edição 211 impresso pdf - Jornal Copacabana
edição 211 impresso pdf - Jornal Copacabana
edição 211 impresso pdf - Jornal Copacabana
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Ano XVII - #<strong>211</strong> - 15/11/12 - 15/12/12 - distribuição dirigida e gratuita www.jornalcopacabana.com.br<br />
Fala Vizinho<br />
Oscar Niemeyer<br />
Especial<br />
Páginas 16 e 17<br />
Arte: Lúcia Bromberg<br />
Verão com arte<br />
Página 8
2<br />
ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br<br />
Sobre praias, turismo,<br />
luxo e lixo<br />
Este ano passou voando<br />
O Forte de <strong>Copacabana</strong> fechou contrato<br />
recentemente, para exploração,<br />
por 4 meses, de pequeno trecho de areia<br />
entre a praia do Diabo e o próprio Forte.<br />
A empresa, a mesma que trouxe a Roda<br />
Gigante tempos atrás, oferecerá um serviço<br />
vip para os usuários, com música,<br />
gastronomia, bar, segurança e limpeza.<br />
Logo surgiram vozes contrárias ao<br />
empreendimento, alegando privatização<br />
do espaço público, ruído, etc.<br />
Entendemos serem estas críticas<br />
descabidas, pois não está sendo privatizada<br />
a praia, aliás, esta praia só existe<br />
por 4 meses, no restante do ano ela desaparece<br />
por ação das correntes marítimas.<br />
Os recursos auferidos serão utilizados<br />
em melhorias no próprio Forte.<br />
Cabe lembrar que o Exército, devido<br />
à evolução tecnológica das defesas<br />
militares, viu boa parte de seus fortes<br />
e fortalezas perderem a função estratégica,<br />
passando a administração destes<br />
espaços para o Departamento de Educação<br />
e Cultura e a Diretoria do Patrimônio<br />
Histórico e Cultural, que tem<br />
criado, com êxito, extensa agenda cultural,<br />
cívica e educacional. O Forte de<br />
<strong>Copacabana</strong>, hoje é ponto obrigatório<br />
para turistas e nativos.<br />
Melhor faríamos nós todos, imprensa,<br />
população, associações, se pressionarmos<br />
governo e a própria população<br />
para a preservação de nossas praias, que<br />
estão em petição de miséria, pelo mau<br />
uso. O turista gosta de ser bem atendido,<br />
de praia limpa e o que vemos deixa<br />
a desejar. Nossas praias têm águas poluídas,<br />
areia contaminada, e após cada<br />
final de semana, toneladas de lixo são<br />
coletados, consumindo verbas que poderiam<br />
ser utilizadas na educação ou<br />
saúde. Os banheiros da orla são poucos,<br />
vivem interditados e várias atividades<br />
proibidas ainda são vistas como o indefectível<br />
“altinho”, cães e até um porco,<br />
sem contar a total falta de segurança,<br />
que permite a ação de quadrilhas de<br />
ladrões e assassinos que agem impunemente,<br />
como foi o recente caso do garoto<br />
esfaqueado, que sobreviveu milagrosamente<br />
na praia do Leblon.<br />
A indústria do turismo poderia ocupar<br />
um lugar de destaque em nossa economia,<br />
possuímos quase todos os itens<br />
necessários para isto, falta apenas boa<br />
gestão.<br />
Clichê, claro. Todos os anos passam<br />
voando à medida que o tempo passa.<br />
Mas em <strong>Copacabana</strong> há muito mais no<br />
ar além de anos que voam e aviões de carreira.<br />
Se não percebeu, a hora é boa para<br />
pontificar aqui o que mais anda voando sobre<br />
nossas cabeças sem que a gente tenha<br />
tempo de olhar... e ver.<br />
De dia tem os pombos. Muitos. Já<br />
falei sobre eles, pois é preciso encarar<br />
essa população que convive conosco em<br />
nossas árvores, fios elétricos, marquises,<br />
aparelhos de ar condicionado, balaustradas<br />
de varandas e outras atraentes superfícies<br />
para arrulhos e sonecas. A consequência<br />
está nos automóveis e calçadas, onde estampam<br />
suas opiniões sobre a situação política<br />
nacional: pura caca!<br />
Voam também os moleques gazeteiros<br />
matando aula. De uniforme, rolam no<br />
chão nas brincadeiras de calçada e depois<br />
a mãe que se dane para lavar. Ainda por<br />
cima não escutam nada, pois estão sempre<br />
com I-Phones espetados nos ouvidos. E<br />
aí, acontecem aqueles contatos imediatos<br />
do 3o. grau com outra espécie voadora: os<br />
moto-boys.<br />
Esses voam baixo pelo asfalto, ziguezagueando<br />
entre os carros, sem o menor<br />
respeito por quem tenta atravessar a rua.<br />
Desastre anunciado, estatística exponencial.<br />
Voam também as pessoas apressadas<br />
pelo bairro. Dá vontade de dizer a elas o<br />
que li numa esquina de Santa Tereza: “Se<br />
você não souber que dia é hoje, nunca vai<br />
ser tarde demais”. É que o tempo anda tão<br />
escasso quanto o dinheiro na vida da gente.<br />
Sim, porque dia e noite voam os cheques,<br />
tão voadores quanto as horas. Mas não só.<br />
Voam os gases nocivos dos escapamentos<br />
dos automóveis; voam as fumaças gordurentas<br />
expelidas pelos exaustores de um<br />
sem-fim de restaurantes, lanchonetes, bares,<br />
bibocas, e, ao cair da tarde, as grelhas<br />
de churrasquinho, perfumando <strong>Copacabana</strong><br />
com um pandemônio de odores, aromas<br />
e cheiros, onde identificamos frituras,<br />
pipocas, bife queimado, galeto ao ponto,<br />
restos de feira e carvão na brasa. Voam as<br />
moscas, docemente atraídas por essa mixórdia<br />
de fragrâncias insultantes.<br />
E quando a noite cai, voam alegremente<br />
os morcegos que, por abusados e espaçosos,<br />
andam entrando pelas janelas adentro e atacando<br />
as frutas na cozinha. Uma amiga minha,<br />
muito dessituada, achou que era passarinho<br />
que vinha visitar e deixava alpiste.<br />
-“Ué Bem que eu achava estranho que<br />
ele nunca comia nada”...<br />
Fechando o ano, Prefeito, faça por<br />
onde. Tomara que o ar de <strong>Copacabana</strong> volte<br />
a ser puro como a brisa que sempre beijou<br />
e balançou essa Princesinha do Mar. E<br />
rápido: a vida também passa voando.<br />
Boas Festas, bom Réveillon, pessoal. E<br />
se beber, não dirija, viu<br />
Anuncie: 2549-1284 / 8896-0531<br />
copa@jornalcopacabana.com.br<br />
Expediente<br />
O primeiro <strong>Jornal</strong> de <strong>Copacabana</strong> a serviço do bairro. Fundado em fevereiro de 1996<br />
25 mil exemplares<br />
Nossos colaboradores não possuem obrigações<br />
de horário ou continuidade, não mantendo Editora - Renata Moreira Lima Mtb: 26977-RJ<br />
Diretora Presidente - Márcia Araujo JP-24826 RJ<br />
nenhum vínculo empregatício com esse <strong>Jornal</strong>,<br />
em consonância com a Lei de Imprensa<br />
Diretor Comercial - Virgílio Rocha<br />
5250/67. Os conceitos emitidos pelos colunistas<br />
e matérias assinadas são de inteira respon-<br />
Paulo Magoulas<br />
Conselho Editorial - Fernando Polónia /<br />
sabilidade dos mesmos.<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Copacabana</strong> é uma publicação da Mig Editora e Publicidade Ltda<br />
Caixa Postal: 10898 CEP: 22020-970<br />
