Volume 13 - Fundação Joaquim Nabuco

Para nao fugir a regra comum aos jornais
interioranos, que nunca deixaram de viver em
dificuldades, a Gazeta divulgou a nota a seguir,
nos ultimos meses de 1908: "Avisamos aos nossos
assinantes que, sendo grandes os nossos
compromissos e necessitando cumpri-los, porque
e chegado o tempo - resolvemos iniciar a cobran^a
das assinaturas, umas ja vencidas e outras
que estao a expirar. Rogamos tambem que
sejam generosos, como sempre o foram. O pequeno
sacrificio de cada um, reunido, salva um
aperto".
No mesmo ano, a 29 de novembro, abria-se
a se9ao ''Cemiterio dos Esquecidos", composifao
em tipo 12, negrito, na forma de uma cruz, em
que dizia: "Esta se9ao e reservada, exclusivamente,
para os que abusam da nossa confian9a,
preferindo o verdadeiro estado de cadaveres sociais,
e maior desafogo nao nos resta que enterra-los
solenemente. Trabalhem pela ressurrei9ao,
do contrario ficarao despreziveis sob o enxada
dos coveiros".
Ainda em 1908, a 13 de dezembro, foi iniciada,
em rodape, a publica9ao do romance historico,
de Zeferino Galvao, "Eulampio Corvo",
atingido o total de 37 folhetins. Mais colaboradores
surgiam, a saber: Liberalino de Almeida,
que usava o pseudonimo Rubens; Pinto Ribeiro,
Valfrido Freire, etc. Ao findar o folhetim anterior,
come90u, a 22 de agosto de 1909, o "Cadete
Bonifacio", do mesmo autor, que ascendeu a
87 rodapes.
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