>m se alternar naapresentação <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> uma <strong>de</strong>las. Ca<strong>da</strong> facilitador <strong>de</strong>ve estar encarregado <strong>de</strong>, no mínimo,uma hora <strong>de</strong> ensino por dia, mas apenas um profissional po<strong>de</strong> ser responsávelpor to<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do dia, caso neste dia ocorra apenas uma seção, o que é provávelem hospitais cuja capacitação seja feita no local <strong>de</strong> trabalho.Para que o aprendizado <strong>da</strong> prática clínica ocorra <strong>de</strong> maneira eficaz e para salvaguar<strong>da</strong>ras mães e os bebês, <strong>de</strong>ve haver facilitadores o suficiente para supervisionar aspráticas. Mais facilitadores po<strong>de</strong>m estar disponíveis caso existam funcionários capacitadospara o auxílio nas alas ou clínicas. O i<strong>de</strong>al é que ca<strong>da</strong> facilitador supervisione<strong>de</strong> quatro a seis participantes durante a prática clínica. Se o curso for ministrado emseções curtas, no hospital, a prática clínica po<strong>de</strong> ser feita com grupos menores, <strong>de</strong> atéseis pessoas, em horário a<strong>de</strong>quado.Exigências para a prática clínicaEste curso exige pelo menos quatro horas e meia <strong>de</strong> experiência clínica. Antes doinício do curso, os facilitadores <strong>de</strong>verão se encontrar com os administradores do hospitale com os funcionários <strong>da</strong> materni<strong>da</strong><strong>de</strong>, para <strong>de</strong>cidir qual a melhor maneira <strong>de</strong>conduzir ca<strong>da</strong> prática clínica. Leia to<strong>da</strong> a seção cui<strong>da</strong>dosamente para ver se ela po<strong>de</strong>ser conduzi<strong>da</strong> <strong>de</strong> maneira eficaz no hospital.Os facilitadores <strong>de</strong>verão aju<strong>da</strong>r os funcionários <strong>da</strong> materni<strong>da</strong><strong>de</strong> a <strong>de</strong>cidirem comoselecionar as mulheres com as quais os participantes <strong>de</strong>verão conversar, observar eauxiliar. É aconselhável que a enfermeira ou o médico responsável pela ala <strong>da</strong> materni<strong>da</strong><strong>de</strong>trabalhe em conjunto com os facilitadores nesta ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>.Espera-se que este curso seja utilizado principalmente como uma capacitação nolocal <strong>de</strong> trabalho, com facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso às alas do hospital para a prática clínica.O trabalho clínico é uma parte essencial do curso e a observação <strong>de</strong> três práticas é omínimo exigido. É previsto que os participantes necessitarão <strong>de</strong> prática clínica supervisiona<strong>da</strong>contínua para assegurar que os novos procedimentos se tornem rotina.12


ProgramaçãoDescubra quais são os melhores horários para conduzir as práticas clínicas e estrutureas seções em sala <strong>de</strong> aula em função <strong>da</strong>s visitas às alas/clínicas. Se houver umgran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> participantes, po<strong>de</strong> ser interessante dividi-los em grupos. Assim,enquanto alguns conversam com as gestantes, outros trabalham no auxílio à amamentaçãoe à or<strong>de</strong>nha manual. Certifique-se <strong>de</strong> que a exposição <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado tópicona sala <strong>de</strong> aula venha antes <strong>da</strong> prática clínica relaciona<strong>da</strong>. Por exemplo, antesque os participantes conversem com as gestante a respeito <strong>da</strong>s práticas que apóiama amamentação, como o contato <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo e o alojamento conjunto, as seções queabor<strong>da</strong>m esses temas já <strong>de</strong>vem ter sido ministra<strong>da</strong>s.O número <strong>de</strong> facilitadores e suas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s também <strong>de</strong>ve ser levado em conta.Ao formular a programação, procure revezar tópicos e facilitadores, <strong>de</strong> modo que nenhum<strong>de</strong>les fique sobrecarregado no início e <strong>de</strong>socupado posteriormente.Também é necessário que a programação leve em conta quando equipamentos estarãodisponíveis, quando ocorrerão os intervalos para as refeições e se haverá tempo<strong>de</strong>stinado ao <strong>de</strong>slocamento para as práticas clínicas. Você encontrará um exemplo <strong>de</strong>programação no Anexo B.Exigências do localSão necessários à realização <strong>de</strong>ste curso:• Uma sala <strong>de</strong> aula que comporte todo o grupo.• Mesas e ca<strong>de</strong>iras que possam ser movi<strong>da</strong>s para ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem individuais.• Um quadro negro, branco ou flipchart (e giz ou canetas hidrográficas).• Um quadro ou mural <strong>de</strong> avisos para expor materiais e fita ou outro produto parafixar os avisos.• Fácil acesso para projetores <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos e tela, uma pare<strong>de</strong> a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> ou um equipamentoapropriado para projetar transparências colori<strong>da</strong>s.• 2-3 mesas gran<strong>de</strong>s para colocar o projetor e os materiais que serão expostos epara uso dos facilitadores.• Um sistema simples para escurecimento do ambiente.Materiais do cursoMateriais para os facilitadores• Resumos <strong>da</strong>s seções, contendo os pontos a serem abor<strong>da</strong>dos para ca<strong>da</strong> tópico eilustrações, quando relevantes.• Sli<strong>de</strong>s <strong>de</strong> PowerPoint com fotos e ilustrações. Po<strong>de</strong>m ser usa<strong>da</strong>s impressões colori<strong>da</strong>sou transparências, na ausência <strong>de</strong> um projetor <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos.• Anexo C – Fontes para mais informações, que incluem websites <strong>de</strong> referência efontes para materiais.13


• Seção 4.1, que inclui o Formulário <strong>de</strong> Auto-Avaliação <strong>Hospital</strong>ar, um documentoque faz parte do conjunto <strong>de</strong> materiais <strong>da</strong> <strong>Iniciativa</strong> <strong>Hospital</strong> <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança.Outros materiais <strong>de</strong> apoio didático• Bonecas. Escolha ou faça bonecas <strong>de</strong> tamanhos variados para representar <strong>de</strong>s<strong>de</strong>recém-nascidos a bebês com alguns meses. É necessário pelo menos uma bonecapara ca<strong>da</strong> grupo <strong>de</strong> 3-4 participantes.• Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> mama <strong>de</strong> pano. Consulte o Anexo D para instruções <strong>de</strong> como fazeruma mama artificial. É necessário pelo menos uma mama para ca<strong>da</strong> grupo <strong>de</strong> 3-4participantes.Os resumos <strong>de</strong> uma ou duas páginas <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> seção po<strong>de</strong>m ser usados como Manual<strong>de</strong> Participantes, se necessário. Não é preciso que os participantes façam muitasanotações.Estrutura <strong>da</strong>s seçõesNa capa <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> seção estão impressos:• Os objetivos <strong>de</strong> aprendizagem <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> seção, numerados <strong>de</strong> acordo com os tópicos<strong>da</strong>s seções.• O tempo total estimado para a seção.• Materiais ou preparação adicional que o facilitador necessitará para a seção.• Uma lista <strong>de</strong> Leituras Adicionais para os facilitadores. Geralmente essas referênciaspo<strong>de</strong>m ser obti<strong>da</strong>s na internet; quando não disponíveis, isso é informado. Há<strong>de</strong>talhes relacionados aos websites no Anexo C. Materiais adicionais po<strong>de</strong>m serdisponibilizados pelos escritórios locais do UNICEF ou <strong>da</strong> OMS.Estrutura didáticaOs tópicos abor<strong>da</strong>dos em ca<strong>da</strong> seção estão listados abaixo do título <strong>de</strong>sta seção. Àesquer<strong>da</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> tópico está o número do objetivo correspon<strong>de</strong>nte; à direita, o temposugerido para o ensino <strong>da</strong>quele tópico. As ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que <strong>de</strong>verão ser feitas em sala<strong>de</strong> aula aparecem em quadros. Os facilitadores <strong>de</strong>vem verificar se o material ain<strong>da</strong> éa<strong>de</strong>quado e atualizado, antes <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> seção.Avaliação <strong>de</strong> conhecimentosHá uma avaliação <strong>de</strong> conhecimentos ao final <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> seção. Po<strong>de</strong>-se pedir que osparticipantes preencham esses formulários sozinhos, em duplas ou em grupos. Osfacilitadores po<strong>de</strong>m se oferecer para tirar dúvi<strong>da</strong>s dos participantes. Caso os facilitadores<strong>de</strong>sejem, e se houver tempo, a avaliação <strong>de</strong> conhecimento po<strong>de</strong> ser usa<strong>da</strong> comobase para discussões em classe. Ao preparar as seções, os facilitadores <strong>de</strong>vem promoverestas discussões e preparar possíveis respostas. As respostas para as questões sãonormalmente forneci<strong>da</strong>s no texto <strong>da</strong> seção.Resumo <strong>da</strong> seçãoNo final <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> seção, há um breve resumo com os pontos principais. O resumopo<strong>de</strong> ser disponibilizado para os participantes no início <strong>da</strong> seção, para que eles pos-14


sam se dirigir a esta página e acrescentar notas adicionais, se necessário. Po<strong>de</strong>m-sefazer cópias dos resumos para serem usa<strong>da</strong>s <strong>de</strong>pois do curso.Informações adicionaisO material <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> seção tem por objetivo abor<strong>da</strong>r situações práticas relevantespara a maioria dos participantes. O facilitador po<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejar informações adicionaispara respon<strong>de</strong>r a perguntas ou tratar <strong>de</strong>terminados tópicos com mais abrangência.A apresentação <strong>de</strong>stas informações adicionais não está compreendi<strong>da</strong> no tempo <strong>da</strong>seção.Idioma do cursoO curso po<strong>de</strong> ser traduzido para o idioma do país, mas sempre <strong>de</strong>ve ser revisadopor uma ou mais pessoas capacita<strong>da</strong>s em procedimentos <strong>de</strong> amamentação para assegurara precisão <strong>da</strong>s informações forneci<strong>da</strong>s.Avaliações do aprendizadoEste curso inclui um formulário <strong>de</strong> auto-avaliação do aprendizado, constante doAnexo E. Ele po<strong>de</strong> ser usado como teste verificador <strong>de</strong> conhecimentos ao final dostrabalhos; para aju<strong>da</strong>r os participantes a continuarem <strong>de</strong>senvolvendo seus conhecimentose habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s; ou para avaliar se novos integrantes <strong>da</strong> equipe possuem conhecimentose habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s, se adquiri<strong>da</strong>s em emprego ou curso anterior. Esteinstrumento po<strong>de</strong> ser a<strong>da</strong>ptado tanto para ser aplicado como avaliação pelo facilitadorquanto para ser usado pelos participantes para avaliarem seus conhecimentos.Apresentação do cursoApresentações interativasO resumo <strong>da</strong> Seção fornece os pontos principais a serem abor<strong>da</strong>dos em ca<strong>da</strong> tópico.É melhor que os facilitadores não leiam as informações escritas como numa palestra,mas sim adotem um estilo mais interativo:• O facilitador po<strong>de</strong> fazer perguntas que sirvam como introdução para os tópicos –por exemplo, “Como os procedimentos <strong>de</strong> parto po<strong>de</strong>m afetar a amamentação?”Primeiro, <strong>de</strong>ixe que o assunto seja <strong>de</strong>batido e <strong>de</strong>pois apresente os temas a seremabor<strong>da</strong>dos no tópico.• O facilitador po<strong>de</strong> fazer perguntas sobre as experiências profissionais dos participantespara que se envolvam ain<strong>da</strong> mais com o tema – “Em que momento dopré-natal as mulheres <strong>de</strong>sta ala recebem informações relaciona<strong>da</strong>s à alimentação<strong>de</strong> seus bebês?”• Po<strong>de</strong> ser útil fazer uma pergunta após a apresentação dos pontos principais, –“Como vocês acham que esta prática funcionaria aqui?”• Auxilie os participantes a relacionarem a teoria à prática – “Se uma mãe vieraté vocês com os mamilos feridos ou doloridos, o que <strong>de</strong>ve chamar sua atençãoquando vocês observam a alimentação do bebê?”15


• Se você <strong>de</strong>sejar que os participantes analisem uma figura e façam comentários arespeito <strong>de</strong>la, fique em silêncio durante algum tempo para que eles tenham tempopara pensar.Lembre-se sempre que o tempo é muito limitado e assegure-se <strong>de</strong> que as discussõessejam relevantes para o tópico, breves e úteis para o grupo. Concentre-se na abor<strong>da</strong>gem<strong>de</strong> tópicos que se apliquem à maioria <strong>da</strong>s mulheres, ao invés <strong>de</strong> passar um longotempo discutindo situações raras ou incomuns.Se os participantes <strong>de</strong>sejarem mais informações, indique a bibliografia lista<strong>da</strong> notópico Leitura Adicional ou incentive-os a freqüentar cursos mais específicos, comoos listados anteriormente.Neste curso, há situações em que fazemos referência aos bebês com a expressão “eleou ela”. Os facilitadores não precisam dizer sempre “ele ou ela”; eles são incentivadosa se referir aos bebês como “ela” ou “ele”, já que isto facilita o an<strong>da</strong>mento do curso. Nahistória, um bebê é menino e o outro é menina, então ele ou ela são usados a <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rdo bebê a que se faz referência.DiscussõesAs discussões dão aos participantes a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> compartilhar suas idéias esuscitam perguntas. Os facilitadores <strong>de</strong>vem conduzir as discussões <strong>de</strong> modo a manteros participantes concentrados no assunto. Se um dos participantes dominar a discussão,o facilitador <strong>de</strong>ve intervir. Por outro lado, se as discussões forem domina<strong>da</strong>s pelosfacilitadores, elas se transformam em palestras ou seções <strong>de</strong> perguntas e respostas.Trabalhar em grupos pequenos dá aos participantes a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> compartilharidéias e experiências. Estes pequenos grupos <strong>de</strong> discussão são muito importantespara mu<strong>da</strong>r atitu<strong>de</strong>s e não apenas compartilhar fatos. Os facilitadores po<strong>de</strong>m passar<strong>de</strong> grupo em grupo para se certificar que as informações compartilha<strong>da</strong>s estão <strong>de</strong>acordo com as práticas amigas <strong>da</strong> criança. Em geral, não passe muito tempo <strong>da</strong>ndoretorno para os grupos, principalmente se todos os grupos estiverem discutindo omesmo tópico.Ca<strong>da</strong> grupo <strong>de</strong>ve ter um representante, que irá resumir os pontos e perguntas principaisem um cartaz ou folha <strong>de</strong> papel, que <strong>de</strong>verá ser afixado à vista <strong>de</strong> todos. O facilitadorpo<strong>de</strong> fornecer informações relevantes quando o curso continuar e discutir asperguntas suscita<strong>da</strong>s.Práticas em duplasAs práticas em duplas permitem que os participantes pratiquem habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicaçãouns com os outros. Deixe que os participantes escolham seus parceirosou reúna os participantes para que tenham a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar com pessoasdiferentes. Se alguém ficar sozinho, o facilitador po<strong>de</strong> trabalhar com esta pessoa.Além <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s sugeri<strong>da</strong>s como práticas em duplas, esta técnica po<strong>de</strong> ser usa<strong>da</strong>em todos os Estudos <strong>de</strong> Casos.EncenaçõesQuando os facilitadores utilizam encenações e <strong>de</strong>monstrações como ferramenta<strong>de</strong> ensino, a encenação <strong>de</strong>ve ser ensaia<strong>da</strong> antes <strong>da</strong> Seção. Se isso não for possível, o16


facilitador po<strong>de</strong> escolher alguns participantes para atuarem na encenação/ <strong>de</strong>monstraçãocom ele. As encenações/<strong>de</strong>monstrações <strong>de</strong>vem ser pequenas peças informaisque durem apenas alguns minutos; elas po<strong>de</strong>m ser usa<strong>da</strong>s para estimular discussões,exemplificar certos tipos <strong>de</strong> interação e introduzir estudos <strong>de</strong> casos que envolverãooutras encenações com os participantes.Encenações/<strong>de</strong>monstrações são sugeri<strong>da</strong>s em muitos pontos ao longo do curso. Noentanto, espera-se que os facilitadores utilizem suas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s didáticas para apresentaro material <strong>de</strong> forma criativa. Divirta-se durante as encenações e faça com queos participantes atuem sempre que possível.Estudos <strong>de</strong> casoOs estudos <strong>de</strong> caso apresentam uma situação a respeito <strong>da</strong> quais os participantes<strong>de</strong>vem discutir ou usa-las como base para encenações. Os participantes po<strong>de</strong>m a<strong>da</strong>ptaros estudos <strong>de</strong> caso para a<strong>de</strong>quá-los aos contextos ou à cultura do país ou a procedimentosespecíficos. Po<strong>de</strong>-se mu<strong>da</strong>r com facili<strong>da</strong><strong>de</strong> os nomes e os <strong>de</strong>talhes <strong>da</strong>s personagens.Se o período <strong>de</strong> aula não permitir o uso <strong>de</strong> estudos <strong>de</strong> caso po<strong>de</strong>-se solicitarque os participantes façam uma tarefa em casa basea<strong>da</strong> neles.FormuláriosSão utilizados formulários para ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s em várias seções. Esses formulários estãono final do planejamento <strong>da</strong> seção na qual serão usados – po<strong>de</strong>-se fazer uma cópiapara ca<strong>da</strong> um dos participantes. Os formulários também po<strong>de</strong>m ser copiados parauso clínico, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> terminado o curso.IlustraçõesO texto <strong>da</strong>s seções faz referência a ilustrações não encarta<strong>da</strong>s no material didático.Po<strong>de</strong> ser útil fazer cópias <strong>de</strong>ssas informações em transparências ou flipcharts, casonão haja disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um projetor.Fotografias e ilustraçõesMesmo que os tópicos possam ser apresentados sem a utilização dos sli<strong>de</strong>s <strong>de</strong> PowerPointeles serão muito úteis sempre que pu<strong>de</strong>rem ser utilizados. O facilitador <strong>de</strong>veexplicar o que os participantes <strong>de</strong>vem observar na figura. Po<strong>de</strong>-se pedir aos participantesque venham até a frente <strong>da</strong> sala e digam o que vêem na figura. Nos locais on<strong>de</strong>a eletrici<strong>da</strong><strong>de</strong> e o escurecimento do ambiente estão disponíveis somente à noite haveráa necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> do ajuste <strong>da</strong> programação dos tópicos. Se não houver disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> um projetor, as figuras po<strong>de</strong>m ser impressas, <strong>de</strong> preferência em cores, para que osparticipantes as observem em grupos.HIV e alimentação <strong>de</strong> lactentesSe o curso for ministrado em um local on<strong>de</strong> haja uma alta taxa <strong>de</strong> infecção por HIVentre gestantes e o conhecimento dos participantes a respeito <strong>da</strong> transmissão verticaldo HIV seja limitado, informações adicionais relaciona<strong>da</strong>s ao HIV <strong>de</strong>vem ser forneci<strong>da</strong>sem seções adicionais. Seções dos cursos HIV and Infant Feeding Counselling: atraining course (WORLD HEALTH ORGANIZATION; THE JOINT UNITED NA-TIONS PROGRAMME ON HIV/AIDS; THE UNITED NATIONS CHILDREN'SFUND, 2000) ou Integrated Infant Feeding Counselling: a training course (WORLD17


HEALTH ORGANIZATION; THE UNITED NATIONS CHILDREN'S FUND,2005a) po<strong>de</strong>m ser usa<strong>da</strong>s para fornecer informações sobre:• HIV e prevenção <strong>da</strong> transmissão vertical.• Testagem e aconselhamento em HIV.• Opções <strong>de</strong> substituição <strong>da</strong> amamentação apropria<strong>da</strong>s e disponíveis no local.• Riscos do “efeito <strong>de</strong> dispersão” <strong>da</strong> substituição <strong>da</strong> amamentação para a populaçãoem geral.AnexosAnexo A – Lista <strong>de</strong> conferência para o planejamento do cursoPlanejamento inicial1.Visite a materni<strong>da</strong><strong>de</strong> que será utiliza<strong>da</strong> para as práticas clínicas.• Confirme os períodos em que será possível conversar com gestantes e mães queacabaram <strong>de</strong> <strong>da</strong>r à luz. Se houver a intenção <strong>de</strong> visitar mais <strong>de</strong> uma materni<strong>da</strong><strong>de</strong>a ca<strong>da</strong> prática, é importante certificar-se <strong>de</strong> que elas estarão disponíveis no mesmoperíodo. Ca<strong>da</strong> participante <strong>de</strong>verá conversar com pelo menos uma gestantee uma mãe que esteja amamentando. Por exemplo, em um curso com 12 participantes,<strong>de</strong>ve haver pelo menos 20 gestantes na ala e/ou na enfermaria <strong>de</strong> prénatal,<strong>de</strong> modo que haja mães o suficiente para conversar, com uma margem <strong>de</strong>segurança para as mães que não o <strong>de</strong>sejem.2. Escolha um local para ser a sala <strong>de</strong> aula. O i<strong>de</strong>al é que fique no mesmo local <strong>da</strong>spráticas clínicas. Certifique-se <strong>de</strong> que os itens a seguir estão disponíveis:• Fácil acesso <strong>da</strong> sala <strong>de</strong> aula para a área <strong>de</strong> práticas clínicas.• Um cômodo gran<strong>de</strong> que comporte todos os participantes e facilitadores sentadospara as seções, incluindo espaço para convi<strong>da</strong>dos durante as cerimônias <strong>de</strong> aberturae encerramento. Deve haver espaço para um grupo <strong>de</strong> quatro participantes eum facilitador sentarem em torno <strong>de</strong> uma mesa.• Uma sala <strong>de</strong> aula que acomo<strong>de</strong> oito pessoas, para a preparação dos facilitadoresno dia anterior ao curso.• Iluminação e ventilação a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s, espaço nas pare<strong>de</strong>s para afixar cartazes e folhas<strong>de</strong> papel gran<strong>de</strong>s em ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s salas.• Pelo menos uma mesa para ca<strong>da</strong> grupo <strong>de</strong> quatro participantes e espaço parauma mesa adicional para os materiais.• O local <strong>de</strong>ve ser livre <strong>de</strong> barulho alto ou música.• Caso haja o fornecimento <strong>de</strong> bebi<strong>da</strong>s e/ou lanches, tomar as providências necessárias.• Espaço para pelo menos um funcionário <strong>de</strong> apoio administrativo durante o curso.18


• Local on<strong>de</strong> suprimentos e equipamentos possam ser guar<strong>da</strong>dos com segurança etrancados, se necessário.• Quando tiver escolhido um local a<strong>de</strong>quado, reserve o espaço por escrito. Confirmea reserva algum tempo antes do curso e novamente pouco antes do início docurso.• Confirme os horários <strong>da</strong>s visitas para práticas clínicas.• Organize o transporte <strong>de</strong> participantes e facilitadores ao local <strong>da</strong>s práticas clínicas.3. Defina as <strong>da</strong>tas do curso e prepare uma programação:• Defina o calendário do curso – um curso completo em dias consecutivos ou comseções uma vez por semana.• Reserve um dia para a preparação dos facilitadores.• Reserve três dias para o curso para participantes.• O Coor<strong>de</strong>nador do Curso <strong>de</strong>ve estar disponível 1-2 dias antes e durante a seção <strong>de</strong>preparação dos facilitadores, e também durante as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do curso.• Se a prática clínica ocorrer em local diferente <strong>da</strong>s seções teóricas, é preciso reservartempo adicional para <strong>de</strong>slocamento.• O i<strong>de</strong>al é não programar mais <strong>de</strong> 6,5 horas <strong>de</strong> aula por dia (não inclusos o tempo<strong>de</strong>stinado a refeições e intervalos).• Prepare o cronograma do curso com horários <strong>de</strong>finidos para práticas clínicas,seções teóricas, refeições e intervalos.• Se os participantes vierem <strong>de</strong> um local distante, é aconselhável iniciar as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>sdo primeiro dia mais tar<strong>de</strong> e encerrar o último dia mais cedo, caso o cursoseja ministrado em dias consecutivos.4. Defina um local para hospe<strong>da</strong>r participantes e facilitadores, se necessário. Se o alojamentosituar-se em um local que não o do curso, certifique-se <strong>de</strong> que os itens seguintesestão disponíveis:• Transporte confiável <strong>de</strong> i<strong>da</strong> e volta para o local do curso.• Serviço <strong>de</strong> refeições <strong>de</strong> acordo com a programação do curso.• Quando você tiver i<strong>de</strong>ntificado um local <strong>de</strong> alojamento a<strong>de</strong>quado, reserve porescrito e confirme a reserva algum tempo antes do curso e novamente poucoantes do início do curso.5. Selecione e convi<strong>de</strong> os facilitadores. É necessário que:• Os facilitadores tenham experiência em ministrar cursos e conhecimentos a respeito<strong>de</strong> amamentação e práticas <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> Amigas <strong>da</strong> Criança.• Os facilitadores <strong>de</strong>vem estar disponíveis e dispostos a freqüentar todo o curso,incluindo o dia <strong>de</strong> preparação antes do início <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.• Os facilitadores <strong>de</strong>vem receber os materiais pelo menos três semanas antes doinício do curso, para que tenham tempo para se preparar.19


• Deve haver pelo menos um facilitador para ca<strong>da</strong> 4 participantes durante as práticasclínicas. Mais facilitadores <strong>de</strong>vem estar disponíveis caso haja disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> funcionários capacitados nas alas ou clínicas.6. I<strong>de</strong>ntifique participantes a<strong>de</strong>quados e envie cartas convite com as seguintes informações:• Os objetivos e uma <strong>de</strong>scrição do curso.• Os horários <strong>de</strong> chega<strong>da</strong> e parti<strong>da</strong> dos participantes.• Que é essencial ser pontual e freqüentar todo o curso.• Detalhes administrativos, como acomo<strong>da</strong>ções, refeições e pagamento <strong>de</strong> outroscustos.7. Provi<strong>de</strong>ncie o envio <strong>de</strong> autorizações <strong>de</strong> viagem para os facilitadores, coor<strong>de</strong>nadoresdo curso e participantes.8. Provi<strong>de</strong>ncie o envio <strong>de</strong> materiais, equipamentos e suprimentos para o local do curso.9. Convi<strong>de</strong> palestrantes para as cerimônias <strong>de</strong> abertura e encerramento, se houvernecessi<strong>da</strong><strong>de</strong>.Providências a serem toma<strong>da</strong>s uma semana antes do início do curso10. Confirme os arranjos <strong>de</strong>:• Alojamento para todos os facilitadores e participantes.• Organização <strong>da</strong> sala <strong>de</strong> aula.• Transporte diário para os participantes, do alojamento para a sala <strong>de</strong> aula, e <strong>de</strong>i<strong>da</strong> e volta para os locais <strong>de</strong> práticas clínicas.• Certifique-se que as materni<strong>da</strong><strong>de</strong>s on<strong>de</strong> serão realiza<strong>da</strong>s as práticas clínicas eseus funcionários estão cientes <strong>da</strong>s visitas e <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s a serem realiza<strong>da</strong>s.• Refeições e lanches.• Cerimônias <strong>de</strong> abertura e encerramento com autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s importantes.• Verifique se os convi<strong>da</strong>dos estão disponíveis para a visita.• Certificados <strong>de</strong> conclusão do curso e <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> um momento para tirar umafoto do grupo, que po<strong>de</strong>rá ser revela<strong>da</strong> antes <strong>da</strong> cerimônia <strong>de</strong> encerramento (opcional).• Arranjos para digitação e cópia dos materiais durante o curso (por exemplo, programação,listas <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reços dos participantes e facilitadores).11. Organize a recepção dos facilitadores e participantes no hotel, aeroporto, estação<strong>de</strong> trem ou rodoviária, se necessário.12. Certifique-se que os materiais do curso, suprimentos e equipamentos, estão disponíveise prontos para serem entregues no local do curso.Ações ao longo do curso13. Após o registro, atribua grupos <strong>de</strong> quatro participantes para ca<strong>da</strong> facilitador. Afixea lista com os nomes dos participantes em local on<strong>de</strong> todos possam ver.20


14. Distribua cópias do Plano <strong>de</strong> Curso para todos os participantes e facilitadores.Este documento <strong>de</strong>ve incluir uma lista com os nomes e en<strong>de</strong>reços <strong>de</strong> todos os participantes,facilitadores e do Coor<strong>de</strong>nador do Curso.15. Provi<strong>de</strong>ncie uma foto do grupo, se <strong>de</strong>sejar.16. Prepare um certificado <strong>de</strong> conclusão do curso para ca<strong>da</strong> participante.17. Tome providências para confirmar novamente ou trocar as reservas <strong>de</strong> vôo, tremou ônibus e transportes do local <strong>de</strong> chega<strong>da</strong> para o local <strong>de</strong> hospe<strong>da</strong>gem dos facilitadorese participantes, se necessário.18. Determine um horário para o pagamento <strong>de</strong> diárias e para ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s relaciona<strong>da</strong>sa transporte/alojamento que não ocupe o tempo do curso.Itens/providências adicionais:Lista <strong>de</strong> equipamentos:• Projetor, computador com o programa PowerPoint instalado, tela ou pare<strong>de</strong>branca a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> para a projeção ou equipamento equivalente para projeções colori<strong>da</strong>se um retroprojetor.• Bonecas. Escolha ou faça bonecas que variem do tamanho <strong>de</strong> recém-nascidos atéalguns meses <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>. É necessário pelo menos uma boneca para ca<strong>da</strong> grupo <strong>de</strong>3-4 participantes.• Um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> mama <strong>de</strong> pano. Veja o Anexo 3 para instruções <strong>de</strong> como fazer omo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> mama. É necessário ao menos um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> mama para ca<strong>da</strong> grupo<strong>de</strong> 3-4 participantes.• Canetas, lápis, borrachas e papéis para os participantes e facilitadores.• Um quadro negro, branco ou flipchart (giz ou canetas hidrográficas).• Flipcharts <strong>de</strong> papel e material para afixar as folhas na pare<strong>de</strong> e canetas hidrográficas.Anexo B – Exemplo <strong>de</strong> cronograma do curso – 3 dias <strong>de</strong> duraçãoO tempo indicado é <strong>de</strong>stinado à apresentação dos conteúdos principais; não estáinclusa a programação <strong>de</strong> seções ou ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s adicionais. Defina as práticas clínicascom antecedência e a seguir as seções teóricas, em função <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s práticas.Dia 18:30 – 8:45 Boas vin<strong>da</strong>s (Destinar tempo adicional para uma cerimônia15 minutos<strong>de</strong> abertura, se <strong>de</strong>sejar)8:45 – 9:15 Seção 1: IHAC: uma parte <strong>da</strong> Estratégia Global 30 minutos9:15 – 10:15 Seção 2: Habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação 60 minutos10:15 – 10:30 Intervalo 15 minutos10:30 – 12:00 Seção 3: Promoção do aleitamento materno durante 90 minutosa gestação – Passo 312:00 – 12:45 Seção 4: Proteção do aleitamento materno 45 minutoscontinua21


continuação12:45 – 1:45 Intervalo 60 minutos1:45 – 3:00 Seção 5: Práticas <strong>de</strong> parto e aleitamento materno - 75 minutosPasso 43:00 – 3:15 Intervalo 15 minutos3:15 – 4:00 Seção 6: Como o leite <strong>da</strong> mama chega ao bebê 45 minutos4:00 – 4:30 Seção 7: Auxílio ao aleitamento materno - Passo 5 – 30 minutosseções 1-34:30 – 4:45 Resumo do dia e dúvi<strong>da</strong>s 15 minutosDia 28:30 – 9:30 Seção 7: Auxílio ao aleitamento materno - Passo 5 – 60 minutosseções 4-79:30 – 10:00 Intervalo (<strong>de</strong>stinar mais tempo, se necessário, caso 30 minutoshaja <strong>de</strong>slocamento para a prática clínica)10:00 – 12:00 Prática clínica 1 – Observar e auxiliar o aleitamento 120 minutosmaterno12:00 – 1:00 Seção 8: Práticas que auxiliam o aleitamento materno60 minutos– Passos 6, 7, 8 e 91:00 – 2:00 Intervalo 60 minutos2:00 – 2:45 Seção 9: “Pouco leite” 45 minutos2:45 – 3:30 Seção 10: Lactentes com necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s especiais 45 minutos3:30 – 3:45 Intervalo 15 minutos3:45 – 4:45 Seção 11: Quando o bebê não po<strong>de</strong> ser amamentado 60 minutosno peito – Passo 54:45 – 5:00 Resumo do dia e dúvi<strong>da</strong>s 15 minutosDia 38:30 – 9:30 Seção 12: Questões relaciona<strong>da</strong>s à mama e aos mamilos60 minutos9:30 – 10:30 Prática clínica 2 – Conversa com uma gestante 60 minutos10:30 – 11:15 Intervalo (<strong>de</strong>stinar mais tempo, se necessário, caso 45 minutoshaja <strong>de</strong>slocamento para a prática clínica)11:15 – 12:45 Prática clínica 3 – Observar a or<strong>de</strong>nha manual e a 90 minutosalimentação com copo12:45 – 1:45 Intervalo 60 minutos1:45 – 2:30 Seção 13: Questões relaciona<strong>da</strong>s à saú<strong>de</strong> materna 45 minutos2:30 – 3:45 Seção 14: Apoio permanente a mães lactantes – Passo75 minutos103:45 – 3:55 Intervalo 10 minutos3:55 – 4:30 Seção 15: Como tornar sua uni<strong>da</strong><strong>de</strong> um <strong>Hospital</strong> 35 minutos<strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança4:30 – 4:45 Resumo do dia e dúvi<strong>da</strong>s 15 minutos4:45 – 5:00 Encerramento do curso (<strong>de</strong>stinar tempo adicionalpara uma cerimônia <strong>de</strong> encerramento, se <strong>de</strong>sejar)15 minutos22


Anexo C – Fontes para buscar mais informaçõesWebsites:Não esqueça que os websites mu<strong>da</strong>m freqüentemente. Faça buscas pelas palavras‘IHAC’, ‘<strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança’ e ‘amamentação’ em sites <strong>de</strong> busca e consulte as seçõesFontes, Publicações e Links nos websites.Para fazer o download <strong>de</strong> arquivos pdf, sem abri-los, clique com o botão direitodo mouse e selecione “salvar link como”, e em segui<strong>da</strong> escolha um local para salvar oarquivo.O programa Adobe Rea<strong>de</strong>r é gratuito e po<strong>de</strong> ser baixado na maioria dos websitesque disponibilizam arquivos em pdf ou no website <strong>da</strong> Adobe, .Se<strong>de</strong> do UNICEF. Materiais adicionais também po<strong>de</strong>m ser solicitados nas se<strong>de</strong>snacionais do UNICEF.Para maiores informações sobre o trabalho do UNICEF relacionado ao apoio àalimentação <strong>de</strong> lactentes e crianças <strong>de</strong> primeira infância, a esforços nacionais para aimplementação <strong>da</strong>s metas <strong>da</strong> Declaração <strong>de</strong> Innocenti e <strong>da</strong> Estratégia Global para aAlimentação <strong>de</strong> Lactentes e Crianças <strong>de</strong> Primeira Infância, ou sobre a <strong>Iniciativa</strong> <strong>Hospital</strong><strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança como um todo e para fazer o download <strong>de</strong> materiais atualizados,favor acessar .Se<strong>de</strong> <strong>da</strong> OMS. Materiais adicionais também po<strong>de</strong>m ser solicitados nas se<strong>de</strong>s nacionais<strong>da</strong> OMS.Os documentos abaixo relacionados estão disponíveis para download, a não serquando explicitado.Nutrição para Saú<strong>de</strong> e Desenvolvimento (NHD)World Health Organization, 1211 Geneva 27, Switzerland e-mail: nutrition@who.int.Global Strategy for Infant and Young Child Feeding (WORLD HEALTH ORGANI-ZATION, 2002b)Infant and Young Child Feeding. A tool for assessing national practices, policies andprogrammes (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2003d)The Baby-friendly <strong>Hospital</strong> Initiative. Monitoring and reassessment: Tools to sustainprogress (WORLD HEALTH ORGANIZATION; WELLSTART INTERNATIONAL,1999)International Co<strong>de</strong> of Marketing of Breast-milk Substitutes (WORLD HEALTH OR-GANIZATION, [1981?])The International Co<strong>de</strong> of Marketing of Breast-milk Substitutes. A common reviewand evaluation framework (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1996c)The International Co<strong>de</strong> of Marketing of Breast-milk Substitutes: summary of actiontaken by WHO Member States and other interested parties, 1994-1998 (WORLDHEALTH ORGANIZATION, 1998c)23


Infant formula and related tra<strong>de</strong> issues in the context of the International Co<strong>de</strong>(WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2001a)Follow-up formula in the context of the International Co<strong>de</strong> (WORLD HEALTH OR-GANIZATION, [2001?])The Innocenti Declaration: Progress and achievements (THE INNOCENTI…,1998a, 1998b, 1998c)Diet, Nutrition and the Prevention of Chronic Diseases. Report of a Joint WHO/FAOExpert Consultation (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2003a)Nutrient requirements for people living with HIV/AIDS. Report of a technical consultation(WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2003f)Feeding and Nutrition of Infants and Young Children. Gui<strong>de</strong>lines for the WHO EuropeanRegion, with Emphasis on the Former Soviet Countries (MICHAELSEN etal., 2000)Infant Feeding in Emergencies (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1997c)Departamento <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e Desenvolvimento <strong>da</strong> Criança e do Adolescente (CAH)World Health Organization20 Avenue Appia, 1211 Geneva 27 SwitzerlandTel: +41-22 791 3281 Fax: +41-22 791 4853 Email: cah@who.int.Implementing the Global Strategy for Infant and Young Child Feeding: Report of atechnical meeting (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2003c)Evi<strong>de</strong>nce for the Ten Steps to Successful Breastfeeding (VALLENAS; SAVAGE, 1998)Nutrient a<strong>de</strong>quacy of exclusive breastfeeding for the term infant during the first sixmonths of life (BUTTE; LOPEZ-ALARCON; GARZA, 2002)The optimal duration of exclusive breastfeeding: report of an expert consultation(WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2002c)The optimal duration of exclusive breastfeeding: a systematic review WORLD HE-ALTH ORGANIZATION, 2002d)Complementary feeding: Report of the Global Consultation, and Summary of GuidingPrinciples for complementary feeding of the breastfed child (WORLD HEAL-TH ORGANIZATION, 2002a)Guiding principles for complementary feeding of the breastfed child (DEWEY, 2003)Complementary feeding of young children in <strong>de</strong>veloping countries: A review of currentscientific knowledge (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1998b)Health aspects of maternity leave and maternity protection (WORLD HEALTH OR-GANIZATION, 2000b)24


Breastfeeding and maternal medication: Recommen<strong>da</strong>tions for drugs in the eleventhWHO mo<strong>de</strong>l list of essential drugs (WORLD HEALTH ORGANIZATION; THEUNITED NATIONS CHILDREN'S FUND, 2003b)Breastfeeding and maternal tuberculosis (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1998a)Breastfeeding and the use of water and teas (WORLD HEALTH ORGANIZATION,1997a)Not enough milk (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1996b)Hepatitis B and breastfeeding (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1996a)Breastfeeding counselling: A training course (WORLD HEALTH ORGANIZA-TION, 1994)Persistent diarrhoea and breastfeeding (ONNELA, 1997)Mastitis. Causes and management (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2000a)Relactation. A review of experience and recommen<strong>da</strong>tions for practice (HOR-MANN; SAVAGE, 1998)Hypoglycemia of the newborn. Review of the literature (WORLD HEALTH ORGA-NIZATION, 1997b)Breastfeeding counselling: A training course (WORLD HEALTH ORGANIZA-TION; THE UNITED NATIONS CHILDREN'S FUND, 1993)HIV and infant feeding counselling: A training course (WORLD HEALTH ORGA-NIZATION; THE JOINT UNITED NATIONS PROGRAMME ON HIV/AIDS;THE UNITED NATIONS CHILDREN'S FUND, 2000)HIV and Infant Feeding: Framework for Priority Action (WORLD HEALTH OR-GANIZATION et al., 2003)HIV transmission through breastfeeding. A review of available evi<strong>de</strong>nce (NEWELL, 2004)HIV and Infant Feeding. Gui<strong>de</strong>lines for <strong>de</strong>cision-makers (WORLD HEALTH OR-GANIZATION; THE JOINT UNITED NATIONS PROGRAMME ON HIV/AIDS;THE UNITED NATIONS CHILDREN'S FUND, 1998a)HIV and Infant Feeding. A gui<strong>de</strong> for health-care managers and supervisors(WORLD HEALTH ORGANIZATION; THE JOINT UNITED NATIONS PRO-GRAMME ON HIV/AIDS; THE UNITED NATIONS CHILDREN'S FUND, 1998b)HIV and infant feeding counselling job aids (WORLD HEALTH ORGANIZATIONet al., [200-?])Statement on the effect of breastfeeding on mortality of HIV-infected women(WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2001b)Departamento <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Reprodutiva e Pesquisa (RHR),World Health Organization, 1211 Geneva 27, SwitzerlandTelephone:+ 41 22 791 3372 Fax: + 41 22 791 4189 Email: reproductivehealth@who.int25


.Pregnancy, childbirth, postpartum and newborn care - a gui<strong>de</strong> for essential practice(WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2003c)Kangaroo Mother Care - a practical gui<strong>de</strong> (WORLD HEALTH ORGANIZATION,2003e)A IHAC no mundoAustrália .Canadá (inglês e francês) .França .Alemanha .Irlan<strong>da</strong> .Holan<strong>da</strong> .Nova Zelândia .Reino Unido .Estados Unidos http://www.babyfriendlyusa.orgOMS – Região do Pacífico Oeste .OMS – Se<strong>de</strong> Européia .Estatísticas mundiais <strong>da</strong> IHAC março <strong>de</strong> 2002.Estatísticas <strong>da</strong> IHAC em países industrializados (2005) .Organizações, para a consulta <strong>de</strong> diretrizes e políticas:A Aca<strong>de</strong>my of Breastfeeding Medicine (ABM) é uma organização <strong>de</strong> médicoscom atuação mundial que se <strong>de</strong>dica à promoção, proteção e apoio <strong>da</strong> amamentaçãoe <strong>da</strong> lactação.Website: . Destaque apara as diretrizes <strong>da</strong> ABM relaciona<strong>da</strong>sa: Hypoglycemia (inglês)Hypoglykämie (alemão)Hipoglucemia (espanhol)Going Home/Discharge (inglês)Alta (espanhol)Supplementation (inglês)Alimentación suplementaria (espanhol)Mastitis (inglês)26


Mastitis (espanhol)Peripartum BF Management (inglês)Manejo en el Periparto <strong>de</strong> la Lactancia (espanhol)Cosleeping and BF [Leito conjunto e amamentação]Mo<strong>de</strong>l <strong>Hospital</strong> Policy [Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Política <strong>Hospital</strong>ar]Human Milk Storage Information [Informações sobre a Armazenagem do LeiteHumano]GalactogogosBreastfeeding the Near-term Infant [Amamentação do Recém-nascido a Termo]Neonatal Ankyloglossia {Anquiloglossia neonatal]Transitioning from the NICU to Home [Transição <strong>da</strong> UTIN para casa]Australian National Breastfeeding Strategy inclui estruturas <strong>de</strong> cursos e orientações.Coalition for Improving Maternity Services (CIMS)Cria<strong>da</strong> em 1996, a Coalition for Improving Maternity Services (CIMS) é um esforçocolaborativo <strong>de</strong> indivíduos e mais <strong>de</strong> 50 organizações, com um total <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 90mil membros. Sua missão é promover um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos <strong>de</strong> materni<strong>da</strong><strong>de</strong> compartos mais eficientes e redução substancial <strong>de</strong> custos..A Colaboração Cochrane é uma organização internacional in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e sem finslucrativos, <strong>de</strong>dica<strong>da</strong> a produzir informações atualiza<strong>da</strong>s e precisas sobre os efeitos <strong>de</strong>cui<strong>da</strong>dos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> disponíveis em todo o mundo. Ela produz e distribui análises sistemáticas<strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e promove a busca por evidências na forma <strong>de</strong> pesquisascontrola<strong>da</strong>s e outras pesquisas relevantes para os cui<strong>da</strong>dos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. A Cochranetambém distribui análises relaciona<strong>da</strong>s à amamentação..Emergency Nutrition Network (ENN) A Emergency Nutrition Network tem por objetivomelhorar a eficiência <strong>da</strong>s intervenções <strong>de</strong> emergência relaciona<strong>da</strong>s a alimentose nutrição, proporcionando um fórum para a troca <strong>de</strong> experiências <strong>de</strong> campo entrefuncionários que trabalhem nas áreas <strong>de</strong> alimentos e nutrição em emergências, fortalecendoa comunicação entre agências <strong>de</strong> aju<strong>da</strong> humanitária que atuam nestes setores,aju<strong>da</strong>ndo funcionários <strong>de</strong> campo a ficarem a par dos resultados <strong>de</strong> pesquisas e avaliaçõesatuais relevantes. Disponibiliza um curso sobre Alimentação <strong>de</strong> Lactantes ememergências para download..European Union Project on Promotion of Breastfeeding in Europe. Proteção, promoçãoe apoio à amamentação na Europa: um plano <strong>de</strong> ação. European Commission,Directorate Public Health and Risk Assessment, Luxemburgo, 2004. Disponível emvários idiomas europeus.27


.IBFAN - <strong>Re<strong>de</strong></strong> Internacional em Defesa do Direito <strong>de</strong> Amamentar – consiste emgrupos <strong>de</strong> interesse público que atuam em todo o mundo com o objetivo <strong>de</strong> reduzir amortali<strong>da</strong><strong>de</strong> e a morbi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> crianças e lactentes. A IBFAN tem por objetivo melhorara saú<strong>de</strong> e o bem-estar <strong>de</strong> bebês e crianças <strong>de</strong> primeira infância, suas mães e suaspráticas alimentares. Publicações (nem to<strong>da</strong>s po<strong>de</strong>m ser baixa<strong>da</strong>s): Protection InfantHealth: A Health Workers’ Gui<strong>de</strong> to the International Co<strong>de</strong> of Marketing of BreastmilkSubstitutes, disponível em vários idiomas, e The Co<strong>de</strong> Handbook: A Gui<strong>de</strong> toImplementing the international Co<strong>de</strong> of Marketing of Breastmilk Substitutes. . Materiais em português em .Conselho Internacional <strong>de</strong> Especialistas em Lactação (IBLCE) Agências certifica<strong>da</strong>spara a Associação Internacional <strong>de</strong> Especialistas em Lactação que oferecem consultoriareconheci<strong>da</strong> internacionalmente em vários locais pelo mundo. .Associação Internacional <strong>de</strong> Consultores em Lactação (ILCA) Associação profissionaldo Conselho Internacional <strong>de</strong> Especialistas em Lactação (IBLC) e outros profissionais<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que prestam cui<strong>da</strong>dos a mães que amamentam e suas famílias. Suamissão é promover a profissão <strong>de</strong> consultor em lactação em todo o mundo por meio<strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança, <strong>de</strong>fesa dos interesses comuns, <strong>de</strong>senvolvimento profissional e pesquisa.. Os materiais do site incluem:Evi<strong>de</strong>nce-Based Gui<strong>de</strong>lines for Breastfeeding Management during the First FourteenDays (INTERNATIONAL LACTATION CONSULTANT ASSOCIATION, 1999)Propposition Paper on HIV and Infant Feeding (INTERNATIONAL LACTATIONCONSULTANT ASSOCIATION, 2004)Propposition Paper on Infant Feeding (INTERNATIONAL LACTATION CONSUL-TANT ASSOCIATION, 2000)Propposition Paper on Infant Feeding in Emergencies (INTERNATIONAL LACTA-TION CONSULTANT ASSOCIATION, 2005)Propposition Paper on Breastfeeding, Breast Milk and Environmental Contaminants(INTERNATIONAL LACTATION CONSULTANT ASSOCIATION, 2003)Kangoroo Mother Care o website disponibiliza para download materiais como pesquisasque apóiam o Kangoroo Mother Care e experiências <strong>de</strong> implementação <strong>de</strong>staprática..La Leche League International (LLLI) is a volunteer mother to mother support organisation.Materials, translations and links to groups around the world. .O LINKAGES é um programa financiado pela USAID que oferece informações técnicas,auxílio e treinamento para organizações com atuação nas áreas <strong>de</strong> amamentação,alimentação complementar relaciona<strong>da</strong> e práticas alimentares maternas e que28


<strong>de</strong>fen<strong>da</strong>m o método <strong>da</strong> amenorréia <strong>da</strong> lactação – um mo<strong>de</strong>rno método contraceptivoque po<strong>de</strong> ser usado no pós-parto por mulheres que amamentam.Linkages Project .Exclusive Breastfeeding: The Only Water Source Young Infants Need - FrequentlyAsked Questions (BREASTFEEDING, LAM, RELATED COMPLEMENTARY FEE-DING, AND MATERNAL NUTRITION PROGRAM, 2002)Community-Based Strategies for Breastfeeding Promotion and Support in DevelopingCountries (MORROW, 2003)Infant Feeding Options in the Context of HIV (ACADEMY FOR EDUCATIONALDEVELOPMENT; BREASTFEEDING, LAM, RELATED COMPLEMENTARYFEEDING, AND MATERNAL NUTRITION PROGRAM; PMTCT TECHNICALWORKING GROUP, 2004)Mother-to-Mother Support for Breastfeeding- Frequently Asked Questions (ACA-DEMY FOR EDUCATIONAL DEVELOPMENT; BREASTFEEDING, LAM, RE-LATED COMPLEMENTARY FEEDING, AND MATERNAL NUTRITION PRO-GRAM, 2004)A World Alliance for Breastfeeding Action (WABA) foi cria<strong>da</strong> em 14 <strong>de</strong> fevereiro<strong>de</strong> 1991. A WABA é uma re<strong>de</strong> global <strong>de</strong> organizações e indivíduos que acreditam quea amamentação é um direito <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as crianças e mães e que se <strong>de</strong>dica à promoção,proteção e apoio <strong>de</strong>ste direito. A WABA <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a Declaração <strong>de</strong> Innocenti e trabalhaem parceria com o UNICEF..A missão <strong>da</strong> Wellstart International é melhorar os conhecimentos, habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s epráticas <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> no que diz respeito à proteção, promoção e apoio àsaú<strong>de</strong> materno-infantil e <strong>da</strong> nutrição <strong>da</strong> concepção ao <strong>de</strong>smame..Busca por pesquisas e estudosAs bibliotecas <strong>de</strong> universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, órgãos governamentais <strong>da</strong> área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> ou ONGspo<strong>de</strong>m ser boas fontes <strong>de</strong> informações e referências.Medline - National Library of Medicine .A Google <strong>de</strong>senvolveu o Buscador Acadêmico (.) umaferramenta <strong>de</strong> busca gratuita que localiza jornais acadêmicos abertos ao público.A maioria dos jornais acadêmicos possui ferramentas <strong>de</strong> busca em seus sites, nosquais é possível localizar resumos e muitas vezes o texto integral <strong>de</strong> artigos que po<strong>de</strong>mser baixados. Por exemplo, o Journal of Human Lactation .Outros comitês e órgãos governamentais ou outras fontes <strong>de</strong> informações po<strong>de</strong>mser i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s nas se<strong>de</strong>s locais do UNICEF ou <strong>da</strong> OMS.Se algum comitê gostaria <strong>de</strong> ser listado como fonte, favor informar o UNICEF por e-mail.En<strong>de</strong>reçar mensagem para pdpimas@UNICEF.ORG com assunto: Attn. Nutrition Section.29


Anexo D – Instruções para a confecção <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> mama <strong>de</strong> panoUtilize duas meias: uma meia <strong>de</strong> cor bege ou <strong>de</strong> outra cor que lembre a <strong>da</strong> pelepara simular a parte exterior <strong>da</strong> mama e uma meia branca para simular o interior <strong>da</strong>mama.Meia <strong>da</strong> cor <strong>da</strong> peleAo redor do calcanhar <strong>da</strong> meia, faça um circulocom diâmetro <strong>de</strong> 4 cm, <strong>da</strong>ndo pontos(costure <strong>de</strong> forma a po<strong>de</strong>r franzir o pano).Puxe a linha até que o círculo fique com 1,5cm <strong>de</strong> diâmetro e encha com papel ou outromaterial para formar um “mamilo”. Dê algunspontos na base do mamilo e mantenhao papel no lugar. Utilize uma caneta componta porosa para <strong>de</strong>senhar uma aréola aoredor do mamilo.Meia brancaUtilize uma caneta com ponta porosa para<strong>de</strong>senhar a estrutura simples <strong>de</strong> um seio naárea do calcanhar <strong>da</strong> meia: alvéolos, dutose poros do mamilo. Certifique-se <strong>de</strong> que osdutos principais fiquem na área <strong>da</strong> aréola.Unindo as duas meiasPreencha o calcanhar <strong>da</strong> meia branca comum material macio. Una as duas extremi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>da</strong> meia dobrando-as para trás e mo<strong>de</strong>leo calcanhar no tamanho e na forma <strong>de</strong>uma mama. Várias formas <strong>de</strong> mamas po<strong>de</strong>mser forma<strong>da</strong>s. Vista a meia bege sobrea mama mo<strong>de</strong>la<strong>da</strong> <strong>de</strong> modo que o mamilofique sobre os poros.Caso sejam confecciona<strong>da</strong>s duas mamas elas po<strong>de</strong>m ser vesti<strong>da</strong>s sobre a roupapara <strong>de</strong>monstrar o posicionamento e a “pega”. Vista-as com uma meia velha <strong>de</strong> nylonamarra<strong>da</strong> no peito. A posição correta dos <strong>de</strong>dos para a or<strong>de</strong>nha manual e para a massagemtambém po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>monstra<strong>da</strong>.30


Anexo E – Avaliação dos instrumentos <strong>de</strong> aprendizagemAvaliação do Participante ao Final do CursoPor favor, respon<strong>da</strong> às perguntas abaixo. As respostas são valiosas para o aprimoramento<strong>de</strong>ste curso. Obrigado.1. Ao final <strong>de</strong>ste curso (favor preencher um X na coluna escolhi<strong>da</strong>)EuNÃO SOUcapaz <strong>de</strong>Eu souparcialmentecapaz <strong>de</strong>Eu souplenamentecapaz <strong>de</strong>Discutir com uma gestante pelo menos:2 motivos pelos quais a amamentação éimportante para os bebês2 motivos pelos quais a amamentação éimportante para as mães4 práticas que apóiam o início <strong>da</strong> amamentaçãoAju<strong>da</strong>r mães e bebês a ter:contato pele a pele precoceinício <strong>da</strong> amamentação precoceAju<strong>da</strong>r as mães a apren<strong>de</strong>r as habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>de</strong>:posicionar e facilitar a pega <strong>da</strong> mamapelo bebêor<strong>de</strong>nha manual do leite maternoDiscutir com a mãe como encontrarapoio à alimentação do seu bebê <strong>de</strong>pois<strong>da</strong> altaListar o que <strong>de</strong>ve ser discutido com mãesque não amamentam e como encaminharessas mulheres para que tenham assistênciaà amamentação <strong>de</strong> seus bebês (se nãotiver capacitação em HIV e alimentação<strong>de</strong> lactentes)I<strong>de</strong>ntificar em minha uni<strong>da</strong><strong>de</strong> práticasque apóiam e que interferem com a amamentaçãoTrabalhar junto com colegas para i<strong>de</strong>ntificarbarreiras à amamentação e encontrarformas <strong>de</strong> superar essas barreirasSeguir os Dez Passos para o Sucesso doAleitamento MaternoRespeitar o Código Internacional dosSubstitutos do Leite Maternocontinua31


continuação2. De modo geral, eu classificariaÓtimo Bom Ruimeste curso como:3. O nível dos materiais é: Simples <strong>de</strong>maisA<strong>de</strong>quado Difícil <strong>de</strong>maisAuto-avaliação dos participantes4. O nível <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>ste Exagerado A<strong>de</strong>quado Mínimocurso é:O nível <strong>de</strong> aprendizado Ótimo Mo<strong>de</strong>rado Mínimo<strong>de</strong>ste curso é:5. Dentre o que apren<strong>de</strong>u neste curso, o que você consi<strong>de</strong>ra mais útil para o seutrabalho com gestantes, novas mães e recém-nascidos?As suas observações são muito importantes para nós. Por favor, escreva no verso<strong>de</strong>sta folha quaisquer comentários, observações ou sugestões a respeito <strong>de</strong>ste cursoque consi<strong>de</strong>rar a<strong>de</strong>quados. Obrigado.32


Anexo F – Créditos <strong>da</strong>s imagens dos sli<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Power PointImagem <strong>da</strong> Capa: Materni<strong>da</strong>d, 1963 © 2003 Espólio <strong>de</strong> Pablo Picasso/Artists RightsSociety (ARS), New YorkSli<strong>de</strong> 3/1:Ilustração <strong>de</strong> Jenny Corkery, Dublin, Irlan<strong>da</strong>Sli<strong>de</strong> 5/1: ©UNICEF C107-2Sli<strong>de</strong> 5/2:UNICEF/HQ92-0369/ Roger Lemoyne, TailândiaSli<strong>de</strong> 5/3:Dr. Nils Bergman, Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> do Cabo, Áfricado SulSli<strong>de</strong> 6/1:A<strong>da</strong>ptado <strong>de</strong> Breastfeeding Counselling: atraining course, OMS/CHD/93.4, UNICEF/NUT/93.2Sli<strong>de</strong> 6/2:Breastfeeding Counselling: a training course,OMS/CHD/93.4, UNICEF/NUT/93.2Sli<strong>de</strong> 6/3:Breastfeeding Counselling: a training course,OMS /CHD/93.4, UNICEF/NUT/93.2Sli<strong>de</strong> 6/4:Breastfeeding Counselling: a training course,OMS /CHD/93.4, UNICEF/NUT/93.2Sli<strong>de</strong> 7/1:Breastfeeding Counselling: a training course,OMS /CHD/93.4, UNICEF/NUT/93.2Sli<strong>de</strong> 7/2:a<strong>da</strong>pted from Integrated Infant FeedingCounselling: a training course, OMS/UNI-CEF (2005)Sli<strong>de</strong> 7/3: ©UNICEF C107-5Sli<strong>de</strong> 7/4: ©UNICEF C107-7Sli<strong>de</strong> 7/5: ©UNICEF C107-9Sli<strong>de</strong> 7/6:UNICEF/HQ91-0168/ Betty Press, KenyaSli<strong>de</strong> 8/1:Ilustração <strong>de</strong> Jenny Corkery, Dublin, Irlan<strong>da</strong>Sli<strong>de</strong> 9/2:Breastfeeding Counselling: a training course,OMS/CHD/93.4, UNICEF/NUT/93.2Sli<strong>de</strong> 10/1:Dr. Nils Bergman, Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> do Cabo, Áfricado SulSli<strong>de</strong> 10/2:Dr. Nils Bergman, Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> do Cabo, Áfricado SulSli<strong>de</strong> 10/3:UNICEF/HQ93-0287/ Roger Lemoyne, ChinaSli<strong>de</strong> 10/4:UNICEF/HQ92-0260/ Lauren Goodsmith,MauritâniaSli<strong>de</strong> 10/5: ©UNICEF C107-21Sli<strong>de</strong> 10/6:Kay Hoover e Barbara Wilson-Clay, <strong>de</strong> TheBreastfeeding Atlascontinua33


continuaçãoSli<strong>de</strong> 11/1:©UNICEF 910164FSli<strong>de</strong> 11/2:Promoting breastfeeding in health facilities:A short course for administrators and policymakers OMS/NUT/96.3, Wellstart International.Sli<strong>de</strong> 11/3:Dr. Ruskhana Hai<strong>de</strong>r, Dhaka, Bangla<strong>de</strong>shSli<strong>de</strong> 12/1:Breastfeeding Counselling: a training course,OMS/CHD/93.4, UNICEF/NUT/93.2Sli<strong>de</strong> 12/2: ©UNICEF C107-19Sli<strong>de</strong> 12/3: ©UNICEF C107-25Sli<strong>de</strong> 12/4: ©UNICEF C107-39Sli<strong>de</strong> 12/5: ©UNICEF C107-31Sli<strong>de</strong> 12/6: ©UNICEF C107-32Sli<strong>de</strong> 12/7:Breastfeeding Counselling: a training course,OMS/CHD/93.4, UNICEF/NUT/93.2Sli<strong>de</strong> 12/8: ©UNICEF C107-34Sli<strong>de</strong> 12/9: ©UNICEF C107-33Sli<strong>de</strong> 12/10: ©UNICEF C107-35Sli<strong>de</strong> 13/1:Institute for Reproductive Health, Georgetown,Washington, DCSli<strong>de</strong> 14/1:Ilustração <strong>de</strong> Jenny Corkery, Dublin, Irlan<strong>da</strong>Sli<strong>de</strong>s 15/1-15/6:Desenvolvidos por Genevieve Becker para aIHAC <strong>da</strong> Irlan<strong>da</strong>34


Anexo G – Notas para seção <strong>de</strong> orientação com equipe não clínicaPúblico-alvo: profissionais que não tenham a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> auxiliar a amamentação.Isto po<strong>de</strong> incluir, entre outros, funcionários <strong>da</strong> administração, copa, limpeza,laboratório e almoxarifado.Tempo: 15 a 20 minutosObjetivos: Ao final <strong>de</strong>ssa seção os participantes <strong>de</strong>vem ser capazes <strong>de</strong>:Indicar on<strong>de</strong> uma cópia <strong>da</strong> política <strong>de</strong> amamentação/alimentação <strong>de</strong> lactentes <strong>da</strong>uni<strong>da</strong><strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser encontra<strong>da</strong>.Listar dois motivos pelos quais apoiar a amamentação é importante.Listar duas práticas que apóiam a amamentação adota<strong>da</strong>s pela uni<strong>da</strong><strong>de</strong>.Listar duas coisas que po<strong>de</strong>m fazer (ou evitar fazer) no seu trabalho para aju<strong>da</strong>r aimplementar a política e o apoio à amamentação.Pontos-chave:• A amamentação é importante para a saú<strong>de</strong> em curto e longo prazos e para o bemestar<strong>da</strong> mãe e <strong>da</strong> criança. A amamentação exclusiva é recomen<strong>da</strong><strong>da</strong> até os 6 meses<strong>de</strong> vi<strong>da</strong> e isso significa que nenhum alimento ou bebi<strong>da</strong> que não o leite materno<strong>de</strong>vem ser oferecidos ao bebê. Mesmo <strong>de</strong>pois <strong>da</strong> inclusão <strong>de</strong> outros alimentosapós os 6 meses <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, a amamentação permanece importante e po<strong>de</strong> continuaraté os 2 anos <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> ou mais.• Mães e bebês que não amamentam precisam <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos adicionais para se mantersaudáveis.• A maioria <strong>da</strong>s mulheres é capaz <strong>de</strong> amamentar.• Se uma gestante ou mulher tiver uma dúvi<strong>da</strong> relaciona<strong>da</strong> à amamentação <strong>de</strong> seufilho, sugira que ela converse com... (profissionais a<strong>de</strong>quados que trabalhem nauni<strong>da</strong><strong>de</strong>, como parteiras, enfermeiras ou médicos).• Esta uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> apóia a amamentação e possui uma política que você <strong>de</strong>verespeitar (<strong>da</strong> mesma forma como respeita políticas <strong>de</strong> confi<strong>de</strong>nciali<strong>da</strong><strong>de</strong>, segurançae tempo, entre outras). Esta política inclui: .... (práticas como informações<strong>de</strong> pré-natal, alojamento conjunto e alimentação sob livre <strong>de</strong>man<strong>da</strong>).• As práticas hospitalares po<strong>de</strong>m potencializar (ou atrapalhar) as práticas amigas<strong>da</strong> criança e amigas <strong>da</strong> mãe. A implementação <strong>da</strong> <strong>Iniciativa</strong> <strong>Hospital</strong> <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong>Criança aju<strong>da</strong> na adoção <strong>de</strong> boas práticas.As implicações disto no seu trabalho:• Ausência <strong>de</strong> propagan<strong>da</strong>/promoção <strong>de</strong> fórmulas infantis, mama<strong>de</strong>iras e bicos nauni<strong>da</strong><strong>de</strong>. Isto inclui canetas, calendários, revistas ou outros impressos promocionais,amostras, equipamentos que promovam estes produtos, presentes, etc., <strong>de</strong>empresas relaciona<strong>da</strong>s a fórmulas infantis, mama<strong>de</strong>iras, bicos ou chupetas. Ausência<strong>de</strong> mama<strong>de</strong>iras nas alas do hospital, áreas comuns ou qualquer área visívelao público – atenção especial para janelas que permitam a visão do interior <strong>da</strong>sinstalações e para áreas <strong>de</strong> armazenagem <strong>de</strong> mama<strong>de</strong>iras. Quando os pais vêm35


esses produtos em um hospital, eles concluem que seu uso é apoiado por estehospital. Apesar <strong>de</strong> necessários em <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s situações, a uni<strong>da</strong><strong>de</strong> não <strong>de</strong>vetransparecer a impressão <strong>de</strong> que apóia marcas específicas. Pedimos a sua aju<strong>da</strong>para que esta uni<strong>da</strong><strong>de</strong> se mantenha uma zona livre <strong>de</strong> propagan<strong>da</strong>.• Entre em contato com... se você notar a promoção <strong>de</strong> qualquer <strong>de</strong>sses produtosna uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (o ponto a ser <strong>de</strong>stacado é a publici<strong>da</strong><strong>de</strong> e a promoção dosprodutos, não o juízo <strong>de</strong> valor quanto ao uso <strong>de</strong>sses produtos).• Todos os materiais <strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>vem promover a amamentação como a formanormal e i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> alimentar um bebê.• As mães <strong>de</strong>vem ser apoia<strong>da</strong>s a amamentar caso sejam pacientes, funcionárias ouvisitantes. Nenhuma mulher <strong>de</strong>ve ser convi<strong>da</strong><strong>da</strong> a se retirar <strong>de</strong> áreas comuns casoesteja amamentando. As funcionárias <strong>de</strong>vem ser apoia<strong>da</strong>s a continuar a amamentarquando retornarem ao trabalho <strong>de</strong>pois por meio <strong>de</strong>... (consultas específicaspara receber informações sobre amamentação, licença materni<strong>da</strong><strong>de</strong>, lugar e tempopara extrair o leite materno, grupos <strong>de</strong> apoio para funcionários etc.). Discutaesse assunto com seu superior antes <strong>da</strong> sua licença materni<strong>da</strong><strong>de</strong>.• Se tiver contato com mães e bebês durante o seu trabalho, ofereça apoio, comações como sorrir, oferecer um copo <strong>de</strong> água ou um lugar para sentar.• Se você trabalha em alas pediátricas ou <strong>de</strong> materni<strong>da</strong><strong>de</strong>, receberá informações mais<strong>de</strong>talha<strong>da</strong>s sobre o seu papel no apoio à política <strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>. (Por exemplo, o quedizer se uma mãe lhe pedir fórmulas infantis, se perceber que uma mãe tem dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s,ou melhorar as práticas <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>do no trabalho <strong>de</strong> parto e parto).Respon<strong>da</strong> às perguntas dos participantes.Notas: Esta seção <strong>de</strong>ve ser breve, informal e ter relação com o trabalho dos participantes,e não uma palestra teórica. Os participantes não precisam saber como o leitematerno é produzido, como posicionar um bebê, <strong>de</strong>talhes sobre os Dez Passos ou oCódigo. Se <strong>de</strong>sejarem mais informações, em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> interesse pessoal, elas po<strong>de</strong>mser forneci<strong>da</strong>s após a seção.Maiores informações sobre a importância <strong>da</strong> amamentação e como práticas <strong>de</strong>apoio po<strong>de</strong>m ser implementa<strong>da</strong>s po<strong>de</strong>m ser encontra<strong>da</strong>s na seção principal <strong>de</strong>ste curso:Promoção e Apoio à Amamentação em Hospitais <strong>Amigo</strong>s <strong>da</strong> Criança.36


3.2 DELINEAMENTO DAS SEÇÕESSeção <strong>de</strong> boas-vin<strong>da</strong>sTempo:15 minutosSerá necessário tempo adicional caso haja discursos ou cerimônias <strong>de</strong> abertura.Materiais:Prepare um cronograma do curso e faça uma cópia para ca<strong>da</strong> participante ou afixeuma cópia na sala <strong>de</strong> aula.Dê as boas-vin<strong>da</strong>s aos participantes do curso• Apresente-se e informe como gostaria <strong>de</strong> ser chamado. Peça aos outros facilitadoresque se apresentem.• Peça a ca<strong>da</strong> participante que se apresente aos outros participantes do grupo ediga o que espera apren<strong>de</strong>r durante o curso.Descreva os métodos do curso e o cronograma:• O curso incluirá algumas apresentações e discussões. Também haverá representações<strong>de</strong> papéis (role-play) e <strong>de</strong>monstrações. Haverá trabalho em grupos e tambémpráticas clínicas com gestantes e mães lactantes.• Durante o curso, espera-se que os participantes contribuam com o aprendizado<strong>de</strong> todo o grupo, compartilhando idéias e comentários.• Haverá um tempo <strong>de</strong>stinado para perguntas no final <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> seção. No entanto,se você precisar <strong>de</strong> esclarecimento sobre alguma questão durante a seção, pergunte.É difícil apren<strong>de</strong>r se você tiver uma pergunta “martelando” na cabeça.• O curso tem duração <strong>de</strong> três dias 1. Hoje terminaremos às … com intervalo às ….Amanhã começaremos às … e vamos até às ….- Distribua o cronograma do curso ou indique on<strong>de</strong> está afixado.- Se houver um formulário <strong>de</strong> avaliação do curso, explique como funciona.- Combine ‘regras’ como manter os telefones celulares <strong>de</strong>sligados.- Informe a localização <strong>de</strong> instalações como banheiros, bebedouros e chameatenção para questões <strong>de</strong> segurança, se houver.- Verifique se outras questões precisam <strong>de</strong> esclarecimento antes <strong>de</strong> passar paraa próxima seção.1A<strong>da</strong>pte, se necessário, <strong>de</strong> acordo com o formato do curso. Po<strong>de</strong> ser útil pactuar horários <strong>de</strong> intervalo com os participantes.37


Seção 1: <strong>Iniciativa</strong> <strong>Hospital</strong> <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança 2 : umaparte <strong>da</strong> estratégia globalObjetivos <strong>da</strong> seção:Ao final <strong>de</strong>sta seção os participantes <strong>de</strong>vem ser capazes <strong>de</strong>:1. Descrever o objetivo <strong>da</strong> Estratégia Global para a Alimentação <strong>de</strong> 5 minutosLactentes e Crianças <strong>de</strong> Primeira Infância <strong>da</strong> OMS/UNICEF;2. Resumir os objetivos <strong>da</strong> <strong>Iniciativa</strong> <strong>Hospital</strong> <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança 5 minutos(IHAC);3. Descrever por que a IHAC é importante em áreas <strong>de</strong> alta prevalênciado HIV;5 minutos4. Explicar como este curso po<strong>de</strong> auxiliar a uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> ou hospitalneste momento;10 minutos5. Analisar como este curso se encaixa em outras ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s; 5 minutosTempo total <strong>da</strong> seção:30 minutosMateriais:Sli<strong>de</strong> 1/1: Estratégia GlobalSli<strong>de</strong> 1/2: Metas <strong>da</strong> IHACSli<strong>de</strong> 1/3: Objetivos do cursoPreparar sli<strong>de</strong>s com <strong>da</strong>dos do país ou região contendo:• o número <strong>de</strong> hospitais <strong>Amigo</strong>s <strong>da</strong> Criança cre<strong>de</strong>nciados na região/país e as porcentagens<strong>de</strong> nascimentos em hospitais cre<strong>de</strong>nciados como <strong>Amigo</strong>s <strong>da</strong> Criança.• programas nacionais existentes para implementação <strong>da</strong> Estratégia GlobalExibir uma cópia <strong>da</strong> Estratégia Global para a Alimentação <strong>de</strong> Lactentes e Crianças<strong>de</strong> Primeira Infância <strong>da</strong> OMS/UNICEF.Exibir uma cópia <strong>da</strong> política nacional ou <strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> em relação a aleitamentomaterno.Exibir um pôster com os Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno e/ouum impresso para ca<strong>da</strong> participante.Leitura adicional para os facilitadores:Estratégia global para a alimentação <strong>de</strong> lactentes e crianças <strong>de</strong> primeira infância (AS-SEMBLÉIA MUNDIAL DA SAÚDE, 2002)Proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno: o papel especial dos serviçosmaterno-infantis (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 1989)Evi<strong>de</strong>ncias científicas dos Dez Passos para o Sucesso no Aleitamento Materno (OR-GANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, [2001])2Os termos <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança, e <strong>Hospital</strong> <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança são marcas registra<strong>da</strong>s do UNICEF e só po<strong>de</strong>m ser usa<strong>da</strong>s para o cre<strong>de</strong>nciamentooficial ou com permissão expressa do UNICEF.38


HIV and Infant feeding: framework for priority action (WORLD HEATH ORGANI-ZATION, 2003b)HIV and infant feeding. gui<strong>de</strong>lines for <strong>de</strong>cision-makers (WORLD HEATH ORGA-NIZATION; THE UNITED NATIONS JOINT PROGRAMME ON HIV/AIDS; THEUNITED NATIONS CHILDREN'S FUND, 2003b)A gui<strong>de</strong> for health care managers and supervisors (WORLD HEATH ORGANIZA-TION; THE UNITED NATIONS JOINT PROGRAMME ON HIV/AIDS; THE UNI-TED NATIONS CHILDREN'S FUND, 2003a)A review of HIV transmission through breastfeeding (THE UNITED NATIONSCHILDREN'S FUND; THE JOINT UNITED NATIONS PROGRAMME ON HIV/AIDS; WORLD HEATH ORGANIZATION, 2004)Relacione o conteúdo <strong>da</strong> seção aos discursos <strong>de</strong> abertura, caso relevante.1. Estratégia Global para a Alimentação <strong>de</strong> Lactentes e Crianças <strong>de</strong> 5 minutosPrimeira Infância• Cerca <strong>de</strong> 5,5 mil crianças morrem todos os dias <strong>de</strong>vido a práticas <strong>de</strong>ficientes <strong>de</strong>alimentação <strong>de</strong> lactentes. A<strong>de</strong>mais, muitas crianças sofrem efeitos a longo prazo<strong>de</strong>ssas práticas, incluindo <strong>de</strong>senvolvimento prejudicado, <strong>de</strong>snutrição e doençasinfecciosas e crônicas. As crescentes taxas <strong>de</strong> obesi<strong>da</strong><strong>de</strong> em crianças também estãorelaciona<strong>da</strong>s à falta <strong>de</strong> aleitamento materno. É muito importante melhorara alimentação ofereci<strong>da</strong> a lactentes e crianças <strong>de</strong> primeira infância em to<strong>da</strong>s aspartes do mundo.Pergunte: Quais são os efeitos sobre as famílias, comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s e serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>práticas <strong>de</strong>ficientes <strong>de</strong> alimentação <strong>de</strong> lactentes?Espere por algumas respostas e <strong>de</strong>pois continue.• A Assembléia Mundial <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> e o UNICEF endossaram a Estratégia Globalpara a Alimentação <strong>de</strong> Lactentes e Crianças <strong>de</strong> Primeira Infância em 2002.Projetar sli<strong>de</strong> 1/1 e ler em voz altaO objetivo <strong>da</strong> Estratégia Global é melhorar, através <strong>da</strong> alimentação ótima, as condiçõesnutricionais, <strong>de</strong> crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento, saú<strong>de</strong> e, assim, a sobrevi<strong>da</strong><strong>de</strong> lactentes e crianças <strong>da</strong> primeira infância.A Estratégia incentiva a amamentação exclusiva por 6 meses, segui<strong>da</strong> <strong>de</strong> alimentaçãocomplementar a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>, segura e no momento oportuno ao mesmo tempoem que se continua o aleitamento materno por 2 anos ou mais.A Estratégia também incentiva a nutrição materna e o apoio social e <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>.• A Estratégia Global não substitui, e sim contribui para programas como a <strong>Iniciativa</strong><strong>Hospital</strong> <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança.2. <strong>Iniciativa</strong> <strong>Hospital</strong> <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança (IHAC) 5 minutos• A IHAC é uma iniciativa global <strong>da</strong> Organização Mundial <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> e do UNICEF quevisa oferecer a todos os bebês o melhor começo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> possível, ao criar um ambiente<strong>de</strong> atendimento à saú<strong>de</strong> que tenha como norma o apoio ao aleitamento materno.39


• A <strong>Iniciativa</strong> foi lança<strong>da</strong> em 1991 e até o final <strong>de</strong> 2006 mais <strong>de</strong> 20 mil uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>em todo o mundo haviam sido oficialmente cre<strong>de</strong>ncia<strong>da</strong>s como Amigas <strong>da</strong> Criança.• A <strong>Iniciativa</strong> inclui um projeto mundial <strong>de</strong> avaliação e cre<strong>de</strong>nciamento que reconheceas realizações <strong>de</strong> hospitais que adotam práticas <strong>de</strong> apoio à amamentação eque encoraja a evolução <strong>de</strong> hospitais com práticas ain<strong>da</strong> não i<strong>de</strong>ais 3 .Informar quantos hospitais na região/país são oficialmente cre<strong>de</strong>ncia<strong>da</strong>s como<strong>Amigo</strong>s <strong>da</strong> Criança e o que isso significa em termos <strong>de</strong> proporção <strong>de</strong> partos no país.Projetar sli<strong>de</strong> 1/2 e ler em voz altaO objetivo <strong>da</strong> <strong>Iniciativa</strong> <strong>Hospital</strong> <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança é implementar os Dez Passose pôr fim à prática <strong>de</strong> distribuição gratuita ou a baixo custo <strong>de</strong> substitutos do leitematerno a hospitais e uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.• A IHAC proporciona um mo<strong>de</strong>lo para capacitar mães com as habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s queprecisam para amamentar exclusivamente por 6 meses e continuar a amamentaçãocom a inclusão <strong>de</strong> alimentos complementares por 2 ou mais anos.• Um <strong>Hospital</strong> <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança também aju<strong>da</strong> as mães que não amamentam a tomarem<strong>de</strong>cisões informa<strong>da</strong>s e a cui<strong>da</strong>rem <strong>de</strong> seus bebês <strong>da</strong> melhor maneira possível.• A Estratégia Global propõe a disseminação <strong>da</strong> IHAC, a inclusão do aleitamentomaterno no currículo <strong>de</strong> capacitação dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e <strong>da</strong>dos mais precisossobre aleitamento materno.3. A IHAC é importante em áreas <strong>de</strong> alta prevalência do HIV 5 minutos• Algumas pessoas ficam confusas com o papel <strong>da</strong> IHAC em regiões <strong>de</strong> alta prevalência<strong>da</strong> infecção pelo HIV em mães. A IHAC tem importância ain<strong>da</strong> maior nessasregiões. As necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s especiais <strong>de</strong> mulheres HIV positivas po<strong>de</strong>m ser completamentesupri<strong>da</strong>s sem comprometer a condição <strong>de</strong> <strong>Hospital</strong> <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança.• A política <strong>da</strong> OMS/UNICEF/UNAIDS sobre HIV e alimentação <strong>de</strong> lactentes <strong>de</strong>claraque as mães têm direito <strong>de</strong> receber informações e apoio que possibilite quetomem <strong>de</strong>cisões totalmente informa<strong>da</strong>s sobre a alimentação <strong>de</strong> lactentes. 4• Além disso, é importante que se continue a apoiar a amamentação para mulheresHIV negativas ou com status <strong>de</strong> HIV <strong>de</strong>sconhecido. Se a ênfase se concentrarapenas nos riscos <strong>da</strong> transmissão vertical do HIV através do aleitamento materno,é possível que as pessoas esqueçam que a amamentação ain<strong>da</strong> é a melhorescolha para a maioria <strong>da</strong>s mães e dos bebês.4. Como este curso po<strong>de</strong> auxiliar esta uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> 10 minutos• Durante este curso discutiremos o que significam os Dez Passos, como implementá-lose a importância do cre<strong>de</strong>nciamento <strong>de</strong> um hospital como <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong>Criança para os funcionários. Também conversaremos sobre práticas relaciona<strong>da</strong>sà comercialização <strong>de</strong> substitutos do leite materno e os componentes do processo<strong>de</strong> avaliação.3A Auto-avaliação e a Avaliação Externa são discuti<strong>da</strong>s em mais <strong>de</strong>talhes na Seção 15.4Essa recomen<strong>da</strong>ção é discuti<strong>da</strong> com maior profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> em seções posteriores. O Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> do Brasil contra-indica aamamentação nos casos <strong>de</strong> mãe HIV positiva.40


Exibir pôster com os Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno e/oudistribuir um impresso dos Dez Passos.Peça a um participante que leia o primeiro Passo.• O primeiro dos Dez Passos é possuir uma política. Ter uma política <strong>de</strong> aleitamentomaterno escrita que seja rotineiramente transmiti<strong>da</strong> a to<strong>da</strong> equipe <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos <strong>de</strong>saú<strong>de</strong>.• Uma política aju<strong>da</strong> a:- garantir cui<strong>da</strong>dos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> padronizados e efetivos para mães e bebês,- <strong>de</strong>terminar um padrão para as práticas que possa ser avaliado,- apoiar ações.• Uma política não é um protocolo <strong>de</strong> tratamento ou padrão <strong>de</strong> atendimento. “Política”significa que todos os funcionários concor<strong>da</strong>m em seguir os protocolos epadrões e que isso é exigido <strong>de</strong>les pelos funcionários hierarquicamente superiores.Seguir ou não uma política não é uma <strong>de</strong>cisão pessoal. Ela é semelhante a outraspolíticas - um indivíduo não <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> se aplicará ou não uma vacina ou quaisas informações que incluirá em uma certidão <strong>de</strong> nascimento. Se uma política nãofor segui<strong>da</strong> em uma ocasião específica, é preciso registrar as razões pelas quais elanão foi segui<strong>da</strong>.• Uma política incorpora os Dez Passos e o Código Internacional, além <strong>de</strong> <strong>de</strong>finircomo os Passos são implementados no hospital.Descreva brevemente a política para aleitamento materno e nutrição <strong>de</strong> lactentes<strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>. Peça aos participantes que analisem a política durante o curso (nãodurante a seção em an<strong>da</strong>mento) e pensem como ela é implementa<strong>da</strong>.Mostre o Passo 2 e peça que um participante leia em voz alta.• O segundo Passo diz respeito à capacitação. Capacitar to<strong>da</strong> a equipe <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> nas práticas necessárias para implementar esta política.• A política <strong>de</strong>ve incentivar todos os Dez Passos e iniciativas <strong>de</strong> treinamento como objetivo <strong>de</strong> implementá-los. Este curso tem como objetivo ajudá-lo a ter confiançanos seus conhecimentos e habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s em prestar atendimento a mães elactentes na sua prática diária.Projetar sli<strong>de</strong> 1/3 e ler em voz alta.O objetivo <strong>de</strong>ste curso é que todos os funcionários tenham confiança para apoiaras mães para amamentar exclusivamente seus bebês <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> e que estehospital avance para atingir o cre<strong>de</strong>nciamento como <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança• Durante este curso discutiremos o restante dos Passos em <strong>de</strong>talhes. Você terá aoportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r e praticar como:- usar habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação para conversar com gestantes, mães e colegas<strong>de</strong> trabalho;- implementar os Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno e cumpriro Código Internacional <strong>de</strong> Comercialização dos Substitutos do Leite Materno;41


- discutir com uma gestante a importância do aleitamento materno e resumiras que incentivam o início do aleitamento materno;- facilitar o contato pele a pele e o início <strong>da</strong> amamentação <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>;- auxiliar uma mãe a apren<strong>de</strong>r como posicionar seu bebê e colocá-lo no peito,além <strong>de</strong> saber como realizar a or<strong>de</strong>nha ou expressão manual <strong>da</strong> mama;- discutir com a mãe como encontrar apoio ao aleitamento materno <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>voltar para casa;- resumir o que precisa ser discutido com a mãe que não amamenta e saber paraquem encaminhar essa mãe para informações adicionais sobre a alimentação<strong>de</strong> seu filho.- i<strong>de</strong>ntificar práticas que incentivam e outras que interferem com a amamentação;- trabalhar com colegas para ressaltar os obstáculos ao aleitamento materno ebuscar formas <strong>de</strong> superá-los.• A participação neste curso aju<strong>da</strong> a aumentar o nível <strong>de</strong> conhecimentos, habili<strong>da</strong><strong>de</strong>se confiança, além <strong>de</strong> proporcionar uniformi<strong>da</strong><strong>de</strong> às informações e práticaspara to<strong>da</strong> a uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.• Este curso fornece os fun<strong>da</strong>mentos <strong>da</strong>s práticas Amigas <strong>da</strong> Criança. Existem cursosmais especializados disponíveis. Consulte aquelas pessoas que são referênciaslocais para maiores informações.Forneça informações sobre as referências locais.5. Como a Estratégia Global se encaixa em outras ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s 5 minutos• A Estratégia Global tem o apoio <strong>de</strong> políticas nacionais, leis e programas para promover,proteger e apoiar a amamentação, além <strong>de</strong> contemplar a proteção aos direitos<strong>de</strong> mulheres que trabalham quanto à materni<strong>da</strong><strong>de</strong>.Listar e discutir rapi<strong>da</strong>mente, caso haja tempo, programas ou ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s nacionaispara a implementação <strong>da</strong> Estratégia Global como, por exemplo, políticasnacionais <strong>de</strong> alimentação <strong>de</strong> lactentes, Código <strong>de</strong> Comercialização, Lei <strong>de</strong> licençamaterni<strong>da</strong><strong>de</strong>, IHAC, coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos sobre aleitamento materno no sistema<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, reforma <strong>de</strong> programas curriculares, esforços <strong>de</strong> mobilização <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>e outros programas, políticas e ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.Verifique se os participantes têm dúvi<strong>da</strong>s. Resuma a seção.Resumo <strong>da</strong> Seção 1• A Estratégia Global para a Alimentação <strong>de</strong> Lactentes e Crianças <strong>de</strong> Primeira Infânciasoma-se a programas <strong>de</strong> assistência à nutrição ótima existentes, proporcionandoàs crianças um início <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> saudável.O objetivo <strong>da</strong> Estratégia Global é melhorar, através <strong>da</strong> alimentação ótima, as condiçõesnutricionais, <strong>de</strong> crescimento, <strong>de</strong>senvolvimento e saú<strong>de</strong> e, assim, a sobrevi<strong>da</strong> <strong>de</strong>lactentes e crianças <strong>da</strong> primeira infância.42


A Estratégia incentiva a amamentação exclusiva por 6 meses, segui<strong>da</strong> <strong>de</strong> alimentaçãocomplementar a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>, segura e no momento oportuno, ao mesmo tempo emque se continua o aleitamento materno por 2 anos ou mais.A Estratégia também incentiva a nutrição materna e o apoio social e <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>.• A <strong>Iniciativa</strong> <strong>Hospital</strong> <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança (IHAC) envolve os Dez Passos, além <strong>da</strong>proteção contra o marketing <strong>de</strong> substitutos do leite materno, contribuindo para aexistência <strong>de</strong> boas materni<strong>da</strong><strong>de</strong>s.O objetivo <strong>da</strong> <strong>Iniciativa</strong> <strong>Hospital</strong> <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança é implementar os Dez Passos epôr fim à prática <strong>de</strong> distribuição gratuita ou a baixo custo <strong>de</strong> substitutos do leite maternoa hospitais e materni<strong>da</strong><strong>de</strong>s.• O apoio à amamentação exclusiva e a IHAC são importantes em todo o mundo,inclusive em áreas com alta prevalência do HIV.• A participação neste curso aju<strong>da</strong> a garantir confiança nas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> apoio aoaleitamento materno e que as práticas adota<strong>da</strong>s pelo hospital sejam uniformes.Você terá a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r e praticar como:- usar habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação para conversar com gestantes, mães e colegas<strong>de</strong> trabalho;- implementar os Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno e cumpriro Código Internacional <strong>de</strong> Comercialização dos Substitutos do Leite Materno;- discutir com uma gestante a importância do aleitamento materno e resumiras práticas que incentivam o início do aleitamento materno;- facilitar o contato pele a pele o início precoce <strong>da</strong> amamentação;- auxiliar uma mãe a apren<strong>de</strong>r como posicionar seu bebê, além <strong>de</strong> saber comorealizar a expressão ou or<strong>de</strong>nha manual <strong>da</strong> mama;- discutir com uma mãe como encontrar apoio ao aleitamento materno <strong>de</strong>pois<strong>de</strong> voltar para casa;- resumir o que precisa ser discutido com uma mãe que não amamenta e saberpara quem encaminhar essa mãe para informações adicionais sobre a alimentação<strong>de</strong> seu filho.- i<strong>de</strong>ntificar práticas que incentivam e outras que interferem com a amamentação;- trabalhar com colegas para ressaltar os obstáculos ao aleitamento materno ebuscar formas <strong>de</strong> superá-los.Verificação <strong>de</strong> conhecimentos – Seção 1Um colega pergunta por que este curso está sendo realizado e como ele po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>ras mães e bebês para quem você presta assistência. O que você respon<strong>de</strong>?43


DEZ PASSOS PARA O SUCESSO DO ALEITAMENTO MATERNOUma <strong>de</strong>claração conjunta <strong>da</strong> OMS/UNICEF (1989)To<strong>da</strong> e qualquer uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que preste serviços <strong>de</strong> materni<strong>da</strong><strong>de</strong> e cui<strong>da</strong>doneonatal <strong>de</strong>ve:1. Ter uma política <strong>de</strong> aleitamento materno escrita que seja rotineiramente transmiti<strong>da</strong>a to<strong>da</strong> equipe <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.2. Capacitar to<strong>da</strong> a equipe <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> nas práticas necessárias para implementaresta política.3. Informar to<strong>da</strong>s as gestantes sobre os benefícios e o manejo do aleitamento materno.4. Aju<strong>da</strong>r as mães a iniciar o aleitamento materno na primeira meia hora após onascimento.5. Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação mesmo se vierema ser separa<strong>da</strong>s dos filhos.6. Não oferecer a recém-nascidos bebi<strong>da</strong> ou alimento que não seja o leite materno,a não ser que haja indicação médica.7. Praticar o alojamento conjunto – permitir que mães e recém-nascidos permaneçamjuntos – 24 horas por dia.8. Incentivar o aleitamento materno sob livre <strong>de</strong>man<strong>da</strong>.9. Não oferecer bicos artificiais ou chupetas a crianças amamenta<strong>da</strong>s.10. Promover a formação <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> apoio à amamentação e encaminhar as mãesa esses grupos na alta <strong>da</strong> materni<strong>da</strong><strong>de</strong>.44


