Jornal Copacabana 167.p65

Patrícia Bremer
TARTAN
O XADREZ DO MOMENTO
D’Pés agora em Ipanema
A tradicional Clínica de Podologia
D’Pés atende em Copacabana
há trinta anos. Agora a
loja abriu uma filial na Rua Visconde
de Pirajá, 86 Lj 07 – Em
frente a Praça General Osório) em
Ipanema.
O bom atendimento, qualidade
e cuidado especial, marcas da
loja, estarão presentes na nova
filial. “Trabalhamos com equipamentos
de última geração, profissionais
capacitados nas melhores
escolas, diferencial de estilo
e esterilizarão de material com
o mais rígido tratamento, feito
com os equipamentos mais eficientes,
modernos e materiais descartáveis”,
diz empresáia Berenice
Coelho.
A D’Pés oferece todas as
Estamos no outono, dias nublados, ressacas,
horizontes cinzentos fundindo céu e
oceano, a atmosfera está toda mais fechada,
pois o sol e as cores perderam sua intensidade.
E assim como as temperaturas baixam
nessa estação as cores das roupas também
esfriam, trazendo à tona muito preto,
cinza chumbo, mescla, roxo, berinjela, azul
escuro, e verde folha.
Para dar uma equilibrada e o visual não
ficar assim tão sombrio, componha o look
com xadrez tartan, que nesta temporada vem
fortíssimo e dá uma alegrada na austeridade.
Eu já havia falado sobre ele ano passado
no meu caderno de tendência e em algumas
matérias aqui na coluna e agora ele se
confirmou mais do que nunca como o
“must” do outono-inverno 09.
Vêm com tudo em trench coats, saias,
coletes e até como forro de jaquetas e casacos,
ou só como golas e punhos numa roupa
jeans, por exemplo. É versátil e você pode
dar um “up grade” no seu visual mesclando
peças mono cromáticas com peças ou detalhes
em xadrez tartan, que fica bem legal,
dando um ar jovial.
Além de estar presente no vestuário podemos
encontrá-lo numa infinidade de acessórios,
como sapatos fechados, bolsas e maletas,
sapatilhas, galochas de borracha, cintos,
pulseiras de acrílico, chapéus, pulseiras
de relógios, adereços de cabelo, cachecol,
gravatas
e bijoux. Ufa!
Acho que não esqueci
nenhum item.
Há vários tipos
de xadrez,
como o vichy,
pied de poule,
pied de coq, carré,
etc., mas o xadrez
do momento
é o tartan: tecido
de trama fechada
originário da Escócia,
onde as coresbase
diferentes empregadas no padrão serviam
para identificar os clãs. O tecido possui
listras coloridas que se cruzam, criando
desenhos em xadrez de várias larguras. Na
década de 1840, as visitas freqüentes da rainha
Vitória à sua propriedade em Balmoral,
na Escócia, incentivaram a moda de roupas
de tartan. Após a segunda guerra mundial,
kilts e saias tartan tornaram-se muito populares
– eis um pouco de história da moda
para minhas estimadas leitoras e leitores terem
como referência.
As coleções de inverno fora do Brasil
normalmente incluem esse padrão nas suas
coleções; podemos citar a famosa griffe inglesa
Burberry que desenvolveu um tartan
exclusivo que é símbolo da marca.
A empresáia Berenice Coelho: 30 anos de sucesso em
Copacabana, agora também em Ipanema.
opções para o tratamento de patologias como inflamações, cauterizações a laser. Na correção
definitiva da má formação das unhas utilizamos o Clip System (Ortese), que corrige, de forma
definitiva a má formação das unhas, além de tratamento à laser e auto frequência para o
tratamento de inflamações e cauterizações. É a qualidade D’Pés cada vez mais perto de você!
D’Pés - N.S Copacabana, 861/506 e 507 - Tel.: 2235-7945
Ipanema - Rua Visconde de Pirajá, 86 - Loja 07 - Tel.:
Galeto Viva Flor: sucesso em Copacabana.
Português botafoguense Sim. Quando
chegou ao Brasil, Jorge Faria (foto em destaque)
foi ao Maracanã. O jogo: Vasco e Botafogo.