2549-1284 / 8896-0531 - copa@jornalcopacabana.com.br<br />
CORTANDO OS PULSOS...<br />
. Basta de bicicletas transitando pelas calçadas e atropelando a gente!<br />
. Vamos acabar com essa galera que dorme nas imediações do Metrô!<br />
Visite:<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Copacabana</strong><br />
twitter.com/<strong>Jornal</strong>Copa<br />
www.jornalcopacabana.com.br<br />
www.migpublicidade.com.br<br />
Seu vídeo gratuitamente em:<br />
Mediante aprovação<br />
www.jornalcopacabanatv.com.br<br />
www.ipanemaleblon.tv.br
um jeito diferente de fazer jornal de bairro ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br 3<br />
Participe!<br />
Envie fotos, sugestões, elogios, críticas<br />
publicaremos aqui, no seu <strong>Jornal</strong> <strong>Copacabana</strong><br />
De Graça!<br />
Leitura em Cena dia 18/12 às 15h<br />
Casa de Convivência e Lazer Dercy Gonçalves<br />
Angela Adnet e Bernadete Gomes, se<br />
conheciam. Ana Sarmento e Jafet Vieira,<br />
também. Os quatro encontraram-se num<br />
curso de Leitura Dramatizada.<br />
Os quatro, apaixonados por literatura.<br />
Terminado o curso e animados com a<br />
proposta de ler bons textos para adultos,<br />
formaram o Leitura em Cena.<br />
Dentro da intenção de nada cobrar e<br />
depois de muitas reuniões, o grupo chegou<br />
a conclusão de que precisava estudar as<br />
possíveis plateias.<br />
Através de amigos entraram em contato<br />
com Ludmila Rocque da Casa de Convivência<br />
Dercy Gonçalves, na Lagoa. Ideias<br />
foram trocadas definindo-se então que um<br />
dos focos deveria incidir em adultos, principalmente<br />
acima de 60 anos.<br />
E assim, dentro dessa proposta, o<br />
Leitura em Cena foi se desenvolvendo e<br />
as muitas apresentações na Casa Dercy<br />
trouxeram a certeza de que a escolha estava<br />
certa através da reação positiva das<br />
plateias (inclusive com frequentadores do<br />
Instituto Benjamim Constant).<br />
Autores consagrados sempre pesquisados,<br />
muitos livros comprados, aulas de fonoaudiologia<br />
e locução, ensaios filmados,<br />
tudo o que pode somar ao grupo tem sido<br />
feito buscando maior aprimoramento.<br />
Homenagens a autores são feitas através<br />
destas leituras, como a de Dalton Trevisan,<br />
consagrado vencedor do Prêmio<br />
Camões de Literatura de 2012 e Prêmio<br />
Machado de Assis, da ABL.<br />
Para marcar:<br />
Tel: 21 38134466 e 9606 9017<br />
leituraemcena@clientetecla.com.br<br />
Casa de Convivência e Lazer<br />
Dercy Gonçalves<br />
Av. Epitácio Pessoa, 3.000, Parque da<br />
Catacumba - Lagoa - Tel: 2535-7557<br />
Fala Vizinho<br />
Parabéns ao Fabio Fabretti. Jussara é uma artista,<br />
bela, lutadora e talentosa.<br />
Anna D. Ramos@<br />
Fala Vizinho - Regina Navarro Lins<br />
Apreciei a entrevista com a dra. Regina Navarro<br />
Lins, 20/10, no Fala Vizinho. Nada discordo.<br />
Todavia achei que ela não imagina que nos anos<br />
70 muitas pessoas já compartilhavam todas as<br />
afirmações feitas. Evidente que tínhamos um<br />
País reprimido ou talvez uma sociedade “asteca”<br />
devido a tanta idolatria nos costumes, mas,<br />
com certeza, 90% das mulheres brasileiras ainda<br />
não aceitam a nova revolução social. Se tal fosse<br />
realidade, não teria havido a obrigação de ensino<br />
religioso, imposto nas escolas públicas pelo<br />
atual prefeito. E o que ela diria sobre a Jornada<br />
da Juventude que ocorrerá ano que vem nesta<br />
cidade O “poliamor” mencionado na entrevista,<br />
obviamente que quem tem boa cabeça e sabe<br />
fazer tudo certinho, não há problemas na atitude<br />
da sexualidade liberal de muitos parceiros ao<br />
longo da juventude ou na vida caso seja tal a<br />
opção especifica.<br />
Julio Carvalho - <strong>Copacabana</strong><br />
1746<br />
Defina numa única palavra o serviço de reclamações<br />
“on line” da Prefeitura através do site<br />
www.1746.rio.gov.br! Paciência Ano Novo.<br />
Julio Carvalho - <strong>Copacabana</strong><br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Copacabana</strong><br />
Tenho apreciado muito o <strong>Jornal</strong> <strong>Copacabana</strong>.<br />
Parabéns!<br />
Dora Alvarenga@facebook<br />
Buracos nas ruas<br />
Infernal andar por <strong>Copacabana</strong>. Ora, ruas estreitas<br />
e ônibus rápidos, como na Barata Ribeiro<br />
com Santa Clara (em frente a Flora Santa<br />
Clara).<br />
Ora, temos que olhar atentamente para o chão<br />
senão certamente sofremos um acidente.<br />
Isso no bairro da Terceira Idade. Até quando<br />
José Vieira@<br />
Onde encontrar o <strong>Jornal</strong> <strong>Copacabana</strong><br />
Depois de 20min parado no meio da rua, atravancando o trânsito, o carro do corpo<br />
consular resolveu seguir viagem pela Tonelero. Foto tirada entre as ruas Siqueira<br />
Campos e Figueiredo Magalhães.<br />
Pontos de distribuição: Bar 420 - N.S <strong>Copacabana</strong> 420, Videolocadora Paradise- Rua Figueiredo Magalhães, 581 - C, Loja Meio Minuto- Av. N. S <strong>Copacabana</strong>, 646 - Rei do Mate - Av. N. S <strong>Copacabana</strong><br />
(entre Fig e Siqueira) - Rio Pax - Rua Fig. Magalhães, 741 - Loja A, CIB - Rua Barata Ribeiro 489, Manolo’s Cabeleireiros, Rua Raimundo Correia 27, Rápido de Calçados Três Irmãos Ltda. - Figueiredo<br />
Magalhães 354 a –Livraria Bolívar: Rua Bolívar 42, Banca da Bolivar (esquina N.S. <strong>Copacabana</strong>). - Banca de <strong>Jornal</strong> da Rainha Elisabeth (em frente à 5º Administrativa), Banca Bairro Peixoto, em<br />
frente a Travessa Moacyr Deriquem. Banca de <strong>Jornal</strong> da Santa Clara com Rua Tonelero, Karl Viagens - Rua Santa Clara, 142 - loja - Formosinho - Miguel Lemos, 44. Big Pólis- N. S <strong>Copacabana</strong>, 695.<br />
Edifícios comerciais e residenciais: portaria da Prado Júnior, 48, Restaurante Cervantes, Edifícios Av. N. S. <strong>Copacabana</strong> Nº 195, 500, 605, 613, 647, Shopping 680, 686 Gourmet, Praça Eugênio Jardim<br />
na Casa de Flores - Av. N.S. <strong>Copacabana</strong>, 634, Ao Bicho da Seda - 840 - Charutaria Loló - 683, IBEU, Edifício 788, Hilário de Gouveia, 66, Siqueira Campos, 43, 53, 93, Shopping dos Antiquários 143,<br />
Flora Santa Clara - Rua Barata Ribeiro 522, Av. N S de <strong>Copacabana</strong> 861, Cutelaria Siqueira Campos- Rua Barata Ribeiro, 428 - Av. N. S. <strong>Copacabana</strong> 1054, 1066, Rua Santa Clara, portaria 50, 98,115,<br />
Botequim Informal - N. S. <strong>Copacabana</strong>, 434 - Churrascaria Carretão - Rua Ronald Carvalho, 55 - Biscuit Carvalho de Mendonça, 35- B - Caipira Chic N. S. <strong>Copacabana</strong>, 118 - Forte de <strong>Copacabana</strong> e<br />
Forte do Leme, Gaia Estúdio de Beleza - Av. N. S. de <strong>Copacabana</strong>, 680 loja E - Leme:Chaveiro do Leme - Rua Gustavo Sampaio esq. Antonio Vieira. Botafogo: COB - Rua Sorocaba, 584.