Seção 2: Habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicaçãoObjetivos <strong>da</strong> seção:Ao final <strong>de</strong>sta seção os participantes <strong>de</strong>vem ser capazes <strong>de</strong>:1. I<strong>de</strong>ntificar habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação para ouvir e apren<strong>de</strong>r e aumentara confiança;30 minutos2. Praticar o uso <strong>de</strong>ssas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s com aju<strong>da</strong> <strong>de</strong> uma planilha. 30 minutosTempo total <strong>da</strong> seção:60 minutosA prática <strong>de</strong>ssas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s po<strong>de</strong> fazer parte <strong>de</strong> uma seção in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte. Se a práticaocorrer algum tempo <strong>de</strong>pois <strong>da</strong> primeira parte, analise rapi<strong>da</strong>mente as habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>de</strong> comunicação antes <strong>de</strong> <strong>da</strong>r início ao trabalho com a planilha.Materiais:Um boneco para uso na <strong>de</strong>monstração.Duas ca<strong>de</strong>iras que possam ser leva<strong>da</strong>s à frente <strong>da</strong> sala.Cópias <strong>da</strong>s partes que serão li<strong>da</strong>s nas <strong>de</strong>monstrações. O texto <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>monstraçõesestá reunido no final <strong>da</strong> seção para facilitar a cópia para os participantes quelerão as falas.Preparar uma lista <strong>de</strong> habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação (ver resumo <strong>da</strong> seção) e exibi-lana pare<strong>de</strong> ou flipchart no início <strong>da</strong> seção. Revele ca<strong>da</strong> ponto à medi<strong>da</strong> do necessário.Cópias <strong>da</strong> Planilha <strong>de</strong> Habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Comunicação 2.1 (sem respostas) – uma cópiapara ca<strong>da</strong> participante.O conceito <strong>de</strong> ‘usar palavras que impliquem julgamento’ po<strong>de</strong> ter que ser explicadocom mais <strong>de</strong>talhes na língua local. Remeter à Seção 7 - Aconselhamento em Amamentação:um curso <strong>de</strong> treinamento (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE;FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA, 1993) para mais informaçõessobre a tradução <strong>de</strong> palavras <strong>de</strong> julgamento.Preparação para as <strong>de</strong>monstrações:As <strong>de</strong>monstrações são muito curtas. O facilitador introduz ca<strong>da</strong> <strong>de</strong>monstraçãocom uma explicação sobre o tema que será abor<strong>da</strong>do. Após ca<strong>da</strong> <strong>de</strong>monstração, ofacilitador faz comentários para enfatizar ou esclarecer o objetivo <strong>da</strong> <strong>de</strong>monstração.A primeira <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> comunicação não verbal precisa ser realiza<strong>da</strong> na parte<strong>da</strong> frente <strong>da</strong> sala porque os participantes precisam ver os gestos. Antes do início <strong>da</strong>seção, peça que um participante seja voluntário a aju<strong>da</strong>r nesta ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> prática.Para poupar tempo durante outras <strong>de</strong>monstrações, não peça aos participantes quevenham para a frente <strong>da</strong> sala. Distribua as falas dos papéis a serem interpretados parapessoas que estejam senta<strong>da</strong>s lado a lado. Peça aos participantes <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> <strong>de</strong>monstraçãoque leiam as falas em voz alta, no momento certo.45


Leitura adicional para os facilitadores:Aconselhamento em amamentação: um curso <strong>de</strong> treinamento (ORGANIZAÇÃO MUN-DIAL DA SAÚDE; FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA, 1993)1. Habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação 30 minutos• Muitas vezes, profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> são treinados para procurar problemas e resolvê-los.Uma boa comunicação significa que existe respeito pelos pensamentos,pelas crenças e pela cultura <strong>da</strong>s mulheres. Isso quer dizer que você não vai dizera uma pessoa o que acha que <strong>de</strong>ve ser feito ou forçar uma mulher a agir <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>forma.• Os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>vem ser capazes <strong>de</strong> fazer mais do que fornecer informações.Faz parte <strong>de</strong> seu trabalho aju<strong>da</strong>r as mães a analisar a causa <strong>de</strong> qualquerdificul<strong>da</strong><strong>de</strong> que tenham (diagnóstico) e sugerir meios que possam aju<strong>da</strong>r a resolvero problema. Muitas vezes não há problema a ser resolvido, a mãe só precisa<strong>da</strong> confirmação <strong>de</strong> que está se saindo bem.• Você po<strong>de</strong> usar habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação para:- Ouvir e apren<strong>de</strong>r sobre as crenças <strong>da</strong> mulher, seu nível <strong>de</strong> conhecimento esuas práticas;- Aumentar sua confiança e elogiar práticas que <strong>de</strong>seja encorajar;- Fornecer informações;- Sugerir mu<strong>da</strong>nças que a mulher po<strong>de</strong> levar em consi<strong>de</strong>ração caso sejam necessárias;- Combinar visitas <strong>de</strong> acompanhamento.• Você também po<strong>de</strong> usar essas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s para:- Comunicar-se com colegas que apresentem resistência a mu<strong>da</strong>r suas práticas<strong>de</strong> forma a se a<strong>de</strong>quarem aos padrões <strong>Amigo</strong>s <strong>da</strong> Criança.- Comunicar-se com familiares que influenciam a mãe, principalmente aquelesque sejam capazes <strong>de</strong> influenciar <strong>de</strong> forma negativa as práticas <strong>de</strong> alimentaçãodo bebê.- Comunicar-se com gestores para reivindicar locais <strong>de</strong> trabalho <strong>Amigo</strong>s <strong>da</strong>Criança.• As habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação são introduzi<strong>da</strong>s em nível básico neste curso. Essashabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s ficam mais naturais e melhoram na medi<strong>da</strong> em que são usa<strong>da</strong>s.Você po<strong>de</strong> usar essas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação em casa com sua família e seusamigos, não apenas em situações <strong>de</strong> trabalho.Habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s para ouvir e apren<strong>de</strong>r• A comunicação po<strong>de</strong> ser o que dizemos – comunicação verbal. Igualmente importanteé a comunicação não verbal – a linguagem corporal que usamos e queobservamos na linguagem corporal <strong>da</strong> mãe.46


• Po<strong>de</strong>mos perceber se uma mãe está senta<strong>da</strong> em uma posição <strong>de</strong>sconfortável ouque está olhando à sua volta preocupa<strong>da</strong> que outras pessoas estejam ouvindo eque não consegue se concentrar na alimentação <strong>de</strong> seu bebê. Devemos ficar atentosa essa comunicação não verbal <strong>da</strong> mãe, que é muito útil.• Quando você conversar com a mãe em um local confortável e on<strong>de</strong> ela se sintasegura, isso aju<strong>da</strong> a disposição <strong>de</strong>la em conversar com você.1. Use a comunicação não verbal• Nossa comunicação não verbal com a mãe po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r a fazer com que ela sesinta calma e capaz <strong>de</strong> ouvir.Pergunte: Quais são algumas formas <strong>de</strong> comunicação não verbal úteis durante umaconversa? Espere por algumas respostas.• Algumas formas <strong>de</strong> comunicação não verbal úteis durante uma conversa comuma mãe:- Sentar no mesmo nível e próximo à mãe.- Remover barreiras físicas como mesas ou pastas <strong>de</strong> papel que se tem nas mãos.- Prestar atenção à mãe, evitar se distrair e mostrar que está ouvindo assentindocom a cabeça, sorrindo ou fazendo outros gestos a<strong>de</strong>quados.- Não apressar a conversa e não olhar para o relógio.- Só tocar na mãe <strong>de</strong> forma apropria<strong>da</strong> (como na mão ou no braço). Não toqueem suas mamas ou em seu bebê sem sua permissão.Demonstração 1:Apresente a <strong>de</strong>monstração: Nesta <strong>de</strong>monstração o profissional saú<strong>da</strong> a mãe com asmesmas palavras, mas <strong>de</strong> formas diferentes. Observe a comunicação não verbal emca<strong>da</strong> sau<strong>da</strong>ção.Um participante <strong>de</strong>sempenha o papel <strong>da</strong> mãe e senta em uma ca<strong>de</strong>ira em frente aogrupo, com uma boneca nos braços posiciona<strong>da</strong> para ser alimenta<strong>da</strong>.Um facilitador <strong>de</strong>sempenha o papel <strong>de</strong> profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e repete as mesmaspalavras várias vezes: “Bom dia, como vai a amamentação?”, mas com uma comunicaçãonão verbal diferente a ca<strong>da</strong> vez. Por exemplo: fica em pé diante <strong>da</strong> mãe ou sentaao seu lado, olha para o relógio enquanto faz a pergunta, ou reclina para frente e cutucao bebê (fale sobre esse toque com o participante antes <strong>da</strong> apresentação).Discuta como a comunicação não verbal faz diferença. Pergunte à “mãe” como elase sentiu sendo sau<strong>da</strong><strong>da</strong> <strong>de</strong> diferentes maneiras. Pergunte aos participantes o queeles apren<strong>de</strong>ram com essa <strong>de</strong>monstração sobre comunicação não verbal.2. Faça perguntas abertas• Quando está aju<strong>da</strong>ndo uma mãe, você quer <strong>de</strong>scobrir o que está acontecendo, seexiste alguma dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>, o que a mãe fez, o que funcionou e o que não funcionou.Se fizer as perguntas <strong>de</strong> modo a estimular a mãe a conversar com você, nãoserá necessário fazer muitas perguntas.47


• Em geral, as perguntas abertas são as mais úteis. Elas estimulam a mãe a fornecer maisinformações. Em geral, perguntas abertas começam com: “Como...? O que...? Quando...?On<strong>de</strong>...? Por que...?”. Por exemplo, “como você está alimentando seu bebê?”.• Perguntas fecha<strong>da</strong>s são aquelas que po<strong>de</strong>m ser respondi<strong>da</strong>s com sim e não e po<strong>de</strong>mnão oferecer muitas informações. Em geral, perguntas fecha<strong>da</strong>s começam com: “Vocêestá...? Você fez...? O bebê já...?” Por exemplo, “você amamentou outros filhos?”.• Você po<strong>de</strong> achar que a mãe não está disposta a conversar com você. A mãe po<strong>de</strong>ficar com receio <strong>de</strong> <strong>da</strong>r a resposta erra<strong>da</strong>. Às vezes, a pergunta fecha<strong>da</strong> sugere aresposta ‘correta’ e a mãe po<strong>de</strong> <strong>da</strong>r essa resposta, seja ela ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira ou não, porconsi<strong>de</strong>rar que é isso que você quer ouvir.Demonstração 2A:Apresente a <strong>de</strong>monstração: Observe se o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> está fazendo perguntasabertas ou fecha<strong>da</strong>s e como a mãe respon<strong>de</strong> às perguntas.Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> Bom dia. Você e seu bebê estão bem hoje?MãeSim, estamos bem.Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> Você está com alguma dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>?MãeNão.Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> O bebê está se alimentando com freqüência?MãeSim.Comentário: As perguntas fecha<strong>da</strong>s receberam respostas do tipo sim ou não. Oprofissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> não recebeu muitas informações e é difícil <strong>da</strong>r prosseguimento àconversa. Veremos outra maneira <strong>de</strong> abor<strong>da</strong>r essa questão.Demonstração 2B:Apresente a <strong>de</strong>monstração: Observe se o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> está fazendo perguntasabertas ou fecha<strong>da</strong>s e como a mãe respon<strong>de</strong> às perguntas.Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeProfissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeProfissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeBom dia. Como estão você e seu bebê hoje?Estamos bem.E então, como você está alimentando seu bebê?Amamentei várias vezes e <strong>de</strong>i uma mama<strong>de</strong>ira à noite.O que fez você <strong>de</strong>cidir <strong>da</strong>r mama<strong>de</strong>ira à noite?Meu filho acor<strong>da</strong> durante a noite, então meu leite não<strong>de</strong>ve bastar.Comentário: O profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> fez perguntas abertas. A mãe forneceu informaçõesem suas respostas. O profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>scobriu mais coisas.3. Estimule a mãe a falar – <strong>de</strong>monstre interesse e <strong>de</strong>volva em outras palavras oucom gestos o que você compreen<strong>de</strong>u sobre o que a mãe falou.Pergunte: Como po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>monstrar que estamos interessados no que uma mãeestá dizendo?48


Espere por algumas respostas.• Po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>monstrar interesse no que uma mulher está dizendo com respostascomo acenar positivamente com a cabeça, sorrir e usar expressões como “sei”,“continue”. Se você repetir ou ecoar o que a mãe está dizendo, mostra que está ouvindoe a estimula a falar mais. Você po<strong>de</strong> usar palavras ligeiramente diferentes<strong>da</strong>quelas usa<strong>da</strong>s pela mãe, para não parecer que está simplesmente repetindo oque ela fala.• É útil mesclar respostas que ecoam as informações com outras respostas como,por exemplo, “é mesmo, continue” ou fazer perguntas abertas.Demonstração 3:Apresente a <strong>de</strong>monstração: Nesta <strong>de</strong>monstração, observe como o profissional <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>monstra que está ouvindo a mãe e se o uso <strong>de</strong>ssas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s aju<strong>da</strong> o profissionala <strong>de</strong>scobrir mais informações.Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> Bom dia, como vão vocês hoje?MãeEu estou bem cansa<strong>da</strong>, o bebê ficou muito tempo acor<strong>da</strong>do.Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> Nossa... (<strong>de</strong>monstra preocupação)MãeMinha irmã diz que ele não <strong>de</strong>via mais estar acor<strong>da</strong>ndo ànoite, que estou mimando ele.Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> A sua irmã diz que você está mimando seu filho?MãeÉ, ela está sempre fazendo algum comentário sobre comoeu cuido <strong>de</strong>le.Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> Sei. (Assente com a cabeça)MãeNão acho que ela tenha na<strong>da</strong> a ver com a forma como eucuido do meu filho.Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> É, me conte mais sobre isso.Comentário: Respostas como “sei” e “nossa” mostram que você está ouvindo. Respostasque ecoam o que uma pessoa fala po<strong>de</strong>m aju<strong>da</strong>r a esclarecer o que ela diz. Aquivemos que o fato <strong>de</strong> o bebê acor<strong>da</strong>r à noite po<strong>de</strong> não ser o principal problema, os comentários<strong>da</strong> irmã é que parecem estar aborrecendo a mãe.4. Seja empático, para <strong>de</strong>monstrar que tenta enten<strong>de</strong>r os sentimentos <strong>da</strong> mãe• A empatia ocorre quando <strong>de</strong>monstramos que estamos ouvindo o que a mãe diz etentando enten<strong>de</strong>r como ela se sente; quando observamos a situação do ponto <strong>de</strong>vista <strong>da</strong> mãe. A simpatia é diferente. Quando simpatizamos com alguém, usamoso nosso próprio ponto <strong>de</strong> vista.• É útil <strong>de</strong>monstrar empatia por sentimentos bons <strong>da</strong> mãe, e não apenas pelos seussentimentos ruins.• Você po<strong>de</strong> pedir mais informações factuais, mas apenas <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrircomo ela se sente em relação à situação.49


Demonstração 4A:Apresente a <strong>de</strong>monstração: Nesta <strong>de</strong>monstração, observe se o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><strong>de</strong>monstra empatia - que está tentando enten<strong>de</strong>r como a mãe se sente.Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeBom dia, (nome). Como estão você e o/a (nome <strong>da</strong> criança)hoje?Ele/ela não está comendo direito nos últimos dias. Não seio que fazer.Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> Entendo como você se sente. Quando meu filho não cometambém fico preocupa<strong>da</strong>. Sei exatamente como você se sente.MãeO que você faz quando seu filho não come?Comentário: O que eles perceberam? O foco passou <strong>da</strong> mãe para o profissional <strong>de</strong>saú<strong>de</strong>. Isso não foi empatia, não se concentrou sobre como a mãe se sentia. Veremosoutra maneira <strong>de</strong> abor<strong>da</strong>r essa questão.Demonstração 4B:Apresente a <strong>de</strong>monstração: Nesta <strong>de</strong>monstração, observe se o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><strong>de</strong>monstra empatia - que está tentando enten<strong>de</strong>r como a mãe se sente.Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> Bom dia, (nome). Como estão você e o/a (nome <strong>da</strong> criança)hoje?MãeEle/ela não está comendo direito nos últimos dias e não seio que fazer.Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> Percebo que você está preocupa<strong>da</strong> com ele/ela.MãeÉ, estou preocupa<strong>da</strong> que ele/ela fique doente se não se alimentardireito.Comentário: Nesta segun<strong>da</strong> versão, a mãe é o foco <strong>da</strong> conversa. O profissional <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrou empatia com a mãe ao i<strong>de</strong>ntificar seu sentimento e <strong>da</strong>r uma respostaque reflete o que a mãe sente para mostrar que realmente estava ouvindo. Issoestimula a mãe a falar mais <strong>de</strong> seus próprios sentimentos e a continuar conversandocom o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.5. Evite palavras que pareçam envolver julgamento• Palavras que po<strong>de</strong>m soar como se você estivesse julgando a mãe incluem: certo,errado, bem, mal, bom, suficiente, a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente, apropria<strong>da</strong>mente, problema.Palavras como essas po<strong>de</strong>m fazer com que uma mulher sinta que precisa atingirum padrão ou que seu bebê não está se comportando <strong>de</strong> maneira normal.• Por exemplo: “Seu bebê está se alimentando bem?” Essa pergunta traz a implicação<strong>de</strong> que existe um padrão <strong>de</strong> alimentação e que o bebê po<strong>de</strong> não estar atingindoesse padrão. A mãe po<strong>de</strong> escon<strong>de</strong>r <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s situações se sentir que serãojulga<strong>da</strong>s como ina<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s. Além disso, a mãe e o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> po<strong>de</strong>mter idéias diferentes sobre o que significa “se alimentar bem”. É mais útil fazeruma pergunta aberta como “como o seu bebê se alimenta?” ou “você po<strong>de</strong> medizer algo sobre a alimentação do seu filho?”50


Demonstração 5A:Apresente a <strong>de</strong>monstração: Nesta <strong>de</strong>monstração, observe se o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>usa ou evita palavras que <strong>de</strong>notam julgamento.Bom diaProfissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeProfissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeO seu bebê ganhou peso suficiente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a última vez emque foi pesado?Bom dia. O seu bebê ganhou peso suficiente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a últimavez em que foi pesado?Bem, não tenho certeza. Acho que sim.E ele está se alimentando a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente? O seu leite ébom?Não sei… espero que sim, mas não tenho certeza (parecepreocupa<strong>da</strong>)Comentário: O profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> não está obtendo informações e está <strong>de</strong>ixandoa mãe preocupa<strong>da</strong>. Veremos outra maneira <strong>de</strong> abor<strong>da</strong>r essa questão.Demonstração 5B:Apresente a <strong>de</strong>monstração: Nesta <strong>de</strong>monstração, observe se o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>usa ou evita palavras que <strong>de</strong>notam julgamento.Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> Bom dia. Como foi o crescimento do seu bebê este mês?Posso ver o gráfico <strong>de</strong> crescimento?MãeA enfermeira disse que ela ganhou meio quilo este mês,então fiquei satisfeita.Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> Ele com certeza está recebendo o leite materno <strong>de</strong> queprecisa.Comentário: O profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>scobriu o que precisava saber sem preocupara mãe.Habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s para aumentar a confiança e oferecer apoio• Suas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação po<strong>de</strong>m aju<strong>da</strong>r a mãe a se sentir bem consigomesma e confiante <strong>de</strong> que será uma boa mãe. A confiança po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r uma mãea tomar <strong>de</strong>cisões e a resistir a pressões <strong>de</strong> outras pessoas. Para aju<strong>da</strong>r a estimulara confiança e oferecer apoio, precisamos:6. Aceitar o que a mãe pensa e sente• Po<strong>de</strong>mos aceitar as idéias e sentimentos <strong>da</strong> mãe sem discor<strong>da</strong>r <strong>de</strong>la ou dizer quenão há na<strong>da</strong> para se preocupar. Aceitar o que a mãe diz não é o mesmo que concor<strong>da</strong>rcom ela. Você po<strong>de</strong> aceitar o que ela diz e posteriormente fornecer a informaçãocorreta. Aceitar o que ela diz aju<strong>da</strong> a mãe a confiar em você e a encoraja acontinuar a conversa.51


Demonstração 6A:Apresente a <strong>de</strong>monstração: Nesta <strong>de</strong>monstração, observe se o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>aceita o que a mãe diz, concor<strong>da</strong> com ela ou discor<strong>da</strong> do que ela fala.MãeDou uma mama<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> leite para crianças to<strong>da</strong> noitepara o meu bebê porque não tenho leite suficiente paraele.Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> Tenho certeza <strong>de</strong> que seu leite é suficiente. Sua filha nãoprecisa <strong>de</strong> mama<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> fórmula.Comentário: Este profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> aceitou o que a mãe sente?O profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> está discor<strong>da</strong>ndo ou <strong>de</strong>scartando o que a mãe diz.Veremos outra maneira <strong>de</strong> abor<strong>da</strong>r essa questão.Demonstração 6B:Apresente a <strong>de</strong>monstração: Nesta <strong>de</strong>monstração, observe se o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>aceita o que a mãe diz, concor<strong>da</strong> com ela ou discor<strong>da</strong> do que ela fala.MãeDou uma mama<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> leite para crianças to<strong>da</strong> noitepara o meu bebê porque não tenho leite suficiente paraele.Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> É, uma mama<strong>de</strong>ira à noite parece satisfazer alguns bebês.Comentário: Esse profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> aceitou o que a mãe disse?O profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> está concor<strong>da</strong>ndo com uma idéia equivoca<strong>da</strong>. Concor<strong>da</strong>rpo<strong>de</strong> não aju<strong>da</strong>r a mãe e o bebê.Veremos outra maneira <strong>de</strong> abor<strong>da</strong>r essa questão.Demonstração 6C:Apresente a <strong>de</strong>monstração: Nesta <strong>de</strong>monstração, observe se o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>aceita o que a mãe diz, se concor<strong>da</strong> ou discor<strong>da</strong>.MãeDou uma mama<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> leite para crianças to<strong>da</strong> noite parao meu bebê porque não tenho leite suficiente para ele.Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> Sei. Você acha que po<strong>de</strong> não ter leite suficiente à noite.Comentário: Esse profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> aceitou o que a mãe pensa ou sente?O profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> aceitou o que a mãe disse sem concor<strong>da</strong>r ou discor<strong>da</strong>r, eleaceita a mãe e reconhece seu ponto <strong>de</strong> vista. Isso significa que a mãe sentirá que alguéma ouviu. Elas po<strong>de</strong>m agora continuar a conversar sobre aleitamento materno ànoite e discutir informações corretas sobre suprimento <strong>de</strong> leite.7. Reconheça e <strong>de</strong>monstre que reconheceu o que estiver correto• Reconheça e elogie o que a mãe e o bebê conseguirem realizar. Por exemplo, digaà mãe que percebeu que ela espera seu bebê abrir bem a boca antes <strong>da</strong> pega oumencione como o bebê se solta quando acaba <strong>de</strong> mamar em um peito e está prontopara o outro.52


8. Ofereça aju<strong>da</strong> prática• Se a mãe estiver confortável, isso aju<strong>da</strong>rá o fluxo do leite. Ela po<strong>de</strong> estar comse<strong>de</strong> ou fome, po<strong>de</strong> querer outro travesseiro ou precisar <strong>de</strong> alguém para seguraro bebê enquanto vai ao banheiro. Ou a mãe po<strong>de</strong> ter um claro problema práticorelacionado à amamentação; ela po<strong>de</strong>, por exemplo, querer apren<strong>de</strong>r a extrairseu leite. Se você pu<strong>de</strong>r oferecer essa aju<strong>da</strong> prática, ela conseguirá relaxar e seconcentrar melhor no bebê.9. Forneça informações relevantes em linguagem a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>• Descubra o que a mãe precisa saber naquele momento.• Use palavras a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s, que a mãe enten<strong>da</strong>• Não exagere na quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> informações10. Ofereça sugestões e não or<strong>de</strong>ns• Ofereça escolhas e <strong>de</strong>ixe que a mãe <strong>de</strong>ci<strong>da</strong> o que é melhor para ela.• Não diga o que ela <strong>de</strong>ve ou não fazer.• Limite suas sugestões a uma ou duas que sejam relevantes à sua situação.Demonstração 7A:Apresente a <strong>de</strong>monstração: Nesta <strong>de</strong>monstração, observe se o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>está fornecendo informações relevantes em linguagem a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> e oferecendo sugestõese não or<strong>de</strong>ns.Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeBom dia. Como posso ajudá-la?Não tenho certeza se <strong>de</strong>vo amamentar ou não meu bebêquando ele nascer. Tenho medo que ele pegue HIV.Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> Bem, a situação é a seguinte. Aproxima<strong>da</strong>mente 5 a 15%<strong>da</strong>s mães HIV positivas transmitem o vírus por meio <strong>da</strong>amamentação. No entanto, essa taxa varia <strong>de</strong> local paralocal. O risco po<strong>de</strong> ser maior se a mãe foi infecta<strong>da</strong> recentementeou se tiver carga viral alta ou AIDS sintomática.Se você fizer sexo sem proteção durante o aleitamentomaterno, po<strong>de</strong> pegar HIV e tem maior probabili<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> transmiti-lo para o seu bebê. No entanto, se não amamentar,seu bebê po<strong>de</strong> correr risco <strong>de</strong> pegar outras doençaspotencialmente fatais como infecções gastrointestinaise respiratórias. Como você <strong>de</strong>cidiu se aconselharmuito em cima <strong>da</strong> hora, se eu fosse você, eu <strong>de</strong>cidiria...MãeAh.Pergunte: O que os participantes acham <strong>de</strong>ssa comunicação? O profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>está fornecendo uma quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> <strong>de</strong> informações?53


O profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> está fornecendo informações <strong>de</strong>mais que não são relevantespara a mulher nesse momento. O profissional está usando palavras que a mãe provavelmentenão enten<strong>de</strong>. Algumas informações foram transmiti<strong>da</strong>s <strong>de</strong> forma negativae parecem críticas. O profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> está dizendo o que ela <strong>de</strong>ve fazer e não aju<strong>da</strong>ndoa mãe a tomar sua <strong>de</strong>cisão. Veremos outra maneira <strong>de</strong> abor<strong>da</strong>r essa questão.Demonstração 7B: (se houver testagem disponível)Apresente a <strong>de</strong>monstração: Nesta <strong>de</strong>monstração, observe se o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>está oferecendo informações relevantes usando linguagem a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> e <strong>da</strong>ndo sugestõese não or<strong>de</strong>ns.Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeProfissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeProfissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeBom dia. Como posso ajudá-la?Não tenho certeza se <strong>de</strong>vo amamentar ou não meu bebêquando ele nascer. Tenho medo que ele pegue HIV.Se você tiver HIV, existe risco <strong>de</strong> passar para o bebê. Vocêjá foi testa<strong>da</strong> para HIV?Não. Não sei on<strong>de</strong> fazer o exame.O melhor é saber se você tem ou não HIV antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>cidircomo alimentar seu filho. Posso passar os <strong>de</strong>talhes <strong>da</strong> pessoacom quem você po<strong>de</strong> conversar para fazer o exame.Você gostaria que eu fizesse isso?Sim, quero saber mais sobre o exame.Comentário: O profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> forneceu a informação mais importante naquelemomento que é importante saber se a pessoa tem HIV antes que ela tome <strong>de</strong>cisõessobre alimentação. O profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> usou linguagem simples, não fezjulgamentos e encaminhou a mulher para testagem e aconselhamento em HIV.Demonstração 7B: (se não houver testagem disponível)Apresente a <strong>de</strong>monstração: Nesta <strong>de</strong>monstração, observe se o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>está oferecendo informações relevantes usando linguagem a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> e <strong>da</strong>ndo sugestõese não or<strong>de</strong>ns.Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeProfissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeProfissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>Bom dia. Como posso ajudá-la?Não tenho certeza se <strong>de</strong>vo amamentar ou não meu bebêquando ele nascer. Tenho medo que ele pegue HIV.Se você tiver HIV, existe risco <strong>de</strong> passar para o bebê. Nãohá testagem disponível aqui para você <strong>de</strong>scobrir se temHIV. Quando você não tem certeza se tem HIV e nãopo<strong>de</strong> ser testa<strong>da</strong>, recomen<strong>da</strong>-se que amamente seu bebê.É? Eu não sabia disso.Mas é exatamente isso. E oferecer somente leite materno,sem outros alimentos ou água, durante os primeiros 6meses <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> do bebê o protege <strong>de</strong> muitas outras doençascomo diarréia.Comentário: O profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> forneceu a informação mais importante naquelemomento e mais relevante para a situação – que se a mãe não sabe se é HIV54


positiva, a amamentação exclusiva é recomen<strong>da</strong><strong>da</strong>. O profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> usou linguagemsimples e não fez julgamentos. É provável que esta mulher e o profissional <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> continuem a se comunicar e discutam mais informações.Combine consultas <strong>de</strong> acompanhamento e apoio contínuo• Muitas vezes, quando a conversa termina, a mãe ain<strong>da</strong> tem perguntas que nãopu<strong>de</strong>ram ser discuti<strong>da</strong>s, ela po<strong>de</strong> pensar em algo mais que queira discutir oupo<strong>de</strong> ter dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> colocar a teoria em prática. É importante combinar consultas<strong>de</strong> acompanhamento e apoio contínuo:- Descubra que tipo <strong>de</strong> aju<strong>da</strong> ela po<strong>de</strong> obter com a família e os amigos.- Indique um momento em que você possa vê-la ou conversar com ela novamente.- Encoraje a mãe a procurar você ou outra pessoa caso tenha dúvi<strong>da</strong>s ou perguntas.- Encaminhe-a para um grupo comunitário, se possível.- Encaminhe-a para aconselhamento especializado, se necessário.• Muitas mulheres po<strong>de</strong>m não conseguir fazer o que querem ou o que você sugerirque façam. A discussão precisa levar em conta a situação <strong>da</strong> mulher em casa.Membros <strong>da</strong> família, tempo e dinheiro disponíveis, saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> mãe e práticas quese usam na família e na comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> são influências importantes sobre o que umamãe po<strong>de</strong> acabar fazendo.• Lembre-se que você não <strong>de</strong>ve tomar uma <strong>de</strong>cisão pela mãe ou tentar fazer comque ela faça o que você acha melhor. Você po<strong>de</strong> ouvi-la e aumentar sua confiançapara que ela possa <strong>de</strong>cidir o que é melhor para ela e seu bebê.2. Pratique habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação 30 minutosDivi<strong>da</strong> os participantes em pequenos grupos ou duplas e explique que ca<strong>da</strong> grupofará os exercícios <strong>da</strong> planilha. Ca<strong>da</strong> exercício traz um exemplo e um exercício parao grupo preencher. Leia o primeiro exemplo e certifique-se <strong>de</strong> que os participantesenten<strong>de</strong>ram o que <strong>de</strong>vem fazer.Peça aos outros facilitadores que circulem entre os grupos durante a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> paraverificar se os participantes enten<strong>de</strong>m as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Para ca<strong>da</strong> pequenogrupo o facilitador po<strong>de</strong> explicar os outros exemplos. Peça aos participantes para tentaremfalar em voz alta as palavras, além <strong>de</strong> escrevê-las.Aguar<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 25 minutos para o preenchimento <strong>da</strong> planilha. No final <strong>de</strong>ssetempo, resuma a seção e respon<strong>da</strong> a eventuais perguntas. Não é necessário que os grupos‘corrijam’ todos os exercícios <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>.Essa é uma parte fun<strong>da</strong>mental do curso, na qual os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> adotamnovas formas <strong>de</strong> comunicação com as mães. Se possível, <strong>de</strong>ve-se <strong>de</strong>dicar tempo extrapara o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ssas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s.55


Resumo <strong>da</strong> Seção 2A comunicação envolve ouvir e aumentar a confiança, e não apenas transmitir informações.Ouvir e apren<strong>de</strong>r• Use a comunicação não verbal útil• Faça perguntas abertas• Demonstre interesse e repita o que a mãe diz• Mostre empatia para <strong>de</strong>monstrar que enten<strong>de</strong> os sentimentos <strong>da</strong> mãe• Evite palavras que envolvam julgamentoAumentar a confiança e oferecer apoio• Aceite o que a mãe pensa e sente• Reconheça e elogie o que a mãe e o bebê fizerem corretamente• Ofereça aju<strong>da</strong> prática• Ofereça poucas informações relevantes, usando linguagem a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>• Ofereça uma ou duas sugestões, e não or<strong>de</strong>nsCombine acompanhamento e apoio a<strong>de</strong>quados à situação <strong>da</strong> mãeFormulário <strong>de</strong> habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação 2.1 (com possíveis respostas)Perguntas abertas:Para ca<strong>da</strong> pergunta fecha<strong>da</strong>, reescreva uma nova pergunta aberta.Exemplo:Você está amamentando seu bebê?(fecha <strong>da</strong>)Reescreva essas perguntas como perguntasabertas:Seu bebê come com freqüência?Você está tendo algum problema com aalimentação do bebê?Seu bebê está ganhando peso?Como você está alimentando seu bebê?(aberta)Quando o seu bebê come?Como está a alimentação do bebê?Como está o peso do seu bebê?Demonstre empatia com os sentimentos <strong>da</strong> mãe:As afirmações abaixo foram feitas por uma mãe. Escolha a resposta que, em suaopinião, <strong>de</strong>monstra empatia e compreensão dos sentimentos <strong>da</strong> mãe.56


Exemplo:O meu filho come a noite to<strong>da</strong> e estouexausta.Escolha a resposta que <strong>de</strong>monstra empatia:Meu leite parece ralo – não <strong>de</strong>ve serbom.Tenho medo <strong>de</strong> amamentar caso eu sejaHIV positiva.- Quantas vezes ele se alimenta?- Isso acontece to<strong>da</strong>s as noites?(√)- Você realmente está cansa<strong>da</strong>.- O leite materno sempre parece ralo.(√)- Você está preocupa<strong>da</strong> com seu leite.- Quanto pesa o seu bebê?(√)- Você está preocupa<strong>da</strong> com o HIV?-Você já fez o teste?- Então use fórmulas infantis.Evite palavras que soem como julgamentos:Reescreva ca<strong>da</strong> pergunta para evitar palavras que soem como julgamento e tambémfaça uma pergunta aberta.Exemplo:O seu bebê está se alimentando bem? Como o seu bebê está se alimentando?Altere para evitar palavras que soem como julgamentos:O seu bebê chora muito à noite? Como o seu bebê tem passado as noites?Você está com algum problema para Como está a sua amamentação?amamentar?O ganho <strong>de</strong> peso do bebê está bom? Como está o crescimento do seu bebê?Aceitar o que a mãe pensa:Ligue com uma seta as respostas on<strong>de</strong> se aceita, concor<strong>da</strong> com uma idéia equivoca<strong>da</strong>ou discor<strong>da</strong> <strong>da</strong> afirmação <strong>da</strong> mãe.Exemplo:Mãe: “Ofereço água para o bebê quando está calor.”Resposta:“Isso não é necessário! O leite maternotem água o suficiente.”“É, bebês precisam <strong>de</strong> água no calor.”“Você acha que o bebê precisa beberágua se o dia estiver quente?”Tipo <strong>de</strong> respostaConcor<strong>da</strong> (com uma idéiaequivoca<strong>da</strong>)Discor<strong>da</strong>AceitaRelacione a frase ao tipo <strong>de</strong> resposta:Mãe: “Meu bebê tem diarréia, então não estou amamentando até que passe.”57


Resposta:“Você não quer oferecer leite maternonesse momento?”“É seguro amamentar quando ele estivercom diarréia.”“É melhor suspen<strong>de</strong>r a amamentaçãodurante a diarréia.”Tipo <strong>de</strong> respostaConcor<strong>da</strong> (com uma idéiaequivoca<strong>da</strong>)Discor<strong>da</strong>AceitaMãe: “O colostro não é bom, então vou esperar até que acabe.”Resposta:“O colostro é muito importante para obebê.”“Você acha que o colostro não é bompara o bebê.”“Daqui a um ou dois dias ele já terá acabado.”Tipo <strong>de</strong> respostaConcor<strong>da</strong> (com uma idéiaequivoca<strong>da</strong>)Discor<strong>da</strong>AceitaOfereça informações relevantes usando linguagem a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>:Reescreva as afirmações usando palavras <strong>de</strong> fácil compreensão para a mãe.Exemplo:“Você saberá que o hormônio ocitocina está funcionando se observar o reflexo <strong>de</strong>ejeção <strong>de</strong> leite.”Uso <strong>de</strong> linguagem a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>:“Você po<strong>de</strong> perceber que, quando o bebê mama em um peito, o outro vaza. Isso éum sinal <strong>de</strong> que o leite está fluindo bem.”Altere essas afirmações usando palavras <strong>de</strong> fácil entendimento:“A amamentação exclusiva proporciona todos os nutrientes necessários para seubebê nos primeiros 6 meses <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>.”A amamentação é tudo que seu bebê precisa para ser saudável e crescer nos primeiros6 meses <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>.“As imunoglobulinas do leite humano oferecem ao bebê proteção contra infecçõesvirais e bacterianas.”O seu leite aju<strong>da</strong> a proteger o bebê <strong>de</strong> doenças.Ofereça sugestões, e não or<strong>de</strong>ns:Reescreva ca<strong>da</strong> comando como sugestão e não or<strong>de</strong>m.Exemplo:“Não ofereça água ao seu bebê.” (or<strong>de</strong>m)Alteração para sugestão:“Você já pensou em oferecer apenas leite materno para o seu bebê?” (sugestão)58


Transforme as or<strong>de</strong>ns em sugestões:“Segure-o perto <strong>de</strong> você para que ele coloque uma boa parte <strong>da</strong> mama na boca.”(comando)Você gostaria <strong>de</strong> tentar segurá-lo mais perto para que ele possa colocar uma partemaior <strong>da</strong> mama na boca?“Alimente-a mais vezes, assim seu leite aumentará.” (comando)Você acha que po<strong>de</strong>ria alimentá-la com mais freqüência? Isso aju<strong>da</strong>rá na produçãodo leite.“Não ofereça alimentos ao seu bebê até que ele complete 6 meses <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>.” (comando)A maioria dos bebês não precisa <strong>de</strong> outros alimentos até <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 6 meses <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>.Isso parece viável para você?Formulário <strong>de</strong> habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação 2.1Perguntas abertas:Para ca<strong>da</strong> pergunta fecha<strong>da</strong>, reescreva uma nova pergunta aberta.Exemplo:Você está amamentando seu bebê?(fecha <strong>da</strong>)Reescreva essas perguntas como perguntasabertas:Seu bebê come com freqüência?Você está tendo algum problema <strong>de</strong> alimentação?Seu bebê está ganhando peso?Como você está alimentando seu bebê?(aberta)Demonstre empatia com os sentimentos <strong>da</strong> mãe:As afirmações abaixo foram feitas por uma mãe. Escolha a resposta que, em suaopinião, <strong>de</strong>monstra empatia e compreensão dos sentimentos <strong>da</strong> mãe.Exemplo:O meu filho come a noite to<strong>da</strong> e estouexausta.Escolha a resposta que <strong>de</strong>monstra empatia:Meu leite parece ralo – não <strong>de</strong>ve ser bom.- Quantas vezes ele se alimenta?- Isso acontece to<strong>da</strong>s as noites?(√) Você realmente está cansa<strong>da</strong>.- O leite materno sempre parece ralo.- Você está preocupa<strong>da</strong> com seu leite?Tenho medo <strong>de</strong> amamentar caso eu sejaHIV positiva.- Quanto pesa o seu bebê?- Você está preocupa<strong>da</strong> com o HIV?- Você já fez o teste?- Então use fórmulas infantis.59


Evite palavras que soem como julgamentos:Reescreva ca<strong>da</strong> pergunta para evitar palavras que soem como julgamento e tambémfaça uma pergunta aberta.Exemplo:O seu bebê está se alimentando bem?Como o seu bebê está se alimentando?Altere para evitar palavras que soem como julgamentos:O seu bebê chora muito à noite?Você está com algum problema paraamamentar?O ganho <strong>de</strong> peso do bebê está bom?Aceitar o que a mãe pensa:Ligue com uma seta as respostas on<strong>de</strong> se aceita, concor<strong>da</strong> com uma idéia equivoca<strong>da</strong>ou discor<strong>da</strong> <strong>da</strong> afirmação <strong>da</strong> mãe.Exemplo:Mãe: “Ofereço água para o bebê quando está calor.”Resposta:Tipo <strong>de</strong> resposta“Isso não é necessário! O leite maternotem água o suficiente.”Concor<strong>da</strong> (com uma idéiaequivoca<strong>da</strong>)“É, bebês precisam <strong>de</strong> água no calor.” Discor<strong>da</strong>“Você acha que o bebê precisa beber Aceitaágua se o dia estiver quente?”Relacione a frase ao tipo <strong>de</strong> resposta:Mãe: “Meu bebê tem diarréia, então não estou amamentando até que passe.”Resposta:“Você não quer oferecer leite maternonesse momento?”“É seguro amamentar quando ele estivercom diarréia.”“É melhor suspen<strong>de</strong>r a amamentaçãodurante a diarréia.”Tipo <strong>de</strong> respostaConcor<strong>da</strong> (com uma idéia equivoca<strong>da</strong>)Discor<strong>da</strong>AceitaMãe: “O colostro não é bom, então vou esperar até que acabe.”Resposta:“O colostro é muito importante parao bebê.”“Você acha que o colostro não é bompara o bebê.”“Daqui a um ou dois dias ele já teráacabado.”Tipo <strong>de</strong> respostaConcor<strong>da</strong> (com uma idéia equivoca<strong>da</strong>)Discor<strong>da</strong>Aceita60


Ofereça informações relevantes usando linguagem a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>:Reescreva as afirmações usando palavras <strong>de</strong> fácil compreensão para a mãe.Exemplo:“Você saberá que o hormônio ocitocina está funcionando se observar o reflexo <strong>de</strong>ejeção <strong>de</strong> leite.”Uso <strong>de</strong> linguagem a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>:“Você po<strong>de</strong> perceber que quando o bebê mama em um peito, o outro vaza. Isso éum sinal <strong>de</strong> que o leite está fluindo bem.”Altere essas afirmações usando palavras <strong>de</strong> fácil entendimento:“A amamentação exclusiva proporciona todos os nutrientes necessários para seubebê nos primeiros 6 meses <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>.”“As imunoglobulinas do leite humano oferecem ao bebê proteção contra infecçõesvirais e bacterianas.”Ofereça sugestões, e não or<strong>de</strong>ns:Reescreva ca<strong>da</strong> comando como sugestão e não or<strong>de</strong>m.Exemplo:“Não ofereça água ao seu bebê.” (or<strong>de</strong>m)Alteração para sugestão:“Você já pensou em oferecer apenas leite materno para o seu bebê?” (sugestão)Transforme as or<strong>de</strong>ns em sugestões:“Segure-o perto <strong>de</strong> você para que ele coloque uma boa parte <strong>da</strong> mama na boca.”(comando)“Alimente-a mais vezes, assim seu leite aumentará.” (comando)“Não ofereça alimentos ao seu bebê até que ele complete 6 meses <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>.” (comando)Seção 2 DemonstraçõesRecorte e distribua as falas para quem for representar os papéis nas <strong>de</strong>monstrações.Demonstração 1:Um participante <strong>de</strong>sempenha o papel <strong>da</strong> mãe e senta em uma ca<strong>de</strong>ira em frente aogrupo com um boneco, em posição para alimentação.Um facilitador <strong>de</strong>sempenha o papel do profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e repete as mesmaspalavras diversas vezes:“Bom dia, como vai a amamentação?”, mas com uma comunicação não verbal diferentea ca<strong>da</strong> vez. Por exemplo: fique em pé diante <strong>da</strong> mãe ou sente ao seu lado, olhepara o relógio quando fizer a pergunta, ou recline para frente e cutuque o bebê (informeo participante disso com antecedência).61


Demonstração 2A:Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeProfissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeProfissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeBom dia. Você e seu bebê estão bem hoje?Sim, estamos bem.Você está com alguma dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>?Não.O bebê está se alimentando com freqüência?Sim.Demonstração 2B:Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeProfissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeProfissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeBom dia. Como estão você e seu bebê hoje?Estamos bem.E então, como você está alimentando seu bebê?Amamentei várias vezes e <strong>de</strong>i uma mama<strong>de</strong>ira à noite.O que fez você <strong>de</strong>cidir <strong>da</strong>r mama<strong>de</strong>ira à noite?Meu filho acor<strong>da</strong> durante a noite, então meu leite não<strong>de</strong>ve bastar.62


Demonstração 3:Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeProfissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeProfissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeProfissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeProfissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>Bom dia, como vão vocês hoje?Eu estou bem cansa<strong>da</strong>, o bebê ficou muito tempo acor<strong>da</strong>do.Nossa... (<strong>de</strong>monstra preocupação)Minha irmã diz que ele não <strong>de</strong>via mais estar acor<strong>da</strong>ndoà noite, que estou mimando ele.A sua irmã diz que você está mimando seu filho?É, ela está sempre fazendo algum comentário sobrecomo eu cuido <strong>de</strong>le.Sei. (Assente com a cabeça)Não acho que ela tenha na<strong>da</strong> a ver com a forma comoeu cuido do meu filho.É, me conte mais sobre isso.Demonstração 4A:Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeProfissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeBom dia, (nome). Como estão você e o/a (nome <strong>da</strong>criança) hoje?Ele/ela não está comendo direito nos últimos dias.Não sei o que fazer.Entendo como você se sente. Quando meu filho nãocome também fico preocupa<strong>da</strong>. Sei exatamente comovocê se sente.O que você faz quando seu filho não come?Demonstração 4B:Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeProfissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeBom dia, (nome). Como estão você e o/a (nome <strong>da</strong>criança) hoje?Ele/ela não está comendo direito nos últimos dias enão sei o que fazer.Você está preocupa<strong>da</strong> com ele/ela.É, estou preocupa<strong>da</strong> que ele/ela fique doente se não sealimentar direito.Demonstração 5A:Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeProfissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeBom dia. O seu bebê ganhou peso suficiente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> aúltima vez em que foi pesado?Bem, não tenho certeza. Acho que sim.E ele está se alimentando a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente? O seu leiteé bom?Não sei… espero que sim, mas não tenho certeza (parecepreocupa<strong>da</strong>)63


Demonstração 5B:Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeProfissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>Bom dia. Como foi o crescimento do seu bebê estemês? Posso ver o gráfico <strong>de</strong> crescimento?A enfermeira disse que ela ganhou meio quilo estemês, então fiquei satisfeita.Ele com certeza está recebendo o leite materno <strong>de</strong> queprecisa.Demonstração 6A:MãeProfissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>Dou uma mama<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> leite para crianças to<strong>da</strong> noitepara o meu bebê porque não tenho leite suficientepara ele.Tenho certeza <strong>de</strong> que seu leite é suficiente. Sua filhanão precisa <strong>de</strong> mama<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> fórmula.Demonstração 6B:MãeProfissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>Dou uma mama<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> leite para crianças to<strong>da</strong> noitepara o meu bebê porque não tenho leite suficientepara ele.É, uma mama<strong>de</strong>ira à noite parece satisfazer alguns bebês.Demonstração 6C:MãeProfissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>Dou uma mama<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> leite para crianças to<strong>da</strong> noitepara o meu bebê porque não tenho leite suficientepara ele.Sei. Você acha que po<strong>de</strong> não ter leite suficiente à noite.Demonstração 7A:Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeProfissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeBom dia. Como posso ajudá-la?Não tenho certeza se <strong>de</strong>vo amamentar ou não meu bebêquando ele nascer. Tenho medo que ele pegue HIV.Bem, a situação é a seguinte. Aproxima<strong>da</strong>mente 5 a15% <strong>da</strong>s mães HIV positivas transmitem o vírus pormeio <strong>da</strong> amamentação. No entanto, essa taxa varia<strong>de</strong> local para local. O risco po<strong>de</strong> ser maior se a mãefoi infecta<strong>da</strong> recentemente ou se tiver carga viral altaou AIDS sintomática. Se você fizer sexo sem proteçãodurante o aleitamento materno, po<strong>de</strong> pegar HIVe tem maior probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> transmiti-lo para o seubebê. No entanto, se não amamentar, seu bebê po<strong>de</strong>correr risco <strong>de</strong> pegar outras doenças potencialmentefatais como infecções gastrointestinais e respiratórias.Como você <strong>de</strong>cidiu se aconselhar muito em cima <strong>da</strong>hora, se eu fosse você, eu <strong>de</strong>cidiria...Ah.64


Demonstração 7B: (se houver testagem disponível)Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeProfissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeProfissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeBom dia. Como posso ajudá-la?Não tenho certeza se <strong>de</strong>vo amamentar ou não meu bebêquando ele nascer. Tenho medo que ele pegue HIV.Se você tiver HIV, existe risco <strong>de</strong> passar para o bebê.Você já foi testa<strong>da</strong> para HIV?Não. Não sei on<strong>de</strong> fazer o exame.O melhor é saber se você tem ou não HIV antes <strong>de</strong><strong>de</strong>cidir como alimentar seu filho. Posso passar os <strong>de</strong>talhes<strong>da</strong> pessoa com quem você po<strong>de</strong> conversar parafazer o exame. Você gostaria que eu fizesse isso?Sim, quero saber mais sobre o exame.Demonstração 7B: (se não houver testagem disponível)Profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeProfissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>MãeProfissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>Bom dia. Como posso ajudá-la?Não tenho certeza se <strong>de</strong>vo amamentar ou não meu bebêquando ele nascer. Tenho medo que ele pegue HIV.Se você tiver HIV, existe risco <strong>de</strong> passar para o bebê.Não há testagem disponível aqui para você <strong>de</strong>scobrirse tem HIV. Quando você não tem certeza se tem HIVe não po<strong>de</strong> ser testa<strong>da</strong>, recomen<strong>da</strong>-se que amamenteseu bebê.É? Eu não sabia disso.Mas é exatamente isso. E oferecer somente leite materno,sem outros alimentos ou água, durante os primeiros6 meses <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> do bebê o protege <strong>de</strong> muitasoutras doenças como diarréia.Seção 3: Promoção do aleitamento materno durante agestação – Passo 31. Resumir as informações que precisam ser discuti<strong>da</strong>s com gestantes;20 minutos2. Explicar que tipo <strong>de</strong> preparo pré-natal <strong>da</strong>s mamas é necessário para 5 minutosque as mulheres amamentem - o que funciona e o que não funciona;3. I<strong>de</strong>ntificar mulheres que precisam <strong>de</strong> atenção adicional; 5 minutos4. Resumir as informações que precisam ser discuti<strong>da</strong>s com gestantes 10 minutosHIV positivas;5. Praticar habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação a serem usa<strong>da</strong>s em conversas 50 minutossobre aleitamento materno com as gestantes;Tempo total <strong>da</strong> seção:90 minutos65


Materiais:Sli<strong>de</strong> 3/1: mães no ambulatório <strong>de</strong> pré-natalSli<strong>de</strong> 3/2: recomen<strong>da</strong>ção para mães HIV positivasSe possível, imprima a imagem <strong>de</strong> duas mães no ambulatório <strong>de</strong> pré-natal (sli<strong>de</strong> 3/1) e<strong>de</strong>ixe-a afixa<strong>da</strong> à vista dos participantes durante a Seção.Escreva em um flipchart – aceitável, factível, acessível, sustentável, seguro, <strong>de</strong> modoque a primeira letra <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> palavra forme a sigla AFASSInformações sobre como obter aconselhamento e testagem sobre HIV na regiãoInformações sobre como é oferecido aconselhamento em alimentação <strong>de</strong> lactentespara mulheres que se sabem HIV positivasLista <strong>de</strong> verificação pré-parto – uma cópia para ca<strong>da</strong> participante (opcional)Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> opcional: Custo <strong>de</strong> não amamentar – verificar informações antes <strong>da</strong> SeçãoLeitura adicional para os facilitadores:Nutrient a<strong>de</strong>quacy of exclusive breastfeeding for the term infant during the first sixmonths of life (BUTTE; LOPEZ-ALARCON; GARZA, 2002)Diet, nutrition and the prevention of chronic diseases: report of a joint WHO/FAOexpert consultation (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2003a)The optimal duration of exclusive breastfeeding: a systematic review (WORLD HE-ALTH ORGANIZATION, 2002d)The optimal duration of exclusive breastfeeding: report of an expert consultation(WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2001c)Relaciona<strong>da</strong> ao HIV:Curso integrado <strong>de</strong> aconselhamento sobre alimentação <strong>de</strong> lactentes e crianças<strong>da</strong> primeira infância (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE; FUNDO DASNAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA, 2005)Aconselhamento sobre alimentação infantil e HIV: um curso <strong>de</strong> treinamento(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE; FUNDO DAS NAÇÕES UNIDASPARA A INFÂNCIA; PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A AIDS, 2000)A review of HIV transmission through breastfeeding (THE UNITED NATIONSCHILDREN'S FUND; THE JOINT UNITED NATIONS PROGRAMME ON HIV/AIDS; WORLD HEATH ORGANIZATION, 2004)HIV and infant feeding: framework for priority action (WORLD HEALTHORGANIZATION et al., 2003)HIV and infant feeding counselling aids (WORLD HEATH ORGANIZATION;THE UNITED NATIONS CHILDREN'S FUND; THE JOINT UNITED NATIONSPROGRAMME ON HIV/AIDS, 2005)A gui<strong>de</strong> for health care managers and supervisors (WORLD HEATHORGANIZATION; THE UNITED NATIONS JOINT PROGRAMME ON HIV/AIDS; THE UNITED NATIONS CHILDREN'S FUND, 2003a)66


HIV and infant feeding: gui<strong>de</strong>lines for <strong>de</strong>cision-makers (WORLD HEATHORGANIZATION; THE JOINT UNITED NATIONS PROGRAMME ON HIV/AIDS; THE UNITED NATIONS CHILDREN'S FUND, 2003b)Aconselhadores que usarem as ferramentas <strong>de</strong>vem receber treinamento específicoem cursos como os seguintes cursos <strong>da</strong> OMS/UNICEF: Aconselhamento sobre amamentação:Um curso <strong>de</strong> treinamento e Aconselhamento sobre alimentação infantil eHIV: um curso <strong>de</strong> treinamento, ou o recém-<strong>de</strong>senvolvido Curso integrado <strong>de</strong> aconselhamentosobre alimentação <strong>de</strong> lactentes e crianças <strong>da</strong> primeira infância. As ferramentasusa<strong>da</strong>s neste curso são:• Um flipchart (ISBN 92 4 159249 4) para ser usado em seções <strong>de</strong> aconselhamentocom gestantes e/ou mães HIV positivas.• Folhetos para serem levados pelos participantes. O aconselhador <strong>de</strong>ve usar o folhetorelevante, <strong>de</strong> acordo com a <strong>de</strong>cisão <strong>da</strong> mãe, e ensinar a mãe para que elapossa usar o folheto como lembrete, em casa.• Um guia <strong>de</strong> referência (ISBN 92 4 159301 6) que fornece <strong>de</strong>talhes mais técnicos epráticos do que os cartões <strong>de</strong> aconselhamento. Os aconselhadores po<strong>de</strong>m usá-locomo manual.Informações adicionais sobre situações <strong>de</strong> emergência:Guiding principles for feeding infants and young children during emergencies(WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2004)Infant Feeding in Emergencies (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1997c)Infant Feeding in Emergencies, Module 1 (WORLD HEALTH ORGANIZATION etal., 2001)IntroduçãoExibir a imagem Fátima e Miriam- sli<strong>de</strong> 3/1 ou pôster, e apresentar as ‘mães <strong>da</strong>história’.É importante que as pessoas sejam capazes <strong>de</strong> colocar a teoria na prática do dia-adia.Portanto, neste curso, usamos uma história sobre duas mulheres, Fátima e Miriam 5que procuram o hospital. Fátima espera seu primeiro filho e Miriam espera o segundo.Acompanhamos Fátima e Miriam durante suas gestações, os partos <strong>de</strong> seus filhos e osprimeiros dias do pós-parto e analisamos as situações e práticas envolvi<strong>da</strong>s.À medi<strong>da</strong> que avançamos no curso, pense como uma mãe com um bebê veria asinformações e práticas que discutimos.1. Discussão sobre amamentação com gestantes 20 minutos• O Passo 3 dos Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno diz:Informar to<strong>da</strong>s as gestantes sobre os benefícios e o manejo do aleitamento materno.5Use outros nomes <strong>de</strong> acordo com a a<strong>de</strong>quação cultural67


• Em muitas culturas, as mulheres presumem que irão amamentar. Em outras, on<strong>de</strong>há vasta promoção e divulgação <strong>de</strong> substitutos do leite materno, a maioria <strong>da</strong>s mulheres<strong>de</strong>ci<strong>de</strong> se irá ou não amamentar antes do nascimento <strong>de</strong> seu filho. É importanteque os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> orientem as mulheres a respeito do aleitamentomaterno o quanto antes e i<strong>de</strong>ntifiquem mães e bebês que po<strong>de</strong>m apresentar maiorrisco <strong>de</strong> enfrentar dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s relaciona<strong>da</strong>s ao aleitamento materno.• Para que tome uma <strong>de</strong>cisão informa<strong>da</strong> sobre a alimentação <strong>de</strong> seu bebê uma mulherprecisa <strong>de</strong>:- Informações precisas e factuais sobre a importância do aleitamento maternoe sobre os riscos <strong>da</strong> substituição <strong>da</strong> amamentação – não <strong>da</strong> opinião pessoaldo profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> ou informações promocionais <strong>de</strong> uma empresa queven<strong>da</strong> fórmulas.- Compreensão <strong>da</strong>s informações em sua situação específica – isso significa queas informações <strong>de</strong>vem ser passa<strong>da</strong>s em palavras a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s para a mulher e<strong>de</strong>ve haver discussão sobre a informação no seu contexto específico.- Confiança, o que significa trabalhar a confiança <strong>da</strong> mulher em sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> amamentar exclusivamente. Se ela não estiver amamentando, precisater confiança <strong>de</strong> que po<strong>de</strong> encontrar um método <strong>de</strong> substituição a<strong>de</strong>quado <strong>da</strong>amamentação que seja o mais seguro possível na sua situação.- Apoio para realizar sua <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> alimentação. Isso inclui incentivo para alimentar<strong>de</strong> forma bem sucedi<strong>da</strong> seu filho e superar as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s.• A mulher precisa acreditar que po<strong>de</strong> colocar sua <strong>de</strong>cisão em prática. Não é suficienteque o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pense que ofereceu informações ou apoiosuficiente; o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> precisa confirmar com a mulher se suas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>de</strong> informação e apoio foram supri<strong>da</strong>s.Fátima e Miriam estão no ambulatório pré-natal. Enquanto esperam, uma enfermeiraconversa com um grupo <strong>de</strong> gestantes sobre alimentação <strong>de</strong> bebês. Fátima e Miriamescutam a conversa.Discussão em grupo durante a gestaçãoPergunte: Quais vocês consi<strong>de</strong>ram os principais temas a serem incluídos em umadiscussão em grupo sobre alimentação <strong>de</strong> bebês?Espere por algumas respostas dos participantes.Conduza uma discussão em grupoO facilitador apresenta as informações a seguir como se estivesse conduzindo umadiscussão em grupo com gestantes.Por que o aleitamento materno é importante?• O aleitamento materno é importante para crianças, mães e famílias. A amamentaçãoprotege a saú<strong>de</strong> do lactente. Crianças que não foram amamenta<strong>da</strong>s têmmais probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>:- Adoecer ou morrer <strong>de</strong> infecções como diarréia e infecções gastrointestinais epulmonares.68


- Ter peso inferior ao normal e não crescer bem, caso vivam sob circunstâncias<strong>de</strong>sfavoráveis.- Ter sobrepeso ou apresentar problemas cardíacos mais tar<strong>de</strong>, caso vivam emambientes prósperos.• O aleitamento materno é importante para as mães. Mães que não amamentamtêm mais probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>:- Desenvolver anemia e reter a gordura <strong>de</strong>posita<strong>da</strong> durante a gestação, o quepo<strong>de</strong> mais tar<strong>de</strong> levar à obesi<strong>da</strong><strong>de</strong>.- Engravi<strong>da</strong>r logo após o nascimento do bebê.- Desenvolver câncer <strong>de</strong> mama e- Apresentar fraturas <strong>de</strong> quadril com i<strong>da</strong><strong>de</strong> mais avança<strong>da</strong>.• Além disso:- O leite materno tem disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> imediata. Não é necessário comprarna<strong>da</strong> e não é preciso armazenar ou preparar.- O aleitamento materno é simples e não exige o uso <strong>de</strong> equipamentos ou preparação.- Se um bebê não for amamentado, a família precisará comprar leite para substituiçãoe ter tempo disponível para preparar as refeições, além <strong>de</strong> manter oequipamento limpo.- Se um bebê não for amamentado, po<strong>de</strong> ocorrer per<strong>da</strong> <strong>de</strong> ren<strong>da</strong> <strong>de</strong>vido à ausência<strong>de</strong> um dos pais do trabalho para cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong> uma criança doente.• O leite <strong>da</strong> mãe é tudo que o bebê precisa:- A amamentação exclusiva é fortemente recomen<strong>da</strong><strong>da</strong> durante os seis primeirosmeses <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. O bebê não precisa <strong>de</strong> água, outros líquidos ou alimentosnesse período.- A amamentação continua sendo importante após os primeiros 6 meses,quando outros alimentos são oferecidos ao bebê.- O leite <strong>da</strong> mãe é principalmente a<strong>de</strong>quado para o seu próprio bebê e mu<strong>da</strong>dia a dia, mês a mês e a ca<strong>da</strong> mama<strong>da</strong> para suprir as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>le. Obebê <strong>de</strong>scobre os gostos <strong>da</strong> família através dos sabores do leite materno.- O leite <strong>da</strong> mãe é único (especial). O leite humano é um fluido vivo que protegeativamente contra infecções. Fórmulas artificiais não conferem proteçãocontra infecções.Práticas que po<strong>de</strong>m aju<strong>da</strong>r no sucesso do aleitamento materno• As práticas hospitalares po<strong>de</strong>m aju<strong>da</strong>r no sucesso do aleitamento materno, entreas quais:- Ter um acompanhante durante o parto, que po<strong>de</strong> ajudá-la a ficar mais confortávele ter maior controle,69


- Evitar intervenções no trabalho <strong>de</strong> parto e parto como analgésicos se<strong>da</strong>tivose partos cesarianos, a não ser que sejam clinicamente indicados,- Ter contato pele a pele imediatamente após o nascimento, que mantém obebê aquecido e favorece o início precoce <strong>da</strong> amamentação,- Manter o bebê ao seu lado (alojamento conjunto no mesmo quarto ou leito),para que seja fácil e seguro alimentá-lo,- Apren<strong>de</strong>r os sinais <strong>de</strong> fome do bebê, para que a alimentação seja conduzi<strong>da</strong>pelo bebê e não simplesmente siga um horário fixo,- Amamentar com freqüência, o que favorece a produção <strong>de</strong> leite- Amamentação exclusiva sem suplementos, mama<strong>de</strong>iras ou bicos artificiais.• É importante apren<strong>de</strong>r o posicionamento e a pega corretos para o aleitamento;um funcionário <strong>de</strong>ve oferecer aju<strong>da</strong> após o nascimento do bebê. A maioria <strong>da</strong>smulheres é capaz <strong>de</strong> amamentar e haverá aju<strong>da</strong> disponível caso vocês precisem 6 .Informações sobre testagem <strong>de</strong> HIV• To<strong>da</strong>s as gestantes po<strong>de</strong>m receber aconselhamento e testagem voluntária e confi<strong>de</strong>ncialsobre HIV. Se uma mulher for HIV positiva, há risco <strong>de</strong> transmissão parao bebê durante a gestação e o parto, e também pela amamentação. Se a gestantesabe que é HIV positiva, po<strong>de</strong> tomar <strong>de</strong>cisões informa<strong>da</strong>s 7 .• Cerca <strong>de</strong> 5 a 15% (<strong>de</strong> 1 em ca<strong>da</strong> 20 a 1 em ca<strong>da</strong> 7) dos bebês nascidos <strong>de</strong> mulheresHIV são contaminados pelo HIV através <strong>da</strong> amamentação 8 . Isso significa que amaioria dos lactentes nascidos <strong>de</strong> mães HIV positivas não são infectados pelaamamentação.• Em alguns contextos, o risco <strong>de</strong> uma criança contrair doenças ou morrer em virtu<strong>de</strong><strong>de</strong> não ter sido exclusivamente amamenta<strong>da</strong> é maior do que o risco <strong>de</strong> contrairHIV através <strong>da</strong> amamentação. Uma <strong>da</strong>s razões pelas quais o aconselhamentoindividual é tão importante é que ele proporciona às mães as informações <strong>de</strong>que precisam para tomar <strong>de</strong>cisões informa<strong>da</strong>s sobre como alimentar seus bebêsem seus contextos específicos.• A maioria <strong>da</strong>s mulheres não está infecta<strong>da</strong> pelo HIV. O aleitamento materno érecomen<strong>da</strong>do para:- mulheres que não sabem seu status <strong>de</strong> HIV- mulheres HIV negativas.Fim <strong>da</strong> discussão• Durante a discussão em grupo para gestantes, as participantes do grupo que jáamamentaram po<strong>de</strong>m ser chama<strong>da</strong>s a <strong>de</strong>bater suas experiências positivas e i<strong>de</strong>ntificarcausas para os problemas enfrentados por outras mães e como evitá-los.6Discutiremos essas práticas em seções posteriores <strong>de</strong>ste curso7O Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> do Brasil contra-indica a amamentação nos casos <strong>de</strong> mães HIV positiva8Para estimar a porcentagem <strong>de</strong> lactentes em risco <strong>de</strong> contraírem HIV por meio <strong>da</strong> amamentação em uma população, multiplique aprevalência do HIV por 15%. Por exemplo, se 20% <strong>da</strong>s gestantes são HIV positivas e to<strong>da</strong>s as mulheres amamentarem, cerca <strong>de</strong> 3% doslactentes po<strong>de</strong>rão ser infectados pelo aleitamento materno. (WORLD HEALTH ORGANIZATION et al., 2001)70


• As gestantes po<strong>de</strong>m receber mais informações sobre o manejo do aleitamentomaterno, por exemplo, com o uso <strong>de</strong> bonecos para <strong>de</strong>monstrar o posicionamentodo lactente para a amamentação.Pergunte: Como uma gestante po<strong>de</strong> obter aconselhamento e testagem para HIVnesta região?Espere por algumas respostas dos participantes. Ofereça informações adicionaissempre que necessário.Discussão individual durante a gestaçãoFátima vai se consultar com o profissional que a aten<strong>de</strong> durante a gestação. O profissionalnão sabe se Fátima participou <strong>de</strong> discussões em grupo sobre aleitamento maternoe se ela tem alguma pergunta.Pergunte: Como o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> po<strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir se uma gestante sabe <strong>da</strong> importânciado aleitamento materno ou se tem alguma dúvi<strong>da</strong>?Espere por algumas respostas dos participantes.Comece a discussão com uma pergunta aberta.• Comece com uma pergunta aberta, como por exemplo: “O que você sabe sobreamamentação?” Esse tipo <strong>de</strong> pergunta aberta proporciona uma oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>se reforçar uma <strong>de</strong>cisão pela amamentação, discutir eventuais obstáculos que amãe veja para o aleitamento materno e discutir problemas que a mulher tenhaenfrentado em uma amamentação anterior.Pergunte: O que a mãe po<strong>de</strong>ria respon<strong>de</strong>r se você fizer uma pergunta como: “Você vaiamamentar?” ou “Como você preten<strong>de</strong> alimentar seu bebê?”Espere por algumas respostas dos participantes.• Se você perguntar “Você vai amamentar?” é difícil continuar a discussão caso agestante diga que não preten<strong>de</strong> amamentar.Use suas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação para continuar a discussão.• Permita que a gestante discuta suas dúvi<strong>da</strong>s e preocupações sobre a alimentação<strong>de</strong> seu bebê. É importante que a discussão ocorra em mão dupla entre a gestantee o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, ao invés <strong>de</strong> ser um sermão para a mulher.• Se os comentários <strong>da</strong> mulher indicarem que ela já sabe bastante sobre a amamentaçãoexclusiva e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo, você po<strong>de</strong> ecoar as informações e reforçar seuconhecimento. Você não precisa fornecer informações que ela já conheça.• A <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> uma mulher sobre como alimentar seu filho po<strong>de</strong> ser influencia<strong>da</strong>pelo pai, pela avó ou outro familiar do bebê. Po<strong>de</strong> ser útil perguntar: “Das pessoaspróximas a você, quem a aju<strong>da</strong>rá a alimentar seu bebê?” Você po<strong>de</strong> sugerir queum familiar importante para a mulher também participe <strong>da</strong> conversa sobre comoalimentar seu bebê.A discussão no período pré-natal é uma parte importante dos cui<strong>da</strong>dos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>• As discussões individuais sobre aleitamento materno não precisam se esten<strong>de</strong>rmuito. Uma discussão curta e foca<strong>da</strong> <strong>de</strong> três minutos po<strong>de</strong> ser muito útil.71


• Uma gestante po<strong>de</strong> se consultar com diferentes profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> durante agestação. Todos os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> têm um papel importante para a promoçãoe o incentivo ao aleitamento materno. Alguns hospitais usam uma “lista<strong>de</strong> verificação pré-natal” 9 no prontuário <strong>da</strong> mulher para registrar discussões eressaltar pontos que precisam ser discutidos com maior profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> em umaconsulta posterior.(opcional) Distribua uma cópia <strong>da</strong> “lista <strong>de</strong> verificação pré-natal 9 ” para os participantese discuta se ela seria útil em seu ambiente <strong>de</strong> trabalho.2. Preparação <strong>da</strong>s mamas e dos mamilos durante o pré-natal 5 minutosFátima diz a uma vizinha disse que ela <strong>de</strong>ve preparar os mamilos para o aleitamento,já que os seios <strong>de</strong> algumas mulheres não são bons para a amamentação.Pergunte: O que você po<strong>de</strong> dizer para Fátima, que está preocupa<strong>da</strong> com a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> sua mama não ser ‘boa’ para amamentar?Espere por algumas respostas dos participantes.Garanta que a maioria <strong>da</strong>s mulheres amamenta sem problemas.• Outras partes do corpo como orelhas, narizes, <strong>de</strong>dos e pés têm vários tamanhos eformas e ninguém pergunta se as orelhas gran<strong>de</strong>s são melhores do que as pequenas.Mamas e mamilos po<strong>de</strong>m ter aparências diferentes e ain<strong>da</strong> assim funcionarperfeitamente, exceto em casos muito raros.• Práticas pré-natais como o uso <strong>de</strong> sutiã e cremes, massagens nas mamas, exercíciosnos mamilos ou uso <strong>de</strong> conchas para os seios não auxiliam o aleitamento materno.• Práticas para ‘reforçar’ os mamilos esfregando toalhas ásperas, aplicando álcoolsobre os mamilos ou puxando-os não são necessárias e não <strong>de</strong>vem ser encoraja<strong>da</strong>s,pois po<strong>de</strong>m causar <strong>da</strong>nos à pele e a músculos muito pequenos que aju<strong>da</strong>m aamamentação.Informações adicionais para o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>:• O exame <strong>da</strong>s mamas durante a gestação po<strong>de</strong> ser útil caso usado para:- Ressaltar para a mulher que seus seios estão crescendo, que há mais fluxosangüíneo para eles e alterações <strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> e que esses são sinais <strong>de</strong> queseu corpo está se preparando para a amamentação,- Verificar cirurgias anteriores <strong>de</strong> tórax ou mama, traumas ou outros problemas(como caroços na mama),- Conversar com a mãe sobre importância e utili<strong>da</strong><strong>de</strong> do auto-exame <strong>de</strong> mamas.• O exame <strong>de</strong> mamas durante a gestação po<strong>de</strong> ser <strong>da</strong>noso caso usado para julgar seos mamilos ou mamas <strong>de</strong> uma mulher são a<strong>de</strong>quados ou não para o aleitamentomaterno. É muito raro que uma mulher seja incapaz <strong>de</strong> amamentar <strong>de</strong>vido à forma<strong>de</strong> suas mamas ou seus mamilos.9Há um exemplo <strong>de</strong> lista <strong>de</strong> verificação pré-natal no final <strong>de</strong>sta seção.72


• O preparo pré-natal i<strong>de</strong>al é usar o tempo para discutir o conhecimento <strong>da</strong> mulher,suas crenças e sentimentos sobre amamentação e trabalhar a confiança <strong>da</strong>mulher em sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> amamentar exclusivamente seu bebê.3. Mulheres que precisam <strong>de</strong> atenção adicional 10 minutosPergunte: Quais são as gestantes que talvez precisem <strong>de</strong> mais aconselhamento eincentivo em relação à alimentação <strong>de</strong> seus filhos?Espere por algumas respostas.• I<strong>de</strong>ntifique mulheres com preocupações especiais. Aju<strong>de</strong> as mulheres a conversaremsobre questões que possam afetar seus planos para a alimentação <strong>de</strong> seus bebês.Disponha-se a conversar também com familiares importantes, se necessário,para que incentivem a mulher. Uma mulher po<strong>de</strong> precisar <strong>de</strong> aconselhamento eapoio especiais se:- Teve dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> para amamentar um filho anterior, <strong>de</strong>sistiu e rapi<strong>da</strong>mentecomeçou a usar fórmulas infantis ou nunca iniciou a amamentação.- Precisa passar tempo longe do bebê porque trabalha fora ou freqüenta a escola.Garanta às mulheres que elas po<strong>de</strong>m amamentar mesmo nestes casos. 10- Tem alguma dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> na família. Aju<strong>de</strong>-a a i<strong>de</strong>ntificar familiares não incentivadorese tente se encontrar com eles para discutir suas preocupações.- Está <strong>de</strong>primi<strong>da</strong>.- Está isola<strong>da</strong>, sem apoio social.- É jovem ou mãe solteira.- Preten<strong>de</strong> entregar o bebê para adoção.- Foi submeti<strong>da</strong> a cirurgia nas mamas ou passou por trauma que po<strong>de</strong>ria interferircom a produção <strong>de</strong> leite.- Tem uma doença crônica ou precisa tomar remédios. 11- Há alto risco <strong>de</strong> seu bebê precisar <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos especiais após o parto, ou temgestação gemelar.- Foi testa<strong>da</strong> e é HIV positiva.• Em geral, não há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se interromper o aleitamento materno do bebêmais velho durante uma gestação posterior. Se a mulher tem histórico <strong>de</strong> partoprematuro ou apresenta contrações uterinas durante a amamentação, ela <strong>de</strong>vediscutir isso com seu médico. Assim como to<strong>da</strong>s as gestantes, a mãe que amamentae está grávi<strong>da</strong> precisa cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong> si mesma, comendo bem e <strong>de</strong>scansando.Às vezes as mamas ficam mais dolori<strong>da</strong>s ou o leite parece diminuir no segundotrimestre <strong>da</strong> gestação; mas essas não são razões em si para a interrupção do aleitamentomaterno.• Havendo ou não falta <strong>de</strong> comi<strong>da</strong> na família, o leite materno po<strong>de</strong> ser uma importanteparte <strong>da</strong> dieta <strong>da</strong> criança na primeira infância. Se o aleitamento materno10A continuação <strong>da</strong> amamentação quando há separações será discuti<strong>da</strong> na Seção 11.11Doenças maternas e aleitamento materno serão discutidos na Seção 13.73


for interrompido a criança po<strong>de</strong> correr riscos, principalmente se não houver alimentos<strong>de</strong> fonte animal na dieta. A alimentação <strong>da</strong> mãe é a forma mais eficiente<strong>de</strong> se nutrir a ela própria, o feto e o lactente. Deve-se sempre evitar a interrupçãoabrupta do aleitamento materno.• Se uma gestante consi<strong>de</strong>ra que é impossível conseguir amamentar exclusivamente,converse com ela sobre suas preocupações. Você po<strong>de</strong> sugerir que ela comececom a amamentação exclusiva. Se for difícil <strong>de</strong>mais continuar, tendo em vista seucontexto, algum aleitamento é melhor do que nenhum – a não ser que a mãe sejaHIV positiva. O aleitamento misto traz maior risco <strong>de</strong> transmissão do HIV doque a amamentação exclusiva.• Se uma mãe não estiver amamentando por razões médicas como HIV ou por <strong>de</strong>cisãoinforma<strong>da</strong>, é importante que ela saiba alimentar seu filho. Essas mulheresprecisam <strong>de</strong> conversas individuais sobre a substituição a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> <strong>da</strong> amamentaçãoe <strong>de</strong> aju<strong>da</strong> para apren<strong>de</strong>r a preparar os alimentos.4. Discussão com mulheres HIV soropositivas no pré-natal 10 minutos• Proporcione a to<strong>da</strong> gestante aconselhamento e testagem <strong>de</strong> HIV. Mulheres soropositivasprecisam <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos e atenção especiais durante a gestação.• No caso <strong>de</strong> mulheres HIV positivas, a recomen<strong>da</strong>ção brasileira relativa à alimentação<strong>de</strong> lactentes é não amamentar.Projetar sli<strong>de</strong> 3/2.• O i<strong>de</strong>al é que a mulher receba as primeiras orientações sobre alimentação <strong>de</strong> lactentesdurante o pré-natal, apesar <strong>de</strong> ser possível que algumas não saibam sua sorologiaaté <strong>de</strong>pois do parto ou quando seus bebês já tenham alguns meses <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>.• A mulher HIV positiva também precisará conversar sobre evitar o aleitamentomisto e cui<strong>da</strong>dos <strong>de</strong> suas mamas até que não produza mais leite. 12Pergunte: On<strong>de</strong> uma mulher HIV positiva po<strong>de</strong> obter aconselhamento sobre alimentação<strong>de</strong> lactentes nesta região?Espere por algumas respostas. Ofereça informações adicionais sempre que necessário.Informações <strong>de</strong>talha<strong>da</strong>s sobre o aconselhamento <strong>de</strong> mulheres HIV positivas, comoajudá-las a <strong>de</strong>cidir quanto a suas opções alimentares e apren<strong>de</strong>r a colocar essa opçãoem prática são encontra<strong>da</strong>s nos cursos oferecidos pela OMS/UNICEF: Aconselhamentosobre alimentação infantil e HIV: um curso <strong>de</strong> treinamento, ou o Curso integrado<strong>de</strong> aconselhamento sobre alimentação <strong>de</strong> lactentes e crianças <strong>da</strong> primeira infância. Acapacitação para aconselhar as mulheres já testa<strong>da</strong>s e cientes <strong>de</strong> serem HIV positivasé ofereci<strong>da</strong> aos profissionais que receberam treinamento em aconselhamento em alimentação<strong>de</strong> lactentes 13 .12O cui<strong>da</strong>do com as mamas <strong>de</strong> uma mulher que não amamenta é discutido numa seção posterior.13O Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> do Brasil contra-indica a amamentação nos casos <strong>de</strong> mãe HIV positiva.74


5. Discussão <strong>de</strong> aleitamento materno com gestante 50 minutosExplique a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> – 5 minutosMais adiante os participantes terão uma prática clínica, na qual conversarão comgestantes. Esta ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> é uma preparação para a prática clínica.Divi<strong>da</strong> os participantes em grupos <strong>de</strong> três. Uma pessoa <strong>de</strong>sempenha o papel <strong>de</strong>‘gestante’, outra <strong>de</strong> ‘profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>’ e a terceira é o ‘observador’. O profissional<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> ouve a gestante e suas opiniões e preocupações sobre aleitamento materno.O ‘profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>’ conversa com a gestante sobre a importância do aleitamentomaterno e algumas práticas que aju<strong>da</strong>m o início do aleitamento materno nos primeirosdias. A “lista <strong>de</strong> verificação pré-natal” po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r o ‘profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>’ a lembrardos pontos a serem discutidos. 14O ‘observador’ <strong>de</strong>ve ficar atento e anotar quando o ‘profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>’:• Usar perguntas abertas para estimular a mulher a falar,• Respon<strong>de</strong>r à mulher repetindo o que ela diz ou com elogios e usar outras habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>de</strong> aconselhamento apropria<strong>da</strong>s,• Oferecer informações corretas <strong>de</strong> forma facilmente compreensível, incluindoa importância do aleitamento materno para a mãe e o bebê, e algumas informaçõessobre porque as práticas são recomen<strong>da</strong><strong>da</strong>s,• Proporcionar oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s para que a mulher faça perguntas ou discutirmais profun<strong>da</strong>mente as informações.Em segui<strong>da</strong> as três pessoas discutem as habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s usa<strong>da</strong>s e as informações obti<strong>da</strong>s.Prática em duplas – 30 minutosA ca<strong>da</strong> cinco minutos, aproxima<strong>da</strong>mente, peça aos participantes que troquem <strong>de</strong>papel para que todos representem ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong>les. Os facilitadores acompanham osgrupos para ver se estão conseguindo realizar a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>.Discussão – 10 minutosComo as mulheres po<strong>de</strong>m conversar sobre aleitamento materno se há tempo limitadonos serviços <strong>de</strong> pré-natal ou se elas não comparecem ao ambulatório?Quando são apropria<strong>da</strong>s e viáveis as conversas individuais?Quando <strong>de</strong>ve ocorrer a realização <strong>de</strong> discussões em grupo?Se elas forem realiza<strong>da</strong>s, como o serviço <strong>de</strong> pré-natal po<strong>de</strong> garantir que as gestantestenham acesso a to<strong>da</strong>s as informações <strong>de</strong> que precisam sobre a alimentação <strong>de</strong> seusbebês?O que você diz a uma mulher que você sabe ser HIV positiva sobre a alimentação<strong>de</strong> seu bebê?E se a mulher não quiser ouvir as informações?Verifique se os participantes têm dúvi<strong>da</strong>s. Resuma a seção.14A “lista <strong>de</strong> verificação pré-natal” encontra-se no final <strong>de</strong>sta seção.75


Resumo <strong>da</strong> Seção 3• Uma gestante precisa compreen<strong>de</strong>r que:- a amamentação é importante para ela e para seu bebê;- a amamentação exclusiva é recomen<strong>da</strong><strong>da</strong> durante os seis primeiros meses <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>;- a amamentação freqüente continua a ser importante após a introdução <strong>de</strong>alimentos complementares;- práticas como contato pele a pele após o parto, início precoce <strong>da</strong> amamentação,alojamento conjunto, amamentação freqüente guia<strong>da</strong> pelo bebê, bomposicionamento e pega e amamentação exclusiva sem suplementos são benéficase po<strong>de</strong>m aju<strong>da</strong>r o aleitamento materno;- ela tem acesso a apoio.• O preparo pré-natal i<strong>de</strong>al é aquele que trabalha a confiança <strong>da</strong> mulher em suacapaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> amamentar. A preparação <strong>de</strong> mamas e mamilos no pré-natal não énecessária e po<strong>de</strong> ser <strong>da</strong>nosa.• Algumas mulheres precisarão <strong>de</strong> atenção especial caso tenham tido experiênciasanteriores mal sucedi<strong>da</strong>s com o aleitamento materno ou caso tenham maior risco<strong>de</strong> enfrentar dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s.• O aconselhamento e a testagem voluntária e confi<strong>de</strong>ncial <strong>de</strong> HIV <strong>de</strong>vem ser oferecidosa to<strong>da</strong>s as gestantes.• Uma mulher HIV positiva precisa <strong>de</strong> aconselhamento individual para ajudá-la a<strong>de</strong>cidir a melhor forma <strong>de</strong> alimentar seu bebê <strong>de</strong> modo que seja aceitável, factível,acessível, sustentável e segura (AFASS) em suas circunstâncias 15 .Verificação <strong>de</strong> conhecimentosListe duas razões pelas quais a amamentação exclusiva é importante para a criança.Liste duas razões pelas quais a amamentação exclusiva é importante para a mãe.Quais informações você precisa discutir com uma mulher durante a gestação que aaju<strong>da</strong>rão a alimentar seu bebê?Liste duas práticas <strong>de</strong> pré-natal que são úteis para o aleitamento materno e duaspráticas <strong>da</strong>nosas.Se uma mulher fizer o teste <strong>de</strong> HIV e se <strong>de</strong>scobrir soropositiva, on<strong>de</strong> ela po<strong>de</strong> obteraconselhamento em alimentação <strong>de</strong> lactentes?15O Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> do Brasil contra-indica a amamentação nos casos <strong>de</strong> mãe HIV positiva76


Lista <strong>de</strong> verificação <strong>de</strong> pré-natal – alimentação <strong>de</strong> lactentesTodos os pontos a seguir <strong>de</strong>vem ser discutidos com to<strong>da</strong>s as gestantes até a 32ªsemana <strong>de</strong> gestação. O profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que discutir essas informações com asmulheres <strong>de</strong>ve assinar e <strong>da</strong>tar o formulário.Nome:Data provável <strong>de</strong> nascimento:TópicoImportância <strong>da</strong> amamentação exclusivapara o bebê (protege contramuitas doenças como infecçõespulmonares, diarréia, otites; aju<strong>da</strong> obebê a crescer e se <strong>de</strong>senvolver bem;é tudo que o bebê precisa comer nosprimeiros 6 meses, o leite mu<strong>da</strong> <strong>de</strong>acordo com as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do bebê,bebês não amamentados têm maiorrisco <strong>de</strong> ficar doentes)Importância do aleitamento maternopara a mãe (protege contra câncer<strong>de</strong> mama e fraturas <strong>de</strong> quadril maistar<strong>de</strong>, aju<strong>da</strong> a mãe a estreitar os laçoscom o bebê, a alimentação artificialcusta dinheiro)Importância do contato pele a peleimediatamente após o parto (mantémo bebê calmo e aquecido, promovea criação <strong>de</strong> laços afetivos,aju<strong>da</strong> a <strong>da</strong>r início ao aleitamentomaterno)Importância do bom posicionamentoe <strong>da</strong> pega correta (aju<strong>da</strong> o bebê areceber bastante leite e a mãe a evitarmamilos e mamas doloridos. Aju<strong>da</strong>para apren<strong>de</strong>r como amamentar estádisponível em…)Começando “com o pé direito”- Alimentação guia<strong>da</strong> pelo bebê- Saber reconhecer quando o bebêestá recebendo leite suficiente- Importância do alojamento conjuntoe <strong>de</strong> manter o bebê por perto- Problemas com o uso <strong>de</strong> bicos echupetasNão são necessários outros alimentosou líquidos nos primeiros 6 meses<strong>de</strong> vi<strong>da</strong>- apenas o leite <strong>da</strong> mãeDiscutido ou anotarque a mãe <strong>de</strong>clinou aconversaAssinaturaDatacontinua77


continuaçãoA importância <strong>de</strong> continuar a amamentaçãoapós os 6 meses <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> e<strong>da</strong> introdução <strong>de</strong> outros alimentosRiscos e perigos <strong>de</strong> não amamentar- Per<strong>da</strong> <strong>de</strong> proteção contra enfermi<strong>da</strong><strong>de</strong>se doenças crônicas- Contaminação, erros <strong>de</strong> preparo- Custos- Dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> reverter a <strong>de</strong>cisão<strong>de</strong> não amamentarOutros assuntos discutidos e necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> acompanhamento ou encaminhamentoa outros serviços:Informações adicionais - Seção 3Discussão pré-natal• As orientações forneci<strong>da</strong>s durante o pré-natal são ain<strong>da</strong> mais importantes nocaso <strong>de</strong> materni<strong>da</strong><strong>de</strong>s com hospitalização <strong>de</strong> até 24 horas, já que há pouco tempoapós o parto para se apren<strong>de</strong>r sobre aleitamento materno. Durante consultas <strong>de</strong>pré-natal, profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>scobrir o que as mulheres já sabemsobre aleitamento materno e começar a orientá-las no manejo do aleitamentomaterno.• A<strong>de</strong>mais, a mulher precisa ter confiança <strong>de</strong> que será capaz <strong>de</strong> amamentar. Issosignifica conversar sobre suas preocupações e sobre práticas que auxiliam o estabelecimentodo aleitamento materno.• Gestantes não são crianças numa escola que precisam <strong>de</strong> um professor. Adultosapren<strong>de</strong>m melhor quando as informações são relevantes para suas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s,se conseguem relacioná-las com outras informações que já conhecem e quandopo<strong>de</strong>m conversar com outras pessoas no grupo. A discussão em grupo tambémpo<strong>de</strong> ser uma forma útil <strong>de</strong> falar sobre questões culturais como vergonha na frente<strong>de</strong> homens, medo <strong>de</strong> ficar com o corpo feio, preocupações sobre não po<strong>de</strong>rficar longe do bebê se estiver amamentando, o que pensam os pais ou parceiros, oequilíbrio entre trabalhos domésticos e fora <strong>de</strong> casa com a alimentação do bebê.Alguns tópicos po<strong>de</strong>m ser mais fáceis <strong>de</strong> discutir em grupos <strong>de</strong> apoio na comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>do que em seções individuais com um profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.• Lembre-se <strong>de</strong> incluir mulheres interna<strong>da</strong>s durante a gestação tanto nas discussõesindividuais como nas <strong>de</strong> grupo.• Se for provável que o bebê precise <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos especiais após o nascimento, porexemplo, se espera que seja prematuro, é bom conversar com a gestante commaior profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> sobre a importância do aleitamento materno para seu bebê esobre o apoio disponível para ajudá-la a alimentar seu bebê em uni<strong>da</strong><strong>de</strong> especial.• Infelizmente, algumas mulheres não comparecem a muitas consultas <strong>de</strong> pré-natale, quando comparecem, po<strong>de</strong> haver pouco tempo para discussões.78


• Se alguma mulher perguntar, po<strong>de</strong>m-se fornecer informações sobre as diferençasentre o leite materno e as fórmulas infantis 16 e os custos relacionados ao uso <strong>de</strong>fórmulas.• As seções <strong>de</strong> pré-natal em grupo NÃO são lugares para se ensinar o preparo <strong>de</strong>fórmulas.A importância <strong>da</strong> amamentação e do leite materno• A amamentação é importante para a saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> crianças e mulheres tanto a curtoquanto a longo prazo. Tanto a ação <strong>de</strong> amamentar como a composição do leitematerno são importantes.O ato <strong>de</strong> amamentar• O ato <strong>de</strong> amamentar aju<strong>da</strong> no <strong>de</strong>senvolvimento não apenas <strong>da</strong> mandíbula <strong>da</strong>criança como <strong>de</strong> músculos como a língua e os músculos <strong>da</strong> trompa <strong>de</strong> Eustáquio.Esse <strong>de</strong>senvolvimento:- Reduz a incidência <strong>de</strong> otites;- Auxilia na clareza <strong>da</strong> fala;- Protege contra cáries <strong>de</strong>ntárias e reduz o risco <strong>de</strong> problemas ortodônticos.• Os lactentes parecem conseguir regular sozinhos a ingestão <strong>de</strong> leite. Isso po<strong>de</strong> terefeito futuro sobre a regulação do apetite e a obesi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Esse controle <strong>de</strong> apetitenão parece ocorrer no caso <strong>da</strong> oferta <strong>de</strong> leite em mama<strong>de</strong>ira ou quando a alimentaçãoé controla<strong>da</strong> por quem oferece o alimento, e não pelo bebê.• O aleitamento materno também proporciona calor, proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> e contato, quepo<strong>de</strong>m aju<strong>da</strong>r o <strong>de</strong>senvolvimento físico e emocional <strong>da</strong> criança. Mães que amamentamtêm menor probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> abandonar ou maltratar seus bebês.O leite materno é importante para as crianças• O leite humano:- Fornece a nutrição i<strong>de</strong>al para suprir as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> crescimento e <strong>de</strong>senvolvimentodo lactente;- Protege contra muitas infecções e po<strong>de</strong> prevenir alguns óbitos <strong>de</strong> lactentes;- Reduz o risco <strong>de</strong> alergias e doenças como diabetes juvenil em famílias comhistórico <strong>de</strong>ssas doenças;- Programa mecanismos corporais que po<strong>de</strong>m auxiliar a regulação <strong>da</strong> pressãosangüínea e a redução <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> obesi<strong>da</strong><strong>de</strong> posteriormente.- Tem disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> imediata, sem necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> preparo.• O leite <strong>da</strong> própria mãe é o mais a<strong>de</strong>quado ao seu bebê e mu<strong>da</strong> <strong>de</strong> acordo com asalterações <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> criança.• Muitos dos efeitos do aleitamento materno são ‘responsivos à dose’ (ou doseresposta).Isso quer dizer que quanto mais aleitamento materno exclusivo e maisprolongado, maior e mais benefícios.16Lembre-se <strong>de</strong> usar o leite materno como o i<strong>de</strong>al ou padrão e comparar fórmulas para lactentes com o leite materno,ao invés <strong>de</strong> comparar o leite materno com as fórmulas. As fórmulas po<strong>de</strong>m apresentar alto conteúdo <strong>de</strong> um ingredienteespecífico, mas isso não significa que um nível elevado seja melhor do que o presente no leite materno.79


• Crianças que não são amamenta<strong>da</strong>s ou que não recebem leite materno po<strong>de</strong>m termaiores risco <strong>de</strong>:- Contrair infecções diarréicas e do trato gastrointestinal, infecções respiratóriase urinárias,- Desenvolver eczema e outras doenças atópicas,- Desenvolver enterocolite necrotizante, no caso <strong>de</strong> lactentes prematuros,- Menor <strong>de</strong>senvolvimento e <strong>de</strong>sempenho educacional, reduzindo assim o potencial<strong>da</strong> criança,- O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> diabetes mellitus juvenil <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> insulina, pressãoarterial mais eleva<strong>da</strong> e obesi<strong>da</strong><strong>de</strong> infantil, que são marcadores <strong>de</strong> doençacardíaca posterior,- Óbito na infância.• Os perigos <strong>de</strong> não amamentar atingem to<strong>da</strong>s as circunstâncias sociais e econômicas.Muitos estudos indicam que uma criança não amamenta<strong>da</strong> que viva emcondições com falta <strong>de</strong> higiene e com circulação <strong>de</strong> doenças tem entre seis e 25vezes mais probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> morrer <strong>de</strong> diarréia e quatro vezes mais probabili<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> morrer <strong>de</strong> pneumonia do que lactentes amamentados. Esses riscos são ain<strong>da</strong>menores quando a amamentação é exclusiva.• Se todos os bebês fossem exclusivamente amamentados <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o nascimento até osseis meses <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, estima-se que aproxima<strong>da</strong>mente 1,3 milhão <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>s seriampoupa<strong>da</strong>s em todo o mundo e milhões <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>s seriam melhora<strong>da</strong>s a ca<strong>da</strong> ano.O aleitamento materno é importante para mães, famílias e comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s.• Em comparação com mulheres que amamentam, a ausência do aleitamento maternopo<strong>de</strong> aumentar o risco <strong>de</strong>:- Câncer <strong>de</strong> mama e algumas formas <strong>de</strong> câncer <strong>de</strong> ovário,- Fraturas <strong>de</strong> quadril em i<strong>da</strong><strong>de</strong> mais avança<strong>da</strong>,- Retenção <strong>da</strong> gordura <strong>de</strong>posita<strong>da</strong> durante a gestação, o que po<strong>de</strong> mais tar<strong>de</strong>acarretar obesi<strong>da</strong><strong>de</strong>,- Anemia <strong>de</strong>vido à não contração do útero após o parto e rápido retorno <strong>da</strong>menstruação,- Gestações freqüentes <strong>de</strong>vido à ausência do efeito <strong>de</strong> espaçamento <strong>de</strong> gestaçõespropicia<strong>da</strong>s pelo aleitamento materno,- Menos oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s para que a mãe fique próxima do seu bebê.• As famílias também são afeta<strong>da</strong>s. Quando um bebê não é amamentado po<strong>de</strong>ocorrer:- Per<strong>da</strong> <strong>de</strong> ren<strong>da</strong> <strong>de</strong>vido à ausência <strong>de</strong> um dos pais do trabalho para cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong>uma criança doente,80- Maior gasto <strong>da</strong> família para comprar e preparar alimentos artificiais além <strong>de</strong>tempo adicional necessário para <strong>da</strong>r a alimentação e gastos adicionais com asdoenças <strong>da</strong> criança.


