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Extensão Rural em Moçambique - adelinotorres.com

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Extensão <strong>Rural</strong>: Um estudo de caso no Distrito de Magude<br />

Book Sambo<br />

22<br />

objectivos; ao grupo alvo; a mensag<strong>em</strong>; aos métodos; e às organizações dos serviços de<br />

extensão." 12<br />

É plausível a ideia de que a participação <strong>com</strong>unitária seja mister no processo de Extensão<br />

<strong>Rural</strong>. O probl<strong>em</strong>a que se coloca assenta-se nos mecanismos pelos quais se tenta pôr <strong>em</strong><br />

prática este facto. O que certos estudos 13 revelam é que n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre t<strong>em</strong> sido eficaz, e na<br />

maioria das vezes as condições existentes não favorec<strong>em</strong> a uma participação condigna .<br />

Como tal verificam-se vários tipos de obstáculos à participação:<br />

• centralização de tomada de decisões<br />

• atitudes, valores e aptidões não apropriadas do pessoal<br />

• sist<strong>em</strong>a de avaliação não apropriado<br />

• mudança frequente do pessoal<br />

• corrupção<br />

Dentre os obstáculos ligados à <strong>com</strong>unidade destacam-se os seguintes:<br />

• falta de organizações locais apropriadas<br />

• falta de capacidade de direcção e de organização<br />

• falta de infra-estruturas na <strong>com</strong>unidade<br />

• espírito de discórdia e divergência nos interesses económicos<br />

• tradição directiva<br />

• passividade adquirida e falta de t<strong>em</strong>po<br />

Dentre os obstáculos acima delineados, exist<strong>em</strong> alguns pontos passíveis de discussão, por<br />

ex<strong>em</strong>plo, no que diz respeito a falta de capacidade de direcção e organização. O que se<br />

verifica é que exist<strong>em</strong> preconceitos relativamente a população rural no tocante as suas<br />

capacidades organizativas. O que se pode verificar para discordar <strong>com</strong> este ponto , é que a<br />

História 14 mostra-nos que os africanos já puderam viver de uma máquina administrativa<br />

eficiente, dirigida por indivíduos analfabetos, mesmo no período anterior à ocupação<br />

colonial (Pélissier, 1994). No tocante aos constrangimentos da participação <strong>com</strong>unitária<br />

alguns <strong>com</strong>o por ex<strong>em</strong>plo Lele (1980) e os participantes da II Reunião Nacional de Extensão<br />

Agrária realizada <strong>em</strong> Maputo, de 14 a 18 de Set<strong>em</strong>bro de 1992, são da opinião segundo a<br />

qual o probl<strong>em</strong>a assenta-se nas condições de trabalho do extensionista. Como ex<strong>em</strong>plo<br />

t<strong>em</strong>os a seguinte citação: “Les agents de vulgarisation sont clairs<strong>em</strong>és sur le terrain, mal<br />

12 Ban, H. et al (1994) La vulgarisation rurale en Afrique; Editions Karthala et CTA, Nigeria –<br />

tradução de Book Sambo.<br />

13 Boon. Et al (1997); Participação e estratégias de extensão

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