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Prisciliano eo priscilianismo. Da condena á rehabilitación - Biblos

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Música<br />

28<br />

Autor de culto desde há anos no<br />

além e até aqui –Prémio Escritor<br />

Galego Universal 2007 da AELG–<br />

foi diante do mar de Benguela, em<br />

derradeira visita antes de partir para<br />

o combate, que deixou de ser apenas<br />

Artur Carlos Maurício Pestana dos<br />

Santos, traduzindo para umbundo um<br />

dos sobrenomes como título de guerra,<br />

e Pepetela («pestana») ficaria para<br />

sempre também pseudónimo literário. Na<br />

época lançou-se nas verdes florestas<br />

do Mayombe no leste de Angola, hoje<br />

continua lançado nos matagais das<br />

Carlos Quiroga<br />

Natural de Benguela (1941), descende de família<br />

colonial com pais já nascidos em Angola, chegou<br />

a Lisboa (1958) para estudar no Instituto Superior<br />

Técnico, Engenharia (1960), a até durante um ano o<br />

curso de Letras, mas em 1961, na decorrência da sua<br />

participação na Casa dos Estudantes do Império em<br />

atividades literárias e políticas, opta claramente por<br />

esta via e vê-se obrigado a sair de Portugal. Passa<br />

seis meses em Paris (1962), torna-se militante do<br />

Movimento Popular de Libertação de Angola e segue<br />

para a Argélia. Licencia-se em Sociologia neste país<br />

e trabalha na representação do MPLA e no centro<br />

de Estudos Angolanos que ajuda a criar. Em 1969<br />

parte para Cabinda, participa directamente na luta<br />

armada como guerrilheiro e responsável pelo sector da<br />

educação. Em 1972 ainda é transferido para a Frente<br />

Leste, desempenhando as mesmas funções até 1974.<br />

Integrou a primeira delegação do MPLA que chegou<br />

a Luanda em Novembro desse ano e desempenhou os<br />

cargos de Diretor de Educação e Cultura e de Orientação<br />

Política, e foi membro do Estado Maior da Frente Centro.<br />

De 1975 a 1980 até foi vice-ministro da Educação. A<br />

etapa posterior, última de um ciclo que poderíamos<br />

chamar de institucional, refere-se à Universidade de<br />

Luanda, onde leciona Sociologia.<br />

Tendo-se afastado das instâncias de poder, às que agora<br />

poderá vigiar e aludir a nu, a escrita passa a ser o ofício<br />

absoluto. Grande parte da sua produção foi publicada<br />

após a independência, como de resto se passa com boa<br />

parte dos ficcionistas angolanos, e alcança mais dos<br />

vinte títulos, muitos deles traduzidos numa quantidade<br />

enorme de línguas. Neles se tem dedicado à ‘construção<br />

da nação’, armado agora com a tinta ou o pixel. Isso faz<br />

pacientemente Pepetela revisitando partes quentes da<br />

sua história política e social pela via de individualidades<br />

paradigmáticas. Eis a ossatura central da trama nos<br />

seus mais celebrados romances, Mayombe, Yaka,<br />

Lueji,o Nascimento dum Império, A Geração da Utopia,<br />

A Gloriosa Família, Predadores... Mas com certeza se<br />

poderia estender essa marca a toda a obra, certamente<br />

a teatral, narrativa breve, e inclusive a policial, que<br />

vem pôr no palco doutro ponto de vista uma mesma<br />

inclinação para o retrato do imaginário angolano e do<br />

mundo coetân<strong>eo</strong>. Vamos ver especialmente nos seus<br />

últimos títulos –e segundo o parecer do autor que<br />

responde por mail.<br />

letras do planetacomo referente<br />

incontornável da literatura actual de<br />

língua portuguesa. Mergulhar na sua<br />

obra é entrar na história mais recente<br />

de um país cujo percurso político não<br />

só experimentou mas acompanhou e<br />

determinou. Os seus livros ainda se abrem<br />