4<br />
ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br<br />
Os Cinemas de Botafogo<br />
Luis Carlos Teixeira Mendes<br />
Botafogo foi o único bairro do Rio que não sofreu com a impiedosa demolição dos cinemas de rua. É certo que perdeu cinemas importantes como o Veneza, Ópera<br />
e Guanabara, mas em compensação ganhou salas novas e teve importantes cinemas reformados e adaptados com a modernidade que o mundo de hoje exige. Dos 8<br />
cinemas que o bairro possuía até meados da década de 80, hoje o local desfruta de nada menos do que 18 salas. Com o extermínio monstruoso dos cinemas do Centro<br />
e da Tijuca, podemos considerar o bairro de Botafogo como a nova Cinelândia Carioca.<br />
1 – OS BONS EXEMPLOS Cine Botafogo /<br />
Espaço Sesc Rio de Cinema<br />
Cine Capri / Estação Botafogo<br />
Este cinema, inaugurado numa feia galeria em 1968, adotou o nome de Coper em 1984. Um ano depois, com atividade cineclubista,<br />
se transformou no hoje famoso Estação Botafogo. O sucesso foi tanto que, dois anos depois, a galeria passou por ampla reforma e<br />
ganhou mais duas pequenas salas, com direito a cafeteria e videolocadora. O sucesso desse cinema prova que toda sala decadente<br />
quando passa por reformas, tanto na parte física quanto na programação, a resposta do público é imediata. Levando em conta que o<br />
Estação Botafogo nunca foi um grande cinema, imagino a glória que seria se os grandes palácios cinematográficos da cidade tivessem<br />
tido o mesmo destino que ele: reformado ao invés de demolido.<br />
Cines Coral e Scala /<br />
Espaço Itaú de Cinema<br />
Sem sombra de dúvida, a maior e melhor reforma que um<br />
cinema já sofreu na cidade, tornando o Bairro de Botafogo<br />
uma referência no bom gosto cinematográfico e na recuperação<br />
de seus cinemas de rua. Os enormes cinemas Coral/<br />
Scala, inaugurados em 1964 com mais de 1000 lugares cada<br />
um, sempre tiveram boa programação, atraindo grande público,<br />
pelo menos até início dos anos 80, quando começou<br />
a decadência junto com a péssima reputação. Os cinemas<br />
chegaram ao cúmulo de exibir shows ao vivo de sexo explícito,<br />
favorecendo a prostituição. Com o decreto que proibiu<br />
pornografia perto de escolas, os cinemas passaram a exibir<br />
filmes convencionais, porém nada no local mudou: além das<br />
condições insalubres era também ponto de orgia entre seus<br />
frequentadores. Já agonizantes, foram fechados em 2003.<br />
Para surpresa de muitos, em 2005 surgiu o maravilhoso Espaço<br />
Itaú de Cinema, com 6 salas, livraria, café, restaurante<br />
e programação para todos os gostos. Uma dádiva para a cidade<br />
e um alento para um local tão baixo astral.<br />
O adorável “poeirão” Botafogo, inaugurado como<br />
Star em 1944 com 1400 lugares, é outro excelente<br />
exemplo de um cinema que tinha tudo para ser demolido,<br />
mas que sobreviveu graças a uma grande<br />
reforma que o transformou em 3 ótimas salas. O<br />
velho cinema até que resistiu bem, com sua programação<br />
dupla típica dos anos 70. E após a liberação<br />
dos filmes de sexo explícito no país, entrou<br />
no esquema pornô até ser fechado em 1995. Foi<br />
uma grande alegria para os cinéfilos receberem de<br />
presente, dois anos depois, um cinema novinho<br />
em folha e com ótima programação.<br />
Lojas Sears / Cinemark Botafogo<br />
A maravilhosa e saudosa Lojas Sears deu lugar ao não muito atraente Botafogo Praia Shopping.<br />
Além de contar com um lindo terraço, o shopping ofereceu ao público 6 modernas<br />
e confortáveis salas da rede Cinemark. A programação, sempre de filmes comerciais, foge<br />
um pouco da tradição dos outros cinemas de Botafogo: todos de rua e com filmes mais<br />
requintados. Mas mesmo assim, reafirma o bairro como o principal polo exibidor da cidade.
um jeito diferente de fazer jornal de bairro ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br 5<br />
2 – O MAU EXEMPLO<br />
Cine Ópera /<br />
Casa & Vídeo<br />
3 – OS QUE DEIXARAM SAUDADES<br />
O lindo e moderno Cine Ópera<br />
foi inaugurado em 1959<br />
com 1600 lugares. Em 1977<br />
se dividiu em 2 e resistiu<br />
até 1992. Os cinemas, super<br />
tradicionais no bairro, atraíam<br />
ótimo público que também<br />
lotavam seus bares após o término<br />
das sessões. O Ópera 1,<br />
assim como o Cine Paissandu,<br />
no Flamengo tinha até sala<br />
para fumantes – um luxo para<br />
a época! Infelizmente não<br />
tiveram o mesmo destino das<br />
outras salas do bairro e, assim<br />
que fecharam, viraram Casa<br />
& Vídeo. Aliás, vale ressaltar<br />
que esta rede de loja tomou<br />
nada menos do que quatro<br />
grandes cinemas da nossa<br />
cidade.<br />
Cine Guanabara<br />
Grande e saudoso poeira no final da<br />
Praia de Botafogo foi um cinema que<br />
ficou na memória dos quem tem mais<br />
de 50 anos; sendo também o único<br />
do bairro a ser demolido. Inaugurado<br />
em 1920 era antes, no mesmo local, o<br />
primitivo Cinematográfico High Life.<br />
Um absurdo que não exista nenhuma<br />
referência do antigo cinema no local,<br />
pois ele representou muito na história<br />
cultural da cidade.<br />
Cine Veneza<br />
Este mítico cinema de Botafogo, inaugurado em 1963, era, junto com o Cine Comodoro,<br />
na Tijuca, lançador de sucessos exclusivos nos anos 70 e 80: suas filas se estendiam pela<br />
imensa galeria e dobrava a rua. Em 1971, por exemplo, o cinema ofereceu sessões contínuas<br />
por 24 horas do mega sucesso “Love Story”. Com a crescente onda de violência nos<br />
anos 90, o cinema, que ficava num local não muito privilegiado, com constantes roubos<br />
de carros, foi perdendo público até fechar suas portas em 1994, funcionando algum tempo<br />
como bingo. Após reformas, virou o bonito Centro Cultural Veneza, que funcionou com<br />
altos e baixos na sua programação de shows, e hoje se encontra fechado. Uma pena.
6<br />
ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br<br />
O ano em que perdemos<br />
Altamiro Carrilho<br />
F<br />
luminense de Santo Antônio<br />
de Pádua e carioca de coração<br />
e de harmonia, o maior<br />
flautista de todos os tempos, gênio absoluto<br />
do seu instrumento, nasceu num<br />
mês de dezembro (dia 21), no ano de<br />
1924. Com os sopros que encantaram<br />
pelo menos duas gerações de admiradores<br />
e de músicos brasileiros (boa parte<br />
deles solando canções de sua própria<br />
autoria), Altamiro reinou soberano nas<br />
melodias e nos arranjos até o dia 15 de<br />
agosto deste ano, quando complicações<br />
pulmonares encerraram a sua linda e<br />
duradoura carreira.<br />
Irmão do também flautista Álvaro<br />
e tio do genial violonista Maurício<br />
Carrilho, mestre Altamiro gravou quase<br />
uma centena de discos, deixou pelo<br />
menos duzentas obras autorais e esteve<br />
à altura de Pixinguinha como executor,<br />
mentor e divulgador do choro, no Brasil<br />
e no mundo inteiro. Artista de seu<br />
tempo, em tempo integral, jamais parou<br />
de trabalhar. Em uma de suas últimas<br />
entrevista, declarou:<br />
“Nem penso em parar. Ainda dependo<br />
do trabalho para sobreviver. Aposentadoria<br />
de músico é muito baixa. E<br />
eu também não soube guardar dinheiro<br />
quando tocava com frequência no exterior”,<br />
admitiu, para logo emendar no<br />
estilo de quem sempre levou a vida com<br />
jovialidade e picardia: “Mas também<br />
não me arrependo, porque a vida é para<br />
ser vivida”.<br />
Em 2009, a gravadora Biscoito Fino<br />
lançou a caixa de discos Poesia do Choro,<br />
com três CDs de Altamiro Carrilho.<br />
Foi um sucesso e aproximou o mestre<br />
de um público mais jovem, que ainda<br />
não conhecia sua obra. O surgimento<br />
ou ressurgimento, nos últimos anos, de<br />
experiências como a Escola Portátil de<br />
Música, no Rio, têm valorizado a produção<br />
de altíssimo nível que o pai da flauta<br />
deixou.<br />
Por ter convivido com a música desde<br />
muito pequeno, tocando tarol na banda<br />
Lira de Arion, em sua cidade, Altamiro<br />
ligou seu nome e existência, também, a<br />
choros seminais de outros compositores,<br />
como Pixinguinha (“Carinhoso”),<br />
Radamés Gnatalli (“Rio antigo”) e João<br />
de Barro (“Urubu malandro”), que nos<br />
acordes de sua flauta ganharam roupagem<br />
e personalidade.<br />
Estará para sempre na pequena galeria<br />
composta por aqueles músicos que a<br />
música jamais esquecerá.
