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Marcado para a morte - Revista Cristã de Espiritismo

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O QUE DIZ O LIVRO DOS ESPÍRITOS<br />

ERRO FATAL<br />

A maioria das pessoas ignora que<br />

não se po<strong>de</strong> simplesmente executar<br />

um suspeito <strong>de</strong> cometer um crime<br />

sem provas. Quando se con<strong>de</strong>na à<br />

ca<strong>de</strong>ia alguém e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>scobrimos<br />

que ele é inocente, como foi o caso<br />

dos donos da Escola Base, acusados<br />

<strong>de</strong> praticar orgias com as crianças<br />

sob sua guarda, po<strong>de</strong>-se no mínimo<br />

oferecer uma compensação financeira<br />

pelo mal causado.<br />

Mas e quando o prisioneiro é executado<br />

e só <strong>de</strong>pois se <strong>de</strong>scobre sua<br />

inocência Como re<strong>para</strong>r o erro In<strong>de</strong>nizando<br />

sua família Durante o Império,<br />

um fazen<strong>de</strong>iro foi acusado <strong>de</strong><br />

matar toda uma família <strong>de</strong> colonos.<br />

Pela cruelda<strong>de</strong> com que foi cometido<br />

o crime, ele foi alcunhado <strong>de</strong><br />

“Fera <strong>de</strong> Macabu”. Após a sua execução,<br />

<strong>de</strong>scobriu-se que a esposa do<br />

executado foi a mandante. Dom<br />

Pedro II ficou tão chocado que nunca<br />

mais autorizou uma execução.<br />

Devido a esse risco, os presos do<br />

corredor da <strong>morte</strong> nos Estados Unidos<br />

passam pelo menos <strong>de</strong>z anos<br />

esperando que a sentença seja cumprida<br />

ou comutada em prisão perpétua,<br />

se forem culpados. O custo<br />

maior é causado pelas <strong>de</strong>spesas judiciais,<br />

muito maiores se com<strong>para</strong>das<br />

a <strong>de</strong> um preso que cumpre uma<br />

sentença <strong>de</strong> prisão. Isso se <strong>de</strong>ve,<br />

principalmente, ao risco <strong>de</strong> um erro<br />

judicial, como foi o caso da “Fera <strong>de</strong><br />

Macabu”. Por isso, um preso con<strong>de</strong>nado<br />

à <strong>morte</strong> custa mais caro que<br />

um outro sob prisão perpétua nas<br />

socieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>mocráticas.<br />

Entretanto, a <strong>de</strong>mora na execução<br />

da sentença po<strong>de</strong> ser avaliada como<br />

uma espécie <strong>de</strong> tortura psicológica<br />

Questão 760 – A pena <strong>de</strong> <strong>morte</strong><br />

<strong>de</strong>saparecerá um dia da legislação<br />

humana<br />

A pena <strong>de</strong> <strong>morte</strong> <strong>de</strong>saparecerá<br />

incontestavelmente e sua supressão<br />

marcará um progresso na humanida<strong>de</strong>.<br />

Quando os homens estiverem mais<br />

esclarecidos, a pena <strong>de</strong> <strong>morte</strong> será<br />

completamente abolida da Terra, os<br />

homens não terão mais necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

serem julgados pelos homens. Falo <strong>de</strong><br />

um tempo que ainda está muito<br />

distante <strong>de</strong> vós.<br />

Questão 761– A lei <strong>de</strong> conservação<br />

assegura ao homem o direito <strong>de</strong><br />

preservar sua própria vida; não usa<br />

<strong>de</strong>sse direito quando elimina da<br />

socieda<strong>de</strong> um membro perigoso<br />

aplicada aos presos, equivalente à<br />

roleta-russa. Chegará um momento<br />

em que a brinca<strong>de</strong>ira irá cessar ou a<br />

única bala do tambor irá finalmente<br />

cumprir sua função.<br />

QUAL É O PERFIL PSICOLÓGICO<br />

DE UM SERIAL KILLER<br />

As crônicas policiais brasileiras<br />

falam <strong>de</strong> um criminoso peculiar,<br />

uma espécie <strong>de</strong> “Jack, o estripador”<br />

tupiniquim. Chico Picadinho, como<br />

ficou conhecido, foi preso por matar<br />

e esquartejar prostitutas nos anos 60.<br />

Após <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> bom comportamento,<br />