O time cruzmaltino venceu a partida por
4x2. Ainda assim ele se encantou com a estrela
solitária e saiu do jogo, Botafoguense.
Jorge veio de Portugal direto para a Lapa,
gueto da malandragem carioca da época. “O
primeiro malandro que eu conheci foi Madame
Satã”, conta.
O contato com Copacabana foi em uma
noite de verão. O vento refrescante do passeio
de bonde trouxe Jorge até o bairro. “Quando
vi o Copacabana Palace, lindo, desci do
bonde. De lá, fui parar no Beco das Garrafas!
(risos)”, diz Jorge. Lugar pertinente para quem
se tornaria o dono de um dos bares mais famosos
e badalados do Rio de Janeiro nas décadas
de 50 e 60, o bar Garota de Ipanema
(anteriormente, Veloso).
“Era o Garota, Zepelim e Jangadeiros. Os
artistas faziam esse circuito, se encontravam
nesses locais. Tenho saudades daquela época.
A forma de vida era diferente, não tinha
essa violência de hoje”, lembra.
Do bar, Jorge ficou com as lembranças:
“Tom Jobim era especial para mim, meu professor
da vida! Apesar de eu ser um português
imigrante ele me dava valor. E era uma pessoa
especial, recebia as pessoas na mesa dele,
sem distinção ou preconceito. Tem uma história
interessante sobre a composição de Águas
de Março. Houve muita polêmica, mas posso
afirmar que a música foi feita na mesa do bar,
eu estava ao lado”.
O bar era tão famoso que rendeu um documentário
que será lançado em junho: Garota
de Ipanema – o Bar da Bossa. “O filme é
diferente de tudo que já foi feito sobre o assunto.
Conta a história da época e dos artistas
que freqüentavam o bar. Mas é contada pelos
fregueses. A trilha sonora tem 14 músicas, três
delas são inéditas”, explica Jorge.
Além do filme, será lançado um livro sobre
Jorge Faria
Do bar Garota de Ipanema para o Galeto Viva Flor, incentivando a cultura
o Veloso, outra parceria com o cineasta Carlo
Mossy.
Depois do sucesso em Ipanema, e a troca
de dono do bar, Jorge Faria resolveu abrir negócio
em Copacabana. Com a febre dos galetos
no final dos anos 70, ele abriu o Galeto Viva
Flor, na Rua Paula Freitas. “Agora a moda voltou
e estão abrindo várias casas do ramo, inclusive
aqui na região. Acho muito bom que
tenham outros bares e restaurantes na área porque
assim há mais movimento e segurança”.
A mudança não influenciou na clientela,
hoje o Viva Flôr recebe artistas conceituados
como Miguel Falabella “que esteve aqui esses
dias e falei com ele para trazer os “patrícios”
da novela dele (Negócio da China)”, conta
Jorge.
A base da clientela é formada por moradores
e trabalhadores da região e a curiosidade
da casa é poder encontrar os artistas durante
o almoço ou jantar.
No menu, o carro chefe é o Galeto (que
podem ser servidos com pratos específicos),
mas o mais pedido é a Dobradinha à Portuguesa,
além da Rabada, Viradinho à Mineira,
Strogonoff de Camarão, etc. “Temos o galeto
e mais três ou quatro pratos por dia. Primo
pela qualidade, quantidade e preço! Essa é a
garantia do sucesso!”, explica.
Para quem gosta de comer em casa, o restaurante
faz entregas da Rua Santa Clara até a
Belford Roxo.
Há 50 anos no Brasil, mas com sotaque
carregado, Jorge Faria já se considera um português
carioca, e recebeu moção da Câmara
dos Vereadores por serviços prestados à cultura
e do Rotary Club por fomentar a compreensão
e relações amistosas entre povos do
mundo!
“Sou português, morador da Barra da Tijuca
há 40 anos, minha família está na terrinha,
meus filhos nasceram e moram no Brasil, apaixonado
por Ipanema e adoro Copacabana!”,
conclui Jorge Faria.
Galeto Viva Flor fica na Rua Paula Freitas, 66
Tel: 2548-1935/2235-1391 - Direção de Jorge Faria.