um jeito diferente de fazer jornal de bairro ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br 7<br />
Poucas coisas no mundo são mais poderosas que um impulso positivo<br />
- um sorriso. Um mundo de otimismo e esperança, um ‘você consegue’<br />
quando as coisas estão difíceis.”<br />
Richard De Vos<br />
JAZIGO PERPÉTUO<br />
Transfiro Titularidade<br />
São João Batista* São Francisco Xavier *Inhaúma * Cacuia * Campo Grande<br />
Memorial do Carmo* Jardim da Saudade* Guaratiba e Outros<br />
Central de atendimentos Dia e Noite com hora marcada!<br />
www.sepulturaperpetua.com.br<br />
Tel.: 2235-5348/9918-7866<br />
Rua Siqueira Campos, 143 - sobreloja 88 e 90
8<br />
ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br<br />
<strong>Copacabana</strong> recebe:<br />
música<br />
O rei não está nu<br />
Foto: Divulgação<br />
Foto: Divulgação<br />
Natal<br />
na Praia<br />
Steve Wonder e Gilberto Gil irão se apresentar gratuitamente no dia 25 de dezembro,<br />
terça-feira, a partir das 20h, em frente ao <strong>Copacabana</strong> Palace.<br />
Programação do Forte de <strong>Copacabana</strong><br />
L’Orchestre des jeunes de Haute-Bretagne dia 27 - Grátis!<br />
Dia 16, domingo, 19h - Orquetra Esplandecer<br />
de Duque de Caxias no auditório<br />
Santa Bárbara.<br />
Dia 18, terça-feira, 18h - Músicas árabes<br />
de Natal, no auditório Santa Bárbara.<br />
Dia 20, quinta-feira, 19h - Orquestra Rio<br />
Camerata - Concerto de Natal com músicas<br />
natalinas na Alameda Octávio Corrêa.<br />
Dia 27, quinta-feira, 18h - Orquestra de<br />
Violões do Forte convida L’Orchestre des<br />
jeunes de Haute-Bretagne, na alameda Octávio<br />
Corrêa.<br />
No Império Romano, o hábito do<br />
banho diário era muito arraigado entre seus<br />
cidadãos, mas, com a queda dos césares no<br />
século V, a Igreja mandou fechar as termas<br />
romanas e, por quase mil e quinhentos anos,<br />
tomar banho virou tabu. Na Europa ocidental,<br />
o cidadão comum da idade média tomava cerca<br />
de quatro banhos ao ano, quando também<br />
se trocava de roupa, época que geralmente<br />
coincidia com a mudança das estações do ano.<br />
Esse costume pouco salutar perdurou, por<br />
quase toda a Europa até fins do século XVIII;<br />
mas, é forçoso dizer, entre os membros da nobreza,<br />
o horror à água era muito maior.<br />
Os nobres europeus achavam-se acima do<br />
bem e do mal, de modo que, como se consideravam<br />
puros, não necessitavam banhar-se.<br />
Conta-se que o Rei Luís XIV de<br />
França viveu mais de setenta anos com poucos<br />
banhos na pele, talvez uns cinco, um<br />
deles tomado em público, todo vestido, num<br />
chafariz do palácio de Versailles. Seu sucessor,<br />
Luís XV, somente se banhou às vésperas<br />
de morrer – e quem sabe não faleceu disso<br />
Luís XVI foi para a guilhotina sem banho,<br />
bem como sua esposa, a Rainha Maria Antonieta.<br />
O grande Napoleão Bonaparte mandava<br />
cartas para a esposa Josefina, pedindo que<br />
jamais se banhasse, pois gostava de sentir “o<br />
cheirinho de mulher” que exalava!<br />
Na Côrte portuguesa, a coisa não<br />
era diferente. O povo português até que era<br />
conhecido por ser limpo e banhar-se com<br />
freqüência, mas seus reis não. Até a vinda da<br />
Família Real para o Brasil, nem D. João, nem<br />
sua esposa D. Carlota Joaquina tinham tomado<br />
um banho completo. Uma das filhas de D.<br />
João mandou expulsar do palácio uma aia que<br />
lhe oferecera uma lavanda para as mãos. A<br />
princesinha retrucou que aquilo era um insulto,<br />
pois nunca tocara em nada de sujo na vida!<br />
Entretanto, verdade seja dita, no<br />
Brasil, D. João tomou banho. Tomou um só,<br />
mas tomou. A história desse único banho, razoavelmente<br />
documentada, passa por verídica<br />
e merece ser descrita aqui.<br />
Numa tarde de verão em 1811,<br />
D. João repousava debaixo de uma árvore<br />
na Fazenda Real de Santa Cruz. Como era<br />
uma fazenda de gado, com muitos carrapatos<br />
pelo mato, um não lhe respeitou a real perna<br />
esquerda. Mal tirado, a mordida infeccionou.<br />
O Príncipe Real era diabético e sofria<br />
de erisipela. Isso tudo mais a falta de asseio<br />
provocou tal ferida que logo o fez convocar<br />
seu clínico geral para uma consulta. O sábio<br />
médico sugeriu que D. João lavasse o cancro<br />
por alguns dias, no que foi atendido com certa<br />
relutância pelo desasseiado príncipe. Por<br />
algum tempo as dores serenaram, e a ferida<br />
diminuiu, apenas para voltarem com maior<br />
virulência.<br />
D. João deixara de lavar a perna!<br />
O médico do paço tomou então<br />
uma medida radical. Não adiantava apenas<br />
lavar a ferida, mas sim todo o corpo. D. João<br />
teria de tomar um banho completo, e, naquela<br />
época, isso significava banho de imersão!<br />
O fato provocou até protestos dos<br />
áulicos, e o velho rei protelou a medida por<br />
seis anos, até que, não agüentando mais a dor<br />
e o incômodo, resolveu cumprir a ordem médica.<br />
Ele conseguiu obter por empréstimo,<br />
e depois comprou, uma bela chácara próxima<br />
ao Palácio de São Cristóvão, na praia do<br />
Caju, e que pertencia a seu amigo, o fornecedor<br />
oficial de vinhos do paço, José Tavares<br />
Guerra.<br />
Obtida a casa, passou-se para os<br />
detalhes do real banho. Providenciou-se um<br />
barril com furinhos, pois o Rei recusava-se<br />
a entrar dentro dágua sem proteção. Achava<br />
o monarca que os caranguejos e siris eram<br />
muito perigosos e poderiam bicar seus reais<br />
pés, ocasionando novos problemas. Seguindo<br />
o hábito da época, D. João não tomou<br />
banho despido, mas sim com uma camisola,<br />
como era o costume nos balneários europeus.<br />
Um grupo de guardas carregou o barril com<br />
o Rei encamisolado dentro até certa distância<br />
da margem, onde foi baixado até água chegar<br />
pela borda. Outros guardas policiavam a<br />
praia e impediam a aproximação de curiosos.<br />
A viajante Rose de Freycinet, única testemunha<br />
idônea do curioso episódio, informa que<br />
o banho se deu em fins de 1817. Um só e<br />
nada mais. A infecção cedeu, a perna esquerda<br />
sarou, e o Rei logo depois peregrinou até<br />
a ilha de Paquetá para agradecer o milagre da<br />
cura a São Roque, padroeiro dos perebentos<br />
e com linda capela na dita ilha.<br />
Hoje, a praia do Caju não existe<br />
mais, tragada por vários aterros. A baía de<br />
Guanabara está tão poluída que ninguém<br />
mais pensa nela como local de banhos, quanto<br />
mais medicinais. Resta-nos apenas de<br />
pé a Casa de Banhos de D. João, ou, mais<br />
corretamente diríamos, a “Casa do Banho<br />
de D. João”, hoje restaurada e abrigando<br />
desde 1977 o Museu da Limpeza Urbana,<br />
da COMLURB; local onde está preservada<br />
a memória do primeiro banho real e, porque<br />
negar, o início efetivo da poluição das águas<br />
da baía de Guanabara.
