3.2 USO E OCUPAÃÃO DO SOLO - CPRH
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DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL - LITORAL NORTE<br />
O MEIO SOCIOECONÔMICO <strong>DO</strong> LITORAL NORTE<br />
<strong>USO</strong> E OCUPAÇÃO <strong>DO</strong> <strong>SOLO</strong><br />
Como resultado da evolução acima descrita, a malha urbana de Goiana apresenta três tipos de textura representativos<br />
dos três padrões de ocupação do solo urbano: a do “core” ou centro urbano, compreendendo a área<br />
central restrita e o centro urbano expandido, onde concentram-se as atividades de comércio e prestação de serviços;<br />
a dos conjuntos habitacionais implantados pelo BNH; e a dos núcleos residenciais independentes.<br />
Bastante reduzida na década de setenta, a área comercial da cidade abrigava, então, um comércio de pequeno<br />
porte e alguns serviços, distribuídos nas ruas da Misericórdia, Trapiche do Meio e em parte das ruas das Porteiras,<br />
Silvino Macedo e Soledade, nas quais as atividades supracitadas conviviam com a função comercial. A saturação da<br />
área central, nas décadas posteriores, expandiu a ocupação comercial pelas ruas próximas, originando a área<br />
central expandida, ao mesmo tempo que a área central restrita foi-se tornando apenas comercial. A expansão da<br />
malha urbana nas diferentes direções motivou o surgimento de subcentros e eixos comerciais secundários ao<br />
longo da PE-075, nas proximidades da BR-101, no início da Rua Nunes Machado e adjacências bem como nas<br />
proximidades do acesso principal de Goiana (Idem, p. 68 e 131).<br />
As áreas residenciais diferenciam-se, sobretudo, em função do nível social de seus ocupantes, concentrando-se o<br />
padrão residencial médio e médio alto na Av. Marechal Deodoro da Fonseca, no bairro Cidade Nova e na Rua<br />
Duque de Caxias. O padrão residencial popular, típico das áreas ocupadas pela população de renda média baixa e<br />
baixa, tem sua melhor representação nos conjuntos residenciais do BNH bem como nos bairros Nova Goiana,<br />
Flexeiras, Bom Tempo e Nossa Senhora da Conceição, sendo encontrado em “vários segmentos do espaço urbano”<br />
(Idem, p. 130). Finalmente, vem ganhando expressão na periferia oeste da cidade, a ocupação por invasão, a<br />
exemplo da Invasão Frei Damião, que teve início há cerca de cinco anos, na área do distrito industrial (entre a PE-<br />
062 e a PE-075), cuja população vive de biscate e do cultivo de roças na área contígua às habitações.<br />
Não obstante o porte médio a pequeno dos equipamentos comerciais e de prestação de serviços, a cidade possui<br />
um setor terciário diversificado que inclui serviços bancários (cinco agências, entre bancos públicos e privados),<br />
de saúde (dois hospitais, uma maternidade e três clínicas especializadas), educacionais (uma faculdade de formação<br />
de professores, dez escolas de segundo grau e um grande número de escolas de primeiro grau), jurídicos<br />
(forum e vários cartórios), de lazer (dois clubes grandes), escritório da CELPE e da COMPESA, posto do IPSEP e<br />
do INSS, agência dos correios, vários postos telefônicos, um expressivo comércio de alimentos (vários supermercados,<br />
cinco restaurantes grandes e vários pequenos), seis lojas de tecidos, várias confecções etc., além da feira<br />
livre (de grande porte) que tem lugar no sábado.<br />
Em termos de indústria, Goiana conta apenas com uma empresa de grande porte e cinco de porte médio, das<br />
quais somente uma localizada na área urbana – a Fiação e Tecidos de Goiana (FITEG). As demais localizam-se na<br />
zona rural e desempenham importante papel na economia municipal. São elas: a Papelão Ondulado do Nordeste<br />
S/A (PONSA), localizada no km 4,5 da PE-075; a Companhia Agroindustrial de Goiana (Usina Santa Tereza), dois<br />
quilômetros ao sul da cidade e a Usina Nossa Senhora das Maravilhas, à margem da BR-101, próximo à várzea do<br />
rio Capibaribe Mirim, ambas produtoras de açúcar e álcool; a Indústria e Comércio Megaó Ltda., localizada na<br />
Fazenda Megaó de Cima, ao norte da vila de Tejucopapo (produz cal e pigmentos); e a Itapessoca Agroindustrial,<br />
indústria de grande porte localizada na Ilha de Itapessoca (produz cimento da marca Nassau).<br />
Esse perfil funcional confere a Goiana a posição de “centro de zona” (IBGE, 1987, p. 55), tendo em sua área de<br />
influência os municípios pernambucanos de Condado, Itaquitinga e Itambé e municípios paraibanos fronteiriços<br />
(Alhandra, Caaporã e Pitimbu). Em decorrência do fraco dinamismo econômico, Goiana vem perdendo parte de<br />
sua área de influência para as cidades de Timbaúba e Carpina, esta última consolidando-se como principal pólo<br />
urbano da Mata Setentrional Pernambucana.<br />
PUBLICAÇÕES <strong>CPRH</strong> / MMA - PNMA11