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Traços da representação feminina na mídia - Jornalismo da UFV

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Tais grupos, contudo, tendem a ser pensados de forma ca<strong>da</strong> vez mais<br />

segmenta<strong>da</strong>. Portanto, consideram-se atualmente no Brasil, pelo menos vinte gêneros <strong>na</strong><br />

classificação dos principais títulos em circulação: interesse geral/informação/<br />

atuali<strong>da</strong>des; interesse geral/ciência; interesse geral/leitura; interesse geral/negócios;<br />

interesse geral/turismo; <strong>femini<strong>na</strong></strong>/comportamento/beleza; <strong>femini<strong>na</strong></strong>/jovem; <strong>femini<strong>na</strong></strong>/<br />

mo<strong>da</strong>; trabalhos manuais; <strong>femini<strong>na</strong></strong>/puericultura; <strong>femini<strong>na</strong></strong>/culinária; <strong>femini<strong>na</strong></strong>/saúde;<br />

masculi<strong>na</strong>; esporte/automobilismo; arquitetura; decoração; astrologia; cinema/música/<br />

TV; construção; infantil/games; informática; e outros (Nascimento, 1999).<br />

2.1. Linguagem jor<strong>na</strong>lística: texto de jor<strong>na</strong>l e texto de revista<br />

Enquanto <strong>na</strong> literatura a forma é compreendi<strong>da</strong> como portadora, em si, de<br />

informação estética, em jor<strong>na</strong>lismo a ênfase desloca-se para os conteúdos, para o que é<br />

informado. O jor<strong>na</strong>lismo se propõe processar informação em escala industrial e para o<br />

consumo imediato. As variáveis formais devem ser reduzi<strong>da</strong>s, portanto, mais<br />

radicalmente do que <strong>na</strong> literatura.<br />

Para Nilson Lage (2003) em Linguagem jor<strong>na</strong>lística, o texto jor<strong>na</strong>lístico procura<br />

conter informação conceitual, o que significa suprimir usos lingüísticos pobres de<br />

valores referenciais, como as frases feitas <strong>da</strong> linguagem cartorária. Sua descrição não se<br />

pode limitar ao fornecimento de fórmulas rígi<strong>da</strong>s, porque elas não dão conta <strong>da</strong><br />

varie<strong>da</strong>de de situações encontra<strong>da</strong>s no mundo objetivo e tendem a envelhecer<br />

rapi<strong>da</strong>mente. A questão teórica consiste em estabelecer princípios gerais que permitam a<br />

constante atualização <strong>da</strong> linguagem e relacio<strong>na</strong>dos com os objetivos, o modo e as<br />

condições de produção do texto.<br />

Do ponto de vista <strong>da</strong> eficiência <strong>da</strong> comunicação, o registro coloquial seria<br />

sempre preferível, pois é mais acessível para as pessoas de pouca escolari<strong>da</strong>de e, mesmo<br />

para as que estu<strong>da</strong>ram ou li<strong>da</strong>m constantemente com a linguagem formal, permite mais<br />

rápi<strong>da</strong> fruição e maior expressivi<strong>da</strong>de. Contudo, o registro formal é uma imposição de<br />

ordem política, esteja ou não em lei. A pressão social valoriza seu emprego e qualifica<br />

de erro todo desvio.<br />

A conciliação entre esses dois interesses – de uma comunicação eficiente e de<br />

aceitação social – resulta <strong>na</strong> restrição fun<strong>da</strong>mental a que está sujeita a linguagem<br />

jor<strong>na</strong>lística: ela é basicamente constituí<strong>da</strong> de palavras, expressões e regras<br />

combi<strong>na</strong>tórias que são possíveis no registro coloquial e aceitas no registro formal.

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