um jeito diferente de fazer jornal de bairro ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br 9<br />
Álvaro Neves Perez. OAB/RJ 159.536<br />
Rua Santa Clara, 50, sala 413 - <strong>Copacabana</strong> - RJ<br />
CEP: 22041-012 / www.epmadv.com.br<br />
Tel.: (21) 2547-5569 / 2147-8000<br />
Defesa do Consumidor:<br />
Planos de Saúde e Programas de Milhagem!<br />
Como matéria apresentada em programa<br />
de televisão, verificamos que<br />
sempre que vamos procurar atendimento<br />
nos hospitais e clínicas conveniados<br />
com planos de saúde, via de regra, temos<br />
problemas. Vou sempre ao plantão<br />
judiciário para clientes com problemas<br />
deste tipo! E não é por causa de planos<br />
de saúdes mais baratos! Até os melhores,<br />
em hospitais caríssimos, isso também<br />
acontece.<br />
O desrespeito é enorme, a falta de<br />
consideração com aqueles que precisam<br />
e com suas famílias, chega a dar enjôo.<br />
Em um problema de falecimento há<br />
anos atrás, um cliente foi à recepção de<br />
um Hospital famoso na Barra da Tijuca<br />
para saber qual seria o procedimento,<br />
pois um parente seu, que estava internado<br />
lá, havia falecido. Simplesmente<br />
a atendente falou que eram seiscentos e<br />
poucos reais os remédios que estavam<br />
fora do tratamento! Foi um escândalo!<br />
A pessoa estava abatida, triste e sofrendo<br />
e a recepcionista sem o menor preparo,<br />
lançou esta pérola. Além de querer<br />
cobrar algo extra, sequer teve a sensibilidade<br />
e o cuidado necessários.<br />
O cliente nos procurou e não pagou<br />
nada!<br />
É preciso que tenhamos consciência de<br />
nossos direitos e cobrá-los na hora certa.<br />
Outra prática de descaso total, são<br />
as companhias de viagem em relação ao<br />
computo de milhagens a que os clientes<br />
fazem jus. Simplesmente não se consegue<br />
via internet e muitas e muitas vezes<br />
nos aeroportos “o sistema está fora do<br />
ar”. Essa é uma desculpa clássica para<br />
uma conduta reiterada de várias companhias<br />
aéreas e seus parceiros.<br />
Em ação recente, com decisão favorável,<br />
conseguimos que alguns clientes<br />
tivessem suas milhas computadas, que<br />
comprovadamente haviam sido haviam<br />
sido negligenciadas pelas cias aéreas.<br />
Os juízes entenderam que houve falha<br />
na prestação dos serviços e o que<br />
é verdade, pois você além de procurar<br />
uma empresa pelo que ela oferece, busca<br />
que seus serviços e produtos sejam<br />
de qualidade e de acordo com o que foi<br />
contratado.<br />
Não hesite em nos procurar, teremos<br />
o maior prazer em dirimir suas eventuais<br />
dúvidas.<br />
53<br />
Anuncie<br />
2549-1284 / 8896-0531<br />
DANÇA LIVRE em COPACABANA<br />
Vários horários<br />
Prof. Patrizia<br />
Tel: 8655-8473
10<br />
ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br<br />
Foto: Divulgação Foto: Divulgação<br />
Paixão por Alcione<br />
de Geraldo Edson de Andrade<br />
Andréia Barbosa, (à esquerda) e Geraldo entre as filhas, Renata e Daniela.<br />
“Como os anos passaram tão rápido!”, afirmou o crítico de arte do <strong>Jornal</strong> <strong>Copacabana</strong>,<br />
Geraldo Edson de Andrade, que comemorou 80 anos de idade lançando mais um livro.<br />
PAIXÃO POR ALCIONE é a décima obra de ficção publicada por ele. O lançamento,<br />
foi na Galeria de Arte Marly Faro, em Ipanema, em dezembro de 2012.<br />
PERSO<br />
NALIDADE<br />
8º Encontro Anual<br />
de Cartunistas - 2012<br />
No encontro desse ano, o organizador<br />
Ferreth homenageou o colaborador<br />
do <strong>Jornal</strong> <strong>Copacabana</strong>, Carlos Amorim<br />
e Mayrink (foto acima).<br />
O encontro foi no Sindicato do Chopp<br />
do Leme.<br />
Ota e Lorena Kás, a Lokás (foto ao<br />
lado), também colaboradores do <strong>Jornal</strong>,<br />
prestigiaram o evento.<br />
Confraternização<br />
Foto: Nei Lima Foto: Divulgação Foto: Divulgação<br />
ALICE<br />
CAYMMI<br />
Neta de Dorival<br />
Caymmi, filha de<br />
Danilo e sobrinha<br />
de Nana e Dori.<br />
Ufa!<br />
Alice Caymmi<br />
lançou CD homônimo,<br />
pela KUARUP<br />
Música.<br />
Vale a pena conferir<br />
o talento da<br />
cantora.<br />
Patrícia Miranda Duarte abriu as portas da sua casa em <strong>Copacabana</strong> para confraternizar<br />
o Natal. Cardápio excelente, bom papo e amizade. Na foto: Isadora Menezes, Nelma<br />
Vieira, Suzana Miranda, Thaís Botelho, Angela Lemos, Marília Afonso, Vick Frota, Célia<br />
Arruda e a colunista. Na frente: Ana Manezes, Fátima Brasil, Patricia, Nora Menezes,<br />
Sandra Frota.
um jeito diferente de fazer jornal de bairro ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br 11
12<br />
ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br<br />
Mais um ano que se vai<br />
Foto: Divulgação<br />
Passou voando, como sempre. Num<br />
dia estamos em junho, fazendo mil coisas<br />
ao mesmo tempo. No outro, já é dezembro.<br />
Para os nossos animais de estimação<br />
essa época de festas pode ser bem<br />
estressante. Muitas vezes se viaja, e<br />
eles ou vão junto, ou ficam em hotéis,<br />
ou com alguém diferente tomando conta<br />
deles. Fora os fogos de artifício que<br />
pipocam esporadicamente ao longo de<br />
todo mês de dezembro, e chegam ao<br />
apogeu no dia 31.<br />
Tente separar um tempinho nesse<br />
final de ano para o seu amigo. Se for<br />
viajar sem ele, pesquise antes um bom<br />
hotel, e se possível leve-o até lá um dia<br />
e fique um pouco com ele no local, para<br />
que ele se acostume. Caso vá levá-lo<br />
junto, certifique-se de tomar todas as<br />
providências com antecedência: caso<br />
viaje de avião, informe-se sobre todos<br />
os procedimentos necessários (documentação,<br />
regras da companhia aérea,<br />
carteira de vacinação em dia...); para<br />
viagens de carro, pode-se andar com ele<br />
antes para que se acostume ao carro, e<br />
também deve-se providenciar a carteirinha<br />
de vacinação atualizada. Na estrada,<br />
lembre-se que ele também vai sentir<br />
fome, sede e vontade de ir ao banheiro..<br />
Para o caso dos fogos – já escrevi<br />
uma matéria sobre isso -, relembro que<br />
pode-se amenizar o pânico que eles<br />
sentem com as explosões “celebrando”<br />
cada vez que houver um estouro. Faça<br />
um carinho nele, dê algum petisco que<br />
ele goste toda vez que um rojão explodir.<br />
Assim, ele pode começar a associar<br />
o barulho com coisas boas, com festa.<br />
Dessa forma o medo diminui, e a agitação<br />
dele também.<br />
Lembre também às suas visitas, caso<br />
faça uma festa de Natal ou ano-novo em<br />
casa, de que seu cão ou gato está acostumado<br />
a comer apenas ração, e por isso não<br />
pode ficar beliscando um pedacinho do<br />
peru, do pernil, do panetone, da rabanada...<br />
E nem pense em fazer uma “ceia”<br />
para ele, dando guloseimas que depois<br />
vão fazer mal a ele.<br />
De resto desejo a todos um ótimo<br />
Natal e excelente ano-novo.<br />
Grande abraço e até a próxima!