agora para horizontes mais amplos como<br />

em breve se verá. Dos Prémios, o galego<br />

terá sido seguramente dos mais modestos:<br />

repetente como Nacional de Literatura,<br />

Prémio Prinz Claus, Prémio Especial dos<br />

Críticos de São Paulo, mesmo Prémio<br />

Camões pelo conjunto da obra (1997).<br />

Comandante<br />

Pepetela<br />

continua na luta<br />

—O teu longo caminho e capacidade<br />

para reinventar-te é surpreendente<br />

em muitos aspetos, mas<br />

deixa-me arrancar com um detalhe<br />

mais frívolo que também o prova<br />

antes dos livros: como e quando<br />

decide o Pepetela ter um blogue...?<br />

—Não tenho nem me parece que venha<br />

a ter. A editora portuguesa Dom<br />

Quixote criou um site com o meu nome,<br />

para pôr artigos ou o que quisesse<br />

e assim ser acedido mais facilmente<br />

por leitores, mas tem sido pouco usado.<br />

Não tenho muita paciência e devo evitar<br />

ficar sentado ao computador mais<br />

tempo que o necessário para o trabalho.<br />

As costas não o permitem.<br />

—A luta armada angolana, as histórias<br />

ligadas ao antigos colonos,<br />

as sagas dos Semedo em Yaka, etc.,<br />

parecem distantes do teu Larry<br />

informático e proto-terrorista de<br />

2007. Como decides abrir este rumo<br />

num espaço fora de Angola e<br />

até da África? Um passatempo que<br />

resulta da estadia em Berkeley como<br />

escritor convidado em 2003 (que<br />

não pensavas publicar, li nalgum<br />

lado), ou vai finalmente mais longe<br />

–pois o resultado da caricatura<br />

social é magnífica?<br />

—De facto isso passou-se em 2005. Como<br />

tinha estado lá nos anos anteriores<br />

como professor visitante, a Universidade<br />

de Berkeley convidou-me para fazer<br />

uma palestra e ficar um mês de férias<br />

lá. Como já conhecia bem a região, que<br />

aliás adoro, e de manhã andava muito<br />

mas ficava cansado, já não saía do<br />

quarto depois de almoço. Tinha computador<br />

e televisão. Que faz um escritor<br />

com um computador no quarto e<br />

uma televisão que acaba por enfastiar?<br />

Diverte-se a inventar uma estória, claro.<br />

E foi mesmo para brincar. Há muito<br />

tempo não escrevia só para mim, sem<br />

a pr<strong>eo</strong>cupação de ser lido por outros.<br />

<strong>Da</strong>í ser uma estória passada na Cali-<br />

—Tento fugir a isso. Por isso uso temas<br />

e modos de escrever diversos. Mas há<br />

temas recorrentes, aos quais é difícil escapar.<br />

E eu sei que dificilmente fujo da<br />

problemática (implícita ou explícita) referente<br />

à criação da Nação. É tema importante<br />

para esta fase e sentiria não<br />

estar a cumprir a minha função social<br />

se o evitasse. Com o risco de se pensar<br />

que me repito sistematicamente.<br />

—Como dedicado e afinado construtor<br />

que mostra um particular uso<br />

dos recursos da linguagem, podes<br />

conceder aí maior continuidade na<br />

tua longa produção? Haverá grandes<br />

distâncias estilísticas entre o<br />

Pepetela dos primeiros livros e o<br />

destes últimos?<br />

—Deve haver. Não sou a pessoa mais<br />

indicada para analisar a minha obra.<br />

Mas me parece que nos primeiros era<br />

muito mais extenso nos diálogos que<br />

nos últimos. Provavelmente é uma<br />

influência de Hemingway, que era o<br />

meu guru da época e ainda hoje admiro<br />

muito. A dado momento jogava<br />

também muito com os narradores.<br />

Ainda o faço mas de forma mais<br />

discreta, talvez. Já estive mais pr<strong>eo</strong>cupado<br />

em usar uma linguagem próxima<br />

da maneira como os angolanos<br />

falam o português. Hoje estou menos<br />

