Revista OAB Infoco #26
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“A mulher moderna rompe desafios.<br />
É formadora de opinião, é chefe de<br />
família, é líder nas empresas, é empreendedora,<br />
é Presidente, e ainda assim,<br />
não deixa de ser mulher. É guerreira<br />
que sabe o que quer, sem perder a sensibilidade.<br />
Penso que o maior desafio<br />
da mulher moderna seja lidar com suas<br />
sensibilidades e sentimentos, a preocupação<br />
com os filhos, a perspectiva<br />
de um novo amor, sem perder a dureza<br />
que a vida lhe exige e ainda manter a<br />
doçura feminina. Sou de uma família<br />
de sete irmãos, sendo que, separada<br />
e aos 30 anos de idade, minha mãe,<br />
para nos sustentar, foi obrigada a ir<br />
trabalhar no Rio de Janeiro, deixando<br />
os filhos sob os cuidados de minha avó<br />
materna. Ainda assim, distante, minha<br />
mãe, guerreira, conseguiu educar os<br />
filhos, transmitindo todos os valores,<br />
resultando assim, em pessoas de bem e<br />
trabalhadores, que somos hoje. Minha<br />
família é a de maior número de negros<br />
de Uberlândia, com mais de 462 pessoas,<br />
e tanto eu como as mulheres da família<br />
transmitimos pela oralidade nossa<br />
história e nossa cultura às crianças.<br />
Faço meu papel como mulher honesta,<br />
trabalhadora, companheira, amiga e<br />
de princípios. Mantemos a cultura da<br />
família Chatão e a cultura negra em<br />
Uberlândia. Oferecemos lanche para o<br />
congado com doações de amigos, festa<br />
para as crianças. Tenho orgulho de fazer<br />
tudo isso e de ser MULHER”.<br />
Rosana Cristina Couto (Neném)<br />
Membro da Família Chatão: Fundadora<br />
e Tesoureira da Escola de Samba Unidos<br />
do Chatão<br />
Kerley Pita<br />
“As dificuldades da mulher<br />
atual estão na conciliação da<br />
vida profissional com a familiar,<br />
uma vez que o nosso país<br />
ainda não possui a cultura de<br />
aproximar as duas coisas, disponibilizando<br />
no mercado de<br />
trabalho condições para isto.<br />
Para alcançar sucesso adoto<br />
e acredito que neste ensinamento<br />
de Albert Einsten:<br />
“O sucesso só vem antes do<br />
trabalho no dicionário”, ou<br />
seja, é lutando e trabalhando<br />
que o sucesso vem”.<br />
Julice Rodrigues<br />
Advogada e professora da<br />
UFU<br />
“A conquista da mulher nesta<br />
época belíssima, pois até então<br />
a mulher era discriminada,<br />
hoje não, ela está equiparada<br />
ao homem”.<br />
Iolanda Velasco de Andrade<br />
Assessora especial da presidência<br />
da <strong>OAB</strong> Uberlândia<br />
“Vejo que houve um avanço<br />
muito grande no mercado<br />
de trabalho para a mulher,<br />
hoje nós temos mulheres<br />
nos altos postos tanto do<br />
executivo, do legislativo e do<br />
judiciário, então as mulheres<br />
avançaram muito se compararmos<br />
a anos anteriores.<br />
Vejo que a mulher está lutando<br />
pelo espaço dela, não<br />
quer ocupar espaço que é do<br />
homem, porque tem sim espaço<br />
para a mulher. Antigamente,<br />
falava que tal tarefa<br />
era do homem, hoje não,<br />
hoje a mulher está na construção<br />
civil, está em todos os<br />
órgãos. Mas ainda há muito<br />
a ser feito. Na delegacia<br />
estamos trabalhando contra<br />
a violência à mulher, muitas<br />
vezes tem homem que não<br />
está entendendo esse avanço<br />
da mulher e parte para<br />
agressão, as vezes não é uma<br />
agressão física, mas é uma<br />
agressão velada, mexer com<br />
o sentimento, tentar desmotivá-la,<br />
então a preocupação<br />
da delegacia não é só com a<br />
violência física, mas com uma<br />
violência moral, por isso ela<br />
deve mostrar que o homem<br />
também é importante, tem<br />
o seu papel e ela também o<br />
papel dela, os dois têm que<br />
trabalhar em conjunto”.<br />
Márcia Regina Pussoli<br />
Delegada Regional de Polícia<br />
Civil de Uberlândia<br />
Kerley Pita<br />
<strong>OAB</strong> IN FOCO<br />
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