Revista IP nº35 - Educar com ... - Escola Interativa
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Aprendizado<br />
Enfrentando o dia-a-dia<br />
<strong>com</strong> as mentes inquietas<br />
O Distúrbio do Déficit de Atenção atinge entre 3 e 5% das crianças na idade escolar<br />
O<br />
ano letivo <strong>com</strong>eça, você passa a conhecer<br />
a nova turminha e algumas situações<br />
se repetem. Existem os ótimos alunos,<br />
os não tão aplicados e alguns que são<br />
capazes de tirar qualquer professor do<br />
sério. São avoados, esquecidos, impulsivos<br />
e tão bagunceiros que atrapalham<br />
toda a turma. Se você costuma se queixar<br />
e deixar esse último grupo de lado, muito<br />
cuidado. Alguns deles podem apresentar<br />
o Distúrbio do Déficit de Atenção (DDA),<br />
doença que atinge entre 3 e 5% das crianças<br />
em idade escolar.<br />
Justamente por terem um problema<br />
que muitas vezes se confunde <strong>com</strong> falta de<br />
limites ou excesso de mimo, esses alunos<br />
e alunas precisam ainda mais da <strong>com</strong>preensão<br />
dos professores. O primeiro passo<br />
para poder ajudá-los é estar bem informado<br />
sobre o que é a doença, que se manifesta<br />
até os sete anos de idade.<br />
Segundo especialistas, o Distúrbio do<br />
Déficit de Atenção é hereditário, mas existe<br />
uma corrente, defendida por poucos<br />
profissionais, que acredita que outros fatores,<br />
<strong>com</strong>o por exemplo a alimentação,<br />
possam interferir no desenvolvimento dos<br />
sintomas. A doença é resultado de uma<br />
disfunção neurológica no córtex pré-frontal.<br />
Quando as pessoas <strong>com</strong> DDA tentam<br />
concentrar-se a atividade do córtex préfrontal<br />
diminui, em vez de aumentar <strong>com</strong>o<br />
acontece <strong>com</strong> os indivíduos normais. O<br />
resultado são sintomas <strong>com</strong>o desorganização,<br />
distração, problemas de controle<br />
e impulso e, em alguns casos, agitação.<br />
Existem dois tipos de DDA, <strong>com</strong><br />
hiperatividade-impulsividade e sem (mais<br />
detalhes no box Seu aluno é DDA). O primeiro<br />
é mais <strong>com</strong>um nos meninos e intimamente<br />
ligado a uma agitação<br />
incontrolável. Já o segundo é mais freqüente<br />
nas meninas, que parecem estar sempre<br />
no mundo da lua.<br />
“Muitas vezes os professores não sabem<br />
quais os sintomas da doença e vão<br />
logo achando que seus alunos são problemáticos<br />
e não têm jeito. Isso<br />
é péssimo para essa criança”,<br />
defende a psicóloga e<br />
pedagoga Célia Holzmann, que trabalha<br />
<strong>com</strong> meninos e meninas DDA. A doença é<br />
para a vida toda e, se não tratada, pode<br />
causar sérios prejuízos no futuro. “Quando<br />
chega à adolescência sem saber do<br />
problema, o DDA sente-se diferente e isso<br />
8<br />
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