11.01.2015 Views

Extensão Rural em Moçambique - adelinotorres.com

Extensão Rural em Moçambique - adelinotorres.com

Extensão Rural em Moçambique - adelinotorres.com

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Extensão <strong>Rural</strong>: Um estudo de caso no Distrito de Magude<br />

Book Sambo<br />

24<br />

Para não se menosprezar uma <strong>com</strong>ponente da Extensão <strong>Rural</strong> <strong>em</strong> prol das outras, certos<br />

autores afirmam que a extensão agrícola é um vector que estimula a investigação e que para<br />

tal deve ser explorada.<br />

Autores <strong>com</strong>o é o caso de Biggs & Farrington (1991) afirmam porém, que a extensão<br />

agrícola é um meio pelo qual se deve desenvolver as investigações científicas, quer seja na<br />

área das ciências naturais <strong>com</strong>o nas ciências sociais. Cada área deverá preocupar-se <strong>em</strong> levar<br />

avante os seus estudos de modo a permitir uma melhoria significativa na agricultura. Estes<br />

autores não põ<strong>em</strong> de parte a ideia segundo a qual as tecnologias e técnicas da revolução<br />

verde dev<strong>em</strong> ser aplicadas de forma eficiente, <strong>com</strong>o resultado das necessidades extr<strong>em</strong>as da<br />

Extensão Agrícola. Neste ponto não difer<strong>em</strong> tanto de Droy (1990) que afirma: Avec le<br />

crédit, la vulgarisation agricole est le principal vecteur de pénétration des nouvells<br />

techniques dans un monde rural souvent considéré à tort <strong>com</strong>me figé et réfractaire aux<br />

innovations. Para explicar por que motivos os terceiro mundistas apegaram-se à extensão<br />

agrícola, Gebregziabher (1975:3) diz - nos o seguinte:<br />

“Numa análise final, o Desenvolvimento <strong>Rural</strong> integrado envolve todas as coisas que<br />

promov<strong>em</strong> as condições de vida das massas rurais, o qual nas condições dos países<br />

subdesenvolvidos, não foi b<strong>em</strong> sucedido e por isso, nestes países, acabou-se por concentrar<br />

as suas atenções na agricultura” Gebregziabher (1975:3) citado por Mazive (1995). Esta<br />

posição é secundada por Aruna (1994) ao afirmar que a maior parte da população africana<br />

dedica-se à agricultura, e <strong>com</strong>o tal, os governos locais dos países africanos apostaram na<br />

agricultura <strong>com</strong>o o vector do desenvolvimento.<br />

Numa visão geral é de salientar que a Extensão <strong>Rural</strong> deve-se adequar ao meio <strong>em</strong> que se<br />

pretende impl<strong>em</strong>entar. Para um país <strong>com</strong>o Moçambique, <strong>em</strong> que existe uma enorme<br />

diversidade cultural, climatérica, topográfica, etc., é s<strong>em</strong>pre necessário tomar <strong>em</strong><br />

consideração esses factores todos, na impl<strong>em</strong>entação dos Programas de Extensão <strong>Rural</strong>.<br />

Exist<strong>em</strong> Distritos <strong>em</strong> que as condições climatéricas, topográficas, e geológicas, não permit<strong>em</strong><br />

o desenvolvimento da agricultura. Entretanto parece-nos que o Governo continua<br />

impl<strong>em</strong>entando a extensão agrícola.<br />

Num trabalho de tese (para obtenção do grau de licenciatura) feito por Mazive (1995) nos<br />

distritos de Boane e Moamba, o autor diz existir<strong>em</strong> nestes Distritos, condições necessárias<br />

para a implantação de indústrias rurais especializadas na produção de sal de cozinha; blocos e<br />

tijolos; extracção pedreira para construção civil; produção de bebidas espirituosas de carácter<br />

tradicional etc. Concordando <strong>com</strong> este autor, “ <strong>com</strong> a prática das actividades acima referidas

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!