um jeito diferente de fazer jornal de bairro ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br 13<br />
João Donato<br />
Lucia Bromberg<br />
Publicado por: amigodobicho<br />
Foto: Divulgação<br />
João Donato de Oliveira Neto nasceu<br />
na cidade de Rio Branco, no então território<br />
do Acre, no dia 17 de agosto de 1934.<br />
Filho de João Donato de Oliveira Filho e<br />
Eutália Pacheco da Cunha.Com 5 anos já<br />
tocava acordeom de ouvido. Aos sete, piano,<br />
por música.<br />
Chega ao Rio em 45 e no início dos<br />
anos 50 já atua no conjunto do violonista<br />
Fafá Lemos, como acordeonista. Sua<br />
primeira gravação é feita com Altamiro<br />
Carrilho. Freqüentador da noite, logo faz<br />
amizades na boemia carioca e apresenta-se<br />
em diversas boates nas noites douradas de<br />
<strong>Copacabana</strong>. Desfrutando da intimidade<br />
de diversos músicos já consagrados, muito<br />
observador e intuitivo, para Donato tudo<br />
era um grande aprendizado. Na seqüência,<br />
o jazz é a ponte direta com o grupo que<br />
viria a criar a bossa nova: Tom Jobim, João<br />
Gilberto, Johnny Alf, Luís Bonfá, entre<br />
muitos outros.<br />
Mais tarde integrou o grupo vocal “Os<br />
Namorados da Lua” e em 58, tocando piano<br />
e trombone, passou a participar de gravações<br />
e apresentações esporádicas. Sentindo<br />
a falta de oportunidades no mercado<br />
de trabalho, parte para os EUA para uma<br />
estada programada de 2 semanas, que acabou<br />
virando 12 anos.<br />
Forma o seu próprio conjunto, com<br />
Milton Banana na bateria e Tião Neto no<br />
contrabaixo, e grava dois discos no Brasil,<br />
numa visita em 62, sendo que um deles<br />
editado, na volta à América, com o título<br />
de “Sambou... Sambou”. Nesta vinda ao<br />
Brasil, Donato se vê envolvido no movi-<br />
mento da bossa nova, sendo considerado,<br />
até hoje, um de seus precursores e até o<br />
verdadeiro criador da tradicional batida,<br />
difundida por João Gilberto.<br />
De volta aos EUA participa do primeiro<br />
disco de Astrud Gilberto e do álbum<br />
“But Shank And His Brazilian Friends”,<br />
com suas composições sendo gravadas por<br />
Cannonball Adderley, Wes Montgomery,<br />
Sérgio Mendes e Dave Pike. No Brasil definitivamente<br />
Donato retoma sua carreira<br />
com o disco “Quem é Quem” e em 1974<br />
lança o álbum “Lugar Comum” com composições<br />
em parceria com Caetano Velloso<br />
e Gilberto Gil.<br />
Suas composições são ricas em inventiva<br />
e criatividade. Entre as mais conhecidas<br />
estão: “Amazonas”, “Lugar Comum”,<br />
“Simples Carinho”, “Até Quem Sabe” e<br />
“Nasci Para Bailar”. Segundo Tárik de<br />
Souza, na contra-capa do álbum “Leilíadas”:<br />
“Durante muito tempo, João Donato<br />
foi um mito das internas da MPB. Gênio,<br />
desligado, louco, de tudo um pouco”. Donato<br />
é um gourmet. Senta-se ao teclado de<br />
ébano & marfim (nessa ordem) e pesca os<br />
acordes com finura, sem se lambuzar em<br />
excessos de notas ou emperrar os quadris<br />
dos dançantes por avareza nos contrapontos.<br />
Para João Donato, estar no palco não<br />
é uma sensação muito boa. Prefere o estúdio,<br />
onde não precisa estar bem arrumado,<br />
não precisa fazer aquele mis-en-scène<br />
nem se preocupar com a platéia. Não tem<br />
firula, só música. A letra não é o mais importante<br />
da música.<br />
Lucia Bromberg nasceu em Oakland, Califórnia em 1952. Começou a desenhar e<br />
pintar ainda criança, seguindo com estudos acadêmicos no Instituto de Belas Artes no Rio<br />
de Janeiro. Sua pintura em tinta acrílica desenvolveu-se no San Antonio Art Institute no<br />
Texas, EUA e a técnica de aquarela aperfeiçoada em Florença, na Itália. Recentemente,<br />
foi lançada uma série de gravuras.<br />
Realizou diversas exposições individuais e coletivas, recebendo prêmios e menções<br />
honrosas. A artista também associa suas imagens à projetos gráficos, objetos, ilustrações,<br />
estamparias, logomarcas e calendários.<br />
Lucia trabalha em seu atelier no Rio de Janeiro, transformando paisagens e elementos<br />
do cotidiano em telas no estilo realismo mágico.<br />
http://www.flickr.com/photos/luciabromberg/<br />
lucia@luciabromberg.com
14<br />
ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br<br />
O que vestir<br />
O polêmico ano de 2012 está chegando<br />
ao fim e, enquanto o fim do mundo não vem,<br />
vem a dúvida de sempre: O que vestir nesse<br />
turbilhão de festividades, próprias desta época,<br />
para não ficar fora do compasso e sair bem<br />
na foto<br />
Precisamos estar antenadas<br />
com a moda e as várias<br />
tendências para usar a roupa<br />
certa no evento certo! O mês<br />
de Dezembro é pródigo em<br />
eventos sociais, como os festejos<br />
natalinos, as confraternizações,<br />
os amigos ocultos,<br />
as formaturas, o Reveillon,<br />
e por aí vai. A grande tônica<br />
do momento está nos brilhos<br />
dos cristais, dos metais preciosos,<br />
como ouro, bronze e<br />
prata, as transparências que<br />
mostram muita pele e bijuterias<br />
grandes e poderosas.<br />
Os cristais são fascinantes<br />
e tentadores, pois são belíssimos<br />
e iluminam a roupa<br />
– e consequentemente<br />
quem a usa. Mas, cuidado,<br />
podem ser traiçoeiros e inadequados,<br />
por isso use com<br />
parcimônia, pois às vezes<br />
menos é mais. Não erra<br />
quem usa brilho à noite e<br />
nas roupas de gala.<br />
Muitas vezes os convites<br />
já vêm com a indicação<br />
do traje requerido,<br />
com o intuito de facilitar.<br />
Contudo, aí surge a dúvida<br />
cruel: Com que roupa<br />
eu vou<br />
Para acertar o traje<br />
adequado aqui vão algumas<br />
dicas.<br />
Se o convite for para<br />
um almoço ou um churrasco,<br />
não é necessário nenhuma produção<br />
muito específica para a ocasião. A roupa certa<br />
será o “Esporte”. Opte por vestidos leves, saia<br />
e blusa, sem brilhos, pois o calor já está intenso<br />
e vai que é numa área aberta. Vale jeans e<br />
rasteirinhas.<br />
Se o convite for para uma confraternização<br />
de trabalho use o “Casual”. Atenção para<br />
o comprimento da saia, nada de saia curtíssima<br />
ou saião, a altura ideal é nos joelhos. Decotes<br />
excessivos e transparências também estão<br />
fora. Complete com sapatilhas ou sandálias de<br />
salto médio, que são os mais indicados.<br />
Se o convite pede “Traje Passeio” ou<br />
“Esporte Fino”, você fará bonito com pantalonas<br />
ou macacões de tecidos fluídos, tipo<br />
jérsei, além dos vestidos com o comprimento<br />
na altura dos joelhos, se for de dia.<br />
Se for á noite, pode sofisticar com<br />
um pouco de brilho sim. Complete<br />
o look com bijuteria grande, vistosa<br />
e sandálias de salto médio para<br />
dar um ar de elegância. O tamanho<br />
da bolsa também deve ser médio,<br />
nada de bolsão. O jeans está fora<br />
de cogitação.<br />
Se o convite diz “Social” ou<br />
“Passeio Completo” os mais indicados<br />
são os vestidos longos e<br />
saias longas usadas com uma blusa<br />
bem sofisticada. Aí pode usar<br />
e abusar das transparências, fendas<br />
na saia, blusas com recortes<br />
e decotão e detalhes com brilhos,<br />
muitos canutilhos e paetês. Para<br />
dar um acabamento no look<br />
valem maxi bijuterias, colares<br />
bem longos ou uma echarpe esvoaçante,<br />
e nos pés os saltos devem<br />
ser altos, nada de rasteiras.<br />
As bolsas devem ser pequenas<br />
ou tipo carteira.<br />
Se a ocasião pede “Rigor”,<br />
o próprio nome já traduz o que<br />
você vai vestir, são vestidos<br />
longos cheios de glamour, de<br />
material nobre, como “voil”<br />
de seda, com comprimento<br />
abaixo dos tornozelos,<br />
cobrindo o salto do sapato!<br />
Valem os decotes profundos<br />
e ousados, e muitas transparências.<br />
Estes modelos<br />
pedem muitos bordados suntuosos<br />
com canutilhos e paetês.<br />
A bolsa deve ser aquela<br />
bem pequena chamada de<br />
“clutch” para carregar na mão, e bijuterias<br />
preciosas para o toque final.<br />
Se você for assistir a alguma cerimônia<br />
religiosa, use algo bonito e elegante, mas<br />
discreto, evitando tomara-que-caia, decotões,<br />
bermudas.<br />
E assim com todas essas dicas, um<br />
verdadeiro “Dress Code”, você certamente<br />
vai brilhar por onde passar.<br />
Desejo a todos as mais altas vibrações positivas<br />
e muito amor nos corações,<br />
Feliz 2013!
