Uso do OK-432 no tratamento do pseudocisto quiloso - ABCCMF
Uso do OK-432 no tratamento do pseudocisto quiloso - ABCCMF
Uso do OK-432 no tratamento do pseudocisto quiloso - ABCCMF
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
<strong>Uso</strong> <strong>do</strong> <strong>OK</strong>-<strong>432</strong> <strong>no</strong> <strong>tratamento</strong> <strong>do</strong> pseu<strong>do</strong>cisto <strong>quiloso</strong><br />
Figura 1 – Aspecto <strong>do</strong> paciente antes <strong>do</strong> <strong>tratamento</strong><br />
com <strong>OK</strong>-<strong>432</strong>. A seta indica pseu<strong>do</strong>cisto em fossa<br />
supraclavicular esquerda.<br />
Figura 4 – Tomografia computa<strong>do</strong>rizada após primeira aplicação<br />
<strong>do</strong> <strong>OK</strong>-<strong>432</strong>. Tomografia computa<strong>do</strong>rizada em corte axial<br />
demonstran<strong>do</strong> redução <strong>do</strong> volume <strong>do</strong> pseu<strong>do</strong>cisto <strong>no</strong> ponto de<br />
maior diâmetro após a primeira aplicação <strong>do</strong> <strong>OK</strong> <strong>432</strong>.<br />
Figura 5 – Tomografia computa<strong>do</strong>rizada final. Tomografia<br />
computa<strong>do</strong>rizada em corte axial demonstran<strong>do</strong> resolução total<br />
<strong>do</strong> pseu<strong>do</strong>cisto após a terceira aplicação <strong>do</strong> <strong>OK</strong> <strong>432</strong>.<br />
Figura 2 – Aspecto <strong>do</strong> paciente ao térmi<strong>no</strong> <strong>do</strong> <strong>tratamento</strong> com<br />
<strong>OK</strong>-<strong>432</strong>. A seta indica fossa supraclavicular esquerda<br />
sem evidência de lesão.<br />
DISCUSSÃO<br />
Figura 3 – Tomografia computa<strong>do</strong>rizada inicial em corte axial,<br />
demonstran<strong>do</strong> as medidas lineares <strong>do</strong> pseu<strong>do</strong>cisto <strong>no</strong> ponto de<br />
maior diâmetro na fase inicial, antes da aplicação <strong>do</strong> <strong>OK</strong> <strong>432</strong>.<br />
O <strong>tratamento</strong> cirúrgico das fístulas e pseu<strong>do</strong>cistos <strong>quiloso</strong>s é<br />
ti<strong>do</strong> por alguns autores como padrão-ouro 5 , porém não é isento<br />
de riscos, na verdade, há risco de lesões <strong>do</strong> nervo frênico, <strong>do</strong><br />
tronco simpático e <strong>do</strong> vago e há possibilidade de recidiva<br />
da fistula 5 . O uso <strong>do</strong> <strong>OK</strong>-<strong>432</strong> para esclerose de pseu<strong>do</strong>cistos<br />
<strong>quiloso</strong>s é bastante recente. Na literatura pesquisada (Medline e<br />
SciELO), existe apenas <strong>do</strong>is artigos que juntos relatam apenas<br />
cinco casos de pseu<strong>do</strong>cistos trata<strong>do</strong>s com <strong>OK</strong>-<strong>432</strong> e to<strong>do</strong>s<br />
obtiveram sucesso terapêutico, sem ocorrência de complicações<br />
importantes 4,5 .<br />
Usa<strong>do</strong> na esclerose de linfangiomas, o <strong>OK</strong>-<strong>432</strong> tem<br />
mostra<strong>do</strong> ser uma droga bastante segura 6-8 . Em centenas de<br />
relatos não apresentou reação adversas importantes e ou<br />
permanentes, ao contrário de outras drogas esclerosantes, como<br />
o eta<strong>no</strong>l, o tetradecil sulfato de sódio, a polivinilpirroli<strong>do</strong>na<br />
(PVPI), a tetraciclina e a <strong>do</strong>xicilina 6 . O <strong>OK</strong>-<strong>432</strong> age de forma<br />
diferente dessas drogas, pois não provoca um processo inflamatório<br />
irritativo e sim uma resposta imune <strong>do</strong> paciente aos<br />
antíge<strong>no</strong>s <strong>do</strong> Streptococcus pyogens, minimizan<strong>do</strong> a necrose<br />
tecidual 7 . Drogas irritativas como o eta<strong>no</strong>l e o tetradecil sulfato<br />
de sódio podem trazer da<strong>no</strong>s permanentes, como necrose<br />
tecidual, cicatrizes e <strong>do</strong>r crônica, o PVPI é conheci<strong>do</strong> como<br />
Rev Bras Cir Craniomaxilofac 2012; 15(1): 13-6<br />
15