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Tratores agricolas 3 e 4-2001.pdf - LEB/ESALQ/USP

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<strong>Tratores</strong> agrícolas - Especial. 5<br />

na fabricação de tratores.<br />

No ano de 1933 foi introduzida a segunda<br />

grande inovação, pois começaram-se a<br />

substituir os rodados de ferro por pneus<br />

de borracha. É claro que conjuntamente a<br />

essas importantes introduções, ocorria um<br />

desenvolvimento industrial normal no produto,<br />

o que fazia incrementar<br />

e tornando-os mais eficientes<br />

a qualidade,<br />

na sua utilização<br />

nos terrenos agrícolas.<br />

A partir de 1935 passou -se a adotar com<br />

mais freqüência os motores de combustão<br />

interna de ignição por faísca,<br />

com outros desenvolvimentos,<br />

o que junto<br />

tornou o trator<br />

agrícola mais versátil. Nessa mesma<br />

época, o produto caminhou para uma crescente<br />

normalização.<br />

No meio da segunda grande guerra mundial,<br />

ocorre a introdução do sistema de engate<br />

em três pontos de acionamento mecânico.<br />

Junto com este sistema foram lançados<br />

modelos de tratores a gás (grande parte<br />

do combustível líquido estava mobilizado<br />

para a guerra) e os microtratores. Estas<br />

modificações foram devidas, em grande<br />

parte, à rápida e intensa incorporação de<br />

tecnologia proporcionada pelos estudos<br />

militares. A partir de 1949, os tratores passaram<br />

a incorporar o sistema de acionamento<br />

hidráulico de implementos.<br />

Dois estudos realizados em 1982 e 1990<br />

confirmaram que o peso específico do trator,<br />

isto é, a quantidade de kg do trator em<br />

relação à potência do motor, diminui na<br />

medida em que aumenta a potência. Isto<br />

significa que os tratores de maior potência<br />

(maiores) são proporcionalmente mais leves<br />

que os tratores com menos potência no<br />

motor. Vejamos um exemplo, retirado do<br />

gráfico anterior: um trator de 40 kW de potência<br />

no motor tem um peso específico de<br />

aproximadamente 72 kg por cada kW do<br />

seu motor, ao passo que um trator de 100<br />

kW no motor tem apenas uma relação de<br />

68 kg de massa para cada KW de motor.<br />

Como conclusão podemos afirmar que<br />

os tratores maiores são mais dependentes<br />

de lastre<br />

máxima<br />

que os menores, para alcançar a<br />

eficiência e talvez os fabricantes<br />

estejam baseando-se em modelos menores<br />

e equipando-os com motores mais potentes.<br />

Também é verdade que o uso de materiais<br />

mais leves, como o polipropileno, a fibra<br />

de vidro e o alumínio, que passaram a<br />

ser freqüentes<br />

tornou o trator<br />

na indústria automotiva,<br />

um veículo mais leve.<br />

100<br />

Relaçãoentrepotêndado motore o pesoespecíficodotrator.<br />

90<br />

.<br />

~ 80<br />

5<br />

g 70<br />

~ I..<br />

~ 60 .<br />

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40 30 40 60 80 100 140<br />

.<br />

Potencia en el motor,<br />

kW<br />

180<br />

""<br />

j'<br />

~<br />

o aumento da potência<br />

Etre os anos de 1959 e 1960 a potência<br />

média dos tratores aumen<br />

a muito rapidamente, estabelecendo-se<br />

uma tendência que persiste nos dias<br />

atuais. Nesta mesma década se consolida a<br />

supremacia do combustível e do sistema Diesel<br />

e começa a ocorrer uma série de refmamentos<br />

técnicos, como a melhoria das transmissões,<br />

o que fez incrementar a oferta do<br />

número de marchas, tornando-as mais práticas<br />

em condições de trabalho.<br />

Em 1961 se dissemina a introdução comercial<br />

do sistema hidráulico de três pontos,<br />

em configuração muito semelhante a<br />

atual, conhecido como sistema Ferguson,<br />

que passa a ser a terceira grande incorporação<br />

tecnológica nos tratores agrícolas.<br />

Na década de 70, se produz uma introdução<br />

intensa de tratores agrícolas de quatro<br />

rodas motrizes, geralmente de grandes<br />

dimensões, nos EUA, e de pequeno porte na<br />

Europa. Nos anos 80 o predomínio passou<br />

a ser dos tratores de tração dianteira assistida<br />

(TOA).<br />

A década de 90 é marcada como a época<br />

dos sistemas eletrônicos de auxilio à operação<br />

dos tratores agrícolas, pois um grande<br />

número de tratores já pode sair de fábrica<br />

equipada com sistemas<br />

nico de rendimento.<br />

de controle eletrô-<br />

No Brasil o início da fabricação de tratores<br />

ocorre no ano de 1960, a partir da instituição<br />

do Plano Nacional da Indústria de <strong>Tratores</strong><br />

Agrícolas, em 1959, pelo governo federal.<br />

Até essa década os tratores utilizados<br />

na agricultura brasileira eram importados<br />

da Europa e Estados Unidos.<br />

Antes da etapa de fabricação de tratores<br />

no Brasil havia una situação bastante singular,<br />

pois eram muitas marcas e modelos<br />

que os agricultores adquiriam sem muitas<br />

garantias de assistência técnica, mas com<br />

preços<br />

mente<br />

bastantes interessantes<br />

devidos a financiamentos<br />

principal-<br />

oficiais.<br />

Havia incentivos à importação, o que resultava<br />

em baixos preços de aquisição mas<br />

Março / Abril 2001<br />

Como<br />

conclusão<br />

podemos<br />

afirmar que os<br />

tratores<br />

maiores são<br />

mais<br />

dependentes<br />

de lastre que<br />

os menores,<br />

para alcançar a<br />

máxima<br />

eficiência e<br />

talvez os<br />

fabricantes<br />

estejam<br />

baseando-se<br />

em modelos<br />

menores e<br />

equipando-os<br />

com motores<br />

mais potentes<br />

. lVIáquinas

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