pr<strong>eo</strong>cupado com isso, embora obviamente<br />

use angolanismos, até porque<br />

não os noto, são a minha linguagem.<br />

Acho normal que haja diferenças, que<br />

tenha mudado. Espero bem que sim.<br />

Não forçosamente para escrever melhor,<br />

nada disso, mas porque uma pessoa<br />

muda, a vida ensina coisas constantemente<br />

e isso também se deve reflectir<br />

na linguagem, no estilo.<br />

—Sei como te querem em Portugal<br />

e também vi a devoção que<br />

provoca a tua obra inclusive no<br />

mais profundo Brasil, mas como<br />

te sentes acolhido literariamente<br />

em Angola?<br />

—Sou bem acolhido, de um modo geral.<br />

Ou então as pessoas são muito gentis e<br />

só me falam quando gostaram e escondem<br />

o que não gostaram. É muito freturas,<br />

a xenofobia dos que se consideram<br />

superiores, etc.<br />

—Como Predadores tinha sido o livro<br />

anterior ao de Berkeley, podese<br />

dizer que esse intenso romance<br />

sobre a depredação na nova Angola<br />

fechou um ciclo da tua produção?<br />

—Sim, fechou. Mas nada nunca é definitivo<br />

e por isso o ciclo pode ser retomado,<br />

como já avisava na primeira<br />

frase de “A Geração da Utopia”… De<br />

qualquer modo, gosto de mudar, procurar<br />

outros temas e outras formas de<br />

exprimir as minhas obsessões e perplexidades<br />

em relação aos homens e seus<br />

estranhos comportamentos.<br />

—No ano seguinte ao do terrorista,<br />

O Quase Fim do Mundo volta<br />

muito localizadamente a África,<br />

onde se pensa que tenha começado<br />

a Humanidade, e tratas de<br />

repartir humor mas pegas nalgo<br />

tremendo: és consciente de a<br />

história se colocar no espaço da<br />

parábola política, e de que a tua<br />

ficção lança no ar um sério disparo<br />

de aviso sobre o real? Era essa<br />

também a pretensão?<br />

—Acho que a Humanidade realmente<br />

está em perigo de se autodestruir.<br />

Vem fazendo tudo por isso ao secar a<br />

água em que vive, isto é, os atentados<br />

seguidos contra o ambiente. Vem criando<br />

bombas de retardamento ao manter<br />

ou agravar as diferenciações sociais e as<br />

intolerâncias. Sobre estas então muito<br />

há que dizer: a intolerância ao outro, só<br />

por ser diferente. Os racismos, a xenofobia,<br />

as guerras de religião que se tornam<br />

cada vez mais presentes quando se<br />

pensava que era algo de medieval. Medieval<br />

somos nós, os humanos, sempre<br />

fomos medievais e não saímos dessas<br />

trevas apesar de usarmos tecnologias<br />

e linguagens modernas. Foi para isso<br />

que quis chamar a atenção. Pode ser<br />

que várias vezes a Humanidade tenha<br />

estado perto do zero, quando criou as<br />

armas que quase a liquidaram. E perde<br />

a memória disso, obviamente. Já<br />

é altura de sermos crescidinhos e ganharmos<br />

juízo.<br />

—Em A Sul. O Sombreiro, o teu último<br />

romance, regressas inesperadamente<br />

aos primórdios do colonialismo<br />

e a uma época desconhecida<br />

da história de Angola, séculos XVI<br />

e XVII. A volta à fundação de Benguela,<br />

onde também foste lançar<br />

o livro, é um retorno simbólico em<br />

toda regra ao teu húmus?<br />

—Tento até fisicamente voltar para lá,<br />

morar na região. Sim, volto às raízes.<br />

Mas existem outras razões. A História<br />

de Angola ainda não está contada. Os<br />

historiadores estão fazendo o seu tra-<br />

fórnia, com personagens americanos<br />

e suas paranóias. Diverti-me a escrevê-la.<br />

E devia ficar assim. Mas, mais<br />

tarde, acabaram por me convencer a<br />

publicá-la. Não sei se fiz bem, até hoje<br />

me interrogo.<br />

—Será uma das tuas singularidades<br />