- Preocupação sobre falta <strong>de</strong> fórmula para lactente ou com um bebê doente.• Crianças não amamenta<strong>da</strong>s têm mais doenças e, portanto, usam mais os serviços<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Os custos com seus cui<strong>da</strong>dos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> são mais elevados, tantoenquanto lactentes quanto quando mais velhos. Além disso, lactentes saudáveistornam-se adultos saudáveis e inteligentes que contribuem para o bem-estar <strong>de</strong>sua comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>.Os riscos <strong>de</strong> não amamentar• Os riscos <strong>de</strong> não amamentar estão relacionados à:- carência dos elementos protetores do leite materno, o que eleva a incidência<strong>de</strong> doenças, além <strong>da</strong>- ausência do equilíbrio i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> nutrientes, como, por exemplo, dos nutrientesnecessários para o crescimento cerebral e o amadurecimento intestinal.• A<strong>de</strong>mais, o uso dos substitutos do leite materno envolve alguns perigos, entre os quais:- A fórmula po<strong>de</strong> estar contamina<strong>da</strong> por erro <strong>de</strong> fabricação,- A fórmula po<strong>de</strong> usar ingredientes não seguros ou po<strong>de</strong> não ter ingredientesvitais,- A água usa<strong>da</strong> para lavar mama<strong>de</strong>iras ou preparar a fórmula po<strong>de</strong> estar contamina<strong>da</strong>,- Erros na mistura <strong>da</strong> fórmula, para mais ou para menos, po<strong>de</strong>m causar doençasnos lactentes,- As famílias po<strong>de</strong>m diluir a fórmula para fazer com que dure mais tempo,- fórmula po<strong>de</strong> ser ofereci<strong>da</strong> a um bebê que chora, o que po<strong>de</strong> levar a sobrepesoe à interpretação <strong>de</strong> que o alimento serve como consolo para a tristeza,- Água e chás po<strong>de</strong>m ser oferecidos ao invés do leite materno ou <strong>da</strong> fórmula,fazendo com que menos leite seja consumido e haja menor ganho <strong>de</strong> peso,- A compra <strong>de</strong> fórmulas infantis implica em gastos <strong>de</strong>snecessários para a famíliae em menos comi<strong>da</strong> para outros integrantes <strong>da</strong> família,- Gestações freqüentes po<strong>de</strong>m sobrecarregar a família e a socie<strong>da</strong><strong>de</strong>,- Os custos hospitalares com funcionários e suprimentos são maiores em virtu<strong>de</strong><strong>de</strong> mais volume <strong>de</strong> tratamentos <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.• Alguns dos riscos relacionados ao uso <strong>de</strong> substitutos do leite materno po<strong>de</strong>m serreduzidos com a atenção a maneira <strong>de</strong> usar – os elementos <strong>de</strong> preparação e higiene.No entanto, permanecem as diferenças <strong>de</strong> constituição entre o leite maternoe as fórmulas infantis.Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> opcional – será necessário tempo adicionalPergunte aos participantes se eles sabem qual é o custo gerado pelo uso <strong>de</strong> substitutosdo leite materno durante 6 meses. A Planilha 3.1 ao final <strong>de</strong>sta seção po<strong>de</strong> serusa<strong>da</strong> para discutir isso em maior profundi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Não há tempo <strong>de</strong>stinado para estadiscussão nesta seção.81


Discussão com to<strong>da</strong> a turmaExiste diferença em dizer “bebês amamentados po<strong>de</strong>m ter menos doenças” ou “bebêsnão amamentados po<strong>de</strong>m ter mais doenças”?Explique que na primeira opção está implícita a informação que doenças são normaisem bebês e que bebês amamentados têm menos doenças do que as taxas normaisobserva<strong>da</strong>s em bebês não amamentados. A segun<strong>da</strong> opção sugere que o aleitamentomaterno é a regra e que não amamentar traz riscos.Como você respon<strong>de</strong>ria a um colega que diz “você vai fazer as mães se sentirem malse disser que há perigo em não amamentar”?Os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> não hesitam em dizer às mulheres que há risco caso fumemdurante a gestação ou se fizerem o parto com uma pessoa sem treinamentoou ain<strong>da</strong> se <strong>de</strong>ixarem o lactente sozinho em casa. Há muitos riscos para um bebêsobre os quais alertamos as mulheres a evitar. As mulheres têm o direito <strong>de</strong> saber oque é melhor para seu bebê e po<strong>de</strong>m ficar irrita<strong>da</strong>s caso as informações não sejamrevela<strong>da</strong>s.A amamentação em situações <strong>de</strong> emergência• Ca<strong>da</strong> vez mais, mães e lactentes são afetados por situações <strong>de</strong> emergência emtodo o mundo. Desastres naturais como terremotos, tempesta<strong>de</strong>s e enchentes,além <strong>de</strong> conflitos armados <strong>de</strong>slocam milhões <strong>de</strong> famílias e cortam suas ligaçõescom suprimentos <strong>de</strong> alimento habituais.• Em muitos casos, o problema imediato <strong>de</strong> se garantir alimentos é complicado porsurtos <strong>de</strong> doenças como cólera, difteria e malária após interrupção do abastecimento<strong>de</strong> energia, água e serviços <strong>de</strong> captação <strong>de</strong> esgoto.• Nessas situações <strong>de</strong> emergência, o aleitamento materno, principalmente a amamentaçãoexclusiva, é a forma mais segura e muitas vezes a única fonte confiável<strong>de</strong> alimento para lactentes e crianças <strong>de</strong> primeira infância. Ele proporciona tantoa nutrição como a proteção contra doenças, além <strong>de</strong> não ter custo financeiro nemexigir água para o preparo.• A mãe não precisa <strong>de</strong> calma total para amamentar. Muitas mulheres amamentamfacilmente em situações <strong>de</strong> extremo estresse. Algumas mulheres consi<strong>de</strong>ram aamamentação calmante, que as aju<strong>da</strong> a li<strong>da</strong>r com o estresse. No entanto, o estressepo<strong>de</strong> reduzir a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> produção <strong>da</strong> mulher, por isso é importantecriar áreas seguras em ambientes <strong>de</strong> emergência, nas quais gestantes e lactantespossam se reunir para incentivar uma a outra. Se profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> foremincentivadores e trabalharem a confiança <strong>da</strong> mãe, isso po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r seu leite a fluirbem.• Qualquer lactente que não seja amamentado corre gran<strong>de</strong> risco em uma situação<strong>de</strong> emergência. Suas mães <strong>de</strong>vem ser encaminha<strong>da</strong>s para uma avaliação completa<strong>de</strong> risco, para relactação, se possível, e outros incentivos necessários.As características exclusivas do leite materno• O leite materno tem mais <strong>de</strong> 200 elementos conhecidos e outros ain<strong>da</strong> não i<strong>de</strong>ntificados.Os mamíferos produzem leites específicos para as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> sua82


espécie – bezerros crescem rápido com gran<strong>de</strong>s músculos e ossos, bebês humanoscrescem lentamente com rápido <strong>de</strong>senvolvimento cerebral.• O leite <strong>da</strong> mãe é produzido especialmente para o seu bebê. Ele se altera para oferecernutrição a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do bebê. O colostro e o leite materno sãoa<strong>da</strong>ptados à i<strong>da</strong><strong>de</strong> gestacional e o leite materno maduro mu<strong>da</strong> a ca<strong>da</strong> mama<strong>da</strong>, aca<strong>da</strong> dia e a ca<strong>da</strong> mês para suprir as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do bebê. O leite humano é umfluido vivo que protege ativamente contra infecções.Como o leite materno confere proteção• O sistema imunológico <strong>da</strong> criança não está totalmente <strong>de</strong>senvolvido ao nascer eleva três anos ou mais para se <strong>de</strong>senvolver completamente. O leite materno proporcionaproteção ao bebê <strong>de</strong> várias maneiras:- Quando a mãe é exposta a uma infecção, seu corpo produz anticorpos (substânciasque combatem infecções) contra essa infecção. Esses anticorpos sãopassados para o bebê pelo do leite materno.- O leite <strong>da</strong> mãe estimula o sistema imunológico do bebê.- Fatores no leite materno aju<strong>da</strong>m o crescimento <strong>da</strong>s pare<strong>de</strong>s celulares do intestinodo bebê, aju<strong>da</strong>ndo assim o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma barreira contra microrganismose alérgenos e também aju<strong>da</strong>ndo a reparar <strong>da</strong>nos causados por infecções.- Os glóbulos brancos presentes no leite materno são capazes <strong>de</strong> <strong>de</strong>struir bacté rias.- Alguns componentes do leite materno também previnem que microrganismosse fixem às pare<strong>de</strong>s <strong>da</strong>s células. Quando isso acontece, esses microorganismosnão interferem no organismo do bebê.- O crescimento <strong>de</strong> bactérias benéficas no organismo do bebê amamentado (lactobacillusbifidus) <strong>de</strong>ixa pouco espaço para o crescimento <strong>de</strong> bactérias <strong>da</strong>nosas.- Não há nutrientes disponíveis para o crescimento <strong>de</strong> bactérias <strong>da</strong>nosas, porexemplo, a lactoferrina se liga ao ferro evitando que bactérias causadoras <strong>de</strong>doenças usem esse ferro para se multiplicar.• As fórmulas artificiais não contêm células vivas, anticorpos ou fatores vivos contrainfecções e não po<strong>de</strong>m proteger o bebê contra infecções <strong>de</strong> forma ativa.O que é o leite maternoColostro: o primeiro leite• O colostro é produzido nas mamas a partir do sétimo mês <strong>de</strong> gestação e duranteos primeiros dias após o nascimento. A aparência do colostro é grossa, pegajosae <strong>de</strong> cor clara a amarela<strong>da</strong>.• O colostro age como uma ‘tinta’, revestindo o sistema digestivo do bebê para protegê-lo.Caso água ou alimentos artificiais sejam oferecidos ao bebê, parte <strong>de</strong>ssacama<strong>da</strong> po<strong>de</strong> ser removi<strong>da</strong>, permitindo que infecções entrem no organismo dobebê. O colostro é a primeira imunização do bebê contra muitas bactérias e vírus.O colostro aju<strong>da</strong> a formação <strong>de</strong> bactérias boas no intestino do bebê.83


• O colostro é perfeito como primeiro alimento para bebês, com mais proteínas evitamina A do que o leite materno maduro. O colostro age como laxante e aju<strong>da</strong>o bebê a eliminar o mecônio (as primeiras fezes escuras e pegajosas). Isso aju<strong>da</strong> aprevenir a icterícia.• O colostro é produzido em quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s muito pequenas. Isso é bom para o estômagomuito pequeno do bebê e para os rins imaturos que não conseguem li<strong>da</strong>rcom gran<strong>de</strong> volume <strong>de</strong> líquidos. Recém-nascidos amamentados não <strong>de</strong>vem receberágua ou água glicosa<strong>da</strong> a não ser que isso seja clinicamente indicado.Leite materno prematuro• O leite <strong>de</strong> uma mãe que dê a luz antes <strong>de</strong> 37 semanas <strong>de</strong> gestação, o leite maternoprematuro, tem mais proteína, níveis mais elevados <strong>de</strong> alguns minerais comoferro, e mais proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s imunológicas do que o leite maduro, tornando-o maisa<strong>de</strong>quado às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> um bebê prematuro.• O leite <strong>da</strong> mãe po<strong>de</strong> ser usado antes mesmo do bebê ser capaz <strong>de</strong> mamar. A mãepo<strong>de</strong> tirar seu leite, que po<strong>de</strong> ser usado para alimentar o bebê com um copinho,colher ou tubo.Leite materno maduro• O leite materno maduro contém todos os principais nutrientes – proteína, carboidratos,gordura, vitaminas, minerais e água nas quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s necessárias parao bebê. Ele se altera <strong>de</strong> acordo com o horário do dia, tempo <strong>de</strong> mama<strong>da</strong>, necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>sdo bebê e doenças com as quais a mãe teve contato.• Os componentes do leite materno fornecem nutrientes e substâncias que aju<strong>da</strong>mna digestão, crescimento, <strong>de</strong>senvolvimento e oferecem proteção contra infecções.O leite materno continua a oferecer esses nutrientes, proteção e outros benefíciosà medi<strong>da</strong> que a criança cresce; os componentes não <strong>de</strong>saparecem <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> certai<strong>da</strong><strong>de</strong>.Nutrientes no leite maternoProteínas• A quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> proteínas no leite materno é perfeita para o crescimento do lactentee seu <strong>de</strong>senvolvimento cerebral. Ele é fácil <strong>de</strong> digerir e po<strong>de</strong>, portanto, rapi<strong>da</strong>mentefornecer nutrientes para o bebê. As fórmulas artificiais têm proteínasdiferentes <strong>da</strong>quelas do leite humano, que po<strong>de</strong>m ser difíceis <strong>de</strong> digerir e exigir<strong>de</strong>mais do organismo do bebê. Alguns bebês po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>senvolver intolerância àsproteínas <strong>da</strong> fórmula e apresentar exantemas, diarréia e outros sintomas. O nível<strong>de</strong> proteína no leite materno não é afetado pelo consumo alimentar <strong>da</strong> mãe.Gorduras• As gorduras são a principal fonte <strong>de</strong> energia (calorias) para o lactente. Enzimasno leite materno (lipase) iniciam a digestão <strong>da</strong> gordura, <strong>de</strong> modo que ela estarárapi<strong>da</strong>mente disponível para o bebê como energia.• A gordura no leite materno contém ácidos graxos <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ias muito longas, i<strong>de</strong>aispara o crescimento cerebral e o <strong>de</strong>senvolvimento dos olhos, além <strong>de</strong> colesterol e84


vitaminas. O nível elevado <strong>de</strong> colesterol po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r o organismo do lactente a<strong>de</strong>senvolver mecanismos para li<strong>da</strong>r com o colesterol durante to<strong>da</strong> a vi<strong>da</strong>.• O nível <strong>de</strong> gordura é baixo no leite do início <strong>da</strong> mama<strong>da</strong> e mata a se<strong>de</strong> do bebê. Onível <strong>de</strong> gordura é mais alto no leite do fim <strong>da</strong> mama<strong>da</strong> e traz sacie<strong>da</strong><strong>de</strong>. O conteúdo<strong>de</strong> gordura po<strong>de</strong> variar <strong>de</strong> mama<strong>da</strong> para mama<strong>da</strong>.• Fórmulas artificiais não se alteram durante a mama<strong>da</strong> e não têm enzimas digestivas.Fórmulas artificiais têm pouco ou nenhum colesterol. Algumas marcas po<strong>de</strong>mter acréscimo <strong>de</strong> ácidos graxos provenientes <strong>de</strong> óleos <strong>de</strong> peixe, gordura <strong>de</strong>ovos ou fontes vegetais.• O tipo <strong>de</strong> gordura no leite materno po<strong>de</strong> ser afetado pela dieta <strong>da</strong> mãe. Se a mãetem uma dieta rica em gorduras poliinsatura<strong>da</strong>s, seu leite será rico em gorduraspoliinsatura<strong>da</strong>s. To<strong>da</strong>via, a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> total <strong>de</strong> gordura no leite não é afeta<strong>da</strong>pela dieta <strong>da</strong> mãe, a não ser que ela seja gravemente <strong>de</strong>snutri<strong>da</strong> e não tenha <strong>de</strong>pósitos<strong>de</strong> gordura.Carboidratos• A lactose é o principal carboidrato no leite materno. Ela é produzi<strong>da</strong> na mama eé constante durante todo o dia. A lactose auxilia na absorção <strong>de</strong> cálcio, fornececombustível para o crescimento cerebral e retar<strong>da</strong> o crescimento <strong>de</strong> organismos<strong>da</strong>nosos no intestino. Ela é digeri<strong>da</strong> lentamente. A presença <strong>de</strong> lactose nas fezes<strong>de</strong> um bebê amamentado não é sinal <strong>de</strong> intolerância.• Nem to<strong>da</strong>s as fórmulas artificiais contêm lactose. Os efeitos <strong>de</strong> se alimentar lactentessaudáveis com substitutos do leite materno sem lactose não são conhecidos.Ferro• A quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ferro no leite materno é pequena. No entanto, ele é bem absorvidono intestino do bebê exclusivamente amamentado, em parte porque o leitematerno tem fatores especiais <strong>de</strong> transferência que aju<strong>da</strong>m esse processo. O nível<strong>de</strong> ferro adicionado a fórmulas é elevado por não ser bem absorvido. O ferro exce<strong>de</strong>ntepo<strong>de</strong> alimentar o crescimento <strong>de</strong> bactérias <strong>da</strong>nosas.• A anemia por <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> ferro é rara nos primeiros 6 a 8 meses <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> em bebêsexclusivamente amamentados que nasceram saudáveis e a termo, sem clampeamentoprecoce do cordão umbilical.Água• O leite materno é muito rico em água. Um bebê que mama sempre que <strong>de</strong>seja nãoprecisa <strong>de</strong> água suplementar mesmo em climas quentes e secos. O leite maternonão sobrecarrega os rins do bebê e o bebê não retém fluidos <strong>de</strong>snecessários.• Oferecer água ou outros líquidos como chá po<strong>de</strong> interromper a produção <strong>de</strong> leitematerno, diminuir a ingestão <strong>de</strong> nutrientes pelo bebê e aumentar o risco <strong>de</strong> infecçõesno lactente.85


Sabor• O sabor do leite materno é afetado pelo que a mãe come. A variação <strong>de</strong> saborpo<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r o bebê a se acostumar com os sabores dos alimentos <strong>da</strong> família efacilitar a transição para esses alimentos após os 6 meses <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>. As fórmulasartificiais têm o mesmo sabor em to<strong>da</strong>s as mama<strong>da</strong>s e durante todo o período<strong>da</strong> mama<strong>da</strong>. O sabor <strong>da</strong> fórmula não está relacionado com alimentos que o bebêcomerá quando for mais velho.A amamentação exclusiva durante os 6 primeiros meses <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>• A amamentação exclusiva fornece todos os nutrientes e água que o bebê precisapara crescer e se <strong>de</strong>senvolver nos primeiros 6 meses <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. Isso quer dizer atéo final <strong>de</strong> 6 meses completos, ou seja, 26 semanas ou 180 dias, não ao início dosexto mês.• Amamentação exclusiva quer dizer que nenhum outro tipo <strong>de</strong> alimento ou líquidoalém do leite materno é oferecido ao bebê. Vitaminas, suplementos mineraisou medicamentos po<strong>de</strong>m ser administrados, caso necessários. A maioria dos lactentesmuito novos exclusivamente amamentados mama pelo menos oito a dozevezes em 24 horas, incluindo as mama<strong>da</strong>s <strong>da</strong> noite.• Fatores que interferem na amamentação exclusiva:- O bebê recebe alimentos ou líquidos além do leite materno.- O bebê usa chupeta/bico.- Limites são impostos ao número <strong>de</strong> mama<strong>da</strong>s.- Limites são impostos ao tempo <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> mama<strong>da</strong>.• Após os 6 meses <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, as crianças <strong>de</strong>vem receber alimentos complementaresalém do leite materno. O leite materno continua a ser importante, muitas vezescorrespon<strong>de</strong>ndo a um terço ou até meta<strong>de</strong> <strong>da</strong>s calorias ingeri<strong>da</strong>s pela criança atéos 12 meses <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve continuar até dois ou mais anos.Recomen<strong>da</strong>ções relativas à amamentação para mulheres HIV soropositivas• Se uma mulher for HIV positiva, há risco <strong>de</strong> transmissão para o bebê durante a gestaçãoe o parto, e também durante o aleitamento materno. Cerca <strong>de</strong> 5 a 15% (<strong>de</strong> 1para ca<strong>da</strong> 20, a 1 para ca<strong>da</strong> 7) dos bebês nascidos <strong>de</strong> mulheres HIV positivas ficaráHIV positivo através <strong>da</strong> amamentação. 17 Para evitar esse risco, as mães po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>cidirevitar completamente o aleitamento materno ou amamentar exclusivamente eparar assim que seja viável a substituição a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> <strong>da</strong> amamentação.• Em alguns contextos, o risco <strong>de</strong> não se realizar a amamentação exclusiva é igualou maior do que o risco <strong>de</strong> transmissão do HIV através do aleitamento materno.Em parte, é por isso que o aconselhamento individual é tão importante.• No caso <strong>de</strong> mulheres HIV positivas a recomen<strong>da</strong>ção do Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> doBrasil é não amamentar.17Para estimar a porcentagem <strong>de</strong> lactentes em risco <strong>de</strong> adquirirem HIV através <strong>da</strong> amamentação na população, multiplique a prevalênciado HIV por 15%. Por exemplo, se 20% <strong>da</strong>s gestantes são HIV positivas e to<strong>da</strong>s as mulheres amamentarem, cerca <strong>de</strong> 3% dos lactentespo<strong>de</strong>rão ser infectados pelo aleitamento materno. (Alimentação <strong>de</strong> lactentes em emergências, Módulo 1)86


• A maioria <strong>da</strong>s mulheres não está infecta<strong>da</strong> pelo HIV. O aleitamento materno érecomen<strong>da</strong>do para:- mulheres que não sabem qual é o seu status <strong>de</strong> HIV e- mulheres HIV negativas.• Se não for possível realizar o teste <strong>de</strong> HIV, to<strong>da</strong>s as mães <strong>de</strong>vem amamentar. Arecomen<strong>da</strong>ção para a população em geral é que o aleitamento materno <strong>de</strong>ve serprotegido, promovido e apoiado.Discussão com to<strong>da</strong> a turmaO que você po<strong>de</strong>ria respon<strong>de</strong>r a um colega que diz: “seria melhor que to<strong>da</strong>s as mãescom risco <strong>de</strong> serem HIV positivas fossem aconselha<strong>da</strong>s a não amamentar, assimmais bebês seriam protegidos”.Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> opcional: O custo <strong>de</strong> não amamentarO Código Internacional <strong>de</strong> Comercialização dos Substitutos do Leite Materno solicitaa todos os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que conheçam as implicações financeiras <strong>da</strong> <strong>de</strong>cisão<strong>de</strong> não amamentar, e que as informem aos pais. Você as conhece? Esta planilhase baseia em uma ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> treinamento do UNICEF/OMS 18 e foi simplifica<strong>da</strong> <strong>de</strong>modo a incluir somente os custos diretos do preparo do alimento. O valor <strong>da</strong> amamentaçãotranscen<strong>de</strong> os primeiros 6 meses mas, para facilitar os cálculos, esta tabelasó contabiliza os primeiros 6 meses.Custos com leiteUma lata <strong>de</strong> fórmula infantil custa _____________ para ca<strong>da</strong> _________ gramas.Durante os primeiros 6 meses, são necessários cerca <strong>de</strong> 20 kg <strong>de</strong> fórmula para lactentesem pó.Isso custará ________________- Custo <strong>de</strong> fórmula para lactente ____________Custo do combustívelSeguindo as instruções do rótulo, a mãe <strong>de</strong>ve oferecer cerca <strong>de</strong> _____ porções <strong>de</strong>leite artificial durante os primeiros 6 meses. ____ litros <strong>de</strong> água serão fervidos <strong>de</strong> acordocom essas porções, além <strong>da</strong> água adicional para aquecimento e lavagem ______(aprox. 1 litro por mama<strong>da</strong> para lavagem e aquecimento). O custo para se ferver umlitro <strong>de</strong> água ______ x _____ litros por dia, multiplicado por 180 dias é <strong>de</strong> _____.Custo do combustível _______Tempo <strong>da</strong> mãe ou do cui<strong>da</strong>dor:Seguindo as instruções do rótulo, o responsável <strong>de</strong>ve preparar as mama<strong>da</strong>s ____ vezespor dia e o preparo leva ____ minutos ca<strong>da</strong> vez, ou um total <strong>de</strong> ___ horas por dia.Custo <strong>de</strong> se preparar mama<strong>da</strong>s artificiais para um bebê durante 6 meses _______.A ren<strong>da</strong> mínima <strong>de</strong> uma enfermeira é __________________________________A ren<strong>da</strong> mínima <strong>de</strong> uma operária é ____________________________________18A<strong>da</strong>ptado <strong>de</strong> Armstrong (1992, p. 43). Outras ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s sobre o custo <strong>de</strong> não amamentar po<strong>de</strong>m ser encontra<strong>da</strong>s em Aconselhamentoem Alimentação Infantil e HIV: um curso <strong>de</strong> treinamento (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE; FUNDO DAS NAÇÕESUNIDAS PARA A INFÂNCIA; PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A AIDS, 2000, Seção 13).87


A alimentação artificial durante 6 meses custa ________ % do salário <strong>de</strong> uma enfermeirae ________ % do salário <strong>de</strong> uma operária. O tempo <strong>de</strong>stinado a preparar asfórmulas infantis ain<strong>da</strong> mantém a mãe longe <strong>de</strong> outras ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s familiares ou geradoras<strong>de</strong> ren<strong>da</strong>.A ausência do aleitamento materno também implica em custos <strong>de</strong> longo prazo. Oscustos com tratamentos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> aumentam com a ausência <strong>da</strong> amamentação, afetandoa família, os serviços sociais e <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e os contribuintes. Não é possível estimarum valor monetário para o custo psicológico <strong>de</strong> doenças ou <strong>da</strong> morte <strong>de</strong> um bebê ou<strong>da</strong> mãe (apesar <strong>de</strong> reconhecer-se que é muito elevado), seja por infecção agu<strong>da</strong> oudoença crônica.O uso <strong>de</strong> mama<strong>de</strong>iras não é recomen<strong>da</strong>do porque é muito difícil mantê-las limpas.No entanto, caso sejam usa<strong>da</strong>s, os custos adicionais são:Custo <strong>de</strong> equipamento____ mama<strong>de</strong>iras a ______ ca<strong>da</strong>, custam Mama<strong>de</strong>iras _________________________ bicos a ______ ca<strong>da</strong>, custam Bicos ____________________________________ escovas para limpar mama<strong>de</strong>iras a______ca<strong>da</strong>, custam Escovas__________Custo <strong>da</strong> esterilizaçãoCusto:____por dia do uso <strong>de</strong> soluções químicas x 180 dias. Esterilização _______Se a esterilização química for utiliza<strong>da</strong>, será necessário um litro a mais <strong>de</strong> água paraenxaguar as mama<strong>de</strong>iras e bicos antes do uso. (Ou calcule o custo <strong>de</strong> outros métodoscomo fervura <strong>de</strong> mama<strong>de</strong>iras e bicos.)Seção 4: Proteção do aleitamento maternoObjetivos <strong>da</strong> seção:Ao final <strong>de</strong>sta seção os participantes <strong>de</strong>vem ser capazes <strong>de</strong>:1. Discutir os efeitos <strong>da</strong> propagan<strong>da</strong> sobre práticas <strong>de</strong> alimentação 5 minutos<strong>de</strong> lactentes;2. Resumir os pontos centrais do Código Internacional <strong>de</strong> Comer- 15 minutoscialização <strong>de</strong> Substitutos do Leite Materno;3. Descrever ações que profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>vem tomar para pro- 5 minutosteger as famílias <strong>da</strong> propagan<strong>da</strong> <strong>de</strong> substitutos do leite materno;4. Resumir os cui<strong>da</strong>dos necessários para o uso <strong>de</strong> doações <strong>de</strong> subs- 5 minutostitutos do leite materno em situações <strong>de</strong> emergência;5. Discutir como respon<strong>de</strong>r a práticas <strong>de</strong> propagan<strong>da</strong>.15 minutosTempo total <strong>da</strong> seção45 minutosMateriais:Sli<strong>de</strong> 4/1: Figura <strong>de</strong> mães no ambulatório pré-natalSli<strong>de</strong> 4/2: Objetivos do Código88


Reúna exemplos <strong>de</strong> propagan<strong>da</strong> <strong>de</strong> substitutos do leite materno volta<strong>da</strong>s para mães eprofissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>Reúna exemplos <strong>de</strong> presentes/brin<strong>de</strong>s que as empresas oferecem para os profissionais<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>Leitura adicional para os facilitadores:Código Internacional <strong>de</strong> Comercialização dos Substitutos do Leite Materno (WORLDHEALTH ORGANIZATION, 1981) e Resoluções relevantes <strong>da</strong> AMS em: .The International Co<strong>de</strong> of Marketing of Breast-milk Substitutes. A common reviewand evaluation framework (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1996c)Infant Feeding During Emergencies – training manual. www.ennonline.netProtecting Infant Health. A Health Workers’ Gui<strong>de</strong> to the International Co<strong>de</strong> of Marketingof Breastfeeding Substitutes (ALLAIN, 2002)IntroduçãoProjetar figura 1, Miriam e Fátima, e conte a história.Miriam espera seu segundo bebê. O primeiro filho <strong>de</strong> Miriam nasceu em outrohospital.No outro hospital, ela recebeu folhetos coloridos sobre o uso <strong>de</strong> fórmulas infantis, incluindocupons <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconto, durante a gestação. Ela também recebeu uma lata <strong>de</strong> fórmulae uma mama<strong>de</strong>ira com bico <strong>de</strong> ótima quali<strong>da</strong><strong>de</strong> quando recebeu alta após o parto.1. Os efeitos <strong>da</strong> propagan<strong>da</strong> sobre práticas <strong>de</strong> alimentação <strong>de</strong> lactentes 5 minutosPergunte: Quais po<strong>de</strong>m ser os efeitos <strong>de</strong>sses brin<strong>de</strong>s sobre as <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> alimentaçãodo bebê <strong>de</strong> Miriam?Espere por algumas respostas.• A propagan<strong>da</strong> e a promoção <strong>de</strong> substitutos comerciais <strong>de</strong> leite materno po<strong>de</strong> prejudicaro aleitamento materno e contribuiu <strong>de</strong> forma substancial para a reduçãomundial <strong>de</strong> aleitamento materno.- Peça aos participantes que mencionem algumas maneiras pelas quais substitutosdo leite materno são promovidos, divulgados ou comercializados nomercado local. Abaixo está uma lista <strong>de</strong> verificação para você; só mencioneessas estratégias caso os participantes não o façam.89


Lista <strong>de</strong> verificação <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> propagan<strong>da</strong>• propagan<strong>da</strong> em televisão e rádio• propagan<strong>da</strong> em jornais e revistas• propagan<strong>da</strong>s em outdoors• sites promocionais na internet• ofertas especiais• preços reduzidos• envio <strong>de</strong> cartas a gestantes e mães• cupons <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconto• linhas telefônicas <strong>de</strong> atendimento• pôsteres, calendários etc. em consultórios médicos e hospitais• indicações <strong>de</strong> médicos e enfermeiros• brin<strong>de</strong>s grátis• amostras grátis• ven<strong>da</strong>s casa<strong>da</strong>s (leve leite para adulto, ganhe uma formula infantil)• materiais educacionais• rótulos atraentes• As mulheres não serão capazes <strong>de</strong> tomar <strong>de</strong>cisões informa<strong>da</strong>s sobre alimentação<strong>de</strong> lactentes se receberem informações parciais e incorretas. Uma empresa forneceinformações sobre seus productos com o objetivo <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r mais, portantoempresas não são fontes imparciais <strong>de</strong> informações.• A<strong>de</strong>mais, se boas informações ou educação sobre aleitamento materno não atingirema socie<strong>da</strong><strong>de</strong> como um todo, nem mesmo mulheres bem informa<strong>da</strong>s receberãoo incentivo pessoal e social fun<strong>da</strong>mental para a amamentação exclusiva.Famílias, amigos e profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mal informados po<strong>de</strong>m prejudicar aconfiança até <strong>de</strong> uma mulher bem informa<strong>da</strong>; conselhos conflitantes e pressõessutis po<strong>de</strong>m levá-la a duvi<strong>da</strong>r <strong>de</strong> sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> amamentar seu bebê.2. O Código Internacional <strong>de</strong> Comercialização dos Substitutos do 15 minutosLeite Materno• Um <strong>Hospital</strong> <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança cumpre o Código Internacional <strong>de</strong> Comercializaçãodos Substitutos do Leite Materno (o Código). O Código Internacionalfoi aprovado em 1981pela Assembléia Mundial <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> (AMS) e seus Estadosmembroscomo um dos Passos para proteger a amamentação e proteger a minoria<strong>de</strong> lactentes que po<strong>de</strong> necessitar <strong>de</strong> alimentação artificial. Resoluções subseqüentes(aproxima<strong>da</strong>mente a ca<strong>da</strong> 2 anos) também são aprova<strong>da</strong>s na AMS e têmo mesmo grau <strong>de</strong> relevância do Código.90


• O Código Internacional não é uma lei, é uma recomen<strong>da</strong>ção basea<strong>da</strong> no julgamentodo coletivo <strong>de</strong> membros do organismo internacional <strong>de</strong> mais alto nível naárea <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, a Assembléia Mundial <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>Projetar sli<strong>de</strong> 4/2 e ler em voz alta os pontos a seguir.• O fun<strong>da</strong>mento do Código Internacional <strong>de</strong> Comercialização dos Substitutos doLeite Materno é a nutrição segura e a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> <strong>de</strong> todos os lactentes. Para atingirmosessa meta <strong>de</strong>vemos:- Proteger, promover e apoiar a amamentação.- Garantir que substitutos do leite materno (SLM) sejam usados <strong>de</strong> formaapropria<strong>da</strong> quando necessário.- Oferecer informações a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s sobre alimentação <strong>de</strong> lactentes- Proibir a propagan<strong>da</strong> ou qualquer outra forma <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> SLM.• O Código não tem a pretensão <strong>de</strong> forçar as mulheres a amamentarem contra suavonta<strong>de</strong>, ele visa a garantir que todos recebam informações imparciais e corretassobre a alimentação <strong>de</strong> lactentes.• O Código também protege lactentes alimentados artificialmente ao garantirque a escolha <strong>de</strong> productos seja imparcial, científica e que proteja a saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssascrianças. O Código garante que rótulos tragam avisos e instruções para o preparocorreto, <strong>de</strong> modo que sejam preparados <strong>de</strong> forma segura caso sejam usados.• O Código <strong>de</strong>ixa claro que a fabricação <strong>de</strong> SLM e a disponibilização <strong>de</strong> productosseguros e apropriados são práticas aceitáveis, mas sua promoção nos mol<strong>de</strong>s <strong>da</strong>spropagan<strong>da</strong>s <strong>da</strong> maior parte dos productos <strong>de</strong> consumo é inaceitável.O Código e a sua implementação local• Os Estados-membros (países) se comprometeram a implementar o Código, maspo<strong>de</strong>m fazê-lo <strong>da</strong> forma que consi<strong>de</strong>rarem melhor tendo em vista suas circunstâncias.Se um Estado-membro usa leis para aplicar práticas <strong>de</strong> proteção à saú<strong>de</strong>,po<strong>de</strong>m tornar seu Código uma lei, mas se seu costume é emitir <strong>de</strong>cretos do chefe<strong>de</strong> Estado ou produzir diretrizes a nível ministerial, também po<strong>de</strong>m fazê-lo.• O Código foi adotado como padrão MÍNIMO e se espera que os Estados-membrosimplementem seus princípios básicos e reforcem suas diretrizes <strong>de</strong> acordocom as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> sua socie<strong>da</strong><strong>de</strong>. Eles po<strong>de</strong>m fortalecer o Código <strong>da</strong> formaque lhes parecer a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> para proteger a saú<strong>de</strong> e a sobrevi<strong>da</strong> <strong>de</strong> lactentes e crianças<strong>de</strong> primeira infância, mas não po<strong>de</strong>m enfraquecê-lo ou omitir diretrizes.• A responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> pelo monitoramento <strong>da</strong> aplicação do Código é dos governos,porém fabricantes e distribuidores, grupos profissionais e ONGs <strong>de</strong>vem colaborarcom os governos. O monitoramento <strong>de</strong>ve se,r isento <strong>de</strong> influências comerciais.Mencione leis, <strong>de</strong>cretos ou outras implementações do Código Internacional adota<strong>da</strong>spelo país.91


Productos contemplados pelo Código (abrangência do Código)• O Código se aplica à comercialização e práticas relaciona<strong>da</strong>s dos seguintes productos:- substitutos do leite materno, incluindo fórmulas infantis;- outros <strong>de</strong>rivados <strong>de</strong> leite, alimentos (cereais) e bebi<strong>da</strong>s (chás e sucos parabebês), quando comercializados ou apresentados como a<strong>de</strong>quados para usocomo substituição parcial ou total do leite materno;- mama<strong>de</strong>iras e bicos.• Segundo as recomen<strong>da</strong>ções para a alimentação i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> lactentes, as crianças <strong>de</strong>vemser exclusivamente amamenta<strong>da</strong>s durante os primeiros seis meses <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>.Isso significa que qualquer outro alimento ou bebi<strong>da</strong> oferecido a elas antes <strong>de</strong>ssai<strong>da</strong><strong>de</strong> substituirá o leite materno e é, portanto, um substituto do leite materno.• Após os seis meses <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, qualquer alimento que substitua a porção <strong>de</strong> leite <strong>da</strong>dieta <strong>de</strong> uma criança, que i<strong>de</strong>almente seria preenchi<strong>da</strong> pelo leite materno, é umsubstituto do leite materno, como por exemplo, leites <strong>de</strong> seguimento ou cereaispromovidos para uso em mama<strong>de</strong>iras.• O Código não:- Proíbe a produção e disponibilização <strong>de</strong> substitutos do leite materno,- Afeta o uso apropriado <strong>de</strong> alimentos complementares após os seis meses <strong>de</strong>i<strong>da</strong><strong>de</strong>.Promoção e oferta <strong>de</strong> informações• Os rótulos dos productos <strong>de</strong>vem afirmar claramente a superiori<strong>da</strong><strong>de</strong> do aleitamentomaterno, a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> consulta a um profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e um alertapara os perigos à saú<strong>de</strong>. Eles não po<strong>de</strong>m conter figuras <strong>de</strong> bebês ou outras figurasou textos que i<strong>de</strong>alizem o uso <strong>de</strong> fórmulas para lactentes.• A propagan<strong>da</strong> <strong>de</strong> substitutos do leite materno para o público não é permiti<strong>da</strong>pelo Código.• As empresas po<strong>de</strong>m fornecer informações necessárias para profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>sobre os ingredientes e usos <strong>de</strong> seus productos. Essa informação <strong>de</strong>ve ser científicae factual, não material <strong>de</strong> propagan<strong>da</strong>. Essas informações sobre o productonão <strong>de</strong>vem ser <strong>da</strong><strong>da</strong>s às mães.• Se materiais educacionais forem fornecidos aos pais, eles <strong>de</strong>vem explicar:- a importância do aleitamento materno,- os perigos à saú<strong>de</strong> associados à alimentação com mama<strong>de</strong>ira,- os custos do uso <strong>de</strong> fórmulas para lactentes 19 e- a dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se reverter a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> não amamentar.19Mencione o custo <strong>de</strong> se usar fórmulas para lactentes, caso tenha sido calculado.92


Amostras e suprimentos• Não <strong>de</strong>ve haver suprimentos gratuitos ou <strong>de</strong> baixo custo <strong>de</strong> substitutos do leitematerno em qualquer parte do sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. As uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>vemcomprar pequenas quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> fórmula necessária para bebês não amamentadosatravés <strong>de</strong> canais regulares <strong>de</strong> distribuição.• Amostras grátis não <strong>de</strong>vem ser ofereci<strong>da</strong>s às mães, suas famílias ou a profissionais<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Não é permitido <strong>da</strong>r pequenas quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> fórmula para asmães como presentes ou brin<strong>de</strong>s na alta hospitalar ou na comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, uma vezque essas amostras encorajam o uso <strong>de</strong>sses productos.• Às vezes o governo compra substitutos do leite materno para distribuir gratuitamenteou a preços baixos para mães ou responsáveis com fins <strong>de</strong> assistênciasocial, (por exemplo, mães HIV positivas). Neste caso, o suprimento <strong>de</strong>ve sersustentado <strong>de</strong> forma confiável para ca<strong>da</strong> lactente durante todo o tempo que olactente precisar.• Os suprimentos oferecidos a bebês não <strong>de</strong>vem ser condicionados a doações. Doaçõespo<strong>de</strong>m parar a qualquer momento e o bebê ficaria sem a fórmula. Um bebênão amamentado precisa <strong>de</strong> 20 kg <strong>de</strong> fórmula em pó nos seis primeiros meses <strong>de</strong>vi<strong>da</strong> e <strong>de</strong> substitutos a<strong>de</strong>quados do leite materno até completar dois anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>.• Todos os produtos <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong> alta quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e levar em consi<strong>de</strong>ração as condiçõesclimáticas e <strong>de</strong> armazenamento no país on<strong>de</strong> são usados. Produtos fora <strong>da</strong><strong>da</strong>ta <strong>de</strong> vali<strong>da</strong><strong>de</strong> não <strong>de</strong>vem ser distribuídos.3. Como os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m proteger as famílias <strong>da</strong>propagan<strong>da</strong>Como a promoção é canaliza<strong>da</strong> através <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>5 minutosPeça aos participantes que citem algumas formas como os substitutos do leite maternosão promovidos, divulgados ou comercializados em hospitais e uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>saú<strong>de</strong>. Abaixo está uma lista <strong>de</strong> verificação para você; só mencione métodos <strong>de</strong> propagan<strong>da</strong>caso os participantes não o façam.93


Lista <strong>de</strong> verificação <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> propagan<strong>da</strong> ou promoção comercial para osistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>• Amostras grátis• Suprimentos gratuitos a hospitais e profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>• Pequenos brin<strong>de</strong>s como canetas, blocos <strong>de</strong> prescrição, tabelas <strong>de</strong> crescimento,calendários, pôsteres e equipamentos médicos <strong>de</strong> custo pouco elevado.• Presentes como incubadoras, máquinas, refrigeradores, condicionadores <strong>de</strong> arou computadores.• Presentes institucionais como o projeto arquitetônico <strong>de</strong> hospitais, organização<strong>de</strong> eventos ou serviços jurídicos.• Presentes pessoais como viagens <strong>de</strong> férias, eletrodomésticos, refeições e entretenimento.• Patrocínio a hospitais, clínicas ou projetos e associações <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.• Recursos para apoio a pesquisa e salários.• Apoio para comparecimento a eventos profissionais e para associações profissionais.• Patrocínio financeiro <strong>de</strong> estu<strong>da</strong>ntes e presença <strong>de</strong> representantes <strong>de</strong> empresasem estabelecimentos <strong>de</strong> treinamento em saú<strong>de</strong>, que po<strong>de</strong>m incluir até mesmopalestras em cursos <strong>de</strong> alimentação <strong>de</strong> lactentes.• Patrocínio <strong>de</strong> conferências, seminários e publicações.• Propagan<strong>da</strong>s em periódicos e publicações semelhantes, informes publicitáriosque parecem informações, mas são propagan<strong>da</strong>.• Relatórios <strong>de</strong> pesquisas que na reali<strong>da</strong><strong>de</strong> são materiais promocionais.• Relações amigáveis que encorajam profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> a se sentirem simpáticosà empresa, como envio <strong>de</strong> cartões ou oferta <strong>de</strong> doces ou outros alimentospara os funcionários no trabalho.• Relações <strong>de</strong> proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> com ministérios <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> e seus funcionários.• Visitas <strong>de</strong> representantes <strong>de</strong> empresas a médicos na prática particular, instituições<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e ministérios.Pergunte: O que é possível fazer para proteger bebês e suas famílias <strong>de</strong> práticas publicitárias?Espere por algumas respostas.O que profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m fazer:• Os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m, individualmente ou <strong>de</strong> forma organiza<strong>da</strong>, aju<strong>da</strong>ra proteger os lactentes e suas mães <strong>da</strong> propagan<strong>da</strong>. Eles po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem:- Remover pôsteres que promovam fórmulas infantis, chás, sucos ou cereaispara bebês, mama<strong>de</strong>iras e bicos, além <strong>de</strong> recusar novos pôsteres.- Não aceitar brin<strong>de</strong>s grátis <strong>de</strong> empresas.94


- Não aceitar que sejam distribuídos brin<strong>de</strong>s, amostras grátis ou folhetos para as mães.- Eliminar o ensino <strong>de</strong> preparação <strong>de</strong> fórmula infantil no grupo pré-natal paragestantes, principalmente se conduzido por funcionários <strong>da</strong>s empresas.- Realizar ensino particular e individual do uso <strong>de</strong> fórmula caso um bebê preciseusá-la.- Relatar infrações ao Código (e/ou leis locais) para as autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s relevantes.- Aceitar apenas informações sobre productos para seu próprio conhecimentoe que sejam científicas e factuais, não material <strong>de</strong> propagan<strong>da</strong>.• Os hospitais <strong>de</strong>vem seguir o Código Internacional e Resoluções subseqüentespara ser reconhecido como <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança.4. Doações em situações <strong>de</strong> emergência; 5 minutos 5 minutos• No caso <strong>de</strong> emergências, os recursos básicos necessários para uma alimentaçãoartificial segura, como água limpa e combustível, são parcos ou inexistentes. Tentarrealizar alimentação artificial em tais situações aumenta o risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>snutrição,doença e óbito. Além disso, crianças pequenas não amamenta<strong>da</strong>s per<strong>de</strong>mseus efeitos protetores e são muito mais vulneráveis a infecções e doenças.• No caso <strong>de</strong> emergências, as doações <strong>de</strong> fórmulas para lactentes, alimentos e mama<strong>de</strong>iraspo<strong>de</strong>m vir <strong>de</strong> muitas fontes, inclusive <strong>de</strong> pequenos grupos ou indivíduosbem intencionados, porém mal informados. A cobertura <strong>da</strong> imprensa po<strong>de</strong>ter levado esses doadores a acreditarem que as mulheres não serão capazes <strong>de</strong>amamentar durante a crise.• Essas doações <strong>de</strong>vem ser recusa<strong>da</strong>s, uma vez que po<strong>de</strong>m resultar em:- Envio <strong>de</strong> fórmulas para lactentes em excesso, o que po<strong>de</strong> fazer com que bebêsque não precisam <strong>de</strong> fórmulas infantis recebam alimentação artificial, além<strong>de</strong> problemas <strong>de</strong> armazenamento e <strong>da</strong> formação <strong>de</strong> lixo pelo <strong>de</strong>scarte <strong>de</strong> fórmulase embalagens.- Propagan<strong>da</strong> <strong>de</strong> marcas que as mães possam achar ser recomen<strong>da</strong><strong>da</strong>s.- Doações <strong>de</strong> fórmulas fora <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta <strong>de</strong> vali<strong>da</strong><strong>de</strong> ou ina<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s, tornando-asperigosas para uso.• Outros possíveis problemas:- Ausência <strong>de</strong> instruções para o preparo <strong>da</strong>s fórmulas nas línguas locais.- Envio <strong>de</strong> mama<strong>de</strong>iras e bicos, apesar <strong>de</strong> a alimentação com copo ser recomen<strong>da</strong><strong>da</strong>em emergências.Perigos adicionais do suprimento ilimitado em emergências• Se houver disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> gran<strong>de</strong> e <strong>de</strong>scontrola<strong>da</strong> <strong>de</strong> suprimentos <strong>de</strong> fórmulaspara lactentes, po<strong>de</strong> ocorrer o efeito <strong>de</strong> contaminação. Efeito <strong>de</strong> contaminaçãosignifica que mães que optariam por amamentar per<strong>de</strong>m a confiança e passam a<strong>de</strong>snecessariamente usar a alimentação artificial.95


• Os lactentes e suas famílias tornam-se <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>da</strong>s fórmulas. Se o suprimentogratuito não é confiável, eles ficam em risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>snutrição, além dos riscospara a saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>vido à alimentação artificial.• Gran<strong>de</strong>s doações po<strong>de</strong>m ser provenientes <strong>de</strong> empresas que, através <strong>de</strong> doações<strong>de</strong> fórmula a uma área em crise, preten<strong>de</strong>m criar um novo mercado para ven<strong>da</strong>posterior <strong>de</strong> seus productos para a população atingi<strong>da</strong> pela emergência ou pelapopulação que recebeu a doação.• Se for impossível evitar as doações, elas <strong>de</strong>vem ser usa<strong>da</strong>s para o preparo <strong>de</strong> alimentoscozidos ou mingaus para crianças mais velhas ou ain<strong>da</strong> como estímulopara a relactação ou para induzir a lactação.5. Como respon<strong>de</strong>r a promoções comerciais ou práticas <strong>de</strong> propagan<strong>da</strong> 15 minutosDiscussão com a turmaUm representante <strong>de</strong> empresa visita nutricionistas em um centro <strong>de</strong> reabilitaçãonutricional para promover o uso <strong>de</strong> uma nova e melhora<strong>da</strong> fórmula para lactentes.Ele diz que essa fórmula é principalmente útil para bebês <strong>de</strong>snutridos. Ele se propõe aoferecer gratuitamente duas latas para ca<strong>da</strong> mãe. Se os funcionários estiverem implementandoo Código, como po<strong>de</strong>riam respon<strong>de</strong>r a essa proposta?Escreva as respostas no quadro-negro ou flipchart.Pontos-chave: Os funcionários <strong>de</strong>vem recusar a doação. Deve-se incentivar o aleitamentomaterno <strong>de</strong>sses bebês. Duas latas só alimentariam um bebê durante um períodocurto. O que aconteceria após as duas latas terem sido usa<strong>da</strong>s?Maria dirige uma materni<strong>da</strong><strong>de</strong> particular. Sua amiga, Olívia, trabalha para umaempresa <strong>de</strong> fórmulas para lactentes e oferece para a materni<strong>da</strong><strong>de</strong> pôsteres e folhetossobre aleitamento materno, alimentação com mama<strong>de</strong>ira e suprimentos <strong>de</strong> fórmula.O que Maria po<strong>de</strong> dizer para sua amiga?Escreva as respostas no quadro-negro ou flipchart.Pontos-chave: Maria po<strong>de</strong> explicar à sua amiga que o aleitamento materno é importantepara a saú<strong>de</strong> <strong>da</strong>s mães e bebês. Pôsteres e fórmulas gratuitas prejudicam a compreensão<strong>da</strong> importância do aleitamento materno. Se houver mães que não amamentam,a fórmula só durará por um período curto. Essas mães precisam conversar comum profissional que enten<strong>da</strong> <strong>de</strong> alimentação <strong>de</strong> lactentes sobre formas sustentáveis <strong>de</strong>alimentar seu bebê. Os pôsteres e fórmula gratuita não são necessários.Samuel é um resi<strong>de</strong>nte que <strong>de</strong>seja ser pediatra. Ele está muito interessado em nutrição<strong>de</strong> lactentes. Uma empresa <strong>de</strong> fórmulas infantis se oferece para custear sua viagempara uma conferência gratuita que a empresa está realizando e também a hospe<strong>da</strong>gemno hotel <strong>da</strong> conferência. Se Samuel aceitar essa oferta, o que po<strong>de</strong> acontecer?Escreva as respostas no quadro-negro ou flipchart.Pontos-chave: Samuel precisa pensar cui<strong>da</strong>dosamente sobre se <strong>de</strong>ve ou não aceitar.Na conferência, ele receberá informações científicas e factuais ou material <strong>de</strong>propagan<strong>da</strong> dos productos <strong>da</strong> empresa? Haverá brin<strong>de</strong>s na conferência em forma<strong>de</strong> canetas, blocos <strong>de</strong> prescrição, pôsteres e outros materiais divulgando productos96


<strong>de</strong>ssa empresa? Samuel recusará esses brin<strong>de</strong>s ou os levará ao seu local <strong>de</strong> trabalho?Representantes <strong>da</strong> empresa irão visitar Samuel após a conferência esperando queele os aju<strong>de</strong> a fazer com que seus productos sejam usados na hospital em troca <strong>de</strong>terem aju<strong>da</strong>do a ele em sua viagem? O artigo 7 do Código <strong>de</strong>clara que não <strong>de</strong>veser ofereci<strong>da</strong> a profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> aju<strong>da</strong> financeira ou material para promoverproductos e os profissionais não <strong>de</strong>vem aceitá-la. Se recursos forem oferecidos parauma conferência a empresa <strong>de</strong>ve divulgar esse patrocínio para o hospital que empregao profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, que por sua vez <strong>de</strong>ve informar seu supervisor <strong>de</strong> querecebeu o patrocínio.Verifique se os participantes têm dúvi<strong>da</strong>s. Resuma a seção.Resumo <strong>da</strong> Seção 4• A comercialização <strong>de</strong> substitutos do leite materno e <strong>de</strong> mama<strong>de</strong>iras po<strong>de</strong> prejudicara confiança no aleitamento materno <strong>da</strong>s mães e <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> em geral.• O Código Internacional e Resoluções subseqüentes auxiliam a nutrição segurae a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> <strong>de</strong> lactentes ao reduzir a exposição <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e mãesa informações equivoca<strong>da</strong>s que afetam o aleitamento materno. Também objetivagarantir que substitutos do leite materno sejam usados <strong>de</strong> forma apropria<strong>da</strong>quando necessários, fornecer informações a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s sobre alimentação <strong>de</strong> lactentes,e garantir a comercialização e distribuição apropria<strong>da</strong>s <strong>de</strong> substitutos doleite materno.• Os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m aju<strong>da</strong>r a proteger as famílias <strong>da</strong> propagan<strong>da</strong> <strong>de</strong>substitutos do leite materno seguindo o Código, recusando o endosso aci<strong>de</strong>ntal<strong>de</strong> fórmula infantil ao aceitar brin<strong>de</strong>s <strong>de</strong> empresas e se recusando a distribuiritens <strong>de</strong> marca, materiais publicitários e amostras para as mães.• As doações <strong>de</strong> substitutos do leite materno em emergências <strong>de</strong>vem ser trata<strong>da</strong>s comextrema cautela porque po<strong>de</strong>m prejudicar a nutrição e a saú<strong>de</strong> dos lactentes.Verificação <strong>de</strong> conhecimentos – marque as respostas como Ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira (V) ou Falsa (F)1. A distribuição <strong>de</strong> folhetos produzidos por empresas sobre substitutos do V Fleite materno para mães po<strong>de</strong> afetar práticas <strong>de</strong> alimentação <strong>de</strong> lactentes.2. Os substitutos do leite materno incluem fórmula infantil, chás e sucos V F(além <strong>de</strong> outros productos)3. O Código Internacional e a IHAC proíbem o uso <strong>de</strong> fórmula infantil V Fpara lactentes em materni<strong>da</strong><strong>de</strong>s4. Os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m receber qualquer publicação ou materialV F<strong>da</strong>s empresas, contanto que não os ofereçam para as mães5. Doações <strong>de</strong> fórmula infantil <strong>de</strong>vem ser ofereci<strong>da</strong>s a mães <strong>de</strong> lactentes V Fem situações <strong>de</strong> emergênciaRespostas:1. V. O propósito <strong>de</strong> folhetos produzidos por empresas é aumentar a ven<strong>da</strong> <strong>de</strong> seusproductos.2. V. Os substitutos do leite materno incluem fórmulas infantis e outros productoslácteos, alimentos e bebi<strong>da</strong>s (chás e sucos para bebês), alimentos complementares(misturas <strong>de</strong> cereais e vegetais para uso antes dos seis meses <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>) quan-97


do comercializados ou apresentados como a<strong>de</strong>quados, com ou sem modificação,para uso como substituição parcial ou total do leite materno.3. F. Os lactentes não amamentados po<strong>de</strong>m receber fórmulas infantis compra<strong>da</strong>spela materni<strong>da</strong><strong>de</strong> através dos mesmos canais <strong>de</strong> compra <strong>de</strong> outros alimentos,mas não doa<strong>da</strong>s por empresas <strong>de</strong> fórmulas infantis.4. F. As publicações produzi<strong>da</strong>s por empresas e oferta<strong>da</strong>s para profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><strong>de</strong>vem conter apenas informações científicas e factuais sobre os productos.5. F. As doações po<strong>de</strong>m ser <strong>da</strong>nosas à saú<strong>de</strong>. Elas não <strong>de</strong>vem ser distribuí<strong>da</strong>s <strong>de</strong>forma generaliza<strong>da</strong>.Seção 5: Práticas <strong>de</strong> parto e aleitamento materno – Passo 4Objetivos <strong>da</strong> seção:Ao final <strong>de</strong>sta seção os participantes <strong>de</strong>vem ser capazes <strong>de</strong>:1. Descrever como as ações durante o parto e trabalho <strong>de</strong> parto 30 minutospo<strong>de</strong>m incentivar a amamentação <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>;2. Explicar a importância do contato <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> entre 15 minutosmãe e bebê;3. Explicar formas <strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r a <strong>da</strong>r início à amamentação <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o 5 minutosinício <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>;4. Listar formas <strong>de</strong> apoiar a amamentação após um parto cesariano; 15 minutos5. Discutir como as práticas <strong>da</strong> IHAC se aplicam a mulheres que não 10 minutosamamentam;Tempo total <strong>da</strong> seção:75 minutosMateriais:Sli<strong>de</strong>s 5/1 – 5/3: Contato pele a peleLista <strong>de</strong> verificação <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> parto (opcional)Leitura adicional para os facilitadores:Pregnancy, childbirth, postpartum and newborn care - a gui<strong>de</strong> for essential practice(WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2003g)Livro opcional - Impact of Birthing practices on breastfeeding – protecting the motherand baby continuum (KROEGER; SMITH, 2004)1. Práticas <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> parto e parto para incentivar aamamentação <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>30 minutosNuma seção anterior, uma <strong>da</strong>s mães <strong>da</strong> nossa história, Miriam, estava no ambulatório<strong>de</strong> pré-natal. Algumas semanas se passaram e seu bebê está pronto para nascer.Ela vai à materni<strong>da</strong><strong>de</strong>.Pergunte: Quais são algumas práticas que po<strong>de</strong>m ser emprega<strong>da</strong>s durante o trabalho<strong>de</strong> parto e imediatamente após o parto para aju<strong>da</strong>r Miriam e seu bebê a começarbem o aleitamento materno?98


Espere por algumas respostas.• O cui<strong>da</strong>do vivenciado por uma mãe durante o trabalho <strong>de</strong> parto e o parto po<strong>de</strong>mafetar o aleitamento materno e como ela cui<strong>da</strong> <strong>de</strong> seu bebê.• O Passo 4 dos Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno diz:- Aju<strong>da</strong>r as mães a iniciar o aleitamento materno na primeira meia hora após onascimento.- Para nos concentrarmos na importância do contato pele a pele e na observação<strong>da</strong> disposição do lactente, esse passo é interpretado como:- Colocar os bebês em contato pele a pele com suas mães imediatamente após oparto durante pelo menos uma hora e encorajar as mães a reconhecerem quandoseus bebês estão prontos para mamar, oferecendo aju<strong>da</strong>, se necessário.Pergunte: Quais são as práticas que po<strong>de</strong>m aju<strong>da</strong>r uma mulher a iniciar o aleitamentomaterno logo após o parto?Espere por algumas respostas• Certas práticas po<strong>de</strong>m aju<strong>da</strong>r uma mulher a se sentir competente, no controle <strong>da</strong>situação, apoia<strong>da</strong> e pronta para interagir com seu bebê que está alerta, aju<strong>da</strong>m acolocar esse passo em ação. Essas práticas são:- Apoio emocional durante o parto- Atenção aos efeitos <strong>de</strong> analgésicos sobre o bebê- Oferecer alimentos leves e bebi<strong>da</strong>s no início do trabalho <strong>de</strong> parto- Liber<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> movimentação durante o trabalho <strong>de</strong> parto- Evitar partos cesarianos <strong>de</strong>snecessários- Contato <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo entre mãe e bebê- Facilitar a primeira mama<strong>da</strong>Pergunte: Quais são as práticas que po<strong>de</strong>m prejudicar o contato <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>entre mãe e bebê?Espere por algumas respostas.• Algumas práticas que po<strong>de</strong>m prejudicar o contato <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo entre mãe e bebê eo início do aleitamento materno são:- Exigir que a mãe fique <strong>de</strong>ita<strong>da</strong> durante o trabalho <strong>de</strong> parto e parto;- Falta <strong>de</strong> incentivo;- Não oferecer alimentos leves e bebi<strong>da</strong>s no início do trabalho <strong>de</strong> parto;- Analgésicos que se<strong>da</strong>m a mãe ou o bebê, episiotomia 20 , punção venosa, monitoramentofetal contínuo e outras intervenções usa<strong>da</strong>s como rotina semrazão médica;20O períneo é cortado para <strong>da</strong>r mais espaço para a passagem <strong>da</strong> cabeça do bebê. O períneo <strong>de</strong>pois é suturado.99


- Embrulhar o bebê com firmeza após o nascimento;- Separar a mãe e o bebê após o nascimento.• Cui<strong>de</strong> para que práticas que possam prejudicar o contato <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo sejam usa<strong>da</strong>ssomente quando clinicamente necessárias.A irmã <strong>de</strong> Miriam vai com ela para a materni<strong>da</strong><strong>de</strong>. Miriam quer que sua irmã fiquecom ela durante o trabalho <strong>de</strong> parto e o parto.Pergunte: Que diferença a irmã <strong>de</strong> Miriam po<strong>de</strong> fazer ficando com ela durante o trabalho<strong>de</strong> parto e o parto?Espere por algumas respostas.Apoio durante o parto• Um acompanhante durante o trabalho <strong>de</strong> parto e o parto po<strong>de</strong>:- Reduzir a percepção <strong>de</strong> dor forte- Encorajar a mobili<strong>da</strong><strong>de</strong>- Reduzir o estresse- Acelerar o trabalho <strong>de</strong> parto e o parto- Reduzir a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> intervenções médicas- Aumentar a confiança <strong>da</strong> mãe em seu corpo e suas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s.• O apoio po<strong>de</strong> resultar em:- Bebê mais alerta, já que menos analgésicos que po<strong>de</strong>m afetar o bebê são utilizados- Risco reduzido <strong>de</strong> hipotermia e hipoglicemia do lactente, porque o bebê ficamenos estressado e portanto usa menos energia- Bebê mamar com freqüência <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>- Desenvolvimento mais fácil <strong>de</strong> afeto com o bebê.• O acompanhante <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> parto e parto po<strong>de</strong> ser uma mãe, irmã, amiga,outro familiar, o pai do bebê ou um dos funcionários do hospital. A pessoa <strong>de</strong>apoio precisa permanecer continuamente com a mulher durante o trabalho <strong>de</strong>parto e parto.• O acompanhante po<strong>de</strong> oferecer apoio não médico que inclui:- Encorajamento para an<strong>da</strong>r e se movimentar durante o trabalho <strong>de</strong> parto- Oferecer alimentos leves e líquidos- Aumentar a confiança <strong>da</strong> mãe ao ressaltar como ela está progredindo bem- Sugerir formas <strong>de</strong> manter a dor e a ansie<strong>da</strong><strong>de</strong> sob controle- Fazer massagens, segurar as mãos, usar panos frios,- Usar palavras positivas.100


Alívio <strong>da</strong> dorMiriam pergunta sobre o controle <strong>da</strong> dor e seus efeitos sobre o bebê e sobre o aleitamentomaterno.Pergunte: O que você po<strong>de</strong> dizer a ela sobre alívio <strong>da</strong> dor?Espere por algumas respostas.• Proporcione métodos não medicamentosos para alívio <strong>da</strong> dor antes <strong>de</strong> ofereceranalgésicos. Esses métodos não medicamentosos incluem:- Apoio no trabalho <strong>de</strong> parto- An<strong>da</strong>r e se movimentar- Massagem- Água morna- Incentivos verbais e físicos- Ambiente tranqüilo, sem luzes fortes e com o menor número possível <strong>de</strong> pessoas- Posições <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> parto e parto à escolha <strong>da</strong> mãe.• Os analgésicos po<strong>de</strong>m aumentar o risco <strong>de</strong>:- Parto mais prolongado- Intervenções- Maior <strong>de</strong>mora para o contato entre mãe e bebê e para o início do aleitamentomaterno- Separação mãe-bebê após o nascimento- Bebê sonolento, difícil <strong>de</strong> se manter acor<strong>da</strong>do- Reflexo <strong>de</strong> sucção diminuído- Menor ingestão <strong>de</strong> leite, aumentando o risco <strong>de</strong> icterícia, hipoglicemia e baixoganho <strong>de</strong> peso.• Po<strong>de</strong> ser necessário tempo e assistência adicionais para <strong>da</strong>r início ao aleitamentomaterno e ao estreitamento <strong>de</strong> laços caso analgésicos sejam utilizados.• Discuta formas <strong>de</strong> li<strong>da</strong>r com a dor e o <strong>de</strong>sconforto e seus riscos e benefícios duranteo atendimento pré-natal. A necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> analgesia é afeta<strong>da</strong> pelo estresse,falta <strong>de</strong> apoio e outros fatores na enfermaria <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> parto.Alimentos leves e líquidos durante o trabalho <strong>de</strong> partoMiriam está progredindo bem no início do trabalho <strong>de</strong> parto e não há problemasmédicos. Ela pergunta se po<strong>de</strong> continuar a beber água.Pergunte: Qual po<strong>de</strong> ser o efeito <strong>de</strong> oferecer ou <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> oferecer líquidos sobre otrabalho <strong>de</strong> parto <strong>de</strong> Miriam?Espere por algumas respostas.101


• O trabalho <strong>de</strong> parto e o parto são duros. A mulher precisa <strong>de</strong> energia para enfrentálos.Não há evidências <strong>de</strong> benefícios em se proibir a ingestão <strong>de</strong> líquidos e alimentosleves por mulheres em trabalho <strong>de</strong> parto <strong>de</strong> baixo risco. A vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> comer ebeber varia e a mulher <strong>de</strong>ve po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>cidir se quer comer ou beber. A restrição <strong>de</strong>alimentos e fluidos po<strong>de</strong> ser estressante para a mulher em trabalho <strong>de</strong> parto.• Os fluidos intravenosos (IV) só <strong>de</strong>vem ser usados em mulheres em trabalho <strong>de</strong>parto por indicações médicas claras. A sobrecarga <strong>de</strong> fluidos pelo acesso IV po<strong>de</strong>levar a <strong>de</strong>sequilíbrio eletrolítico no bebê e gran<strong>de</strong> per<strong>da</strong> <strong>de</strong> peso à medi<strong>da</strong> que obebê elimina o excesso <strong>de</strong> líquido. Os fluidos IV também po<strong>de</strong>m limitar a movimentação<strong>da</strong> mulher.• Após um parto normal, a mulher po<strong>de</strong> estar com fome e <strong>de</strong>ve ter acesso a alimentos.Se ela <strong>de</strong>r à luz durante à noite, <strong>de</strong>ve-se provi<strong>de</strong>nciar algum alimento elíquidos para que ela não tenha que esperar muitas horas até a próxima refeição.Práticas <strong>de</strong> partoPergunte: Que práticas <strong>de</strong> parto po<strong>de</strong>m aju<strong>da</strong>r e quais <strong>de</strong>vem ser evita<strong>da</strong>s, a não serque haja justificativa médica?Espere por algumas respostas.• Durante o parto, to<strong>da</strong>s as mulheres precisam <strong>de</strong>:- Um assistente habilidoso,- Uso mínimo <strong>de</strong> procedimentos invasivos como episiotomia 21 ,- Cumprimento <strong>de</strong> orientações gerais para a prevenção <strong>da</strong> transmissão do HIVe outras infecções 22 ,- Partos cesarianos ou qualquer outra intervenção cirúrgica só <strong>de</strong>vem ser usadosquando clinicamente necessários.• O parto instrumental (com fórceps ou por vácuo) po<strong>de</strong> ser traumático, romper oalinhamento dos ossos na cabeça do bebê e afetar funções neurológicas e musculares,trazendo problemas para a amamentação.• O parto normal vaginal é auxiliado se houver mobili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> mulher durante oinício do trabalho <strong>de</strong> parto, acesso a líquidos e alimentos e posicionamento <strong>de</strong> péou agacha<strong>da</strong> para o parto.• A episiotomia causa dor e dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> para sentar nos primeiros dias após o parto,po<strong>de</strong>ndo afetar o contato pele a pele <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, o aleitamentomaterno e o contato entre mãe e bebê. Se a mulher tiver dor, incentive-a a <strong>de</strong>itarpara alimentar e afagar seu bebê.• O cordão não <strong>de</strong>ve ser clampeado até que a pulsação diminua e o bebê tenha recebidosangue adicional suficiente para aumentar as reservas <strong>de</strong> ferro.21Procedimentos invasivos incluem exames vaginais, amniocentese, cordocentese ou retira<strong>da</strong> <strong>de</strong> amostra <strong>de</strong> placenta,ruptura artificial <strong>de</strong> membranas, episiotomia e transfusões sangüíneas, além <strong>de</strong> aspiração do recém-nascido.22As orientações gerais são para proteger os profissionais no parto <strong>de</strong> modo que não precisam temer a mulher comHIV e também para proteger a mulher contra eventuais infecções que o profissional tenha.102


• Na avaliação <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> parto, lembre-se que elas têm impacto sobre o bebê esobre a mãe.2. Importância do contato <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> 15 minutosMiriam teve seu bebê. É uma menina saudável.Pergunte: Quais são as práticas importantes aplica<strong>da</strong>s imediatamente após o partoque po<strong>de</strong>m aju<strong>da</strong>r a mãe e o bebê?Espere por algumas respostas.Contato pele a pele• Garanta o contato pele a pele sem interrupções e sem pressa entre to<strong>da</strong> mãe e seubebê saudável, sem cobertas ou roupas. Comece imediatamente, mesmo antes doclampeamento do cordão, ou assim que possível nos primeiros minutos após onascimento. Garanta que esse contato pele a pele continue por pelo menos umahora após o nascimento.Mostre figuras <strong>de</strong> contato pele a pele e ressalte que o bebê não é enrolado e que tantoa mãe como o bebê ficam cobertos.• O contato pele a pele:- Acalma a mãe e o bebê e aju<strong>da</strong> a estabilizar o batimento cardíaco e a respiraçãodo bebê.- Mantém o bebê aquecido com o calor do corpo <strong>da</strong> mãe.- Auxilia a a<strong>da</strong>ptação metabólica e a estabilização <strong>da</strong> glicose sangüínea do bebê,- Reduz o choro do lactente, reduzindo assim o estresse e o uso <strong>de</strong> energia,- Possibilita a colonização do intestino do bebê com as bactérias normais dointestino <strong>da</strong> mãe, contanto que ela seja a primeira pessoa a segurar o bebê enão uma enfermeira, médico ou outros, o que po<strong>de</strong> resultar em colonizaçãodo bebê por suas bactérias,- Facilita o estreitamento dos vínculos afetivos entre mãe e bebê, uma vez queo bebê fica alerta nas primeiras horas. Após duas ou três horas, é comum queos bebês durmam por longo período.- Permite que o bebê encontre a mama e a pegue sozinho, o que tem maiorprobabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> resultar em sucção efetiva do que quando o bebê é separado<strong>de</strong> sua mãe nas primeiras horas <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>.• Todos os bebês e mães estáveis se beneficiam com o contato pele a pele imediatamenteapós o parto. Todos os bebês <strong>de</strong>vem ser enxugados quando colocados napele <strong>da</strong> mãe. O bebê não precisa tomar banho imediatamente após o nascimento.Segurar o bebê não implica em transmissão do HIV. É importante que uma mãecom HIV segure, acaricie e tenha contato físico com seu bebê para que ela sintasua proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> e afeto.• Os bebês que não estejam estáveis imediatamente após o parto po<strong>de</strong>m ter o contatopele a pele mais tar<strong>de</strong>, quando estiverem estáveis. (Sli<strong>de</strong> 5/3)103


Pergunte: Quais são as barreiras para garantir que o contato pele a pele seja umaprática <strong>de</strong> rotina após o parto e como é possível superar essas barreiras?Espere por algumas respostas.Superando as barreiras ao contato pele a pele <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>• Muitas <strong>da</strong>s barreiras ao contato pele a pele estão relaciona<strong>da</strong>s a práticas comunse não a questões médicas. Algumas mu<strong>da</strong>nças nas práticas po<strong>de</strong>m facilitar o contatopele a pele.- Preocupações <strong>de</strong> que o bebê sinta frio. Seque o bebê e coloque-o nu sobre opeito <strong>da</strong> mãe. Coloque um pano ou coberta seco sobre o bebê e a mãe. Se oquarto estiver frio, cubra também a cabeça do bebê para reduzir a per<strong>da</strong> <strong>de</strong>calor. Bebês em contato pele a pele têm melhor regulação <strong>de</strong> temperatura doque os colocados sob um aquecedor.- O bebê precisa ser examinado. A maior parte dos exames po<strong>de</strong> ser realiza<strong>da</strong>com o bebê sobre o peito <strong>da</strong> mãe, on<strong>de</strong> é provável que o bebê fique <strong>de</strong>itadocalmamente. A pesagem po<strong>de</strong> ser feita mais tar<strong>de</strong>.- A mãe precisa receber pontos. O lactente po<strong>de</strong> permanecer no peito <strong>da</strong> mãeno caso <strong>de</strong> sutura <strong>de</strong> episiotomia ou cesariana.- O bebê precisa tomar banho. Postergar o primeiro banho permite que o vérnixcaseoso seja absorvido pela pele do bebê, lubrificando-a e protegendo-a.E também evita a que<strong>da</strong> <strong>de</strong> temperatura. O bebê po<strong>de</strong> ser enxugado após onascimento.- A sala <strong>de</strong> parto está cheia. Se a sala <strong>de</strong> parto estiver cheia, a mãe e o bebêpo<strong>de</strong>m ser transferidos para a enfermaria em contato pele a pele e o contatopo<strong>de</strong> continuar na enfermaria.- Não há funcionários disponíveis para acompanhar a mãe e o bebê. Um familiarpo<strong>de</strong> acompanhar a mãe e o bebê.- O bebê não está alerta. Se o bebê estiver sonolento <strong>de</strong>vido aos medicamentosusados na mãe, é ain<strong>da</strong> mais importante que haja o contato pele a pele, umavez que o bebê precisa <strong>de</strong> apoio para formação <strong>de</strong> vínculos afetivos e para aalimentação.- A mãe está cansa<strong>da</strong>. Raramente a mãe está cansa<strong>da</strong> a ponto <strong>de</strong> não querer segurarseu bebê. O contato com seu bebê po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r a mãe a relaxar. Reveja aspráticas <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> parto como proibição <strong>de</strong> fluidos e alimentos e práticasque po<strong>de</strong>m aumentar o tempo <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> parto, que po<strong>de</strong>m fatigar a mãe.- A mãe não quer segurar seu bebê. Se a mãe não quiser segurar seu bebê,po<strong>de</strong> ser indício <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão e há maior risco <strong>de</strong> abandono, negligência ouabuso para a criança. Encorajar o contato é importante, porque po<strong>de</strong> reduziro risco <strong>de</strong> maus-tratos ao bebê. 23• O intervalo entre o parto <strong>de</strong> gêmeos varia. Em geral, o primeiro bebê po<strong>de</strong> tercontato pele a pele até a mãe entrar em trabalho <strong>de</strong> parto para o segundo parto. O23Se houver risco <strong>de</strong> maus-tratos para o bebê é preciso haver uma pessoa <strong>de</strong> apoio presente tanto para encorajar a mãe a segurar seubebê como para a proteção do bebê.104


primeiro bebê a nascer po<strong>de</strong> permanecer em contato pele a pele com um familiarpara continuar aquecido enquanto o outro bebê nasce. Depois os dois lactentespo<strong>de</strong>m ficar em contato pele a pele com a mãe e ela po<strong>de</strong> ser auxilia<strong>da</strong> para amamentarquando estiverem prontos.• Po<strong>de</strong> ser útil acrescentar um item ao prontuário do trabalho <strong>de</strong> parto/parto <strong>da</strong>mãe para registrar o horário em que começou e terminou o contato pele a pele.Isso é uma indicação <strong>de</strong> que o contato <strong>de</strong> pele é tão importante quanto outraspráticas que precisam ser registra<strong>da</strong>s.Opcional: Discussão <strong>da</strong> lista <strong>de</strong> verificação <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> parto (no final <strong>de</strong>sta seção).3. Aju<strong>da</strong> para iniciar o aleitamento materno 5 minutosMiriam ouviu falar no contato pele a pele durante sua gestação e está feliz em teresse contato. Quando Miriam teve seu bebê anterior em outro hospital, ele foi enroladoem mantas e levado imediatamente para o berçário, o que Miriam não gostou. Elatambém ouviu que era bom começar o aleitamento materno logo após o parto.Pergunte: Como você po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r Miriam a <strong>da</strong>r início ao aleitamento materno?Espere por algumas respostas.Como aju<strong>da</strong>r na primeira mama<strong>da</strong>• Aju<strong>de</strong> a mãe a reconhecer os comportamentos ou dicas pré-amamentação.Quando a mãe e o bebê são <strong>de</strong>ixados em silêncio em contato pele a pele, o bebê,em geral, segue uma série <strong>de</strong> comportamentos pré-amamentação. Isso po<strong>de</strong> levaralguns minutos ou mais <strong>de</strong> uma hora. Os comportamentos do bebê incluem:- um breve <strong>de</strong>scanso em estado alerta para se acostumar ao novo ambiente,- levar as mãos à boca, fazendo tentativas <strong>de</strong> sucção, sons e tocar o mamilocom a mão,- focar na área escura <strong>da</strong> mama, que serve <strong>de</strong> alvo,- movimentar-se em direção à mama e procurá-la,- encontrar a área do mamilo e pegar a mama com a boca muito aberta• Não <strong>de</strong>ve haver pressão sobre a mãe ou sobre o bebê em relação à rapi<strong>de</strong>z <strong>da</strong>mama<strong>da</strong>, quanto tempo ela <strong>de</strong>ve durar, se o bebê pegou a mama corretamente,ou quanto colostro ele ingeriu. A primeira tentativa <strong>de</strong> mama<strong>da</strong> <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>uma introdução à mama e não uma refeição.• Po<strong>de</strong>-se oferecer mais assistência ao aleitamento materno na refeição seguintepara aju<strong>da</strong>r a mãe a apren<strong>de</strong>r sobre posicionamento, pega <strong>da</strong> mama pelo bebê,sinais <strong>de</strong> fome e outras habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>s quais precisará.• O papel do profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> nesse momento é:- Oferecer tempo e uma atmosfera calma,- Aju<strong>da</strong>r a mãe a encontrar uma posição confortável,105


- Ressaltar os comportamentos positivos do bebê como estado <strong>de</strong> alerta e procura,- Aumentar a confiança <strong>da</strong> mãe,- Evitar apressar o bebê para a mama ou empurrar a mama para a boca dobebê.4. Formas <strong>de</strong> apoiar a amamentação após um parto cesariano 15 minutosMiriam e seu bebê estão agora felizes em seu contato e amamentando. Elas estão<strong>de</strong>scansando na enfermaria pós-natal. Agora, Fátima chega à materni<strong>da</strong><strong>de</strong>. Seubebê <strong>de</strong>veria nascer em algumas semanas, mas há algumas dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s. O médico<strong>de</strong>ci<strong>de</strong> que o bebê <strong>de</strong> Fátima precisa nascer e que será necessário realizar um partocesariano.Pergunte: Qual efeito o parto cesariano po<strong>de</strong>ria ter sobre Fátima e seu bebê comrelação ao aleitamento materno?Espere por algumas respostas.• Um parto cesariano é uma cirurgia abdominal <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte. É provável que a mãe:- esteja com medo e estressa<strong>da</strong>,- tenha que ter um acesso IV e cateter urinário,- fique confina<strong>da</strong> ao leito e com restrição <strong>de</strong> movimentos,- tenha restrição <strong>de</strong> ingestão <strong>de</strong> líquidos e alimentos antes e <strong>de</strong>pois do parto,sendo assim priva<strong>da</strong> <strong>de</strong> energia para cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong> seu bebê,- receba anestésicos e analgésicos para dor, que po<strong>de</strong>m afetar a resposta tanto<strong>da</strong> mãe como do bebê,- tenha níveis alterados <strong>de</strong> ocitocina e prolactina, os hormônios <strong>da</strong> lactação,- tenha maior risco <strong>de</strong> infecção e sangramento- seja separa<strong>da</strong> <strong>de</strong> seu bebê,- tenha uma sensação <strong>de</strong> fracasso, <strong>de</strong> que seu corpo não funcionou direito parao parto.• O bebê também é afetado por um parto cesariano. O bebê:- tem alto risco <strong>de</strong> não amamentar ou <strong>de</strong> amamentar somente durante um períodocurto,- po<strong>de</strong> ter mais problemas respiratórios,- po<strong>de</strong> precisar que o muco seja aspirado, o que po<strong>de</strong> machucar sua boca egarganta,- po<strong>de</strong> ser se<strong>da</strong>do com os medicamentos administrados na mãe,- tem menor probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ter contato pele a pele<strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo,- tem mais probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> receber suplementos,- tem mais probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> receber tratamento no berçário, aumentando orisco <strong>de</strong> infecção cruza<strong>da</strong> e restringindo o aleitamento materno.106


O bebê <strong>de</strong> Fátima nasce. É um menino. Ele está quatro semanas adiantado e é pequeno,mas sua respiração está estável. Ele é entregue a Fátima para o contato pele apele. Isso aju<strong>da</strong>rá sua respiração e sua temperatura.Pergunte: Como você po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r Fátima e seu bebê a iniciarem o aleitamento maternoapós um parto cesariano?Espere por algumas respostas.• A presença <strong>de</strong> um profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> incentivador é importante para aju<strong>da</strong>r amãe a iniciar o aleitamento materno após uma cesariana:• Encoraje a mãe a ter contato pele a pele o mais rápido possível.- Em geral, mães submeti<strong>da</strong>s à anestesia raquidiana ou peridural ficam alertase capazes <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r imediatamente ao seu bebê, <strong>de</strong> forma semelhante amães <strong>de</strong> partos vaginais.- Após uma anestesia geral, o contato pele a pele po<strong>de</strong> ocorrer na sala <strong>de</strong> recuperaçãocaso a mãe esteja responsiva, apesar <strong>de</strong> ela po<strong>de</strong>r ain<strong>da</strong> estar sonolentaou sob a influência <strong>da</strong> anestesia.- O pai ou outros membros <strong>da</strong> família po<strong>de</strong>m fazer o contato pele a pele, aju<strong>da</strong>ndoa manter o bebê aquecido e confortável enquanto espera a mãe sair <strong>da</strong>sala <strong>de</strong> cirurgia.- Se o contato for adiado, o bebê <strong>de</strong>ve ser enrolado <strong>de</strong> modo a facilitar ser <strong>de</strong>scobertopara posterior contato pele a pele quando a mãe estiver responsiva.- Os bebês prematuros ou com <strong>de</strong>ficiência também são beneficiados com ocontato pele a pele. Se o bebê não estiver estável e precisar <strong>de</strong> atenção imediata,o contato pele a pele po<strong>de</strong> ser realizado quando o bebê estiver estável.• Auxilie o início do aleitamento materno quando o bebê e a mãe mostraremsinais <strong>de</strong> estarem prontos. A mãe não precisa conseguir se sentar, segurar seubebê ou outros critérios <strong>de</strong> mobili<strong>da</strong><strong>de</strong> para amamentar. É o bebê que encontraa mama e suga. Contanto que haja uma pessoa <strong>de</strong> apoio com a mãe e o bebê, obebê po<strong>de</strong> ir para a mama mesmo que mãe ain<strong>da</strong> esteja sonolenta por causa <strong>da</strong>anestesia.• Aju<strong>de</strong> mães <strong>de</strong> partos cesarianos a encontrarem uma posição confortável parao aleitamento. Po<strong>de</strong> ser necessário ajustar o acesso IV para permitir o posicionamentodo bebê na mama.- Deita<strong>da</strong> <strong>de</strong> lado no leito. Essa posição aju<strong>da</strong> a evitar a dor nas primeiras horase permite o aleitamento materno mesmo que a mãe precise ficar <strong>de</strong>ita<strong>da</strong> apósa anestesia.- Posição senta<strong>da</strong> com um travesseiro sobre a incisão ou com o bebê ao longo<strong>da</strong> lateral do corpo <strong>da</strong> mãe, seguro pelo braço do lado <strong>da</strong> mama usa<strong>da</strong>.- Deita<strong>da</strong> <strong>de</strong> costas com o bebê <strong>de</strong>itado em cima <strong>da</strong> mãe.- Coloque um apoio (um travesseiro, por exemplo) sob os joelhos quando amulher estiver senta<strong>da</strong> ou sob o joelho <strong>de</strong> cima e nas costas quando <strong>de</strong>ita<strong>da</strong><strong>de</strong> lado.107