um jeito diferente de fazer jornal de bairro ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br 15
16<br />
ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br<br />
Especial<br />
Oscar Niemeyer<br />
Fotos: Divulgação<br />
Por Renata Moreira Lima<br />
e Alexandre Luiz Rocha<br />
Considerado o maior nome da arquitetura do mundo, nasceu no Rio de Janeiro em 1907. Sua brilhante trajetória<br />
se iniciou cedo, no escritório do renomado Lúcio Costa, após se formar em Belas Artes. Logo sobressaiu com<br />
seus traços curvilíneos e voluptuosos quebrando a rigidez das linhas retas que então predominavam o cenário da<br />
arquitetura.<br />
Niemeyer deixou a sua marca impressa em várias obras importantes espalhadas pelo mundo.<br />
No Brasil é autor do projeto do Palácio da Alvorada (Brasília), o conjunto arquitetônico da Pampulha (Belo Horizonte)<br />
e do Ibirapuera e COPAN (São Paulo), Obra do Berço, Hospital do Fundão, no Rio de Janeiro, e o MAC em<br />
Niterói, entre outros. No exterior a Universidade de Constantine (Argélia), a sede da Editora Mandadori (Itália) e o<br />
Espaço Niemeyer, em Le Havre (França) são algumas de suas obras mais admiráveis.<br />
Além de construções erguidas em várias partes do mundo, o trabalho de Niemeyer já mereceu títulos, condecorações,<br />
prêmios e homenagens na Argentina, Bulgária, Chile, Cuba, Estados Unidos, França, Itália, México, Peru,<br />
Polônia, Portugal, Rússia e Venezuela. (Entrevista ao <strong>Jornal</strong> <strong>Copacabana</strong> reallizada em 2005).<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Copacabana</strong>: Sua ligação com<br />
<strong>Copacabana</strong> provavelmente não se restringe<br />
ao fato de ali manter seu escritório:<br />
poderia citar fatos de sua história<br />
pessoal que se entrelacem com o bairro<br />
Oscar Niemeyer: Quando garoto, passava<br />
alguns meses em <strong>Copacabana</strong>. Como<br />
gostava de passar as manhãs na praia, de<br />
ir cedo assistir os pescadores a trazerem<br />
os seus peixes do mar! E, mais velho um<br />
pouco, a correr para furar as ondas ou com<br />
elas descer em jacaré até à areia. Depois,<br />
já adulto, lembro o Clube dos Marimbás, o<br />
Carlos Niemeyer, meus amigos Cavalcanti,<br />
Linhares, Chico Brito, um ambiente de<br />
boemia e solidariedade que nunca esqueci.<br />
Agora olho a praia da janela... como <strong>Copacabana</strong><br />
é bonita!<br />
J. C: Mesmo com a forma tremendamente<br />
especulativa como se deu a ocupação<br />
de <strong>Copacabana</strong>, opção de moradia de<br />
milhares de pessoas, qual seria sua proposta<br />
para a revitalizar nosso bairro<br />
O.N.: Qualquer solução urbanística desejável<br />
seria cara demais. O melhor é nos<br />
adaptarmos tranqüilamente.<br />
Um dia, escrevi sobre <strong>Copacabana</strong> e lembrei<br />
que, em vez deste correr de prédios<br />
todos grudados uns nos outros, se os tivessem<br />
construído sobre pilotis de modo que<br />
da Avenida Nossa Senhora de <strong>Copacabana</strong><br />
a vista se estendesse sob estes até o mar,<br />
seria sem dúvida muito melhor.<br />
Reclamei das modificações que tomaram a<br />
praia mais curta, as ondas menores a baterem<br />
fracamente contra a areia.<br />
Mas para que reclamar, se <strong>Copacabana</strong><br />
continua belíssima e as mulheres tão lindas<br />
quanto antes!<br />
J.C: Quantos projetos de sua autoria<br />
existem em <strong>Copacabana</strong><br />
O.N: Em <strong>Copacabana</strong>, nenhum projeto<br />
importante, ou melhor, há o prédio do<br />
Centro Cultural do SESC, na rua Domingos<br />
Ferreira.<br />
J.C: Quais são os locais de sua preferência<br />
em <strong>Copacabana</strong><br />
O.N: O importante em <strong>Copacabana</strong> é tudo<br />
que está ligado ao mar e à praia.<br />
Lembro que um dia Darcy Ribeiro comentou<br />
que o peitoril das varandas de seu apartamento<br />
era tão alto que não se via o mar,<br />
e eu suspendi 20 cm do piso de seu apartamento.<br />
E o meu amigo ficou feliz vendo o<br />
mar entrar pela sala adentro.<br />
JC:. Como vê o futuro do Rio de Janeiro:<br />
acha possível um resgate das características<br />
que a fizeram Cidade Maravilhosa<br />
O.N: A Barra transformou o Rio num corredor,<br />
e o tráfego de <strong>Copacabana</strong> ficou<br />
congestionado. Esse é um dos maiores<br />
problemas a resolver num futuro próximo.<br />
J.C: Que convicções mantém vivas dentre<br />
aquelas que marcam seu posicionamento<br />
ideológico, como militante socialista<br />
O.N: A idéia de que a vida é injusta e é<br />
preciso mudar e criar uma sociedade mais<br />
humana, sem pobres nem ricos.<br />
J.C: Com quase um século de vida, o<br />
senhor presenciou uma série de acontecimentos<br />
históricos. Concordaria em<br />
avaliar as mudanças do Brasil ao longo<br />
desses anos<br />
O.N: Foram tantas! E é com revolta que<br />
vejo que muito pouca coisa mudou: a burguesia<br />
nos seus apartamentos de luxo e<br />
os nossos irmãos mais pobres pendurados<br />
pelas favelas da cidade. Um dia tudo vai<br />
se modificar. Eles representam a maioria,<br />
estão revoltados e têm razão.<br />
J.C: Como o senhor explica as ousadas<br />
curvas do concreto, traço marcante na<br />
sua obra que influenciou gerações de arquitetos<br />
no Brasil e no mundo<br />
O.N: Um dia André Malraux declarou:<br />
“Tenho o meu museu particular onde guardo<br />
tudo que vi e amei na vida.’ E o mesmo<br />
acontece comigo.<br />
J.C: Qual foi a importância do contato<br />
com Le Corbusier no projeto para<br />
construção da Cidade Universitária em<br />
1936<br />
O.N: O projeto que ele fez para a Cidade<br />
Universitária não foi levado a sério nem<br />
construído.<br />
É claro que tivemos contatos quando da<br />
criação do edifício -sede do Ministério da<br />
Educação e Saúde. Mas Le Corbusier gostava<br />
do ângulo reto e eu da curva, e seguimos<br />
caminhos diferentes.<br />
J.C: A importância de JK na sua trajetória<br />
profissional foi decisiva para a<br />
construção da Pampulha e de Brasília.<br />
Fale-nos um pouco sobre ele.<br />
O.N: Pampulha foi o início de Brasília.<br />
A primeira obra de JK como homem público,<br />
o meu primeiro projeto, a primeira<br />
construção coordenada pelo engenheiro<br />
Marco Paulo Rabelo. A mesma correria de<br />
Brasília, as mesmas angústias, o mesmo<br />
entusiasmo, a mesma preocupação em terminar<br />
a obra no prazo fixado. E o sucesso<br />
de Pampulha a influir na determinação de<br />
JK de construir a nova capital.<br />
Lembro-o, anos depois, a me procurar na<br />
minha casa das Canoas: “Oscar, fizemos<br />
Pampulha, agora vamos construir a nova<br />
capital.” Era o seu sonho predileto que começava<br />
a se concretizar.