de sempre o questionamento<br />

do Presente?<br />

—Suponho que o ser humano nunca<br />

está satisfeito, procura sempre mais.<br />

Essa insatisfação tem sido a mola que<br />

leva ao progresso do conhecimento e<br />

ao avanço civilizacional. Os escritores<br />

não fogem dessa linha mestra. Se não,<br />

acomodamo-nos, tornamo-nos em<br />

parte vegetais, prontos para o caixão.<br />

Devemos questionar o Presente, procurar<br />

agitá-lo para provocar o Futuro.<br />

—África acaba por até no literal<br />

estar em O Terrorista de Berkeley:<br />

no fim da narrativa os agentes federais<br />

invadem a universidade e<br />

encontram numa sala trancada um<br />

professor de banto dormindo. Para<br />

além do contraste de culturas,<br />

para além de te adivinhar o gosto<br />

por ironias, admites que sobre<br />

este e outros detalhes (o nome do<br />

chefe de combate ao terrorismo, a<br />

pinta do mexicano Juan Martínez,<br />

os muitos mal-entendidos) se possa<br />

formular um parentesco com os<br />

policiais do teu Jaime Bunda e seu<br />

t<strong>eo</strong>r paródico?<br />

—No limite, sim, há algo de irónico<br />

que aponta para Jaime Bunda. E, obviamente,<br />

como cidadão de um país<br />

subdesenvolvido que só a hipocrisia<br />

ocidental denomina de “em vias de<br />

desenvolvimento”, mesmo escrevendo<br />

para mim, sou quase obrigado a criar<br />

referências com os problemas que temos<br />

com o Norte dominante. <strong>Da</strong>í as<br />

alusões aos do Sul tentando emigrar,<br />

legal ou ilegalmente, o choque de culbalho<br />

mas têm dificuldades porque o<br />

que existe sobre o passado foi escrito<br />

por estrangeiros, particularmente<br />

missionários ou colonizadores. É preciso<br />

“traduzir” esses escritos para uma<br />

visão nacional, nossa. É o que, de vez<br />

em quando, tenho tentado fazer. Pegar<br />

na historiografia colonial e tentar pôr<br />

carne e nervos onde só há osso. Muitas<br />

vezes um osso deformado pela id<strong>eo</strong>logia<br />

do dominador da época. Então até<br />

mesmo o osso tem de ser “endireitado”.<br />

Adoro esse tipo de trabalho. E era<br />

também uma promessa antiga, escrever<br />

sobre o nascimento da minha cidade<br />

e mostrar que não foi uma obra limpa<br />

e rigorosa, como alguns pensam.<br />

—O que achas sobre aquela afirmação<br />

acerca de escritor em geral<br />

escrever sempre o mesmo livro,<br />

contar sempre a mesma história?<br />

TITULOS PUBLICADOS<br />

A revolta da casa<br />

dos ídolos<br />

UDC<br />

Rústica<br />

13,5 × 21 cm 148 páxinas<br />

ISBN: 978-84-9749-364-2<br />

12 €<br />

O planalto e a<br />

estepe<br />

Dom Quixote<br />

Capa mole<br />

15,5 × 23,6 cm 192 páginas<br />

ISBN: 978-972-20-3784-6<br />

14,90 €<br />

A montanha de<br />

Água Lilás<br />

Dom Quixote<br />

Capa mole<br />

15,6 × 23,5 cm 156 páginas<br />

ISBN: 978-972-20-3248-3<br />

13,90 €<br />

Lueji, o nascemento<br />

de um império<br />

Dom Quixote<br />

Capa mole<br />

15,5 × 23,5 cm 496 páginas<br />

ISBN: 978-972-20-3664-1<br />

17,90 €<br />

O quase fim do<br />

mundo<br />

Dom Quixote Capa mole<br />

15,5 × 23,5 cm 384 páginas<br />

ISBN: 978-972-20-3525-5<br />

17,90 €<br />

quente ser abordado na rua por alguém<br />

que não conheço e me diz que começou<br />

a gostar de livros porque leu um<br />

livro meu, ou que o primeiro livro que<br />

leu foi um meu. Isso é muito frequente<br />

e acredito que seja verdade! Gosto<br />

de acreditar nisso. Mas tudo tem um<br />

senão: infelizmente, hoje lê-se pouco<br />

em Angola. Bem sei que é um fenómeno<br />

quase universal, mas lá ainda devíamos<br />

estar na fase do começo, em que<br />