• Ofereça alojamento conjunto com assistência necessária até que a mãe consigacui<strong>da</strong>r <strong>de</strong> seu bebê.• Quando os funcionários incentivam e são bem informados, a maior permanênciano hospital após uma cesariana po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r a <strong>da</strong>r início ao aleitamento materno.5. As práticas <strong>da</strong> IHAC e as mulheres que não amamentam 10 minutos• To<strong>da</strong>s as mulheres <strong>de</strong>vem receber apoio durante o trabalho <strong>de</strong> parto e o parto.Práticas <strong>da</strong>nosas <strong>de</strong>vem ser evita<strong>da</strong>s. O contato pele a pele <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo beneficiato<strong>da</strong>s as mães e bebês.• A não ser que exista uma razão médica aceitável para não realizar o aleitamentomaterno (por exemplo, a mulher é comprova<strong>da</strong>mente HIV positiva), to<strong>da</strong>s asmães <strong>de</strong>vem ser encoraja<strong>da</strong>s a permitir que seus bebês suguem na mama. Se umamãe tiver forte vonta<strong>de</strong> pessoal <strong>de</strong> não amamentar, ela po<strong>de</strong> dizer.O bebê que amamenta recebe colostro nas primeiras mama<strong>da</strong>s em pequenas quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>sa<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s para o estômago <strong>de</strong> um recém-nascido.Verifique se os participantes têm dúvi<strong>da</strong>s. Resuma a seção.Resumo <strong>da</strong> Seção 5• O Passo 4 dos Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno diz: Aju<strong>da</strong>r asmães a iniciar o aleitamento materno na primeira meia hora após o nascimento.Esse passo agora é interpretado como: Colocar os bebês em contato pele a pelecom suas mães imediatamente após o parto durante pelo menos uma hora eencorajar as mães a reconhecerem quando seus bebês estão prontos para mamar,oferecendo aju<strong>da</strong>, se necessário.• As práticas que po<strong>de</strong>m aju<strong>da</strong>r uma mulher a se sentir competente, no controle<strong>da</strong> situação, apoia<strong>da</strong> e pronta para interagir com seu bebê alerta, aju<strong>da</strong>m a colocaresse passo em ação. Fomente uma abor<strong>da</strong>gem <strong>de</strong> atenção centra<strong>da</strong> na famíliacom o envolvimento do pai ou familiares próximos durante o parto.• As práticas <strong>de</strong> apoio incluem: apoio durante o trabalho <strong>de</strong> parto, limitação <strong>de</strong>intervenções invasivas, atenção aos efeitos <strong>da</strong> analgesia, oferta <strong>de</strong> alimentos levese líquidos, evitar partos cesarianos <strong>de</strong>snecessários e facilitar o contato entre mãee bebê <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>.• O contato <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo e a assistência ao aleitamento materno po<strong>de</strong>m ser práticas<strong>de</strong> rotina também após o parto cesariano.• Garanta o contato pele a pele sem interrupções e sem pressa entre to<strong>da</strong> mãe e seubebê saudável. Comece imediatamente ou assim que possível na primeira meiahora após o parto. O bebê não <strong>de</strong>ve ser enrolado em mantas e a mãe e o bebê <strong>de</strong>vemser cobertos juntos. Garanta que esse contato pele a pele continue por pelomenos uma hora após o nascimento.• Incentive a mãe a respon<strong>de</strong>r aos sinais <strong>de</strong>monstrados pelo bebê <strong>de</strong> que está prontopara ir para a mama.24• Essas práticas <strong>de</strong> incentivo não precisam ser altera<strong>da</strong>s para mulheres HIV positivas .24O Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> do Brasil contra-indica a amamentação nos casos <strong>de</strong> mãe HIV positiva108


Verificação <strong>de</strong> conhecimentosListe quatro práticas <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> parto ou parto que po<strong>de</strong>m aju<strong>da</strong>r a mãe e o bebêa começarem bem o aleitamento materno.Liste três formas <strong>de</strong> auxiliar uma mãe com o aleitamento materno após um partocesariano.Liste três possíveis barreiras ao contato pele a pele <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> e comopo<strong>de</strong>m ser supera<strong>da</strong>s.Informações adicionais – Seção 5Início do aleitamento materno• Encorajar a mãe a amamentar quando o bebê <strong>de</strong>monstrar que está pronto (emgeral em até uma hora). Não é necessário apressar ou forçar bebês contra a mama.A mãe e o bebê <strong>de</strong>vem ser mantidos tranqüilamente em contato pele a pele atéque ambos estejam prontos para o aleitamento. Isso po<strong>de</strong> levar alguns minutosou mais <strong>de</strong> uma hora.• O toque no mamilo e na aréola logo após o parto causa liberação do hormônioocitocina. A ocitocina aju<strong>da</strong>:- o útero a contrair mais rapi<strong>da</strong>mente, o que po<strong>de</strong> controlar o sangramento. Ouso rotineiro <strong>de</strong> ocitocina sintética e ergometrina não são necessários quandoa mãe está amamentando após o parto.- a mãe a sentir mais afeto e se sentir mais liga<strong>da</strong> ao bebê.• O colostro, o primeiro leite <strong>da</strong> mama, é <strong>de</strong> fun<strong>da</strong>mental importância para o bebê25 . Ele fornece muitos fatores imunológicos que protegem o recém-nascido eaju<strong>da</strong> a eliminar o mecônio do intestino do bebê, o que po<strong>de</strong> manter o nível <strong>de</strong>icterícia baixo. O colostro forma uma cama<strong>da</strong> protetora que reveste o intestinodo lactente, além <strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r o amadurecimento do intestino. Portanto, <strong>de</strong>ve ser oúnico líquido oferecido ao bebê.• Alimentos pré-lactação são qualquer líquido <strong>da</strong>do antes do aleitamento maternoser iniciado. Eles po<strong>de</strong>m ser água, fórmula, alimentos tradicionais como mel, tâmarasou banana, chás ou outras substâncias. Mesmo algumas colhera<strong>da</strong>s <strong>de</strong>ssesalimentos po<strong>de</strong>m aumentar o risco <strong>de</strong> infecção e alergia para o lactente. Se existiro costume <strong>de</strong> se oferecer alimentos pré-lactação na região, discuta com a mãe,durante a gestação, a importância <strong>da</strong> amamentação exclusiva e como ela po<strong>de</strong>realizá-la.• Os recém-nascidos não precisam <strong>de</strong> água ou outros alimentos artificiais para ‘testar’sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> sugar ou engolir. Na rara situação em que um bebê apresentaanormali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>glutição, o colostro, que é uma substância fisiológicanatural, traz menos risco para os pulmões do bebê do que uma substância estranhacomo água ou fórmula artificial.25Ver a seção sobre colostro na seção Informações Adicionais <strong>da</strong> seção 3.109


• A mãe que amamenta na sala <strong>de</strong> parto tem maior probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> amamentardurante mais meses do que quando a primeira mama<strong>da</strong> é adia<strong>da</strong>.• Se o bebê não começar a mamar na sala <strong>de</strong> parto, certifique-se <strong>de</strong> informar osfuncionários na enfermaria <strong>de</strong> pós-parto. Peça para que eles garantam que o contatopele a pele continue e para observarem sinais <strong>de</strong> que o bebê está pronto paramamar.Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> opcionalObserve uma mãe e seu bebê em contato pele a pele logo após o parto.Que comportamentos do bebê direcionados à mama você observa?Lista <strong>de</strong> verificação <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> partoNome <strong>da</strong> mãe:Data e hora do nascimento do lactente:Tipo <strong>de</strong> parto:___ Vaginal: Natural _____Vácuo _____ Fórceps ________ Cesariano com peridural/raqui___ Cesariano com anestesia geralContato pele a pele:Hora <strong>de</strong> início: ______ Hora do término: _______ Duração do contato: ________Razão para o fim do contato pele a pele:Horário <strong>da</strong> primeira mama<strong>da</strong> do bebê:Data e horário <strong>da</strong> aju<strong>da</strong> ofereci<strong>da</strong> na segun<strong>da</strong> mama<strong>da</strong>:Observações:O contato pele a pele imediatamente após o parto:• mantém o bebê aquecido,• acalma a mãe e o bebê, regula a respiração e a freqüência cardíaca,• coloniza o bebê com as bactérias normais do corpo <strong>da</strong> mãe,• reduz o choro do lactente, reduzindo assim o estresse e o uso <strong>de</strong> energia,• permite que o bebê encontre a mama e a pegue sozinho para começar a mamar,• facilita a criação <strong>de</strong> vínculos afetivos entre a mãe e seu bebê.O recém-nascido não precisa <strong>de</strong> alimentos ou líquidos adicionais apenas do leitematerno110


Seção 6: Como o leite materno chega ao bebêObjetivos <strong>da</strong> seção:Ao final <strong>de</strong>sta seção, os participantes <strong>de</strong>vem ser capazes <strong>de</strong>:1. I<strong>de</strong>ntificar as partes <strong>da</strong> mama e <strong>de</strong>screver suas funções; 5 minutos2. Discutir como o leite materno é produzido e como sua produção 15 minutosé regula<strong>da</strong>;3. Descrever o papel do bebê na transferência do leite; 20 minutos4. Discutir os cui<strong>da</strong>dos com a mama; 5 minutosTempo total <strong>da</strong> seção:45 minutosMateriais:Sli<strong>de</strong> 6/1: Partes <strong>da</strong> mamaSli<strong>de</strong> 6/2: Massagem nas costasSli<strong>de</strong> 6/3: O que você vê – vista interiorSli<strong>de</strong> 6/4: O que você vê – vista exteriorMo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> mama em tecidoBoneco (opcional)Leitura adicional para os facilitadores:Seção 3, Como funciona o aleitamento materno, em Aconselhamento em amamentação:um curso <strong>de</strong> treinamento (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE; FUNDODAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA, 1993)IntroduçãoPara aju<strong>da</strong>r Miriam e Fátima com o aleitamento materno, você precisa saber comoa mama produz leite e como o bebê suga.No aleitamento materno normal, existem dois elementos necessários para levar oleite <strong>da</strong> mama para o bebê:• uma mama que produza e libere leite e• um bebê capaz <strong>de</strong> retirar o leite <strong>da</strong> mama através <strong>de</strong> sucção.A maneira como o bebê pega a mama <strong>de</strong>terminará o grau <strong>de</strong> sucesso <strong>da</strong> união <strong>de</strong>ssesdois elementos. Se o leite não é retirado <strong>da</strong> mama, ele <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser produzido.111


1. Partes <strong>da</strong> mama envolvi<strong>da</strong>s na lactação 5 minutosProjetar sli<strong>de</strong> 6/1 – para i<strong>de</strong>ntificar as partes <strong>da</strong> mama• Na parte exterior <strong>da</strong> mama você vê a aréola, uma área mais escura ao redor domamilo. O bebê precisa colocar uma boa parte <strong>da</strong> aréola na boca para mamarbem. Na aréola, as glândulas <strong>de</strong> Montgomery produzem uma secreção oleosapara manter a pele saudável. As glândulas <strong>de</strong> Montgomery são a fonte do cheiro<strong>da</strong> mãe, que aju<strong>da</strong> o bebê a encontrar a mama e reconhecer a mãe.• Dentro <strong>da</strong> mama há:- gordura e tecidos <strong>de</strong> apoio, que dão forma e tamanho à mama;- nervos que transmitem mensagens <strong>da</strong> mama para o cérebro acionar a liberação<strong>de</strong> hormônios <strong>de</strong> lactação;- pequenos sacos <strong>de</strong> células productoras <strong>de</strong> leite, ou alvéolos 26 , que produzemleite,- ductos <strong>de</strong> leite que levam o leite até o mamilo. O bebê precisa pegar a mamacorretamente para comprimir os ductos <strong>de</strong> leite sob a aréola e remover o leite<strong>de</strong> forma eficiente.• Em volta <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> alvéolo há pequenos músculos que se contraem para espremero leite para fora dos ductos. Também há uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> vasos sangüíneos ao redordos alvéolos que levam os nutrientes para as células produzirem o leite.• É importante reforçar para as mães que há muita variação no tamanho e forma<strong>da</strong>s mamas <strong>da</strong>s mulheres. A quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> leite produzi<strong>da</strong> não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do tamanho<strong>da</strong> mama. 27 Certifique-se <strong>de</strong> dizer a to<strong>da</strong>s as mães que suas mamas são boaspara o aleitamento materno e evite palavras que possam passar uma sensação <strong>de</strong>receio, como por exemplo, “problema”.26Uma glândula é um alvéolo e várias glândulas são os alvéolos27Mamas menores po<strong>de</strong>m não armazenar tanto leite entre as mama<strong>da</strong>s em comparação com mamas gran<strong>de</strong>s. Osbebês <strong>de</strong> mães com mamas pequenas po<strong>de</strong>m precisar mamar com maior freqüência, mas a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> leite produzi<strong>da</strong>em um dia é a mesma <strong>de</strong> mamas maiores.112


2. A produção <strong>de</strong> leite materno 15 minutos• As primeiras etapas <strong>da</strong> produção <strong>de</strong> leite são controla<strong>da</strong>s por hormônios ou mensageirosquímicos no sangue.- Durante a gestação, os hormônios aju<strong>da</strong>m o <strong>de</strong>senvolvimento e o aumento <strong>da</strong>mama. As mamas também começam a produzir colostro.- Após o parto, os hormônios <strong>da</strong> gestação diminuem. Dois hormônios – prolactinae ocitocina – tornam-se importantes para aju<strong>da</strong>r na produção e nofluxo ou ejeção <strong>de</strong> leite. Sob a influência <strong>da</strong> prolactina, as mamas começam aproduzir maiores quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> leite. Em geral, são necessárias entre 30 e 40horas após o nascimento até que um gran<strong>de</strong> volume <strong>de</strong> leite seja produzido.O colostro já está presente quando o bebê nasce.Prolactina• A prolactina é um hormônio que faz os alvéolos produzirem leite. A prolactinafunciona <strong>de</strong>pois <strong>da</strong> mama<strong>da</strong> do bebê, para a produção <strong>de</strong> leite para a mama<strong>da</strong>seguinte. A prolactina também po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar a mãe sonolenta e relaxa<strong>da</strong>.• O nível <strong>de</strong> prolactina é elevado nas primeiras duas horas após o parto. Também éelevado à noite. Portanto, o aleitamento materno noturno permite mais secreção<strong>de</strong> prolactina.Ocitocina• A ocitocina causa contração <strong>da</strong>s células musculares ao redor dos alvéolos, fazendoo leite fluir pelos ductos. Isso é fun<strong>da</strong>mental para que o bebê receba o leite.Esse processo é chamado reflexo <strong>da</strong> ocitocina, ou reflexo <strong>de</strong> ejeção <strong>de</strong> leite. Elepo<strong>de</strong> ocorrer diversas vezes durante uma mama<strong>da</strong>. O reflexo po<strong>de</strong> <strong>da</strong>r uma sensaçãodiferente ou ficar menos perceptível no <strong>de</strong>correr do tempo.• Logo após o nascimento do bebê, a mãe po<strong>de</strong> apresentar alguns sinais do reflexo<strong>da</strong> ocitocina. Eles incluem:- contrações uterinas dolorosas, às vezes com aumento momentâneo <strong>de</strong> sangramento,- se<strong>de</strong> súbita,- borrifo <strong>de</strong> leite <strong>da</strong> mama, ou vazamento <strong>da</strong> mama que não está sendo usa<strong>da</strong>pelo bebê,- sensação <strong>de</strong> pressão (fisga<strong>da</strong>) na mama.No entanto, as mães nem sempre têm uma sensação física.• Quando o leite é ejetado, o ritmo <strong>da</strong> mama<strong>da</strong> do bebê mu<strong>da</strong> <strong>de</strong> rápido para golesprofundos e lentos (cerca <strong>de</strong> um por segundo).• O reflexo <strong>da</strong> ocitocina é auxiliado pelos atos <strong>de</strong> ver, ouvir e pensar com carinho sobreo bebê. A mãe po<strong>de</strong> auxiliar a ocitocina a funcionar <strong>da</strong>s seguintes maneiras:- Se sentindo satisfeita com seu bebê e confiante <strong>de</strong> que seu leite é o melhor,- Relaxando e estando confortável para as mama<strong>da</strong>s.113


- Retirando um pouco <strong>de</strong> leite e estimulando o mamilo.- Mantendo seu bebê próximo para po<strong>de</strong>r ver, sentir o cheiro, tocar e respon<strong>de</strong>ra ele.- Se necessário, pedindo a alguém para massagear suas costas, principalmentenas laterais <strong>da</strong> espinha dorsal.Projetar sli<strong>de</strong> 6/2• A liberação <strong>de</strong> ocitocina po<strong>de</strong> ser temporariamente inibi<strong>da</strong> por:- Dor extrema, como a <strong>de</strong> mamilos fissurados ou pontos <strong>de</strong> parto cesariano ouepisiotomia,- Estresse <strong>de</strong> qualquer causa, inclusive dúvi<strong>da</strong>s, vergonha ou ansie<strong>da</strong><strong>de</strong>,- Nicotina e álcool.• Lembre-se que a forma como você conversa com a mãe é importante para aju<strong>da</strong>rseu leite a fluir; você apren<strong>de</strong>u isso na seção sobre habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação.Se fizer com que ela se preocupe com seu suprimento <strong>de</strong> leite, essa preocupaçãopo<strong>de</strong> afetar a liberação <strong>da</strong> ocitocina.Fator inibidor <strong>da</strong> lactação (FIL)• Você po<strong>de</strong> ter percebido que às vezes o leite é produzido em uma mama, mas nãona outra, em geral quando o bebê mama apenas <strong>de</strong> um lado. Isso ocorre porque oleite contém um inibidor que po<strong>de</strong> reduzir a sua própria produção.• Se o leite não for retirado e a mama estiver cheia, esse inibidor reduz a produção<strong>de</strong> leite. Se o leite for retirado <strong>da</strong> mama, os níveis do inibidor caem e a produção<strong>de</strong> leite aumenta. Portanto, a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> leite produzi<strong>da</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do quanto éremovido. Para garantir uma boa produção <strong>de</strong> leite, certifique-se <strong>de</strong> que o leite éretirado <strong>da</strong> mama <strong>de</strong> maneira eficiente.• Para prevenir que o fator inibidor <strong>da</strong> lactação reduza a produção <strong>de</strong> leite:- Certifique-se <strong>de</strong> que o bebê pega a mama corretamente;- Incentive mama<strong>da</strong>s freqüentes;- Permita que o bebê mame durante o tempo que quiser em ca<strong>da</strong> mama;114


- Espere que o bebê termine uma mama antes <strong>de</strong> oferecer a segun<strong>da</strong>;- Se o bebê não sugar, retire o leite para que a produção continue.3. O papel do bebê na transferência do leite 20 minutos• A sucção do bebê controla a produção <strong>de</strong> prolactina, o reflexo <strong>de</strong> ocitocina e aretira<strong>da</strong> do inibidor <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> mama. Para a mãe produzir o leite <strong>de</strong> que seubebê precisa, este <strong>de</strong>ve sugar com freqüência e <strong>da</strong> forma correta. O bebê não consegueobter o leite sugando apenas o mamilo.Pega correta e pega incorreta• As duas figuras a seguir ilustram o que acontece <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> boca do bebê quandoele mama.Projetar Sli<strong>de</strong> 6/3• Figura 1: Pega correta- O mamilo e a aréola estão esticados <strong>de</strong> modo a formarem um longo “bico”(ou teta) na boca do bebê.- Os gran<strong>de</strong>s ductos sob a aréola estão <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> boca do bebê.- A língua do bebê se estica para a frente por cima <strong>da</strong> gengiva inferior, <strong>de</strong> modoa pressionar o leite para fora <strong>da</strong> mama. Isto é chamado <strong>de</strong> sucção eficaz.- Quando o bebê toma a mama na boca <strong>de</strong>ssa maneira, ele pegou a mama corretamentee po<strong>de</strong> obter leite com facili<strong>da</strong><strong>de</strong>.• Figura 2: Pega incorreta- O mamilo e a aréola não estão esticados <strong>de</strong> modo a formarem um bico.- Os ductos <strong>de</strong> leite não estão <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> boca do bebê.- A língua do bebê está para <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> boca e ele não consegue pressionar oleite para fora- Esse bebê não pegou a mama corretamente. Ele está sugando apenas o mamilo,e isso po<strong>de</strong> ser doloroso para a mãe. O bebê não consegue sugar comeficiência ou obter o leite com facili<strong>da</strong><strong>de</strong>.Como distinguir se um bebê pegou a mama corretamente• Você precisa ser capaz <strong>de</strong> distinguir se um bebê pegou a mama corretamente apenascom o olhar. As figuras a seguir mostram o que se vê externamente.115


Projetar Sli<strong>de</strong> 6/4• Na figura 1, Pega correta- A boca do bebê está bem aberta.- O lábio inferior está voltado para fora.- O queixo toca a mama (ou quase).- Há mais aréola visível acima <strong>da</strong> boca do bebê do que abaixo.• A visualização <strong>de</strong> muita ou pouca aréola não é um sinal confiável <strong>de</strong> pega correta.Algumas mulheres têm aréolas gran<strong>de</strong>s e outras, pequenas. É mais confiávelcomparar quanto <strong>da</strong> aréola está visível acima e abaixo <strong>da</strong> boca do bebê (se algumaparte for visível).• Esses são sinais <strong>de</strong> boa pega. Se você pu<strong>de</strong>r observar todos esses sinais, o bebêpegou a mama corretamente. Quando o bebê pega a mama corretamente, a mãese sente confortável e sem dor e o bebê suga com eficiência.• Na figura 2: Pega incorreta- A boca do bebê não está bem aberta.- O lábio inferior aponta para a frente. (Também po<strong>de</strong> estar virado para <strong>de</strong>ntro.)- O queixo está distante <strong>da</strong> mama.- Há mais aréola visível abaixo <strong>da</strong> boca do bebê. (Você po<strong>de</strong> ver também porçõesiguais <strong>de</strong> aréola acima e abaixo <strong>da</strong> boca.). Esses são sinais <strong>de</strong> pega incorreta.Se você pu<strong>de</strong>r observar algum <strong>de</strong>sses sinais, o bebê não pegou a mamacorretamente e não consegue sugar com eficiência. O <strong>de</strong>sconforto <strong>da</strong> mãetambém é sinal <strong>de</strong> pega incorreta.A sucção• Quando a mama toca os lábios do bebê (ou o bebê sente o cheiro do leite), elejoga levemente a cabeça para trás, abre bem a boca, coloca a língua para baixo epara frente procurando a mama. Isso é chamado <strong>de</strong> reflexo <strong>de</strong> procura.• Quando o bebê está próximo o suficiente <strong>da</strong> mama e abocanha uma boa parte<strong>de</strong>la, ele consegue levar o mamilo para trás até tocar o palato. Isso estimula oreflexo <strong>de</strong> sucção.• Os músculos então movem a língua <strong>da</strong> frente para trás <strong>da</strong> boca, retirando o leitedos ductos que correm sob a aréola e levando-o à boca do bebê. Ao mesmo tempo,o reflexo <strong>da</strong> ocitocina faz o leite fluir ao longo dos ductos.116


• O bebê engole quando a parte <strong>de</strong> trás <strong>de</strong> sua boca se enche <strong>de</strong> leite (o reflexo<strong>de</strong> <strong>de</strong>glutição). Os reflexos <strong>de</strong> procura, sucção e <strong>de</strong>glutição ocorrem automaticamenteem bebês saudáveis nascidos a termo. Puxar a mama para o interior <strong>da</strong>boca não é algo completamente automático e muitos bebês precisam <strong>de</strong> aju<strong>da</strong>.• Um bebê sonolento por causa <strong>da</strong>s medicações usa<strong>da</strong>s no parto, prematuro oudoente po<strong>de</strong> precisar <strong>de</strong> mais aju<strong>da</strong> para pegar a mama <strong>de</strong> forma eficaz.Sinais <strong>de</strong> que o bebê está sugando <strong>de</strong> forma eficaz• Se o bebê tiver pegado a mama corretamente, provavelmente está sugando bem eobtendo leite materno durante a mama<strong>da</strong>. Os sinais <strong>de</strong> que o bebê está obtendo oleite materno com facili<strong>da</strong><strong>de</strong> são:- O bebê suga lenta e profun<strong>da</strong>mente, às vezes pausando por um curto tempo,- É possível ver ou ouvir o bebê engolindo.- As bochechas do bebê ficam cheias durante a mama<strong>da</strong>.- O bebê termina a mama<strong>da</strong> e solta a mama sozinho, e parece satisfeito. Essessinais informam que o bebê está recebendo o leite, portanto está sugandocom eficiência.Sinais <strong>de</strong> que o bebê NÃO está sugando <strong>de</strong> forma eficaz• Se o bebê- só suga a intervalos curtos;- emite sons <strong>de</strong> estalo com a boca;- tem as bochechas vazias;- está inquieto ou parece insatisfeito na mama e a solta com freqüência;- mama com muita freqüência – mais do que <strong>de</strong> hora em hora TODOS os dias 28 ;- mama durante muito tempo – por mais <strong>de</strong> uma hora em TODAS as mama<strong>da</strong>s,exceto se estiver com baixo peso ao nascer;- não está satisfeito ao fim <strong>da</strong> mama<strong>da</strong>,Esses são sinais <strong>de</strong> que a sucção não é eficiente e o bebê não está obtendo o leitecom facili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Mesmo apenas um <strong>de</strong>sses sinais indica que po<strong>de</strong> haver dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>.Bicos artificiais e dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> sucção• Os bicos artificiais e as chupetas po<strong>de</strong>m causar dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s para o bebê que amamenta.- Após sugar um bico artificial, o bebê po<strong>de</strong> ter dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> em sugar na mamaporque a ação <strong>da</strong> boca é diferente.- O bebê po<strong>de</strong> passar a preferir o bico artificial e achar difícil mamar na mãe,- O uso <strong>de</strong> chupetas po<strong>de</strong> reduzir o tempo <strong>de</strong> sucção na mama, reduzindo assima estimulação <strong>da</strong> mama, a produção <strong>de</strong> leite e a retira<strong>da</strong> do leite.28Mama<strong>da</strong> concentra<strong>da</strong> – quando o bebê mama com muita freqüência durante algumas horas e <strong>de</strong>pois dorme durante algumas horas.Isso é normal.117


Pergunte: Fátima pergunta o que po<strong>de</strong> fazer para ter bastante leite. Quais são asprincipais formas <strong>de</strong> garantir um bom suprimento <strong>de</strong> leite?Espere por algumas respostas.• Ensine as mães como manter uma farta produção <strong>de</strong> leite:- Aju<strong>de</strong> o bebê a mamar logo após o parto,- Certifique-se <strong>de</strong> que o bebê pegou a mama corretamente e não ofereça bicosartificiais que po<strong>de</strong>m confundir sua sucção e reduzir a estimulação <strong>da</strong> mama.- Pratique a amamentação exclusiva,- Alimente o bebê com a freqüência que ele quiser, em geral a ca<strong>da</strong> 1-3 horas,durante o tempo que ele quiser a ca<strong>da</strong> mama<strong>da</strong>.- Amamente o bebê à noite, quando a liberação <strong>de</strong> prolactina em resposta àsucção é eleva<strong>da</strong>.4. Cui<strong>da</strong>dos com a mama 5 minutosPergunte: O que as mães precisam saber sobre cui<strong>da</strong>dos com sua mama quandoamamentam?Espere por algumas respostas.• Ensine às mães a cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong> suas mamas.- Limpar as mamas somente com água. Sabão, loções, óleos e vaselina interferemcom a lubrificação natural <strong>da</strong> pele.- Limpar a mama uma vez ao dia durante a higiene corporal geral é suficiente.Não é necessário lavar a mama antes <strong>da</strong>s mama<strong>da</strong>s. Isso retira os óleos protetorese altera o odor que o bebê po<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar na mama <strong>de</strong> sua mãe.- Não é necessário o uso <strong>de</strong> sutiãs, mas eles po<strong>de</strong>m ser usados se <strong>de</strong>sejado. Osutiã <strong>de</strong>ve se ajustar bem à mulher e não ficar apertado <strong>de</strong>mais.Pergunte: Algumas mães talvez não estejam amamentando. Existe algo que precisamsaber sobre cui<strong>da</strong>dos com sua mama nos dias após o parto?Espere por algumas respostas.• Uma mãe que não está amamentando também precisa cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong> suas mamas. Seuleite seca naturalmente se o bebê não retirá-lo pela sucção 29 , mas isso leva uma semanaou mais. Ela po<strong>de</strong> tirar apenas o suficiente <strong>de</strong> leite para manter seus seiosconfortáveis e saudáveis enquanto seu leite seca. Esse leite po<strong>de</strong> ser <strong>da</strong>do ao bebê.Verifique se os participantes têm dúvi<strong>da</strong>s. Resuma a seção.Resumo <strong>da</strong> Seção 6• O tamanho e forma <strong>da</strong>s mamas não estão relacionados com a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> amamentar.• A prolactina aju<strong>da</strong> a produção <strong>de</strong> leite e po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar a mãe relaxa<strong>da</strong>.29A produção <strong>de</strong> leite pára porque o fator inibidor <strong>da</strong> lactação (FIL) impe<strong>de</strong> que a mama produza leite se a mama estiver cheia <strong>de</strong>mais.Ver seção 10 para informações sobre alívio para ingurgitamento.118


• A ocitocina ejeta o leite para que o bebê consiga retirá-lo com a sucção. Ficar relaxa<strong>da</strong>e confortável, ver, tocar, ouvir e pensar no bebê po<strong>de</strong>m aju<strong>da</strong>r a estimularo reflexo <strong>da</strong> ocitocina. Dor, dúvi<strong>da</strong>s, vergonha, nicotina e álcool po<strong>de</strong>m inibirtemporariamente a ocitocina.• Se a mama ficar cheia <strong>de</strong>mais, o fator inibidor <strong>da</strong> lactação reduzirá a produção <strong>de</strong>leite. A produção <strong>de</strong> leite só é retoma<strong>da</strong> quando o leite é retirado. A mama produztanto leite quanto for retirado.• A amamentação <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> e as mama<strong>da</strong>s freqüentes aju<strong>da</strong>m a iniciara produção <strong>de</strong> leite.Sinais <strong>de</strong> pega corretaO queixo toca a mama (ou quase)Boca bem abertaLábio inferior voltado para foraAréola: mais visível acima do que abaixo<strong>da</strong> bocaSinais <strong>de</strong> sucção eficazSinais <strong>de</strong> pega incorretaO queixo aponta para longe <strong>da</strong> mamaA boca não fica bem abertaLábio inferior aponta para a frente oupara <strong>de</strong>ntro.Aréola: mais visível abaixo <strong>da</strong> boca ouem partes semelhantes acima e abaixo.• Sucção lenta e profun<strong>da</strong> e sons <strong>de</strong> <strong>de</strong>glutição• Bochechas cheias• O bebê mama calmamente• O bebê termina a mama<strong>da</strong> sozinho e parece satisfeito• A mãe não sente dorSinais <strong>de</strong> que o bebê não está sugando <strong>de</strong> forma eficaz• Sucção rápi<strong>da</strong> e leve e sons <strong>de</strong> estalo com a boca• Bochechas vazias• Bebê inquieto na mama ou soltando-a com freqüência• O bebê mama com muita freqüência, durante muito tempo, mas não solta amama e parece insatisfeito• A mãe sente dor.Cui<strong>da</strong>dos com a mama são importantes• As mamas não precisam ser lava<strong>da</strong>s antes <strong>da</strong> mama<strong>da</strong>.• Mães que não estão amamentando precisam cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong> suas mamas até o leitesecar.119


Verificação <strong>de</strong> conhecimentoDescreva a uma nova mãe como saber se seu bebê pegou a mama corretamentee está sugando <strong>de</strong> forma eficaz.Seção 7: Como aju<strong>da</strong>r no aleitamento materno – Passo 5Objetivos <strong>da</strong> seção:Ao final <strong>de</strong>sta seção os participantes <strong>de</strong>vem ser capazes <strong>de</strong>:1. Listar os elementos centrais do posicionamento para o aleitamento 5 minutosmaterno bem sucedido e confortável;2. Descrever como avaliar a amamentação; 5 minutos3. Reconhecer sinais <strong>de</strong> pega e posicionamento corretos; 20 minutos4. Demonstrar como aju<strong>da</strong>r uma mãe a apren<strong>de</strong>r o posicionamento e 25 minutosa pega corretos para o aleitamento materno;5. Discutir quando aju<strong>da</strong>r com o aleitamento materno; 5 minutos6. Prática em pequenos grupos – aju<strong>da</strong>ndo uma ‘mãe’; 20 minutos7. Listar razões pelas quais um bebê po<strong>de</strong> ter dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> em pegar a 10 minutosmama;Tempo total <strong>da</strong> seção:90 minutosMateriais:Sli<strong>de</strong> 7/1: Varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> posições para o aleitamento maternoSli<strong>de</strong> 7/2: Formulário <strong>de</strong> Observação <strong>da</strong> mama<strong>da</strong>Sli<strong>de</strong> 7/3: Formulário <strong>de</strong> Observação <strong>da</strong> mama<strong>da</strong>. Figura 1Sli<strong>de</strong> 7/4: boca bem abertaSli<strong>de</strong>s 7/5 e 7/6: Observação <strong>da</strong> mama<strong>da</strong>. Figuras 2-3Formulário <strong>de</strong> Observação <strong>da</strong> mama<strong>da</strong> – uma cópia para ca<strong>da</strong> participanteAju<strong>da</strong>ndo a mãe a posicionar seu bebê – uma cópia para ca<strong>da</strong> participantePosições para amamentar – uma cópia para ca<strong>da</strong> participante (opcional)Almofa<strong>da</strong>s, travesseiros ou tecidos enroladosCa<strong>de</strong>ira baixa ou comum com apoio para os pés ou uma caixa pequena para apoiar ospés <strong>da</strong> ‘mãe’Colchonete ou leito para <strong>de</strong>monstração na posição <strong>de</strong>ita<strong>da</strong>Um boneco para ca<strong>da</strong> grupo <strong>de</strong> 4 participantes ou duplasUm mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> mama <strong>de</strong> pano para ca<strong>da</strong> grupo <strong>de</strong> 4 participantes ou por par120


Leitura adicional para os facilitadores:Aconselhamento em amamentação: um curso <strong>de</strong> treinamento (ORGANIZAÇÃOMUNDIAL DA SAÚDE; FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA,1993, Seção 10 – Posicionamento do bebê na mama e Seção 16 – Recusa <strong>da</strong> mama)Preparação para a <strong>de</strong>monstração:Peça a dois participantes que o auxiliem nas <strong>de</strong>monstrações. Explique que vocêquer que os participantes <strong>de</strong>sempenhem o papel <strong>de</strong> uma mãe que precisa <strong>de</strong> aju<strong>da</strong>para posicionar seu bebê. Uma ‘mãe’ ficará senta<strong>da</strong> e outra <strong>de</strong>ita<strong>da</strong>. Peça a ca<strong>da</strong> umaque escolha um nome para si mesma e para o bebê. Ela po<strong>de</strong> usar o próprio nomese quiser. Sempre trate seu boneco com carinho, já que você estará <strong>de</strong>monstrando ocomportamento que espera promover.Pratique as <strong>de</strong>monstrações com os participantes <strong>de</strong> acordo com o texto, <strong>de</strong> modoque você saiba como seguir os passos. Po<strong>de</strong> ser mais fácil que um facilitador expliqueos pontos e outro auxilie a “mãe” na <strong>de</strong>monstração.1. Posicionamento para amamentar 5 minutos• Posicionamento significa como a mãe segura seu bebê para ajudá-lo a pegar amama corretamente. Se o bebê não tiver pegado a mama corretamente, vocêpo<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r a mãe a posicionar seu bebê.• Se o bebê tiver pegado a mama corretamente e estiver sugando <strong>de</strong> forma eficaz,não interfira com a forma como ela amamenta. Informe à mãe os pontos-chaveque observar para aumentar sua confiança na sua própria capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliarcomo a amamentação está.Posição <strong>da</strong> mãe• A mãe po<strong>de</strong> usar muitas posições – por exemplo, sentar no chão, numa ca<strong>de</strong>ira,<strong>de</strong>itar, ficar em pé ou an<strong>da</strong>r. Se a mãe estiver senta<strong>da</strong> ou <strong>de</strong>ita<strong>da</strong>, ela <strong>de</strong>ve estar:- Confortável e com as costas apoia<strong>da</strong>s- Com os pés apoiados caso esteja senta<strong>da</strong>, para que as pernas não fiquem soltasou <strong>de</strong>sconfortáveis,- Com apoio nas mamas, se necessário.Posição do bebê (<strong>de</strong>monstre com o boneco)• O bebê também po<strong>de</strong> ficar em diferentes posições como ao longo do braço <strong>da</strong>mãe, sob o braço <strong>da</strong> mãe ou ao seu lado. Qualquer que seja a posição escolhi<strong>da</strong>,os mesmos quatro pontos são usados para aju<strong>da</strong>r o bebê a ficar confortável. Ocorpo do bebê precisa estar:- alinhado, com a orelha, o ombro e o quadril formando uma linha reta, paraque o pescoço não fique virado ou dobrado para frente ou para trás;- próximo ao corpo <strong>da</strong> mãe, para que o bebê seja levado à mama e não a mamaleva<strong>da</strong> ao bebê;- com apoio na cabeça, ombros e, caso seja recém-nascido, o corpo inteiro; e121


- <strong>de</strong> frente para a mama com o nariz apontado para o mamilo na aproximaçãoà mama.Projetar sli<strong>de</strong> 7/1 – figuras <strong>de</strong> várias posições. Distribuir impresso (opcional). Rapi<strong>da</strong>menteobservar que a mãe está em diferentes posições, mas to<strong>da</strong>s as vezes o bebêestá alinhado, próximo e <strong>de</strong> frente para a mama.• Você po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r a mãe se também estiver em uma posição confortável. Se suascostas estiverem sem apoio ou se seu corpo estiver curvado, po<strong>de</strong> ten<strong>de</strong>r a apressaro processo. Sente numa posição que o <strong>de</strong>ixe confortável e relaxado <strong>de</strong> formaconveniente a aju<strong>da</strong>r.2. Como avaliar uma mama<strong>da</strong> 5 minutos• A avaliação <strong>de</strong> uma mama<strong>da</strong> po<strong>de</strong>:- Aju<strong>da</strong>r a i<strong>de</strong>ntificar e elogiar o que a mãe e o bebê conseguirem fazer corretamente;- Fornecer informações sobre as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s enfrenta<strong>da</strong>s no aleitamento materno;e- Ressaltar práticas que po<strong>de</strong>m causar problemas mais tar<strong>de</strong> caso não sejamaltera<strong>da</strong>s.• A avaliação <strong>de</strong> uma mama<strong>da</strong> envolve observar o que a mãe e o bebê fazem e ouviro que a mãe informa. Se você explicar que gostaria <strong>de</strong> assistir a mama<strong>da</strong> do bebêao invés <strong>de</strong> dizer que vai observar o que a mãe vai fazer, isso po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r a mãe aficar tranqüila.• Se o bebê estiver enrolado em mantas pesa<strong>da</strong>s, peça à mãe que o tire <strong>da</strong> mantapara que você possa observar a posição do bebê.Distribua e explique a estrutura do Formulário <strong>de</strong> Observação <strong>da</strong> Mama<strong>da</strong>. Peçaaos participantes que olhem para o Formulário enquanto você explica.Projetar sli<strong>de</strong> 7/2.• O Formulário <strong>de</strong> Observação <strong>da</strong> Amamentação po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>a lembrarem do que precisam buscar quando estiverem fazendo uma observaçãoe po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r a reconhecer dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s.• O Formulário é dividido em seções e ca<strong>da</strong> uma lista sinais <strong>de</strong> que o aleitamentomaterno está indo bem ou sinais <strong>de</strong> possível dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>. Ca<strong>da</strong> sinal po<strong>de</strong> sermarcado quando tiver sido observado. Se to<strong>da</strong>s as marcações estiverem à esquer<strong>da</strong><strong>da</strong> lista, o aleitamento materno provavelmente está indo bem. Se houver marcaçõesà direita, po<strong>de</strong> haver dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s que precisam ser abor<strong>da</strong><strong>da</strong>s.• Observe a mãe:- O que você percebe a respeito <strong>da</strong> mãe – sua i<strong>da</strong><strong>de</strong>, aparência, se parece saudávelou doente, feliz ou triste, confortável ou tensa?- Você observa sinais <strong>de</strong> vínculo afetivo entre a mãe e o bebê – contato <strong>de</strong> olhar,sorriso, a mãe segura o bebê com confiança e segurança, ou não há troca <strong>de</strong>olhar e a mãe segura o bebê com indiferença?122


• Observe o bebê:- O que você percebe a respeito do bebê – saú<strong>de</strong> geral, se está alerta ou sonolento,calmo ou chorando e outras condições que possam afetar a amamentaçãocomo nariz entupido ou fen<strong>da</strong> palatina?- Como o bebê reage – olha para a mama quando está com fome, se aproxima<strong>da</strong> mãe ou tenta se <strong>de</strong>svencilhar?• Enquanto a mãe se prepara para amamentar, o que você observa em relação asuas mamas?- Qual a aparência <strong>de</strong> suas mamas e mamilos – saudáveis ou avermelhados,inchados ou doloridos?- Ela diz que sente dor ou age como se tivesse receio <strong>de</strong> alimentar o bebê?- Como ela segura a mama para a amamentação? Seus <strong>de</strong>dos estão atrapalhandoo bebê a abocanhar gran<strong>de</strong> parte <strong>da</strong> mama?• Observe a posição do bebê para mamar:- Como o bebê está posicionado – cabeça e corpo (coluna) alinhados, corpopróximo e apoiado, <strong>de</strong> frente para a mama e aproximando o nariz do mamilo?Ou o corpo do bebê está torto, afastado, sem apoio e com o queixo apontadopara o mamilo?• Observe os sinais <strong>de</strong> pega correta durante a mama<strong>da</strong>:- Você observa: mais aréola visível acima <strong>da</strong> boca do bebê do que abaixo, bocabem aberta, lábio inferior voltado para fora e o queixo tocando a mama?• Observe o bebê sugar:- Você observa o bebê sugar <strong>de</strong> modo lento e profundo? Po<strong>de</strong> ser que vocêouça leves sons <strong>de</strong> <strong>de</strong>glutição ou estalidos e observe que a bochecha do bebêestá cheia durante a mama<strong>da</strong>.- Observe como a mama<strong>da</strong> termina - o bebê solta a mama sozinho e parecesatisfeito?• Pergunte à mãe o que ela sente em relação ao aleitamento materno:- Ela consegue sentir sinais do reflexo <strong>da</strong> ocitocina (ex.: vazamento ou formigamento)?- Há <strong>de</strong>sconforto ou dor?3. Reconhecer os sinais <strong>de</strong> pega e posicionamento corretos 20 minutosProjete os sli<strong>de</strong>s e peça aos participantes que procurem pelos sinais, nas seções doFormulário <strong>de</strong> Observação <strong>da</strong> Mama<strong>da</strong>. Após terem <strong>de</strong>scrito os sinais que observarem,mencione os que não tiverem sido citados. Não é possível observar todos ossinais em uma figura; por exemplo, você não po<strong>de</strong> ver movimento ou como o bebêtermina a mama<strong>da</strong>. Quando observar mães e bebês <strong>de</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong> você po<strong>de</strong>rá buscartodos os sinais.123


Sli<strong>de</strong> 7/3Pergunte: Acompanhe as seções do Formulário <strong>de</strong> Observação <strong>da</strong> Mama<strong>da</strong>. O quevocê observa?Dê aos participantes alguns momentos para observarem a figura. Depois abor<strong>de</strong>ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s seções e pergunte o que eles observam. Sugira pontos que não foremmencionados.Sinais que po<strong>de</strong>m ser observados:Gerais:• A mãe parece saudável.• Ela está senta<strong>da</strong> em posição confortável.• A mãe está olhando com carinho para o bebê• O bebê parece saudável, calmo e relaxado.• As mamas parecem saudáveis.• Ela não está apoiando a mama.A mama po<strong>de</strong> ser empurra<strong>da</strong> fora <strong>de</strong> alinhamento pelo sutiã ou uma blusa que nãoabre completamente.Posição do bebê:• A cabeça e o corpo do bebê estão alinhados• O bebê não está próximo <strong>da</strong> mãe• O bebê não está bem apoiado• O bebê está <strong>de</strong> frente para a mãePega <strong>da</strong> mama pelo bebê:• Essa mãe tem uma aréola gran<strong>de</strong>. Porém, parece que o bebê não abocanhou umagran<strong>de</strong> parte <strong>da</strong> mama.• A boca do bebê está aberta, mas não o suficiente.• O lábio inferior está voltado para fora.• O queixo do bebê não toca a mama.• Não po<strong>de</strong>mos ver sinais <strong>de</strong> sucção numa figura.Pergunte: Quando conversar com uma mãe, lembre <strong>de</strong> dizer algo positivo antes <strong>de</strong>sugerir mu<strong>da</strong>nças. Quais são os sinais positivos que po<strong>de</strong>m ser mencionados paraa mãe?• Seu bebê parece bem e parece estar mamando com satisfação• Você olha com carinho para o bebê• O corpo do bebê está alinhado e <strong>de</strong> frente para você.124


Pergunte: O que você po<strong>de</strong> sugerir à mãe?• Você po<strong>de</strong> sugerir que a mãe reposicione seu bebê para que ele consiga uma sucçãomais eficiente.• Talvez aju<strong>de</strong> se a mãe tirar a blusa e o sutiã para que a mama não fique aperta<strong>da</strong>.• Ela po<strong>de</strong> facilmente apoiar sua mama com uma mão e com a outra mão e o outrobraço segurar o bebê bem próximo para que ele possa abocanhar bem a mama.• Lembre aos participantes como fica a boca bem aberta. Projetar sli<strong>de</strong> 7/4.Sli<strong>de</strong> 7/5Pergunte: Acompanhe as seções do Formulário <strong>de</strong> Observação <strong>da</strong> Mama<strong>da</strong>. O quevocê observa?Dê aos participantes alguns momentos para observarem a figura. Depois abor<strong>de</strong>ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s seções e pergunte o que eles observam. Sugira pontos que não foremmencionados.Sinais que po<strong>de</strong>m ser observados:Geral:Nesta figura, não é possível ver muito <strong>da</strong> mãe ou sua posição. Ela está usando dois<strong>de</strong>dos para apoiar a mama em posição <strong>de</strong> ‘tesoura’. É difícil manter os <strong>de</strong>dos nessa posiçãopor muito tempo e eles po<strong>de</strong>m escorregar para perto do mamilo e impedir queo bebê abocanhe uma boa parte <strong>da</strong> mama. O bebê parece saudável, apesar <strong>de</strong> tenso.(Observe a mão fecha<strong>da</strong> em punho.)Posição do bebê:• A cabeça e o corpo do bebê não estão alinhados.• A cabeça do bebê está vira<strong>da</strong> para trás.• O bebê não está próximo <strong>da</strong> mãe• O bebê não está bem apoiado• O bebê está <strong>de</strong> frente para a mãePega <strong>da</strong> mama pelo bebê:• Não é possível ver bem a aréola nessa figura• A boca do bebê não está bem aberta.• O lábio inferior não está voltado para fora.• O queixo do bebê não toca a mama.• Não po<strong>de</strong>mos ver sinais <strong>de</strong> sucção numa figura.Pergunte: Quais são os sinais positivos que po<strong>de</strong>m ser mencionados para a mãe?• O bebê parece saudável.• Ela está olhando com carinho para o bebê• O bebê está <strong>de</strong> frente para a mãe125


Pergunte: O que você po<strong>de</strong> sugerir à mãe?• Você po<strong>de</strong> sugerir que a mãe reposicione seu bebê novamente para que ele consigauma sucção mais eficiente.• Se ela segurar o bebê mais próximo ao seu corpo e apoiá-lo (talvez com umatoalha enrola<strong>da</strong> ou um travesseiro), o bebê alcançará a mama sem esforço e semdobrar a cabeça para trás.• Ela po<strong>de</strong> segurar a mama com a mãe em forma <strong>de</strong> concha para o bebê abocanharbem a mama.Sli<strong>de</strong> 7/6Pergunte: Acompanhe as seções do Formulário <strong>de</strong> Observação <strong>da</strong> Mama<strong>da</strong>. O quevocê observa?Dê aos participantes alguns momentos para observarem a figura. Depois abor<strong>de</strong>ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s seções e pergunte o que eles observam. Sugira pontos que não foremmencionados.Sinais que po<strong>de</strong>m ser observados:Geral:Nesta figura, não é possível ver muito <strong>da</strong> mãe ou sua posição. Ela está usando dois<strong>de</strong>dos para apoiar a mama, no entanto, ela não parece estar <strong>de</strong> fato apoiando a mama.A mama parece estar caí<strong>da</strong> para alcançar o bebê ao invés <strong>de</strong> o bebê ser levado ao nível<strong>da</strong> mama. Esse bebê parece ter algum problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, portanto po<strong>de</strong> achar difícilsugar por muito tempo <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> vez.Posição do bebê:• A cabeça e o corpo do bebê estão alinhados, o pescoço do bebê não está torto.• O bebê não está próximo <strong>da</strong> mãe• O bebê está apoiado, mas precisaria ser apoiado no nível <strong>da</strong> mama e voltado paraa mãe• O bebê não está <strong>de</strong> frente para a mãePega <strong>da</strong> mama pelo bebê:• Não é possível ver bem a aréola nessa figura• A boca do bebê não está bem aberta.• O lábio inferior do bebê está voltado para fora.• O queixo do bebê não toca a mama.• Não po<strong>de</strong>mos ver sinais <strong>de</strong> sucção numa figura.Pergunte: Quais são os sinais positivos que po<strong>de</strong>m ser mencionados para a mãe?• Seu bebê está sendo amamentado e isso mostra seu cui<strong>da</strong>do e carinho com ele.Pergunte: O que você po<strong>de</strong> sugerir à mãe?126


• A mãe talvez precise encontrar uma posição mais confortável para não ter que securvar em direção ao bebê. Você po<strong>de</strong> sugerir que a mãe reposicione o bebê paraque ele consiga uma sucção mais eficiente.• Se ela segurar o bebê mais próximo ao seu corpo, com o corpo do bebê voltadopara a mama numa posição mais alta e com apoio (talvez com uma toalha enrola<strong>da</strong>ou um travesseiro), o bebê alcançará a mama sem esforço e isso talvez facilitea pega <strong>da</strong> mama.Essas figuras mostram vários sinais que po<strong>de</strong>m ser melhorados. No entanto, lembreque muitas mães e bebês não têm dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s com a amamentação. Observe os sinais<strong>de</strong> que o aleitamento materno está indo bem, não apenas os sinais <strong>de</strong> possíveisdificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s.Mais tar<strong>de</strong> você observará mães e bebês reais.4. Aju<strong>da</strong>r uma mãe a apren<strong>de</strong>r o posicionamento e a pega corretos 25 minutosEm primeiro lugar, explique os seguintes tópicos:• O objetivo <strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r a mãe é fazer com que ela consiga sozinha posicionar o bebêe fazer com que ele pegue a mama. Não aju<strong>da</strong> em na<strong>da</strong> a confiança <strong>da</strong> mãe se oprofissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> conseguir posicionar o bebê e ela não conseguir isso sozinha.• Lembre-se dos seguintes pontos quando for aju<strong>da</strong>r uma mãe:- Sempre observe a mãe amamentar antes <strong>de</strong> oferecer aju<strong>da</strong>. Ofereça aju<strong>da</strong> somentese houver dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>.- Aju<strong>de</strong> o quanto pu<strong>de</strong>r sem tocar na mãe, para que ela possa aju<strong>da</strong>r o bebê apegar a mama sozinha. Se precisar mostrar à mãe, tente primeiro <strong>de</strong>monstrarcom a sua mão sobre o seu corpo. To<strong>da</strong>via, se necessário, você po<strong>de</strong> precisarusar a sua mão para guiar o braço e a mão <strong>da</strong> mãe com cui<strong>da</strong>do.- Converse sobre os pontos-chave que a mãe po<strong>de</strong> observar enquanto amamenta– alinhamento, proximi<strong>da</strong><strong>de</strong>, apoio e corpo voltado para a mãe, paraque ela sinta confiança e consiga fazer tudo com eficiência.• As mães não são to<strong>da</strong>s iguais. Algumas mães e alguns bebês precisarão <strong>de</strong> maistempo para apren<strong>de</strong>r sobre a amamentação, enquanto outras po<strong>de</strong>m precisarapenas <strong>de</strong> palavras <strong>de</strong> encorajamento para estimular sua confiança. O profissional<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> precisa observar e ouvir a mãe, para que seja ofereci<strong>da</strong> aju<strong>da</strong> práticae apoio psicológico, se necessário.Demonstre como aju<strong>da</strong>r uma mãe que esteja senta<strong>da</strong>• Demonstre como aju<strong>da</strong>r a mãe a posicionar seu bebê. Explique para a ‘mãe’ <strong>de</strong>modo a aumentar sua confiança e ajudá-la a enten<strong>de</strong>r, portanto os participantespo<strong>de</strong>m ver como são utiliza<strong>da</strong>s técnicas <strong>de</strong> comunicação. Quando você explicaum ponto para os participantes, afaste-se ligeiramente <strong>da</strong> mãe e vire-se para osparticipantes, para <strong>de</strong>ixar claro que você está conversando com eles, não com amãe.127


Peça ao participante ou facilitador que irá aju<strong>da</strong>r na <strong>de</strong>monstração para sentar naca<strong>de</strong>ira ou leito que foi provi<strong>de</strong>nciado. Ele <strong>de</strong>ve segurar o boneco <strong>de</strong> forma comum,porém numa posição ruim, como praticado antes: sem firmeza, apoiando apenas a cabeçado bebê, com o corpo afastado <strong>da</strong> mãe, <strong>de</strong> modo que ela tenha que se dobrar paralevar a mama para a boca do bebê. Diga que perguntará como está indo o aleitamentomaterno e ela <strong>de</strong>ve dizer que sente dor quando o bebê suga.Explique os seguintes pontos:• Vocês verão uma <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> como aju<strong>da</strong>r uma mãe. Na primeira <strong>de</strong>monstraçãoa mãe estará senta<strong>da</strong>.• Quando aju<strong>da</strong>r uma mãe:- Cumprimente a ‘mãe’, se apresente e pergunte o nome <strong>de</strong>la e do bebê.- Pergunte como ela vai e faça uma ou duas perguntas abertas sobre como estáindo o aleitamento materno.- Pergunte se você po<strong>de</strong> ver como seu bebê mama e peça para ela colocar obebê para mamar <strong>de</strong> maneira habitual.- Sente-se também, para que fique confortável e relaxado e numa posição convenientepara aju<strong>da</strong>r.- Observe o aleitamento materno durante alguns minutos.Siga estas etapas – cumprimento, perguntas e observação – com a ‘mãe’ <strong>da</strong> <strong>de</strong>monstração.Depois, explique aos participantes:• Quando estiverem observando o aleitamento, recorra ao Formulário <strong>de</strong> Observação<strong>da</strong> Mama<strong>da</strong>. Observem:- a mãe e o bebê em geral- as mamas <strong>da</strong> mãe- a posição do bebê e a pega <strong>da</strong> mama durante a mama<strong>da</strong>- a forma como o bebê suga• Pergunte à mãe o que ela sente em relação ao aleitamento materno.• Nesta <strong>de</strong>monstração, po<strong>de</strong>mos ver que a mãe está <strong>de</strong>bruça<strong>da</strong> sobre o bebê, o bebêestá <strong>de</strong>itado <strong>de</strong> costas e voltado para longe do corpo <strong>da</strong> mãe e somente a cabeçado bebê está apoia<strong>da</strong>. A mãe diz que sente dor quando o bebê suga.• Após observar a amamentação:- Diga algo encorajador. [Por exemplo: “Seu bebê realmente gosta do seu leite,não é?”]- Explique o que po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r e pergunte se ela gostaria que você mostrassecomo fazê-lo. Se ela concor<strong>da</strong>r, você po<strong>de</strong> começar a ajudá-la. [Por exemplo:“O aleitamento materno po<strong>de</strong> ser menos doloroso se (nome do bebê) abrissemais a boca para pegar o peito quando mama. Você gostaria que eu mostrassecomo fazer isso?]128


Siga estas etapas – dizer algo encorajador, explicar e oferecer aju<strong>da</strong> – com a ‘mãe’<strong>da</strong> <strong>de</strong>monstração.Ressalte as questões abaixo para a ‘mãe’ e aju<strong>de</strong>-a para ca<strong>da</strong> sugestão antes <strong>de</strong> <strong>da</strong>ra sugestão seguinte. A ‘mãe’ se senta numa posição confortável e relaxa<strong>da</strong> (comovocês combinaram quando praticaram).• A posição <strong>da</strong> mãe é importante. A posição recosta<strong>da</strong> com os pés apoiados é maisconfortável. Leve o bebê ao nível <strong>da</strong> mama usando toalhas ou roupas enrola<strong>da</strong>s,almofa<strong>da</strong>s ou travesseiro, se necessário.• Há quatro pontos-chave sobre a posição do bebê:1. A cabeça e o corpo do bebê <strong>de</strong>vem ficar alinhados.2. A mãe <strong>de</strong>ve segurar o corpo do bebê próximo ao seu.3. Se o bebê for recém-nascido, apoiar o corpo todo, não apenas a cabeça e osombros.4. O rosto do bebê <strong>de</strong>ve ficar <strong>de</strong> frente para a mama, com o nariz em oposição aomamilo.Aju<strong>de</strong> a ‘mãe’ a segurar seu bebê alinhado, próximo, virado <strong>de</strong> frente e com apoio.Depois mostre como ela po<strong>de</strong> apoiar sua mama com uma mão e oferecê-la ao bebê 30 :• Muitas mães apóiam as mamas:- pousando os <strong>de</strong>dos no tórax, sob a mama, <strong>de</strong> modo que o indicador formeum apoio na base <strong>da</strong> mama.- usando o polegar para gentilmente pressionar o topo <strong>da</strong> mama. Isso po<strong>de</strong>melhorar a forma <strong>da</strong> mama facilitando a pega <strong>da</strong> mama pelo bebê. No entanto,a pressão <strong>de</strong>ve ser leve e não <strong>de</strong>ve ser feita sempre no mesmo ponto.- certificando-se <strong>de</strong> que os <strong>de</strong>dos não estão próximos ao mamilo, para não impedirque o bebê abocanhe uma boa parte <strong>da</strong> mama.• Depois aju<strong>de</strong> o bebê a ir até a mama e pegá-la com as seguintes ações:- tocando o lábio do bebê com a mama, para que ele abra a boca.- espere até que a boca do bebê esteja bem aberta e aproxime o bebê <strong>da</strong> mama.A boca do bebê precisa estar bem aberta para abocanhar uma boa parte <strong>da</strong>mama.- apontando o lábio inferior do bebê bem abaixo do mamilo, para que seuqueixo e lábio inferior toque a mama antes do lábio superior.- aproximando o bebê <strong>da</strong> mama. A mãe não <strong>de</strong>ve afastar a si mesma ou a mamado bebê.Explique aos participantes:• Tente não tocar na mãe ou no bebê, se possível. Porém, se precisar tocar neles,mostre à mãe o que fazer:30Você po<strong>de</strong> preferir usar um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> mama em tecido caso a “mãe” não queria segurar seu seio na aula.129


- coloque sua mão sobre a mão ou braço <strong>da</strong> mãe, para segurar seu bebê através<strong>de</strong>la.- segure o bebê por trás dos ombros – e não por trás <strong>da</strong> cabeça.- tenha o cui<strong>da</strong>do <strong>de</strong> não empurrar a cabeça do bebê para frente.• Um lactente com pouco tempo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> precisa que seu corpo inteiro seja apoiado,não apenas a cabeça e o pescoço. Uma criança mais velha po<strong>de</strong> gostar <strong>de</strong> terapoio nas costas mesmo que se sente para amamentar. A mão ou braço <strong>da</strong> mãe<strong>de</strong>ve apoiar a cabeça do bebê, mas não <strong>de</strong>ve apertar a cabeça com firmeza. Obebê precisa conseguir dobrar a cabeça levemente para trás quando abocanhara mama.• A mama não precisa ser afasta<strong>da</strong> do nariz do bebê. As narinas do bebê são abertaspara ajudá-lo a respirar. Se você estiver preocupa<strong>da</strong> achando que o nariz dobebê está próximo <strong>de</strong>mais, puxe os quadris <strong>de</strong>le mais para perto do corpo <strong>da</strong>mãe. Isso faz com que a cabeça do bebê vire levemente para trás e o nariz se afasta<strong>da</strong> mama.• Preste atenção a como a mãe reage às alterações propostas por você.Pergunte à mãe <strong>da</strong> <strong>de</strong>monstração o que ela sente em relação ao aleitamento maternoagora. A participante que <strong>de</strong>sempenha o papel <strong>da</strong> ‘mãe’ <strong>de</strong>ve dizer, “assim émuito melhor”!Mencione os seguintes pontos:• Se você melhorar a pega <strong>da</strong> mama pelo bebê, às vezes a mãe espontaneamente dizque a sensação é melhor.• Se a sucção é confortável para a mãe e ela parece feliz, seu bebê provavelmentepegou a mama corretamente. Se a sucção é <strong>de</strong>sconfortável ou dolorosa, seu bebêprovavelmente não pegou a mama corretamente.• Procure todos os sinais <strong>de</strong> que o bebê pegou a mama corretamente (que obviamentenão po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>monstrados com um boneco). Se a pega não estiver correta,tente novamente.• Muitas vezes são necessárias várias tentativas para que o bebê pegue a mama corretamente.Você po<strong>de</strong> ter que voltar a trabalhar com a mãe mais tar<strong>de</strong> ou no diaseguinte, até que o aleitamento materno esteja ocorrendo bem.• Se ela tiver dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s com uma posição, tente ajudá-la a encontrar outra maisfácil ou confortável.Conclua a <strong>de</strong>monstração. Diga para a mãe <strong>da</strong> <strong>de</strong>monstração algo como:“Esta nova posição parece ser mais confortável para você e seu bebê. Você vai tentarfazer assim na próxima mama<strong>da</strong> e me dizer como foi?”Agra<strong>de</strong>ça a mãe <strong>da</strong> <strong>de</strong>monstração por sua aju<strong>da</strong>.Demonstre como aju<strong>da</strong>r uma mãe que esteja <strong>de</strong>ita<strong>da</strong>Peça ao participante que está aju<strong>da</strong>ndo para mostrar o aleitamento materno na posição<strong>de</strong>ita<strong>da</strong> como vocês praticaram. Ele <strong>de</strong>ve se <strong>de</strong>itar sobre um cotovelo, com obebê (boneco) distante do corpo e sendo segurado sem firmeza na cama.130


Explique aos participantes:• Agora vocês verão como aju<strong>da</strong>r uma mãe que está amamentando <strong>de</strong>ita<strong>da</strong>. Comona <strong>de</strong>monstração anterior:- cumprimente a mãe e se apresente,- pergunte como está a amamentação,- pergunte se você po<strong>de</strong> observar seu bebê mamar,- observe uma mama<strong>da</strong>.Siga essas etapas na <strong>de</strong>monstração com a ‘ mãe’:Cumprimente a mãe, se apresente, pergunte como está a amamentação. [A ‘mãe’<strong>de</strong>ve dizer que sente dor]. Pergunte se você po<strong>de</strong> observar seu bebê mamar. Observeuma mama<strong>da</strong>, diga algo encorajador (por exemplo, “<strong>de</strong>itar para amamentar é umaótima maneira <strong>de</strong> <strong>de</strong>scansar um pouco”).Explique aos participantes:• Com essa <strong>de</strong>monstração, observamos que a mãe está <strong>de</strong>ita<strong>da</strong> com a cabeça sobreo cotovelo. Essa posição po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>sconfortável após alguns minutos. O bebêestá distante <strong>da</strong> mãe e não está bem apoiado.• Após observar uma mama<strong>da</strong>,- diga algo encorajador,- explique o que po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r e se ofereça para <strong>de</strong>monstrar.Fale com a ‘mãe’ <strong>da</strong> <strong>de</strong>monstração:Explique o que po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r e ofereça aju<strong>da</strong> (por exemplo, “po<strong>de</strong> ser mais confortávelse colocar numa posição um pouco diferente e ter seu bebê mais perto do corpo.Você gostaria que eu mostrasse como é?”).Ressalte as questões abaixo para a ‘mãe’ e aju<strong>de</strong>-a para ca<strong>da</strong> sugestão antes <strong>de</strong> <strong>da</strong>r asugestão ou instrução seguinte.• Para relaxar, a mãe precisa <strong>de</strong>itar <strong>de</strong> lado numa posição na qual po<strong>de</strong>ria dormir.Ficar sobre o cotovelo não é uma posição relaxante para a maioria <strong>da</strong>s mães.• Um pe<strong>da</strong>ço <strong>de</strong> pano enrolado ou travesseiros embaixo <strong>da</strong> cabeça e entre os joelhospo<strong>de</strong>m aju<strong>da</strong>r. Suas costas também precisam <strong>de</strong> apoio. Esse apoio po<strong>de</strong>ser uma pare<strong>de</strong> ao lado <strong>da</strong> cama, um pe<strong>da</strong>ço <strong>de</strong> pano enrolado ou até mesmo omarido!Mostre à mãe como segurar seu bebê. Mostre o que ela <strong>de</strong>ve fazer, caso necessário.• Mencione para a mãe os quatro pontos-chave que envolvem a posição do bebê:alinhamento, proximi<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong> frente e apoio. Ela po<strong>de</strong> apoiar as costas do bebêcom a parte inferior do braço.• Se necessário, ela po<strong>de</strong> apoiar a mama com a mão <strong>de</strong> cima. Se ela não apoiar amama, po<strong>de</strong> segurar o bebê com a parte superior do braço.• Mostre como levar o bebê até a mama para que ele a pegue.131


• Uma razão comum <strong>de</strong> dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> com a pega na posição <strong>de</strong>ita<strong>da</strong> é que o bebêestá alto <strong>de</strong>mais (muito perto do ombro) e a cabeça do bebê precisa se dobrarpara frente para alcançar a mama.• Preste atenção a como a mãe reage às alterações propostas por você.Pergunte à mãe <strong>da</strong> <strong>de</strong>monstração o que ela sente em relação ao aleitamento maternoagora. A participante que <strong>de</strong>sempenha o papel <strong>da</strong> ‘mãe’ <strong>de</strong>ve dizer, “assim émuito melhor”!Conclua a <strong>de</strong>monstração. Diga para a mãe <strong>da</strong> <strong>de</strong>monstração algo como:“Esta nova posição parece ser mais confortável para você e seu bebê. Você vaitentar fazer assim na próxima mama<strong>da</strong> e me dizer como foi?”Agra<strong>de</strong>ça a mãe <strong>da</strong> <strong>de</strong>monstração por sua aju<strong>da</strong>.Se tiver tempo, você também po<strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar como aju<strong>da</strong>r a mãe em outras posiçõescomo, por exemplo, segurar o bebê no antebraço.5. Quando aju<strong>da</strong>r o aleitamento materno 5 minutos• O bebê encontra a mama na primeira hora <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> e também po<strong>de</strong> chegar a sugar.Esse <strong>de</strong>ve ser um momento relaxante, sem ênfase no posicionamento <strong>da</strong> mãe edo bebê ou na avaliação do aleitamento. Muitas vezes a mãe e o bebê irão dormiralgumas horas <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>sse tempo inicial.• Quando o bebê acor<strong>da</strong>r novamente algumas horas mais tar<strong>de</strong>, será um bom momentopara aju<strong>da</strong>r a mãe a encontrar uma posição confortável e ajudá-la com oposicionamento e pega <strong>da</strong> mama pelo bebê, caso ela precise <strong>de</strong> aju<strong>da</strong>. Lembre-se<strong>de</strong> observar primeiro.• Aju<strong>de</strong> a mãe a posicionar o bebê ao invés <strong>de</strong> posicionar o bebê para a mãe. A mãesozinha precisa ser capaz <strong>de</strong> posicionar o bebê.• Se o bebê for saudável e nascido a termo não há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> acordá-lo nasprimeiras horas. Se o bebê foi exposto à se<strong>da</strong>ção durante o parto, se é prematuroou pequeno para a i<strong>da</strong><strong>de</strong> gestacional ou se tem risco <strong>de</strong> hipoglicemia, ele po<strong>de</strong>precisar ser acor<strong>da</strong>do após 3-4 horas e estimulado para mamar.6. Praticar a aju<strong>da</strong> a uma ‘mãe’ em pequenos grupos 20 minutosDivi<strong>da</strong> os participantes em pequenos grupos <strong>de</strong> quatro mais um facilitador. Peçaque eles se revezem em pares para aju<strong>da</strong>rem uma mãe a posicionar seu bebê.Distribua para ca<strong>da</strong> grupo ou par uma boneca e uma mama <strong>de</strong> tecido. Distribuauma cópia do impresso Aju<strong>da</strong>ndo a mãe a posicionar seu bebê.Os “profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>” <strong>de</strong>vem seguir ca<strong>da</strong> etapa do resumo cui<strong>da</strong>dosamentepara conseguirem lembrar <strong>de</strong> todos quando aju<strong>da</strong>rem uma mãe real na prática clínica.Os outros participantes do grupo observam e <strong>de</strong>pois dão sugestões.Certifique-se <strong>de</strong> que todos os participantes <strong>de</strong>sempenhem o papel do profissional<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que aju<strong>da</strong> a mãe. Incentive os participantes a usarem posições diferentes.132


7. Bebê com dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> para pegar a mama 10 minutos• Um bebê po<strong>de</strong> parecer relutante em mamar por diversos motivos. A mãe po<strong>de</strong>achar que seu bebê a está rejeitando e ficar nervosa. Nos primeiros dias, o motivopo<strong>de</strong> ser simplesmente que a mãe e o bebê precisam <strong>de</strong> tempo para apren<strong>de</strong>r aamamentar. Observe a mãe e o bebê numa mama<strong>da</strong>, observando também comoo bebê tenta pegar a mama.Causas para a relutância em comerPergunte: Por que um bebê po<strong>de</strong> estar relutante em mamar?Espere por algumas respostas.• O bebê po<strong>de</strong> não estar com fome naquele momento. Se o bebê foi bem alimentadorecentemente, é evi<strong>de</strong>nte que ele po<strong>de</strong> simplesmente não estar com fome enão estar pronto para outra mama<strong>da</strong>. Se tiver sido amamentado, a mãe saberádizer. Mas você po<strong>de</strong> ter que verificar se alguém ofereceu mama<strong>de</strong>ira ao bebê poralguma razão.• O bebê po<strong>de</strong> estar com resfriado ou doente, ou ser pequeno e fraco. O bebêpo<strong>de</strong> se recusar a mamar <strong>de</strong> todo, po<strong>de</strong> pegar a mama sem sugar ou po<strong>de</strong> sugarcom pouca intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> ou durante pouco tempo.• A mãe po<strong>de</strong> estar segurando o bebê em uma posição ina<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>, e ele po<strong>de</strong>não conseguir pegar a mama direito. Nesse caso, o bebê po<strong>de</strong> parecer ter fome equerer mamar, mas ser incapaz <strong>de</strong> pegar a mama com eficiência.• A mãe po<strong>de</strong> estar movendo ou balançando a mama ou o bebê, dificultando apermanência do bebê na mama.• A mama po<strong>de</strong> estar muito cheia e dura, dificultando a pega pelo bebê.• O leite po<strong>de</strong> estar fluindo rápido <strong>de</strong>mais e o bebê começa a mamar bem, massolta a mama chorando ou engasgando.• O bebê po<strong>de</strong> estar com a boca machuca<strong>da</strong> ou o nariz entupido e sugar por umtempo curto e soltar a mama, às vezes chorando <strong>de</strong> frustração.• O bebê po<strong>de</strong> estar com dor quando segurado <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> maneira, porexemplo após parto por fórceps caso haja pressão sobre um hematoma na cabeçado bebê ou se ele sente dor na cabeça ao ficar em certa posição.• O bebê po<strong>de</strong> ter aprendido a sugar em um bico artificial e achar difícil sugar namama.• A mãe po<strong>de</strong> ter usado um sabonete ou perfume diferente e o bebê po<strong>de</strong> não gostardo cheiro.• Se o suprimento <strong>de</strong> leite é muito fraco, o bebê po<strong>de</strong> a princípio não obter leite eparar <strong>de</strong> mamar por estar frustrado.Às vezes o bebê suga bem uma mama, mas• recusa a outra. O bebê po<strong>de</strong> sentirdor ao ser segurado numa posição ou o fluxo <strong>de</strong> leite po<strong>de</strong> ser diferente, ou ain<strong>da</strong>uma <strong>da</strong>s mamas po<strong>de</strong> estar muito cheia.133


Manejo <strong>da</strong> relutância do bebê em mamar• Anule ou trate a causa, se possível:- Aju<strong>de</strong> a mãe com o posicionamento e a pega,- Aju<strong>de</strong> a mãe a retirar um pouco do leite antes <strong>da</strong> mama<strong>da</strong> caso o leite estejasaindo rápido <strong>de</strong>mais ou se a mama estiver cheia <strong>de</strong>mais.- Trate eventuais machucados na boca ou a candidíase oral ou encaminhe obebê para cui<strong>da</strong>dos médicos.- Ofereça analgesia caso o bebê esteja sentindo dor,- Aju<strong>de</strong> a mãe a segurar o bebê sem causar dor, caso o bebê esteja machucado,- Evite usar bicos artificiais e chupetas. Se necessário, alimente o bebê com um copo.- Interrompa o uso <strong>de</strong> qualquer coisa que <strong>de</strong>ixe gosto ou cheiro na mama.• Incentive o contato pele a pele entre a mãe e o bebê em um ambiente calmo quandoo bebê não estiver com fome. Isso aju<strong>da</strong> tanto a mãe como o bebê a perceberema mama como uma região agradável. O bebê po<strong>de</strong> então explorar a mamae pegá-la quando estiver pronto. Isso po<strong>de</strong> levar uma hora ou mais e po<strong>de</strong> nãoocorrer na primeira vez em que há contato pele a pele.• Não tente forçar o bebê para a mama quando ele estiver chorando. Ele precisaassociar a mama com conforto. Po<strong>de</strong> ser necessário retirar o leite e alimentar obebê com copo até que ele apren<strong>da</strong> a mamar satisfeito.Prevenção <strong>da</strong> relutância em mamar• Muitas situações <strong>de</strong> recusa <strong>da</strong> mama po<strong>de</strong>m ser evita<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s seguintes maneiras:- Contato pele a pele <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo e freqüente, para aju<strong>da</strong>r o bebê a apren<strong>de</strong>r quea mama é um local seguro <strong>de</strong>s<strong>de</strong> suas primeiras horas <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>;- Aju<strong>da</strong>ndo a mãe a apren<strong>de</strong>r o posicionamento e a pega <strong>da</strong> mama pelo bebêem um ambiente calmo e sem pressa,- Sendo paciente enquanto o bebê apren<strong>de</strong> a mamar no peito,- Cui<strong>da</strong>ndo do bebê <strong>de</strong> maneira gentil e confiante.Verifique se os participantes têm dúvi<strong>da</strong>s. Resuma a seção.Resumo <strong>da</strong> Seção 7Posicionamento para o aleitamento materno• Posição <strong>da</strong> mãe- Confortável e com apoio nas costas, pés e mamas, se necessário• Posição do bebê- Corpo do bebê alinhado- Corpo do bebê próximo ao <strong>da</strong> mãe, leve o bebê até a mama134- Apoio para o bebê – apoio na cabeça, ombros e, caso seja recém-nascido, ocorpo inteiro


- De frente para a mama, com o nariz do bebê em oposição ao mamilo• Posição do profissional para aju<strong>da</strong>- Confortável e relaxado, não se inclinandoAvaliação <strong>de</strong> uma mama<strong>da</strong>• Observe:- a mãe e o bebê em geral- as mamas <strong>da</strong> mãe- a posição do bebê- a pega <strong>da</strong> mama pelo bebê durante a mama<strong>da</strong>- o bebê sugar• Pergunte à mãe o que ela sente em relação ao aleitamento materno.Aju<strong>da</strong>r uma mãe a apren<strong>de</strong>r o posicionamento e a pega <strong>da</strong> mama pelo bebê• Lembre-se dos seguintes pontos quando for aju<strong>da</strong>r uma mãe:- Sempre observe a mãe amamentando antes <strong>de</strong> oferecer aju<strong>da</strong>.- Ofereça aju<strong>da</strong> à mãe somente se houver dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>.- Deixe a mãe fazer o máximo possível sozinha.- Certifique-se <strong>de</strong> que ela enten<strong>de</strong>u as explicações, <strong>de</strong> modo a po<strong>de</strong>r fazer sozinha.Bebê com dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> para pegar a mama• Observe o bebê ir até a mama e sugar. Faça perguntas abertas e <strong>de</strong>scubra a possívelcausa <strong>da</strong> dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>.• Manejo:- Anule ou trate a causa, se possível- Incentive o contato pele a pele entre a mãe e o bebê em um ambiente calmo- Não force o bebê a mamar- Retire o leite e ofereça com copo, se necessário• Prevenção:- Garanta que haja contato pele a pele <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo para aju<strong>da</strong>r o bebê a apren<strong>de</strong>rque a mama é um local seguro- Aju<strong>de</strong> a mãe a apren<strong>de</strong>r o posicionamento e a pega corretos em um ambientecalmo e sem pressa,- Seja paciente enquanto o bebê apren<strong>de</strong> a mamar no peito,- Cui<strong>de</strong> do bebê <strong>de</strong> maneira gentil e confiante.135


Verificação <strong>de</strong> conhecimento Seção 7Quais são os quatro pontos-chave a serem observados em relação à posição dobebê?Você observa Dora amamentar seu bebê <strong>de</strong> quatro dias. O que você procura observarpara verificar se o bebê está sugando bem?Posições para o aleitamento maternoDeita<strong>da</strong> <strong>de</strong> ladoAju<strong>da</strong> a mãe a <strong>de</strong>scansar. Confortável após o parto cesariano.Prestar atenção para que o nariz do bebê esteja nonível do mamilo <strong>da</strong> mãe e para que o bebê não precisedobrar o pescoço para alcançar a mama.Posição <strong>de</strong> ninhoA parte inferior do braço do bebê passa pela lateral docorpo <strong>da</strong> mãe. Não fica entre o peito do bebê e <strong>da</strong> mãe.Preste atenção para que a cabeça do bebê não fique muitoperto <strong>da</strong> axila <strong>da</strong> mãe para que a mama não seja puxa<strong>da</strong>para o lado dificultando a pega <strong>da</strong> mama pelo bebê.Posição <strong>de</strong> braço cruzadoÚtil para bebês pequenos ou doentes. A mãe tem bomcontrole sobre a cabeça e o corpo do bebê, portanto po<strong>de</strong>ser útil quando ela estiver apren<strong>de</strong>ndo a amamentar.Preste atenção para não segurar a cabeça do bebê commuita firmeza e impedir a movimentação.Posição sob o braçoÚtil para gêmeos ou para aju<strong>da</strong>r a drenar to<strong>da</strong>s as regiões<strong>da</strong> mama. Oferece à mãe uma boa visão <strong>da</strong> pega<strong>da</strong> mama pelo bebê. Cui<strong>de</strong> para que o bebê não dobre opescoço forçando o queixo contra o peito.A<strong>da</strong>ptado <strong>de</strong> Aconselhamento em Amamentação: um curso <strong>de</strong> treinamento (ORGANIZAÇÃO MUN-DIAL DA SAÚDE; FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA, 1993)136


Formulário <strong>de</strong> Observação <strong>da</strong> Mama<strong>da</strong>Nome <strong>da</strong> mãe______________________________Data _____________________Nome do bebê______________________________I<strong>da</strong><strong>de</strong> do bebê______________Sinais <strong>de</strong> que a amamentação está Sinais <strong>de</strong> possível dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>:indo bem:GERALMãe:Mãe:☐ A mãe parece saudável☐ A mãe parece doente ou <strong>de</strong>primi<strong>da</strong>☐ A mãe está relaxa<strong>da</strong> e confortável ☐ A mãe parece tensa e <strong>de</strong>sconfortável☐ Sinais <strong>de</strong> vínculo entre a mãe e seu bebê ☐ Sem troca <strong>de</strong> olhar entre mãe e bebêBebê:Bebê:☐ O bebê parece saudável☐ O bebê parece sonolento ou doente☐ O bebê está calmo e relaxado ☐ O bebê está inquieto ou chorando☐ O bebê tenta alcançar ou procura amama quando tem fomeMAMAS☐ As mamas parecem saudáveis☐ Não há dor ou <strong>de</strong>sconforto☐ A mama é bem apoia<strong>da</strong> com os <strong>de</strong>doslonge do mamiloPOSIÇÃO DO BEBÊ☐ A cabeça e o corpo do bebê estãoalinhados☐ O bebê está próximo do corpo <strong>da</strong> mãe☐ Todo o corpo do bebê recebe apoio☐ O bebê se aproxima <strong>da</strong> mama com onariz apontado para o mamiloPEGA DA MAMA PELO BEBÊ☐ Mais aréola visível acima do lábiosuperior do bebê☐ A boca do bebê está bem aberta☐ Lábio inferior voltado para fora☐ O queixo toca a mamaSUCÇÃO☐ Sucção lenta e profun<strong>da</strong> com pausas☐ Bochechas cheias durante a sucção☐ O bebê solta a mama quando termina☐ A mãe percebe sinais do reflexo <strong>da</strong>ocitocina☐ O bebê não tenta alcançar ou nãoprocura a mama☐ As mamas estão vermelhas, incha<strong>da</strong>sou dolori<strong>da</strong>s☐ Há dor na mama ou mamilo☐ As mamas são apoia<strong>da</strong>s com os <strong>de</strong>dossobre a aréola☐ O pescoço e a cabeça do bebê estãovirados para a mama☐ O bebê não está próximo <strong>da</strong> mãe☐ O bebê é apoiado apenas pela cabeça epelo pescoço☐ O bebê se aproxima <strong>da</strong> mama com o lábioinferior/queixo apontado para o mamilo☐ Mais aréola visível abaixo do lábioinferior do bebê☐ A boca do bebê não está bem aberta☐ Lábios apontam para frente ou para<strong>de</strong>ntro☐ O queixo não toca a mama☐ Sucção rápi<strong>da</strong> e superficial☐ Bochechas vazias durante a sucção☐ A mãe tira o bebê <strong>da</strong> mama☐ Não são percebidos sinais do reflexo<strong>da</strong> ocitocina137


Observações:Como Aju<strong>da</strong>r uma Mãe a Posicionar seu Bebê• Cumprimente a mãe e pergunte como está a amamentação.• Sente-se numa posição confortável e conveniente.• Observe uma mama<strong>da</strong>.• Observe algo positivo e diga algo para encorajar a mãe.• Se você perceber uma dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>, explique o que po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r e pergunte à mãese ela gostaria que você <strong>de</strong>monstrasse.• Certifique-se <strong>de</strong> que ela está numa posição confortável e relaxa<strong>da</strong>.• Explique e, se necessário, mostre à mãe como segurar seu bebê. Os quatro pontos-chavesão:- a cabeça e o corpo do bebê <strong>de</strong>vem estar alinhados- o corpo do bebê <strong>de</strong>ve ficar próximo ao <strong>da</strong> mãe- todo o corpo do bebê <strong>de</strong>ve receber apoio (no caso <strong>de</strong> recém-nascidos),- o rosto do bebê <strong>de</strong>ve estar <strong>de</strong> frente para a mama e o nariz do bebê apontandopara o mamilo• Mostre à mãe como apoiar sua mama:- com a mão sobre o tórax abaixo <strong>da</strong> mama;- com o indicador para apoiar a mama;- com o polegar acima <strong>da</strong> mama.- os <strong>de</strong>dos não <strong>de</strong>vem ficar próximos <strong>de</strong>mais do mamilo.• Explique ou mostre como aju<strong>da</strong>r o bebê a pegar a mama:- toque o lábio do bebê com o mamilo;- espere até que a boca do bebê esteja bem aberta;- leve rapi<strong>da</strong>mente o bebê até a mama, apontando o lábio inferior embaixo domamilo.• Observe como ela respon<strong>de</strong> e pergunte como é a sensação <strong>da</strong> sucção do bebê.• Procure sinais <strong>de</strong> uma boa pega – mais aréola visível acima do lábio superior dobebê, boca bem aberta, lábio virado para fora, queixo tocando a mama138


Seção 8: Práticas que auxiliam o aleitamento materno –Passos 6, 7, 8 e 9Objetivos <strong>da</strong> seção:Ao final <strong>de</strong>sta seção os participantes <strong>de</strong>vem ser capazes <strong>de</strong>:1. Descrever seu papel nas práticas que auxiliam o alojamento conjunto; 10 minutos2. Descrever seu papel nas práticas que auxiliam o aleitamento maternoguiado pelo bebê (por livre <strong>de</strong>man<strong>da</strong>);15 minutos3. Sugerir maneiras <strong>de</strong> acor<strong>da</strong>r um bebê sonolento e acalmar um bebê 10 minutosque esteja chorando;4. Listar os riscos do uso <strong>de</strong> suplementos <strong>de</strong>snecessários; 5 minutos5. Descrever por que é importante evitar o uso <strong>de</strong> mama<strong>de</strong>iras e bicos; 5 minutos6. Discutir a remoção <strong>de</strong> obstáculos à amamentação <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo; 15 minutosTempo total <strong>da</strong> seção:60 minutosMateriais:Sli<strong>de</strong> 8/1 - Figura 2: Mães conversando com enfermeira. Se possível, exiba a figuracomo pôster e <strong>de</strong>ixe-a pendura<strong>da</strong> durante a Seção.Leitura adicional para os facilitadores:Breastfeeding and the use of water and teas (WORLD HEALTH ORGANIZATION,1997a)Exclusive Breastfeeding: The Only Water Source Young Infants Need. FrequentlyAsked Questions (BREASTFEEDING, LAM, RELATED COMPLEMENTARY FEE-DING, AND MATERNAL NUTRITION PROGRAM, 2004)Clinical Protocol Number 3 - <strong>Hospital</strong> Gui<strong>de</strong>lines for the Use of Supplementary Feedingsin the Healthy Term Breastfed Neonate (ACADEMY OF BREASTFEEDINGMEDICINE, 2002)1. Alojamento conjunto 10 minutos• O Passo 7 dos Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno diz:- Praticar o alojamento conjunto - permitir que mães e recém-nascidos permaneçamjuntos – 24 horas por dia.- As práticas rotineiras <strong>de</strong> separação <strong>de</strong>vem ser evita<strong>da</strong>s. A separação só <strong>de</strong>veocorrer por necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> clínica individual.Sli<strong>de</strong> 8/1 -Figura 2: Mães conversando com enfermeira.Meio dia se passou <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o nascimento do bebê <strong>de</strong> Miriam. Ela <strong>de</strong>scansou e agoratem algumas perguntas para a enfermeira. Quando o primeiro filho <strong>de</strong> Miriam nasceu,ficou no berçário a maior parte do tempo. Miriam pergunta por que seu novobebê <strong>de</strong>ve ficar com ela na enfermaria.139


Pergunte: O que você po<strong>de</strong> dizer para explicar a importância do alojamento conjuntopara Miriam?Espere por algumas respostas.Importância do alojamento conjunto• O alojamento conjunto traz muitos benefícios:- Os bebês dormem melhor e choram menos;- Antes do parto as mães e lactentes <strong>de</strong>senvolveram um ritmo <strong>de</strong> dormir eacor<strong>da</strong>r; este ritmo po<strong>de</strong> ser conturbado se eles forem separados- O aleitamento materno se estabelece bem e continua por mais tempo e o bebêganha peso rapi<strong>da</strong>mente;- A alimentação em resposta à vonta<strong>de</strong> do bebê é mais fácil quando o bebê estápor perto, aju<strong>da</strong>ndo assim a <strong>de</strong>senvolver um bom suprimento <strong>de</strong> leite;- As mães ficam mais confiantes em cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong> seus bebês;- As mães po<strong>de</strong>m ver que seus bebês estão bem e não se preocupam se o bebêque está chorando no berçário é o seu;- O bebê é exposto a menos infecções quando fica com sua mãe ao invés <strong>de</strong>ficar em um berçário.- Promove o vínculo entre a mãe e seu bebê mesmo que a mãe não amamente.Pergunte: Quais são alguns obstáculos ao alojamento conjunto como prática <strong>de</strong> rotina?Espere por algumas respostas. Pergunte também sobre soluções para esses obstáculos.Obstáculos ao alojamento conjunto e possíveis soluções• Obstáculos ao alojamento conjunto que po<strong>de</strong>m surgir incluem:- Preocupação <strong>de</strong> que a mãe esteja cansa<strong>da</strong>. As rotinas <strong>de</strong> enfermaria precisamfacilitar o <strong>de</strong>scanso <strong>da</strong> mãe, com horários <strong>de</strong> silêncio em que não há limpeza,visitantes, visitas médicas ou procedimentos. Além disso, é preciso analisarpráticas <strong>de</strong> parto para verificar se partos longos, uso inapropriado <strong>de</strong> anestesiae episiotomias, falta <strong>de</strong> alimentação e condições estressantes estão <strong>de</strong>ixando asmães mais cansa<strong>da</strong>s e <strong>de</strong>sconfortáveis.- Levar o bebê para procedimentos no berçário. Os cui<strong>da</strong>dos com o bebê <strong>de</strong>vem,em geral, ser realizados ao lado do leito <strong>da</strong> mãe ou na presença <strong>da</strong> mãe.Isso po<strong>de</strong> servir como uma oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem para a mãe, além<strong>de</strong> proporcionar conforto para o bebê em caso <strong>de</strong> agitação.- Crença que recém-nascidos precisam ser observados. O bebê po<strong>de</strong> ser observadoao lado <strong>da</strong> mãe tão bem quanto no berçário. A mãe é muito boa paraobservar o próprio bebê e muitas vezes percebe alterações antes <strong>de</strong> uma enfermeiraocupa<strong>da</strong>. Não é possível fazer uma observação atenta num berçáriocom muitos bebês.140