um jeito diferente de fazer jornal de bairro ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br 17<br />
Croqui do Caminhos de Niemeyer, em Niterói.<br />
Todas assinadas por Niemeyer.<br />
O Museu de Arte Contemporânea - MAC,<br />
em Niterói, é uma das mais importantes<br />
obras do arquiteto.<br />
Edifício Ypiranga: o escritório na<br />
cobertura em <strong>Copacabana</strong>.<br />
IMPÉRIO 445<br />
DO ALUMÍNIO E FERRO<br />
Janela anti-ruído ou térmica<br />
Esquadria de Alumínio e Ferro em Geral.<br />
Portas – Portões – Janelas – Basculantes –<br />
Coberturas – Forro PVC.<br />
Paulo<br />
2215-8281/3902-9102.<br />
Rua Barão de Iguatemi 445 – loja A<br />
LIMPEZA DE MEMÓRIA CELULAR - TERAPIA<br />
PARA O 3º MILÊNIO - Equilibrando as Emoções.<br />
Agora também em <strong>Copacabana</strong>. 8655-8473<br />
Niemeyer no escritório, em <strong>Copacabana</strong>.<br />
Anuncie:2549-1284/896-0531
18<br />
ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br<br />
Um novo ano<br />
Áries: 21/03 à 20/04 - Não se deixe<br />
intimidar pelo medo. Assim, poderá<br />
vencer os desafios impostos por si<br />
mesmo. É tempo de agir.<br />
Touro: 21/04 à 20/05 - Agora é hora<br />
de estabilidade, onde você consegue<br />
equilibrar suas necessidades emocionais<br />
com o senso de dever. É tempo de ter<br />
controle.<br />
Gêmeos: 21/05 à 20/06 - É possível<br />
que seus desejos variem em momentos<br />
de instabilidade. É tempo de descobrir<br />
algo que possa ser renovado.<br />
Câncer: 21/06 à 21/07 - Em qualquer<br />
atividade, você deve nesse momento<br />
ter cuidado. Talvez seja chamado para<br />
cuidar de algo ou alguém. É tempo de<br />
ser feliz.<br />
Leão: 22/07 à 22/08 - Aja de acordo<br />
com o que manda o seu coração. É<br />
tempo de aproveitar o que há de melhor<br />
em seus encontros e novidades.<br />
Virgem: 23/08 à 22/09 - Esse pode<br />
ser um momento em que você se sente<br />
sozinho. Arrume uma pessoa que ama.<br />
Libra: 23/09 à 22/10 - É possível que<br />
você não esteja com vontade de falar<br />
sobre coisas difíceis. Pessoas sérias e<br />
assuntos profundos podem ser muito<br />
mais interessantes.<br />
Escorpião: 23/10 à 21/11 - Alguns<br />
acontecimentos permitirão que você<br />
aprenda algumas coisas. É tempo de<br />
vivenciar experiências com muita<br />
intensidade e paixão.<br />
Sagitário: 20/11 à 21/12 - Você<br />
está passando por uma instabilidade<br />
emocional e fica mais propenso a<br />
ter problemas. É tempo de ser mais<br />
cuidadoso no modo como trata os<br />
amigos.<br />
Capricórnio: 22/12 à 20/01 - É possível<br />
que você se sinta fora do controle.<br />
Cuidado para não supervalorizar esses<br />
sentimentos.<br />
Aquário: 21/01 à 19/02 - Comece a<br />
escolher novos caminhos, ainda que você<br />
não saiba para onde eles vão te levar.<br />
Peixes: 20/02 à 20/03 - Você pode<br />
não estar se sentindo superdisposto.<br />
Fique calmo e reflexivo com seus<br />
pensamentos. Aproveite para ler muito.
um jeito diferente de fazer jornal de bairro ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br 19<br />
Joelho de porco<br />
defumado (Eisbein)<br />
Em que filme...Natal<br />
1. Menina faz amizade com uma rena mágica que pode voar e ficar invisível<br />
2. Menino não<br />
acredita em Natal<br />
até que embarca<br />
num trem negro<br />
com destino ao<br />
Polo Norte<br />
3. Três caçadores encontram<br />
velho congelado nas<br />
montanhas e acreditam ser<br />
o verdadeiro Papai Noel<br />
Modo de fazer<br />
Ingredientes<br />
1 joelho de porco defumado<br />
3 colheres de sopa de manteiga<br />
5 batatas cozidas<br />
Cebolinha picada<br />
1 cebola roxa inteira<br />
6 cravos da Índia<br />
2 folhas de louro<br />
Cozinhe o joelho de porco com a cebola espetada com os cravos e<br />
duas folhas de louro até ficar macio.<br />
Pincele o joelho com manteiga e leve ao forno médio cerca de 25<br />
minutos.<br />
Cozinhe as batatas em água e sal, o bastante para ficarem apenas<br />
firmes.<br />
Coloque manteiga na panela e misture para amanteigá-las, jogue a<br />
cebolinha e sirva com o joelho. Bom apetite!<br />
4. Martin Scorsese expõe sua visão humana<br />
sobre o maior aniversariante de dezembro<br />
Respostas:<br />
1. Blizzard de Le Var Burton / 2. Expresso Polar de Robert Zemeckis / 3. Papai Noel das Cavernas de Jalmari Helander / 4. Última<br />
Tentação de Cristo.
20 ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br
um jeito diferente de fazer jornal de bairro ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br 21<br />
Shopping Cidade <strong>Copacabana</strong><br />
Nonono nonono nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono nonono nonono nonono nonono nonono<br />
nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono nonono nonono<br />
nonono nonono nonono nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono<br />
nonono nonono nonono nonono nonono nonono nonono.<br />
Nonono nonono nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono nonono nonono nonono nonono nonono<br />
nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono nonono nonono<br />
nonono nonono nonono nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono<br />
nonono nonono nonono nonono nonono nonono nonono.<br />
Nonono nonono nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono nonono nonono nonono nonono nonono<br />
nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono nonono nonono<br />
nonono nonono nonono nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono<br />
nonono nonono nonono nonono nonono nonono nonono.<br />
Nonono nonono nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono nonono nonono nonono nonono nonono<br />
nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono nonono nonono<br />
nonono nonono nonono nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono<br />
nonono nonono nonono nonono nonono nonono nonono.<br />
Nonono nonono nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono nonono nonono nonono nonono nonono<br />
nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono nonono.<br />
Nonono nonono nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono nonono.<br />
Nonono nonono nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono nonono nonono<br />
nonono nonono nonono nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono. Nonono nonono<br />
nonono nonono nonono nonono nonono nonono nonono nonono nonono. Nonono<br />
nonono nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono nonono nonono nonono nonono<br />
nonono nonono nonono.<br />
Nonono nonono nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono nonono nonono<br />
nonono nonono nonono nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono. Nonono nonono<br />
nonono nonono nonono nonono nonono nonono nonono nonono nonono. Nonono<br />
nonono nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono nonono nonono nonono nonono<br />
nonono nonono nonono.<br />
Nonono nonono nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono nonono nonono.<br />
Nonono nonono nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono nonono nonono. Nonono<br />
nonono nonono nonono. Nonono nonono nonono nonono nonono nonono.<br />
Cicero Amaral<br />
Antiquário<br />
2ºpiso - 107<br />
3435-7195 / 9624-1964<br />
Cicero Amaral<br />
Antiquário<br />
2ºpiso - 107<br />
3435-7195 / 9624-1964<br />
Cicero Amaral<br />
Antiquário<br />
2ºpiso - 107<br />
3435-7195 / 9624-1964<br />
Cicero Amaral<br />
Antiquário<br />
2ºpiso - 107<br />
3435-7195 / 9624-1964<br />
Cicero Amaral<br />
Antiquário<br />
2ºpiso - 107<br />
3435-7195 / 9624-1964<br />
Cicero Amaral<br />
Antiquário<br />
2ºpiso - 107<br />
3435-7195 / 9624-1964<br />
Cicero Amaral<br />
Antiquário<br />
2ºpiso - 107<br />
3435-7195 / 9624-1964<br />
Cicero Amaral<br />
Antiquário<br />
2ºpiso - 107<br />
3435-7195 / 9624-1964<br />
Cicero Amaral<br />
Antiquário<br />
2ºpiso - 107<br />
3435-7195 / 9624-1964<br />
Cicero Amaral<br />
Antiquário<br />
2ºpiso - 107<br />
3435-7195 / 9624-1964<br />
Cicero Amaral<br />
Antiquário<br />
2ºpiso - 107<br />
3435-7195 / 9624-1964<br />
Cicero Amaral<br />
Antiquário<br />
2ºpiso - 107<br />
3435-7195 / 9624-1964<br />
Cicero Amaral<br />
Antiquário<br />
2ºpiso - 107<br />
3435-7195 / 9624-1964<br />
Cicero Amaral<br />
Antiquário<br />
2ºpiso - 107<br />
3435-7195 / 9624-1964<br />
Cicero Amaral<br />
Antiquário<br />
2ºpiso - 107<br />
3435-7195 / 9624-1964<br />
Cicero Amaral<br />
Antiquário<br />
2ºpiso - 107<br />
3435-7195 / 9624-1964