se lê muito e depois se passa para outras<br />

coisas. O poder de compra muito<br />

fraco, aliado ao preço exorbitante dos<br />

livros e à má qualidade do ensino, estão<br />

na base do pequeno número de<br />

leitores. De uma forma geral.<br />

—Quanto ao teu distanciamento<br />

em relação ao poder político, que<br />

arranca praticamente depois de<br />

Mayombe e da polémica que criou,<br />

continuas crítico face à situação no<br />

teu país? Há hoje mais motivos de<br />

desencanto?<br />

—Continuo crítico, como bom benguelense,<br />

que sempre foi anti-poder,<br />

qualquer que seja. Reconheço que houve<br />

grandes avanços nestes últimos dez<br />

anos em que temos paz, no campo da<br />

educação, na saúde, na recuperação das<br />

vias de comunicação, na conquista de<br />

direitos humanos e de uma democracia<br />

relativa, no crescimento económico,<br />

etc. Mas continua a haver diferenciações<br />

sociais obscenas, com uma elite<br />

de muito ricos e uma grande massa de<br />

população vivendo pobremente e ainda<br />

muita intolerância política. E uma<br />

corrupção que corrói toda a sociedade<br />

e até chega a afectar as relações familiares.<br />

E na escolha de prioridades erradas<br />

para o desenvolvimento, em alguns<br />

casos. Enfim, problemas que as<br />

novas nações tão bem conhecem. Por<br />

que haveríamos de ser diferentes? Mas<br />

é necessário não ser condescendente,<br />

criticar, protestar, propor coisas novas.<br />

Ou então estamos acabados.<br />

—Já de postos, para acabar no<br />

local imediato que vai ler estas<br />

linhas, como te tens sentido na<br />

Galiza e o que achas desta terra e<br />

desta gente que come lampreia –<br />

por recordar uma antiga conversa<br />

sobre culinária...?<br />

—Gostei muito de conhecer a Galiza.<br />

Sinto-me bem aí, resguardado por muita<br />

história que afinal estudei na escola<br />

e mais tarde nos livros e por uma língua<br />

comum. É só mesmo pena que gostem<br />

tanto de lampreia… Vocês dirão:<br />

ele é um tipo simpático mas não gosta<br />

de lampreia. Contradição que não merece<br />

uma guerra.<br />

O terrorista de<br />

Berkeley, California<br />

Dom Quixote Capa mole<br />

15,5 × 23,5 cm 120 páxinas<br />

ISBN: 978-972-20-3439-5<br />

9,69 €<br />

Muana Puó<br />

Dom Quixote Capa mole<br />

15,5 × 23,5 cm 168 páxinas<br />

ISBN: 978-972-20-3725-9<br />

11,90 €<br />

Yaka<br />

Dom Quixote Capa mole<br />

15,5 × 23,5 cm 400 páxinas<br />

ISBN: 978-972-20-3246-9<br />

14,90 €<br />

A geração da utopía<br />

Dom Quixote Capa mole<br />

15,5 × 23,5 cm 320 páxinas<br />

ISBN: 978-972-20-3329-9<br />

16,90 €<br />

O desejo de Kianda<br />

Dom Quixote Capa mole<br />

15,5 × 23,5 cm 120 páxinas<br />

ISBN: 978-972-20-3513-2<br />

11,35 €<br />

A gloriosa família<br />

Dom Quixote Capa mole<br />

15,5 × 23,5 cm 480 páxinas<br />

ISBN: 978-972-20-3723-5<br />

15,90 €<br />

Jaime Bunda,<br />

agente secreto<br />

Dom Quixote<br />

Capa mole<br />

15,5 × 23,5 cm 316 páxinas<br />

ISBN: 978-972-20-3249-0<br />

17,90 €<br />

Jaime Bunda<br />

e a morte do<br />

americano<br />

Dom Quixote<br />

Capa mole<br />

15,5 × 23,5 cm 278 páxinas<br />

ISBN: 978-972-20-3523-1<br />

12,90 €<br />

Parábola do cágado<br />

velho<br />

Dom Quixote Capa mole<br />

15,5 × 23,5 cm 160 páxinas<br />

ISBN: 978-972-20-3245-2<br />

9,90 €<br />

Predadores<br />

Dom Quixote Capa mole<br />

15,5 × 23,5 cm 382 páxinas<br />

ISBN: 978-972-20-2895-0<br />

15,90 €<br />

Mayombe<br />

Dom Quixote Capa mole<br />

14,9 × 23 cm 290 páxinas<br />

ISBN: 978-972-20-3724-2<br />

13,90 €<br />

Música<br />

29

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