- Não há espaço na enfermaria para os berços. Os bebês po<strong>de</strong>m dividir o leitocom a mãe. Dividir a cama com o bebê po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r a mãe e o bebê a <strong>de</strong>scansaremmais e o aleitamento a ocorrer com freqüência. O leito po<strong>de</strong> precisar<strong>de</strong> uma gra<strong>de</strong> lateral, ou é possível encostar uma ca<strong>de</strong>ira contra o leito ouain<strong>da</strong> o leito contra a pare<strong>de</strong> para reduzir o risco <strong>de</strong> o bebê cair.- Os funcionários não sabem como prestar assistência para que as mães apren<strong>da</strong>ma cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong> seus bebês. Acalmar e cui<strong>da</strong>r do bebê é uma parte importante<strong>da</strong> tarefa <strong>da</strong> mãe. Aju<strong>da</strong>r a mãe a apren<strong>de</strong>r a cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong> seu filho à noiteé mais útil do que levar o bebê para o berçário. Levar o bebê po<strong>de</strong> reduzir aconfiança <strong>da</strong> mãe <strong>de</strong> que ela é capaz <strong>de</strong> li<strong>da</strong>r com as tarefas <strong>de</strong> ser mãe.- As mães pe<strong>de</strong>m que seus bebês sejam levados para o berçário. Explique paraa mãe por que o hospital incentiva o alojamento conjunto como um momentoem que ela e seu bebê começam a se conhecer e que isso é benéfico paraela e para seu filho. Converse sobre a razão pela qual a mãe quer que o bebêseja levado para o berçário e observe se a dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser resolvi<strong>da</strong> sema i<strong>da</strong> do bebê. Converse sobre os benefícios do alojamento conjunto durantecontatos no pré-natal.• Se a separação entre mãe e lactente for necessária por razões médicas, documentea razão <strong>da</strong> separação no prontuário <strong>da</strong> mãe/bebê. A necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> separação<strong>de</strong>ve ser analisa<strong>da</strong> freqüentemente para que ocorra durante o menor tempo possível.• Durante a separação, incentive a mãe a ver e segurar seu bebê, se possível, e aextrair leite. 31Pergunte: Como o alojamento conjunto é apresentado para as mães? É rotina <strong>da</strong>uni<strong>da</strong><strong>de</strong> que todos os bebês fiquem com suas mães a não ser que haja justificativamédica para a separação ou a mãe precisa pedir para que seu bebê fique com ela –<strong>de</strong>ixando implícito que o lugar normal para o bebê é o berçário ou berço?Espere por algumas respostas e <strong>de</strong>pois continue.2. Alimentação guia<strong>da</strong> pelo bebê 15 minutos• O Passo 8 dos Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno diz:Incentivar o aleitamento sob livre <strong>de</strong>man<strong>da</strong>.• A amamentação sob livre <strong>de</strong>man<strong>da</strong> também é chama<strong>da</strong> <strong>de</strong> alimentação guia<strong>da</strong>pelo bebê. Isso significa que a freqüência e a duração <strong>da</strong>s mama<strong>da</strong>s são <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>spelas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e pelos sinais do bebê.Miriam pensou que os bebês <strong>de</strong>veriam ser alimentados seguindo um horário, masnesse hospital ela é instruí<strong>da</strong> a amamentar o bebê <strong>de</strong> acordo com suas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.Pergunte: Como explicar por que a amamentação guia<strong>da</strong> pelo bebê é recomen<strong>da</strong><strong>da</strong>?Espere por algumas respostas.31A extração <strong>de</strong> leite materno é discuti<strong>da</strong> na Seção 11.141


A importância <strong>da</strong> amamentação guia<strong>da</strong> pelo bebê• A amamentação guia<strong>da</strong> pelo bebê resulta em:- Mais colostro, que é rico em substâncias imunológicas e, portanto, oferecemaior proteção contra doenças- Desenvolvimento mais rápido <strong>da</strong> produção <strong>de</strong> leite- Ganho mais rápido <strong>de</strong> peso- Menos icterícia neonatal- Menos ingurgitamento mamário- A mãe apren<strong>de</strong> a respon<strong>de</strong>r ao bebê- Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> estabelecer o aleitamento materno- Menos choro, portanto menos tentação para suplementar- Maior duração do aleitamento materno.• Lactentes que po<strong>de</strong>m controlar a freqüência e duração <strong>da</strong>s mama<strong>da</strong>s apren<strong>de</strong>ma reconhecer seus sinais <strong>de</strong> fome e sacie<strong>da</strong><strong>de</strong>. Essa capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> auto-regulaçãopo<strong>de</strong> estar relaciona<strong>da</strong> a menores taxas <strong>de</strong> obesi<strong>da</strong><strong>de</strong> em crianças amamenta<strong>da</strong>s.Miriam diz que enten<strong>de</strong> a idéia <strong>da</strong> amamentação sob livre <strong>de</strong>man<strong>da</strong>, mas comoela saberá quando <strong>de</strong>ve amamentar seu bebê e por quanto tempo <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> vez se nãoseguir horários fixos?Pergunte: Quais são os sinais que <strong>de</strong>vem ser observados em um recém-nascido paraindicar quando ele <strong>de</strong>ve ser amamentado?Espere por algumas respostas.Sinais <strong>de</strong> fome• A hora certa para amamentar um bebê é quando ele mostra os sinais iniciais <strong>de</strong>fome. O bebê:- Aumenta os movimentos dos olhos fechados ou abertos.- Abre a boca, estica a língua e vira a cabeça para procurar a mama.- Faz sons suaves <strong>de</strong> gemido.- Chupa ou mor<strong>de</strong> as mãos, <strong>de</strong>dos, coberta ou lençol, ou outro objeto que entraem contato com a boca.• Se o bebê estiver chorando alto, curvando as costas e tem dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> para pegara mama, está exibindo os sinais tardios <strong>da</strong> fome. O bebê precisa então ser seguradoe acalmado antes <strong>de</strong> conseguir mamar.• Alguns bebês são muito calmos e esperam pela mama<strong>da</strong> e, se não forem notados,voltam a dormir. Isso po<strong>de</strong> causar alimentação insuficiente. Outros bebês acor<strong>da</strong>mrapi<strong>da</strong>mente e ficam muito irritados se não são alimentados imediatamente.Aju<strong>de</strong> a mãe a reconhecer o temperamento do seu bebê e a apren<strong>de</strong>r a melhormaneira <strong>de</strong> suprir as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>le.142


Pergunte: O que indica que o bebê terminou <strong>de</strong> mamar?Espere por algumas respostas.Sinais <strong>de</strong> sacie<strong>da</strong><strong>de</strong>• No início <strong>da</strong> mama<strong>da</strong>, a maioria dos bebês fica com o corpo tenso. À medi<strong>da</strong> quemamam, seus corpos relaxam.• A maioria dos bebês larga a mama quando está satisfeito, mas alguns continuama sugar <strong>de</strong> modo suave e curto até adormecerem.• Explique à mãe que ela <strong>de</strong>ve esperar o bebê terminar <strong>de</strong> mamar em uma mamaantes <strong>de</strong> oferecer a outra, para oferecer o leite rico em gorduras do final <strong>da</strong> mama<strong>da</strong>e aumentar a produção <strong>de</strong> leite.Padrões <strong>de</strong> alimentação• Alguns bebês mamam durante curtos períodos, em intervalos freqüentes. Outrosbebês mamam por um longo período e esperam algumas horas até mamaremnovamente. Os bebês po<strong>de</strong>m alterar seu padrão <strong>de</strong> alimentação <strong>de</strong> um dia para ooutro ou até no mesmo dia.• Ensine às mães o padrão típico <strong>de</strong> alimentação para um recém-nascido saudávelnascido a termo:- Os recém-nascidos gostam <strong>de</strong> mamar a ca<strong>da</strong> uma a três horas até cerca <strong>de</strong>uma semana após o nascimento, mas isso po<strong>de</strong> ser mais freqüente.- As mama<strong>da</strong>s noturnas são importantes para garantir a estimulação a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong><strong>da</strong> produção e transferência <strong>de</strong> leite e para a supressão <strong>da</strong> fertili<strong>da</strong><strong>de</strong>.- Uma vez que a lactação esteja estabeleci<strong>da</strong> (o suprimento <strong>de</strong> leite começa), écomum ocorrerem <strong>de</strong> 8 a 12 mama<strong>da</strong>s a ca<strong>da</strong> 24 horas. Em geral, há algunsintervalos maiores entre algumas <strong>da</strong>s mama<strong>da</strong>s.- Durante períodos <strong>de</strong> crescimento rápido, o bebê po<strong>de</strong> ter mais fome do queo habitual e se alimentar mais vezes durante alguns dias, para aumentar aprodução <strong>de</strong> leite.- Deixe que o bebê mame sempre que quiser. Isso satisfaz as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>de</strong> fome ou se<strong>de</strong> do bebê e a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> mãe caso suas mamas estejamcheias.• Mama<strong>da</strong>s muito longas (mais <strong>de</strong> 40 minutos na maior parte <strong>da</strong>s mama<strong>da</strong>s), muitocurtas (menos <strong>de</strong> <strong>de</strong>z minutos na maior parte <strong>da</strong>s mama<strong>da</strong>s) ou muito freqüentes(mais <strong>de</strong> 12 mama<strong>da</strong>s em 24 horas na maior parte dos dias) po<strong>de</strong>m indicar que obebê não está pegando a mama corretamente.• Mamilos doloridos são resultado <strong>de</strong> pega incorreta, não <strong>de</strong> mama<strong>da</strong>s longas oufreqüentes. Se o bebê tiver pego a mama corretamente, não é um problema queele mame muitas vezes ou por muito tempo em algumas mama<strong>da</strong>s. 3232Os mamilos doloridos são abor<strong>da</strong>dos na Seção 12.143


Situações especiais• Se um bebê está muito sonolento <strong>de</strong>vido a prematuri<strong>da</strong><strong>de</strong>, icterícia ou efeitos <strong>de</strong>medicamentos usados no parto, ou se as mamas <strong>da</strong> mãe estão cheias <strong>de</strong>mais e<strong>de</strong>sconfortáveis, a mãe po<strong>de</strong> precisar guiar o aleitamento durante alguns dias eacor<strong>da</strong>r o bebê para as mama<strong>da</strong>s.• Bebês que usam substitutos do leite materno também precisam ser alimentados<strong>de</strong> acordo com suas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e não <strong>de</strong> acordo com um cronograma. Às vezeshá uma tendência a forçar o bebê a terminar uma mama<strong>da</strong> porque o leite já estápronto. Isso po<strong>de</strong> levar à alimentação em excesso. A mãe po<strong>de</strong> observar os sinais <strong>de</strong>sacie<strong>da</strong><strong>de</strong> do bebê – ele vira o rosto e se recusa a comer. O leite já preparado <strong>de</strong>veser utilizado em até uma hora após o início <strong>da</strong> mama<strong>da</strong> e não guar<strong>da</strong>do para maistar<strong>de</strong>, uma vez que bactérias crescerão no leite. Se o bebê não terminar o leite emuma mama<strong>da</strong>, o restante po<strong>de</strong> ser misturado à refeição <strong>de</strong> um irmão mais velho.3. Formas <strong>de</strong> acor<strong>da</strong>r um bebê sonolento e acalmar um bebê que 10 minutosesteja chorandoComo acor<strong>da</strong>r um bebê sonolento• Se o bebê parece estar sonolento <strong>de</strong>mais para mamar, sugira à mãe:- Que ela retire <strong>de</strong>le mantas e roupas pesa<strong>da</strong>s para permitir a movimentaçãodos braços e pernas.- Amamentar com o bebê numa posição mais vertical.- Massagear com carinho o corpo do bebê e conversar com ele.- Esperar meia hora e tentar novamente.- Evitar machucar o bebê com petelecos ou bati<strong>da</strong>s na bochecha ou nos pés.Acalmar um bebê que esteja chorando• A mãe e sua família po<strong>de</strong>m achar que o bebê po<strong>de</strong> estar chorando porque a mãenão tem leite suficiente ou porque seu leite não é bom. Um bebê que chora po<strong>de</strong>ser uma situação difícil para a mãe e po<strong>de</strong> reduzir sua confiança em si mesma e aconfiança <strong>da</strong> família na capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> mãe.• Um bebê que está ‘chorando <strong>de</strong>mais’ po<strong>de</strong> realmente estar chorando mais do queoutros bebês, ou a família po<strong>de</strong> ser menos tolerante com o choro ou mesmo menoshabilidosa para acalmar o bebê. É impossível dizer quanto choro é ‘normal.’• Se o bebê chora freqüentemente, procure uma causa. Ouça a mãe e <strong>de</strong>scubra qualé sua situação, observe uma mama<strong>da</strong>, examine o bebê e encaminhe para cui<strong>da</strong>dosmédicos, se necessário. Os bebês po<strong>de</strong>m chorar por fome, dor, solidão, cansaçoe outras razões.• Trabalhe a confiança <strong>da</strong> mãe em sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong> seu bebê e ofereçaapoio:- Ouça e aceite o que a mãe sente- Ressalte o que a mãe e o bebê fizerem corretamente/o que é normal144


- Ofereça informações relevantes- Faça uma ou duas sugestões- Ofereça aju<strong>da</strong> prática• Sugestões e aju<strong>da</strong> prática incluem:- Deixe o bebê confortável – fral<strong>da</strong> seca e limpa, mantas secas e não quentes<strong>de</strong>mais.- Coloque o bebê na mama. O bebê po<strong>de</strong> estar com fome ou se<strong>de</strong> e, às vezes,quer apenas sugar porque isso o faz se sentir seguro.- Coloque o bebê no tórax <strong>da</strong> mãe em contato pele a pele. O calor, o cheiro e obatimento cardíaco aju<strong>da</strong>rão a acalmar o bebê.- Converse, cante e balance o bebê próximo a você.- Acaricie ou massageie gentilmente os braços, pernas e costas do bebê.- Ofereça uma mama a ca<strong>da</strong> mama<strong>da</strong>; ofereça a outra na mama<strong>da</strong> seguinte. Sea mama que não foi usa<strong>da</strong> ficar cheia <strong>de</strong>mais, retire uma pequena quanti<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> leite.- Reduza a ingestão <strong>de</strong> café e outras bebi<strong>da</strong>s com cafeína- Não fume perto do bebê e, caso seja tabagista, fume após a mama<strong>da</strong>, nãoantes ou durante.- Peça para alguém segurar e cui<strong>da</strong>r do bebê por algum tempo- Envolva outros familiares na discussão para que a mãe não sinta pressão paraoferecer alimentos suplementares <strong>de</strong>snecessários.- Segure o bebê <strong>de</strong> modo a enrolar e apoiar a cabeça, o corpo, as pernas e osbraços, fazendo com que ele se sinta seguro.4. Evite suplementação <strong>de</strong>snecessária 5 minutos• O Passo 6 dos Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno diz:- Não oferecer a recém-nascidos bebi<strong>da</strong> ou alimento que não seja o leite materno,a não ser que haja indicação médica.• Bebês saudáveis nascidos a termo raramente têm necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> médica <strong>de</strong> recebersuplementos ou alimentos pré-lactação. 33 Eles não precisam <strong>de</strong> água para prevenira <strong>de</strong>sidratação. As necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> bebês prematuros ou doentes e indicaçõesmédicas são discuti<strong>da</strong>s numa seção posterior.Miriam sempre ofereceu suplementos regularmente ao seu primeiro bebê, <strong>de</strong>s<strong>de</strong>o nascimento. Agora ela ouve dizer que os suplementos não são bons para os bebês equer saber a razão disso.Pergunte: O que você po<strong>de</strong> dizer a Miriam em relação aos suplementos não seremrecomen<strong>da</strong>dos?33Alimentos pré-lactação são qualquer líquido ou alimento <strong>da</strong>do antes do aleitamento materno ser iniciado.145


Espere por algumas respostas.Os perigos dos suplementos• A amamentação exclusiva é recomen<strong>da</strong><strong>da</strong> durante os 6 primeiros meses <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>.Os suplementos po<strong>de</strong>m:- Encher <strong>de</strong>mais o estômago do bebê fazendo com que ele não mame no peito,- Reduzir o suprimento <strong>de</strong> leite porque o bebê não suga, causando ingurgitamento<strong>da</strong> mama.- Fazer com que o bebê não ganhe peso suficiente caso sejam ofereci<strong>da</strong>s porções<strong>de</strong> água, chás e água glicosa<strong>da</strong> ao invés <strong>de</strong> leite.- Reduzir o efeito protetor do aleitamento materno, aumentando assim o risco<strong>de</strong> diarréia e outras doenças.- Expor o bebê a possíveis alérgenos e intolerâncias que po<strong>de</strong>m levar a eczemae asma.- Reduzir a confiança <strong>da</strong> mãe se o suplemento for usado como forma <strong>de</strong> acalmarum bebê que chora.- Ser um gasto <strong>de</strong>snecessário que po<strong>de</strong> causar <strong>da</strong>nos.• Além dos pontos listados acima, que po<strong>de</strong>m ser explicados à mãe, existem outrasrazões pelas quais o uso <strong>de</strong> suplementos não é recomen<strong>da</strong>do:- O fato <strong>de</strong> uma mãe se interessar por suplementos po<strong>de</strong> indicar que ela vemencontrando dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> para alimentar e cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong> seu bebê. É melhor aju<strong>da</strong>ra mãe a superar as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s do que oferecer um suplemento e ignoraras dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s.- Um profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que oferece suplementos como solução para as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>spo<strong>de</strong> indicar falta <strong>de</strong> conhecimentos e habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s para incentivaro aleitamento materno. O uso freqüente <strong>de</strong> suplementos po<strong>de</strong> indicar quehá uma atmosfera estressante generaliza<strong>da</strong>, na qual uma solução temporáriarápi<strong>da</strong> é escolhi<strong>da</strong> em preferência à solução do problema.5. Evitar mama<strong>de</strong>iras e bicos 5 minutos• O Passo 9 dos Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno diz: Não oferecerbicos artificiais ou chupetas a crianças amamenta<strong>da</strong>s.Pergunte: Por que é recomen<strong>da</strong>do evitar o uso <strong>de</strong> mama<strong>de</strong>iras e bicos?Espere por algumas respostas e <strong>de</strong>pois continue.• Às vezes os bebês <strong>de</strong>senvolvem preferência por bicos artificiais ou chupetas e serecusam a sugar a mama.• Se um bebê com fome receber uma chupeta ao invés <strong>de</strong> leite materno, o bebêtoma menos leite e não cresce tão bem.• Bicos, mama<strong>de</strong>iras e chupetas po<strong>de</strong>m portar infecções e não são necessários,mesmo para o lactente que não amamenta. Otites e problemas <strong>de</strong>ntários são mais146


comuns com o uso <strong>de</strong> bicos artificiais e chupetas, que também po<strong>de</strong>m estar relacionadosa anormali<strong>da</strong><strong>de</strong>s na função muscular oral.• Na rara situação em que é necessário oferecer suplementos, recomen<strong>da</strong>-se que aalimentação seja feita com copo, uma vez que o copo é mais fácil <strong>de</strong> manter limpoe também garante que o bebê tenha que ser segurado e observado enquanto sealimenta. Isso não leva mais tempo do que a alimentação com mama<strong>de</strong>ira. 346. Discussão – remoção <strong>de</strong> obstáculos à amamentação <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo 15 minutosLeia o estudo <strong>de</strong> caso em voz alta. Peça aos participantes quer observem práticas quepossam aju<strong>da</strong>r e práticas que possam interferir negativamente com o aleitamento materno.Quais po<strong>de</strong>m ser os efeitos <strong>de</strong>ssas situações sobre o aleitamento materno?Estudo <strong>de</strong> casoCarolina 35 passou por um longo trabalho <strong>de</strong> parto para ter seu primeiro bebê e ninguém<strong>da</strong> família foi autorizado a ficar com ela. Quando seu bebê nasceu, foi enroladoem uma manta e mostrado rapi<strong>da</strong>mente para ela, e ela percebeu que o bebê tem umamarca <strong>de</strong> nascença entre os olhos. Ele é levado para o berçário porque já era <strong>de</strong> noite.Os funcionários o alimentaram com uma mama<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> fórmula para lactentes nasduas mama<strong>da</strong>s seguintes.O bebê <strong>de</strong> Carolina é levado para ela na manhã seguinte, <strong>de</strong>z horas após o nascimento.A enfermeira diz que ela <strong>de</strong>ve amamentar. Ela diz também que Carolina <strong>de</strong>velimitar o tempo <strong>da</strong> mama<strong>da</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> lado a três minutos. Segundo a enfermeira “ninguémquer ficar com os mamilos doloridos, não é mesmo, queri<strong>da</strong>?”Carolina começa a pegar o bebê ain<strong>da</strong> <strong>de</strong>ita<strong>da</strong>, mas a enfermeira diz que ela <strong>de</strong>vesempre ficar senta<strong>da</strong> para amamentar. Carolina senta com dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>; o colchão seencurva e suas costas também. Ela está dolori<strong>da</strong> por causa do parto e sentar é dolorido.A enfermeira sai para Carolina amamentar o bebê.Ela segura o bebê perto <strong>da</strong> mama e empurra a mama na direção <strong>da</strong> boca do bebêcom a mão. Mas o bebê está sonolento e suga muito pouco. Carolina acha que ain<strong>da</strong>não tem leite porque suas mamas não estão duras.Carolina fica pensando se a marca <strong>de</strong> nascença no rosto do bebê foi causa<strong>da</strong> poralgo <strong>de</strong> errado que ela fez durante a gestação. Ela está preocupa<strong>da</strong> com o que seu maridoe sua sogra irão dizer. As enfermeiras parecem estar muito ocupa<strong>da</strong>s e Carolinanão quer ficar fazendo perguntas. Sua família não é autoriza<strong>da</strong> a visita-la até a tar<strong>de</strong>.A enfermeira volta e leva o bebê ao berçário. Ela retorna em alguns minutos e dizque pesou o bebê e que ele tomou somente 25 gramas <strong>de</strong> leite, o que não é uma mama<strong>da</strong>a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>. A enfermeira diz “como você po<strong>de</strong> voltar para casa se não conseguealimentar se bebê direito?”Possíveis respostas:• A falta <strong>de</strong> apoio durante o trabalho <strong>de</strong> parto po<strong>de</strong> ter resultado em um processomais <strong>de</strong>morado e Carolina po<strong>de</strong> estar mais cansa<strong>da</strong> e estressa<strong>da</strong>.34O processo <strong>de</strong> alimentação com copo é <strong>de</strong>scrito a Seção 1135Ou outro nome culturalmente mais a<strong>de</strong>quado.147


• A ausência <strong>de</strong> contato pele a pele significa que Carolina não teve tempo com seubebê e tudo que ela observa é sua marca <strong>de</strong> nascença, que a preocupa.• Carolina e seu bebê ficam separados durante muitas horas. O bebê recebe mama<strong>de</strong>irascom fórmula. O bebê não está recebendo o colostro valioso e as mamas <strong>de</strong>Carolina não estão sendo estimula<strong>da</strong>s a produzir leite.• Carolina não recebe aju<strong>da</strong> para amamentar. O bebê está farto com a fórmula e sonolento,por isso não quer sugar. A enfermeira a preocupa falando sobre mamilosdoloridos.• Carolina sente dor ao sentar para amamentar. Isso po<strong>de</strong> inibir a liberação <strong>de</strong> ocitocina.Carolina po<strong>de</strong>ria receber aju<strong>da</strong> para amamentar <strong>de</strong>ita<strong>da</strong>.• Carolina se sente sozinha no hospital, sem alguém para conversar ou aju<strong>da</strong>r, eisso a <strong>de</strong>ixa estressa<strong>da</strong>.• A enfermeira a assusta dizendo que ela não é capaz <strong>de</strong> alimentar seu bebê e queela não po<strong>de</strong>rá ir para casa.• O resultado é que Carolina está preocupa<strong>da</strong>, com dor, assusta<strong>da</strong> e solitária, além<strong>de</strong> não saber como alimentar seu bebê. É provável que ela volte para casa pensandoque não é capaz <strong>de</strong> produzir leite e que ela use um substituto do leite materno.Verifique se os participantes têm dúvi<strong>da</strong>s. Resuma a seção.Resumo <strong>da</strong> Seção 8O alojamento conjunto e a alimentação guia<strong>da</strong> pelo bebê aju<strong>da</strong>m o aleitamentomaterno e a formação <strong>de</strong> vínculos afetivos• As mães po<strong>de</strong>m observar e respon<strong>de</strong>r aos seus bebês com facili<strong>da</strong><strong>de</strong> quando enten<strong>de</strong>mseus sinais <strong>de</strong> fome e sacie<strong>da</strong><strong>de</strong>• Os bebês choram menos, portanto há menor tentação para oferecer alimentosartificiais• As mães ficam mais confiantes sobre como cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong> seus bebês e amamentar• O aleitamento materno é estabelecido precocemente, o bebê ganha peso bem e oaleitamento materno provavelmente continuará durante mais tempo.Aju<strong>de</strong> a mãe a apren<strong>de</strong>r as habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s para cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong> seu bebê• Aju<strong>de</strong> a acor<strong>da</strong>r um bebê sonolento• Aju<strong>de</strong> a acalmar um bebê que esteja chorando• Aju<strong>de</strong> a mãe a apren<strong>de</strong>r a observar sinais <strong>de</strong> fomeA alimentação pré-lactação e os suplementos são perigosos• Eles aumentam o risco <strong>de</strong> infecções, intolerância e alergias• Eles interferem com a sucção e dificultam o estabelecimento do aleitamento materno148


Bicos artificiais po<strong>de</strong>m causar problemas• O uso <strong>de</strong> bicos artificiais, chupetas ou protetores <strong>de</strong> seio po<strong>de</strong> afetar a produção<strong>de</strong> leiteVerificação <strong>de</strong> conhecimentos – Seção 8Liste três razões pelas quais o alojamento conjunto é recomen<strong>da</strong>do como prática <strong>de</strong>rotina.Explique, como se estivesse falando com uma mãe, o que significa ‘alimentação porlivre <strong>de</strong>man<strong>da</strong>’ ou amamentação guia<strong>da</strong> pelo bebê.Liste três dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s ou riscos que po<strong>de</strong>m advir do uso <strong>de</strong> suplementos.Informações adicionais - Seção 8Alojamento conjunto• O alojamento conjunto traz benefícios para o bebê, para a mãe e para o hospital.Além dos já mencionados:- Os bebês recebem atenção mais rápido, portanto choram menos, usam menosreservas <strong>de</strong> energia, diminuindo a tentação <strong>de</strong> se oferecer alimentaçãoartificial.- A alimentação freqüente reduz a incidência <strong>de</strong> icterícia e os níveis que elaatinge.- Maior vínculo materno, menos abuso por parte dos pais e menos abandonoestão relacionados com o alojamento conjunto.- As taxas <strong>de</strong> infecção diminuem porque menos funcionários entram em contatocom o bebê. Além disso, as bactérias <strong>da</strong> mãe colonizam o lactente comsua própria flora e conferem proteção imunológica através do leite materno.- Menores taxas <strong>de</strong> infecção, <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> alimentação artificial e <strong>de</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> espaço <strong>de</strong> berçário economizam custos para o hospital.- Mães confiantes e o aleitamento materno bem estabelecido na alta hospitalarresultam em menos uso <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> após a alta.• Mães HIV positivas e mães que não amamentam também se beneficiam com oalojamento conjunto. O alojamento conjunto aju<strong>da</strong> as mães a conhecerem e ficaremmais confiantes em cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong> seus bebês.Alojamento no mesmo leito• Dividir a cama com o bebê po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r a mãe e o bebê a <strong>de</strong>scansarem mais e oaleitamento a ocorrer com freqüência.• O alojamento no mesmo leito NÃO é recomen<strong>da</strong>do se a mãe ou o pai- Fumam,- Estão sob influência <strong>de</strong> álcool ou drogas que causam sonolência,- Estão mais cansados do que o habitual e po<strong>de</strong>m não respon<strong>de</strong>r ao bebê,149


- Estão doentes ou têm alguma enfermi<strong>da</strong><strong>de</strong> que po<strong>de</strong> causar alteração no nível<strong>de</strong> consciência, como epilepsia e diabetes instável,- São muito obesos,- Estão muito doentes ou se o bebê ou outra criança na cama está muito doente.• Diretrizes para a segurança do alojamento no mesmo leito:- Discuta os benefícios e contra-indicações <strong>de</strong> se dividir a cama para que ospais fiquem informados,- Use um colchão firme, que não esteja abaulado. Não é seguro dormir em umsofá ou sobre almofa<strong>da</strong>s com um bebê.- Mantenha travesseiros longe do bebê.- Lençóis <strong>de</strong> algodão e mantas são consi<strong>de</strong>rados mais seguros do que um cobertormacio.- Vista o bebê apropria<strong>da</strong>mente, não enrole em mantas ou lençóis se dividir acama com o bebê e não use roupas <strong>de</strong>mais. O corpo <strong>da</strong> mãe mantém o bebêaquecido.- A mãe <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>itar perto do bebê, <strong>de</strong> frente para ele, que <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>itar <strong>de</strong> barrigapara cima, exceto quando estiver mamando.- Certifique-se <strong>de</strong> que o bebê não vá cair <strong>da</strong> cama ou escorregar no vão entre acama e a pare<strong>de</strong>.• Além <strong>da</strong>s diretrizes acima, quando houver alojamento no mesmo leito no hospital:- Certifique-se <strong>de</strong> que a mãe po<strong>de</strong> chamar aju<strong>da</strong> com facili<strong>da</strong><strong>de</strong> se tiver dificul<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> se mexer na cama.- Verifique se mãe e bebê estão bem com freqüência, se a cabeça do bebê está<strong>de</strong>scoberta e que o bebê está <strong>de</strong> barriga para cima quando não está mamando.- Quando ocorrer a troca <strong>de</strong> plantão, alerte o profissional que passará a cui<strong>da</strong>rdo plantão quais são as mães em alojamento no mesmo leito com seus bebês.Causas <strong>de</strong> choroOs bebês choram por muitas razões.• Causas <strong>de</strong> choro e sugestões sobre o que po<strong>de</strong> ser feito:- Tédio ou solidão – segure ou converse com o bebê.- Fome – as mães po<strong>de</strong>m relutar em alimentar seus bebês freqüentemente sesua expectativa é que eles mamem a ca<strong>da</strong> 3 a 4 horas. Muitos bebês não seguemo mesmo padrão <strong>de</strong> alimentação o tempo todo. Incentive a mãe a oferecera mama ao bebê quando estiver chorando.- Desconforto – supra as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do bebê, ou seja, troca <strong>de</strong> fral<strong>da</strong>, calor,frio etc.- Doença ou dor – trate ou encaminhe para tratamento.150


- Cansaço – segure e nine o bebê em um local tranqüilo para ajudá-lo a adormecer.Reduza o número <strong>de</strong> visitantes, a manipulação e estímulo do bebê.- Algo na dieta <strong>da</strong> mãe – isso não é muito comum e não é possível recomen<strong>da</strong>rque as mães evitem <strong>de</strong>terminado tipo <strong>de</strong> alimento. Sugira que a mãe pare <strong>de</strong>comer o alimento para ver se o choro diminui. Ela po<strong>de</strong> verificar se essa era acausa comendo novamente o alimento para ver se o problema retorna.- Efeito <strong>de</strong> drogas – se a mãe toma bebi<strong>da</strong>s com cafeína ou <strong>de</strong> cola, a cafeínapo<strong>de</strong> estar presente no leite e <strong>de</strong>ixar o bebê agitado. A fumaça <strong>de</strong> cigarro(mesmo que outra pessoa fume na casa) também po<strong>de</strong> servir <strong>de</strong> estimulantepara o bebê. A mãe po<strong>de</strong> evitar bebi<strong>da</strong>s que contenham cafeína e pedir quenão fumem na sua casa ou perto do bebê.• ‘Cólica’ não tem uma <strong>de</strong>finição precisa e o termo po<strong>de</strong> ter significados diferentespara as pessoas. Exclua outras causas <strong>de</strong> choro. Um bebê com ‘cólica’ cresce beme tem tendência a chorar em certos horários do dia, muitas vezes à noite, mas ficasatisfeito no resto do tempo. Verifique a alimentação do bebê. A pega incorretapo<strong>de</strong> fazer com que o bebê engula ar e tenha gases. Um fluxo <strong>de</strong> leite muito rápidoou nível muito elevado <strong>de</strong> lactose no leite do início <strong>da</strong> mama<strong>da</strong> po<strong>de</strong>m causar<strong>de</strong>sconforto. A atenção ao manejo do aleitamento materno po<strong>de</strong> reduzir essesproblemas.Seção 9: “Pouco leite”Objetivos <strong>da</strong> seção:Ao final <strong>de</strong>sta seção os participantes <strong>de</strong>vem ser capazes <strong>de</strong>:1. Discutir preocupações sobre insuficiência <strong>de</strong> leite com as mães; 10 minutos2. Descrever padrões normais <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> lactentes; 5 minutos3. Descrever como melhorar a ingestão/transferência e produção <strong>de</strong> 10 minutosleite;4. Discutir um estudo <strong>de</strong> caso sobre leite insuficiente; 20 minutosTempo total <strong>da</strong> seção:45 minutosMateriais:Sli<strong>de</strong> 9/1 - Figura 2. Mães no leito conversando com enfermeiraSli<strong>de</strong> 9/2: Estudo <strong>de</strong> casoPara o estudo <strong>de</strong> caso você precisará:Pedir a três participantes que o auxiliem nas <strong>de</strong>monstrações e que ensaiem.Ca<strong>de</strong>iras que possam ser leva<strong>da</strong>s à frente <strong>da</strong> salaUma boneca ou trouxa <strong>de</strong> pano para servir <strong>de</strong> ‘bebê’Leitura adicional para os facilitadores:Not enough milk (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1996b)Relactation: A review of experience and recommen<strong>da</strong>tions for practice (HORMANN;SAVAGE, 1998)151


1. Preocupações relaciona<strong>da</strong>s à insuficiência <strong>de</strong> leite 10 minutosProjete a Figura 2: mães no leito conversando com enfermeiraMiriam achou que não teve leite suficiente para seu primeiro filho e oferecia regularmentecomplementos ao bebê <strong>de</strong>s<strong>de</strong> suas primeiras semanas <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. Duranteesta gestação, ela ouviu dizer que a amamentação exclusiva é importante para o bebê.Miriam acredita que isso é importante, mas não tem certeza <strong>de</strong> que será capaz <strong>de</strong> oferecerapenas leite materno ao bebê.• A razão mais comum para as mães pararem <strong>de</strong> amamentar ou acrescentarem outrosalimentos ao leite materno é acreditarem que não têm leite suficiente.Pergunte: Quais são os sinais que po<strong>de</strong>m levar uma mãe a achar que tem “poucoleite”, mesmo que o lactente esteja crescendo bem?Espere por algumas respostas.• A mãe, o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que a aten<strong>de</strong> ou sua família po<strong>de</strong>m achar que elanão tem leite suficiente se houver sinais como:- O bebê chora com freqüência,- O bebê não dorme por longos períodos,- O bebê não fica quieto na mama e é difícil <strong>de</strong> alimentar,- O bebê suga os <strong>de</strong>dos ou punhos,- O bebê é caracteristicamente gran<strong>de</strong> ou pequeno,- O bebê quer ficar no peito freqüentemente ou durante longos períodos,- A mãe (ou outra pessoa) acha que o leite parece ralo <strong>de</strong>mais,- Quando a mãe tenta tirar o leite, só consegue tirar muito pouco ou na<strong>da</strong>,- As mamas não enchem bastante ou estão mais fláci<strong>da</strong>s,- A mãe não nota vazamento <strong>de</strong> leite ou outros sinais do reflexo <strong>da</strong> ocitocina,- O bebê toma a mama<strong>de</strong>ira complementar quando ofereci<strong>da</strong>.• Esses sinais po<strong>de</strong>m significar que o bebê não está recebendo leite suficiente, masnão são indicações confiáveis.Pergunte: Quais são os sinais confiáveis que a mãe po<strong>de</strong> observar e que mostramque seu bebê está recebendo leite materno suficiente?Espere por algumas respostas.• Sinais confiáveis <strong>de</strong> ingestão <strong>de</strong> leite suficiente:- Produção <strong>de</strong> fezes e urina – o leite <strong>de</strong>ve estar sendo absorvido se o bebê urinae evacua.- Após o segundo dia <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> seis ou mais fral<strong>da</strong>s ficam molha<strong>da</strong>s em 24 horascom urina clara e diluí<strong>da</strong>. Se o bebê recebe água além do leite materno, a produção<strong>de</strong> urina po<strong>de</strong> ser boa, mas o ganho <strong>de</strong> peso po<strong>de</strong> ser baixo.152


- O bebê <strong>de</strong>feca <strong>de</strong> três a oito vezes em 24 horas. À medi<strong>da</strong> que os bebês cresceme ficam com mais <strong>de</strong> um mês <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, essa freqüência po<strong>de</strong> diminuir.- O bebê está alerta, com bom tônus muscular, pele saudável e começou a ficargran<strong>de</strong> <strong>de</strong>mais para suas roupas.36• Um ganho <strong>de</strong> peso consistente, <strong>de</strong> 150 gramas por semana em média , é sinal <strong>de</strong>ingestão <strong>de</strong> leite suficiente; no entanto, a mãe po<strong>de</strong> não conseguir pesar seu bebêcom tanta freqüência. Se houver dúvi<strong>da</strong> sobre a ingestão <strong>de</strong> leite do lactente, peseo bebê to<strong>da</strong> semana, se possível.• A mãe fica mais confiante se conhecer esses sinais – ressalte as coisas que ela estáfazendo bem e sugira como ela po<strong>de</strong> receber apoio em questões relativas aos cui<strong>da</strong>doscom seu bebê.Causas <strong>de</strong> baixa produção <strong>de</strong> leite• As razões comuns para baixa produção <strong>de</strong> leite se relacionam a fatores que limitama quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> leite que o bebê retira <strong>da</strong> mama. Se o leite não for retirado <strong>da</strong>mama, é produzido em menor volume. Esses fatores incluem:- Mama<strong>da</strong>s pouco freqüentes- Mama<strong>da</strong>s seguindo horário- Mama<strong>da</strong>s curtas- Sucção <strong>de</strong>ficiente- Pega incorreta• A baixa produção <strong>de</strong> leite também po<strong>de</strong> estar relaciona<strong>da</strong> a fatores psicológicos:- A mãe po<strong>de</strong> não estar confiante, estar cansa<strong>da</strong>, sobrecarrega<strong>da</strong>, preocupa<strong>da</strong>ou acha difícil respon<strong>de</strong>r ao seu bebê.- Fatores psicológicos po<strong>de</strong>m levar a práticas pouco eficazes <strong>de</strong> aleitamento materno.A mãe numa situação estressante po<strong>de</strong> amamentar com menor freqüênciaou por um curto tempo, tem maior probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> oferecer alimentoscomplementares ou chupeta e po<strong>de</strong> passar menos tempo cui<strong>da</strong>ndo do bebê.Causas <strong>de</strong> baixa transferência <strong>de</strong> leite• A mãe po<strong>de</strong> ter um bom suprimento, porém o bebê po<strong>de</strong> não ser capaz <strong>de</strong> retiraro leite <strong>da</strong> mama. A baixa transferência <strong>de</strong> leite po<strong>de</strong> ocorrer se:- O bebê não pegar a mama corretamente e não sugar com eficiência. O bebê po<strong>de</strong>parecer inquieto durante a mama<strong>da</strong> e po<strong>de</strong> largar a mama ou empurrá-la.- As mama<strong>da</strong>s são curtas e apressa<strong>da</strong>s ou pouco freqüentes.- O bebê é retirado <strong>da</strong> mama cedo <strong>de</strong>mais e não recebe leite suficiente do final<strong>da</strong> mama<strong>da</strong>.- O bebê está doente ou é prematuro e não consegue sugar com força suficientee pelo tempo necessário para obter o alimento que precisa.36A média <strong>de</strong> ganho <strong>de</strong> peso quer dizer que em algumas semanas o ganho <strong>de</strong> peso po<strong>de</strong> ser menor e em outras, maior. A variação po<strong>de</strong>ser <strong>de</strong> 100 a 200 gramas por semana.153


154• A remoção e a produção <strong>de</strong> leite estão liga<strong>da</strong>s entre si. Se o leite não for retirado<strong>da</strong> mama, a produção <strong>de</strong> leite diminui. Se você aju<strong>da</strong>r o bebê a remover o leitecom maior eficiência, haverá produção <strong>de</strong> leite suficiente.2. Padrões normais <strong>de</strong> crescimento dos bebês 5 minutosMiriam ouviu o que você disse sobre os sinais <strong>de</strong> leite suficiente. No entanto, elaestá preocupa<strong>da</strong> com quanto seu bebê <strong>de</strong>ve pesar. Com seu primeiro filho, apesar <strong>de</strong>ela achar que o bebê parecia estar bem e crescendo, ela foi informa<strong>da</strong> que ele não estavaganhando peso suficiente quando o pesou.Pergunte: Qual é o padrão normal <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> um bebê?Espere por algumas respostas.• A maioria dos bebês começa a ganhar peso logo se forem exclusivamente amamentados<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o nascimento, pegam a mama <strong>de</strong> maneira eficaz e são alimentadoscom freqüência.• Alguns bebês per<strong>de</strong>m peso nos primeiros dias após o nascimento. Essa per<strong>da</strong><strong>de</strong> peso é resultante <strong>da</strong> eliminação do excesso <strong>de</strong> fluido que o bebê armazenoudurante a vi<strong>da</strong> uterina. A per<strong>da</strong> total não <strong>de</strong>ve ultrapassar 7 a 10% do peso aonascer. O bebê <strong>de</strong>ve atingir novamente o peso do nascimento ao completar duassemanas <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>.• Os bebês em geral ganham <strong>de</strong> 100 a 200 gramas por semana nos primeiro seismeses e cerca <strong>de</strong> 85 a 140 gramas por semana na segun<strong>da</strong> meta<strong>de</strong> do primeiroano. Os bebês em geral dobram <strong>de</strong> peso até completarem cinco ou seis meses etriplicam o peso até completarem um ano <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. Os bebês também apresentamaumento <strong>de</strong> estatura e perímetro cefálico.• Uma tabela <strong>de</strong> crescimento preenchi<strong>da</strong> <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> e regular po<strong>de</strong> mostraro padrão <strong>de</strong> crescimento do bebê. Existe uma variação do crescimento normal.Não existe uma linha única ‘correta’ que <strong>de</strong>ve ser segui<strong>da</strong> por todos os bebês.• Não espere até que o ganho <strong>de</strong> peso esteja baixo para realizar uma avaliação cui<strong>da</strong>dosado aleitamento materno. Comece e mantenha boas práticas <strong>de</strong> aleitamentomaterno.• A prática dos Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno aju<strong>da</strong> a garantirum suprimento <strong>de</strong> leite abun<strong>da</strong>nte:- Discuta a importância do aleitamento materno e questões básicas <strong>de</strong> manejodo aleitamento materno durante a gestação (Passo 3),- Facilite o contato pele a pele após o parto (Passo 4),- Ofereça a mama ao bebê logo após o nascimento (Passo 4),- Aju<strong>de</strong> o bebê a pegar a mama para que consiga sugar bem (Passo 5),- Realize a amamentação exclusiva: evite oferecer água, outros fluidos ou alimentos;ofereça apenas leite materno (Passo 6),- Mantenha o bebê próximo <strong>de</strong> você para que os sinais <strong>de</strong> fome sejam percebidos(Passo 7),


- Alimente o bebê com freqüência, tantas vezes e pelo tempo que ele quiser(Passo 8),- Evite usar bicos artificiais e chupetas. (Passo 9),- Ofereça apoio contínuo à mãe e certifique-se <strong>de</strong> que ela sabe como encontraresse apoio (Passo 10). 373. Melhorando a ingestão e produção <strong>de</strong> leite 10 minutos• Use suas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação:- Ouça a mãe e faça as perguntas relevantes,- Observe o bebê – estado <strong>de</strong> alerta, aparência, comportamento e tabela <strong>de</strong>peso, se houver.- Observe uma mama<strong>da</strong> usando o Formulário <strong>de</strong> Observação <strong>da</strong> Mama<strong>da</strong>.- Respon<strong>da</strong> à mãe e diga o que você percebeu. Use palavras positivas e evitecríticas e julgamentos.- Ofereça informações relevantes usando linguagem a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>.- Ofereça sugestões que possam melhorar a situação e discuta se as sugestõesparecem viáveis para a mãe.- Aumente a confiança <strong>da</strong> mãe.- Aju<strong>de</strong>-a a encontrar apoio para o aleitamento materno e cui<strong>da</strong>dos com obebê.Melhorar a ingestão/transferência <strong>de</strong> leite• Abor<strong>de</strong> a causa <strong>da</strong> baixa ingestão <strong>de</strong> leite e tente remediá-la. Isso po<strong>de</strong> exigir que você:- Aju<strong>de</strong> o bebê a pegar a mama corretamente,- Discuta como a mãe conseguiria amamentar com maior freqüência,- Ressalte os sinais <strong>de</strong> fome para que a mãe apren<strong>da</strong> quando o bebê terminou<strong>de</strong> mamar em um peito antes <strong>de</strong> colocá-lo no outro, ao invés <strong>de</strong> seguir umhorário pré-<strong>de</strong>finido,- Incentive o contato pele a pele e a proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> entre mãe e bebê,- Sugira que chupetas e bicos artificiais (inclusive protetores <strong>de</strong> seio) sejam evitados,- Sugira que a mãe ofereça a mama para acalmar o bebê em caso <strong>de</strong> agitação,- Sugira que o uso <strong>de</strong> complementos seja evitado ou diminuído.• Se o suprimento <strong>de</strong> leite for muito baixo, outra fonte <strong>de</strong> leite será necessária durantealguns dias, até que o suprimento melhore. Como oferecer esses complementossem usar mama<strong>de</strong>ira e bico será abor<strong>da</strong>do numa seção posterior. 3837O apoio contínuo é discutido na Seção 14.38Ver Seção 11: Quando o bebê não po<strong>de</strong> ser amamentado no peito.155


Aumentar a produção <strong>de</strong> leite• Para aumentar a produção <strong>de</strong> leite, as mamas precisam <strong>de</strong> estímulo e o leite precisaser retirado freqüentemente. As sugestões lista<strong>da</strong>s acima para melhorar atransferência <strong>de</strong> leite aju<strong>da</strong>rão a aumentar a produção porque o leite estará sendoretirado <strong>da</strong> mama. Sugira também que a mãe:- Massageie levemente a mama durante o aleitamento para aju<strong>da</strong>r o fluxo do leite,- Retire leite materno entre as mama<strong>da</strong>s e use o leite para alimentar seu bebêcom um copo ou com um fino tubo junto ao mamilo. 39 Isso po<strong>de</strong> ser particularmenteimportante se o bebê suga com pouca força ou reluta em se alimentarcom freqüência.- Converse com a família para ver como a mãe po<strong>de</strong> administrar a atenção aobebê com outras ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que <strong>de</strong>man<strong>da</strong>m seu tempo.- Use alimentos, bebi<strong>da</strong>s ou ervas que a cultura local use para aumentar a produção<strong>de</strong> leite, caso sejam seguros, durante o aleitamento materno. Isso po<strong>de</strong>aju<strong>da</strong>r a aumentar a confiança <strong>da</strong> mãe em sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> amamentar oupo<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r a mãe a receber cui<strong>da</strong>dos comendo alimentos especiais. O uso <strong>de</strong>alimentos especiais ou medicamentos não substitui a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> alimentaçãofreqüente com uma boa pega <strong>da</strong> mama pelo bebê.Monitoramento e acompanhamento• Acompanhe a mãe e o bebê para verificar se a produção/transferência <strong>de</strong> leiteestá melhorando. A freqüência do acompanhamento <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá <strong>da</strong> gravi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>situação.• O monitoramento envolve mais do que simplesmente pesar o bebê. Procure sinais<strong>de</strong> melhora que você possa mencionar para a mãe – o bebê está mais alerta,chora menos, suga com mais força, produz mais urina e fezes e procure tambémalterações nas mamas, como aumento e vazamento.• O monitoramento também serve como oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> para conversar com a mãee ver como as mu<strong>da</strong>nças estão ocorrendo. Aumente sua confiança e elogie as coisasque ela está fazendo bem.• Se o peso do bebê estava muito baixo e foi necessária a introdução <strong>de</strong> complementos,reduza-os à medi<strong>da</strong> que a situação melhorar. Continue a monitorar obebê durante algumas semanas após a interrupção do uso <strong>de</strong> complementos parase certificar que o suprimento <strong>de</strong> leite é suficiente.4. Discutir um estudo <strong>de</strong> caso 20 minutosPeça a três participantes que “encenem” o estudo <strong>de</strong> caso diante <strong>da</strong> turma. Essarepresentação <strong>de</strong>ve refletir o que a profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> fará no momento e comoela acompanhará o caso. Após a representação conduza uma discussão com todos osparticipantes.Personagens:A paciente, Anna39A alimentação com copo é <strong>de</strong>scrita na Seção 11156


Sua sogra (mãe do marido)A profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> no ambulatórioProjete o Sli<strong>de</strong> 9/2 com os pontos-chave para o estudo <strong>de</strong> casoEstudo <strong>de</strong> casoAnna <strong>de</strong>u à luz a um menino saudável há duas semanas, no hospital. Hoje ela, obebê e sua sogra voltaram ao hospital porque o bebê está “dormindo o tempo todo” esó produziu fezes três vezes naquela semana. Quando a profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do ambulatóriopesa o bebê, percebe que está 12% abaixo do peso ao nascer.A profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pergunta sobre os acontecimentos <strong>da</strong> semana anteriorusando boas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação e <strong>de</strong>scobre que:• Anna e o bebê receberam alta no segundo dia pós-parto.• Anna recebeu muito poucas instruções sobre aleitamento materno durante suapermanência na enfermaria <strong>de</strong> pós-parto.• Anna acha que o bebê está recusando suas mamas.• Ontem, sua sogra começou a oferecer um chá com mel numa mama<strong>de</strong>ira duasvezes ao dia.As perguntas <strong>da</strong> profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m incluir:• Você po<strong>de</strong> me contar como foram os primeiros dias após o parto?• O que o bebê comeu nos primeiros dias?• Como você acha que o bebê está se alimentando agora?• O bebê recebe alguma coisa além <strong>de</strong> leite materno?A profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> também observa uma mama<strong>da</strong> e vê que o bebê está sendosegurado com pouca firmeza e que precisa dobrar o pescoço para alcançar a mama.O bebê tem muito pouca mama na boca e sai facilmente do peito. Quando ele sai <strong>da</strong>mama fica nervoso, movimenta a cabeça, chora e tem dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> para pegar a mamanovamente.Perguntas para discussão: (com possíveis respostas)Quais são os pontos positivos <strong>de</strong>ssa situação, dos quais você po<strong>de</strong> tirar partido?• Elas buscaram aju<strong>da</strong>, a sogra é carinhosa e a mama<strong>de</strong>ira só foi ofereci<strong>da</strong> duranteum dia.Quais são as três principais coisas que essa família precisa saber agora?• Quais são o posicionamento e a pega <strong>da</strong> mama corretos para uma amamentaçãoeficaz,• Amamentar com freqüência (2 vezes a ca<strong>da</strong> hora ou mais), se necessário acor<strong>da</strong>ndoo bebê,• Evitar oferecer água (ou mel e chá) com mama<strong>de</strong>ira e bico. Se necessário, ensinarcomo extrair o leite materno e oferecê-lo ao bebê com um copo.157


Também é útil que saibam:• Usar muito contato pele a pele para aju<strong>da</strong>r o bebê a apren<strong>de</strong>r que a mama é umlocal confortável e aju<strong>da</strong>r a estimular a liberação <strong>de</strong> prolactina,• Deixar que o bebê termine <strong>de</strong> mamar em um peito antes <strong>de</strong> oferecer o outro,• Que a retira<strong>da</strong> <strong>de</strong> leite estimula a produção <strong>de</strong> mais leite,• Os sinais <strong>de</strong> que a mãe tem leite suficienteQue tipo <strong>de</strong> acompanhamento você proporcionará?• Peça para que a mãe e o bebê voltem em um ou dois dias, se possível, para verificarse a alimentação e o ganho <strong>de</strong> peso melhoraram.• Continue a assistência e o acompanhamento até que o bebê esteja comendo beme ganhando peso.Verifique se os participantes têm dúvi<strong>da</strong>s. Resuma a seção.Resumo <strong>da</strong> Seção 9Preocupações sobre insuficiência <strong>de</strong> leite• A mãe ou sua família po<strong>de</strong>m não ter confiança no aleitamento materno e pensarque ela não tem leite suficiente. Explique às mães os sinais confiáveis <strong>de</strong> que têmleite suficiente: produção <strong>de</strong> urina e fezes e observação <strong>de</strong> que o bebê está alerta ecrescendo. O ganho <strong>de</strong> peso é um sinal confiável se houver uma balança precisadisponível e se as verificações <strong>de</strong> peso forem realiza<strong>da</strong>s nas mesmas balanças.• Aumente a confiança <strong>da</strong> mãe em sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> amamentar.• A razão mais comum para a baixa produção <strong>de</strong> leite é que o leite não foi retirado<strong>da</strong> mama em quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> suficiente, portanto menos leite é produzido.• Causas comuns <strong>de</strong> baixa transferência <strong>de</strong> leite são:- Pega incorreta, sucção ruim, mama<strong>da</strong>s curtas e pouco freqüentes e doença oufraqueza do bebê.Padrões normais <strong>de</strong> crescimento dos lactentes• Os lactentes po<strong>de</strong>m per<strong>de</strong>r <strong>de</strong> 7 a 10% do peso ao nascer nos primeiros dias apóso parto, mas <strong>de</strong>vem atingir novamente o peso do nascimento ao completar 2 ou3 semanas <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>.• Se eles começarem a amamentar exclusivamente logo após o parto, po<strong>de</strong>m per<strong>de</strong>rmuito pouco ou nenhum peso.• Os bebês em geral ganham <strong>de</strong> 100 a 200 gramas por semana nos primeiro 6 mesese cerca <strong>de</strong> 85 a 140 gramas por semana na segun<strong>da</strong> meta<strong>de</strong> do primeiro ano<strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. Eles em geral dobram <strong>de</strong> peso até os 6 meses e triplicam <strong>de</strong> peso até completarem1 ano.• A prática dos Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno aju<strong>da</strong> a garantirum suprimento <strong>de</strong> leite abun<strong>da</strong>nte.158


Melhorar a ingestão e produção <strong>de</strong> leite• Use suas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação para ouvir, observar, respon<strong>de</strong>r e aumentara confiança.• Abor<strong>de</strong> a causa <strong>da</strong> baixa transferência <strong>de</strong> leite e ofereça possíveis soluções:- Melhore a pega, aumente a freqüência e duração <strong>da</strong>s mama<strong>da</strong>s e evite complementose chupetas.• Aumente a produção <strong>de</strong> leite:- Amamente com mais freqüência e durante mais tempo, retire o leite entreas mama<strong>da</strong>s, converse sempre com os familiares sobre o apoio que po<strong>de</strong>moferecer.• Monitore e acompanhe a mãe e o bebê até que o ganho <strong>de</strong> peso esteja a<strong>de</strong>quado ea mãe esteja confiante.Verificação <strong>de</strong> conhecimentos – Seção 9Lili diz que acha que não tem leite suficiente. Qual é a primeira coisa que você dizpara ela? O que você vai perguntar para <strong>de</strong>scobrir se ela realmente tem baixo suprimento<strong>de</strong> leite?Você conclui que o bebê <strong>de</strong> Rosa, Mina, não está recebendo leite materno suficientepara suprir suas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s. O que você po<strong>de</strong> fazer para aju<strong>da</strong>r Rosa a aumentar aquanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> leite materno que seu bebê recebe?Informações adicionais - Seção 9Causas <strong>de</strong> baixa produção <strong>de</strong> leiteRazões comuns• As razões comuns para baixa produção <strong>de</strong> leite se relacionam a fatores que limitama quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> leite que o bebê retira <strong>da</strong> mama. Se o leite não for retirado <strong>da</strong>mama, ele é produzido em menor volume. Esses fatores em geral incluem:- Mama<strong>da</strong>s pouco freqüentes, que po<strong>de</strong>m ocorrer pelas seguintes razões:- As mães não notam os sinais que o bebê está pronto para se alimentar.- O bebê estar sonolento ou ser ‘quieto’ e não pedir para ser alimentado.- A mãe está ocupa<strong>da</strong> e adia as mama<strong>da</strong>s.- O bebê dorme longe <strong>da</strong> mãe, que não vê ou ouve os sinais <strong>de</strong> fome.- Outros alimentos ou bebi<strong>da</strong>s são oferecidos ao bebê, que portanto não pe<strong>de</strong>para ser alimentado.- O bebê usa chupeta ou é distraído ao invés <strong>de</strong> ser alimentado.- Crença que o bebê não precisa mamar à noite.- A mãe está com os mamilos doloridos e não quer amamentar159


- Mama<strong>da</strong>s com horário – Um cronograma po<strong>de</strong> não permitir mama<strong>da</strong>s freqüentes.Além disso, se a mãe <strong>de</strong>ixa o bebê chorando até o horário “certo”,ele po<strong>de</strong> usar energia <strong>de</strong>mais e estar dormindo no horário marcado para amama<strong>da</strong>.- Mama<strong>da</strong>s curtas – Bebês que pegam a mama corretamente em geral terminama mama<strong>da</strong> quando estão satisfeitos. Se a mãe terminar a mama<strong>da</strong> <strong>de</strong>pois<strong>de</strong> certo tempo porque acha que uma pausa na sucção indica que a mama<strong>da</strong>acabou, o bebê po<strong>de</strong> não obter leite suficiente.- O leite não é retirado em quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> suficiente. O fator <strong>de</strong> inibição no leitepermanece na mama, que interrompe sua produção.- Sucção ruim – um bebê fraco ou que pegue a mama incorretamente não é capaz<strong>de</strong> retirar leite a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente. O leite não é retirado <strong>da</strong> mama, portantoé produzido em menor volume.- Início tardio do aleitamento materno – O aleitamento materno <strong>de</strong>ve começaro mais cedo possível após o parto.Causas incomuns para a baixa produção <strong>de</strong> leite• Medicamentos <strong>da</strong> mãe – contraceptivos que contêm estrogênio po<strong>de</strong>m reduzir osuprimento <strong>de</strong> leite. Diuréticos também po<strong>de</strong>m reduzir o suprimento <strong>de</strong> leite.• Álcool e cigarros po<strong>de</strong>m reduzir o suprimento <strong>de</strong> leite.• Cirurgias nas mamas, on<strong>de</strong> sejam cortados ductos <strong>de</strong> leite ou nervos.• Se a mãe engravi<strong>da</strong>r novamente po<strong>de</strong> notar uma redução no suprimento <strong>de</strong> leite.Causas muito raras para a baixa produção <strong>de</strong> leite• A retenção <strong>de</strong> pe<strong>da</strong>ços <strong>da</strong> placenta afeta os hormônios necessários para a produção<strong>de</strong> leite.• O <strong>de</strong>senvolvimento ina<strong>de</strong>quado <strong>da</strong> mama durante a gestação, com <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> poucas ou nenhuma célula productora <strong>de</strong> leite.• Desnutrição grave – o leite é produzido com o que a mulher come e o que estáarmazenado no seu corpo. Se a mulher tiver utilizado suas reservas corporais,isso po<strong>de</strong> afetar seu suprimento <strong>de</strong> leite. No entanto, ela precisa estar com <strong>de</strong>snutriçãograve e prolonga<strong>da</strong> para chegar a esse estado. Uma ingestão muito restrita<strong>de</strong> fluidos também po<strong>de</strong> afetar o suprimento <strong>de</strong> leite.Ganho <strong>de</strong> peso• O aleitamento materno garante um ganho <strong>de</strong> peso saudável e normal para oslactentes. Muitos bebês amamentados são mais magros (têm menos gordura) doque bebês que se alimentam artificialmente.• O ato <strong>de</strong> pesar o bebê antes e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> uma mama<strong>da</strong> não oferece uma boa indicação<strong>de</strong> ingestão ou produção <strong>de</strong> leite. A quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> leite que o bebê ingerevaria <strong>de</strong> uma mama<strong>da</strong> para outra. Pesagens po<strong>de</strong>m preocupar a mãe e reduzirsua confiança no aleitamento materno, fazendo com que ela se sinta tenta<strong>da</strong> aoferecer suplementos.160


• Um bebê que não esteja ganhando peso com aleitamento materno com boatransferência <strong>de</strong> leite po<strong>de</strong> ter alguma doença. Se o bebê não estiver se alimentandobem ou mostra sinais <strong>de</strong> doença, encaminhe-o para tratamento médico.No entanto, se o bebê parece disposto a comer e não <strong>de</strong>monstra sinais <strong>de</strong> doença,o baixo ganho <strong>de</strong> peso po<strong>de</strong> ser resultado <strong>de</strong> ele não receber leite suficiente, quemuitas vezes se <strong>de</strong>ve a técnicas ruins <strong>de</strong> alimentação. O bebê e a mãe precisam <strong>de</strong>aju<strong>da</strong>.• Um bebê com uma doença como cardiopatia congênita ou dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> neurológicapo<strong>de</strong> ganhar peso muito <strong>de</strong>vagar mesmo que haja suprimento e transferênciasuficiente <strong>de</strong> leite.• É preciso monitorar o peso <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as crianças, inclusive as que não são amamenta<strong>da</strong>s.RelactaçãoDefinição <strong>de</strong> relactação: O restabelecimento <strong>da</strong> produção <strong>de</strong> leite <strong>de</strong> uma mãe quereduziu muito a produção ou interrompeu o aleitamento materno.• Se uma mãe parou <strong>de</strong> produzir leite materno e quer amamentar, o profissional <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ajudá-la na relactação. A relactação po<strong>de</strong> ser necessária por que:- O bebê estava doente e não conseguiu sugar,- A mãe não retirou seu leite quando o bebê não conseguia sugar,- O bebê não foi amamentado inicialmente e agora a mãe <strong>de</strong>seja amamentar,- O bebê fica doente com alimentos artificiais,- A mãe ficou doente e interrompeu o aleitamento materno,- Uma mulher adotou um bebê e já amamentou seus filhos.• A mulher que <strong>de</strong>seja realizar a relactação <strong>de</strong>ve ser incentiva<strong>da</strong> a:- Permitir que o bebê abocanhe a mama e tente sugar sempre que possível, diae noite, enquanto aceitar a mama.- Massagear e retirar leite entre as mama<strong>da</strong>s, principalmente se o bebê não estiverdisposto a sugar com freqüência.- Continuar a <strong>da</strong>r alimentos artificiais a<strong>de</strong>quados até que o suprimento <strong>de</strong> leiteseja suficiente para o crescimento <strong>de</strong> seu lactente.- Buscar incentivo <strong>de</strong> sua família, para garantir que ela tenha tempo suficientepara a relactação.• Certas vezes a terapia com medicamentos é usa<strong>da</strong> para aumentar o <strong>de</strong>senvolverum suprimento <strong>de</strong> leite. Ela só é eficaz se também houver estímulo <strong>da</strong>s mamas.• A relactação é mais fácil se:- o bebê é muito novo (menos <strong>de</strong> dois meses <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>) e não está acostumadocom bicos artificiais,- a mãe <strong>de</strong>u à luz ou parou <strong>de</strong> amamentar recentemente.161


• No entanto, a relactação é possível em qualquer i<strong>da</strong><strong>de</strong> do bebê e em qualquermomento após a interrupção do aleitamento materno. Avós po<strong>de</strong>m realizar relactaçãopara alimentar seus netos.Seção 10: Lactentes com necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s especiaisObjetivos <strong>da</strong> seção:Ao final <strong>de</strong>sta seção os participantes <strong>de</strong>vem ser capazes <strong>de</strong>:1. Discutir sobre o aleitamento materno <strong>de</strong> lactentes prematuros, <strong>de</strong> 20 minutosbaixo peso ou que tenham necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s especiais;2. Descrever como auxiliar mães a amamentarem mais <strong>de</strong> um bebê; 5 minutos3. Resumir a prevenção e o manejo <strong>de</strong> questões clínicas comuns: hipoglicemianeonatal, icterícia e <strong>de</strong>sidratação e sua relação com o10 minutos.aleitamento materno;4. Resumir indicações médicas <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> alimentos/líquidos além do 10 minutosleite materno.Tempo total <strong>da</strong> seção:45 minutosMateriais:Sli<strong>de</strong>s 10/1 e 10/2: Figuras do método mãe canguruSli<strong>de</strong> 10/3: Posicionamento <strong>de</strong> um bebê prematuroSli<strong>de</strong> 10/4: GêmeosSli<strong>de</strong> 10/5 e 10/6: Posição <strong>de</strong> bailarina. O bebê no Sli<strong>de</strong> 10/6 tem síndrome <strong>de</strong> Down.Duas ou três bonecas (<strong>de</strong> tamanhos diferentes para <strong>de</strong>monstrar o aleitamento natural<strong>de</strong> gêmeos e <strong>de</strong> um bebê prematuro)O bebê precisa <strong>de</strong> substitutos do leite materno? – Uma cópia para ca<strong>da</strong> participanteLeitura adicional para os facilitadores:Breastfeeding and the use of water and teas (WORLD HEALTH ORGANIZATION,1997a)Persistent Diarrhoea and Breastfeeding (ONNELA, 1997)Hypoglycaemia of the Newborn – a review of the literature (WORLD HEALTH OR-GANIZATION, 1997b)Kangaroo Mother Care - a practical gui<strong>de</strong> (WORLD HEALTH ORGANIZATION,2003e)Integrated Management of Childhood Illness: A WHO/UNICEF Initiative (INTE-GRATED…, 1997)HIV e alimentação infantil: um curso <strong>de</strong> treinamento (ORGANIZAÇÃO MUNDIALDA SAÚDE; FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA; PROGRAMADAS NAÇÕES UNIDAS PARA A AIDS, 2000)162


1. Aleitamento materno <strong>de</strong> lactentes prematuros, <strong>de</strong> baixo peso ou 20 minutosdoentesContinue com a ‘história’:Da última vez que a encontramos, Fátima e seu filho estavam em contato pele apele após um parto cesariano <strong>de</strong> emergência. O bebê nasceu com quatro semanas <strong>de</strong>antecedência, no entanto estava estável e começou a amamentar na sala <strong>de</strong> recuperação.Fátima ficou surpresa por ele ser capaz <strong>de</strong> mamar e feliz porque ele recebeu umpouco do seu primeiro leite, que aju<strong>da</strong>rá a protegê-lo. A enfermeira a informou que oaleitamento materno é muito importante para um bebê prematuro.Pergunte: Por que o aleitamento materno é especialmente importante para um bebêprematuro, <strong>de</strong> baixo peso ao nascer, que tenha necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s especiais ou esteja doente?Espere por algumas respostas.A importância do leite materno para lactentes prematuros, <strong>de</strong> baixo peso ou quetenham necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s especiais• O leite materno contém:- fatores imunológicos protetores, que aju<strong>da</strong>m a prevenir infecções,- fatores <strong>de</strong> crescimento que aju<strong>da</strong>m o intestino do bebê e outros sistemas a se<strong>de</strong>senvolverem ou se curarem após um episódio <strong>de</strong> diarréia,- enzimas que facilitam a digestão e absorção do leite,- ácidos graxos essenciais especiais que aju<strong>da</strong>m o <strong>de</strong>senvolvimento cerebral.• Além disso, o aleitamento materno:- acalma o bebê e reduz a dor <strong>da</strong> coleta <strong>de</strong> sangue ou a dor relaciona<strong>da</strong> à doençado bebê,- proporciona à mãe um papel importante no cui<strong>da</strong>do com seu bebê,- conforta o bebê e mantém o vínculo com a família.• Bebês com necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s especiais como distúrbios neurológicos, problemas cardíacosou lábio leporino/fen<strong>da</strong> palatina e bebês doentes precisam <strong>de</strong> leite maternotanto ou mais do que bebês saudáveis. O aleitamento materno continua a beneficiarbebês mais velhos e crianças <strong>de</strong> primeira infância que estejam doentes.• O tipo <strong>de</strong> alimentação <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá do bebê e <strong>de</strong> sua condição. De modo geral, oscui<strong>da</strong>dos po<strong>de</strong>m ser divididos em categorias segundo a condição do bebê:- O bebê não po<strong>de</strong> ser alimentado por via oral.- O bebê po<strong>de</strong> ser alimentado por via oral mas não consegue sugar.- O bebê consegue sugar mas não durante uma mama<strong>da</strong> inteira.- O bebê consegue sugar bem.- O bebê não po<strong>de</strong> receber leite materno.163


O bebê <strong>de</strong> Fátima é levado para a uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento intensivo neonatal 40 porquehá preocupações com sua respiração e Fátima é leva<strong>da</strong> para a enfermaria <strong>de</strong> pósparto.Ela está preocupa<strong>da</strong> sobre como irá amamentar se está separa<strong>da</strong> do seu bebê.Pergunte: Quais são algumas maneiras pelas quais a uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento intensivoneonatal po<strong>de</strong> apoiar a amamentação?Espere por algumas respostas.O apoio ao aleitamento materno na uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento intensivo neonatal• Provi<strong>de</strong>ncie o contato entre mãe e bebê, <strong>de</strong> dia e à noite.- Incentive a mãe a visitar, tocar e cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong> seu bebê tanto quanto possível.- A mãe produz anticorpos (um tipo <strong>de</strong> fator protetor) contra bactérias e víruscom os quais entra em contato. Quando passa tempo com seu bebê numauni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento intensivo neonatal, seu corpo po<strong>de</strong> produzir fatoresprotetores contra muitos dos vírus aos quais seu bebê é exposto na uni<strong>da</strong><strong>de</strong>.Projete os sli<strong>de</strong>s 10/1 e 10/2: Figuras do método mãe canguru- O contato pele a pele ou método mãe canguru incentiva a mãe a segurar seubebê (apenas <strong>de</strong> fral<strong>da</strong>) por baixo <strong>da</strong> sua roupa, próximo à mama. O bebêpo<strong>de</strong> buscar a mama sempre que quiser. O contato pele a pele aju<strong>da</strong> a regulara temperatura do bebê e sua respiração, além <strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r no seu <strong>de</strong>senvolvimentoe aumentar a produção <strong>de</strong> leite.• Cui<strong>de</strong> <strong>da</strong> mãe. A mãe é muito importante para o bem-estar e a sobrevi<strong>da</strong> dobebê.- Aju<strong>de</strong> a mãe a permanecer no hospital enquanto seu bebê ficar internado- Se a mãe precisa vir <strong>de</strong> longe para visitar seu bebê, certifique-se <strong>de</strong> que elatenha um lugar para <strong>de</strong>scansar enquanto está no hospital.- Certifique-se <strong>de</strong> que a mãe tem um assento a<strong>de</strong>quado perto do bebê.- Estimule o hospital a oferecer alimento e bebi<strong>da</strong> para a mãe.- Respon<strong>da</strong> às perguntas dos pais e explique as coisas com paciência. Os paispo<strong>de</strong>m estar tristes, sobrecarregados e amedrontados quando seu bebê estádoente.- Informe aos pais que você acredita que o leite materno e a amamentação sãoimportantes.• Aju<strong>de</strong> a estabelecer o aleitamento materno:- Aju<strong>de</strong> a mãe a retirar seu leite, começando até seis horas após o parto e fazendoa retira<strong>da</strong> seis ou mais vezes em ca<strong>da</strong> 24 horas.- Incentive os bebês a passarem tempo na mama o mais cedo possível, mesmoque ain<strong>da</strong> não consigam sugar bem. Se o bebê tem maturi<strong>da</strong><strong>de</strong> para lamber,procurar, sugar e engolir na mama fará isso sem qualquer <strong>da</strong>no.40O termo uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento intensivo neonatal é usado para <strong>de</strong>finir qualquer área que ofereça cui<strong>da</strong>dos para bebês doentes ou comnecessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s especiais. Estas uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s po<strong>de</strong>m integrar a materni<strong>da</strong><strong>de</strong> ou uma uni<strong>da</strong><strong>de</strong> pediátrica ou ain<strong>da</strong> estar em outro hospital.164


- Descreva esses momentos iniciais na mama como ‘uma apresentação à mama’ao invés <strong>de</strong> esperar que o bebê faça mama<strong>da</strong>s inteiras na mama imediatamente.- O bebê po<strong>de</strong> ir para a mama enquanto recebe alimentação por son<strong>da</strong> paraassociar a sensação <strong>de</strong> sacie<strong>da</strong><strong>de</strong> com a mama.- O peso não é uma medi<strong>da</strong> precisa <strong>da</strong> habili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> amamentar. A maturi<strong>da</strong><strong>de</strong>é um fator mais importante.- Até que o bebê consiga mamar no peito, ele po<strong>de</strong> receber leite materno porson<strong>da</strong> ou copo. 41 Evite usar bicos artificiais.Colocar o bebê na mama• Coloque o bebê na mama quando ele estiver prestes a acor<strong>da</strong>r, ou seja, fazendorápidos movimentos do olho sob as pálpebras. Quando estiver pronto para sealimentar, o bebê po<strong>de</strong> fazer movimentos <strong>de</strong> sucção com sua língua e boca. Obebê também po<strong>de</strong> levar a mão à boca. Aju<strong>de</strong> a mãe a apren<strong>de</strong>r como prever omomento <strong>da</strong> mama<strong>da</strong> para evitar que seu bebê gaste energia chorando.Projete a figura 10/3: Posicionamento <strong>de</strong> um bebê prematuro. Use um boneco para<strong>de</strong>monstrar as posições.• Mostre à mãe como segurar e posicionar seu bebê. Uma maneira <strong>de</strong> segurar umbebê pequeno é apoiar sua cabeça, sem agarrá-la, com a mão. O braço <strong>da</strong> mãepo<strong>de</strong> apoiar o corpo do bebê. O bebê po<strong>de</strong> ficar ao lado <strong>da</strong> mãe (como visto nestafigura), ou a mãe po<strong>de</strong> usar a mão do lado oposto à mama na qual o bebê está.• A mãe po<strong>de</strong> apoiar sua mama com a outra mão para aju<strong>da</strong>r o bebê a mantê-la na boca.Mostre à mãe como colocar quatro <strong>de</strong>dos embaixo e o polegar acima <strong>da</strong> mama.• Para aumentar o fluxo <strong>de</strong> leite, massageie e comprima a mama a ca<strong>da</strong> vez que obebê fizer uma pausa entre as sucções (a não ser que o fluxo já seja superior aoque o bebê consegue engolir).Explique às mães o que <strong>de</strong>vem esperar numa mama<strong>da</strong>:• O bebê provavelmente vai mamar durante um longo tempo e fará pausas freqüentespara <strong>de</strong>scansar durante uma mama<strong>da</strong>. Planeje mama<strong>da</strong>s silenciosas,tranqüilas e um pouco longas (cerca <strong>de</strong> uma hora para ca<strong>da</strong> mama<strong>da</strong>).• Haverá um pouco <strong>de</strong> engasgo porque o tônus muscular do bebê está baixo e suasucção não é coor<strong>de</strong>na<strong>da</strong>.• Não tente amamentar se o bebê estiver sonolento ou agitado <strong>de</strong>mais. A mãe po<strong>de</strong>continuar a segurar o bebê contra a mama sem tentar iniciar a sucção.• Realize a mama<strong>da</strong> o mais tranqüilamente possível. Evite barulho, luzes intensas,carícias, balanço ou conversas com o bebê durante as tentativas <strong>de</strong> amamentação.Prepare a mãe e o bebê para a alta:• O bebê po<strong>de</strong> estar pronto para sair do hospital se estiver se alimentando com eficáciae ganhando peso. Em geral, o bebê precisa pesar pelo menos 1.800 a 2.000gramas para receber alta, mas isso varia <strong>de</strong> hospital para hospital.41A retira<strong>da</strong> <strong>de</strong> leite e a alimentação com copo são <strong>de</strong>scritas na Seção 11.165


• Estimule o hospital a oferecer um lugar para a mãe ficar com o bebê 24 horas pordia durante um ou dois antes <strong>da</strong> alta. Isso aju<strong>da</strong> a aumentar sua confiança e a produção<strong>de</strong> leite a atingir o nível necessário para suprir as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do bebê.• Certifique-se <strong>de</strong> que a mãe sabe reconhecer os sinais <strong>de</strong> fome, sinais <strong>de</strong> ingestãoa<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> e <strong>de</strong> que ela consegue posicionar e aju<strong>da</strong>r o bebê a pegar a mama paramamar bem.• Certifique-se <strong>de</strong> que a mãe sabe como buscar assistência para cui<strong>da</strong>r do seu bebê<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ir para casa. Combine com a mãe como será o acompanhamento.2. Aleitamento materno <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> um bebê 5 minutos• As mães po<strong>de</strong>m produzir leite suficiente para dois ou até três bebês. Os fatoreschavenão são a produção <strong>de</strong> leite e sim tempo, apoio e encorajamento por partedos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>da</strong> família e dos amigos.• Incentive a mãe a:- Buscar aju<strong>da</strong> para o cui<strong>da</strong>do <strong>de</strong> outras crianças e o serviço doméstico,- Amamentar <strong>de</strong>ita<strong>da</strong> para conservar energia, se possível,- Ter uma dieta varia<strong>da</strong> e cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong> si mesma,- Tentar passar algum tempo sozinha com ca<strong>da</strong> bebê para conhecê-los individualmente.Projetar sli<strong>de</strong> 10/4: gêmeos Use uma boneca para <strong>de</strong>monstrar as posições.• A mãe <strong>de</strong> gêmeos po<strong>de</strong> preferir alimentar ca<strong>da</strong> bebê separa<strong>da</strong>mente para po<strong>de</strong>rse concentrar no posicionamento e na pega <strong>da</strong> mama pelo bebê. Quando os bebêsconseguirem pegar a mama corretamente, a mãe po<strong>de</strong> alimentá-los ao mesmotempo, se quiser reduzir o tempo <strong>de</strong> amamentação.• Se um dos bebês mamar bem e o outro for menos ativo, a mãe <strong>de</strong>ve lembrar <strong>de</strong>alternar as mamas para que a produção <strong>de</strong> leite permaneça alta em ambas. Obebê que não se alimenta tão bem po<strong>de</strong> se beneficiar com o aleitamento maternoao mesmo tempo em que o bebê que mama melhor, por causa do estímulo <strong>de</strong>reflexo <strong>da</strong> ocitocina.Aleitamento materno <strong>de</strong> um bebê e uma criança mais velha• Em geral, não há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se interromper o aleitamento materno <strong>de</strong> umbebê mais velho quando nasce um novo bebê. A mãe produzirá leite suficientepara ambos se cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong> si mesma, comendo bem e <strong>de</strong>scansando.• Havendo ou não falta <strong>de</strong> comi<strong>da</strong> na família, o leite materno po<strong>de</strong> ser uma importanteparte <strong>da</strong> dieta <strong>da</strong> criança na primeira infância. Se o aleitamento maternofor interrompido, a criança po<strong>de</strong> correr risco, principalmente se não houver alimentos<strong>de</strong> fonte animal na dieta. A alimentação <strong>da</strong> mãe é a forma mais eficiente<strong>de</strong> se nutrir a mãe, o novo bebê e o lactente mais velho. Deve-se sempre evitar ainterrupção abrupta do aleitamento materno.166


3. Prevenção e manejo <strong>de</strong> questões clínicas comuns 10 minutos• Muitas ocorrências <strong>de</strong> hipoglicemia, icterícia e <strong>de</strong>sidratação po<strong>de</strong>m ser evita<strong>da</strong>spela implementação <strong>de</strong> práticas como:- Contato pele a pele <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo para oferecer calor para o bebê.- Aleitamento materno freqüente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo.- Alojamento conjunto para facilitar o aleitamento materno freqüente.- Estímulo à retira<strong>da</strong> <strong>de</strong> leite e à alimentação com copo se o bebê não conseguemamar <strong>de</strong> forma eficaz por estar sonolento ou fraco <strong>de</strong>mais.- Não ofereça água ao bebê. A água não é eficaz para a redução <strong>da</strong> icterícia epo<strong>de</strong> inclusive acentuá-la.- Observe todos os bebês nos primeiros dias para se certificar <strong>de</strong> que estãoapren<strong>de</strong>ndo a sugar bem.Hipoglicemia do neonato• Hipoglicemia significa baixo nível <strong>de</strong> glicose no sangue. Bebês prematuros oupequenos para i<strong>da</strong><strong>de</strong> gestacional, que estejam doentes ou cujas mães estejam doentespo<strong>de</strong>m apresentar hipoglicemia.• Não há indícios que sugiram que concentrações baixas <strong>de</strong> glicose no sangue sempresença <strong>de</strong> qualquer sinal <strong>de</strong> doença causem <strong>da</strong>nos a bebês saudáveis e nascidosa termo.• Bebês saudáveis nascidos a termo não apresentam hipoglicemia por simplesmentecomerem pouco. Se um bebê saudável nascido a termo <strong>de</strong>senvolver sinais <strong>de</strong>hipoglicemia, <strong>de</strong>ve-se investigar o problema subjacente.Icterícia• É comum que os bebês tenham uma coloração amarela<strong>da</strong> (icterícia) na pele naprimeira semana <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong>vido aos níveis elevados <strong>de</strong> bilirrubina no sangue.Essa coloração é vista com maior facili<strong>da</strong><strong>de</strong> na parte branca dos olhos. O colostroaju<strong>da</strong> os lactentes a eliminarem o mecônio e isso retira o excesso <strong>de</strong> bilirrubinado corpo.Desidratação• Lactentes saudáveis em amamentação exclusiva não precisam <strong>de</strong> líquidos adicionaispara prevenir a <strong>de</strong>sidratação.• Bebês com diarréia <strong>de</strong>vem ser amamentados com maior freqüência. O aleitamentomaterno freqüente fornece fluidos, nutrientes e fatores protetores. Alémdisso, os fatores <strong>de</strong> crescimento no leite materno aju<strong>da</strong>m a restauração do intestino<strong>da</strong>nificado.Bebês com dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s respiratórias• Os bebês com dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s respiratórias <strong>de</strong>vem receber porções pequenas e freqüentes<strong>de</strong> leite materno porque se cansam com facili<strong>da</strong><strong>de</strong>. O aleitamento mater-167


no fornece ao lactente nutrientes, fatores imunológicos, calorias e fluido, além <strong>de</strong>conforto a ele e à sua mãe.Bebês com problemas neurológicos• Muitos bebês com síndrome <strong>de</strong> Down ou outras dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s neurológicas po<strong>de</strong>mser amamentados. Mesmo que o bebê não consiga mamar no peito, o leitematerno é muito importante. Algumas formas <strong>de</strong> aju<strong>da</strong> incluem:- Encorajar o contato <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo e o início precoce <strong>da</strong> alimentação.- O bebê po<strong>de</strong> precisar ser acor<strong>da</strong>do para mama<strong>da</strong>s freqüentes e estimuladopara permanecer alerta durante as mama<strong>da</strong>s.- Aju<strong>de</strong> com o posicionamento e a pega <strong>da</strong> mama pelo bebê.- Po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r se a mãe apoiar sua mama e o queixo do bebê para estabilizara mandíbula do bebê e manter uma boa pega durante to<strong>da</strong> a mama<strong>da</strong>. Elapo<strong>de</strong> segurar gentilmente o queixo do bebê com o indicador e o polegar ecolocar os três outros <strong>de</strong>dos sob a mama.Projete os sli<strong>de</strong>s 10/5 e 10/6: Figuras <strong>da</strong> posição <strong>de</strong> bailarina. O bebê no Sli<strong>de</strong> 10/6tem síndrome <strong>de</strong> Down• Além disso,- As mama<strong>da</strong>s po<strong>de</strong>m levar um bom tempo, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do método <strong>de</strong> alimentação.Aju<strong>de</strong> a mãe a enten<strong>de</strong>r que não é o aleitamento materno em sique leva tempo.- A mãe po<strong>de</strong> precisar retirar seu leite e oferecer ao bebê com um copo.- Evite usar bicos artificiais e chupetas, porque esses bebês po<strong>de</strong>m achar muitodifícil apren<strong>de</strong>r a sugar tanto na mama como no bico artificial.- Alguns bebês com dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s neurológicas ganham peso <strong>de</strong>vagar mesmo sereceberem leite materno suficiente.- Alguns bebês com dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s neurológicas po<strong>de</strong>m ter outros problemas <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> como complicações cardíacas.4. Indicações médicas para o uso <strong>de</strong> alimentos além do leite materno 10 minutos• Em algumas situações, o aleitamento materno não é iniciado ou é interrompidosem razão médica clara. É importante fazer a distinção entre:- bebês que não po<strong>de</strong>m ser alimentados na mama mas para quem o leite maternocontinua sendo o alimento <strong>de</strong> escolha;- bebês que não <strong>de</strong>vem receber leite materno, ou qualquer outro tipo <strong>de</strong> leite,inclusive os substitutos habituais <strong>de</strong> leite materno e- bebês para quem não há leite materno disponível, qualquer que seja a razão.• Bebês que não po<strong>de</strong>m mamar no peito po<strong>de</strong>m receber leite retirado <strong>da</strong> mamapor son<strong>da</strong>, copo ou colher. Certifique-se <strong>de</strong> que o bebê receba o leite do final <strong>da</strong>mama<strong>da</strong>, que tem alto teor <strong>de</strong> gordura, para aju<strong>da</strong>r o seu crescimento.168


• Alguns poucos bebês po<strong>de</strong>m apresentar transtornos congênitos <strong>de</strong> metabolismocomo galactosemia, fenilcetonúria ou doença <strong>da</strong> urina do xarope <strong>de</strong> bordo.• Esses lactentes po<strong>de</strong>m exigir alimentação total ou parcial com um substituto especialdo leite materno a<strong>de</strong>quado para sua doença metabólica específica.• A mãe po<strong>de</strong> estar longe do bebê, muito doente ou ter falecido, ou é HIV positiva.Esses bebês precisarão <strong>de</strong> substituição a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> <strong>da</strong> amamentação. Situações relaciona<strong>da</strong>sà saú<strong>de</strong> materna que po<strong>de</strong>m exigir o uso <strong>de</strong> alimentos que não o leitematerno serão discuti<strong>da</strong>s numa seção posterior. 42• Bebês com condições médicas que não permitam a amamentação exclusiva precisamser vistos e acompanhados por um profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> com treinamentoa<strong>de</strong>quado. Esses lactentes precisam <strong>de</strong> planos <strong>de</strong> alimentação individualizados ea mãe e a família precisam enten<strong>de</strong>r bem como alimentar o bebê.Distribua o impresso O bebê precisa <strong>de</strong> substitutos do leite materno? e discuta ospontos que forem necessários.Verifique se os participantes têm dúvi<strong>da</strong>s. Resuma a seção.Verificação <strong>de</strong> conhecimento Seção 10Jacqueline tem um bebê prematuro <strong>de</strong> 33 semanas na uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento especial.É muito importante que seu bebê receba o leite materno. Como você aju<strong>da</strong>ráJacqueline a começar a fazer o leite <strong>de</strong>scer? Como você a aju<strong>da</strong>rá a colocar o bebêna mama após alguns dias?Yoko <strong>de</strong>u à luz duas gêmeas. Ela tem receio <strong>de</strong> não produzir leite suficiente para alimentardois bebês e <strong>de</strong> ter que usar fórmula. Qual é a primeira coisa que você po<strong>de</strong>dizer para aumentar a confiança <strong>de</strong> Yoko? O que você irá sugerir para aju<strong>da</strong>r Yokoa amamentar suas filhas?Resumo <strong>da</strong> Seção 10Lactentes prematuros, <strong>de</strong> baixo peso ou que tenham necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s especiais• O leite materno é importante para lactentes prematuros, <strong>de</strong> baixo peso ou quetenham necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s especiais. Ele protege, nutre e aju<strong>da</strong> o crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento.• Como a alimentação será feita <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá do bebê e sua condição. Em geral, os cui<strong>da</strong>dospo<strong>de</strong>m ser divididos em categorias segundo a habili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> sucção do bebê:- O bebê não po<strong>de</strong> ser alimentado por via oral. Estimule a mãe a retirar leitepara manter seu suprimento para quando o bebê pu<strong>de</strong>r se alimentar por viaoral. Se possível, congele o leite materno e use posteriormente.- O bebê po<strong>de</strong> ser alimentado por via oral mas não consegue sugar na mama.Ofereça leite materno por son<strong>da</strong> e copo, se possível.- O bebê consegue sugar mas não durante uma mama<strong>da</strong> inteira. Permitaque o bebê mame sempre que quiser. Mama<strong>da</strong>s freqüentes e curtas po<strong>de</strong>m42Informações adicionais sobre saú<strong>de</strong> materna e aleitamento materno serão apresenta<strong>da</strong>s na Seção 13.169


cansar o bebê menos do que mama<strong>da</strong>s e intervalos longos. Ofereça leite maternopor son<strong>da</strong> e copo, além do que o bebê for capaz <strong>de</strong> sugar.- O bebê consegue sugar bem. Incentive mama<strong>da</strong>s freqüentes para a produção<strong>de</strong> leite, para a proteção contra infecções e para o conforto.- O bebê não po<strong>de</strong> receber leite materno. Se o bebê tiver uma doença metabólicacomo, por exemplo, galactosemia e precisar <strong>de</strong> uma fórmula especializa<strong>da</strong>.• Cui<strong>de</strong> <strong>da</strong> mãe com líquidos, alimentos, <strong>de</strong>scanso e aju<strong>de</strong>-a a ficar em contatoconstante com seu bebê.• O bebê provavelmente fará pausas freqüentes para <strong>de</strong>scansar durante a mama<strong>da</strong>.Planeje mama<strong>da</strong>s silenciosas, tranqüilas e um pouco longas. Evite barulho, luzesintensas, carícias, balanço ou conversas com o bebê durante as tentativas <strong>de</strong> amamentação.• Prepare a mãe e o bebê para a alta em alojamento conjunto, incentivando o contatopele a pele e permitindo que haja tempo para que ela apren<strong>da</strong> a amamentar,reconhecer os sinais <strong>de</strong> fome e saiba como obter aju<strong>da</strong> em casa.• Agen<strong>de</strong> visitas <strong>de</strong> acompanhamento <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo para qualquer bebê que tenhanecessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s especiais.Aleitamento materno <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> um bebê• As mães po<strong>de</strong>m produzir leite suficiente para dois ou até três bebês. Os fatoreschavenão são a produção <strong>de</strong> leite e sim tempo, apoio e encorajamento por partedos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>da</strong> família e dos amigos.Prevenção e manejo <strong>de</strong> questões clínicas comuns• A implementação <strong>de</strong> práticas como contato pele a pele precocemente e aleitamentomaterno freqüente, alojamento conjunto, retira<strong>da</strong> <strong>de</strong> leite, alimentaçãocom copo se o bebê estiver sonolento ou fraco e evitar o uso <strong>de</strong> água e suplementospo<strong>de</strong> prevenir muitas ocorrências <strong>de</strong> hipoglicemia, icterícia e <strong>de</strong>sidratação.Indicações médicas <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> alimentos além do leite materno• Bebês com condições médicas que não permitam a amamentação exclusiva precisamser vistos e acompanhados por um profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> com treinamentoa<strong>de</strong>quado.Razões médicas aceitáveis para uso <strong>de</strong> substitutos do leite maternoAtualização – OMS, 2008 (MINUTA)Quase to<strong>da</strong>s as mães po<strong>de</strong>m ser bem sucedi<strong>da</strong>s na amamentação, o que inclui iniciara amamentação <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> primeira hora <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, amamentar exclusivamentenos primeiros seis meses e continuar a amamentar (com alimentos complementaresapropriados) até 2 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> ou mais.Poucas condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> criança e <strong>da</strong> mãe justificam a recomen<strong>da</strong>ção <strong>de</strong>não amamentar ou introduzir complementos nos primeiros seis meses <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> (IN-FANT…, 1986). Essas condições são lista<strong>da</strong>s abaixo, juntamente com outras condições<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> mãe que, embora sérias, não constituem razões médicas para complementarou interromper a amamentação.170