ele obteve uma condicional<br />

e até se casou após sair da prisão.<br />

Mas não conseguiu se conter e cometeu<br />

crime semelhante. Até que<br />

ponto seu comportamento foi estudado<br />

Com que frieza ele se preparou<br />

<strong>para</strong> cometer o crime que finalmente<br />

pôs fim à sua “carreira”<br />

A frase retirada <strong>de</strong> O Silêncio dos<br />

Inocentes indica um argumento pela<br />

manutenção da vida <strong>de</strong> prisioneiros<br />

como esses. Algumas pessoas po<strong>de</strong>m<br />

perguntar: por que eu <strong>de</strong>veria poupar<br />

pessoas que causaram tanto sofrimento<br />

(e que po<strong>de</strong>m voltar a causar), enquanto<br />

suas vítimas estão no plano<br />

espiritual e suas famílias sofrem com<br />

a ausência dos entes queridos<br />

Estudando o “Maníaco do Parque”,<br />

por exemplo, po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>scobrir<br />

como i<strong>de</strong>ntificar perfis semelhantes<br />

ao <strong>de</strong>le precocemente e<br />

Há outros meios <strong>de</strong> se preservar<br />

do perigo sem precisar matar. É<br />

necessário, aliás, abrir ao criminoso<br />

a porta do arrependimento e não<br />

fechá-la.<br />

Questão 762 – Se a pena <strong>de</strong> <strong>morte</strong><br />

po<strong>de</strong> ser banida das socieda<strong>de</strong>s<br />

civilizadas, não foi uma necessida<strong>de</strong><br />

nas épocas menos avançadas<br />

Necessida<strong>de</strong> não é bem a palavra.<br />

O homem acha sempre uma coisa<br />

necessária quando não encontra<br />

justificativa melhor; mas, à medida<br />

que se esclarece, compreen<strong>de</strong> mais<br />

acertadamente o que é justo ou<br />

injusto e repudia os excessos<br />

cometidos nos tempos <strong>de</strong> ignorância,<br />

em nome da justiça.<br />

provi<strong>de</strong>nciar tratamento psiquiátrico,<br />

<strong>para</strong> que essas pessoas não cometam<br />

crimes como o motoboy<br />

Francisco <strong>de</strong> Assis Bezerra. Também<br />

temos a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estudar<br />

casos semelhantes ao do estudante<br />

<strong>de</strong> medicina que causou um<br />

massacre no cinema do Shopping<br />

Morumbi, em 1999.<br />

CRUELDADE E<br />

PENA DE MORTE<br />

Segundo o autor do livro O que<br />

é Pena <strong>de</strong> Morte, esse tipo <strong>de</strong> punição<br />

tem duas funções: a <strong>de</strong> satisfazer<br />

um sentimento <strong>de</strong> vingança e<br />

cumprir um papel <strong>de</strong> intimidação. A<br />

pena capital tem um <strong>para</strong>doxo, i<strong>de</strong>ntificado<br />

pelo autor: quanto menor é<br />

a agonia do prisioneiro, menor é o<br />

apoio a tal tipo <strong>de</strong> punição. Segundo<br />

Carvalho Filho, as pessoas que<br />

apóiam tal medida apreciam-na justamente<br />

pelo sofrimento que causa<br />

ao con<strong>de</strong>nado. Medidas e técnicas<br />

criadas <strong>para</strong> minimizar esse sofrimento,<br />

como a guilhotina e a injeção<br />

letal, são malvistas.<br />

Segundo o Código Penal iraniano,<br />

país que ainda adota a lapidação<br />

como forma <strong>de</strong> execução, “as pedras<br />

não <strong>de</strong>vem ser tão gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong> modo<br />

a provocar a <strong>morte</strong> pelo golpe <strong>de</strong><br />

apenas uma ou duas <strong>de</strong>las, nem tão<br />

pequenas que não possam ser chamadas<br />

<strong>de</strong> pedras...” (O que é Pena<br />

<strong>de</strong> Morte, pág. 37).<br />

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