Revista Economia & Tecnologia - Universidade Federal do Paraná
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Helder Ferreira de Men<strong>do</strong>nça, Délio José Cordeiro Galvão, Renato Falci Villela Loures<br />
O argumento acima pode ser atesta<strong>do</strong> pelo crescimento sustenta<strong>do</strong> <strong>do</strong> volume de<br />
negociações na Bolsa de Valores de São Paulo desde 2002 (exceção é o perío<strong>do</strong> 2008-09 devi<strong>do</strong><br />
à crise <strong>do</strong> subprime - vide Gráfico 1). O mesmo fenômeno pode ser observa<strong>do</strong> para a Bolsa de<br />
Opções, Derivativos e Futuros (vide Gráfico 4). No perío<strong>do</strong> compreendi<strong>do</strong> entre 2002 e 2009<br />
o número de contratos negocia<strong>do</strong>s sofreu um incremento de 465%.<br />
GRÁFICO 3 - Evolução <strong>do</strong> EMBI+ (jan/1998 a set/2010)<br />
2200<br />
2000<br />
1800<br />
1600<br />
1400<br />
1200<br />
1000<br />
800<br />
600<br />
400<br />
200<br />
0<br />
Crise eleitoral<br />
governo Lula<br />
(1o. mandato)<br />
jan/98<br />
jul/98<br />
jan/99<br />
jul/99<br />
jan/00<br />
jul/00<br />
jan/01<br />
jul/01<br />
jan/02<br />
jul/02<br />
jan/03<br />
jul/03<br />
jan/04<br />
jul/04<br />
jan/05<br />
jul/05<br />
jan/06<br />
jul/06<br />
jan/07<br />
jul/07<br />
jan/08<br />
jul/08<br />
jan/09<br />
jul/09<br />
jan/10<br />
jul/10<br />
FONTE: JP Morgan.<br />
Conforme destaca<strong>do</strong> por Estrella (2004), a maior rentabilidade <strong>do</strong>s ativos está associada<br />
a riscos mais eleva<strong>do</strong>s. Este fato tem si<strong>do</strong> alvo da atenção <strong>do</strong>s órgãos de supervisão e<br />
regulação <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> inteiro depois da crise <strong>do</strong> subprime . Representantes <strong>do</strong> G-20, Fun<strong>do</strong> Monetário<br />
Internacional, Comitê de Basiléia, Banco de Compensações Internacionais (BIS), e outros,<br />
buscam solução para a escassez/flexibilidade de regulamentação que envolve as operações<br />
com os derivativos de crédito. Embora o Brasil na crise <strong>do</strong> subprime tenha si<strong>do</strong> marca<strong>do</strong> por um<br />
excesso de regulação, é preciso encontrar formas de mitigar o risco e identificar fragilidades no<br />
sistema financeiro que possam levar à formação de bolhas capazes de desencadear uma crise<br />
no sistema.<br />
No âmbito <strong>do</strong> sistema financeiro mundial, a reação <strong>do</strong>s órgãos de regulação à crise<br />
<strong>do</strong> subprime se encontra consolidada no <strong>do</strong>cumento que vem sen<strong>do</strong> chama<strong>do</strong> de Basileia III.<br />
As reformas propostas em Basileia III buscam fortalecer a saúde das instituições bancárias,<br />
aprimorar estruturas de gestão de riscos, governança corporativa das instituições financeiras,<br />
ampliar requerimentos de capital e liquidez, e introduzir medidas suplementares de controle<br />
de alavancagem. Destarte, são propostas medidas que visam dar maior robustez aos sistemas<br />
Sobre a crise <strong>do</strong> subprime, ver de Men<strong>do</strong>nça, Galvão e Loures (2010).<br />
66<br />
<strong>Economia</strong> & <strong>Tecnologia</strong> - Ano 07, Volume Especial - 2011