Sempre que estiver em jogo a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> interromper a amamentação ou não amamentar,os riscos <strong>da</strong> não amamentação <strong>de</strong>vem ser pesados contra os riscos impostospela presença <strong>de</strong> algumas <strong>da</strong>s situações abaixo.Condições <strong>da</strong> criançaLactentes que não <strong>de</strong>vem receber leite materno nem qualquer outro leite, excetofórmulas especiais.Galactosemia clássica: é necessário uma fórmula especial isenta <strong>de</strong> galactose.Doença <strong>da</strong> urina <strong>de</strong> xarope do bordo (leucinose): é necessário uma fórmula especial.Fenilcetonúria: é necessário uma fórmula especial isenta <strong>de</strong> fenilalanina (algumaamamentação é possível, sob monitoramento cui<strong>da</strong>doso).Lactentes para os quais o leite materno é a melhor opção <strong>de</strong> alimento, mas que po<strong>de</strong>mnecessitar <strong>de</strong> complementação com outro leite por um período limitado.Recém-nascidos <strong>de</strong> muito baixo peso ao nascer (nascidos com menos <strong>de</strong>1500g);Recém-nascidos muito prematuros, i.e. nascidos com menos <strong>de</strong> 32 semanas <strong>de</strong>i<strong>da</strong><strong>de</strong> gestacional;Recém-nascidos com risco <strong>de</strong> hipoglicemia em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> a<strong>da</strong>ptação metabólicacomprometi<strong>da</strong> ou <strong>de</strong>man<strong>da</strong> aumenta<strong>da</strong> <strong>de</strong> glicose, como são os pré-termos,pequenos para i<strong>da</strong><strong>de</strong> gestacional ou que tenham experimentado significante estressecom hipoxia e isquemia intraparto, aqueles que estão doentes e cujas mãessão diabéticas (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1997b); e se sua glicemianão melhorou com a amamentação ou leite materno;Lactentes menores <strong>de</strong> seis meses que, a <strong>de</strong>speito <strong>de</strong> sucção freqüente e eficaz,e ausência <strong>de</strong> doença, mostram falha <strong>de</strong> crescimento persistente (i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>por uma curva plana ou em <strong>de</strong>clínio) (WORLD HEALTH ORGANIZATION,2001c, 2002c; EMERGENCY NUTRITION NETWORK et al., 2004).Informações adicionais - Seção 10Uso <strong>de</strong> leite materno or<strong>de</strong>nhado• O leite <strong>de</strong> uma mãe que teve um parto prematuro contém mais proteínas, sódioe cálcio do que o leite <strong>de</strong> mães <strong>de</strong> bebês nascidos a termo. Lactentes prematurosmuitas vezes precisam <strong>de</strong> proteína adicional, portanto isso aju<strong>da</strong> muito.• O leite materno com valor energético <strong>de</strong> 65 kcal/100ml ao volume <strong>de</strong> 200 ml/kg/dia resultará em ingestão <strong>de</strong> energia <strong>de</strong> 130 kcal/dia. Se a mãe tem mais leite doque seu bebê precisa, o leite materno or<strong>de</strong>nhado po<strong>de</strong> ser colocado para <strong>de</strong>scansarpor um curto período e o leite do final <strong>da</strong> mama<strong>da</strong>, rico em gordura, subirá.A ‘nata’ po<strong>de</strong> ser adiciona<strong>da</strong> à mama<strong>da</strong> regular <strong>de</strong> leite, tornando-o ain<strong>da</strong> maisrico em energia.• Algumas uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s acrescentam fortificantes e fórmula ao leite materno para fazero bebê crescer mais rapi<strong>da</strong>mente. O efeito em longo prazo do crescimentorápido precoce é <strong>de</strong>sconhecido. Esses acréscimos ao leite materno po<strong>de</strong>m fazer amãe recear que seu leite não seja bom o suficiente para seu bebê. Reafirme para171


a mãe que seu leite é bom para o bebê. Se houver necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> médica <strong>de</strong> se acrescentaralgo ao leite materno, explique que durante um breve período seu bebêtem necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s adicionais.• Se o bebê receber tanto leite materno como fórmula, a fórmula será mais bemabsorvi<strong>da</strong> se for mistura<strong>da</strong> ao leite materno e não se houver alternância entremama<strong>da</strong>s <strong>de</strong> fórmula e leite materno. Os acréscimos ao leite materno <strong>de</strong>vem ser<strong>de</strong>cididos para casos específicos, e não como política padroniza<strong>da</strong> para todos oslactentes na uni<strong>da</strong><strong>de</strong>.Hipoglicemia do neonato• Os bebês que se alimentam com leite materno po<strong>de</strong>m ter melhor capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>manter os níveis <strong>de</strong> glicose sérica do que bebês alimentados com fórmulas infantis.Os bebês compensam o baixo nível <strong>de</strong> açúcar no sangue usando seus combustíveiscorporais (como o glicogênio armazenado no fígado).• Bebês saudáveis nascidos a termo não apresentam hipoglicemia por simplesmentecomerem pouco. Se um bebê saudável nascido a termo <strong>de</strong>senvolver sinais <strong>de</strong>hipoglicemia, <strong>de</strong>ve-se investigar o problema subjacente. Sinais <strong>de</strong> hipoglicemiaincluem nível rebaixado <strong>de</strong> consciência, convulsões, tônus anormal (‘moleza’) eapnéia. Um médico <strong>de</strong>ve examinar imediatamente qualquer bebê que apresenteesses sinais.Icterícia fisiológica• Este é o tipo mais comum <strong>de</strong> icterícia e não é indicador <strong>de</strong> doença do bebê. Emgeral, surge no segundo ou terceiro dia e <strong>de</strong>saparece até o décimo dia <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>.As células vermelhas do sangue fetal, que não são necessárias para o bebê após onascimento, se quebram mais rapi<strong>da</strong>mente do que o fígado imaturo do bebê consegueprocessar. À medi<strong>da</strong> que o fígado do bebê amadurece, a icterícia diminui.A bilirrubina é excreta<strong>da</strong> principalmente pelas fezes, não pela urina; portanto asuplementação com água não aju<strong>da</strong> a reduzir o nível <strong>de</strong> bilirrubina.Icterícia prolonga<strong>da</strong>• Às vezes a icterícia po<strong>de</strong> persistir por três semanas ou até três meses. O bebê <strong>de</strong>veser avaliado para se <strong>de</strong>scartar a icterícia anormal. Para o lactente amamentadocom bom ganho <strong>de</strong> peso e nível apenas brando <strong>de</strong> icterícia, a icterícia prolonga<strong>da</strong>raramente é um problema.Icterícia anormal ou patológica• Esse tipo <strong>de</strong> icterícia não é habitualmente relacionado à alimentação e se manifestaao nascimento ou no primeiro ou segundo dia. Em geral, o bebê está doente.O aleitamento materno <strong>de</strong>ve ser encorajado, exceto na galactosemia, doença metabólicamuito rara.Tratamento <strong>da</strong> icterícia grave• A fototerapia é usa<strong>da</strong> na icterícia grave para <strong>de</strong>compor a bilirrubina. O aleitamentomaterno muito freqüente é importante para evitar a <strong>de</strong>sidratação. Ofereçaleite materno oe<strong>de</strong>nhado caso o bebê esteja sonolento. Água ou suplementação172


com água glicosa<strong>da</strong> não aju<strong>da</strong>m, por reduzir a ingestão <strong>de</strong> leite materno e nãocontribuírem para reduzir a icterícia.Problemas cardíacos• Os bebês po<strong>de</strong>m se cansar com facili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Mama<strong>da</strong>s freqüentes e curtas são úteis.O bebê po<strong>de</strong> respirar melhor quando amamenta. O aleitamento materno é menosestressante e há menor uso <strong>de</strong> energia, portanto há melhor ganho <strong>de</strong> peso. Oleite materno confere proteção contra doenças, reduzindo assim a hospitalizaçãoe aju<strong>da</strong>ndo o crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento.Lábio leporino e fen<strong>da</strong> palatina• O aleitamento materno é possível mesmo em casos extremos <strong>de</strong> lábio leporinoe fen<strong>da</strong> palatina. Como bebês com fen<strong>da</strong>s têm maior risco <strong>de</strong> apresentar otitemédia e infecções do trato respiratório superior, o leite materno é especialmenteimportante.• Segure o bebê <strong>de</strong> modo que seu nariz e garganta estejam acima <strong>da</strong> mama. Issoevitará que o leite vaze para a cavi<strong>da</strong><strong>de</strong> nasal, que dificultaria a respiração do bebêdurante a mama<strong>da</strong>. O tecido <strong>da</strong> mama ou o <strong>de</strong>do <strong>da</strong> mãe po<strong>de</strong>m tapar a fen<strong>da</strong> nolábio para aju<strong>da</strong>r o bebê a manter a sucção.• As mama<strong>da</strong>s provavelmente serão longas. Incentive a mãe a ser paciente, já que obebê se cansa com facili<strong>da</strong><strong>de</strong> e precisa <strong>de</strong>scansar. A mãe provavelmente terá queretirar o seu leite e suplementar a alimentação. Ela po<strong>de</strong> oferecer seu leite comcopo ou son<strong>da</strong>. 43 Após a cirurgia para correção <strong>da</strong> fen<strong>da</strong>, o aleitamento maternopo<strong>de</strong> ser retomado assim que o bebê esteja alerta.Lactentes que necessitam <strong>de</strong> cirurgia• O leite materno é facilmente digerido, portanto exige menos tempo <strong>de</strong> jejum doque leites com fórmula ou outros alimentos. Em geral, o bebê não <strong>de</strong>ve precisarficar em jejum por mais <strong>de</strong> três horas. Converse com os pais sobre maneiras <strong>de</strong>acalmar o bebê durante o período <strong>de</strong> jejum. O aleitamento materno habitualmentepo<strong>de</strong> recomeçar tão logo o bebê esteja acor<strong>da</strong>do após a cirurgia.• O aleitamento materno logo após a cirurgia aju<strong>da</strong> o alívio <strong>da</strong> dor, consola o bebê,fornece líquidos e energia. Se o bebê não pu<strong>de</strong>r ingerir gran<strong>de</strong>s quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>leite materno imediatamente, a mãe po<strong>de</strong> fazer a expressão manual do leite e <strong>de</strong>ixaro bebê sugar um ‘peito vazio’ até que ele esteja mais estável.43Ver Seção 11173


Seção 11: Quando o bebê não po<strong>de</strong> ser amamentado nopeito – Passo 5Objetivos <strong>da</strong> seção:Ao final <strong>de</strong>sta seção os participantes <strong>de</strong>vem ser capazes <strong>de</strong>:1. Descrever por que a expressão manual é útil e como realizá-la; 15 minutos2. Praticar a expressão manual; 15 minutos3. Resumir o uso seguro <strong>de</strong> leite <strong>de</strong> outra mãe; 5 minutos4. Explicar como alimentar um lactente com copinho; 25 minutosTempo total <strong>da</strong> seção:60 minutosHá uma <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> alimentação com copo durante a Prática Clínica 3. Sehouver uma mãe e um bebê disponíveis para comparecerem à aula, a <strong>de</strong>monstraçãopo<strong>de</strong> ser feita como parte <strong>da</strong> seção. Ajuste o horário como necessário.Materiais:Sli<strong>de</strong> 11/1: Expressão manualSli<strong>de</strong> 11/2: Alimentação com copinhoSli<strong>de</strong> 11/3: Suplementador (son<strong>da</strong>) para aleitamento materno (opcional)Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> mama para <strong>de</strong>monstração e para prática em pares. Se possível, <strong>de</strong>ve haverum mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> mama para ca<strong>da</strong> grupo <strong>de</strong> 2-3 participantes.Boneca, copo pequeno, pano. O copo <strong>de</strong>ve ser aberto, sem bor<strong>da</strong>s afia<strong>da</strong>s – um copinho<strong>de</strong> remédio, uma xícara <strong>de</strong> chá ou um copo pequeno po<strong>de</strong>m ser usados. Se umcopo comum for usado, po<strong>de</strong> ser mais fácil observar o leite pelo vidro.Impresso – COMO ALIMENTAR UM BEBÊ COM COPO, uma cópia para ca<strong>da</strong> participante.(opcional).Impresso – EXPRESSÃO MANUAL DE LEITE, uma cópia para ca<strong>da</strong> participante.(opcional).Opcional – bombas <strong>de</strong> leite disponíveis localmente. Certifique-se <strong>de</strong> que você sabeusar as bombas antes <strong>de</strong> realizar a <strong>de</strong>monstração. NÃO convi<strong>de</strong> um representante <strong>de</strong>empresa <strong>de</strong> bomba <strong>de</strong> leite para <strong>da</strong>r essa <strong>de</strong>monstração, uma vez que seu trabalho éaumentar o uso <strong>da</strong> bomba e não fornecer uma análise imparcial sobre or<strong>de</strong>nha e retira<strong>da</strong><strong>de</strong> leite.Suplementador (son<strong>da</strong>) para aleitamento materno para exibição, seja ele feito em casaou comprado, caso sejam usados na região.Leitura adicional para os facilitadores:Seção 8 <strong>de</strong> Aconselhamento em HIV e Alimentação Infantil: um curso <strong>de</strong> treinamento(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE; FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARAA INFÂNCIA; PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A AIDS, 2000)174


Relactation: A review of experience and recommen<strong>da</strong>tions for practice (HORMANN;SAVAGE, 1998)Livro opcional: Breastfeeding Special Care Babies (LANG, 2002)1. Apren<strong>de</strong>ndo a realizar a expressão ou or<strong>de</strong>nha manual 15 minutos• O Passo 5 dos Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno diz:- Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação mesmo se vierema ser separa<strong>da</strong>s dos seus filhos.Pergunte: Por que po<strong>de</strong> ser útil para a mãe saber realizar a expressão manual?Espere por algumas respostas.Por que apren<strong>de</strong>r a realizar a expressão ou or<strong>de</strong>nha manual?• Po<strong>de</strong> ser útil saber realizar a expressão manual:- Para o conforto <strong>da</strong>s mamas, para aliviar o ingurgitamento ou bloqueio <strong>de</strong>ductos 44 ou para aplicar algumas gotas <strong>de</strong> leite do final <strong>da</strong> mama<strong>da</strong> sobre aregião do mamilo para aliviar eventual dor.- Para encorajar o bebê a amamentar. Retire o leite- e aplique sobre o mamilo para que o bebê cheire e prove- e aplique diretamente na boca do bebê caso sua sucção esteja fraca ou- para suavizar a aréola <strong>de</strong> uma mama cheia e facilitar a pega <strong>da</strong> mama pelobebê.- Para manter uma boa produção <strong>de</strong> leite quando o bebê não está sugando oupara aumentar a produção <strong>de</strong> leite.- Para obter leite caso o bebê não consiga amamentar, ou se o bebê é pequenoe se cansa com facili<strong>da</strong><strong>de</strong>, quando a mãe e o bebê estão separados ou paraoferecer leite a um banco <strong>de</strong> leite.- Para pasteurizar o leite para o bebê, como opção quando a mãe é HIVpositiva.• Muitas mães preferem a expressão manual ao uso <strong>de</strong> bomba porque:- As mãos, ao contrário dos equipamentos, não quebram ou se per<strong>de</strong>m.- A expressão manual po<strong>de</strong> ser muito eficaz e rápi<strong>da</strong> quando a mãe tem experiência.- Algumas mães preferem o estímulo <strong>da</strong> expressão manual contra a pele emcomparação com a sensação plástica e o som <strong>de</strong> uma bomba.- A expressão manual é, em geral, mais suave do que a feita com bomba, principalmentese o mamilo estiver dolorido.- Há menos risco <strong>de</strong> infecção cruza<strong>da</strong>, porque a mãe não usa equipamentosque po<strong>de</strong>m ser também manuseados por outras pessoas.44Ver Seção 12 para mais informações sobre ductos bloqueados e ingurgitamento.175


Como realizar a expressão manualFátima sabe que o leite materno é muito importante para seu bebê e quer oferecerleite para ele. No entanto, ele ain<strong>da</strong> não consegue sugar bem. A enfermeira a ajudou aretirar o leite logo após o nascimento do bebê.• É mais fácil apren<strong>de</strong>r a retirar o leite quando a mama está macia e não cheia edolori<strong>da</strong>.• Os passos-chave para a expressão ou or<strong>de</strong>nha manual são:- Estimular o leite a fluir.- Localizar os ductos <strong>de</strong> leite.- Comprimir a mama sobre os ductos.- Repetir esse procedimento em to<strong>da</strong>s as áreas <strong>da</strong> mama.- Distribuir o impresso Expressão do leite (opcional)- Usar o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> mama à medi<strong>da</strong> que explica os passos.Estimular o leite a fluir• A mãe po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r seu reflexo <strong>da</strong> ocitocina <strong>da</strong>s seguintes maneiras:- Estando confortável e relaxa<strong>da</strong>,- Pensando sobre seu bebê, olhando para o bebê (ou mesmo para uma fotografia)- Aquecendo sua mama e fazendo massagens suaves,- Rolar suavemente o mamilo entre o indicador e o polegar.• As mães po<strong>de</strong>m estimular o reflexo <strong>da</strong> ocitocina a funcionar melhor com o passardo tempo. Quando a mãe é experiente na retira<strong>da</strong> <strong>de</strong> leite ela po<strong>de</strong> não precisarestimular o fluxo <strong>de</strong> leite.Localizar os ductos <strong>de</strong> leite• Peça à mãe para tocar a mama perto do limite <strong>da</strong> aréola, ou a cerca <strong>de</strong> 4 centímetrosdo mamilo, 45 até encontrar uma área em que a mama pareça diferente aotoque. Ela po<strong>de</strong> <strong>de</strong>screver a sensação <strong>de</strong> nó ou caroços. Esses são os ductos <strong>de</strong> leite.Depen<strong>de</strong>ndo <strong>da</strong> parte <strong>da</strong> mama on<strong>de</strong> está localizado, a mãe <strong>de</strong>ve colocar seuindicador sobre o ducto e o polegar no lado oposto <strong>da</strong> mama, ou vice-versa. Elapo<strong>de</strong> apoiar a mama com os outros <strong>de</strong>dos <strong>da</strong> mão ou com a outra mão.Comprimir a mama sobre os ductos.• Peça à mãe que pressione gentilmente o polegar e os <strong>de</strong>dos na direção <strong>da</strong> pare<strong>de</strong>torácica. Depois ela <strong>de</strong>ve pressionar o indicador e o polegar um contra o outro,comprimindo o ducto <strong>de</strong> leite entre eles. Isso aju<strong>da</strong> o leite a fluir em direção aomamilo. Ela libera a pressão e repete o movimento <strong>de</strong> compressão e <strong>de</strong>scompressãoaté que o leite comece a pingar (po<strong>de</strong> levar alguns minutos). O colostro po<strong>de</strong>45Aproxima<strong>da</strong>mente a parte superior do polegar.176


sair em gotas, porque é grosso e há pouca quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>. Mais adiante, o leite po<strong>de</strong>esguichar em jatos após o reflexo <strong>da</strong> ocitocina funcionar.Repetir esse procedimento em to<strong>da</strong>s as áreas <strong>da</strong> mama.• Quando o fluxo <strong>de</strong> leite diminuir, a mãe <strong>de</strong>ve avançar seu polegar e seu indicadorao redor <strong>da</strong> aréola para outra área e repetir o processo. Quando o fluxo parar, elapo<strong>de</strong> passar para a outra mama, caso <strong>de</strong>seje retirar leite <strong>de</strong> ambas. A mãe po<strong>de</strong>fazer uma pausa para massagear a mama novamente, se necessário. Ela tambémpo<strong>de</strong> mu<strong>da</strong>r <strong>de</strong> uma mama para outra algumas vezes.Quando retirar o leite• Se o bebê não conseguir sugar, comece a retira<strong>da</strong> logo após o parto, preferivelmenteaté 6 horas <strong>de</strong>pois.Durante quanto tempo retirar o leite• A duração <strong>da</strong> or<strong>de</strong>nha <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>da</strong> razão pela qual a mãe está retirando o leite.- Se seu objetivo é retirar colostro para um bebê que não consegue sugar, elapo<strong>de</strong> levar <strong>de</strong> 5 a 10 minutos para obter uma colher <strong>de</strong> chá <strong>de</strong> colostro. Lembre-se<strong>de</strong> que o estômago do neonato é muito pequeno e quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s pequenasa ca<strong>da</strong> uma ou duas horas são o que o bebê precisa.- Se a retira<strong>da</strong> tiver o objetivo <strong>de</strong> aumentar a produção <strong>de</strong> leite, tente realizá-ladurante cerca <strong>de</strong> 20 minutos ao menos seis vezes em 24 horas, incluindo pelomenos uma vez durante a noite, para que o tempo total <strong>de</strong> retira<strong>da</strong> seja <strong>de</strong>pelo menos 100 minutos por 24 horas.- Se a mãe estiver apenas amaciando a aréola para aju<strong>da</strong>r seu bebê a pegar amama, talvez só precise comprimir a região 3 ou 4 vezes.- Se a mãe estiver liberando um ducto bloqueado, precisa comprimir e massagearaté o caroço ter <strong>de</strong>saparecido.- Se a fase <strong>de</strong> recém-nascido já passou e a mãe está retirando leite para ser oferecidoao seu filho quando estiver trabalhando, estabeleça o tempo <strong>de</strong> duração<strong>da</strong> retira<strong>da</strong> pelo fluxo <strong>de</strong> leite e pela quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> necessária para suprir asnecessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do bebê. Algumas mães conseguem obter a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> leitenecessária em 15 minutos, outras po<strong>de</strong>m levar 30 minutos.- A mãe po<strong>de</strong> fazer a oe<strong>de</strong>nha em uma mama e amamentar o bebê na outra.• Os bebês prematuros e alguns bebês doentes po<strong>de</strong>m a princípio só mamar quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>smuito pequenas. Incentive mama<strong>da</strong>s freqüentes <strong>de</strong> colostro. Mesmo mama<strong>da</strong>smuito curtas po<strong>de</strong>m ser úteis – não <strong>de</strong>scarte as pequenas quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s quea mãe retirar.• O colostro po<strong>de</strong> sair apenas em gotas. Elas são preciosas para o bebê. A mãe po<strong>de</strong>retirar o leite em uma colher, pequeno recipiente ou diretamente na boca do bebêpara que nenhuma gota <strong>de</strong> colostro se perca. Uma maneira útil <strong>de</strong> uma pessoaaju<strong>da</strong>r é coletando o colostro numa seringa diretamente do mamilo à medi<strong>da</strong> quea mãe faz a retira<strong>da</strong> – 1 ml po<strong>de</strong> parecer bastante numa seringa pequena.177


Pontos a ressaltar:• Não é necessário que o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> toque a mama <strong>da</strong> mulher quandoensinar a expressão manual.• Po<strong>de</strong>m ser necessárias algumas tentativas até que uma boa quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> leiteseja retira<strong>da</strong>. Incentive a mãe a não <strong>de</strong>sistir se obtiver pouco leite ou se não conseguirretirar leite na primeira tentativa. A quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> leite obti<strong>da</strong> aumentacom a prática.• Explique à mãe que ela não <strong>de</strong>ve comprimir o mamilo. Comprimir ou puxar omamilo não irá retirar leite e po<strong>de</strong> ser doloroso, além <strong>de</strong> <strong>da</strong>nificar o mamilo.• Explique à mãe que ela <strong>de</strong>ve evitar escorregar ou esfregar os <strong>de</strong>dos ao longo <strong>da</strong>mama quando estiver or<strong>de</strong>nhando. Isso também po<strong>de</strong> causar <strong>da</strong>nos à mama.• Com prática, é possível que a mãe faça a retira<strong>da</strong> <strong>de</strong> leite <strong>de</strong> ambas as mamas aomesmo tempo• Se a mãe estiver retirando leite e aleitando um bebê já mais velho (por exemplo,se estiver trabalhando), sugira que ela faça a retira<strong>da</strong> primeiro e <strong>de</strong>pois amamente.Assim, o bebê consegue obter o leite do final <strong>da</strong> mama<strong>da</strong>, rico em gordura.• A retira<strong>da</strong> não <strong>de</strong>ve doer. Se doer, verifique as técnicas lista<strong>da</strong>s acima com a mãee observe enquanto ela faz uma retira<strong>da</strong>.2. Prática <strong>de</strong> expressão manual em pares 15 minutosDivi<strong>da</strong> o grupo em pares e distribua um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> mama para ca<strong>da</strong> par. Os participantesse revezam para aju<strong>da</strong>r um ao outro a apren<strong>de</strong>r a realizar a expressão manual.Os participantes po<strong>de</strong>m estar em grupos <strong>de</strong> três, sendo que uma pessoa representao profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, uma representa a mãe e a terceira observa.LEMBRE DE USAR SUAS HABILIDADES DE COMUNICAÇÃOOuça, elogie, informe e sugira – Não or<strong>de</strong>ne ou julgue3. Usar o leite <strong>de</strong> outra mãe 5 minutos• Se o bebê não pu<strong>de</strong>r mamar no peito, a segun<strong>da</strong> melhor escolha é receber o leite<strong>de</strong> sua mãe. Se o leite <strong>da</strong> própria mãe do bebê não estiver disponível, o leite pasteurizado<strong>de</strong> outra mãe 46 é mais a<strong>de</strong>quado do que leite <strong>de</strong> vaca, cabra, camelo ououtro animal ou o leite <strong>de</strong> uma planta (leite <strong>de</strong> soja).• Quando uma mulher amamenta um bebê que não pariu, isso é chamado <strong>de</strong> amamentaçãocruza<strong>da</strong> 47 . O leite retirado manualmente <strong>de</strong> outra mãe é chamado <strong>de</strong>leite doado.• Alguns locais têm bancos <strong>de</strong> leite materno para oferecer leite a bebês prematurosou doentes. Em um banco <strong>de</strong> leite, as mães doadoras são testa<strong>da</strong>s para HIV eoutras doenças e o leite é pasteurizado (tratado por calor). O uso <strong>de</strong> leite <strong>de</strong> um46A outra mulher <strong>de</strong>ve ser HIV negativa.47O Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> do Brasil contra-indica a amamentação cruza<strong>da</strong>178


anco <strong>de</strong> leite é, em geral, uma opção <strong>de</strong> curto prazo, porque o fornecimentopo<strong>de</strong> ser limitado e outra forma <strong>de</strong> alimentação terá que ser discuti<strong>da</strong>.Avise aos participantes se houver um banco <strong>de</strong> leite na região.4. Oferecendo leite materno extraído para o bebê 25 minutos• Os bebês que não mamam no peito po<strong>de</strong>m ser alimentados por:- Son<strong>da</strong> nasogástrica ou orogástrica- Seringa ou conta-gotas- Colher- Retira<strong>da</strong> direta para a boca do bebê- Copo• A necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> métodos alternativos <strong>de</strong> alimentação e o método mais a<strong>de</strong>quado<strong>de</strong>vem ser avaliados individualmente para ca<strong>da</strong> mãe e bebê.• A alimentação por son<strong>da</strong> é necessária para bebês que não são capazes <strong>de</strong> sugare engolir.• Uma seringa ou um conta-gotas po<strong>de</strong>m ser usados para quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s muito pequenas<strong>de</strong> leite, por exemplo, o colostro. Coloque uma quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> muito pequena(não mais do que 0,5 ml <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> vez) por <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> bochecha do bebê 48 e espereo bebê engolir antes <strong>de</strong> oferecer mais.• A alimentação por colher é semelhante à com seringa, na qual quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s muitopequenas são ofereci<strong>da</strong>s. O bebê não consegue controlar o fluxo, portanto hárisco <strong>de</strong> aspiração caso o leite seja oferecido rápido <strong>de</strong>mais. A alimentação porcolher <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> leite leva bastante tempo. Isso significa que oresponsável ou o bebê po<strong>de</strong>m se cansar antes que o bebê tenha recebido leitesuficiente. Se uma colher gran<strong>de</strong> for utiliza<strong>da</strong>, o método se assemelha ao <strong>de</strong> alimentaçãocom copo.• A retira<strong>da</strong> direta para a boca do bebê po<strong>de</strong> encorajá-lo a sugar. Algumas mãesconseguem fazer a retira<strong>da</strong> direta para bebês com fen<strong>da</strong> palatina.• Em todos os métodos <strong>de</strong> suplementação <strong>de</strong>scritos acima, o responsável <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>quanto e a que veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> o bebê irá beber.Alimentação com copo• A alimentação com copo po<strong>de</strong> ser usa<strong>da</strong> para bebês capazes <strong>de</strong> engolir, mas que(ain<strong>da</strong>) não conseguem sugar bem o suficiente para se alimentarem completamentena mama. Eles po<strong>de</strong>m ter dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> para pegar a mama ou po<strong>de</strong>m pegálae sugar durante um tempo e cansarem rapi<strong>da</strong>mente antes <strong>de</strong> obterem leite suficiente.Um bebê com 30-32 semanas <strong>de</strong> gestação po<strong>de</strong>, muitas vezes, começar areceber leite <strong>de</strong> um copo.Projetar Sli<strong>de</strong> 11/1 – Alimentação com copo48Se a seringa for coloca<strong>da</strong> no centro <strong>da</strong> boca do bebê, há risco <strong>de</strong> o leite aci<strong>de</strong>ntalmente esguichar pela garganta se o bebê não estiverpronto para engolir. Alguns bebês sugam a seringa como se fosse o bico <strong>de</strong> uma mama<strong>de</strong>ira caso ela seja coloca<strong>da</strong> no centro <strong>da</strong> boca.Isso po<strong>de</strong> liberar mais leite do que o bebê consegue engolir e ele po<strong>de</strong> achar mais difícil apren<strong>de</strong>r a sugar na mama.179


• A alimentação com copo tem algumas vantagens em relação a outros métodos <strong>de</strong>alimentação:- É prazerosa para o bebê – não há tubos invasivos em sua boca.- Ela permite que o bebê use a língua para conhecer os gostos- Ela estimula a digestão do bebê,- Ela encoraja a coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> respiração/sucção/<strong>de</strong>glutição,- O bebê precisa ser segurado e é possível haver troca <strong>de</strong> olhar,- Ela permite que o bebê controle a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> e a veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> alimentação,- Um copo é mais fácil <strong>de</strong> se manter limpo do que uma mama<strong>de</strong>ira e um bico,- Ela po<strong>de</strong> ser vista como método <strong>de</strong> transição até o aleitamento materno e nãocomo ‘fracasso’ do aleitamento materno.• A alimentação com copo po<strong>de</strong> ter <strong>de</strong>svantagens:- O leite po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>sperdiçado se o bebê babar,- Bebês nascidos a termo po<strong>de</strong>m passar a preferir o copo se não tiverem contatoregular com a mama,- A alimentação com copo po<strong>de</strong> ser usa<strong>da</strong> ao invés do aleitamento maternopor ser fácil <strong>de</strong> realizar. Por exemplo: uma enfermeira <strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dosespeciais po<strong>de</strong> preferir alimentar com copo a buscar a mãe na enfermariado pós-parto para ajudá-la a amamentar seu bebê.• A quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> leite que o bebê ingere varia <strong>de</strong> uma mama<strong>da</strong> para outra – issovale para todos os métodos <strong>de</strong> alimentação. Se o bebê beber pouco em uma mama<strong>da</strong>,ofereça a seguinte um pouco mais cedo, principalmente se o bebê mostrarsinais <strong>de</strong> fome. Meça a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> que o bebê ingere no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> 24 horas, nãoa ca<strong>da</strong> mama<strong>da</strong>. É possível oferecer leite adicional por son<strong>da</strong> se o bebê estiverfraco <strong>de</strong>mais para receber mama<strong>da</strong>s completas com copo.• Se as mães não estiverem acostuma<strong>da</strong>s com a alimentação com copo, precisamreceber informações e observar seus bebês sendo alimentados <strong>de</strong>ssa maneira. Ométodo precisa ser ensinado <strong>de</strong> forma a <strong>de</strong>ixá-las confiantes <strong>de</strong> que conseguemfazer sozinhas. 49• O copo não precisa ser esterilizado <strong>da</strong> mesma maneira do que a mama<strong>de</strong>ira e obico. Ele possui uma superfície aberta e lisa que é fácil <strong>de</strong> limpar quando lava<strong>da</strong>em água quente com <strong>de</strong>tergente. Evite bicos estreitos, tampas ou superfícies comrelevos nos quais o leite po<strong>de</strong> gru<strong>da</strong>r e permitir o crescimento <strong>de</strong> bactérias.• O bebê po<strong>de</strong> progredir <strong>da</strong> alimentação por son<strong>da</strong> para a alimentação com copoaté a alimentação completa na mama. O bebê não precisa ‘apren<strong>de</strong>r’ a se alimentarcom uma mama<strong>de</strong>ira e um bico como parte do seu <strong>de</strong>senvolvimento.Distribua o impresso – COMO ALIMENTAR UM BEBÊ COM COPO. Demonstre comoalimentar com copo usando um boneco e seguindo os pontos <strong>de</strong>scritos no impresso.49Uma <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> como ensinar uma mãe a realizar a alimentação com copo usando habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação está incluí<strong>da</strong>na Seção 8 <strong>de</strong> Aconselhamento sobre HIV e alimentação <strong>de</strong> lactentes: um curso <strong>de</strong> treinamento.180


Há uma <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> alimentação com copo durante a Prática Clínica 3, quepo<strong>de</strong> ser realiza<strong>da</strong> nesse momento, se apropriado.Verifique se os participantes têm dúvi<strong>da</strong>s. Resuma a seção.Resumo <strong>da</strong> Seção 11Apren<strong>de</strong>ndo a realizar a expressão ou or<strong>de</strong>nha manual• Po<strong>de</strong> ser útil saber realizar a expressão manual para:- Conforto <strong>da</strong> mama,- Aju<strong>da</strong>r o bebê a mamar,- Manter o suprimento <strong>de</strong> leite,- Obter leite caso o bebê não consiga amamentar, quando a mãe e o bebê estãoseparados ou se o leite é necessário para outro bebê.- Pasteurizar o leite para o bebê, como opção quando a mãe é HIV positiva.• Os passos-chave para a expressão manual são:- Estimular o leite a fluir.- Localizar os ductos <strong>de</strong> leite.- Comprimir a mama sobre os ductos.- Repetir esse procedimento em to<strong>da</strong>s as áreas <strong>da</strong> mama.• A quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> leite obti<strong>da</strong> aumenta com a prática.Usar o leite <strong>de</strong> outra mãe• Se o leite <strong>da</strong> mãe do bebê não estiver disponível, o leite pasteurizado <strong>de</strong> outramãe 50 (que seja HIV negativa) é mais a<strong>de</strong>quado do que leite <strong>de</strong> vaca, cabra, cameloou outro animal ou leite <strong>de</strong> uma fonte vegetal (leite <strong>de</strong> soja).Oferecendo leite materno retirado para o bebê• Bebês que não mamam no peito po<strong>de</strong>m ser alimentados por:- Son<strong>da</strong> nasogástrica ou orogástrica- Seringa ou conta-gotas- Colher- Retira<strong>da</strong> direta para a boca do bebê- Copo• A necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> métodos alternativos <strong>de</strong> alimentação e o método mais a<strong>de</strong>quado<strong>de</strong>vem ser individualmente avaliados para ca<strong>da</strong> mãe e bebê.• A alimentação com copo po<strong>de</strong> ser usa<strong>da</strong> para bebês capazes <strong>de</strong> engolir, mas que(ain<strong>da</strong>) não conseguem sugar bem o suficiente para se alimentarem completa-50NT O Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> do Brasil contra-indica a amamentação cruza<strong>da</strong>; o leite <strong>de</strong> outra mãe só po<strong>de</strong> ser oferecido se tratado porpasteurização em Banco <strong>de</strong> Leite Humano.181


mente na mama. Um bebê com 30-32 semanas <strong>de</strong> gestação po<strong>de</strong>, muitas vezes,começar a receber leite <strong>de</strong> um copo.• Se as mães não estiverem acostuma<strong>da</strong>s com a alimentação com copo, precisam receberinformações e observar bebês sendo alimentados <strong>de</strong>ssa maneira. O método precisaser ensinado <strong>de</strong> forma a <strong>de</strong>ixá-las confiantes <strong>de</strong> que conseguem fazer sozinhas.Verificação <strong>de</strong> conhecimentos – Seção 11Liste quatro razões pelas quais se recomen<strong>da</strong> que as mães apren<strong>da</strong>m a retirar o leitemanualmente.Liste quatro razões pelas quais a alimentação com copo é preferível em comparaçãoà alimentação por outros meios, caso o bebê não possa mamar no peito.Expressão manual do leiteSeu leite é muito importante para seu bebê. É útil retirar o leite se:• seu bebê não po<strong>de</strong> ser amamentado no peito• você está longe do seu bebê• você quer usar gotas <strong>de</strong> leite para estimular o bebê a sugar,• suas mamas estão cheias <strong>de</strong>mais ou há um ducto bloqueado,• você quer um pouco <strong>de</strong> leite do fim <strong>da</strong> mama<strong>da</strong> para aplicar sobre os mamilosdoloridos e outras razões.Você aju<strong>da</strong> seu leite a fluir <strong>da</strong>s seguintes maneiras:• sentando confortavelmente, relaxa<strong>da</strong> e pensando no seu bebê,• aquecendo a mama,• massageando ou passando a mão sobre a mama e rolando o mamilo entre os <strong>de</strong>dos• recebendo uma massagem nas costas.Apalpe a região do mamilo para trás paraencontrar uma área em que a mama parecediferente. A sensação po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong> nós oucaroços. Essa, em geral, é uma boa regiãopara receber pressão para a retira<strong>da</strong> do leite.Coloque seu polegar <strong>de</strong> um lado <strong>da</strong> mama edois ou três <strong>de</strong>dos do lado oposto.182


Comprima a mama sobre os ductos. Tentepressionar seu polegar e seus <strong>de</strong>dos contrao tórax e <strong>de</strong>pois apertar os <strong>de</strong>dos uns contraos outros, movendo o leite em direçãoao mamilo. Solte e repita a pressão até que oleite comece a sair.Repita esse procedimento em to<strong>da</strong>s as partes <strong>da</strong> mama. Mova seus <strong>de</strong>dos ao redor<strong>da</strong> mama para comprimir ductos diferentes. Passe para a outra mama quandoo fluxo <strong>de</strong> leite cair. Massageie a mama ocasionalmente enquanto move a mão. Seestiver tentando <strong>de</strong>sbloquear um ducto, só é necessário fazer a retira<strong>da</strong> na região dobloqueio.É preciso prática para se obter gran<strong>de</strong>s volumes <strong>de</strong> leite. O primeiro leite (colostro)po<strong>de</strong> sair apenas em gotas. Elas são preciosas para o bebê.A freqüência <strong>da</strong>s retira<strong>da</strong>s <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>da</strong> razão pela qual se está retirando o leite.Se o bebê for muito novo e não mamar no peito, será necessário retirar leite a ca<strong>da</strong>2-3 horas.É importante que as mãos estejam limpas, assim como os recipientes para o leite.Discuta o armazenamento <strong>de</strong> leite, se necessário.Esses pontos são sugestões, não regras.• Descubra o que funciona melhor para você.• A retira<strong>da</strong> não <strong>de</strong>ve doer, peça aju<strong>da</strong> caso sinta dor.• Faça perguntas caso tenha alguma dúvi<strong>da</strong>. Você po<strong>de</strong> obter informações ou aju<strong>da</strong> em:Alimentação do bebê com copoPorque se recomen<strong>da</strong> a alimentação com copo• É prazerosa para o bebê – não há tubos invasivos em sua boca.• Ela permite que o bebê use sua língua para conhecer os gostos• Ela estimula a digestão do bebê,• Ela estimula a coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> respiração/sucção/<strong>de</strong>glutição,• O bebê precisa ser segurado e é possível haver troca <strong>de</strong> olhar,• Ela permite que o bebê controle a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> e a veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> alimentação,• Um copo é mais fácil <strong>de</strong> se manter limpo do que uma mama<strong>de</strong>ira e um bico,• Ela po<strong>de</strong> ser vista como método <strong>de</strong> transição até o aleitamento materno e nãocomo ‘fracasso’ do aleitamento materno.183


COMO ALIMENTAR UM BEBÊ COM UM COPOColoque o bebê parcialmente recostado ou sentado no seu colo; apóie as costas, acabeça e o pescoço do bebê. É útil enrolar o bebê com firmeza com uma manta paraapoiar suas costas e tirar suas mãos <strong>da</strong> frente.Segure um copo pequeno com leite próximo aos lábios do bebê.O copo pousa levemente sobre o lábio inferior do bebê e as bor<strong>da</strong>s do copo encostam-seà parte exterior do lábio superior do bebê.Vire o copo para que o leite apenas toque os lábios do bebê.O bebê fica alerta e abre a boca e os olhos.- Um bebê prematuro começa a levar o leite para a boca com a língua.- Um bebê nascido a termo ou mais velho suga o leite, <strong>de</strong>rrubando parte<strong>de</strong>le.NÃO DESPEJE o leite na boca do bebê. Apenas segure o copo perto dos lábios dobebê e <strong>de</strong>ixe que ele tome.Quando o bebê estiver satisfeito, fechará a boca e não tomará mais. Se o bebê nãotomou a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> calcula<strong>da</strong>, ele po<strong>de</strong> compensar na mama<strong>da</strong> seguinte ou vocêpo<strong>de</strong> precisar alimentar o bebê com mais freqüência.Meça a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> que o bebê ingere no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> 24 horas, não apenas a ca<strong>da</strong>mama<strong>da</strong>.Informações adicionais - Seção 11Usar o leite <strong>de</strong> outra mãeAmamentação cruza<strong>da</strong> 51Leite <strong>de</strong> doadora e leite tratado com calor• O aquecimento reduz alguns componentes que agem contra infecções no leitematerno e enzimas do leite. No entanto, o leite materno tratado com calor ain<strong>da</strong> émelhor do que substitutos do leite materno. Não trate com calor o leite <strong>da</strong> mãe dobebê; apenas para o caso <strong>da</strong> mãe ser HIV positiva.51NT O Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> do Brasil contra-indica a amamentação cruza<strong>da</strong>; o leite <strong>de</strong> outra mãe só po<strong>de</strong> ser oferecido se tratado porpasteurização em Banco <strong>de</strong> Leite Humano.184


• Informações sobre o uso <strong>de</strong> leite <strong>de</strong> outra mãe e como tratar com calor o leite maternopara <strong>de</strong>struir o HIV po<strong>de</strong>m ser encontra<strong>da</strong>s na Seção 4 <strong>de</strong> Aconselhamentoem HIV e alimentação infantil: um curso <strong>de</strong> treinamento.Oferecendo leite materno retirado para o bebê• Alimentação por son<strong>da</strong> – a gordura po<strong>de</strong> gru<strong>da</strong>r nas pare<strong>de</strong>s <strong>da</strong> son<strong>da</strong>, reduzindoassim o nível <strong>de</strong> energia do alimento recebido. Se o leite materno é fornecidocontinuamente, incline o recipiente do leite e coloque o tubo <strong>de</strong> saí<strong>da</strong> no pontomais elevado possível no recipiente para que a parte cremosa do leite seja ofereci<strong>da</strong>primeiro.• Mama<strong>de</strong>iras e bicos artificiais são encontrados em uma ampla varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> formase tamanhos. Não há um bico que seja ‘melhor’ ou que se pareça mais com a mama.Bebês que usam mama<strong>de</strong>iras e bicos po<strong>de</strong>m per<strong>de</strong>r o interesse no aleitamento materno.O bebê po<strong>de</strong> progredir <strong>da</strong> alimentação por son<strong>da</strong> para a alimentação comcopo até a alimentação completa na mama. O bebê não precisa ‘apren<strong>de</strong>r’ a se alimentarcom uma mama<strong>de</strong>ira e um bico como parte do seu <strong>de</strong>senvolvimento.• Água limpa e combustível adicional nem sempre estão disponíveis para limparmama<strong>de</strong>iras e bicos. Isso coloca a saú<strong>de</strong> do bebê em risco. Se a mãe planeja usarmama<strong>de</strong>iras e bicos, a mãe <strong>de</strong>ve ser instruí<strong>da</strong> sobre as questões <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e segurançaassocia<strong>da</strong>s com o uso.Suplementador <strong>de</strong> aleitamento materno• Um suplementador <strong>de</strong> aleitamento materno po<strong>de</strong> ser útil para garantir que obebê receba leite suficiente, ao mesmo tempo em que encoraja o bebê a sugarmais tempo ou caso tenha sucção fraca. Para usar um suplementador <strong>de</strong> aleitamentoo bebê precisa ser capaz <strong>de</strong> pegar e sugar na mama.Projetar sli<strong>de</strong> 11/2 – suplementador <strong>de</strong> aleitamento materno• Um suplementador <strong>de</strong> aleitamento materno é um dispositivo que permite que sejaoferecido leite adicional enquanto o bebê está no peito, estimulando assim a produção<strong>de</strong> leite, encorajando a sucção e permitindo a proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> mãe e do bebê. Seo bebê não conseguir pegar a mama e sugar, esse método não po<strong>de</strong> ser usado.• O suplementador <strong>de</strong> aleitamento materno po<strong>de</strong> ser feito em casa ou comprado.Leia as instruções do dispositivo comprado.• Para usar um suplementador caseiro: O suplemento é colocado numa vasilha euma son<strong>da</strong> fina passa ao longo <strong>da</strong> mama <strong>da</strong> mãe até a boca do bebê. À medi<strong>da</strong>que o bebê suga a mama, suga também o suplemento através <strong>da</strong> son<strong>da</strong>. 52• A son<strong>da</strong> do suplementador precisa ser cui<strong>da</strong>dosamente lava<strong>da</strong> com água imediatamenteapós o uso e esteriliza<strong>da</strong> a ca<strong>da</strong> uso, principalmente se o bebê estiverdoente ou for prematuro, ou po<strong>de</strong> ser limpa com sabão e lava<strong>da</strong> com água muitoquente para um bebê mais velho e saudável. A limpeza <strong>da</strong> son<strong>da</strong> significa maistrabalho para a mãe ou os funcionários do hospital. A mãe po<strong>de</strong> precisar <strong>de</strong> aju<strong>da</strong>para utilizar esse método. Avalie se um método mais simples como a alimentaçãocom copo seria a<strong>de</strong>quado.52Ver informações adicionais em Relaction: A review of experience and recommen<strong>da</strong>tions for practice (HORMANN; SAVAGE, 1998).185


Discuta esse método com mais profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> e mostre um suplementador caso sejausado no hospital.Bombas para retira<strong>da</strong> do leiteDemonstre o uso <strong>de</strong> bombas <strong>de</strong> leite disponíveis para as mães na sua comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>.Explique os lados positivos e negativos do seu uso.• As bombas nem sempre são práticas, acessíveis ou disponíveis, portanto é preferívelque as mães apren<strong>da</strong>m a retirar o leite manualmente. Se houver bombasdisponíveis para as mães na sua região e se uma mãe precisar usá-las, aju<strong>de</strong>-a aescolher uma bomba eficaz, <strong>de</strong>monstre como utilizar e repasse as instruções dofabricante com ela.• De modo geral, é útil estimular o reflexo <strong>da</strong> ocitocina antes <strong>de</strong> começar a bombear.Isso po<strong>de</strong> ser feito com a mãe senta<strong>da</strong> confortavelmente com apoio nas costase no braço que estiver segurando a bomba; ela <strong>de</strong>ve estar relaxa<strong>da</strong> e usar massagense outras técnicas <strong>de</strong>scritas para a expressão manual.• É possível realizar o bombeamento <strong>de</strong> ambas as mamas com algumas bombaselétricas maiores. O bombeamento duplo aumenta o nível <strong>de</strong> prolactina <strong>da</strong> mãe.Po<strong>de</strong> ser útil quando são necessários gran<strong>de</strong>s volumes <strong>de</strong> leite ou se a mãe tempouco tempo para o bombeamento.• Qualquer que seja o tipo <strong>de</strong> bomba, use um nível confortável <strong>de</strong> sucção – maissucção não retira mais leite e po<strong>de</strong> causar <strong>da</strong>nos às mamas. Imite a ação do bebê– sucção inicial rápi<strong>da</strong> e curta segui<strong>da</strong> <strong>de</strong> sucção mais longa e pausa<strong>da</strong>. Com umabomba manual cilíndrica, puxe o cilindro para criar um nível confortável <strong>de</strong> sucçãoe mantenha essa sucção até que o fluxo <strong>de</strong> leite diminua. A mãe não precisacontinuar a bombear caso o leite esteja fluindo.• Se a mãe está obtendo pouco ou nenhum leite com o bombeamento, verifiqueque a bomba esteja funcionando e sua técnica <strong>de</strong> bombeamento (incluindo a estimulaçãodo reflexo <strong>da</strong> ocitocina). Não conclua que ela “não tem leite”.• Certifique-se <strong>de</strong> que a mãe é capaz <strong>de</strong> esterilizar a bomba caso tenha a intenção<strong>de</strong> oferecer o leite ao bebê.• Evite as bombas <strong>de</strong> borracha em forma <strong>de</strong> lâmpa<strong>da</strong> ou pêra. Essas bombas <strong>da</strong>nificamos mamilos, são difíceis <strong>de</strong> limpar e o leite não po<strong>de</strong> ser usado para alimentaro bebê.186


Lista <strong>de</strong> verificação para a escolha <strong>de</strong> uma bomba• A mãe acha que funciona bem?• Ela é fácil <strong>de</strong> encontrar a um preço acessível?• Ela é confortável <strong>de</strong> usar – posição dos braços, peso e sucção ajustável• O tamanho <strong>da</strong>s peças para encaixe <strong>da</strong> mama é a<strong>de</strong>quado para o tamanho domamilo e <strong>da</strong> mama?• O leite po<strong>de</strong> ser coletado em um vasilhame <strong>de</strong> coleta ou é necessário comprarvasilhas especiais?• Qual é o nível <strong>de</strong> barulho quando em uso?• É segura <strong>de</strong> usar e fácil <strong>de</strong> limpar e esterilizar?• É fácil <strong>de</strong> montar, com poucas peças?• As instruções <strong>de</strong> uso são claras?Armazenamento <strong>de</strong> leite materno retirado• Escolha uma vasilha a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> <strong>de</strong> vidro ou plástico que possa ser tampa<strong>da</strong>, que <strong>de</strong>veser lava<strong>da</strong> com água quente e sabão e enxagua<strong>da</strong> com água quente. Se a mãe estiverfazendo a expressão manual, ela po<strong>de</strong> colocar o leite diretamente na vasilha.• Se a armazenagem for feita em vários recipientes, ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong>ve ser rotulado coma <strong>da</strong>ta <strong>de</strong> coleta. Use o leite mais antigo primeiro.• O bebê <strong>de</strong>ve consumir o leite assim que possível, após a retira<strong>da</strong>. A alimentaçãocom leite fresco (ao invés <strong>de</strong> congelado) é encoraja<strong>da</strong>.• O leite materno congelado po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>scongelado lentamente em um refrigeradore usado em 24 horas. Ele po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>scongelado numa vasilha com águamorna e usado em uma hora, já que estará morno. Não ferva o leite ou aqueça nomicroon<strong>da</strong>s, porque isso <strong>de</strong>strói algumas <strong>de</strong> suas proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s e po<strong>de</strong> queimar aboca do bebê.Armazenamento <strong>de</strong> leite maternoEm casa• Refrigerado: até 12 horas.Congelado: até 15 dias.No hospitalLeite pasteurizado <strong>de</strong>gelado: até 24 horas.Leite pasteurizado congelado: até 6 meses.187


Seção 12: Condições <strong>da</strong>s mamas e dos mamilosObjetivos <strong>da</strong> seção:Ao final <strong>de</strong>sta seção os participantes <strong>de</strong>vem ser capazes <strong>de</strong>:1. Listar os pontos a se buscar quando examinam as mamas e mamilos<strong>da</strong>s mães;5 minutos2. Descrever causas, prevenção e manejo <strong>de</strong> ingurgitamento e mastite;20 minutos3. Descrever causas, prevenção e manejo <strong>de</strong> mamilos doloridos; 10 minutos4. Demonstrar através <strong>de</strong> representação como auxiliar uma mãe com 25 minutosquestões referentes a mamas ou mamilos.Tempo total <strong>da</strong> seção:60 minutosMateriais:Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> mama em tecidoSeção 12/1: Tamanho e forma <strong>de</strong> mamas e mamilosSli<strong>de</strong> 12/2: Mama cheiaSli<strong>de</strong> 12/3: IngurgitamentoSli<strong>de</strong> 12/4: MastiteSli<strong>de</strong>s 12/5-12/6: Mamilos doloridosGuia <strong>de</strong> Observação <strong>da</strong> Amamentação – uma cópia para ca<strong>da</strong> participanteLista <strong>de</strong> Habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Comunicação <strong>da</strong> Seção 2 – uma cópia para ca<strong>da</strong> participanteCópia <strong>da</strong>s histórias – uma história para ca<strong>da</strong> grupo <strong>de</strong> 4-6 participantesNa seção <strong>de</strong> informações adicionaisSli<strong>de</strong>s 12/7: Método com seringa para mamilo invertidoSli<strong>de</strong>s 12/8 e 12/9: Cândi<strong>da</strong> em mamilosSli<strong>de</strong> 12/10: Freio <strong>da</strong> língua curtoSeringa e lâmina afia<strong>da</strong> para cortar.Leitura adicional para os facilitadores:Mastitis: causes and management (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2000a)1. Exame <strong>da</strong>s mamas e mamilos <strong>da</strong> mãe 5 minutos• A seção anterior sobre a promoção do aleitamento materno durante a gestaçãomencionou que a preparação pré-natal <strong>de</strong> mamilo em geral não é útil. Duranteas consultas <strong>de</strong> pré-natal, o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve garantir à mulher que amaioria <strong>da</strong>s mamas produz leite bem, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> seu tamanho e forma.188


• Após o nascimento do bebê, o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> não precisa fazer exame físico<strong>da</strong>s mamas e mamilos <strong>de</strong> to<strong>da</strong> mulher que esteja amamentando. Só há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>disso caso a mãe esteja com dor ou tenha alguma dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>.• Sempre observe a condição <strong>da</strong>s mamas <strong>da</strong> mãe quando observar uma mama<strong>da</strong>.Na maioria dos casos, isso é tudo que <strong>de</strong>ve ser feito, uma vez que é possível ver ascoisas importantes quando ela coloca o bebê no peito ou quando o bebê terminaa mama<strong>da</strong>.• Se precisar realizar um exame físico <strong>da</strong>s mamas <strong>de</strong> uma mulher:- Explique o que quer fazer.- Certifique-se <strong>de</strong> que há privaci<strong>da</strong><strong>de</strong> para aju<strong>da</strong>r a mãe a se sentir confortávele leve em consi<strong>de</strong>ração os costumes culturais.- Peça permissão antes <strong>de</strong> expor ou tocar as mamas.- Converse com a mãe e olhe para as mamas sem tocar.- Se precisar tocar, seja gentil.• Pergunte o que ela observou nas suas mamas; há algo que a preocupa? Se houver,peça que ela mostre.• Converse com a mãe sobre o que você observou. Ressalte os aspectos positivosque observar. Tente não soar crítico sobre suas mamas. Aumente a confiança <strong>da</strong>mãe em sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> amamentar.Tamanho e forma dos mamilosProjetar Sli<strong>de</strong> 12/1 – Tamanho e forma <strong>de</strong> mamas e mamilos• Há muitos tamanhos e formas diferentes <strong>de</strong> mamas e mamilos. Os bebês conseguemmamar em quase to<strong>da</strong>s.• Os mamilos po<strong>de</strong>m mu<strong>da</strong>r <strong>de</strong> forma durante a gestação e se tornarem mais protuberantesou “elásticos”. Não há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se ‘diagnosticar’ ou tratar ummamilo que aparente ser invertido durante a gestação. 53• Mamilos invertidos nem sempre representam um problema. Os bebês pegam amama, não ao mamilo. Se você achar que os mamilos <strong>da</strong> mãe po<strong>de</strong>m estar invertidos,a melhor forma <strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r é aumentar sua confiança e oferecer bom incentivo<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o parto. 54• Mamilos longos ou gran<strong>de</strong>s também po<strong>de</strong>m dificultar o aleitamento porque obebê não coloca uma parte suficiente <strong>da</strong> mama na boca. Aju<strong>de</strong> a mãe com o posicionamentoe a pega <strong>da</strong> mama pelo bebê <strong>de</strong> forma que haja uma gran<strong>de</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> tecido <strong>da</strong> mama na boca, não apenas o mamilo.53O uso <strong>de</strong> conchas para seios ou exercícios especiais durante a gestação para aju<strong>da</strong>r os mamilos a ficarem protuberantesnão são mais recomen<strong>da</strong>dos porque po<strong>de</strong>m ser dolorosos e <strong>da</strong>r à mulher a impressão <strong>de</strong> que suas mamas nãosão a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s para o aleitamento materno. Aumente sua confiança e ofereça bom incentivo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o parto.54Práticas <strong>de</strong> apoio como contato pele a pele, encorajar o bebê a encontrar a mama sozinho, aju<strong>da</strong>r o posicionamentoe a pega e evitar bicos e chupetas auxiliam o estabelecimento do aleitamento materno. Essas práticas foram discuti<strong>da</strong>sem seções anteriores.189


• Se o bebê engasgar repeti<strong>da</strong>mente por causa <strong>de</strong> um mamilo gran<strong>de</strong>, peça à mãeque retire seu leite e alimente o bebê com um copo durante alguns dias. Os bebêscrescem rápido e suas bocas aumentam rapi<strong>da</strong>mente.2. Ingurgitamento, ductos bloqueados e mastite 20 minutosUma <strong>da</strong>s mães <strong>da</strong> nossa história, Fátima, ouviu dizer que mães que amamentampo<strong>de</strong>m ficar com o peito dolorido. Ela está preocupa<strong>da</strong> que isso possa acontecer comela porque suas mamas parecem estar inchando.Pergunte: O que você po<strong>de</strong> explicar para uma mãe sobre as alterações normais namama durante o aleitamento materno e as alterações que po<strong>de</strong>m indicar algumadificul<strong>da</strong><strong>de</strong>?Espere por algumas respostas.IngurgitamentoO que é ingurgitamento?Sli<strong>de</strong> 12/2 – Figura <strong>de</strong> mama cheia.• Mamas cheias normais: Quando o leite “<strong>de</strong>sce”, há mais suprimento <strong>de</strong> sangue e<strong>de</strong> leite na mama. As mamas po<strong>de</strong>m ficar mornas, cheias e pesa<strong>da</strong>s. Isso é normal.Para aliviar essa sensação, alimente o bebê com freqüência e faça compressasfrias no intervalo entre as mama<strong>da</strong>s. Em alguns dias as mamas ajustarão aprodução <strong>de</strong> leite às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do bebê.Sli<strong>de</strong> 12/3 – Figura <strong>de</strong> ingurgitamento• Ingurgitamento: Se o leite não for removido, o leite, o sangue e a linfa produzemuma congestão e param <strong>de</strong> fluir bem, o que resulta em inchaço e e<strong>de</strong>ma. As mamasficarão quentes, duras e dolori<strong>da</strong>s e parecerão cheias e brilhantes. O mamilopo<strong>de</strong> estar esticado e plano, dificultando a pega <strong>da</strong> mama pelo bebê e po<strong>de</strong>ndoresultar em mamilos doloridos.• Se o ingurgitamento persistir, o fator inibidor <strong>da</strong> lactação reduzirá a produção <strong>de</strong>leite.• As causas <strong>de</strong> ingurgitamento <strong>da</strong> mama incluem:- Adiamento do início do aleitamento após o parto;- Pega ruim, assim o leite não é retirado com eficiência;- Mama<strong>da</strong>s pouco freqüentes, ausência <strong>de</strong> mama<strong>da</strong>s à noite ou curta duração<strong>da</strong>s mama<strong>da</strong>s.Suas práticas evitam o ingurgitamento?• Se há muito ingurgitamento observado na materni<strong>da</strong><strong>de</strong>, o padrão <strong>de</strong> atendimentoàs mães <strong>de</strong>ve ser reavaliado. A implementação dos Dez Passos para o Sucessodo Aleitamento Materno previne o ingurgitamento mais dolorido. Se você respon<strong>de</strong>rsim a to<strong>da</strong>s as perguntas a seguir, <strong>de</strong>vem ocorrer muito poucos casos <strong>de</strong>ingurgitamento no seu hospital.190


• Pergunte para si mesmo:- O contato pele a pele é praticado no parto? (Passo 4)- O aleitamento materno é iniciado em até uma hora após o nascimento? (Passo 4)- Os funcionários proporcionam aju<strong>da</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo e garantem que to<strong>da</strong>s asmães saibam aju<strong>da</strong>r o bebê a pegar a mama corretamente? (Passo 5)- Se o bebê não estiver sendo amamentado, a mãe é estimula<strong>da</strong> e instruí<strong>da</strong> aretirar leite com freqüência? (Passo 5)- Os bebês e as mães ficam juntos 24 horas por dia? (Passo 7)- To<strong>da</strong> mãe é encoraja<strong>da</strong> a amamentar sempre e pelo tempo que seu bebê quiser,dia e noite (pelo menos <strong>de</strong> oito a doze mama<strong>da</strong>s em 24 horas)? (Passo 8)- Os bebês não usam chupetas, bicos artificiais ou mama<strong>de</strong>iras que substituama sucção na mama? (Passo 9)Aju<strong>de</strong> as mães a aliviarem o ingurgitamento 55• Para tratar o ingurgitamento, é necessário retirar o leite <strong>da</strong> mama. Isso irá:- Aliviar o <strong>de</strong>sconforto <strong>da</strong> mãe,- Prevenir complicações futuras como mastite e formação <strong>de</strong> abscesso,- Aju<strong>da</strong>r a produção continua<strong>da</strong> <strong>de</strong> leite,- Possibilitar que o bebê receba leite materno.• Como aju<strong>da</strong>r uma mãe a aliviar o ingurgitamento:- Verifique a pega: O bebê consegue pegar a mama corretamente? Se não:- Aju<strong>de</strong> a mãe até que o bebê pegue a mama bem o suficiente para remover o leite.- Sugira que ela gentilmente 56 retire leite <strong>da</strong>s mamas antes <strong>da</strong> mama<strong>da</strong> paraamaciar a aréola e facilitar a pega <strong>da</strong> mama pelo bebê.- Se apenas o aleitamento materno não reduzir o ingurgitamento, aconselhe amãe a retirar leite entre as mama<strong>da</strong>s algumas vezes, até se sentir confortável.- Incentive mama<strong>da</strong>s freqüentes: se as mama<strong>da</strong>s foram limita<strong>da</strong>s, incentive amãe a amamentar sempre e pelo tempo que seu bebê quiser.- Aplique uma compressa morna (pano úmido) na aréola logo antes <strong>da</strong> mama<strong>da</strong>para fazer o leite começar a <strong>de</strong>scer. Uma chuveira<strong>da</strong> morna ou banhomorno também po<strong>de</strong>m aju<strong>da</strong>r o fluxo do leite.- Uma massagem nas costas e pescoço ou outras formas <strong>de</strong> relaxamento tambémpo<strong>de</strong>m aju<strong>da</strong>r o leite a fluir.- Aju<strong>de</strong> a mãe a encontrar uma posição confortável. Ela po<strong>de</strong> precisar apoiar asmamas, caso sejam gran<strong>de</strong>s.55O alívio do ingurgitamento quando a mãe não está amamentando é discutido na seção <strong>de</strong> informações adicionais<strong>de</strong>sta Seção.56Ver Seção 11 para <strong>de</strong>talhes sobre como retirar o leite.191


- Proporcione uma atmosfera <strong>de</strong> apoio; aumente a confiança <strong>da</strong> mãe explicandoque logo o ingurgitamento terá <strong>de</strong>saparecido.- Compressas frias po<strong>de</strong>m reduzir a dor entre as mama<strong>da</strong>s.Ductos bloqueados e mastite (inflamação nas mamas)• O leite às vezes parece ficar preso em uma parte <strong>da</strong> mama. Isso é um ducto bloqueado.• Se o leite permanecer numa parte <strong>da</strong> mama, po<strong>de</strong> causar inflamação do tecido<strong>da</strong> mama ou mastite não infecciosa. Inicialmente não há infecção, no entanto, asmamas po<strong>de</strong>m ficar infecta<strong>da</strong>s com bactérias e essa é a mastite infecciosa.• Ductos bloqueados e mastite po<strong>de</strong>m ser causados por:- Aleitamento materno pouco freqüente – talvez porque o bebê não acor<strong>da</strong>com freqüência, os sinais <strong>de</strong> fome não são percebidos ou a mãe está muitoocupa<strong>da</strong>.- Retira<strong>da</strong> ina<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> <strong>de</strong> leite <strong>de</strong> uma área <strong>da</strong> mama.- Pressão local sobre uma região <strong>da</strong> mama com roupas aperta<strong>da</strong>s, posição <strong>de</strong>ita<strong>da</strong>sobre a mama, pressão dos <strong>de</strong>dos <strong>da</strong> mãe sobre a mama ou trauma namama.• Uma mulher com bloqueio dos ductos dirá que sente um caroço e a pele sobre elepo<strong>de</strong> estar vermelha. O caroço po<strong>de</strong> ser dolorido. A mãe em geral não tem febree se sente bem.• Uma mulher com mastite po<strong>de</strong> relatar alguns ou todos os seguintes sinais e sintomas:- Dor e vermelhidão na região,- Febre, calafrios- Cansaço ou náusea, dor <strong>de</strong> cabeça e dores generaliza<strong>da</strong>s.• Os sintomas <strong>da</strong> mastite infecciosa e não infecciosa são os mesmos.Projetar sli<strong>de</strong> 12/4 – foto <strong>de</strong> mastite. Observe que a região está vermelha e incha<strong>da</strong>.Isso é grave. Os participantes e as mães precisam apren<strong>de</strong>r a reconhecer ductos bloqueadose mastite em estágio inicial para que não progri<strong>da</strong> até essa gravi<strong>da</strong><strong>de</strong>.Avaliação <strong>de</strong> uma mãe com ducto bloqueado ou mastite• A parte importante do tratamento é melhorar a drenagem do leite <strong>da</strong> área afeta<strong>da</strong><strong>da</strong> mama.- Observe uma mama<strong>da</strong>. Observe on<strong>de</strong> a mãe coloca os <strong>de</strong>dos e se ela aperta amama, talvez bloqueando o fluxo <strong>de</strong> leite.- Observe se suas mamas estão muito pesa<strong>da</strong>s. Se o ducto bloqueado ou mastiteocorrer na região inferior, po<strong>de</strong> ser útil levantar a mama enquanto o bebêsuga, para aju<strong>da</strong>r a drenar melhor essa região <strong>da</strong> mama.- Pergunte sobre a freqüência <strong>da</strong>s mama<strong>da</strong>s e se ela <strong>de</strong>ixa o bebê mamar pelotempo que quer.192


- Pergunte sobre a pressão <strong>de</strong> roupas aperta<strong>da</strong>s, principalmente <strong>de</strong> sutiãs usadosà noite, ou sobre trauma na mama.Tratamento <strong>da</strong> mastite• Explique à mãe que ela DEVE:- Remover o leite freqüentemente. (Se não for retirado, po<strong>de</strong> surgir um abscesso.)- A melhor forma <strong>de</strong> fazer isso é continuar com o aleitamento materno freqüente.- Verificar se o bebê pegou a mama corretamente.- Oferecer ao bebê primeiro a mama afeta<strong>da</strong> (caso a dor permita).- Aju<strong>da</strong>r o leite a fluir:- Massageando levemente o ducto bloqueado ou região sensível na direção domamilo antes e durante a mama<strong>da</strong>.- Aplicando um pano úmido e morno na região antes <strong>da</strong> mama<strong>da</strong>.- Verificando se suas roupas, principalmente o sutiã, não estão aperta<strong>da</strong>s <strong>de</strong>mais.- Descansando com o bebê para que ele possa mamar com freqüência. A mãe<strong>de</strong>ve beber muitos líquidos. A mãe que trabalha fora <strong>de</strong>ve receber licença pormotivo <strong>de</strong> doença, se possível.Quem precisa <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso é a mãe, não as mamas!• Se a mãe ou o bebê não têm disposição para mama<strong>da</strong>s freqüentes, é necessárioretirar o leite 57 . Ofereça o leite ao bebê. Se o leite não for retirado, a produção <strong>de</strong>leite po<strong>de</strong> cessar e a mama fica dolori<strong>da</strong>, po<strong>de</strong>ndo levar a um abscesso.Tratamento medicamentoso <strong>da</strong> mastite• O tratamento antiinflamatório é útil para reduzir os sintomas <strong>da</strong> mastite. O ibuprofenoé apropriado, se disponível. Um analgésico brando po<strong>de</strong> ser usado comoalternativa.• A terapia com antibióticos é indica<strong>da</strong> se:- A mãe está com febre há mais <strong>de</strong> 24 horas;- Há indícios <strong>de</strong> possível infecção, por exemplo, um mamilo fissurado evi<strong>de</strong>ntementeinfectado;- Os sintomas <strong>da</strong> mãe não regri<strong>de</strong>m em 24 horas <strong>de</strong> amamentação freqüente eeficaz e/ou retira<strong>da</strong> <strong>de</strong> leite;- A mãe apresenta piora.57Ver Seção 11 para <strong>de</strong>talhes sobre como retirar o leite.193


58• O antibiótico prescrito <strong>de</strong>ve ser administrado durante período a<strong>de</strong>quado. Operíodo <strong>de</strong> tratamento recomen<strong>da</strong>do pela maioria dos especialistas para evitarrecaí<strong>da</strong>s é <strong>de</strong> 10 a 14 dias.3. Mamilos doloridos 10 minutos• O aleitamento materno não <strong>de</strong>ve doer! Algumas mães sentem sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> nomamilo no início <strong>da</strong> mama<strong>da</strong> durante alguns dias. Essa sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> inicial <strong>de</strong>sapareceapós alguns dias à medi<strong>da</strong> que a mãe e o bebê melhoram sua habili<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> aleitamento materno. Se essa sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> é tão dolori<strong>da</strong> a ponto <strong>de</strong> a mãerecear colocar o bebê na mama, ou se houver <strong>da</strong>nos visíveis ao mamilo, essa dornão é normal e precisa ser avalia<strong>da</strong>.• As causas mais comuns <strong>de</strong> dor inicial nos mamilos são simples e evitáveis. Se asmães no seu hospital têm mamilos doloridos, certifique-se <strong>de</strong> que todos os funcionários<strong>da</strong> materni<strong>da</strong><strong>de</strong> saibam aju<strong>da</strong>r as mães para uma boa pega <strong>da</strong> mama.Se os bebês tiverem a habili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> pegar a mama corretamente e mamarem comfreqüência, a maioria <strong>da</strong>s mães não ficará com os mamilos doloridos.Observação e avaliação <strong>de</strong> mamilos doloridos• Peça à mãe que <strong>de</strong>screva o que sente.- Dor no início <strong>da</strong> mama<strong>da</strong> que diminui quando o bebê solta o peito provavelmenteestá relaciona<strong>da</strong> à pega.- Dor que piora durante a mama<strong>da</strong> e persiste após o fim <strong>da</strong> mama<strong>da</strong>, muitasvezes <strong>de</strong>scrita como queimação ou ponta<strong>da</strong>, tem maior probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> sercausa<strong>da</strong> por Candi<strong>da</strong> albicans. 59• Examine os mamilos e a mama.- A pele racha<strong>da</strong> em geral é causa<strong>da</strong> pela pega incorreta.- Pele vermelha, brilhante, com coceira e <strong>de</strong>scamação, às vezes com per<strong>da</strong> <strong>de</strong>pigmentação são mais observa<strong>da</strong>s com cândi<strong>da</strong>.- Lembre-se <strong>de</strong> que a cândi<strong>da</strong> e o trauma <strong>de</strong>vido à pega incorreta po<strong>de</strong>m ocorrersimultaneamente.- Assim como em outras partes do corpo, o mamilo e a mama po<strong>de</strong>m ter eczema,<strong>de</strong>rmatite ou outras doenças <strong>de</strong> pele.Projete sli<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mamilos feridos:12/5 - esse mamilo tem uma feri<strong>da</strong> aberta em forma <strong>de</strong> linha que atravessa a pontado mamilo. Isso provavelmente é resultado <strong>de</strong> pega incorreta.12/6 – esse mamilo está vermelho e ferido. Observe as marcas vermelhas e as manchasao redor <strong>da</strong> aréola. Isso provavelmente é resultado <strong>de</strong> pega incorreta.• Observe uma mama<strong>da</strong> completa. Use o Formulário <strong>de</strong> Observação <strong>da</strong> Mama<strong>da</strong>- Verifique como o bebê vai para o peito, sua pega e sucção.58Em geral, antibióticos orais são usados - eritromicina, flucloxacilina, dicloxacilina, amoxacilina, cefalexina.Ver Mastitis: causes andmanagement (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2000a).59A candidíase oral também é chama<strong>da</strong> <strong>de</strong> sapinho.194


- Observe se a mãe termina a mama<strong>da</strong> ou se o bebê solta o peito sozinho.- Observe a aparência do mamilo ao final <strong>da</strong> mama<strong>da</strong>. Ele parece disforme(amassado), vermelho ou apresenta uma linha branca?• Verifique a boca do bebê para avaliar a presença <strong>de</strong> freio <strong>da</strong> língua curto e candidíase.• Pergunte à mãe sobre histórico <strong>de</strong> candidíase ou outra coisa que possa contribuirpara a candidíase, como uso recente <strong>de</strong> antibióticos.• Se a mãe estiver usando uma bomba para retira<strong>da</strong> do leite, verifique se o aparelhoestá posicionado a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente e se a sucção não está forte <strong>de</strong>mais.• Estabeleça a causa dos mamilos doloridos. As causas mais comuns <strong>de</strong> mamilosdoloridos são:- Pega incorreta;- Secundárias ao ingurgitamento, e ambos po<strong>de</strong>m ser causados pela pega incorreta;- O bebê é ‘puxado’ para largar o peito e terminar a mama<strong>da</strong>, sem a interrupçãoa<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> <strong>da</strong> pega <strong>da</strong> mama pelo bebê;- Uma bomba <strong>de</strong> retira<strong>da</strong> <strong>de</strong> leite po<strong>de</strong> estar esticando <strong>de</strong>mais o mamilo e amama, ou estar fazendo fricção contra a mama;- Candidíase, que po<strong>de</strong> passar <strong>da</strong> boca do bebê para os mamilos;- O lactente po<strong>de</strong> ter freio <strong>da</strong> língua curto (língua presa), impedindo que a línguaencoste sobre a gengiva inferior e causando fricção contra o mamilo.• Há muitas outras causas menos comuns <strong>de</strong> mamilos doloridos. Se necessário, encaminhea mãe para ser examina<strong>da</strong> por alguém com treinamento para investigaressas causas menos comuns. 60Manejo <strong>de</strong> mamilos doloridos• Garanta à mãe que mamilos feridos po<strong>de</strong>m ser tratados e prevenidos.• Trate a causa dos mamilos doloridos:- Aju<strong>de</strong> a mãe a melhorar o posicionamento e a pega <strong>da</strong> mama pelo bebê. Issopo<strong>de</strong> ser tudo que precisa ser feito. Se necessário, mostre à mãe como alimentaro bebê em diferentes posições. Isso aju<strong>da</strong> a aliviar eventual dor que a mãeesteja sentindo, porque o bebê fará pressão sobre uma área diferente <strong>de</strong> on<strong>de</strong>o mamilo está dolorido e permitirá que ela continue a amamentar enquantoo mamilo cicatriza.- Trate doenças <strong>de</strong> pele ou remova a fonte <strong>da</strong> irritação. Trate a candidíase tantonos mamilos <strong>da</strong> mãe como na boca do bebê.- Se o freio lingual do bebê é curto a ponto <strong>de</strong> impedir que a língua se esten<strong>da</strong>sobre a gengiva inferior e os mamilos <strong>da</strong> mãe estão doloridos há duas ou trêssemanas, avalie a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> encaminhar o bebê para correção do freio.60Este curso não treina os participantes para li<strong>da</strong>r com situações complexas ou raras relativas ao aleitamento materno. Indique aosparticipantes para quem as mães po<strong>de</strong>m ser encaminha<strong>da</strong>s caso sua dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> com o aleitamento materno seja complexa.195


• Sugira medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> alívio enquanto os mamilos cicatrizam:- Aplique leite materno nos mamilos após a mama<strong>da</strong> para lubrificar e aliviar otecido dos mamilos.- Aplique um pano morno e úmido na mama antes <strong>da</strong> mama<strong>da</strong> para estimulara <strong>de</strong>sci<strong>da</strong> do leite.- Comece a mama<strong>da</strong> no peito que dói menos.- Se o bebê dormiu no peito e não está mais mamando ativamente mas continuacom a boca na mama, retire gentilmente o bebê <strong>da</strong> mama.- Só lave os mamilos uma vez ao dia, como parte <strong>da</strong> higiene corporal habitual,não a ca<strong>da</strong> mama<strong>da</strong>. Evite usar sabão sobre os mamilos, porque isso removeos óleos naturais. 61O que não aju<strong>da</strong> a aliviar mamilos doloridos• NÃO interrompa o aleitamento materno para <strong>de</strong>scansar o mamilo. A mãe po<strong>de</strong>ficar com peito ingurgitado, dificultando a pega <strong>da</strong> mama pelo bebê. O suprimento<strong>de</strong> leite reduzirá se ele não for retirado <strong>da</strong> mama.• NÃO limite a freqüência ou duração <strong>da</strong>s mama<strong>da</strong>s. A limitação <strong>de</strong> mama<strong>da</strong>s nãoaju<strong>da</strong>rá se o problema básico não for abor<strong>da</strong>do. Um minuto <strong>de</strong> sucção com pegaincorreta po<strong>de</strong> <strong>da</strong>nificar a mama. Vinte minutos <strong>de</strong> sucção com boa pega nãocausam <strong>da</strong>nos à mama.• NÃO aplique qualquer substância sobre os mamilos que possa ser prejudicial aobebê e tenha que ser removi<strong>da</strong> antes do aleitamento materno ou que possa <strong>de</strong>ixara pele <strong>da</strong> mãe mais sensível ou o mamilo mais dolorido. Uma poma<strong>da</strong> não é alternativaà pega correta.• (Inclua, caso protetores <strong>de</strong> seio sejam disponíveis na região) NÃO use protetores<strong>de</strong> seio como rotina. Um protetor <strong>de</strong> seio po<strong>de</strong> causar mais problemas. Alguns protetoresfazem com que a mama seja menos estimula<strong>da</strong>, reduzindo a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> leite transferido, o que po<strong>de</strong> levar à diminuição <strong>da</strong> produção. Isso po<strong>de</strong> afetara maneira como o bebê suga, causando mais dor quando é retirado. Ele tambémrepresenta um risco à saú<strong>de</strong> do bebê <strong>de</strong>vido à possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> contaminação.4. Trabalho em grupo 25 minutosDivi<strong>da</strong> os participantes em grupos <strong>de</strong> quatro. Distribua a ca<strong>da</strong> grupo um estudo <strong>de</strong>caso e peça que discutam as questões. Incentive-os a representar os papéis para quepossam <strong>de</strong> fato fazer as perguntas e usar habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação. Lembre a elesque a prática <strong>da</strong>s frases que usarão <strong>de</strong> fato com as mães é útil, mesmo que eles achemdifícil a princípio. Cite a lista <strong>de</strong> habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação e lembre aos participantesque <strong>de</strong>vem usá-la. Facilitadores po<strong>de</strong>m circular pela sala para garantir que os participantesenten<strong>da</strong>m o exercício. Se houver tempo, você po<strong>de</strong> pedir que ca<strong>da</strong> gruporepresente seu estudo <strong>de</strong> caso diante dos outros grupos.61Esse é um procedimento normal <strong>de</strong> limpeza, não apenas para quando os mamilos estão doloridos.196


Verifique se os participantes têm dúvi<strong>da</strong>s. Resuma a seção.Resumo <strong>da</strong> Seção 12Exame <strong>da</strong>s mamas e dos mamilos• Sempre observe a condição <strong>da</strong>s mamas quando observar uma mama<strong>da</strong>. Na maioriados casos, isso é tudo que <strong>de</strong>ve ser feito, uma vez que é possível ver as coisasimportantes quando a mãe coloca o bebê no peito ou quando o bebê termina amama<strong>da</strong>.• Examine as mamas somente se houver dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>. Garanta a privaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> mãee peça permissão antes <strong>de</strong> tocá-la.• Examine a forma <strong>da</strong>s mamas e dos mamilos. Procure e<strong>de</strong>ma, <strong>da</strong>nos na pele e vermelhidão.Procure indícios <strong>de</strong> cirurgia anterior.• Converse com a mãe sobre o que você observou. Ressalte os aspectos positivosque observar. Aumente a confiança <strong>da</strong> mãe em sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> amamentar.Prevenção do ingurgitamento• É normal que o peito fique cheio nos primeiros dias. Não é normal que fiquecheio <strong>de</strong>mais.• Siga a prática dos Dez Passos:- Facilite o contato pele a pele imediatamente após o parto e inicie o aleitamentomaterno exclusivo e ilimitado até uma hora após o parto. (Passo 4)- Mostre a mães que precisem <strong>de</strong> aju<strong>da</strong> como fazer com que o bebê pegue amama. (Passo 5)- Mostre à mãe como retirar o leite manualmente. (Passo 5)- A amamentação <strong>de</strong>ve ser exclusiva, sem água ou complementos. (Passo 6)- Mantenha mães e bebês juntos, em ambiente calmo. (Passo 7)- Estimule o bebê a se alimentar pelo menos 8-12 vezes a ca<strong>da</strong> 24 horas duranteos primeiros dias. (Passo 8)- Não ofereça chupetas, bicos artificiais ou mama<strong>de</strong>iras. (Passo 9)Tratamento do ingurgitamento• Remova o leite materno e promova a continuação <strong>da</strong> lactação• Corrija eventuais problemas com a pega.• Retire gentilmente um pouco <strong>de</strong> leite para amaciar a aréola e aju<strong>da</strong>r o bebê a pegara mama.• Amamente com maior freqüência.• Aplique compressas mornas na mama antes <strong>da</strong> mama<strong>da</strong> e compressas frias apósa mama<strong>da</strong>, visando o conforto.• Aumente a confiança <strong>da</strong> mãe e aju<strong>de</strong>-a a se sentir confortável.197


Ductos bloqueados e mastite (inflamação nas mamas)• Po<strong>de</strong> ser causado pela baixa freqüência do aleitamento materno, retira<strong>da</strong> ina<strong>de</strong>qua<strong>da</strong><strong>de</strong> leite ou pressão sobre uma parte <strong>da</strong> mama.Tratamento• Melhorar a <strong>de</strong>sci<strong>da</strong> do leite:- Verifique a pega <strong>da</strong> mama pelo bebê e corrija ou melhore, se necessário.- Verifique se há roupas aperta<strong>da</strong>s ou pressão dos <strong>de</strong>dos- Caso a mama seja gran<strong>de</strong>, apóie-a para aju<strong>da</strong>r o fluxo do leite• Sugira:- Amamente com freqüência. Se necessário, retire o leite para evitar que o peitofique cheio <strong>de</strong>mais.- Faça massagens suaves na direção do mamilo.- Aplique um pano úmido e morno na região antes <strong>da</strong> mama<strong>da</strong>.- Quem precisa <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso é a mãe, não as mamas.- Tratamento com antiinflamatórios ou analgésicos, caso haja dor.• A terapia com antibióticos é indica<strong>da</strong> se:- A mãe está com febre há mais <strong>de</strong> 24 horas;- Os sintomas <strong>da</strong> mãe não regri<strong>de</strong>m em 24 horas <strong>de</strong> amamentação freqüente eeficaz e/ou retira<strong>da</strong> <strong>de</strong> leite;- A mãe apresenta piora.Mamilos doloridos• Determine a causa <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> observar uma mama<strong>da</strong>. Examine os mamilos e a mama.• Acalme a mãe.• Trate a causa – a pega incorreta é a causa mais comum <strong>de</strong> mamilos doloridos.• Não limite a freqüência <strong>da</strong>s mama<strong>da</strong>s.• Encaminhe doenças <strong>de</strong> pele, freio <strong>da</strong> língua curto e outras situações menos comunspara uma pessoa com treinamento a<strong>de</strong>quado.198


Verificação <strong>de</strong> conhecimentos – Seção 12Quais dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s com aleitamento materno sugeririam que é necessário examinaras mamas e mamilos <strong>da</strong> mãe?Rosária relata que ficou com o peito empedrado e dolorido quando amamentouseu primeiro filho. Ela tem medo que o mesmo aconteça com seu bebê. O que vocêpo<strong>de</strong> dizer a ela sobre a prevenção do ingurgitamento?Lola reclama que seus mamilos estão muito feridos. Quando você observar Lolaamamentando, o que procurará ver? O que você po<strong>de</strong> fazer para ajudá-la?Descreva a diferença entre um ducto bloqueado, mastite não infecciosa e mastiteinfecciosa. Qual é o tratamento mais importante para to<strong>da</strong>s essas situações?Histórias para a prática em grupos pequenosA Sra. A relata que tem dor nas mamas. Você examina suas mamas e observa queuma parte está vermelha, sensível ao toque e a Sra. A indica a presença <strong>de</strong> um caroço.Ela NÃO está com febre. Seu bebê tem três 3 semanas <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. A Sra. A provavelmentetem...O que você po<strong>de</strong>ria dizer para mostrar empatia à Sra. A?Quais são as possíveis razões para essa situação ter ocorrido?Que perguntas você po<strong>de</strong> fazer?Quais informações relevantes você <strong>da</strong>rá para a Sra. A?Quais sugestões você po<strong>de</strong> oferecer à Sra. A para que esse problema seja resolvido eo aleitamento materno possa continuar?Quais práticas po<strong>de</strong>riam ser encoraja<strong>da</strong>s para evitar que esse problema ocorra novamente?199


A Sra. B diz que sente como se estivesse gripa<strong>da</strong> nos últimos dois dias. Ela tem dorgeneraliza<strong>da</strong> e uma <strong>da</strong>s mamas está feri<strong>da</strong>. Quando você examina sua mama, umaregião está quente, vermelha, dura e muito dolori<strong>da</strong>. A Sra. B está com febre e se sentemal <strong>de</strong>mais para ir ao trabalho.Seu bebê está com 5 meses e o aleitamento materno estava indo bem. O bebê mamacom freqüência à noite. A Sra. B retira leite antes <strong>de</strong> ir para o trabalho e <strong>de</strong>ixa para obebê e amamenta assim que chega em casa. Ela fica muito ocupa<strong>da</strong> no trabalho e nãoconsegue tempo para retirar o leite durante o dia.A Sra. B provavelmente tem...O que você po<strong>de</strong>ria dizer para mostrar empatia à Sra. B?Quais são as possíveis razões para essa situação ter ocorrido?Que perguntas você po<strong>de</strong> fazer?Quais informações relevantes você <strong>da</strong>rá para a Sra. B?Quais sugestões você po<strong>de</strong> oferecer à Sra. B para que esse problema seja resolvido eo aleitamento materno possa continuar?Quais práticas po<strong>de</strong>riam ser encoraja<strong>da</strong>s para evitar que esse problema ocorra novamente?O bebê <strong>da</strong> Sra. C nasceu ontem. Ela tentou amamentá-lo logo após o parto mas elenão sugou bem. A Sra. C diz que seus mamilos são invertidos e que ela não consegueamamentar. Você examina suas mamas e percebe que seus mamilos parecem planosquando não são estimulados. Você pe<strong>de</strong> à Sra. C que puxe um pouco o mamilo e aaréola. Você observa que seu mamilo protrui com facili<strong>da</strong><strong>de</strong>.O que você po<strong>de</strong>ria dizer para aceitar a idéia <strong>da</strong> Sra. C sobre seus mamilos?Como você po<strong>de</strong>ria aumentar sua confiança?200


Quais sugestões práticas você po<strong>de</strong> oferecer à Sra. C para ajudá-la a alimentar seubebê?Informações adicionais - Seção 12Exame <strong>da</strong>s mamasPrimeiro pergunte:• Como foi a alteração <strong>da</strong>s mamas durante a gestação? Se as mamas aumentaram ea aréola escureceu durante a gestação, isso geralmente indica que há tecido produtor<strong>de</strong> leite em abundância.• Ela já foi submeti<strong>da</strong> à cirurgia nas mamas, que po<strong>de</strong> ter cortando ductos <strong>de</strong> leiteou nervos, ou já teve abscesso?Em segui<strong>da</strong> observe:• As mamas são muito gran<strong>de</strong>s ou muito pequenas? Garanta à mulher que mamasgran<strong>de</strong>s ou pequenas produzem leite suficiente, mas às vezes a mãe po<strong>de</strong> precisar<strong>de</strong> aju<strong>da</strong> com a pega.• Há alguma cicatriz que indique problemas anteriores com o aleitamento materno,como abscesso ou cirurgia?• O peito está inchado, com pele estica<strong>da</strong> e brilhante? Isso sugere ingurgitamentocom e<strong>de</strong>ma. Quando o leite começa a <strong>de</strong>scer, é normal que o peito encha e cresça,mas não que inche e fique com pele indicativa <strong>de</strong> e<strong>de</strong>ma.• Alguma parte <strong>da</strong> pele <strong>da</strong> mama está vermelha? Se essas regiões forem difusasou generaliza<strong>da</strong>s, a vermelhidão po<strong>de</strong> ser causa<strong>da</strong> pelo ingurgitamento. Se forlocaliza<strong>da</strong>, po<strong>de</strong> ser causa<strong>da</strong> por um ducto bloqueado (área pequena) ou mastite(área maior e mais bem <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>). Uma <strong>de</strong>scoloração púrpura sugere possívelabscesso.• Qual o tamanho e forma dos mamilos? (Longos, planos, invertidos, muito gran<strong>de</strong>s).Sua forma po<strong>de</strong>ria dificultar a pega <strong>da</strong> mama pelo bebê?• Há feri<strong>da</strong>s ou fissuras (uma feri<strong>da</strong> linear)? Isso geralmente significa que o bebêvem sugando a mama com uma pega incorreta.• Há exantema ou vermelhidão no mamilo?Depois sinta• A mama está dura ou macia? Se a mama está dura <strong>de</strong> modo generalizado, às vezescom vários caroços, isso po<strong>de</strong> ocorrer <strong>de</strong>vido ao enchimento normal ou ingurgitamento.A aparência <strong>da</strong> pele (brilhante com ingurgitamento ou cheia e normal)e a flexibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> pele (turgi<strong>de</strong>z) <strong>de</strong>vem indicar o que está ocorrendo.• Converse com a mãe sobre o que você observou. Ressalte os aspectos positivosque observar. Tente não soar crítico sobre suas mamas. Aumente a confiança <strong>da</strong>mãe em sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> amamentar.201


Aju<strong>da</strong> à mãe com mamilos invertidos• Se a mãe tiver mamilos invertidos:- Garanta o contato pele a pele sem interrupções imediatamente após o partoe em outros momentos para encorajar o bebê a encontrar seu caminho até amama a seu tempo.- Ofereça aju<strong>da</strong> adicional para o posicionamento e a pega nos primeiros dias,antes que a mama fique cheia. Explique à mãe que tem mamilo invertido queo bebê pega a aréola e não o mamilo.- Aju<strong>de</strong> a mãe a encontrar uma posição que aju<strong>de</strong> seu bebê a pegar o peito. Porexemplo, reclinar-se sobre o bebê <strong>de</strong>itado numa mesa para que a mama caiasobre sua boca po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r.- Sugira que ela altere suavemente a forma <strong>da</strong> aréola para um cone ou elipse usandouma empunhadura em forma <strong>de</strong> C, para que o bebê possa pegar a mama.- Explique que os bebês po<strong>de</strong>m precisar <strong>de</strong> tempo para apren<strong>de</strong>r e que irãopegar a mama espontaneamente.- Sugira que a mãe acaricie a boca do bebê com o mamilo e espere que ele abrabastante a boca antes <strong>de</strong> levar o bebê até a mama. Ensine a mãe a reconhecera pega eficaz.- Incentive a mãe a aju<strong>da</strong>r seus mamilos a ficarem protuberantes antes <strong>da</strong> mama<strong>da</strong>.Ela po<strong>de</strong> estimular suavemente seu mamilo; usar uma bomba <strong>de</strong> retira<strong>da</strong><strong>de</strong> leite ou outro aparelho com sucção suave ou pedir que outra pessoasugue (se aceitável) para fazer o mamilo ficar protuberante.- Evite usar bicos artificiais e chupetas, porque esses objetos po<strong>de</strong>m dificultar a pega<strong>da</strong> mama pelo bebê e sua habili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> abocanhar uma boa parte <strong>da</strong> mama.- Previna o ingurgitamento <strong>da</strong> mama, que dificulta a pega pelo bebê. Se necessário,retire leite e alimente o bebê com um copo enquanto ele apren<strong>de</strong> amamar no peito.Método com seringa para tratamento <strong>de</strong> mamilos invertidosEste método po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r um mamilo invertido a ficar protuberante e aju<strong>da</strong>r o bebêa pegar a mama. A mãe <strong>de</strong>ve usar ela própria a seringa, para controlar a força <strong>da</strong> sucçãoe evitar <strong>da</strong>nos ao mamilo.• Use uma seringa <strong>de</strong> pelo menos 10 ml, se possível <strong>de</strong> 20 ml, para que seja gran<strong>de</strong>o bastante para acomo<strong>da</strong>r o mamilo <strong>da</strong> mãe.• Corte a ponta do a<strong>da</strong>ptador (on<strong>de</strong> a agulha é presa). Será necessário usar tesouraou lâmina afia<strong>da</strong>.• Troque o êmbolo <strong>de</strong> lado para que entre pelo corte (que não está mais liso).• Antes <strong>de</strong> colocar o bebê na mama, a mãe <strong>de</strong>ve:- Puxar o êmbolo até cerca <strong>de</strong> um terço <strong>da</strong> seringa;- Colocar o lado liso <strong>da</strong> seringa sobre o mamilo;202


- Puxar suavemente o êmbolo <strong>de</strong> modo a manter uma pressão suave porémconstante durante cerca <strong>de</strong> 30 segundos;- Empurrar um pouco o êmbolo <strong>de</strong> volta para reduzir a sucção quando removera seringa <strong>da</strong> mama.• Diga à mãe para empurrar o êmbolo <strong>de</strong> volta para diminuir a sucção, caso elasinta dor. Isso evita <strong>da</strong>nos à pele do mamilo e <strong>da</strong> aréola.Sli<strong>de</strong> 10/7 – Método com seringa para mamilos invertidosPasso 1 – corte este lado com uma lâminaPasso 2 – insira o êmbolo pelo lado cortadoPasso 3 – a<strong>da</strong>pe a seringa ao mamilo e puxe o êmboloA<strong>da</strong>ptado <strong>de</strong> Kesaree et al. (1993)203


Discussão com a turma: Ingurgitamento (opcional)Maria <strong>de</strong>u à luz três dias atrás a um bebê saudável. Ele está no berçário e só é levadopara ser amamentado nos horários pre<strong>de</strong>terminados. Na visita <strong>da</strong> enfermeira àenfermaria <strong>de</strong> pós-parto, ela <strong>de</strong>scobre que as mamas <strong>de</strong> Maria estão muito cheias edolori<strong>da</strong>s.O que a enfermeira po<strong>de</strong> fazer para aju<strong>da</strong>r essa mãe?Como o ingurgitamento po<strong>de</strong>ria ter sido evitado?Como Maria po<strong>de</strong> evitar ficar com a mama ingurgita<strong>da</strong> novamente?Alívio do ingurgitamento quando a mãe não está amamentando• Apóie bem as mamas para <strong>de</strong>ixá-las mais confortáveis. (Mas não amarre as mamascom força, isso po<strong>de</strong> aumentar o <strong>de</strong>sconforto.)• Aplique compressas. O calor é confortável para algumas mães, enquanto outraspreferem compressas frias para reduzir o inchaço.• Retire leite suficiente para aliviar o <strong>de</strong>sconforto. A retira<strong>da</strong> po<strong>de</strong> ser realiza<strong>da</strong> algumasvezes ao dia quando as mamas estiverem muito cheias. Isso não precisa serfeito se a mãe estiver confortável. Retire menos leite do que o bebê tomaria, paranão estimular a produção <strong>de</strong> leite.• Alívio <strong>da</strong> dor. Um analgésico, como ibuprofeno ou paracetamol, po<strong>de</strong> ser usado 62 .Algumas mulheres usam produtos fitoterápicos como chás feitos com ervas, plantasou folhas <strong>de</strong> alface crua e os aplicam diretamente sobre a mama para reduzir a dore o inchaço.As seguintes medi<strong>da</strong>s não são recomen<strong>da</strong><strong>da</strong>s:Tratamentos farmacológicos para reduzir o suprimento <strong>de</strong> leite 63 . Os métodos <strong>de</strong>scritosacima são consi<strong>de</strong>rados mais eficazes em longo prazo.Tratamento <strong>de</strong> abscessos nas mamas• Se a mastite não for trata<strong>da</strong> precocemente, po<strong>de</strong> evoluir para abscesso. Um abscessoé uma coleção <strong>de</strong> pus <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> mama. Essa coleção produz um inchaçodoloroso, às vezes com <strong>de</strong>scoloração púrpura.62A aspirina não é a primeira escolha para mulheres em lactação porque foi associa<strong>da</strong> com a síndrome <strong>de</strong> Reye em lactentes.63Entre os tratamentos farmacológicos já testados estão:− Estilboestrol (dietilestilbestrol) – efeitos colaterais incluem sangramento e tromboembolismo.− Estrogênio – o ingurgitamento e dor <strong>da</strong> mama diminuem, mas po<strong>de</strong>m retornar quando o medicamento é suspenso.− Bromocriptina – inibe a secreção <strong>de</strong> prolactina. Efeitos colaterais incluem óbito materno, crises convulsivas e aci<strong>de</strong>nte vascular cerebral.Proibi<strong>da</strong> para uso em mulheres no pós-parto em muitos países.− Cabergolina – inibe a secreção <strong>de</strong> prolactina. Consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> mais segura do que a bromocriptina. Possíveis efeitos colaterais incluemdor <strong>de</strong> cabeça, tontura, hipotensão, sangramento nasal.204


• Um abscesso precisa ser aspirado por seringa ou ser drenado cirurgicamente porum profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.• A mãe po<strong>de</strong> continuar a amamentar se a incisão ou dreno estiver distante o suficiente<strong>da</strong> aréola para não interferir com a pega.• Se a mãe não for capaz ou não estiver disposta a amamentar nessa mama porcausa <strong>da</strong> localização do abscesso, precisará retirar o leite. Seu bebê po<strong>de</strong> voltar amamar no peito afetado assim que começar a cicatrização (geralmente <strong>de</strong> dois atrês dias).• A mãe po<strong>de</strong> continuar a amamentar na mama não afeta<strong>da</strong> normalmente.• O bom manejo <strong>da</strong> mastite <strong>de</strong>ve prevenir a formação <strong>de</strong> abscesso.Protetores <strong>de</strong> seio• Às vezes um protetor <strong>de</strong> mamilo é proporcionado como solução para um bebêque não sugue bem ou se a mãe está com mamilos doloridos. Protetores <strong>de</strong> seiopo<strong>de</strong>m causar dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Eles po<strong>de</strong>m:- Reduzir a estimulação <strong>da</strong> mama e do mamilo, reduzindo assim a produção <strong>de</strong>leite e o reflexo <strong>da</strong> ocitocina.- Aumentar o risco <strong>de</strong> pouco ganho <strong>de</strong> peso e <strong>de</strong>sidratação- Interferir com a sucção do bebê na mama quando não houver protetor- Abrigar bactérias ou cândi<strong>da</strong> e infectar o bebê- Causar irritação e atrito contra o mamilo <strong>da</strong> mãe• A mãe, o bebê e o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m ficar <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes dos protetorese achar difícil ficar sem eles.• Pare para pensar antes <strong>de</strong> recomen<strong>da</strong>r um protetor <strong>de</strong> mamilo. Se for usadocomo medi<strong>da</strong> temporária por necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> clínica, certifique-se <strong>de</strong> que a mãe seráacompanha<strong>da</strong> para que possa interromper o uso do protetor.Infecção por cândi<strong>da</strong> (sapinho)• O sapinho é uma infecção causa<strong>da</strong> pelo fungo Candi<strong>da</strong> albicans. Infecções por cândi<strong>da</strong>muitas vezes ocorrem após o uso <strong>de</strong> antibióticos para o tratamento <strong>da</strong> mastiteou <strong>de</strong> outras infecções, ou se usados após um parto cesariano. É importante tratartanto a mãe como o bebê para que não continuem a passar a infecção entre si.• A dor do mal posicionamento po<strong>de</strong> ocorrer paralelamente à cândi<strong>da</strong>; antes <strong>de</strong>iniciar o tratamento contra candidíase verifique outras causas <strong>de</strong> dor no mamilo,como a pega incorreta.12/8 - Cândi<strong>da</strong> em um mamilo <strong>de</strong> pele escura.12/9 - Cândi<strong>da</strong> em um mamilo <strong>de</strong> pele clara.• Sinais <strong>de</strong> infecção por cândi<strong>da</strong>:- Os mamilos <strong>da</strong> mãe po<strong>de</strong>m parecer normais ou vermelhos e irritados. Po<strong>de</strong>haver dor profun<strong>da</strong> e cortante e a mãe po<strong>de</strong> relatar “queimação e ponta<strong>da</strong>s”no mamilo após a mama<strong>da</strong>.205


- Os mamilos continuam doloridos entre as mama<strong>da</strong>s e durante um tempo prolongado,mesmo que haja pega correta.• Esse po<strong>de</strong> ser o único sinal <strong>de</strong> infecção.- O bebê po<strong>de</strong> ter placas brancas na boca.- O bebê po<strong>de</strong> ter um exantema fúngico <strong>de</strong> fral<strong>da</strong>.- A mãe po<strong>de</strong> ter uma infecção vaginal.Tratamento contra cândi<strong>da</strong>• Use um medicamento para os mamilos e para a boca do bebê segundo os protocoloslocais. Continue o uso por 7 dias após o fim <strong>da</strong> dor. Use medicamentos quenão precisem ser removidos do mamilo antes <strong>da</strong> mama<strong>da</strong>.Liste alguns tratamentos comumente usados contra candidíase.• Algumas mulheres acham útil secar os mamilos ao natural e expor as mamas ao solapós ca<strong>da</strong> mama<strong>da</strong>. Mu<strong>de</strong> <strong>de</strong> sutiã diariamente e lave com água quente e sabão. Se amulher usar absorventes para seios, <strong>de</strong>ve trocá-los sempre que ficarem úmidos.• Se houver infecção por cândi<strong>da</strong> vaginal, ela <strong>de</strong>ve ser trata<strong>da</strong>. O parceiro <strong>da</strong> mulhertambém po<strong>de</strong> precisar ser tratado.• Lavar bem as mãos antes e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> trocar as fral<strong>da</strong>s do bebê e após usar o banheiro.• Interrompa o uso <strong>de</strong> chupetas, bicos artificiais ou protetores <strong>de</strong> seio; se foremusados, <strong>de</strong>vem ser fervidos durante 20 minutos todos os dias e substituídos semanalmente.Freio <strong>da</strong> língua curto• Um lactente po<strong>de</strong> ter “língua presa” por causa <strong>de</strong> freio <strong>da</strong> língua curto, que restringeo movimento <strong>da</strong> língua ao ponto <strong>de</strong> não permitir que ela se esten<strong>da</strong> sobre a gengivainferior. A língua roça contra a base do mamilo, causando feri<strong>da</strong>s. (Sli<strong>de</strong> 12/10)Seção 13: Questões relaciona<strong>da</strong>s à saú<strong>de</strong> maternaObjetivos:Ao final <strong>de</strong>sta seção os participantes <strong>de</strong>vem ser capazes <strong>de</strong>:1. Discutir as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s nutricionais <strong>de</strong> mulheres lactantes 10 minutos2. Resumir como o aleitamento materno auxilia o espaçamento entregestações10 minutos3. Discutir o manejo do aleitamento materno quando a mãe está doente15 minutos4. Analisar informações básicas sobre medicamentos e aleitamento 10 minutosmaternoTempo total <strong>da</strong> seção:45 minutos206


Materiais:Sli<strong>de</strong> 13/1: Método <strong>de</strong> amenorréia na lactação – LAMSli<strong>de</strong> 13/2: Recomen<strong>da</strong>ções para mulheres soropositivasDOENÇAS MATERNAS E ALEITAMENTO – uma cópia para ca<strong>da</strong> participante(opcional)ALEITAMENTO MATERNO E MEDICAMENTOS: RESUMO ¬– uma cópia paraca<strong>da</strong> participante (opcional)Cópia completa para exibição <strong>de</strong> Breastfeeding and Maternal Medications (WORLDHEALTH ORGANIZATION; THE UNITED NATIONS CHILDREN'S FUND,2002).Bibliografia adicional para os facilitadores:Hepatitis B and breastfeeding (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1996a)Breastfeeding and maternal tuberculosis (WORLD HEALTH ORGANIZATION,1998a)Nutrient requirements for people living with HIV/AIDS – report of a technical consultation(WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2003f)Breastfeeding and maternal medication: Recommen<strong>da</strong>tions for drugs in the eleventhWHO mo<strong>de</strong>l list of essential drugs (WORLD HEALTH ORGANIZATION; THEUNITED NATIONS CHILDREN'S FUND, 2002)1. Necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s nutricionais <strong>de</strong> mulheres lactantes 10 minutosMostre a figura <strong>de</strong> duas mães no leito, conversando com uma enfermeira ou à mesa,conversando entre si.A mãe <strong>de</strong> Fátima disse que ela precisa comer alimentos especiais para produzir umleite nutritivo e que alguns alimentos po<strong>de</strong>m afetar seu bebê.Pergunte: O que você po<strong>de</strong> dizer a uma mulher sobre o que ela <strong>de</strong>ve comer e o que<strong>de</strong>ve evitar enquanto estiver amamentando?Espere algumas respostas.• To<strong>da</strong>s as mães precisam ingerir alimentos e líquidos suficientes para se sentirembem e serem capazes <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong> sua família. Com uma dieta varia<strong>da</strong> e emquanti<strong>da</strong><strong>de</strong> suficiente, as mães obterão as proteínas, vitaminas e minerais <strong>de</strong> quenecessitam. Não é preciso comer alimentos especiais ou evitar alguns alimentosdurante a lactação.• O corpo <strong>da</strong> mulher armazena gordura durante a gestação para aju<strong>da</strong>r a produzirleite durante o aleitamento materno. Ela produz leite usando em parte essas reservase em parte os alimentos que ingere.• A mãe teria <strong>de</strong> estar em estado <strong>de</strong> <strong>de</strong>snutrição grave para que sua produção <strong>de</strong>leite apresentasse diminuição significativa. Se houver falta <strong>de</strong> alimentos, ela primeirousará suas reservas corporais para produzir leite. Seu leite po<strong>de</strong>rá diminuirem quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> e apresentar um pouco menos <strong>de</strong> gordura e <strong>de</strong> algumas vitaminas207


em comparação com o <strong>de</strong> uma mãe bem nutri<strong>da</strong>, mas continuará sendo <strong>de</strong> boaquali<strong>da</strong><strong>de</strong>.• Uma má alimentação (em termos qualitativos) e o ato <strong>de</strong> pular uma refeição nãoreduzem a produção <strong>de</strong> leite. No entanto, se a mãe está sobrecarrega<strong>da</strong>, não temtempo para comer e não tem comi<strong>da</strong> suficiente ou não tem acesso a apoio social,po<strong>de</strong> relatar cansaço e baixo suprimento <strong>de</strong> leite. Cui<strong>da</strong>dos com a mãe e tempopara amamentar o bebê freqüentemente aju<strong>da</strong>rão a garantir a produção a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong><strong>de</strong> leite.• O aleitamento materno é importante para a segurança alimentar <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a família.Se os recursos forem limitados, é melhor <strong>da</strong>r comi<strong>da</strong> para a mãe para que elapossa cui<strong>da</strong>r do seu bebê do que <strong>da</strong>r alimentos artificiais para o bebê. Discutaisso com a família.• Mães lactantes muitas vezes são estimula<strong>da</strong>s a beber gran<strong>de</strong>s quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> líquido.Beber mais do que exigido pela se<strong>de</strong> não aumenta a produção <strong>de</strong> leite epo<strong>de</strong> até diminuí-la. A mãe <strong>de</strong>ve beber o suficiente para aplacar a se<strong>de</strong> ou se notarque sua urina está concentra<strong>da</strong> ou sendo produzi<strong>da</strong> em pouca quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>.Mencione programas <strong>de</strong> assistência alimentar disponíveis na região para gestantese lactantes.2. Como o aleitamento materno aju<strong>da</strong> a espaçar as gestações 10 minutosFátima ouviu dizer que o aleitamento materno aju<strong>da</strong> a espaçar as gestações, masquer saber se isso é ver<strong>da</strong><strong>de</strong>.Pergunte: O que você po<strong>de</strong> dizer à mãe sobre como o aleitamento materno aju<strong>da</strong> aespaçar as gestações?Espere algumas respostas.• O aleitamento materno po<strong>de</strong> atrasar o retorno <strong>da</strong> ovulação e <strong>da</strong> menstruação epo<strong>de</strong>, portanto, aju<strong>da</strong>r a espaçar as gestações. O método <strong>de</strong> amenorréia na lactação(LAM) aju<strong>da</strong> mulheres que <strong>de</strong>sejam usar o aleitamento materno como métodoanticoncepcional.Mostrar sli<strong>de</strong> 13/1- LAM• O método LAM tem 98% <strong>de</strong> eficácia na prevenção <strong>da</strong> concepção caso três condiçõessejam cumpri<strong>da</strong>s:- A mãe não está menstruando,- A mãe está realizando aleitamento materno exclusivo (dia e noite), sem intervaloslongos entre as mama<strong>da</strong>s, e- O bebê tem menos <strong>de</strong> seis meses <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>.• Se uma <strong>de</strong>ssas condições não estiver presente, é recomendável que a mãe use outrométodo <strong>de</strong> planejamento familiar para adiar uma nova gestação.• A maioria dos métodos <strong>de</strong> planejamento familiar é compatível com o aleitamentomaterno, com exceção <strong>de</strong> contraceptivos que contenham estrogênio.208


3. Manejo do aleitamento materno quando a mãe está doente 15 minutosFátima ouviu <strong>de</strong> uma vizinha que se uma lactante tiver febre ou precisar tomar remédios<strong>de</strong>ve interromper o aleitamento materno.Pergunte: O que você po<strong>de</strong> dizer à mãe sobre o aleitamento materno quando a mãeestá doente?Espere algumas respostas.• As mulheres po<strong>de</strong>m amamentar em quase to<strong>da</strong>s as situações em que estão doentes.Há muitos benefícios em continuar o aleitamento materno durante umadoença:- O corpo <strong>da</strong> mulher produz anticorpos contra suas infecções, que passampara o leite materno e aju<strong>da</strong>m a proteger o bebê <strong>da</strong> infecção.- A interrupção brusca do aleitamento materno po<strong>de</strong> resultar em mamas dolori<strong>da</strong>s64 e a mãe po<strong>de</strong> apresentar febre.- O bebê po<strong>de</strong> apresentar sinais <strong>de</strong> angústia, como choro persistente, caso oaleitamento materno seja interrompido bruscamente.- Po<strong>de</strong> ser difícil retomar o aleitamento materno após a recuperação <strong>da</strong> mãe, jáque a produção <strong>de</strong> leite po<strong>de</strong> ter diminuído.- A interrupção do aleitamento materno expõe o bebê a todos os perigos <strong>da</strong>alimentação artificial.- O aleitamento materno é menos trabalhoso do que preparar fórmulas, levantar-separa alimentar o bebê e esterilizar mama<strong>de</strong>iras. O bebê po<strong>de</strong> sercolocado ao lado <strong>da</strong> mãe e se alimentar sem que ela tenha <strong>de</strong> se mexer.- A mãe e o bebê po<strong>de</strong>m ficar juntos, assim ela sabe que seu bebê está seguro efeliz.- O bebê continua a receber os benefícios do aleitamento materno: proteção àsaú<strong>de</strong>, melhor nutrição, crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento i<strong>de</strong>ais, menor risco<strong>de</strong> obesi<strong>da</strong><strong>de</strong> e problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> posteriores.• Mães com doenças crônicas po<strong>de</strong>m precisar <strong>de</strong> aju<strong>da</strong> adicional para amamentar.Uma mãe com diabetes, por exemplo, po<strong>de</strong> apresentar complicações no partoque po<strong>de</strong>m interferir com o estabelecimento do aleitamento materno, mas com aaju<strong>da</strong> a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> ela é capaz <strong>de</strong> amamentar normalmente.Pergunte: Que tipo <strong>de</strong> aju<strong>da</strong> com o aleitamento materno po<strong>de</strong> ser necessária, se amãe estiver doente?Espere algumas respostas.• Para auxiliar o aleitamento materno quando a mãe está doente:- Explique o valor <strong>de</strong> continuar a amamentação durante a doença,- Minimize a separação, mantendo a mãe e o bebê juntos,64A mastite foi abor<strong>da</strong><strong>da</strong> na Seção 12.209


- Ofereça bastante líquido, especialmente se a mãe estiver com febre,- Aju<strong>de</strong> a mãe a encontrar uma posição confortável para a alimentação oumostre a outra pessoa como ajudá-la a segurar o bebê confortavelmente,- Se o aleitamento materno estiver difícil ou se a mãe estiver muito mal, elapo<strong>de</strong> retirar seu leite (ou alguém po<strong>de</strong> ajudá-la a retirar o leite) e o bebê po<strong>de</strong>ser alimentado com leite materno por copo até a recuperação <strong>da</strong> mãe,- Escolha tratamentos e medicamentos seguros para o aleitamento materno,- Aju<strong>de</strong> a mãe a restabelecer o aleitamento materno após sua recuperação, casotenha havido interrupção durante a doença.Pergunte: Há situações relaciona<strong>da</strong>s à saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> mãe que possam exigir o uso <strong>de</strong>outros alimentos além do leite materno?Espere algumas respostas.• Há muito poucas situações relaciona<strong>da</strong>s à saú<strong>de</strong> materna que exigem o uso <strong>de</strong>alimentação artificial para o bebê. É importante distinguir se é a doença que representauma contra-indicação ao aleitamento materno ou se a situação que envolvea doença é que torna o aleitamento materno difícil.• A hospitalização em si não é uma contra-indicação ao aleitamento. Se a mãe estiverhospitaliza<strong>da</strong>, o bebê <strong>de</strong>ve ser mantido com ela. Se a mãe não for capaz <strong>de</strong>cui<strong>da</strong>r do seu lactente, um membro <strong>da</strong> família po<strong>de</strong> ficar com ela e ajudá-la como bebê.• Vício materno. O aleitamento materno não é recomen<strong>da</strong>do para mães usuárias<strong>de</strong> drogas endovenosas.• Se a mãe apresenta uma doença contagiosa comum, como infecção pulmonar,dor <strong>de</strong> garganta ou infecção intestinal, há risco para o bebê se ele ficar próximoa ela e exposto à infecção por contato, tosses etc. Quando a mãe continua aamamentar, o bebê recebe alguma proteção contra a infecção. Se o aleitamentomaterno for interrompido nesse momento, o bebê terá maior risco <strong>de</strong> contrair ainfecção <strong>da</strong> mãe. Para a maioria <strong>da</strong>s infecções maternas, inclusive tuberculose,hepatite B e mastite, o aleitamento não é contra-indicado.• Se a mãe não for capaz <strong>de</strong> amamentar, <strong>de</strong>ve haver esforços no sentido <strong>de</strong> obterleite materno testado e pasteurizado <strong>de</strong> um banco <strong>de</strong> leite.Distribua uma cópia <strong>de</strong> DOENÇAS MATERNAS E ALEITAMENTO MATERNO aosparticipantes para que leiam quando pu<strong>de</strong>rem. Esclareça os pontos que forem necessários.4. Medicamentos e aleitamento materno 65 10 minutos• Se a mãe precisar tomar medicamentos, muitas vezes é possível que o médicoprescreva um medicamento seguro para uso durante o aleitamento. A maioriados medicamentos passa para o leite materno apenas em quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s pequenas epoucos afetam o bebê. Na maioria dos casos, a interrupção do aleitamento po<strong>de</strong>ser mais perigosa para o bebê do que o medicamento em si.65Não se espera que o público-alvo para este curso recomen<strong>de</strong> medicamentos.210


• Há maior probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um medicamento usado pela mãe afetar um bebêprematuro ou com menos <strong>de</strong> dois meses <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> do que um bebê mais velho. Sehouver preocupações, em geral é possível encontrar um medicamento ou tratamentomais compatível com o aleitamento materno.• Se uma lactante estiver usando um medicamento que você não tem certeza sepo<strong>de</strong> ser usado no aleitamento:- Incentive a mãe a continuar o aleitamento enquanto você busca informações,- Verifique se o bebê está apresentando efeitos colaterais, como sonolênciaanormal, falta <strong>de</strong> apetite e icterícia, especialmente se a mãe precisar tomar oremédio por um período longo,- Consulte a lista <strong>de</strong> medicamentos <strong>da</strong> OMS (explique on<strong>de</strong> obter essa lista ououtra lista disponível localmente que apóie o aleitamento materno)- Peça informações a um profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mais especializado, como ummédico ou farmacêutico, por exemplo, e <strong>de</strong>scubra um medicamento alternativomais seguro caso necessário,- Se o bebê apresentar efeitos colaterais e o medicamento <strong>da</strong> mãe não pu<strong>de</strong>r sertrocado, avalie a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> adotar um método <strong>de</strong> substituição a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong><strong>da</strong> amamentação, se possível temporariamente.• Tratamentos populares, medicamentos fitoterápicos e outros tratamentos po<strong>de</strong>mter efeitos sobre o bebê. Tente <strong>de</strong>scobrir mais sobre eles caso sejam habitualmenteusados na sua região. Entrementes, incentive a mãe a continuar o aleitamentomaterno e a verificar se o bebê apresenta possíveis efeitos colaterais.Distribua aos participantes o resumo <strong>de</strong> “ALEITAMENTO MATERNO E MEDI-CAMENTOS” ou informe on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m encontrar o texto completo <strong>de</strong>sse folhetoinformativo. Ressalte as categorias <strong>de</strong> medicamentos contra-indicados no resumo eos que requerem continuação do aleitamento materno com monitoramento.Verifique se os participantes têm alguma dúvi<strong>da</strong>. Resuma a seção.Resumo <strong>da</strong> Seção 13Necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s nutricionais <strong>de</strong> mulheres em lactação• To<strong>da</strong>s as mães precisam ingerir alimentos e líquidos suficientes para se sentirembem e cui<strong>da</strong>rem <strong>de</strong> sua família.• As mães não precisam comer alimentos especiais ou evitar alguns alimentos durantea lactação.• Se os recursos alimentares forem limitados, é melhor para a saú<strong>de</strong> e nutrição <strong>da</strong>mãe e do bebê <strong>da</strong>r comi<strong>da</strong> para a mãe para que ela possa cui<strong>da</strong>r e amamentar seufilho do que oferecer alimentos artificiais para o bebê, além <strong>de</strong> ser mais barato.211


Como o aleitamento materno aju<strong>da</strong> a espaçar as gestações• O método LAM tem 98% <strong>de</strong> eficácia caso três condições sejam cumpri<strong>da</strong>s:- A mãe não está menstruando,- A mãe está realizando aleitamento materno exclusivo, sem intervalos muitolongos entre as mama<strong>da</strong>s, e- O bebê tem menos <strong>de</strong> seis meses <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>.Se uma <strong>de</strong>ssas condições não estiver presente, é recomendável que a mãe use outrométodo <strong>de</strong> planejamento familiar.Manejo do aleitamento materno quando a mãe está doente• Incentivar o aleitamento materno durante as doenças maternas <strong>da</strong>s seguintes formas:- Explicar o valor <strong>de</strong> continuar amamentando durante a doença,- Minimizar a separação, mantendo a mãe e o bebê juntos,- Oferecer bastante líquido, especialmente se a mãe estiver com febre,- Aju<strong>da</strong>r a mãe a encontrar uma posição confortável para o aleitamento,- Aju<strong>da</strong>r a mãe a retirar o leite e alimentar o bebê com copo, caso esteja muitodoente para amamentar,- Escolher tratamentos e medicamentos seguros para o aleitamento materno,- Aju<strong>da</strong>r a mãe e o bebê a restabelecer o aleitamento materno quando a mãe serecuperar, caso não tenha amamentado durante a doença.Medicamentos e aleitamento materno• Muitas vezes, caso seja necessário o uso <strong>de</strong> medicamentos, é possível usar um queseja seguro para o bebê. A maioria dos medicamentos passa para o leite maternoapenas em quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s pequenas e poucos afetam o bebê. Na maioria dos casos,a interrupção do aleitamento materno po<strong>de</strong> ser mais perigosa para o bebê do queo medicamento em si.• Verifique se o bebê apresenta efeitos colaterais e busque mais informações sobreo medicamento, caso esteja preocupado. Bebês com menos <strong>de</strong> dois meses <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>têm maior probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> apresentar efeitos colaterais.• Saiba on<strong>de</strong> obter mais informações ou aconselhamento sobre medicamentos.Verificação <strong>de</strong> conhecimentos: Seção 13Uma gestante diz que não po<strong>de</strong> amamentar porque não tem condições financeiras<strong>de</strong> comprar alimentos especiais para si mesma. O que você po<strong>de</strong> fazer para ajudá-laa perceber que o aleitamento materno é viável em seu caso?Um colega <strong>de</strong> trabalho diz que uma mãe terá <strong>de</strong> interromper o aleitamento maternoporque precisa tomar um medicamento. O que você po<strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r a esse colega?212


Doenças maternas e aleitamento (MINUTA)A amamentação exclusiva é a regra habitual Em um pequeno número <strong>de</strong> situaçõespo<strong>de</strong> haver indicação médica <strong>de</strong> suplementação ao leite materno ou <strong>de</strong> não utilização<strong>de</strong> leite materno. Entre as doenças maternas que po<strong>de</strong>m afetar o aleitamento maternoestão as situações em que a mãe está fisicamente fraca, tomando medicamentos outem uma doença infecciosa.• Uma mãe fraca po<strong>de</strong> ser auxilia<strong>da</strong> a posicionar seu bebê para que ele possa mamar.• Uma mãe com febre precisa tomar líquidos suficientes.Condições <strong>da</strong> mãeMães que <strong>de</strong>vem evitar amamentar <strong>de</strong> forma permanenteInfecção pelo HIV 66, 67 – quando a substituição <strong>da</strong> alimentação é aceitável, factível,acessível, sustentável e segura (AFASS) (WHO…, 2006);HTLV-I (Vírus <strong>da</strong> leucemia humana T-cell) – se houver opções disponíveis <strong>de</strong>substituição <strong>da</strong> amamentação;Quimioterapia citotoxica - usualmente requer que a mãe <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> amamentarpermanentemente porque é raro haver alternativas disponíveis.Mães que <strong>de</strong>vem evitar amamentar <strong>de</strong> forma temporáriaMedicações maternas – a mãe po<strong>de</strong> voltar a amamentar cerca <strong>de</strong> dois mesesapós ter recebido iodo-131 radioativo (esta substância <strong>de</strong>ve ser evita<strong>da</strong> já queexistem alternativas mais seguras);Outras medicações maternas que po<strong>de</strong>m causar efeitos colaterais como tonturae <strong>de</strong>pressão respiratória, ex. drogas se<strong>da</strong>tivas, psicoterápicas, anti-epiléticas eopiáceos e suas combinações - estas substâncias <strong>de</strong>vem ser evita<strong>da</strong>s se existiremalternativas mais seguras (WORLD HEALTH ORGANIZATION; THE UNI-TED NATIONS CHILDREN'S FUND, 2003b);Uso <strong>de</strong> certas substâncias – após uma única dose <strong>de</strong> cocaína ou anfetamina, ougran<strong>de</strong>s doses <strong>de</strong> álcool, as mães <strong>de</strong>vem ser aconselha<strong>da</strong>s a extrair e <strong>de</strong>scartarseu leite e usar alternativas. É necessária a avaliação individual no caso <strong>de</strong> usuáriasconstantes, para se avaliar o risco <strong>da</strong> amamentação e <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> mãe<strong>de</strong> cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong> seu bebê (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2001c, 2002c);Vírus do Herpes simplex tipo 1 (HSV-1) – o contato direto entre as lesões mamárias<strong>da</strong> mãe e a boca do bebê <strong>de</strong>ve ser evitado até que as lesões estejam cura<strong>da</strong>s;Abscesso mamário – a amamentação <strong>de</strong>ve ser manti<strong>da</strong> na mama não afeta<strong>da</strong>;quanto à mama afeta<strong>da</strong>, <strong>de</strong>ve-se retornar somente após a drenagem do abscessoe início do tratamento antibiótico (EMERGENCY NUTRITION NETWORK etal., 2004).66A opção <strong>de</strong> alimentação infantil mais apropria<strong>da</strong> para uma mãe infecta<strong>da</strong> pelo HIV vai <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> suas circunstâncias individuais edo seu filho, incluindo sua situação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>; <strong>de</strong>ve-se também levar em consi<strong>de</strong>ração os serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> disponíveis e o apoio e aconselhamentoque ela provavelmente recebe. Quando a substituição <strong>da</strong> alimentação é aceitável, factível, acessível, sustentável e segura(AFASS), recomen<strong>da</strong>-se evitar totalmente a amamentação <strong>de</strong> mulheres HIV +. O aleitamento misto nos primeiros 6 meses <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> (ouseja, amamentar e ao mesmo tempo <strong>da</strong>r outros fluidos, fórmulas ou outros alimentos) <strong>de</strong>ve sempre ser evitado por mães HIV+.67O Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> do Brasil contra-indica a amamentação nos casos <strong>de</strong> mãe HIV positiva213


Mães para as quais amamentar não é contra-indicado, embora elas apresentemproblemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que causam preocupação.Hepatite B – os lactentes <strong>de</strong>vem receber vacina contra a Hepatite B nas primeiras48 horas ou assim que possível (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1996a);Hepatite C;Mastite – se a amamentação for muito dolorosa, o leite <strong>de</strong>ve ser removido poror<strong>de</strong>nha para prevenir a continui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> mastite (WORLD HEALTH ORGA-NIZATION, 2000a);Tuberculose – a mãe e o bebê <strong>de</strong>vem ser tratados conjuntamente <strong>de</strong> acordo comas recomen<strong>da</strong>ções nacionais (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1998a);Publicações <strong>da</strong> OMS estão disponíveis em: e .Outras informações sobre as curvas <strong>de</strong> crescimento <strong>da</strong> OMS estão disponíveis em:.Outras informações sobre medicação materna e amamentação estão disponíveisem: United States National Library of Medicine (NLM) website: .Aleitamento materno e medicamentos – ResumoAleitamento materno contra-indicado:• Medicamentos anticâncer (antimetabólitos);• Substâncias radioativas (interromper temporariamente o aleitamento materno)Continuar com aleitamento materno:Efeitos colaterais possíveis, monitorar o bebê para sonolência:• Alguns medicamentos psiquiátricos e anticonvulsivantes (ver o medicamentoespecífico)Use medicamentos alternativos, se possível:• Antibióticos: cloranfenicol, tetraciclinas, metroni<strong>da</strong>zol, quinolona (ex. ciprofloxacina)Monitorar bebê para icterícia:• Sulfonami<strong>da</strong>s, <strong>da</strong>psona, sulfametoxazol+trimetoprima (cotrimoxazol),sulfadoxina+pirimetamina (fansi<strong>da</strong>r)Use medicamentos alternativos (po<strong>de</strong>m reduzir o suprimento <strong>de</strong> leite):• Estrogênios, inclusive em contraceptivos, diuréticos <strong>de</strong> tiazi<strong>da</strong>, ergometrinaSeguros na dose habitual:Medicamentos mais comumente usados:214


• analgésicos e antipiréticos: curta duração <strong>de</strong> paracetamol, ácido acetilsalicílico,ibuprofeno; doses ocasionais <strong>de</strong> morfina e petidina.• antibióticos: ampicilina, amoxicilina, cloxacilina e outras penicilinas, eritromicina• medicamentos antituberculose, anti-hanseníase (ver <strong>da</strong>psona acima).• agentes antimalária (exceto mefloquina, Fansi<strong>da</strong>r), anti-helmínticos, antifúngicos.• broncodilatadores (ex.: salbutamol), corticosterói<strong>de</strong>s, anti-histamínicos.• antiácidos, medicamentos para diabetes, a maioria dos anti-hipertensivos, digoxina.• suplementos nutricionais <strong>de</strong> iodo, ferro, vitaminas.(A<strong>da</strong>ptado <strong>de</strong>: Aconselhamento em amamentação: um curso <strong>de</strong> treinamento (ORGANIZAÇÃO MUNDIALDA SAÚDE; FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA, 1993). Mais informações sobre medicamentosespecíficos po<strong>de</strong>m ser encontra<strong>da</strong>s na publicação: OMS/UNICEF Breastfeeding and Maternal Medications(WORLD HEALTH ORGANIZATION; THE UNITED NATIONS CHILDREN'S FUND, 2002).Seção 14: Apoio continuado às mães – Passo 10Objetivos <strong>da</strong> seção:Ao final <strong>de</strong>sta seção, os participantes <strong>de</strong>verão ser capazes <strong>de</strong>:1. Descrever como preparar a mãe e o bebê para a alta 15 minutos2. Discutir a disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> acompanhamento e apoio após a alta 10 minutos3. Resumir maneiras <strong>de</strong> proteger o aleitamento materno para mulheresque trabalham fora10 minutos4. Discutir a manutenção do aleitamento materno até o segundo ano 10 minutosou mais5. Discutir sobre grupos <strong>de</strong> apoio à amamentação 30 minutosTempo total <strong>da</strong> seção:75 minutosMateriais e preparação:Sli<strong>de</strong> 14/1: Apoio entre mãesInformações para contato <strong>de</strong> apoio na região, como grupos <strong>de</strong> mães, apoio comunitárioou clínicas <strong>de</strong> aleitamento na hospitalInformações sobre legislações nacionais ou diretivas <strong>de</strong> apoio ao aleitamento maternono local <strong>de</strong> trabalhoInformações sobre diretrizes e políticas nacionais complementares – verifique se essesmateriais incentivam a amamentação exclusiva por seis mesesFlipchart <strong>de</strong> Habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Comunicação <strong>da</strong> Seção 2Peça a dois participantes que representem “mães” na ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> do grupo <strong>de</strong> apoio eforneça a eles as perguntas que <strong>de</strong>vem fazer.Bibliografia adicional para os facilitadores:Community based strategies for breastfeeding promotion and support in <strong>de</strong>velopingcountries (MORROW, 2003)215


Mother Support Groups: A Review of Experience in Developing Countries (GREEN, 1998)Guiding principles for complementary feeding of the breastfed child (PAN AMERI-CAN HEALTH ORGANIZATION; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2003)1. Prepare a mãe para a alta 15 minutos• O Passo 10 dos Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno diz:- “Promover a formação <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> apoio à amamentação e encaminhar asmães a esses grupos na alta <strong>da</strong> materni<strong>da</strong><strong>de</strong>.”• O hospital on<strong>de</strong> o bebê nasceu po<strong>de</strong> fazer muito para iniciar e estabelecer o aleitamentomaterno, ou para substituição a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> <strong>da</strong> amamentação, se necessário.No entanto, a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> apoio continua após a alta.• Em algumas comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s, as mães recebem um bom apoio <strong>de</strong> amigos e familiares.Quando isso não acontece (se a mãe mora longe <strong>de</strong> sua família, por exemplo),o hospital precisa agen<strong>da</strong>r algum tipo <strong>de</strong> acompanhamento alternativo. Isso <strong>de</strong>veser discutido com as mães antes <strong>da</strong> alta.Conte o próximo ponto na “história”:Fátima e Miriam estão se preparando para voltar para casa com seus bebês.Pergunte: De que a mãe precisa antes <strong>de</strong> sair do hospital para voltar para casa comseu bebê?Espere algumas respostas.• Antes <strong>de</strong> a mãe sair <strong>da</strong> materni<strong>da</strong><strong>de</strong>, ela precisa:- Saber alimentar seu bebê.- Enten<strong>de</strong>r a importância <strong>da</strong> amamentação exclusiva por seis meses e <strong>da</strong> continuaçãodo aleitamento materno após a introdução <strong>de</strong> alimentos complementaresaté os dois anos ou mais.- Ser capaz <strong>de</strong> reconhecer que a amamentação está indo bem.- Saber como obter o apoio permanente <strong>de</strong> que precisa.Saber alimentar seu bebê• Um profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> treinado em apoio ao aleitamento materno <strong>de</strong>ve observarto<strong>da</strong>s as mães e bebês durante o aleitamento e se certificar <strong>de</strong> que a mãe e obebê saibam amamentar.• A mãe <strong>de</strong>ve:- conhecer a amamentação sob livre <strong>de</strong>man<strong>da</strong> e como os bebês se comportam,- ser capaz <strong>de</strong> reconhecer os sinais <strong>de</strong> fome do seu bebê,- ser capaz <strong>de</strong> posicionar seu bebê para uma boa pega <strong>da</strong> mama,- conhecer os sinais do aleitamento materno efetivo e <strong>de</strong> um bebê saudável,- saber o que fazer se achar que não tem leite suficiente,- ser capaz <strong>de</strong> extrair leite do peito.216


Enten<strong>de</strong>r a importância <strong>da</strong> amamentação exclusiva e <strong>da</strong> continuação do aleitamentomaterno• Quando a mãe retorna para casa, ela po<strong>de</strong> sofrer pressão para complementar adieta do bebê com alimentos ou líquidos além do leite materno. Antes <strong>de</strong> sair<strong>da</strong> materni<strong>da</strong><strong>de</strong>, lembre-a <strong>da</strong> importância <strong>da</strong> amamentação exclusiva durante osseis primeiros meses <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>.• Após seis meses, o bebê precisa <strong>de</strong> outros alimentos além do leite materno, emboraeste continue a oferecer boa nutrição e proteção contra doenças, além <strong>de</strong>proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> com a mãe. O leite materno é valioso para a saú<strong>de</strong> e nutrição até osdois anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> ou mais.Ser capaz <strong>de</strong> reconhecer que a amamentação está indo bem• Às vezes po<strong>de</strong>mos pedir que a mãe entre em contato caso enfrente algum problema.Uma mãe <strong>de</strong> primeira viagem po<strong>de</strong> não saber o que é algo normal e o que éum problema. Alguns sinais que uma mãe com um bebê pequeno po<strong>de</strong> procurare que indicam que o aleitamento materno está indo bem:- O bebê está alerta e ativo, mamando pelo menos oito vezes em 24 horas.- O bebê se acalma e dorme algumas vezes em 24 horas.- O bebê molha seis ou mais fral<strong>da</strong>s em 24 horas com urina clara e diluí<strong>da</strong> eproduz fezes três ou mais vezes por dia. 68- As mamas ficam mais cheias antes do que <strong>de</strong>pois <strong>da</strong> mama<strong>da</strong>. As mamas e osmamilos estão confortáveis e não doloridos.- A mãe se sente confiante em cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong> seu bebê.Saber como obter o apoio <strong>de</strong> que precisa• As mães precisam <strong>de</strong> apoio. Quando uma mãe vai para casa ela precisa que umfamiliar, amigo, profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> ou outra pessoa a aju<strong>de</strong> a ficar confiante enquantoapren<strong>de</strong> a cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong> seu bebê. A mãe precisa <strong>de</strong> aju<strong>da</strong> especialmente se:- tiver muitas coisas que exigem seu tempo, como cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong> outras crianças etarefas domésticas,- for mãe <strong>de</strong> primeira viagem,- tiver dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> em alimentar seu bebê,- precisar trabalhar fora e <strong>de</strong>ixar seu bebê em casa,- estiver isola<strong>da</strong>, com pouco contato com pessoas que a apóiam,- receber conselhos confusos e conflitantes <strong>de</strong> muitas pessoas,- ela ou o bebê tiverem algum problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.• Às vezes a mãe acha que <strong>de</strong>veria conseguir fazer tudo sem precisar <strong>de</strong> aju<strong>da</strong>. Elapo<strong>de</strong> achar que se procurar auxílio será consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> uma mãe ruim ou que nãodá conta <strong>de</strong> suas responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s.68A frequência po<strong>de</strong> diminuir com bebês mais velhos. As fezes não <strong>de</strong>vem ser duras.217


• Quando qualquer um <strong>de</strong> nós apren<strong>de</strong> uma nova tarefa ou habili<strong>da</strong><strong>de</strong>, precisamos<strong>de</strong> tempo para apren<strong>de</strong>r e talvez precisemos pedir a aju<strong>da</strong> <strong>de</strong> outras pessoas. Issotambém acontece quando se apren<strong>de</strong> a ser mãe: há novas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s para apren<strong>de</strong>r.Po<strong>de</strong> não ser suficiente que haja serviços <strong>de</strong> apoio na região. Uma nova mãepo<strong>de</strong> precisar <strong>de</strong> encorajamento para buscar aju<strong>da</strong> e usar o apoio disponível.• Ao conversar com uma gestante po<strong>de</strong> ser útil mencionar que existem serviços<strong>de</strong> apoio, caso ela enfrente alguma dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>. Isso aju<strong>da</strong>rá a <strong>de</strong>ixá-la confiante<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início.2. Acompanhamento e apoio após a alta 10 minutosRecursos disponíveis na comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> localMostrar Sli<strong>de</strong> 14/1 - Apoio entre mãesFátima e Miriam às vezes se encontram e conversam sobre seus bebês. Fátima gosta<strong>de</strong> ouvir o que Miriam diz porque este é seu segundo filho, e Fátima valoriza sua experiênciae conhecimento.Pergunte: Quem na comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> po<strong>de</strong>ria oferecer apoio permanente para uma mãena alimentação e nos cui<strong>da</strong>dos com seu bebê?Espere algumas respostas.Família e amigos• As famílias e os amigos po<strong>de</strong>m ser fontes importantes <strong>de</strong> apoio para o aleitamentomaterno em geral. No entanto, o apoio para a amamentação exclusiva duranteos seis primeiros meses muitas vezes não existe em famílias nas quais as outrasmulheres sempre ofereceram complementos e alimentos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo.• Mães que fazem uso <strong>da</strong> substituição a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> <strong>da</strong> amamentação também precisamdo apoio <strong>da</strong> família e dos amigos. A mãe HIV positiva po<strong>de</strong> precisar <strong>de</strong>apoio para usar apenas alimentação substituta, sem misturar o aleitamento maternocom substitutos do leite materno.Atendimento primário e profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>• Sempre que um profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> estiver em contato com uma mãe e criança<strong>de</strong> primeira infância, po<strong>de</strong> incentivá-la a alimentar e cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong> seu bebê. Casoo profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> não seja capacitado para isso, po<strong>de</strong> encaminhar a mãe aalguém capaz <strong>de</strong> oferecer apoio.• Os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> comunitários muitas vezes estão mais próximos <strong>da</strong>sfamílias do que os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> hospitais, e talvez tenham disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong>para passar mais tempo com elas. Para serem eficazes, os profissionais <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> comunitários precisam ser treinados para apoiar as mães a alimentarem ecui<strong>da</strong>rem <strong>de</strong> seus bebês.• Os centros comunitários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> às vezes dispõem <strong>de</strong> “ambulatórios <strong>de</strong> lactação”,o que significa que há funcionários treinados para aju<strong>da</strong>r uma lactante sempreque ela for à clínica, sem necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> marcar uma consulta. Po<strong>de</strong> ser útilaten<strong>de</strong>r mais <strong>de</strong> uma mãe por vez para que possam trocar experiências. Um grupo<strong>de</strong> apoio <strong>de</strong> mães po<strong>de</strong> surgir a partir <strong>de</strong>sses ambulatórios.218


• As profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m <strong>da</strong>r o exemplo em suas comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s amamentandoexclusivamente seus próprios filhos e acrescentando alimentos complementaresapropriados após os seis meses <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>.Apoio <strong>de</strong> mães <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>• Esse apoio em geral tem base na comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> e po<strong>de</strong> ser oferecido <strong>de</strong> forma individualou em grupo. Uma mãe experiente po<strong>de</strong> oferecer apoio individual a umamãe novata. Peça autorização à mãe experiente para indicar seu nome para mãesnovatas na sua região.• Um grupo po<strong>de</strong> surgir com algumas mães ou ser formado por um profissional<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> comunitário. Po<strong>de</strong> haver grupos especiais <strong>de</strong> apoio para mulheres HIVpositivas.• A aju<strong>da</strong> se torna facilmente acessível e é gratuita ou pouco onerosa. O i<strong>de</strong>al éque mães que receberam treinamento para apoiar estejam disponíveis a qualquermomento para aju<strong>da</strong>r uma mãe com dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s. 69• Em um grupo <strong>de</strong> apoio <strong>de</strong> mães <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>:- A aju<strong>da</strong> po<strong>de</strong> existir na própria comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> mãe,- Os padrões tradicionais pelos quais as mulheres buscam informações e apoiocom parentes e amigos são reforçados,- A alimentação e os cui<strong>da</strong>dos com o bebê são vistos como ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s normais, e nãocomo problemas que precisam ser solucionados por um profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,- Os grupos <strong>de</strong> discussão são li<strong>de</strong>rados e a aju<strong>da</strong> é ofereci<strong>da</strong> por mães experientes,- As mães se sentem alivia<strong>da</strong>s e se tornam mais autoconfiantes,- Gestantes e mães mais experientes são bem-vin<strong>da</strong>s,- As mães po<strong>de</strong>m se aju<strong>da</strong>r fora do grupo e construir amiza<strong>de</strong>s.• Alguns grupos <strong>de</strong> apoio <strong>de</strong> mães <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> integram re<strong>de</strong>s maiores queoferecem treinamento, materiais impressos e outros serviços. As mães experientesque li<strong>de</strong>ram ou servem <strong>de</strong> facilitadoras nos grupos po<strong>de</strong>m ser convi<strong>da</strong><strong>da</strong>s acontribuir com o treinamento <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e a visitar enfermarias eambulatórios para se apresentarem a gestantes e mães novatas.Quando não há apoio formal disponível• Se não houver grupos <strong>de</strong> apoio disponíveis na sua região, antes <strong>de</strong> a mãe sair <strong>da</strong>materni<strong>da</strong><strong>de</strong>:- Discuta o apoio que ela recebe <strong>da</strong> família em casa .- Se possível, converse com familiares sobre como eles po<strong>de</strong>m aju<strong>da</strong>r.- Indique à mãe o nome <strong>de</strong> alguém que ela possa procurar no hospital. Ela<strong>de</strong>ve comparecer para o controle seu e do bebê na primeira semana após oparto, que <strong>de</strong>ve incluir a observação <strong>de</strong> uma mama<strong>da</strong>. Ela também <strong>de</strong>ve comparecerà uni<strong>da</strong><strong>de</strong> se tiver dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s ou dúvi<strong>da</strong>s.69Também é possível oferecer apoio pelo telefone, por cartas e, em algumas áreas, por correio eletrônico.219


- Ela <strong>de</strong>ve ain<strong>da</strong> comparecer ao controle pós-parto seis semanas após o parto elevar o bebê consigo, para que ele também possa ser avaliado.- Lembre às mães os pontos-chave sobre a alimentação ótima.- Muitas vezes é útil distribuir materiais impressos como lembretes. Eles <strong>de</strong>vemser precisos e não provenientes <strong>de</strong> empresas que produzem ou distribuemsubstitutos do leite materno, mama<strong>de</strong>iras ou bicos.- Se possível, entre em contato com as mães quando elas estiverem em casapara saber como a alimentação está indo.• Alguns hospitais formam grupos <strong>de</strong> apoio entre mães li<strong>de</strong>rados por um profissional<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, cujas reuniões ocorrem no próprio hospital. Também po<strong>de</strong> existirum ambulatório <strong>de</strong> alimentação que a mãe po<strong>de</strong>rá procurar caso tenha dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>com a alimentação.Ofereça qualquer informação específica, como informações para contato <strong>de</strong> fontes<strong>de</strong> apoio na região.Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s amigas <strong>da</strong> criança• Algumas comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s estabeleceram o conceito <strong>de</strong> “comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s amigas <strong>da</strong>criança”. Seu hospital po<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejar incentivar esse conceito na sua região. Apesar<strong>de</strong> não existir uma abor<strong>da</strong>gem internacionalmente reconheci<strong>da</strong>, os elementosbásicos incluem a discussão comunitária <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> acordo com todosos passos aplicáveis dos Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno.• As comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s amigas <strong>da</strong> criança po<strong>de</strong>m apresentar:- Sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> ou uni<strong>da</strong><strong>de</strong> local <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> cre<strong>de</strong>nciados como “<strong>Amigo</strong> <strong>da</strong>Criança”, que apóiam ativamente a amamentação exclusiva <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo;- Acesso a um local <strong>de</strong> referência que ofereça apoio capacitado para a amamentaçãoexclusiva e continua<strong>da</strong>, que seja aprovado pela comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>;- Oferecimento <strong>de</strong> apoio para alimentação complementar a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> para ai<strong>da</strong><strong>de</strong>, freqüente e responsiva, com a continuação do aleitamento materno;- Sistema <strong>de</strong> apoio <strong>de</strong> mães <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, ou sistema semelhante;- Ausência <strong>de</strong> prática, distribuidores, lojas ou serviços que violem o CódigoInternacional na comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>;- Governo local ou socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civil cria e apóia a implementação <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nçasque apóiem ativamente as mães e as famílias para que tenham sucesso comas práticas ótimas <strong>de</strong> alimentação <strong>de</strong> lactentes. Exemplos <strong>de</strong>ssas mu<strong>da</strong>nçaspo<strong>de</strong>m ser: divisão <strong>de</strong> tempo para realização <strong>de</strong> tarefas, autorização para otransporte <strong>de</strong> lactante para encaminhamento caso necessário, i<strong>de</strong>ntificação<strong>de</strong> “protetores do aleitamento materno” entre os lí<strong>de</strong>res comunitários e <strong>de</strong>locais <strong>de</strong> trabalho que apóiem o aleitamento materno.3. Proteção ao aleitamento materno para mulheres emprega<strong>da</strong>s 10 minutos• Muitas mães introduzem suplementos precocemente ou interrompem o aleitamentomaterno porque retornam para seus empregos. Os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>220


po<strong>de</strong>m aju<strong>da</strong>r as mães a continuarem a oferecer a seus bebês o máximo <strong>de</strong> leitematerno possível <strong>de</strong>pois que elas retornarem ao trabalho.Pergunte: Por que se recomen<strong>da</strong>r a continuação do aleitamento materno após aretoma<strong>da</strong> do trabalho?Espere algumas respostas.• Além <strong>da</strong> importância geral do aleitamento materno discuti<strong>da</strong> em outras seções<strong>de</strong>ste curso, a mulher que trabalha fora <strong>de</strong> casa po<strong>de</strong> <strong>da</strong>r valor ao aleitamentomaterno porque:- O bebê fica menos doente, o que faz com que ela perca menos tempo <strong>de</strong> trabalho,pois não precisa cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong> uma criança doente,- Facilita a alimentação noturna e a mãe <strong>de</strong>scansa melhor,- Ela tem a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> passar tempo com o bebê e continuar a estimularos vínculos com ele,- É uma chance <strong>de</strong> <strong>de</strong>scansar enquanto amamenta,- É uma relação especial e pessoal com o bebê.Pergunte: Se um empregador perguntar por que <strong>de</strong>ve apoiar uma mulher a amamentarapós sua volta ao trabalho, o que você po<strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r?Espere algumas respostas.• Os empregadores que apóiam mulheres a continuarem a amamentar também sãobeneficiados:- As mães ficam menos tempo longe do trabalho porque seus filhos são saudáveis,- As mães po<strong>de</strong>m se concentrar no trabalho porque se preocupam menos coma saú<strong>de</strong> dos filhos,- Os empregadores não per<strong>de</strong>m funcionárias competentes,- As mulheres têm mais interesse em trabalhar para empregadores que asapóiam,- As famílias e a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> vêem com bons olhos os empregadores queapóiam as mães,- Os bebês amamentados crescem saudáveis para integrar a força <strong>de</strong> trabalho.Pergunte: Quais são os pontos-chave para discutir com uma mãe que se preparapara retomar ao emprego?Espere algumas respostas.• Algumas semanas antes <strong>de</strong> a mãe voltar para o trabalho, discuta:- A mãe po<strong>de</strong>ria levar o bebê para o trabalho?- O bebê po<strong>de</strong>ria passar o dia perto do local <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>la?- A mãe po<strong>de</strong>ria trabalhar menos horas ou dias até que o bebê seja mais velho?• Se não for possível amamentar o bebê durante o dia <strong>de</strong> trabalho, sugira:221


- Adotar amamentação exclusiva e freqüente durante a licença-materni<strong>da</strong><strong>de</strong>.- Continuar o aleitamento sempre que a mãe e o bebê estiverem juntos – noites,<strong>de</strong> manhã cedo e nos dias <strong>de</strong> folga.- Não introduzir outros alimentos antes que seja necessário – alguns dias antes<strong>da</strong> retoma<strong>da</strong> do trabalho é prazo suficiente.- Apren<strong>de</strong>r a retirar o leite e <strong>de</strong>ixar que o cui<strong>da</strong>dor o ofereça ao bebê,- Retirar o leite no trabalho a ca<strong>da</strong> três horas, mais ou menos, se possível. Issomantém o suprimento <strong>de</strong> leite e alivia possíveis <strong>de</strong>sconfortos nas mamas. Asmamas produzirão mais leite se o leite for retirado. 70- Ensinar o cui<strong>da</strong>dor a alimentar o bebê <strong>de</strong> forma carinhosa e segura, comcopo e não mama<strong>de</strong>ira, para que o bebê <strong>de</strong>seje sugar a mama quando a mãeestiver em casa.- Fazer contato e receber o apoio <strong>de</strong> outras mães que estão trabalhando fora eamamentando.• Muitas informações sobre aleitamento materno e trabalho se aplicam a mães queestu<strong>da</strong>m.(opcional) A maioria dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> é mulher e provavelmente muitastêm filhos pequenos. Como seu hospital po<strong>de</strong>ria ser um local <strong>de</strong> trabalho que apóiao aleitamento materno?Cite leis ou políticas que protegem as mães que trabalham fora.4. Manter o aleitamento materno até os dois anos ou mais 10 minutos• Não há uma i<strong>da</strong><strong>de</strong> específica em que o aleitamento materno <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> ser importante.O aleitamento materno continua proporcionando proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> com a mãe,proteção contra doenças e uma boa nutrição.• Se um bebê mais velho ou uma criança na primeira infância ficar doente, a amamentaçãopo<strong>de</strong> ser valiosa para sua recuperação. Geralmente, a criança será capaz<strong>de</strong> mamar quando não estiver interessa<strong>da</strong> em comer outros alimentos. Isso a aju<strong>da</strong>a obter líquidos, além <strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r a evitar o emagrecimento durante a doença.• A amamentação po<strong>de</strong> acalmar uma criança que sente dor ou está irrita<strong>da</strong>.• Amamentar um bebê mais velho é diferente <strong>de</strong> amamentar um recém-nascido.Como o bebê fica mais alerta, po<strong>de</strong> distrair-se com ruídos e agitação ao redorcom maior facili<strong>da</strong><strong>de</strong> durante a amamentação. A mãe po<strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir amamentarem um local silencioso, que limite as distrações.• As crianças <strong>da</strong> primeira infância po<strong>de</strong>m mamar uma, duas ou mais vezes por dia.Algumas po<strong>de</strong>m mamar apenas quando estiverem machuca<strong>da</strong>s ou irrita<strong>da</strong>s.• As mães precisam <strong>de</strong> apoio especial para superar as pressões sobre elas, seja nolocal <strong>de</strong> trabalho ou na família, quando a criança fica mais velha. Uma conversapo<strong>de</strong> ajudá-las a i<strong>de</strong>ntificar o que po<strong>de</strong>ria funcionar na sua situação.70Ver Seção 11 para saber como retirar e armazenar o leite.222


Alimentação complementar 71• Após os seis meses <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, o bebê precisa <strong>de</strong> outros alimentos, enquanto continuarecebendo leite materno em quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> suficiente. Isso é <strong>de</strong>nominado alimentaçãocomplementar porque complementa a amamentação; não a substitui.• Até que o bebê tenha um ano <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, o leite materno <strong>de</strong>ve ser a parte principal<strong>da</strong> dieta do bebê. Continue oferecendo o peito freqüentemente, além <strong>de</strong> alimentosa<strong>de</strong>quados <strong>da</strong>s refeições <strong>da</strong> família. O período <strong>de</strong> 6 a 12 meses <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> é omomento <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r a comer uma maior varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> alimentos e texturas.• Para manter o suprimento <strong>de</strong> leite, incentive a mãe a continuar oferecendo o peitoantes <strong>da</strong> introdução do alimento complementar.• Uma criança pára <strong>de</strong> mamar quando é chega<strong>da</strong> a hora, como parte natural do seu<strong>de</strong>senvolvimento. O aleitamento materno <strong>de</strong> uma criança não <strong>de</strong>ve ser interrompidobruscamente, já que isso po<strong>de</strong> causar angústia para a criança e para a mãe, edor no peito <strong>da</strong> mãe, além <strong>de</strong> remover uma fonte <strong>de</strong> alimento <strong>da</strong> criança. Permitaque a criança reduza o número <strong>de</strong> mama<strong>da</strong>s gradualmente e certifique-se <strong>de</strong>que ela receba quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> suficiente <strong>de</strong> outros alimentos diariamente, bem comoatenção continua<strong>da</strong> por parte <strong>da</strong> mãe.Outros programas nacionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para a mãe e a criança (inclua os programaslocais)• O apoio continuado à amamentação po<strong>de</strong> ocorrer através <strong>de</strong> outros programasnacionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e nutrição, incluindo:- Programas <strong>de</strong> Materni<strong>da</strong><strong>de</strong> Segura: as mães são acompanha<strong>da</strong>s durante agestação para garantir o nascimento seguro.- Atenção Integra<strong>da</strong> às Doenças Prevalentes <strong>da</strong> Infância (AIDPI): a criança éacompanha<strong>da</strong> nas doenças recorrentes.- Programa Nacional <strong>de</strong> Imunização (PNI): a criança é acompanha<strong>da</strong> em intervalosfreqüentes.- Programas <strong>de</strong> suplementação <strong>de</strong> micro nutrientes para suplementar ferro evitamina A.- Programas <strong>de</strong> triagem <strong>de</strong> recém-nascidos: geralmente feitos <strong>de</strong> 6 a 10 diasapós o parto, que é uma fase importante para assegurar que a amamentaçãoestá indo bem.- Programas <strong>de</strong> vigilância do crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento na primeira infância:o crescimento e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> criança são monitorados duranteo acompanhamento médico <strong>de</strong> rotina.- Programas <strong>de</strong> planejamento familiar: a mãe é procura<strong>da</strong> para fazer o planejamentofamiliar em qualquer momento, geralmente por visitadoras domiciliares.71Há informações <strong>de</strong>talha<strong>da</strong>s sobre alimentação complementar em Alimentação complementar: um curso <strong>de</strong> treinamento.223


5. Grupo <strong>de</strong> apoio – ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> turma 30 minutosApresente a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>:• Os facilitadores <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> apoio a mães precisam usar boas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>comunicação e possuir conhecimentos a<strong>de</strong>quados sobre a alimentação <strong>de</strong> lactentes.As mães experientes po<strong>de</strong>m freqüentar um curso <strong>de</strong> treinamento paraadquirir tais habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s.• Nessa ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, é possível ver como as habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação po<strong>de</strong>m serusa<strong>da</strong>s para aju<strong>da</strong>r as mães novatas em um grupo.Peça a 6 ou 8 participantes que se sentem em círculo. Distribua perguntas a dois<strong>de</strong>sses participantes, que <strong>de</strong>verão fazê-las como se fossem "mães novatas". Os <strong>de</strong>maisparticipantes do grupo <strong>de</strong> mães <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> são mães experientes que oferecemapoio às novatas. Escolha um dos participantes para ser o "facilitador" treinado porseus pares, ou seja, uma mãe experiente que esteja amamentando e que po<strong>de</strong>rá orientara discussão, garantindo que to<strong>da</strong>s as "mães" tenham a chance <strong>de</strong> contribuir.Peça aos <strong>de</strong>mais participantes que formem um círculo ao redor do anterior e sejamobservadores. Solicite aos participantes que conversem com a mãe que está fazendo apergunta e a aju<strong>de</strong>m, fazendo o papel <strong>da</strong>s outras mães do grupo. Nenhum dos presentes<strong>de</strong>ve <strong>da</strong>r uma palestra.Tente manter uma conversação informal. Lembre-se <strong>da</strong>s habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicaçãopratica<strong>da</strong>s neste curso. São oferecidos exemplos <strong>de</strong> perguntas para discussão nogrupo, e outras perguntas po<strong>de</strong>m ser sugeri<strong>da</strong>s pelo próprio grupo. Os pontos <strong>de</strong> discussão<strong>de</strong>vem ser incluídos caso o facilitador precise fornecer informações não menciona<strong>da</strong>spelo grupo. No entanto, se o grupo estiver respon<strong>de</strong>ndo bem, não transformeo encontro em uma palestra. Trata-se <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> apoio <strong>de</strong> mães para mães, enão <strong>de</strong> um estudo <strong>de</strong> caso clínico.Incentive as "mães experientes" do grupo a compartilharem, em poucas palavras,como elas solucionaram preocupações semelhantes quando seus bebês tinham a mesmai<strong>da</strong><strong>de</strong>. Essa contribuição aju<strong>da</strong> a tirar parte do "foco" sobre a "mãe novata". Elatambém traz à tona a essência do apoio entre pares, on<strong>de</strong> as mães apren<strong>de</strong>m umascom as outras e enten<strong>de</strong>m que as preocupações comuns com o aleitamento maternotêm muitas soluções.Exemplo: "Problema" 1James tem oito meses e é saudável. Ele come duas refeições <strong>de</strong> mingau todos os diase mama sempre que chego do trabalho. Ontem, ele se recusou a mamar <strong>de</strong> noite e <strong>de</strong>madruga<strong>da</strong>. Hoje <strong>de</strong> manhã, quando acordou, também não quis peito <strong>de</strong> jeito nenhum.Ele mama quatro mama<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> fórmula diariamente. Então, talvez eu <strong>de</strong>vaparar <strong>de</strong> amamentar.Possíveis pontos <strong>de</strong> discussãoLembre-se <strong>de</strong> ouvir a mãe e respon<strong>de</strong>r <strong>de</strong> forma a encorajá-la a conversar e a explorarsua própria situação.224


Como a mãe gostaria que fosse a situação?O que ela já tentou? Ela tem alguma idéia do que po<strong>de</strong>ria tentar fazer? Algumasvezes, bebês <strong>de</strong>ssa i<strong>da</strong><strong>de</strong> recusam o peito <strong>de</strong>vido a <strong>de</strong>ntes novos ou a machucados naboca. Você acha que isso po<strong>de</strong> estar ocorrendo?Como é a alimentação? Alguns bebês se distraem quando estão mamando. Umamãe muito ocupa<strong>da</strong> po<strong>de</strong> amamentar com pressa.Qual é a freqüência <strong>de</strong> "sempre que estou em casa"? A mãe po<strong>de</strong>ria passar maistempo com o bebê, isto é, o bebê po<strong>de</strong>ria ficar com ela e ser amamentado no seu dia<strong>de</strong> folga, durante as compras ou ao visitar amigos?On<strong>de</strong> a mãe e o bebê dormem? (Juntos?) Como o bebê é alimentado <strong>de</strong> madruga<strong>da</strong>?Que quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> alimento o bebê ingere nas refeições quando ela está fora? Issopo<strong>de</strong>ria ser reduzido, especialmente <strong>de</strong> tar<strong>de</strong>, <strong>de</strong> modo que o bebê queira mamarquando a mãe chegar a casa?Ao oferecer vegetais, frutas ou carne, haveria uma maior varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> alimentos, eo bebê não estaria tão enfarado como quando ingere apenas mingau. O que ela pensasobre oferecer uma maior varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> alimentos, em vez <strong>de</strong> apenas mingau?A amamentação continua sendo uma fonte importante <strong>de</strong> alimento até o segundoano <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>.Exemplo: "Problema" 2Clara tem três meses e mama com bastante freqüência. Mas não fica satisfeita. Algumasvezes, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> amamentá-la, torna a chorar <strong>da</strong>li a pouco. Acho que o meuleite está acabando. Vou precisar começar a <strong>da</strong>r alimentos com uma colher, ou outrotipo <strong>de</strong> leite?Possíveis pontos <strong>de</strong> discussãoLembre-se <strong>de</strong> ouvir a mãe e respon<strong>de</strong>r <strong>de</strong> forma a encorajá-la a conversar e a explorarsua própria situação.Como a mãe gostaria que fosse a situação?O que ela já tentou? Ela tem alguma idéia do que po<strong>de</strong>ria tentar fazer?Às vezes, o bebê precisa <strong>de</strong> alguma aju<strong>da</strong> para se alimentar bem. A mãe pediu a umprofissional que analisasse como o bebê está mamando? Às vezes, o bebê quer ser alimentado,ter contato ou se sentir mais confortável antes que o relógio avise que é hora<strong>de</strong> comer. O que a mãe acha <strong>de</strong> <strong>da</strong>r mais colo ao bebê e <strong>de</strong> lhe oferecer o peito quandoele estiver agitado, a fim <strong>de</strong> acalmá-lo?Se o bebê estiver se <strong>de</strong>senvolvendo bem, quais são as sugestões para acalmá-lo seestiver chorando?Conclua a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>:Pergunte às "mães" do grupo como elas acham que suas dúvi<strong>da</strong>s foram discuti<strong>da</strong>s.Pergunte às "mães experientes" como elas acham que usaram suas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação.Depois, pergunte aos "observadores" o que eles notaram. Lembre-se <strong>de</strong>também reforçar as habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s que foram bem emprega<strong>da</strong>s.225


Verifique se alguém tem alguma pergunta. Resuma a seção.Resumo <strong>da</strong> Seção 14Preparando as mães para a alta• Antes <strong>de</strong> a mãe <strong>de</strong>ixar a materni<strong>da</strong><strong>de</strong>, ela precisa:- Ser capaz <strong>de</strong> alimentar o bebê,- Conhecer a importância <strong>da</strong> amamentação exclusiva até os 6 meses e <strong>da</strong> amamentaçãocontinua<strong>da</strong> após a introdução dos alimentos complementares,- Em caso <strong>de</strong> substituição <strong>da</strong> amamentação, saber como obter o alimento a<strong>de</strong>quadoe prepará-lo <strong>de</strong> forma segura,- Ser capaz <strong>de</strong> reconhecer que a alimentação está indo bem,- Descobrir como obter o apoio continuado <strong>de</strong> que necessita.Acompanhamento e apoio pós-alta• Antes <strong>de</strong> a mãe <strong>de</strong>ixar a materni<strong>da</strong><strong>de</strong>:- Converse sobre o apoio familiar que ela tem em casa,- Se possível, converse com os membros <strong>da</strong> família sobre como po<strong>de</strong>m ajudálae apoiá-la,- Forneça à mãe o nome <strong>de</strong> uma pessoa <strong>de</strong> contato no hospital/clínica ou nacomuni<strong>da</strong><strong>de</strong> para provi<strong>de</strong>nciar uma visita <strong>de</strong> acompanhamento na primeirasemana em casa, a fim <strong>de</strong> incluir a observação <strong>de</strong> uma mama<strong>da</strong>. Provi<strong>de</strong>ncietambém a revisão rotineira <strong>de</strong> 6 semanas,- Mencione outros grupos <strong>de</strong> apoio a mães situados na região ou indique mãesexperientes dispostas a apoiar uma mãe novata,- Lembre à mãe os principais pontos sobre como amamentar e as práticas queaju<strong>da</strong>m,- Certifique-se <strong>de</strong> que a mãe não tenha recebido nenhum material escrito divulgandosubstitutos do leite materno e mama<strong>de</strong>iras,- Entre em contato com a mãe <strong>de</strong>pois que ela estiver em casa, a fim <strong>de</strong> sabercomo está indo a alimentação do bebê.Protegendo o aleitamento materno <strong>de</strong> mulheres que trabalham fora• O aleitamento materno continua sendo importante <strong>de</strong>pois que a mãe retorna aoemprego.• O apoio ao aleitamento materno traz benefícios para o empregador.• Algumas semanas antes <strong>da</strong> volta <strong>da</strong> mãe ao trabalho, discuta:- Seria possível que ela levasse o bebê para o trabalho?- O bebê po<strong>de</strong>ria passar o dia perto do local <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>la?- A mãe po<strong>de</strong>ria trabalhar menos horas ou dias até que o bebê fique mais velho?226


• Se não for possível amamentar o bebê durante o dia <strong>de</strong> trabalho, sugira:- Adotar amamentação exclusiva e freqüente durante a licença-materni<strong>da</strong><strong>de</strong>,- Apren<strong>de</strong>r a retirar o leite e <strong>de</strong>ixar que o cui<strong>da</strong>dor o ofereça ao bebê,- Fazer contato e receber o apoio <strong>de</strong> outras mães que estão trabalhando fora eamamentando.Manter o aleitamento materno até os 2 anos ou mais• O aleitamento materno continua proporcionando proximi<strong>da</strong><strong>de</strong> com a mãe, proteçãocontra doenças e uma boa nutrição para o bebê mais velho e a criança naprimeira infância.• Até a i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um ano, o leite materno <strong>de</strong>ve constituir a parte principal <strong>da</strong> dietado bebê. Após os 6 meses <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, o bebê precisa <strong>da</strong> amamentação freqüente econtinua<strong>da</strong> e <strong>de</strong> outros alimentos além do leite materno. O fornecimento <strong>de</strong>ssesalimentos é <strong>de</strong>nominado alimentação complementar porque complementa aamamentação; não a substitui.• Recomen<strong>de</strong> à mãe que continue oferecendo o peito com freqüência, <strong>de</strong> preferênciaantes <strong>de</strong> oferecer os alimentos complementares, para manter o suprimento<strong>de</strong> leite. Se ela <strong>de</strong>sejar <strong>de</strong>smamar o bebê, sugira que o <strong>de</strong>ixe reduzir o número <strong>de</strong>mama<strong>da</strong>s gradualmente e que se certifique <strong>de</strong> que ele esteja ingerindo uma quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>suficiente <strong>de</strong> alimentos todos os dias.Verificação <strong>de</strong> conhecimento: Seção 14Liste três fontes <strong>de</strong> apoio às mães <strong>da</strong> sua comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>.Mencione duas razões pelas quais o apoio mãe a mãe po<strong>de</strong> ser útil para as lactantes.Mencione duas razões pelas quais a amamentação é importante para o bebê maisvelho e a mãe.Informações adicionais – Seção 14Desenvolvendo um grupo <strong>de</strong> apoio entre mães• Em muitas comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s, as mães recebem mais aju<strong>da</strong> on<strong>de</strong> há grupos <strong>de</strong> apoioorganizados por outras mães. Esses grupos não precisam ser gran<strong>de</strong>s, nem terfacilitadores altamente treinados. O que precisam é <strong>de</strong> facilitadores carinhosose gentis que saibam como se amamenta e que possam aju<strong>da</strong>r outras mulheres.Caso não exista um grupo <strong>de</strong> apoio <strong>de</strong>sse tipo na sua comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, talvez vocêpossa aju<strong>da</strong>r a estabelecer e a promover o crescimento <strong>de</strong> um <strong>de</strong>les.- I<strong>de</strong>ntifique mães lactantes experientes e <strong>de</strong>scubra se seriam aceitas pelas outrasmães como "facilitadoras". As mães novatas po<strong>de</strong>m se aju<strong>da</strong>r bastante.- Forneça aju<strong>da</strong> e informações precisas às facilitadoras, mas <strong>de</strong>ixe-as li<strong>de</strong>rar ogrupo.227


- Incentive o grupo a se encontrar com certa freqüência na casa <strong>de</strong> uma <strong>da</strong>smães ou em outro local <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>. Nas reuniões, as mães po<strong>de</strong>m compartilharcomo se sentem, as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s que têm enfrentado e como elas assolucionaram. Você po<strong>de</strong> sugerir tópicos especiais para discussão.- Fale com ca<strong>da</strong> mãe sobre o grupo <strong>de</strong> apoio mais próximo e apresente-a a umfacilitador, se possível.- Esteja disponível para fornecer apoio e informações aos facilitadores quandosolicitado.- Inclua os facilitadores em algumas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> treinamento no hospital e naclínica <strong>de</strong> amamentação.- Forneça aos facilitadores treinamento em habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação.Seção 15: Como tornar seu hospital um <strong>Hospital</strong> <strong>Amigo</strong><strong>da</strong> CriançaObjetivos:Após completarem esta ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, os participantes serão capazes <strong>de</strong>:1. Explicar o que significa <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança; 20 minutos2. Descrever o processo <strong>de</strong> avaliação <strong>da</strong> IHAC; 10 minutos3. Discutir como a IHAC po<strong>de</strong> ser incluí<strong>da</strong> nos programas existentes. 5 minutosTempo total <strong>da</strong> seção:35 minutosAs ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s incluí<strong>da</strong>s nessa seção requerem tempo adicional. As necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s dogrupo <strong>de</strong> participantes aju<strong>da</strong>rão a <strong>de</strong>cidir quais ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>vem ser incluí<strong>da</strong>s.O Instrumento <strong>de</strong> Auto-Avaliação po<strong>de</strong> ser preenchido pelo hospital. Isso levaráaproxima<strong>da</strong>mente duas horas, ou mais, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> quantas pessoas (mães e funcionários)sejam entrevista<strong>da</strong>s.Po<strong>de</strong>rá ser feito um planejamento usando perguntas lista<strong>da</strong>s. O planejamento levaráuma hora ou mais para ser redigido, além do tempo <strong>da</strong> seção. Será necessárioain<strong>da</strong> tempo adicional para discussão com as pessoas envolvi<strong>da</strong>s e afeta<strong>da</strong>s pelo planejamento.Materiais:Sli<strong>de</strong> 15/1: Objetivos do cursoDez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno, <strong>da</strong> Seção 1Instrumento <strong>de</strong> Auto-Avaliação <strong>Hospital</strong>ar <strong>da</strong> <strong>Iniciativa</strong> <strong>Hospital</strong> <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança(IHAC) <strong>da</strong> OMS e do Unicef e Os Critérios Globais – uma cópia para ca<strong>da</strong> grupo <strong>de</strong>4 a 6 participantes. Se a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> opcional para preencher esse instrumento for feita,serão necessárias mais cópias.Para a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> opcional sobre políticas:Cópias <strong>da</strong> política do hospital ou <strong>de</strong> um exemplo <strong>de</strong> política e do Guia <strong>de</strong> Políticassobre Alimentação <strong>de</strong> Lactentes do <strong>Hospital</strong> ( uma cópia para ca<strong>da</strong> grupo <strong>de</strong> 4 a 6participantes).228


Para a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> opcional sobre planejamento:Sli<strong>de</strong>s <strong>de</strong> planejamento (5)Exemplo <strong>de</strong> planejamento – uma cópia para ca<strong>da</strong> grupoBibliografia adicional para os facilitadores:Outras seções <strong>de</strong>sse conjunto:Materiais <strong>de</strong> IHAC: Revista, atualiza<strong>da</strong> e amplia<strong>da</strong> para cui<strong>da</strong>do integradoMódulo 1: Histórico e implementaçãoMódulo 4: Auto-avaliação e monitoramento hospitalar1. O que significam as práticas Amigas <strong>da</strong> Criança 20 minutos• Na primeira seção, vimos que o objetivo <strong>de</strong>ste curso era:Mostrar sli<strong>de</strong> 15/1 e lê-lo em voz altaO objetivo <strong>de</strong>ste curso é que ca<strong>da</strong> funcionário ofereça apoio e transmita confiançaàs mães, visando a amamentação exclusiva e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo, e que a uni<strong>da</strong><strong>de</strong> em questãofique mais próxima <strong>de</strong> obter o cre<strong>de</strong>nciamento <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança.• Um <strong>Hospital</strong> <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança:- implementa os Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno.- não aceita amostras grátis, suprimentos gratuitos ou material promocional<strong>de</strong> empresas que fabricam ou distribuem substitutos do leite materno.- promove cui<strong>da</strong>dos e alimentação ótimos para os lactentes que não são amamentados.Aponte para os Dez Passos que estão sendo exibidos ou lembre aos participantesque eles receberam um impresso, caso o tenham recebido na Seção 1.Peça a um participante que leia o Passo 1.Pergunte: Por que é importante para um hospital ter uma política por escrito queesteja visível?Espere algumas respostas.• Uma política <strong>de</strong>fine o que os funcionários e o hospital <strong>de</strong>vem fazer como práticasobrigatórias <strong>de</strong> rotina. Além disso, aju<strong>da</strong> os pais a saberem os cui<strong>da</strong>dos que po<strong>de</strong>mesperar receber.• Para satisfazer os requisitos <strong>da</strong> IHAC, a política precisa cobrir os Dez Passos eproibir a distribuição <strong>de</strong> amostras grátis <strong>de</strong> substitutos do leite materno, mama<strong>de</strong>iras,bicos e materiais promocionais.• Em áreas com alta incidência <strong>de</strong> HIV, a política <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>finir com clareza o que osfuncionários e a hospital <strong>de</strong>vem fazer como práticas obrigatórias <strong>de</strong> rotina paraas mães que não estão amamentando 72 .72O Ministério <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> do Brasil contra-indica a amamentação nos casos <strong>de</strong> mãe HIV positiva229


Verifique se alguém tem alguma pergunta sobre este Passo.Peça a um participante que leia o Passo 2.Pergunte: Por que é importante que um hospital treine seus funcionários?Espere algumas respostas.• Se os funcionários estiverem acostumados a trabalhar em uma uni<strong>da</strong><strong>de</strong> que nãoutiliza práticas Amigas <strong>da</strong> Criança, precisarão <strong>de</strong> treinamento para apren<strong>de</strong>r sobreelas.• Funcionários bem-informados po<strong>de</strong>m fazer as mu<strong>da</strong>nças necessárias, eliminarpráticas <strong>de</strong>sencorajadoras e <strong>de</strong>senvolver práticas Amigas <strong>da</strong> Criança que aju<strong>de</strong>mas mães a amamentarem seus bebês.Verifique se alguém tem alguma pergunta sobre esse Passo.Peça a um participante que leia o Passo 3.Pergunte: Por que é importante que os funcionários do hospital conversem com as gestantes?Espere algumas respostas.• As gestantes precisam <strong>de</strong> informações precisas que não promovam produtos comerciais,como fórmula para lactentes. Essas informações <strong>de</strong>vem ser relevantespara a mulher em questão. Se as gestantes não discutirem tais informações comum profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> bem-informado, é possível que tomem <strong>de</strong>cisões basea<strong>da</strong>sem informações incorretas.Verifique se alguém tem alguma pergunta sobre esse Passo.Peça a um participante que leia o Passo 4.• Este Passo agora é interpretado como: Colocar os bebês em contato pele a pelecom suas mães imediatamente após o parto durante pelo menos uma hora e encorajaras mães a reconhecerem quando seus bebês estão prontos para mamar,oferecendo aju<strong>da</strong>, se necessário.Pergunte: Por que é importante aju<strong>da</strong>r as mães e os bebês a terem contato imediato?Espere algumas respostas.• O contato pele a pele aju<strong>da</strong>:- a manter o bebê aquecido e a estabilizar a respiração e a freqüência cardíaca,- a iniciar a amamentação,- a mãe e o bebê a se conhecerem.• Se o bebê ou a mãe precisarem <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos médicos imediatos no parto, essecontato pele a pele po<strong>de</strong>rá ser iniciado assim que eles estiverem estáveis.Verifique se alguém tem alguma pergunta sobre esse Passo.Peça a um participante que leia o Passo 5.Pergunte: Por que é importante mostrar às mães e aos bebês como é a amamentação?Espere algumas respostas.230


• Algumas mães presenciaram poucas familiares e amigas amamentando. Mostrara elas alguns pontos po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r no sucesso <strong>da</strong> amamentação.Pergunte: Quais são os principais pontos a serem verificados quanto à posição <strong>de</strong>um bebê?Espere algumas respostas.• O corpo do bebê precisa estar:- com a orelha, o ombro e o quadril alinhados, para que o pescoço não fiquevirado ou dobrado para frente ou para trás;- próximo ao corpo <strong>da</strong> mãe, para que o bebê seja levado à mama, e não a mamaleva<strong>da</strong> ao bebê;- com apoio na cabeça, ombros e, caso seja recém-nascido, o corpo inteiro; e- <strong>de</strong> frente para a mama, com o nariz apontando para o mamilo na aproximaçãoà mama.Pergunte: Quais são os principais pontos a serem verificados quanto à pega <strong>da</strong> mama?Espere algumas respostas.• Os sinais <strong>de</strong> boa pega são:- o queixo toca a mama (ou quase);- boca bem aberta;- lábio inferior voltado para fora;- aréola mais visível acima do que abaixo <strong>da</strong> bocaPergunte: Quais são os principais sinais <strong>de</strong> sucção efetiva?Espere algumas respostas.• Os sinais <strong>de</strong> sucção efetiva são:- Sucção lenta e profun<strong>da</strong> e sons <strong>de</strong> <strong>de</strong>glutição- Bochechas cheias- O bebê mama calmamente O bebê termina a mama<strong>da</strong> sozinho e parece satisfeito- A mãe não sente dorPergunte: Se a mãe estiver retirando seu próprio leite para o bebê, quais pontos po<strong>de</strong>majudá-la nisso?Espere algumas respostas.• A retira<strong>da</strong> manual po<strong>de</strong>rá ser mais fácil, se a mãe for capaz <strong>de</strong>:- Estimular a fluir- Localizar os ductos <strong>de</strong> leite- Comprimir a mama sobre os ductos- Repetir esse procedimento em to<strong>da</strong>s as partes <strong>da</strong> mama.231


Peça a um participante que leia o Passo 6.Pergunte: Por que é importante oferecer apenas leite materno a recém-nascidos?Espere algumas respostas.• O leite materno reveste e protege o sistema intestinal do bebê como uma tinta.Outros líquidos ou alimentos po<strong>de</strong>rão remover essa proteção e po<strong>de</strong>m ocasionarinfecções no bebê.• Há informações disponíveis, caso haja uma justificativa médica para não apoiar aamamentação exclusiva.Verifique se alguém tem alguma pergunta sobre esse Passo.Peça a um participante que leia os Passos 7 e 8.Pergunte: Por que é importante que as mães e os bebês fiquem juntos 24 horas por dia?Espere algumas respostas.• O alojamento conjunto aju<strong>da</strong> a mãe a apren<strong>de</strong>r os sinais <strong>de</strong> fome do seu bebê ecomo cui<strong>da</strong>r <strong>de</strong>le. Ele aju<strong>da</strong> a amamentar em resposta a esses sinais (amamentaçãosob livre <strong>de</strong>man<strong>da</strong>), em vez <strong>de</strong> amamentar segundo o relógio. Os bebêsque precisam chorar para serem amamentados consomem energia chorando epo<strong>de</strong>m adormecer sem se alimentarem bem.Verifique se alguém tem alguma pergunta sobre esse Passo.Peça a um participante que leia o Passo 9.Pergunte: Por que é importante não oferecer bicos artificiais ou chupetas?Espere algumas respostas.• O uso <strong>de</strong> mamilos artificiais ou <strong>de</strong> chupetas po<strong>de</strong>:- interferir no aprendizado <strong>de</strong> amamentação do bebê,- afetar a produção <strong>de</strong> leite,- indicar que a mãe (ou o profissional <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>) acha difícil cui<strong>da</strong>r do bebê eprecisa <strong>de</strong> aju<strong>da</strong>.Verifique se alguém tem alguma pergunta sobre esse Passo.Peça a um participante que leia o Passo 10.Pergunte: On<strong>de</strong> nessa comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> uma mãe po<strong>de</strong>ria obter apoio para amamentar<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar a materni<strong>da</strong><strong>de</strong>?Espere algumas respostas.• O apoio à amamentação e outros aspectos dos cui<strong>da</strong>dos com um bebê po<strong>de</strong>m serobtidos com:- Família e amigos- Profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>- Grupos <strong>de</strong> apoio organizados e aconselhadores232


- Grupos <strong>de</strong> apoio informais ou <strong>de</strong> voluntários e aconselhadores- Outros serviços comunitários.• Tópicos como a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> apoio e on<strong>de</strong> encontrá-lo <strong>de</strong>vem ser discutidoscom ca<strong>da</strong> mãe antes que ela receba alta pós-parto.Verifique se alguém tem alguma pergunta sobre esse Passo.• Os hospitais <strong>de</strong>vem seguir o Código Internacional e as resoluções posteriorespara serem reconhecidos como <strong>Amigo</strong>s <strong>da</strong> Criança.• O objetivo geral do Código Internacional <strong>de</strong> Comercialização dos Substitutos doLeite Materno é a nutrição segura e a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> <strong>de</strong> todos os lactentes.Pergunte: Como você po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r a atingir essa meta?Espere algumas respostas.• Para atingirmos essa meta, <strong>de</strong>vemos:- Proteger, promover e apoiar a amamentação.- Garantir que os substitutos do leite materno sejam usados <strong>de</strong> forma apropria<strong>da</strong>quando necessário.- Oferecer informações a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s sobre alimentação <strong>de</strong> lactentes.- Proibir a propagan<strong>da</strong> ou qualquer outra forma <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> substitutos<strong>de</strong> leite materno.- Relatar infrações ao Código (e/ou leis locais) às autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s responsáveis.Verifique se alguém tem alguma pergunta sobre o Código.• Quando as uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> trabalham para implementar as práticas <strong>da</strong> <strong>Iniciativa</strong><strong>Hospital</strong> <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança, o objetivo não é ganhar uma simples placaou prêmio. O mais importante é aumentar o bem-estar <strong>da</strong>s mães e dos bebês e,assim, beneficiar a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> em geral.• Trata-se <strong>de</strong> uma <strong>Iniciativa</strong> Amiga <strong>da</strong> Criança, e não <strong>de</strong> uma iniciativa amiga <strong>da</strong>amamentação. A maioria <strong>da</strong>s práticas <strong>de</strong> um hospital <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança tambémbeneficia as mães que não estão amamentando e seus bebês.2. O processo <strong>de</strong> avaliação <strong>da</strong> IHAC 10 minutosAuto-avaliação• O processo <strong>de</strong> cre<strong>de</strong>nciamento <strong>da</strong> IHAC começa quando o hospital <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> fazeras mu<strong>da</strong>nças necessárias e forma um grupo ou comitê com um coor<strong>de</strong>nador paraassumir tal responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Geralmente, são funcionários seniores do hospitalque po<strong>de</strong>m tomar <strong>de</strong>cisões e funcionários que têm interesse na amamentação ealguns conhecimentos sobre ela.• O comitê organiza grupos <strong>de</strong> duas ou três pessoas para usarem o Instrumento<strong>de</strong> Auto-Avaliação, a fim <strong>de</strong> analisarem as políticas e as práticas que po<strong>de</strong>m serbenéficas ou prejudiciais à amamentação. As experiências <strong>de</strong> mães e dos funcionáriossão uma fonte importante <strong>de</strong> informações para avaliar se as práticas estãoem funcionamento.233


Mostre o Formulário <strong>de</strong> Auto-Avaliação aos participantes e conce<strong>da</strong>-lhes algunsminutos para analisá-lo. Há perguntas do tipo Sim ou Não referentes a ca<strong>da</strong> prática.Eles não precisam analisar o formulário <strong>de</strong>talha<strong>da</strong>mente.• As caixas Sim/Não do formulário <strong>de</strong>vem ser preenchi<strong>da</strong>s com informações verídicase referentes a um dia normal. Os itens que se espera que entrem em funcionamentobrevemente ou as práticas que acontecem em um dia perfeito nãorefletem a situação atual. Imagine se um avaliador externo aparecesse hoje. O queele encontraria?• Quando o hospital for capaz <strong>de</strong> visualizar quais <strong>de</strong> suas práticas são incentivadorase quais não o são po<strong>de</strong>rá elaborar um plano <strong>de</strong> ação que propiciará umserviço mais incentivador. Será necessário um planejamento com cronogramapara que o projeto esteja sempre avançando. Ele po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> umorçamento e na obtenção <strong>de</strong> recursos. 73• Os treinamentos, como este curso, geralmente são necessários no início do processo.Quando todos os funcionários tiverem recebido o treinamento necessário, e asnovas práticas estiverem em vigor, o hospital po<strong>de</strong>rá repetir a auto-avaliação.• Quando um hospital respon<strong>de</strong>r Sim a to<strong>da</strong>s as perguntas do Instrumento <strong>de</strong> Auto-Avaliação,po<strong>de</strong>rá solicitar uma avaliação externa.Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> opcional (será necessário tempo adicional)O Instrumento <strong>de</strong> Auto-Avaliação po<strong>de</strong> ser preenchido pelo hospital antes do cursoou como uma ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> separa<strong>da</strong> e discuti<strong>da</strong> aqui. Isso levará aproxima<strong>da</strong>mente duas horas,ou mais, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> quantas pessoas (mães e funcionários) sejam entrevista<strong>da</strong>s.Avaliação externa• Após a conclusão <strong>da</strong> Auto-Avaliação, o comitê e o coor<strong>de</strong>nador precisam aju<strong>da</strong>ros <strong>de</strong>mais funcionários a fazerem as mu<strong>da</strong>nças necessárias. Quando as mu<strong>da</strong>nçasforem consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s satisfatórias, a autori<strong>da</strong><strong>de</strong> nacional <strong>da</strong> <strong>Iniciativa</strong> <strong>Amigo</strong><strong>da</strong> Criança po<strong>de</strong>rá executar uma avaliação externa usando os Critérios Globais.Os Critérios Globais são os mesmos no mundo inteiro e não po<strong>de</strong>m ser facilitadospara aten<strong>de</strong>r aos padrões <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado país nem <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado hospital,apesar <strong>de</strong> alguns países terem tornado esses critérios ain<strong>da</strong> mais rigorosos.• Freqüentemente, um ou mais avaliadores externos fazem uma visita preliminar, afim <strong>de</strong> explicar o processo <strong>de</strong> avaliação, verificar a política e o processo <strong>de</strong> treinamentovivenciado pelo hospital, assegurar que este realmente está pronto para aavaliação e aju<strong>da</strong>r a planejar o que talvez ain<strong>da</strong> precise ser feito. Isso aju<strong>da</strong> a assegurarque o processo seja educativo, e não disciplinar, no caso <strong>de</strong> o hospital ain<strong>da</strong>não estar preparado. É muito <strong>de</strong>sencorajador quando um hospital que trabalhouduro para melhorar suas práticas não tem êxito em uma avaliação.• Na avaliação externa, uma equipe <strong>de</strong> avaliação multidisciplinar visita os serviços<strong>da</strong> materni<strong>da</strong><strong>de</strong>, entrevista os funcionários e as mães, observa as práticas e analisaa documentação. A avaliação externa po<strong>de</strong> durar dois dias (e noites) ou mais,<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do porte do hospital.73A ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> opcional <strong>de</strong> Planejamento para Mu<strong>da</strong>nça abor<strong>da</strong> esse ponto.234


• Quando possível, documentos como o currículo <strong>de</strong> treinamento dos funcionários,a política do hospital, as estatísticas <strong>de</strong> aleitamento materno e as informações sobreo pré-natal são analisados antes <strong>da</strong> chega<strong>da</strong> <strong>da</strong> equipe <strong>de</strong> avaliação ao hospital.• As entrevistas com gestantes e novas mães são cruciais para a avaliação. Tambémé importante entrevistar funcionários que tenham contato direto com mães nosserviços <strong>da</strong> materni<strong>da</strong><strong>de</strong>, a fim <strong>de</strong> avaliar seus conhecimentos e suas práticas.Não basta que a gerência sênior relate as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.• A equipe <strong>de</strong> avaliação externa não cre<strong>de</strong>ncia um hospital como <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança.A equipe preenche um relatório que é enviado à autori<strong>da</strong><strong>de</strong> nacional responsávelpela IHAC, um comitê nacional <strong>de</strong> amamentação ou outro órgão <strong>de</strong>signado.• As autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s nacionais, que po<strong>de</strong>m consultar a OMS e o Unicef quando necessário,<strong>de</strong>terminam se o hospital será contemplado com o cre<strong>de</strong>nciamento <strong>de</strong><strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança. Se o hospital não aten<strong>de</strong>r aos critérios, po<strong>de</strong>rá receber umCertificado <strong>de</strong> Compromisso para se tornar <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança e orientações sobrecomo empreen<strong>de</strong>r as melhorias necessárias.Monitoramento permanente• Quando um hospital recebe o cre<strong>de</strong>nciamento <strong>da</strong> IHAC, precisa manter os padrõesdos Critérios Globais e seguir o Código Internacional para continuar sendoum hospital <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança. Com o intuito <strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r a manter os padrõesentre as avaliações, as práticas precisam ser monitora<strong>da</strong>s.• Para monitorá-las, é preciso coletar informações sobre elas. É melhor coletarinformações sobre uma conclusão ou um resultado, e não sobre ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Porexemplo, é melhor i<strong>de</strong>ntificar o número <strong>de</strong> bebês e <strong>de</strong> mães que têm contato pelea pele logo após o parto do que avaliar se há um formulário informativo disponívelque liste os benefícios do contato pele a pele.Pergunte: Quais práticas você acha que seriam úteis para monitorar um hospital,<strong>de</strong> modo que fosse possível ver como ele está se saindo?Espere algumas respostas.• O monitoramento se torna mais fácil quando a política <strong>de</strong> um hospital é redigi<strong>da</strong><strong>de</strong> forma mensurável. Por exemplo, a seguinte instrução é muito difícil <strong>de</strong> sermonitora<strong>da</strong>: "Ofereça à mãe contato pele a pele com o bebê tão logo seja possívelapós o parto, preferencialmente em até meia hora". Como "tão logo seja possível"e "preferencialmente" po<strong>de</strong>riam ser mensurados?• A seguinte instrução <strong>de</strong> política é <strong>de</strong> monitoramento mais fácil: "Nos primeiroscinco minutos após o parto, to<strong>da</strong>s as mães, não importando o tipo <strong>de</strong> alimentaçãopretendi<strong>da</strong>, receberão e segurarão seus bebês, mantendo contato pele a pelepor, pelo menos, 60 minutos".Reavaliação externa• Também é importante que os hospitais que tenham sido cre<strong>de</strong>nciados como "<strong>Amigo</strong>s<strong>da</strong> Criança" sejam reavaliados regularmente. Essa reavaliação aju<strong>da</strong> a assegurarque eles continuem a<strong>de</strong>rindo aos Dez Passos e ao Código ao longo do tempo e, portanto,continuem oferecendo às mães e aos bebês o apoio <strong>de</strong> que necessitam.235


• O Unicef recomen<strong>da</strong> que os hospitais sejam reavaliados aproxima<strong>da</strong>mente a ca<strong>da</strong>três anos, mas sugere que a autori<strong>da</strong><strong>de</strong> nacional responsável pela IHAC <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> paístome as <strong>de</strong>cisões finais com relação aos prazos e ao processo a serem adotados.• A reavaliação <strong>de</strong>ve ser conduzi<strong>da</strong> por uma equipe externa, a exemplo do queocorre na avaliação. Apesar <strong>de</strong> o país po<strong>de</strong>r usar o instrumento <strong>de</strong> avaliação completapara esse processo, muitas vezes é mais econômico usar um instrumentomais simples e rápido e uma equipe <strong>de</strong> avaliação menor. O Unicef oferece diretrizespara o planejamento <strong>da</strong> reavaliação, bem como diversos instrumentos, cujautilização a autori<strong>da</strong><strong>de</strong> nacional po<strong>de</strong>rá levar em consi<strong>de</strong>ração.• Após a reavaliação <strong>de</strong> um hospital, o cre<strong>de</strong>nciamento como <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criançapo<strong>de</strong>rá ser renovado ou, caso reprovado, po<strong>de</strong>rá ser solicitado um trabalho <strong>de</strong>melhoria em qualquer um dos Passos que apresente problemas, antes do novocre<strong>de</strong>nciamento oficial como <strong>Hospital</strong> <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança.3. Incluindo a IHAC nos programas existentes 5 minutos• Alguns hospitais participam <strong>de</strong> outros programas nacionais ou internacionais <strong>de</strong>melhorias, <strong>de</strong> garantia <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> ou <strong>de</strong> processo <strong>de</strong> cre<strong>de</strong>nciamento que i<strong>de</strong>ntificama igual<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento aos pacientes, a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do serviço dispensadoe a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> no que se refere à quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do atendimento.• A IHAC po<strong>de</strong> se encaixar nesses programas <strong>de</strong> garantia <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>. A IHACpossui critérios mensuráveis e padrões internacionais. Existem instrumentos paraavaliar como um hospital está cumprindo esses padrões e critérios. Se um hospitaljá tiver implantado um sistema <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> ou <strong>de</strong> cre<strong>de</strong>nciamento, as ferramentas<strong>de</strong> planejamento e <strong>de</strong> monitoramento <strong>de</strong>sse sistema po<strong>de</strong>rão ser usa<strong>da</strong>s.• Em um hospital, a IHAC po<strong>de</strong> estar sob a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos serviços <strong>de</strong>stinadosà mãe e ao bebê ou <strong>de</strong> um comitê <strong>de</strong> amamentação ou alimentação <strong>de</strong> lactentesou, ain<strong>da</strong>, fazer parte <strong>de</strong> um comitê <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>. A inclusão <strong>da</strong> IHAC sob aresponsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um comitê <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> hospitalar po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r a melhorara conscientização <strong>da</strong> importância <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> incentivo à amamentação, bemcomo aju<strong>da</strong>r a obter recursos para implementar a IHAC.• A competência dos funcionários nos serviços <strong>de</strong> materni<strong>da</strong><strong>de</strong> geralmente se concentrano atendimento dispensado à mãe e ao bebê. A competência dos funcionários<strong>de</strong> um instituto <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> resi<strong>de</strong> na medição e na melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>do atendimento. Por exemplo, é possível que o instituto <strong>de</strong> aferição <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>não saiba <strong>da</strong> existência <strong>da</strong> IHAC nem <strong>da</strong> existência <strong>de</strong> padrões e instrumentosdisponíveis. É possível que os funcionários <strong>da</strong> materni<strong>da</strong><strong>de</strong> não saibam o que oinstituto <strong>de</strong> aferição <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> po<strong>de</strong> fazer para aju<strong>da</strong>r a usar o Instrumento <strong>de</strong>Auto-Avaliação, a <strong>de</strong>senvolver ou a se ajustar a um processo <strong>de</strong> auditoria regularexistente e a planejar melhorias. Essas duas áreas <strong>de</strong> competência po<strong>de</strong>m serusa<strong>da</strong>s para fornecer um serviço melhor; no entanto, ca<strong>da</strong> grupo precisará estarciente <strong>da</strong> competência do outro grupo e trabalhar em conjunto.• A IHAC também po<strong>de</strong> ser integra<strong>da</strong> aos programas Materni<strong>da</strong><strong>de</strong> Segura e/ou AI-DPI 74 . Porém, para que um hospital seja cre<strong>de</strong>nciado como <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança, precisaser avaliado <strong>de</strong> acordo com os Critérios Globais específicos <strong>de</strong>ssa iniciativa.74Atenção Integra<strong>da</strong> às Doenças Prevalentes <strong>da</strong> Infância.236


Verifique se os participantes têm dúvi<strong>da</strong>s. Resuma a seção.Há um Resumo <strong>da</strong> Seção <strong>de</strong> Encerramento após as páginas <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s opcionais.Resumo <strong>da</strong> Seção 15• A Auto-Avaliação <strong>da</strong> IHAC aju<strong>da</strong> o hospital a verificar quais práticas estão emvigor e quais áreas requerem atenção. O planejamento estruturado <strong>da</strong>s melhoriasnecessárias po<strong>de</strong> auxiliar na mu<strong>da</strong>nça.• A avaliação externa é solicita<strong>da</strong> quando as práticas <strong>de</strong> incentivo realmente estãoem vigor.• O monitoramento e a reavaliação permanentes são necessários para manter ospadrões em um patamar alto.• A IHAC po<strong>de</strong> ser integra<strong>da</strong> a outros programas empreendidos pelo hospital casoeles existam, como os <strong>de</strong> melhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> hospitalar.Verificação <strong>de</strong> conhecimento <strong>da</strong> Seção 15Liste duas razões pelas quais um hospital po<strong>de</strong>ria vir a buscar avaliação externa <strong>da</strong>IHAC.Explique, como se estivesse conversando com um colega, por que motivo obter ocre<strong>de</strong>nciamento <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança não significa o fim do processo, e qual é a importânciado monitoramento permanente.Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> opcional: Avaliar uma política(pelo menos 30 minutos)• Talvez uma política <strong>de</strong> amamentação já existente precise ser analisa<strong>da</strong>. Muitasvezes não há nenhuma política e é preciso <strong>de</strong>senvolver uma.• Uma política consiste em um conjunto <strong>de</strong> regras que os gestores ou chefias concor<strong>da</strong>ramem seguir. Estes profissionais geralmente são funcionários seniores <strong>de</strong>todos os <strong>de</strong>partamentos relevantes, incluindo enfermagem, obstetrícia, pediatriae administração hospitalar. Todos precisam concor<strong>da</strong>r com a política para queela possa ser implementa<strong>da</strong>. Isso requer que eles se encontrem e <strong>de</strong>batam o tema,o que po<strong>de</strong> consumir vários meses.• A política não precisa ser muito longa e <strong>de</strong>talha<strong>da</strong>. Po<strong>de</strong> haver protocolos, diretrizesou formulários informativos adicionais para aju<strong>da</strong>r os funcionários a implementaremas práticas requeri<strong>da</strong>s.• A política precisa utilizar palavras <strong>de</strong> fácil compreensão. As instruções <strong>de</strong>vem sermensuráveis. Por exemplo, se uma política dissesse que "os funcionários farãotudo que for possível para auxiliar na amamentação", como você monitoraria seisso está acontecendo? A seguir, comentaremos sobre isso com mais <strong>de</strong>talhes aodiscutir o monitoramento.Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> do grupoSe o curso for realizado em um hospital, analise a política <strong>de</strong>sse hospital. Se o cursofor realizado em outro lugar, analise um dos exemplos <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> amamentaçãodo Apêndice <strong>de</strong>sta seção. Veja se a política abor<strong>da</strong> os Dez Passos para o Sucesso doAleitamento Materno, se rejeita a aceitação <strong>de</strong> amostras grátis e materiais promocionaise se apóia as mães que não estão amamentando.237


Use a Lista <strong>de</strong> Verificação <strong>de</strong> Políticas <strong>Hospital</strong>ares <strong>de</strong> Alimentação <strong>de</strong> Lactentes. Marqueas alterações que po<strong>de</strong>riam ser sugeri<strong>da</strong>s para tornar a política mais incentivadora.Para administrar bem o tempo, divi<strong>da</strong> o grupo, <strong>de</strong> modo que pequenos grupos trabalhemcom dois ou três tópicos <strong>da</strong> Lista <strong>de</strong> Verificação <strong>de</strong> Políticas. Depois, peça queca<strong>da</strong> grupo conte aos <strong>de</strong>mais o que encontrou. Lembre-se <strong>de</strong> verificar se as instruções<strong>da</strong>s políticas foram redigi<strong>da</strong>s com clareza e se as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s são mensuráveis, <strong>de</strong> modoque possam ser facilmente monitora<strong>da</strong>s.Reserve 2 minutos para explicar a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, 10 minutos para que os grupos vejamcomo os Passos são incluídos ou não na política e 15 minutos para que o grupo comentee <strong>de</strong>bata.A lista <strong>de</strong> verificação <strong>de</strong> políticas se encontra na próxima página.Você po<strong>de</strong> usar a política do hospital on<strong>de</strong> o curso está sendo realizado ou aproveitaras políticas mostra<strong>da</strong>s nas próximas páginas.No exemplo <strong>de</strong> política do hospital, alguns dos itens a serem discutidos:• Frases como "fazer tudo que for possível" e "tão logo seja possível" são difíceis <strong>de</strong>monitorar;• Não há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer um exame completo nas mamas <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as mulheresna fase pré-natal;• Não <strong>de</strong>ve ser solicitado às mulheres que elas escolham o modo <strong>de</strong> alimentação <strong>de</strong>seus bebês antes <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>bati<strong>da</strong> a importância <strong>da</strong> amamentação;• O bebê não precisa ser "colocado ao peito". Ele po<strong>de</strong> fazer a pega <strong>da</strong> mama sozinho.Nesse momento, precisam ser enfatizados o tempo e o contato pele a pele, enão a amamentação.Lista <strong>de</strong> verificação <strong>de</strong> políticas hospitalares para aleitamento materno(Nota: Uma política hospitalar não precisa ter o texto exato ou os pontos abor<strong>da</strong>dos nesta lista <strong>de</strong> verificação, mas<strong>de</strong>ve cobrir a maioria ou todos estes pontos básicos. Deve-se ter cui<strong>da</strong>do para que a política não seja excessivamentelonga. Políticas mais sucintas (<strong>de</strong> 3 a 5 páginas) provaram ser mais eficazes, já que as mais longas geralmente não sãoli<strong>da</strong>s.)A política <strong>de</strong>ve abor<strong>da</strong>r os seguintes pontos com clareza: SIM NÃOPasso 1: A política é comunica<strong>da</strong> a todos os funcionários (novos) <strong>de</strong> maneirarotineira.Um resumo <strong>da</strong> política abor<strong>da</strong>ndo os Dez Passos e o apoio às mãeslactantes é exibido em to<strong>da</strong>s as áreas apropria<strong>da</strong>s, com linguagem etexto que os funcionários e as mães sejam capazes <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>rcom facili<strong>da</strong><strong>de</strong>.Passo 2: O treinamento <strong>de</strong> todos os funcionários <strong>da</strong> área clínica (<strong>de</strong> acordocom a posição) inclui: manejo <strong>da</strong> amamentação e <strong>da</strong> lactação (mínimo<strong>de</strong> 20 horas ou que cubra todos os tópicos essenciais, incluindo 3horas <strong>de</strong> prática clínica).O papel <strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong> seus respectivos funcionários na <strong>de</strong>fesa doCódigo Internacional e <strong>da</strong>s subseqüentes resoluções <strong>da</strong> AMS.Os funcionários novos são treinados em até seis meses após sua contratação.Passo 3: To<strong>da</strong>s as gestantes são informa<strong>da</strong>s sobre manejo básico do aleitamentomaterno e práticas <strong>de</strong> assistência.238continua


continuaçãoPasso 4:Passo 5:Passo 6:Passo 7:Passo 8:Passo 9:Passo 10:O Código:Os riscos <strong>de</strong> oferecer suplementos aos bebês durante os seis primeirosmeses <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>.To<strong>da</strong>s as mães têm contato pele a pele com seus bebês imediatamenteapós o parto e por no mínimo 60 minutos.Encorajamento para buscar sinais <strong>de</strong> que os bebês estão prontos paramamar e oferta <strong>de</strong> aju<strong>da</strong>, se necessário.To<strong>da</strong>s as mães recebem ensinamentos sobre a extração manual (ourecebem folhetos e referências para aju<strong>da</strong> nesse sentido).To<strong>da</strong>s as mães lactantes recebem ensinamentos sobre posicionamentoe pega <strong>da</strong> mama.As mães <strong>de</strong> bebês <strong>de</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos especiais recebem oferta <strong>de</strong>aju<strong>da</strong> para iniciar a lactação, iniciar a amamentação e manter a produção<strong>de</strong> leite em até seis horas após o nascimento <strong>de</strong> seus bebês.Recebem <strong>de</strong>monstrações <strong>de</strong> como realizar a extração manual doleite <strong>da</strong>s mamas e apren<strong>de</strong>m que precisam amamentar ou retirar oleite pelo menos <strong>de</strong> seis a oito vezes a ca<strong>da</strong> período <strong>de</strong> 24 horas paramanter a produção.Substitutos do leite materno e suplementos são fornecidos aos bebêsapenas se forem indicados pelo médico;As razões para fornecer complementos estão documenta<strong>da</strong>s.A mãe e o bebê são alojados no mesmo quarto, inclusive à noite.Eles são separados somente por razões justifica<strong>da</strong>s com documentaçãopor escrito.As mães recebem ensinamentos para reconhecer os sinais <strong>de</strong> fome e<strong>de</strong> sacie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> seus bebês.Não são feitas restrições quanto à freqüência ou à duração <strong>da</strong>s mama<strong>da</strong>s.Os bebês não são alimentados com o uso <strong>de</strong> mama<strong>de</strong>iras e bicos.As mães recebem ensinamentos sobre os riscos do uso <strong>de</strong> mama<strong>de</strong>iras.Não são oferecidos bicos nem chupetas aos bebês.São forneci<strong>da</strong>s informações sobre on<strong>de</strong> é possível obter aju<strong>da</strong> eapoio à amamentação após a volta para casa, incluindo pelo menosuma fonte <strong>de</strong> referência (como o hospital, serviços comunitários <strong>de</strong>saú<strong>de</strong>, grupos <strong>de</strong> apoio ou conselheiras pares).O hospital trabalha para promover ou coor<strong>de</strong>nar grupos <strong>de</strong> apoioà mãe e/ou outros serviços comunitários que forneçam apoio à alimentação<strong>de</strong> lactentes.As mães recebem informações sobre como obter aju<strong>da</strong> para alimentaremseus bebês logo após a alta (preferencialmente, <strong>de</strong> dois a quatrodias após a alta e novamente na semana seguinte).A política proíbe a promoção <strong>de</strong> substitutos do leite materno.A política proíbe a promoção <strong>de</strong> mama<strong>de</strong>iras, bicos, chupetas e similaresartificiais.continua239


continuaçãoAtendimento<strong>Amigo</strong><strong>da</strong> Mãe*A política proíbe a aceitação <strong>de</strong> brin<strong>de</strong>s, literatura não científica,materiais ou equipamentos, dinheiro ou apoio para eventos ou treinamentodurante o trabalho, que sejam oferecidos por fabricantesou distribuidores <strong>de</strong> substitutos do leite materno, mama<strong>de</strong>iras, bicosou chupetas.As políticas requerem práticas amigas <strong>da</strong> mãe, incluindo: Encorajaras mulheres a terem a seu lado acompanhantes <strong>de</strong> sua livre escolhadurante o trabalho <strong>de</strong> parto e o parto.Encorajar as mulheres a caminharem e a se movimentarem duranteo trabalho <strong>de</strong> parto, se <strong>de</strong>sejarem, e a assumirem as posições quequiserem na hora do parto, a menos que haja uma restrição específica<strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> uma complicação, que <strong>de</strong>ve neste caso ser explica<strong>da</strong>à mãeNão usar procedimentos invasivos, como ruptura <strong>de</strong> membranas,episiotomias, aceleração ou indução do trabalho <strong>de</strong> parto, partos cesarianasou instrumentais, a menos que sejam especificamente exigidospor alguma complicação, <strong>de</strong>vendo a razão ser explica<strong>da</strong> à mãe.Encorajar as mulheres a levarem em consi<strong>de</strong>ração o uso <strong>de</strong> métodosque não o uso <strong>de</strong> drogas para o alívio <strong>da</strong> dor, a menos que drogasanalgésicas ou anestésicas sejam necessárias <strong>de</strong>vido a complicações,respeitando as preferências pessoais <strong>da</strong>s mulheres* O conteúdo <strong>da</strong> política referente às práticas amigas <strong>da</strong> mãe é opcional e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>cisão nacionalpara incluir ou não os critérios referentes a essas práticas.Políticas para ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>Observe que é possível que essas políticas tenham áreas que possam ser aprimora<strong>da</strong>s.Elas não são exemplos <strong>de</strong> políticas que po<strong>de</strong>m ser aceitas pela IHAC.EXEMPLO A para análisePOLÍTICA DE AMAMENTAÇÃO DO HOSPITALObjetivos1. Aumentar a incidência e a duração <strong>da</strong> amamentação.2. Aju<strong>da</strong>r as mães e os lactentes a obterem sucesso na amamentação, padronizandoa aprendizagem, eliminando os conselhos contraditórios e implementandopráticas que levem a uma amamentação bem-sucedi<strong>da</strong>.POLÍTICAPeríodo pré natalOs funcionários <strong>de</strong>vem estar comprometidos com a promoção <strong>da</strong> amamentação e<strong>de</strong>vem fazer tudo que for possível para aumentar a confiança <strong>da</strong> mulher na sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> amamentar. Na primeira visita do pré-natal, é preciso:(a) Fazer o exame completo <strong>da</strong>s mamas.(b) Definir a escolha do método <strong>de</strong> alimentação; caso a mãe não tenha se <strong>de</strong>cidido,encorajar a amamentação.(c) Fornecer folheto informativo que <strong>de</strong>screva os benefícios e o manejo <strong>da</strong> amamentação.240


Sala <strong>de</strong> partoColoque o bebê ao peito assim que for possível após o parto, preferencialmentena primeira meia hora, já que o lactente suga com mais força na primeira hora apóso nascimento. Deverá haver uma enfermeira presente na primeira alimentação paraoferecer instruções sobre a técnica e o posicionamento corretos.Enfermaria <strong>de</strong> pós-partoAmamentação sob livre <strong>de</strong>man<strong>da</strong> – Não <strong>de</strong>ve haver um limite máximo para o número<strong>de</strong> mama<strong>da</strong>s, mas espera-se que um bebê nascido a termo precise, no mínimo,<strong>de</strong> 5 a 6 mama<strong>da</strong>s em um período <strong>de</strong> 24 horas, com intervalos inferiores a 5 horas.Pratique o alojamento conjunto.Evite ter uma rotina rígi<strong>da</strong> na enfermaria. Não acor<strong>de</strong> o bebê entre mama<strong>da</strong>s paratomar banho, pesar ou medir a temperatura.Aconselhe a mãe que chame um funcionário quando o bebê acor<strong>da</strong>r, a fim <strong>de</strong> queessas tarefas sejam realiza<strong>da</strong>s.A comunicação eficiente entre mães e parteiras e entre funcionários na troca <strong>de</strong>turno é essencial, caso a consistência <strong>da</strong> abor<strong>da</strong>gem e dos conselhos seja uma meta.Documente as mama<strong>da</strong>s <strong>da</strong> seguinte maneira: mama<strong>da</strong> boa e longa, mama<strong>da</strong> boae curta, e mama<strong>da</strong> fraca.Não ofereça bicos artificiais nem chupetas (também conheci<strong>da</strong>s como "bicos") alactentes enquanto a amamentação estiver sendo estabeleci<strong>da</strong>. Enquanto as mães estiveremno hospital, to<strong>da</strong>s precisarão receber ensinamentos sobre como extrair e armazenaro leite materno.AltaForneça informações sobre os grupos <strong>de</strong> apoio comunitários, a clínica comunitáriae a disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> acompanhamento clínico no hospital.EXEMPLO B para análiseObserve que é possível que essas políticas tenham áreas que possam ser aprimora<strong>da</strong>s.Elas não são exemplos <strong>de</strong> políticas que po<strong>de</strong>m ser aceitas pela IHAC.POLÍTICA DE AMAMENTAÇÃO DE HOSPITAL COM ATENDIMENTO DEQUALIDADEOs funcionários do <strong>Hospital</strong> com Atendimento <strong>de</strong> Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> estão comprometidoscom a Proteção, a Promoção e o Apoio à Amamentação porque a amamentação éimportante para a mãe e o bebê. Essa política nos aju<strong>da</strong> a fornecer informações eficazese consistentes e apoio às gestantes, às mães e às suas famílias.A a<strong>de</strong>são aos Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno (OMS/Unicef), aa<strong>de</strong>são ao Código Internacional <strong>de</strong> Comercialização dos Substitutos do Leite Materno(1981) e suas subseqüentes resoluções formam a base <strong>da</strong>s nossas práticas.1. Todos os funcionários receberão orientações sobre nossa política <strong>de</strong> amamentaçãorelevantes para a função que <strong>de</strong>sempenham no hospital.241


2. O treinamento mínimo <strong>de</strong> 20 horas sobre o manejo do aleitamento materno éobrigatório para todos os funcionários e estu<strong>da</strong>ntes que cui<strong>da</strong>m <strong>de</strong> gestantes,lactentes e crianças <strong>da</strong> primeira infância. Os funcionários novos, se já não sãotreinados, receberão treinamento no período <strong>de</strong> até seis meses após a contratação.São oferecidos cursos <strong>de</strong> reciclagem regularmente.3. As parteiras <strong>de</strong>vem discutir a importância e o manejo básico <strong>da</strong> amamentaçãono período pré-natal e registrar esse <strong>de</strong>bate no prontuário <strong>da</strong>s gestantes.4. Na primeira meia hora após o nascimento, to<strong>da</strong>s as mães, não importando aalimentação pretendi<strong>da</strong>, receberão e segurarão seus bebês com contato pele apele por pelo menos 30 minutos. O contato pele a pele po<strong>de</strong> ser oferecido por ummembro <strong>da</strong> família, quando a mãe não estiver apta a fazê-lo, e po<strong>de</strong>rá ser posteriormenteincentivado na enfermaria <strong>de</strong> pós-parto ou <strong>de</strong> tratamento especialquando o bebê e/ou a mãe estiverem estáveis.5. To<strong>da</strong>s as mães receberão oferta <strong>de</strong> aju<strong>da</strong> para iniciar a amamentação na primeirameia hora após o nascimento. Aju<strong>da</strong> adicional será ofereci<strong>da</strong> em até seis horas após oparto por uma parteira, que indicará como posicionar e aju<strong>da</strong>r na pega <strong>da</strong> mama.6. O alojamento conjunto faz parte <strong>da</strong> política do hospital e, a menos que seja medicamente/clinicamentecontra-indicado, a mãe e o bebê não serão separados. Quandoa separação do bebê e <strong>da</strong> mãe for necessária, a lactação será encoraja<strong>da</strong> e manti<strong>da</strong>.7. A amamentação sob livre <strong>de</strong>man<strong>da</strong> será pratica<strong>da</strong> para todos os bebês. Nos primeirosdias, porém, talvez seja necessário <strong>de</strong>spertar o bebê, caso esteja sonolentoou caso a mãe esteja com as mamas muito cheias. Quando o bebê tiver acabado<strong>de</strong> mamar em um lado, a segun<strong>da</strong> mama será ofereci<strong>da</strong>.8. A parteira mostrará às mães lactantes como <strong>de</strong>vem retirar seu próprio leite manualmenteou com bombinha, caso seja necessário.9. Os suplementos somente serão ministrados se houver necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> clínica/médica.Todos os líquidos/alimentos suplementares serão registrados no prontuáriodo bebê com a indicação do alimento fornecido. Os fluidos suplementares prescritosserão ministrados por copo ou son<strong>da</strong> nasogástrica.10. Os bebês não usarão bicos nem chupetas enquanto a amamentação estiver sendoestabeleci<strong>da</strong>.11. Não é permiti<strong>da</strong> nenhuma propagan<strong>da</strong> <strong>de</strong> substitutos do leite materno, mama<strong>de</strong>iras,bicos ou chupetas. As mães que optarem por alimentar seus lactentescom fórmulas serão instruí<strong>da</strong>s individualmente pela parteira sobre o uso seguro<strong>da</strong>s fórmulas durante o período pós-parto, antes <strong>da</strong> alta.12. Antes <strong>da</strong> alta, os serviços <strong>de</strong> apoio disponíveis na comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> serão discutidoscom ca<strong>da</strong> mãe.Quaisquer <strong>de</strong>svios (ou não conformi<strong>da</strong><strong>de</strong>) em relação a essa política no tocanteaos cui<strong>da</strong>dos com o paciente serão registrados no prontuário <strong>da</strong> mãe e do bebê, com arazão do <strong>de</strong>svio. Esse <strong>de</strong>svio <strong>de</strong>verá ser assinado pelo funcionário, com <strong>da</strong>ta e hora.A conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> com a política <strong>de</strong> amamentação do hospital será audita<strong>da</strong> peloInstituto <strong>de</strong> Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> pelo menos uma vez por ano.242


Data <strong>de</strong> Vigência <strong>da</strong> Política:Data <strong>de</strong> Revisão <strong>da</strong> Política:Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> opcional – Planejamento para Mu<strong>da</strong>nçaComo o planejamento po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r na mu<strong>da</strong>nça 75 (pelo menos 30 minutos)• Se a mu<strong>da</strong>nça for planeja<strong>da</strong> <strong>de</strong> forma sistemática, é mais provável que tenha resultadospositivos. O planejamento aju<strong>da</strong> a concentrar as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do projetopara atingir o objetivo. Com ele, é possível <strong>de</strong>finir um cronograma para mantero projeto em an<strong>da</strong>mento. Ele também po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r a <strong>de</strong>finir um orçamento e aobter recursos.• Há muitos sistemas diferentes usados para o planejamento. A maioria é semelhantee possui apenas nomes diferentes.Mostrar sli<strong>de</strong> 15/1-15/5 para ca<strong>da</strong> estágio do planejamento e ler em voz alta.On<strong>de</strong> estamos agora? Sli<strong>de</strong> 15/1• O Instrumento <strong>de</strong> Auto-Avaliação aju<strong>da</strong>rá a respon<strong>de</strong>r essa pergunta. Liste obstáculosou dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s para que os profissionais <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> ou as famílias adotemas práticas apropria<strong>da</strong>s. Lembre-se <strong>de</strong> anotar as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que estão apresentandobons resultados e que po<strong>de</strong>m ser reforça<strong>da</strong>s no seu planejamento.On<strong>de</strong> queremos chegar? Sli<strong>de</strong> 15/2• Esse passo envolve a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> metas. Defina uma meta específica, mensurável,viável, relevante e com prazo <strong>de</strong>terminado (metas).• Se a meta for fácil <strong>de</strong>mais, é possível que algumas pessoas fiquem indiferentes enão façam na<strong>da</strong> porque acham que ela vai ser atingi<strong>da</strong> <strong>de</strong> qualquer maneira. Sea meta for difícil <strong>de</strong>mais, ou se as pessoas acharem que não é relevante, po<strong>de</strong>rão<strong>de</strong>cidir que não são capazes <strong>de</strong> atingi-la e, portanto, nunca tentarão. Defina umameta realista e que possa ser atingi<strong>da</strong> <strong>de</strong>ntro do período especificado.Como chegar on<strong>de</strong> queremos? Sli<strong>de</strong> 15/3• Quando você tiver <strong>de</strong>cidido quais são suas metas, precisará <strong>de</strong>cidir as melhoresações para cumpri-las. Po<strong>de</strong>m ser feitas muitas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s diferentes. A opçãoescolhi<strong>da</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do serviço, dos recursos disponíveis e <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> implementar e sustentar as mu<strong>da</strong>nças. Não há uma única ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>que seja melhor em todos os cenários possíveis.• É importante <strong>de</strong>signar para ca<strong>da</strong> meta ou ação uma pessoa responsável para verificaro progresso na obtenção <strong>de</strong>ssa meta. Os macroobjetivos po<strong>de</strong>m ser subdivididosem microobjetivos e distribuídos para um número <strong>de</strong> pessoas. Uma pessoanão precisa fazer tudo o que <strong>de</strong>ve ser feito.• Defina um prazo para as tarefas necessárias, a fim <strong>de</strong> que as metas sejam cumpri<strong>da</strong>s.Talvez seja útil dividir as tarefas em ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que possam ser realiza<strong>da</strong>s em75Originalmente <strong>de</strong>senvolvido por Genevieve Becker e usado com permissão na Seção 15, Como sustentar as práticas, no Curso<strong>de</strong> aconselhamento em Alimentação Complementar (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE; FUNDO DAS NAÇÕES UNIDASPARA A INFÂNCIA, 2004).243


poucas semanas. Geralmente, as pessoas só se <strong>de</strong>dicam a uma meta com prazofinal <strong>de</strong> até um ano.• Planeje maneiras <strong>de</strong> envolver seus colegas, as famílias que você aten<strong>de</strong> e os lí<strong>de</strong>rescomunitários na <strong>de</strong>finição e no cumprimento <strong>da</strong>s metas.• Quando você estiver trabalhando nessa etapa, consi<strong>de</strong>re também quais recursossão necessários para executar as ações.Como saber se estamos indo na direção certa? Sli<strong>de</strong> 15/4• Você está indo na direção certa? Cumpriu sua meta? Quando as metas e as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>ssão específicas e mensuráveis, é mais fácil saber se já foram cumpri<strong>da</strong>s.• Esse passo também é chamado <strong>de</strong> monitoramento e avaliação. O monitoramentopo<strong>de</strong> ser executado durante um projeto ou ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> para verificar se ela estásendo <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> na direção certa. A avaliação po<strong>de</strong> ser feita durante ou apósa conclusão do projeto ou <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> para medir a eficácia <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Noentanto, as medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> avaliação precisam ser <strong>de</strong>cidi<strong>da</strong>s no ato <strong>da</strong> <strong>de</strong>finição <strong>da</strong>smetas, e não após a conclusão do projeto.Como sustentaremos a prática? Sli<strong>de</strong> 15/5• A palavra "sustentar" significa fazer com que alguma coisa continue em vigor nofuturo. As práticas sustenta<strong>da</strong>s são cumpri<strong>da</strong>s fazendo com que as novas práticasintegrem o serviço regular e que não sejam práticas especiais que funcionem apenasdurante certo período.• No seu planejamento, procure encontrar uma maneira <strong>de</strong> conectar ca<strong>da</strong> nova ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>a uma ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> ou processo existente. Geralmente, é mais fácil expandiruma ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> existente do que iniciar uma ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> completamente nova.Discuta o Exemplo <strong>de</strong> Planejamento. Ressalte ca<strong>da</strong> um dos passos do planejamento.Uma possível ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> adicional é fazer um planejamento específico para umaação escolhi<strong>da</strong> pelos participantes. O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um planejamento <strong>de</strong>talhadopo<strong>de</strong> levar uma hora ou mais, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>da</strong> prática a ser implementa<strong>da</strong>.Desenvolvendo um Plano <strong>de</strong> Ação para um projeto <strong>da</strong> IHAC 76Exemplo 77 <strong>de</strong> Alojamento ConjuntoObjetivo: aumentar o número <strong>de</strong> mães e bebês em alojamento conjunto 24 horas por diaOn<strong>de</strong> estamos agora? Qual é a situação atual?A auditoria <strong>de</strong> alojamento conjunto realiza<strong>da</strong> em (<strong>da</strong>ta)_________ <strong>de</strong>monstrouque:_________% <strong>da</strong>s mães e dos bebês permaneceram juntos 24 horas por dia_________ % <strong>da</strong>s mães e dos bebês permaneceram juntos durante o dia, mas o alojamentoconjunto não ocorreu à noite76Usado com a permissão <strong>da</strong> <strong>Iniciativa</strong> <strong>Hospital</strong> <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança <strong>da</strong> Irlan<strong>da</strong>.77Esse Plano <strong>de</strong> Ação se baseia no alojamento conjunto. Seria necessário elaborar outros Planos <strong>de</strong> Ação para outras práticas/Passosque precisavam <strong>de</strong> atenção.244


_________% <strong>da</strong>s mães e dos bebês não permaneceram juntos 24 horas por dia porindicações médicas________% iniciaram o alojamento conjunto imediatamente após um parto normal________% <strong>da</strong>s mães que fizeram cesariana iniciaram o alojamento conjunto naprimeira meia hora em que foram capazes <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r ao bebêComo gostaríamos que fosse a situação? Qual é a nossa meta?Em (<strong>da</strong>ta) ____________, uma auditoria <strong>de</strong> alojamento conjunto <strong>de</strong>monstraráque:_________% <strong>da</strong>s mães e dos bebês permaneceram juntos 24 horas por dia_________% <strong>da</strong>s mães e dos bebês permaneceram juntos durante o dia, mas o alojamentoconjunto não ocorreu à noite________% iniciaram o alojamento conjunto imediatamente após um parto normal_________% <strong>da</strong>s mães que fizeram cesariana iniciaram o alojamento conjunto naprimeira meia hora em que foram capazes <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r ao bebêAs mães e os bebês que não permaneceram juntos 24 horas por dia serão registradosno _____________________ com a razão para o alojamento separado.Esse registro será examinado a ca<strong>da</strong> três meses para verificar se há algum fator queleve ao alojamento separado que possa ser solucionado.Como chegar ao nosso objetivo? (Método)AçãoTodos os funcionários, profissionais e auxiliaresserão informados, por meio <strong>de</strong> um cartaz, que oalojamento conjunto é a política padrão para to<strong>da</strong>sas mães.Todos os funcionários serão treinados quantoàs razões <strong>de</strong>ssa política e <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> suas áreas <strong>de</strong>responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, freqüentando uma seção <strong>de</strong> 20minutos na enfermaria.Todos os funcionários envolvidos receberão ensinamentossobre meios <strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r as mães a acalmaremos bebês sozinhas e sobre como explicara importância do alojamento conjunto às mães eaos pais.Os funcionários receberão treinamento em umaseção <strong>de</strong> 20 minutos na enfermaria e esse tópicoserá abor<strong>da</strong>do no curso <strong>de</strong> 20 horas.As aulas no pré-natal e outras fontes <strong>de</strong> informaçãoexplicarão aos pais a importância do alojamentoconjunto e que essa é a política do hospital.As mães e os bebês que não estiverem em alojamentoconjunto por uma indicação médicaou por solicitação <strong>da</strong> mãe serão registra<strong>da</strong>s no__________________, incluindo a razão.Responsável(is)Data <strong>de</strong> Início e <strong>de</strong>Conclusãocontinua245


continuaçãoO preenchimento <strong>de</strong>sse registro será verificadosemanalmente no primeiro mês do projeto, e asfalhas no preenchimento serão analisa<strong>da</strong>s.Esse registro será analisado no final <strong>de</strong> (um mêsapós o início) e <strong>de</strong>pois a ca<strong>da</strong> três meses para verificarse há algum fator que leve ao alojamentoseparado que possa ser solucionado.(A solução <strong>de</strong>sse problema seria um planejamentoseparado.)A (pessoa <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>) executará uma auditoria <strong>de</strong>alojamento conjunto uma noite por mês, escolhi<strong>da</strong>aleatoriamente, durante os próximos quatromeses.Os resultados <strong>de</strong>ssa auditoria serão registradosno ____________________ e afixados na recepção<strong>da</strong> enfermaria.Como saber se estamos indo na direção certa? (Avaliação)Em (<strong>da</strong>ta, talvez quatro meses após o início), as auditorias aleatórias mensais <strong>de</strong>monstramum aumento no alojamento conjunto acima dos níveis <strong>da</strong> meta.Por uma semana (<strong>da</strong>ta cerca <strong>de</strong> 4 meses após o início), serão coletados mais <strong>da</strong>dospara confirmar as estatísticas referentes ao nível <strong>de</strong> alojamento conjunto e com queantecedência ele tem início, como <strong>de</strong>scrito acima. Essa coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos está sob a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> _______________.O registro do alojamento separado será preenchido com a ocorrência, o período <strong>de</strong>tempo e a razão do alojamento separado.Uma lista <strong>de</strong> razões para o alojamento separado e o número <strong>de</strong> ocorrências <strong>de</strong> ca<strong>da</strong>razão serão compilados por ____________________________.Será solicitado a um grupo <strong>de</strong> mães (to<strong>da</strong>s as mães <strong>de</strong> uma semana - <strong>da</strong>ta) queestiverem recebendo alta que preencham um breve formulário sobre suas experiênciascom o alojamento conjunto. Pessoa responsável pela elaboração <strong>de</strong>sse formulário:__________________, pela verificação do preenchimento dos formulários:________________ e pela análise e relatórios com conclusões: ________________.Como sustentar a prática? (Sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong>)(Pessoa) ________ checará a conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> com a política <strong>de</strong> alojamento conjuntoaudita<strong>da</strong> uma noite por mês com verificação aleatória, e os resultados serão registradosno _____________________ e afixados na enfermaria.As razões para o alojamento separado serão registra<strong>da</strong>s no ____________________e examina<strong>da</strong>s a ca<strong>da</strong> três meses para i<strong>de</strong>ntificar os fatores que levaram a isso que precisamser solucionados. Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>: ___________________________A importância do alojamento conjunto será explica<strong>da</strong> às mulheres durante contatosdo pré-natal (não apenas nas aulas). Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>: _______________________Os funcionários novos serão orientados para adotarem a política <strong>de</strong> alojamentoconjunto. Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>:___________________________Orçamento (Quais recursos são exigidos para implementar a ação?)246


Equipamento: po<strong>de</strong>rão ser necessárias gra<strong>de</strong>s nas camas se o alojamento no mesmoleito for usado e as camas forem estreitas, ou então camas maioresPessoal: no início, funcionários para substituição dos funcionários que estarão emtreinamento; funcionário <strong>de</strong> meio período por semana durante x semanas para queo coor<strong>de</strong>nador do projeto ou outra pessoa possa treinar os funcionários (<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>do número <strong>de</strong> funcionários a serem treinados), <strong>de</strong>senvolver o sistema <strong>de</strong> registros eavaliar o projeto.Permanentemente: 15 minutos mensais por pessoa para contabilizar os números<strong>de</strong> alojamento separado; 1 hora mensal para monitorar se as melhorias estão sendosustenta<strong>da</strong>s e para orientar os funcionários novos.É possível que sejam necessários mais funcionários no pré-natal para assegurar quehaverá tempo para divulgar o alojamento conjunto às mulheresFotocópia/impressão do folheto informativo para os funcionáriosResponsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> geral do projeto: _________________________________Data <strong>de</strong> início: _______________________________Data <strong>de</strong> conclusão <strong>da</strong> meta: ____________________Seção <strong>de</strong> encerramentoTempo <strong>da</strong> seção:A duração do encerramento <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá <strong>da</strong> existência ou não <strong>de</strong> um convi<strong>da</strong>do externoque venha discursar e distribuir os certificados <strong>de</strong> freqüência. Caso não haja umconvi<strong>da</strong>do externo, o encerramento levará cerca <strong>de</strong> 15 minutos.Preparação para a seção:• Caso preten<strong>da</strong> distribuir certificados <strong>de</strong> freqüência, certifique-se <strong>de</strong> que eles estejamprontos.• Faça uma lista <strong>de</strong> pessoas às quais você gostaria <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cer.• Antes <strong>de</strong>sta seção, lembre aos participantes que <strong>de</strong>vem preencher os formulários<strong>de</strong> avaliação do curso.• Descubra se há planos para <strong>da</strong>r prosseguimento a esse curso ou para provi<strong>de</strong>nciartreinamento adicional e avaliações do hospital para outras ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.Resumo <strong>da</strong> seção:• Obrigado por participar e compartilhar suas experiências, seus pensamentos esuas idéias durante este curso.Os pontos-chave <strong>de</strong>ste curso são:• A amamentação é importante para a mãe e o bebê.• A maioria <strong>da</strong>s mães é capaz <strong>de</strong> amamentar; a maioria dos bebês é capaz <strong>de</strong> mamar.• As práticas hospitalares po<strong>de</strong>m aju<strong>da</strong>r (ou prejudicar) práticas amigas <strong>da</strong> criançae <strong>da</strong> mãe.247


• A implementação <strong>da</strong> <strong>Iniciativa</strong> <strong>Hospital</strong> <strong>Amigo</strong> <strong>da</strong> Criança propicia o surgimento<strong>de</strong> boas práticas.Verifique se alguém tem alguma pergunta sobre as informações do curso.• Espero que a sua participação neste curso tenha aumentado os seus conhecimentos,suas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s e sua confiança para apoiar as mães. Ao retornar ao trabalho,você po<strong>de</strong>rá aju<strong>da</strong>r a que exista consistência nas informações e na prática emtodo o seu hospital.Discuta sobre planos para <strong>da</strong>r prosseguimento ao curso e ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s continua<strong>da</strong>s.Agra<strong>de</strong>ça a outras pessoas, como por exemplo, os organizadores.Apresente certificados, se necessário.Prática clínica 1: Observar e auxiliar o aleitamentomaternoObjetivos:Ao final <strong>de</strong>sta seção, os participantes <strong>de</strong>vem ser capazes <strong>de</strong>:1. Observar uma mama<strong>da</strong> usando o Formulário <strong>de</strong> Observação <strong>da</strong>Mama<strong>da</strong>;2. Auxiliar uma mãe a apren<strong>de</strong>r a posicionar e aju<strong>da</strong>r seu bebê napega <strong>da</strong> mama;3. Usar habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação ao auxiliar uma mãe.Tempo total:120 minutosO tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento para a área <strong>da</strong> prática clínica NÃO está incluído nessetempo.Materiais:Formulário <strong>de</strong> Observação <strong>da</strong> Mama<strong>da</strong> <strong>da</strong> Seção 7 – duas cópias para ca<strong>da</strong> participanteLista <strong>de</strong> Habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Comunicação <strong>da</strong> Seção 2 – uma cópia para ca<strong>da</strong> participantePreparação para a prática clínica:Certifique-se <strong>de</strong> que sabe on<strong>de</strong> será realiza<strong>da</strong> a prática clínica e on<strong>de</strong> ca<strong>da</strong> facilitador<strong>de</strong>ve levar seu grupo. Se não fez isso na semana preparatória, visite as enfermariasou as clínicas aon<strong>de</strong> você irá, apresente-se aos funcionários responsáveis e assegure-se<strong>de</strong> que eles estão preparados para a seção.O tempo <strong>da</strong> seção não inclui o tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento para o local <strong>de</strong> prática clínica.Acrescente mais tempo ao cronograma, se os participantes precisarem sair doprédio para ir a outro local.1. Explicação <strong>da</strong> prática clínica 20 minutos• Esta prática clínica lhe <strong>da</strong>rá a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>:248


- Praticar a avaliação <strong>de</strong> uma mama<strong>da</strong> usando o Formulário <strong>de</strong> Observação <strong>da</strong>Mama<strong>da</strong>.- Praticar o uso <strong>de</strong> suas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação- Aju<strong>da</strong>r uma mãe a posicionar e fazer a pega <strong>de</strong> seu bebê para mamar.• Você trabalhará com grupos <strong>de</strong> quatro pessoas, mais um facilitador para ca<strong>da</strong>grupo. No início, o grupo <strong>de</strong> quatro pessoas trabalhará junto. Uma pessoa conversacom uma mãe, enquanto os outros membros do grupo observam. Quandotodos souberem o que fazer, você po<strong>de</strong>rá trabalhar em duplas, enquanto o facilitadorficará circulando.• A parteira dirá com quais mulheres po<strong>de</strong>mos conversar e quais estão com seusbebês lactentes na enfermaria.• Um dos participantes conversa com uma mãe:- Apresente-se à mãe e peça permissão para conversar com ela. Se ela não quiserser observa<strong>da</strong>, agra<strong>de</strong>ça a atenção e procure outra mãe. Apresente seu parceiroou grupo e explique que vocês estão interessados na alimentação <strong>de</strong> lactentes.- Peça permissão para observar seu bebê mamando. Evite dizer que você <strong>de</strong>sejaver como ela está amamentando, já que isso po<strong>de</strong> fazer com que ela fiquenervosa. Se o bebê estiver enrolado em mantas pesa<strong>da</strong>s, peça à mãe que o tire<strong>da</strong>s mantas para que você possa vê-lo.- Procure uma ca<strong>de</strong>ira ou um banquinho para se sentar. Se necessário, e caso sejapermitido, sente-se na cama para que você possa ficar no mesmo nível <strong>da</strong> mãe.- Se o bebê estiver mamando, peça à mãe para continuar amamentando. Seo bebê não estiver mamando, peça à mãe para oferecer o peito <strong>da</strong> maneiranormal quando ela achar que o bebê está pronto. Se o bebê estiver disposto amamar nesse momento, peça a permissão <strong>da</strong> mãe para assistir à amamentação.Se o bebê não quiser mamar, agra<strong>de</strong>ça e passe para outra mãe.- Antes ou <strong>de</strong>pois <strong>da</strong> amamentação, faça algumas perguntas abertas à mãe sobrecomo ela está, como o bebê está e como vai indo a amamentação, a fim <strong>de</strong> iniciara conversa. Encoraje a mãe a falar sobre si mesma e sobre o bebê. Pratiquequantas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação para ouvir e apren<strong>de</strong>r forem possíveis.- Lembre-se <strong>de</strong> elogiar o que as mães estiverem fazendo corretamente e <strong>de</strong> ofereceralgumas informações relevantes, se for apropriado.• O parceiro ou o restante do grupo (<strong>de</strong> quatro pessoas) observa:- Fiquem no fundo e em silêncio. Tentem ficar o mais parados e quietos possível.Não façam comentários, nem conversem entre vocês.- Façam observações gerais sobre a mãe e o bebê. Observem, por exemplo: elaparece feliz? Ela possui uma lata <strong>de</strong> fórmula ou uma mama<strong>de</strong>ira com ela?- Façam observações gerais sobre a conversa entre a mãe e o participante. Observem,por exemplo: Quem está falando mais? O participante está fazendoperguntas abertas? A mãe está conversando com liber<strong>da</strong><strong>de</strong> e parece estarcontente com isso?249


- Faça observações específicas sobre as habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação do participante.Observe se o participante faz uso <strong>de</strong> comunicação não verbal útil, seutiliza palavras <strong>de</strong> repreensão ou se faz várias perguntas fecha<strong>da</strong>s às quais amãe respon<strong>de</strong> com Sim ou Não.• Ao observar uma mama<strong>da</strong>:- Fique em silêncio observando a mãe e o bebê durante o aleitamento.- Enquanto observa, preencha um Formulário <strong>de</strong> Observação <strong>da</strong> Mama<strong>da</strong>. Expliqueà mãe que você está usando um Formulário para ajudá-lo a se lembrar<strong>da</strong>s novas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s que está apren<strong>de</strong>ndo.- Faça uma marcação ao lado <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> sinal observado.- Em "Observações", na parte inferior do formulário, registre as observaçõesfeitas e que parecerem importantes para a amamentação.• Ao terminar <strong>de</strong> observar uma mãe:- Agra<strong>de</strong>ça a ela pelo seu tempo e cooperação e diga algo para encorajá-la eapoiá-la.- Vá com o grupo para outra sala ou uma área priva<strong>da</strong> para discutir suas observações.- Discutam o que observaram sobre a amamentação e sobre as habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>comunicação utiliza<strong>da</strong>s pelo participante.Se a mãe precisar <strong>de</strong> aju<strong>da</strong>• Quando uma dupla encontrar uma mãe que precisa <strong>de</strong> aju<strong>da</strong> para posicionar obebê na mama, informe ao facilitador do seu grupo. Depois, pratique oferecendoaju<strong>da</strong> à mãe, enquanto o facilitador observa e aju<strong>da</strong>, se necessário.• Quando uma dupla terminar <strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r uma mãe, se necessário, afastem-se <strong>da</strong>mãe para <strong>de</strong>bater algum tópico. Primeiro, o participante <strong>de</strong>ve comentar sobreseu próprio <strong>de</strong>sempenho. Depois, o facilitador po<strong>de</strong> elogiar o que eles fizeramcorretamente, oferecer informações relevantes e sugerir mu<strong>da</strong>nças que possamser feitas na próxima vez que aju<strong>da</strong>rem uma mãe.• Antes <strong>de</strong> sair <strong>da</strong> enfermaria ou <strong>da</strong> clínica, informe ao funcionário a quais mãesvocê sugeriu mu<strong>da</strong>nça no posicionamento e na pega, <strong>de</strong> modo que ele possa continuarlhes oferecendo as mesmas instruções.• Ca<strong>da</strong> participante <strong>de</strong>ve conversar com pelo menos uma mãe e observar uma mama<strong>da</strong>.Nem to<strong>da</strong>s as mães precisarão <strong>de</strong> aju<strong>da</strong> para posicionar seus bebês e ajudálosna pega.• Enquanto estiver em uma enfermaria ou clínica, observe:- se os bebês estão alojados com suas mães;- se os bebês recebem fórmulas ou água glicosa<strong>da</strong>;- se são utiliza<strong>da</strong>s mama<strong>de</strong>iras;- a presença ou a ausência <strong>de</strong> propagan<strong>da</strong>s <strong>de</strong> leites para bebês;250


- se bebês e mães doentes são admitidos juntos no hospital;- como os bebês com baixo peso no nascer são alimentados.• Não comente suas observações, nem <strong>de</strong>monstre reprovações enquanto estiver nohospital. Aguar<strong>de</strong> até que o facilitador convi<strong>de</strong> os participantes para fazerem comentáriosem particular ou na sala <strong>de</strong> aula.Pergunte aos participantes se compreen<strong>de</strong>ram o que <strong>de</strong>vem fazer durante a práticaclínica e respon<strong>da</strong> as perguntas que forem feitas. Dê instruções sobre como chegar àárea <strong>de</strong> prática clínica.2. Condução <strong>da</strong> prática clínica 80 minutosPara o facilitador <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> grupo:• Ao chegar à área <strong>de</strong> prática clínica:- Apresente-se e apresente o seu grupo ao funcionário responsável.- Pergunte com quais mães seria apropriado conversar e on<strong>de</strong> elas estão.- Tente encontrar uma mãe que esteja amamentando no momento ou umamãe que ache que seu bebê irá querer mamar em breve. Caso isso não sejapossível, converse com uma mãe e seu bebê.- Lembre-se <strong>de</strong> elogiar o que as mães estiverem fazendo corretamente e <strong>de</strong> ofereceralgumas informações relevantes, se for apropriado.• Quando um participante encontrar uma mãe que precisa <strong>de</strong> aju<strong>da</strong> para posicionare aju<strong>da</strong>r seu bebê a fazer a pega, observe o participante enquanto ele aju<strong>da</strong>essa mãe e ofereça aju<strong>da</strong>, se for o caso.• Antes <strong>de</strong> o seu grupo sair <strong>da</strong> enfermaria ou <strong>da</strong> clínica, informe ao funcionárioa quais mães você sugeriu mu<strong>da</strong>nça no posicionamento e na pega <strong>da</strong> mama, <strong>de</strong>modo que ele possa continuar <strong>da</strong>ndo-lhes as mesmas instruções.• Quando o participante tiver terminado <strong>de</strong> conversar com a mãe, leve o grupopara longe <strong>de</strong>la e discuta as observações dos participantes. Pergunte:- De modo geral, o que observaram na mãe e no bebê?- Quais sinais do Formulário <strong>de</strong> Observação <strong>da</strong> Mama<strong>da</strong> eles observaram?- Quais habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação eles observaram?• Caso a mãe e o bebê tenham <strong>de</strong>monstrado sinais <strong>de</strong> posicionamento/pega bomou ruim que não tenham sido percebidos pelos participantes, mencione-os.3. Discussão <strong>da</strong> prática clínica 20 minutosA turma inteira se reúne novamente para discutir a prática clínica.Peça a um participante <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> grupo para relatar, sucintamente, o que apren<strong>de</strong>u.• Peça que comentem:- suas experiências ao usar o Formulário <strong>de</strong> Observação <strong>da</strong> Mama<strong>da</strong> e a Lista<strong>de</strong> Habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Comunicação;251


- situações especiais com mães e bebês e o que eles apren<strong>de</strong>ram com essas situações.Incentive os participantes a relatarem apenas os pontos <strong>de</strong> interesseespecial; não é preciso relatar <strong>de</strong>talhes sobre ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s mães.• Os participantes po<strong>de</strong>m continuar praticando suas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> observação e<strong>de</strong> assistência a mães em outras ocasiões, caso isto seja aceito pelas mães e pelaequipe do hospital. Incentive os participantes a praticarem em duplas, <strong>de</strong> modoque um <strong>de</strong>les possa observar as habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s usa<strong>da</strong>s e posteriormente discuti-lascom os <strong>de</strong>mais participantes.• Faça uma revisão com alguns pontos sobre a prática clínica que aju<strong>da</strong>rão no an<strong>da</strong>mento<strong>da</strong> próxima prática.Verifique se os participantes têm dúvi<strong>da</strong>s.Prática clínica 2: Conversar com uma gestanteObjetivos:Ao final <strong>de</strong>sta seção os participantes <strong>de</strong>vem ser capazes <strong>de</strong>:1. Conversar com uma gestante sobre amamentação.2. Conversar com uma gestante sobre as práticas que aju<strong>da</strong>m a iniciaro aleitamento materno.3. Usar habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação para ouvir e apren<strong>de</strong>r e para aumentara confiança.Tempo total <strong>da</strong> seção:60 minutosO tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento para a área <strong>da</strong> prática clínica NÃO está incluído nesse tempo.Materiais:Lista <strong>de</strong> Verificação Pré-Natal – uma cópia para ca<strong>da</strong> participante (opcional)Lista <strong>de</strong> Habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Comunicação <strong>da</strong> Seção 2 – uma cópia para ca<strong>da</strong> participantePágina do flipchart com Habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Comunicação, <strong>da</strong> Seção 2Impresso Como Realizar a Alimentação Com Copo, <strong>da</strong> Seção 11Preparação para a prática clínica:Certifique-se <strong>de</strong> saber on<strong>de</strong> será realiza<strong>da</strong> a prática clínica e on<strong>de</strong> ca<strong>da</strong> facilitador<strong>de</strong>ve levar seu grupo. Se você não fez isso em um estágio preparatório, visite a clínicaou a enfermaria <strong>de</strong> pré-natal aon<strong>de</strong> você irá, apresente-se aos funcionários responsáveise assegure-se <strong>de</strong> que estejam preparados para a seção.O tempo <strong>da</strong> seção não inclui o tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento para um local <strong>de</strong> práticaclínica. Acrescente mais tempo ao cronograma, se os participantes precisarem sair doprédio para ir a outro local.1. Explicação <strong>da</strong> prática clínica 10 minutos• Esta prática clínica oferece a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>:- Conversar com uma gestante sobre como preten<strong>de</strong> alimentar seu bebê;252


- Conversar com uma gestante sobre práticas que aju<strong>de</strong>m a iniciar o aleitamento,como contato precoce pele a pele, alojamento conjunto, amamentação sob livre<strong>de</strong>man<strong>da</strong> e amamentação exclusiva sem complementos nem bicos artificiais;- Usar suas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação para ouvir e apren<strong>de</strong>r e aumentar aconfiança.• Você trabalhará em grupos <strong>de</strong> quatro pessoas com um facilitador para ca<strong>da</strong> grupo.No início, o grupo inteiro trabalhará junto. Os membros do grupo se revezarãopara conversar com uma gestante: enquanto um conversa, os <strong>de</strong>mais observam.Quando todos souberem o que fazer, você po<strong>de</strong>rá trabalhar em duplas,enquanto o facilitador ficará circulando.• Um participante <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> grupo conversa com uma mãe:- Apresente-se à gestante e peça permissão para conversar com ela sobre alimentaçãodo bebê.- Apresente seu grupo ou parceiro e explique que vocês estão interessados naalimentação <strong>de</strong> lactentes.- Procure encontrar uma ca<strong>de</strong>ira ou um banquinho para se sentar.- Faça algumas perguntas abertas à gestante, como "O que você preten<strong>de</strong> fazerpara alimentar seu bebê?" ou "O que você sabe sobre amamentação?", parainiciar a conversa.- Incentive a mãe a conversar, usando suas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação. Consultea Lista <strong>de</strong> Habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Comunicação. Pratique usando o máximopossível <strong>de</strong> habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação para ouvir e apren<strong>de</strong>r.- Se os comentários <strong>da</strong> mulher indicarem que ela já sabe bastante sobre amamentação,você po<strong>de</strong> corroborar suas informações e elogiá-la. Você não precisa<strong>da</strong>r informações que ela já conheça.- Forneça informações <strong>de</strong> uma forma que seja <strong>de</strong> fácil compreensão. Mencionea importância do aleitamento materno para a mãe e o bebê, e informe porque as práticas são recomen<strong>da</strong><strong>da</strong>s.- Ofereça oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> para que a mulher faça perguntas ou discuta as informaçõescom mais <strong>de</strong>talhes. Você po<strong>de</strong> perguntar sobre experiências anteriorescom a amamentação, se a mulher já tiver filhos.- Lembre-se <strong>de</strong> elogiar o que ela estiver fazendo corretamente e <strong>de</strong> ofereceralgumas informações relevantes, se for apropriado.• Se a gestante disser que não irá amamentar porque tem um problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,NÃO pergunte qual é o problema. Você não precisa conhecer os <strong>de</strong>talhes pessoais<strong>da</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong>la. Você po<strong>de</strong> perguntar se alguém já conversou com ela sobre aalimentação do bebê caso ela não amamente.Verifique se os participantes sabem para on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m encaminhar uma mãe queprecisa <strong>de</strong> aconselhamento sobre alimentação <strong>de</strong> lactentes, caso seja necessário.• O restante do grupo observa:253


- Fiquem no fundo e em silêncio. Tentem ficar o mais parados e quietos possível.Não façam comentários, nem conversem entre vocês.- Façam observações gerais sobre a conversa entre a gestante e o participante.Observem, por exemplo: quem está falando mais? O participante faz perguntasabertas? A gestante está conversando com liber<strong>da</strong><strong>de</strong> e parece estar contentecom isso?- Faça observações específicas sobre as habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação do participante.Observe se ele faz uso <strong>de</strong> comunicação não verbal útil, se utiliza palavras<strong>de</strong> repreensão ou se faz várias perguntas às quais a mãe respon<strong>de</strong> comSim ou Não.• Ao terminar <strong>de</strong> conversar com a gestante:- Agra<strong>de</strong>ça pelo seu tempo e cooperação e diga algo para encorajá-la e apoiá-la.- Vá com o grupo para outra sala ou uma área reserva<strong>da</strong> para discutir suas observações.- Discutam o que observaram sobre a conversa e sobre as habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicaçãoutiliza<strong>da</strong>s pelo participante.• Ca<strong>da</strong> participante <strong>de</strong>ve conversar com pelo menos uma gestante. Enquanto estiverna enfermaria ou na clínica, observe:- a presença ou a ausência <strong>de</strong> propagan<strong>da</strong>s <strong>de</strong> fórmulas para bebês, amostrasgrátis, canetas ou outros objetos que divulguem fórmulas para bebês;- a presença ou a ausência <strong>de</strong> pôsteres ou folhetos voltados às mães que expliquema importância do aleitamento materno ou como amamentar.• Não comente suas observações, nem <strong>de</strong>monstre reprovação enquanto estiver nohospital. Aguar<strong>de</strong> até que o facilitador convi<strong>de</strong> você para fazer comentários emparticular ou na sala <strong>de</strong> aula.Pergunte aos participantes se compreen<strong>de</strong>ram o que <strong>de</strong>vem fazer durante a práticaclínica e respon<strong>da</strong> as perguntas que forem feitas. Dê instruções sobre como chegar àárea <strong>de</strong> prática clínica.2. Condução <strong>da</strong> prática clínica 40 minutosPara o facilitador <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> grupo:• Certifique-se <strong>de</strong> que o grupo possui a Lista <strong>de</strong> Verificação Pré-natal (caso estejaem uso) e uma Lista <strong>de</strong> Habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Comunicação para usar na prática oupara acompanhar quanto estiver observando os colegas.• Quando você chegar à área <strong>de</strong> prática clínica:- Apresente-se e apresente o seu grupo ao funcionário responsável.- Pergunte com quais gestantes seria apropriado conversar e on<strong>de</strong> elas estão.• Quando o participante terminar <strong>de</strong> conversar com a gestante, leve o grupo paralonge <strong>de</strong>la e discuta as observações dos participantes. Pergunte:254


- Quais habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação eles observaram?- As informações forneci<strong>da</strong>s eram precisas e estavam na quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>?3. Discussão <strong>da</strong> prática clínica 10 minutosA turma inteira se reúne novamente para discutir a prática clínica.Peça a um participante <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> grupo para relatar, sucintamente, o que apren<strong>de</strong>ram.• Peça que comentem:- quais foram as principais questões que as mulheres quiseram discutir quandoas informações foram apresenta<strong>da</strong>s;- suas experiências ao usar a Lista <strong>de</strong> Habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Comunicação para conversarcom gestantes.Incentive os participantes a relatarem apenas os pontos <strong>de</strong> interesse especial. Elesnão precisam relatar os <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> gestante.• Faça uma revisão <strong>de</strong> alguns pontos sobre a prática clínica que aju<strong>da</strong>rão no an<strong>da</strong>mento<strong>da</strong> próxima prática clínica.Verifique se os participantes têm dúvi<strong>da</strong>s.Prática clínica 3: Observar a expressão manual do leite ea alimentação com copoObjetivos:Ao final <strong>de</strong>sta seção os participantes <strong>de</strong>vem ser capazes <strong>de</strong>:1. Aju<strong>da</strong>r a mãe a apren<strong>de</strong>r a extrair ou or<strong>de</strong>nhar o leite manualmente,2. Observar uma <strong>de</strong>monstração <strong>da</strong> alimentação com copo.Tempo <strong>da</strong> seção:– 60 minutos para prática <strong>da</strong> expressão manual– 30 minutos para <strong>de</strong>monstração <strong>da</strong> alimentação com copoO tempo <strong>da</strong> seção não inclui o tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento para o(s) local (is) <strong>de</strong> práticaclínica. Acrescente mais tempo ao cronograma, se os participantes precisarem sairdo prédio para ir a outro local.Materiais:Lista <strong>de</strong> Habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Comunicação <strong>da</strong> Seção 2 – uma cópia para ca<strong>da</strong> participanteImpresso Expressão Manual do Leite <strong>da</strong> Seção 11 – uma cópia para ca<strong>da</strong> participanteDemonstração <strong>da</strong> alimentação com copo:Copo pequeno e esterilizado e um pano para limpar as gotas que caírem durante aalimentação com copoLembre aos participantes para trazerem o impresso Como Alimentar o Bebê comCopo <strong>da</strong> seção anterior.255


Preparação para a prática clínica:A prática clínica <strong>de</strong> expressão manual e a <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> alimentação com copopo<strong>de</strong>m ser feitas em momentos diferentes.É possível que uma mãe queira trazer seu bebê para a <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> alimentaçãocom copo na sala <strong>de</strong> aula. Em alguns locais, é possível que as mães queiram vir atéa sala <strong>de</strong> aula para apren<strong>de</strong>r sobre a expressão manual do leite.Essa <strong>de</strong>monstração po<strong>de</strong>ria ser feita no ambulatório usado para visitas <strong>de</strong> acompanhamentoou vacinação <strong>de</strong> bebês saudáveis. Se o bebê for prematuro ou estiverdoente, po<strong>de</strong> haver risco <strong>de</strong> infecção. Procure encontrar um bebê saudável para <strong>de</strong>monstrara alimentação com copo.Se a prática clínica for realiza<strong>da</strong> em uma clínica ou enfermaria, certifique-se <strong>de</strong>que você sabe on<strong>de</strong> ela fica e on<strong>de</strong> ca<strong>da</strong> facilitador <strong>de</strong>ve levar seu grupo. Se você nãofez isso em uma semana preparatória, visite a enfermaria ou a clínica para on<strong>de</strong> irá,apresente-se aos funcionários responsáveis e assegure-se <strong>de</strong> que eles estejam preparadospara a seção.Caso seja necessário, certifique-se <strong>de</strong> que haja um local reservado para ensinar/observara expressão manual. Verifique com os funcionários <strong>da</strong> enfermaria ou <strong>da</strong> clínicaquais recipientes são usados para o leite retirado que alimentará o bebê. Certifique-se<strong>de</strong> que haja alguns recipientes limpos disponíveis, caso a mãe <strong>de</strong>seje guar<strong>da</strong>r o leiteretirado.Conduza a <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> alimentação com copo em pequenos grupos, a fim <strong>de</strong>que todos possam ver, e a mãe e o bebê não se sintam pressionados.1. Explicação <strong>da</strong> prática clínica – expressão manual 5 minutosExplicar as instruções aos participantes• Essa prática clínica oferece a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>:- Aju<strong>da</strong>r a mãe a apren<strong>de</strong>r a retirar o leite manualmente,- Praticar o uso <strong>da</strong>s suas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação.Analise rapi<strong>da</strong>mente os quatro pontos-chave <strong>da</strong> retira<strong>da</strong> manual. Lembre aos participantesque não importa a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> leite retirado nesta prática.Ca<strong>da</strong> grupo <strong>de</strong> quatro pessoas se dividirá em duas duplas <strong>de</strong> participantes.Ca<strong>da</strong> dupla trabalhará separa<strong>da</strong>mente. Um dos integrantes conversa com umamãe, enquanto o outro observa. O facilitador circula entre as duplas, observando eaju<strong>da</strong>ndo quando necessário. Talvez as mães não se sintam à vonta<strong>de</strong> para retirar leitecom pessoas observando.• Para começar:- Apresente-se à mãe e peça permissão para conversar com ela.- Apresente seu parceiro e explique que vocês estão interessados em apren<strong>de</strong>rsobre a retira<strong>da</strong> manual <strong>de</strong> leite materno.256


• Faça algumas perguntas abertas à mãe sobre como ela está, como o bebê está ecomo vai indo o aleitamento, a fim <strong>de</strong> iniciar a conversa. Encoraje a mãe a falarsobre ela mesma e sobre o bebê. Saiba que é possível que a mãe esteja retirandoo leite manualmente por razões que prefere não comentar; não a force a explicar.Se o bebê estiver doente, <strong>de</strong>monstre empatia; no entanto, não é preciso discutir asaú<strong>de</strong> do bebê com <strong>de</strong>talhes. Pratique quantas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação paraouvir e apren<strong>de</strong>r forem possíveis.• Pergunte à mãe se ela retira o leite manualmente.- Se ela realmente retira o leite manualmente, pergunte se po<strong>de</strong> mostrar comoo faz. Deixe que ela <strong>de</strong>monstre sem interrupções, enquanto você observa;não a interrompa para dizer que ela está fazendo algo errado, mesmo quevocê acredite que ela esteja.- Se ela estiver à vonta<strong>de</strong> durante a retira<strong>da</strong> manual, haverá fluxo <strong>de</strong> leite e ela estarásatisfeita com sua técnica. Elogie-a pelo que está fazendo, reforce que o leitematerno é a melhor opção para o bebê e agra<strong>de</strong>ça por lhe aju<strong>da</strong>r a apren<strong>de</strong>r.- Se a mãe tiver dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s com a retira<strong>da</strong> manual, faça alguns comentáriospositivos e <strong>de</strong>pois pergunte se você po<strong>de</strong> sugerir algumas maneiras para retiraro leite com maior facili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Explique, com palavras simples, a razão <strong>da</strong>ssugestões que você fizer. Caso sugira que ela movimente os <strong>de</strong>dos ao redor <strong>da</strong>mama, explique que há leite em to<strong>da</strong>s as áreas <strong>da</strong> mama, e que a movimentaçãodos <strong>de</strong>dos aju<strong>da</strong> o leite a fluir <strong>de</strong>ssas áreas.- Se a mãe não conhecer a retira<strong>da</strong> manual, pergunte a ela se você po<strong>de</strong> lhe explicarpor que po<strong>de</strong>ria ser útil apren<strong>de</strong>r a retira<strong>da</strong> manual. Se ela concor<strong>da</strong>r, expliquealgumas razões pelas quais esse procedimento po<strong>de</strong>ria ser útil para ela. Emsegui<strong>da</strong>, pergunte se po<strong>de</strong> ajudá-la a apren<strong>de</strong>r a retirar o leite manualmente.• Procure encontrar uma ca<strong>de</strong>ira ou um banquinho para se sentar, a fim <strong>de</strong> ficar nomesmo nível <strong>da</strong> mãe. Assegure-se <strong>de</strong> que a mãe esteja confortável e <strong>de</strong> que temalguma privaci<strong>da</strong><strong>de</strong>, se necessário.• A mãe po<strong>de</strong> retirar apenas uma pequena quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> leite para lhe mostrarcomo ela o faz ou po<strong>de</strong> retirar uma mama<strong>da</strong> completa para o bebê, caso ele costumereceber leite materno retirado regularmente. Se a mãe fornece o leite aobebê, precisa lavar suas mãos e preparar um recipiente a<strong>de</strong>quado para o leite.• Quando uma dupla encontrar, pela primeira vez, uma mãe que precisa <strong>de</strong> aju<strong>da</strong>com a retira<strong>da</strong> manual, peça permissão à mãe para que o facilitador a acompanhe.O participante aju<strong>da</strong> a mãe a apren<strong>de</strong>r a retirar o leite manualmente, enquantoo facilitador observa e aju<strong>da</strong>, caso seja necessário.• O parceiro observa:- Fique no fundo e em silêncio. Tente ficar o mais parado e quieto possível.Não faça comentários.- Faça observações gerais sobre a retira<strong>da</strong> manual: a mãe parece estar à vonta<strong>de</strong>ou parece sentir dor? O leite está fluindo? Você po<strong>de</strong> usar o Guia <strong>de</strong> Retira<strong>da</strong>Manual para lhe aju<strong>da</strong>r a lembrar dos principais pontos a serem observados.257


- Faça observações gerais sobre a conversa entre a mãe e o participante. Observe,por exemplo: Quem está falando mais? O participante faz perguntasabertas ou fecha<strong>da</strong>s? A mãe está conversando com liber<strong>da</strong><strong>de</strong> e parece estarsatisfeita com a conversa ou para ela é difícil conversar?- Faça observações específicas sobre as habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação do participante.Observe se o participante faz uso <strong>de</strong> comunicação não verbal útil,se utiliza palavras <strong>de</strong> repreensão ou se faz várias perguntas às quais a mãerespon<strong>de</strong> com Sim ou Não.• Ao terminar <strong>de</strong> observar ca<strong>da</strong> mãe:- Agra<strong>de</strong>ça à mãe pelo seu tempo e cooperação e diga algo para elogiá-la eapoiá-la.- Vá com o seu parceiro a outra sala ou uma área reserva<strong>da</strong>, longe <strong>de</strong> outrasmães, para discutir suas observações.- Discuta com o seu facilitador o que observou sobre a retira<strong>da</strong> manual e sobreas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação utiliza<strong>da</strong>s pelo participante.• Ca<strong>da</strong> participante observará pelo menos uma mãe fazer a retira<strong>da</strong> manual. Nemto<strong>da</strong>s as mães precisarão <strong>de</strong> aju<strong>da</strong> para apren<strong>de</strong>r a retirar o leite manualmente.• Enquanto estiver em uma enfermaria ou em uma clínica, observe:- se os bebês estão alojados com suas mães;- a presença ou a ausência <strong>de</strong> bombas para retira<strong>da</strong> <strong>de</strong> leite; 78- como o leite materno é manuseado/armazenado para ser posteriormente fornecidoa um bebê em tratamento especial;- como os bebês nascidos com baixo peso ou doentes são alimentados quandosão incapazes <strong>de</strong> mamar.• Não comente suas observações, nem <strong>de</strong>monstre reprovação enquanto estiver nohospital. Aguar<strong>de</strong> até que o facilitador convi<strong>de</strong> você para fazer comentários emparticular ou na sala <strong>de</strong> aula.Pergunte aos participantes se compreen<strong>de</strong>ram o que <strong>de</strong>vem fazer durante a práticaclínica e respon<strong>da</strong> as perguntas que forem feitas. Dê instruções sobre como chegar àárea <strong>de</strong> prática clínica.2. Condução <strong>da</strong> prática clínica – expressão manual <strong>de</strong> leite 45 minutosInstruções para o facilitador <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> grupo:• Ao chegar à área <strong>de</strong> prática clínica:- Apresente-se e apresente o seu grupo ao funcionário responsável.- Pergunte com quais mães seria apropriado conversar e on<strong>de</strong> elas estão.- Pergunte se ele concor<strong>da</strong> que a mãe receba aju<strong>da</strong>, caso você i<strong>de</strong>ntifique umamãe que precise <strong>de</strong> aju<strong>da</strong> para retirar o leite manualmente, ou se ele precisaverificar individualmente ca<strong>da</strong> mãe antes que ela receba aju<strong>da</strong>.78As bombas não são necessárias para retirar o leite. Se você não vir bombas na enfermaria, isso po<strong>de</strong> indicar que os funcionários têmmuita habili<strong>da</strong><strong>de</strong> para ensinar as mães a retirarem o leite manualmente, o que é uma prática positiva.258


- Lembre-se <strong>de</strong> elogiar o que as mães estiverem fazendo corretamente e <strong>de</strong> ofereceralgumas informações relevantes, se for apropriado.• É possível que as mães precisem <strong>de</strong> algo para armazenar ou absorver o leite retirado:uma fral<strong>da</strong>, um pouco <strong>de</strong> algodão ou, caso esteja armazenando o leite, umrecipiente limpo. Se o leite estiver <strong>de</strong>stinado ao bebê, primeiro a mãe precisarálavar as mãos.• Aproxime-se <strong>de</strong> uma dupla do seu grupo. Observe suas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicaçãoe como aju<strong>da</strong>m uma mãe a apren<strong>de</strong>r. Caso seja necessário, você po<strong>de</strong>ráfazer uma <strong>de</strong>monstração para a dupla, se a mãe concor<strong>da</strong>r.• Quando a dupla <strong>de</strong> participantes tiver terminado <strong>de</strong> conversar com a mãe, leve ogrupo para longe <strong>da</strong> mãe e discuta o que foi observado. Pergunte:- De modo geral, o que observaram na mãe e no bebê?- Quais sinais do Guia <strong>de</strong> Retira<strong>da</strong> Manual eles observaram?- Quais habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação eles observaram?• Primeiro, permita que os participantes comentem seus próprios <strong>de</strong>sempenhos.Depois, reforce o que eles fizeram corretamente, ofereça informações relevantes esugira mu<strong>da</strong>nças que possam ser feitas na próxima vez que aju<strong>da</strong>rem uma mãe.• Se a mãe utilizar técnicas boas <strong>de</strong> retira<strong>da</strong> manual que os participantes não tenhampercebido, mencione-as.3. Discussão <strong>da</strong> prática clínica – retira<strong>da</strong> manual 10 minutosA turma inteira se reúne novamente para discutir a prática clínica.Peça aos participantes que relatem, sucintamente, o que apren<strong>de</strong>ram.• Peça que comentem:- Qualquer situação especial com mães e bebês e o que eles apren<strong>de</strong>ram comessas situações, no que se refere à retira<strong>da</strong> manual ou ao fornecimento <strong>de</strong> leiteor<strong>de</strong>nhado para o bebê;- Suas experiências usando as Habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Comunicação.• Devido às restrições <strong>de</strong> tempo, os participantes <strong>de</strong>vem relatar apenas os pontos<strong>de</strong> interesse especial, e não os <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> mãe e <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> bebê.• Os participantes po<strong>de</strong>m continuar praticando suas habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> observação e<strong>de</strong> assistência a mães em outras ocasiões, caso isto seja aceito pelas mães e pelaequipe do hospital. Incentive os participantes a praticarem em duplas, <strong>de</strong> modoque um <strong>de</strong>les possa observar as habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s usa<strong>da</strong>s e posteriormente discuti-lascom o parceiro.• Faça uma revisão com alguns pontos sobre a prática clínica que aju<strong>da</strong>rão no an<strong>da</strong>mento<strong>da</strong> próxima prática clínica.Verifique se os participantes têm dúvi<strong>da</strong>s.259


4. Prática clínica – <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> alimentação com copo 79 30 minutos• A maioria dos bebês é capaz <strong>de</strong> mamar no peito e não precisa ser alimenta<strong>da</strong> comcopo. Os profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>vem conhecer a técnica básica <strong>da</strong> alimentaçãocom copo, a fim <strong>de</strong> saberem como ela funciona.• Nem to<strong>da</strong>s as mães precisam saber como alimentar seus bebês com copo, e vocênão praticará o ensino <strong>de</strong>ssa habili<strong>da</strong><strong>de</strong> com to<strong>da</strong>s as mães. Você verá uma <strong>de</strong>monstração<strong>de</strong> alimentação com copo, para compreen<strong>de</strong>r como ela funciona. 80Faça uma revisão com os principais pontos <strong>da</strong> alimentação com copo, <strong>da</strong> Seção 11.Instruções para o facilitador• Conduza a <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> alimentação com copo em pequenos grupos, a fim<strong>de</strong> que todos possam ver e para não pressionar a mãe e o bebê.• Pergunte a uma mãe se você po<strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar a alimentação com copo com obebê <strong>de</strong>la. Isso po<strong>de</strong> ser feito com um bebê que já esteja recebendo leite maternoretirado ou leite <strong>de</strong> substituição com copo ou com uma mãe que gostaria <strong>de</strong>apren<strong>de</strong>r como se faz.• Use perguntas abertas para saber a respeito do bebê e como ele está se alimentando.Explique à mãe por que às vezes a alimentação com copo é usa<strong>da</strong>.• Demonstre para o grupo como alimentar um bebê com copo. Ao terminar, pergunteà mãe o que ela achou <strong>da</strong> alimentação <strong>de</strong>ssa maneira. Respon<strong>da</strong> às perguntasque ela fizer.• Em segui<strong>da</strong>, afastem-se <strong>da</strong> mãe e do bebê para discutirem o que os participantesobservaram e apren<strong>de</strong>ram sobre a alimentação com copo.• Faça revisão com alguns pontos sobre a prática clínica que aju<strong>da</strong>rão no an<strong>da</strong>mento<strong>da</strong> próxima prática clínica.Verifique se os participantes têm dúvi<strong>da</strong>s.79Se o bebê for prematuro ou estiver doente, a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> em grupo po<strong>de</strong> apresentar risco <strong>de</strong> infecção. Procure encontrar um bebê saudávelpara <strong>de</strong>monstrar a alimentação com copo.80Po<strong>de</strong>m ser provi<strong>de</strong>ncia<strong>da</strong>s horas adicionais <strong>de</strong> prática clínica para <strong>da</strong>r oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> aos participantes <strong>de</strong> praticarem o ensino <strong>da</strong>alimentação com copo com as mães. Essa habili<strong>da</strong><strong>de</strong> é explica<strong>da</strong> com mais <strong>de</strong>talhes em HIV e Alimentação Infantil: um curso <strong>de</strong> treinamento,já que a alimentação com copo é uma habili<strong>da</strong><strong>de</strong> que muitas mães que substituem a amamentação precisam conhecer.260


3.3 SLIDES DE POWER POINT PARA O CURSO261


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