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Saco do Morcego - Jornal Maranduba News

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18 Maio 2011 <strong>Jornal</strong> MARANDUBA <strong>News</strong> Página 11<br />

Mamãe e as receitas<br />

antigas para viver em paz<br />

Cristina Ap. Oliveira<br />

Sempre gostei das receitas antigas<br />

de minha mãe. Ela tinha<br />

receita para quase tu<strong>do</strong> e algumas<br />

na verdade eram de sua<br />

autoria. A que eu mais utilizo<br />

é o da paciência. Ela dizia que<br />

para paciência o melhor remédio<br />

é ocupar as mãos, só assim<br />

você controla a mente, ativa o<br />

cérebro. Tente se concentra nas<br />

contas <strong>do</strong> terço, tenho certeza<br />

que esquecerá de pensar besteiras...<br />

Minha mãe dizia que o melhor<br />

alimento é aquele que se come<br />

em paz. Então não era permiti<strong>do</strong><br />

chorar pelo leite derrama<strong>do</strong>,<br />

nem se desesperar por meia<br />

cuia de farinha.<br />

Receita tem sempre um segredinho,<br />

mesmo que ele não exista<br />

de fato. Minha mãe sempre<br />

dizia que segre<strong>do</strong> a gente não<br />

revela nem sobre tortura, só<br />

quan<strong>do</strong> é troca de informação.<br />

Não quer as contas <strong>do</strong> terço,<br />

então tente colher um muda de<br />

planta e transportá-la para o<br />

solo, regue e acompanhe o seu<br />

crescimento, já é uma boa terapia.<br />

Será que não é a planta que<br />

vai acompanhar seu desenvolvimento,<br />

seu crescimento?<br />

Vocês devem pensar que sou<br />

louca, mas o que minha mãe<br />

queria dizer com tu<strong>do</strong> isto?<br />

Simples, a melhor receita, seja<br />

de quem for sempre funcionará,<br />

tente misturar um pouco de<br />

otimismo e nunca, nunca mesmo<br />

procurar pelos segredinhos.<br />

Procurar eles fará você um escravo<br />

<strong>do</strong>s pensamentos <strong>do</strong>s outros,<br />

você se corroerá por nada<br />

as vezes. Valerá a pena?<br />

Lembro-me que a receita<br />

mais antiga de minha mãe era<br />

a confiança em Deus e acredite<br />

esta receita era sempre na<br />

medida certa, em quantidade<br />

de rendimento para a toda a<br />

família. É isso aí! Meu reca<strong>do</strong> é<br />

que nunca procure por receitas<br />

mágicas para viver, senão você<br />

vive para as receitas que o levam<br />

ao fun<strong>do</strong> da panela.<br />

Na simplicidade da vida de<br />

nossos pais havia muita sabe<strong>do</strong>ria,<br />

muitas receitas na medida<br />

certa. E seu cardápio de<br />

receitas como anda? Sem medidas,<br />

sem sabor, sem crescimento,<br />

sem graça? Não tente por a<br />

culpa em alguém. Diz o dita<strong>do</strong><br />

que quanto mais se bate mais<br />

cresce o bolo. Embora pareça<br />

uma receita sem medidas, ela é<br />

a ideal para você.<br />

Cresça e viva em paz.<br />

<strong>Maranduba</strong> tem “Trenzinho Caiçara”<br />

Em entrevista a Benedicto<br />

Antunes de Sá, 69 - Ditinho<br />

Antunes, aproveitamos para<br />

perguntar se ele lembrava <strong>do</strong>s<br />

mora<strong>do</strong>res que se encontravam<br />

no decorrer da trilha da<br />

Caçan<strong>do</strong>ca até a Praia da Figueira.<br />

Sua lembrança nos dá<br />

uma lista de nomes, pelo menos<br />

os mais antigos ou o equivalente<br />

a lembrança de sua<br />

juventude.<br />

Eram eles: Bito (Benedito)<br />

Estevão, Abel, Jonas, Pedro<br />

Germano, Benjamim, Sudário,<br />

Claudiano, Bito Domingos, Celestino,<br />

João Antunes, Leocádio,<br />

Antonio Eduar<strong>do</strong>, Durvalino,<br />

Leopol<strong>do</strong> Felipe, Nelson,<br />

João Giraud, Olávio, Orino,<br />

João da Mata (pai e filho), Pureza,<br />

Bazilio, Valter Zacarias,<br />

Miquelina, Benedito da Mata,<br />

Olívio, Erundino Gabriel, João<br />

Gabriel, Mané João, Benedito<br />

Marcolino, Ezidia, Bito Gabriel,<br />

João Gabriel, Rozário, Maria<br />

Rozário, Anastácia Rozaria, Julio,<br />

Caetano, José Alexandre,<br />

Dito Juvenal (pai e filho), Luiz<br />

Antunes de Sá, João Lopes<br />

Guimarães, Benedito Antunes<br />

De iniciativa <strong>do</strong> empresário<br />

Hugo Churros em parceria<br />

com a jovem turismóloga Caru<br />

Lemos e <strong>do</strong> motorista Téo<br />

(alemão) foi apresenta<strong>do</strong> à<br />

comunidade ligada ao turismo<br />

o Trenzinho Caiçara.<br />

Esta modalidade agra<strong>do</strong>u a<br />

to<strong>do</strong>s, já que se trata de um<br />

dispositivo muito interessante<br />

e diferencia<strong>do</strong> na hora de<br />

mostrar os pontos turísticos<br />

da região.<br />

A prova de batismo foi no último<br />

feria<strong>do</strong> de Semana Santa<br />

na <strong>Maranduba</strong> e o resulta<strong>do</strong><br />

foi positivo, segun<strong>do</strong> os<br />

organiza<strong>do</strong>res.<br />

Como algo que se move e<br />

chama a atenção ele também<br />

está a disposição para locação<br />

de propagandas, eventos,<br />

igrejas, festas e escolas.<br />

No último feria<strong>do</strong> o trenzinho<br />

realizou três roteiros básicos:<br />

Cachoeiras <strong>do</strong> Sertão da Quina,<br />

na qual mostrou as belezas<br />

naturais, passeios noturnos<br />

mostran<strong>do</strong> a orla e Ruínas<br />

da Lagoinha, enriquecen<strong>do</strong> os<br />

grupos de estu<strong>do</strong>s com pontos<br />

de interesse histórico-cultural<br />

e antropológico.<br />

A comunidade aprovou a idéia<br />

já que serviu de ponto de referencia<br />

na mostra das atrações<br />

turísticas, históricas e culturais<br />

de que a região sul dispõe.<br />

Quem an<strong>do</strong>u no trenzinho<br />

aprovou a idéia e pretende<br />

voltar para outros passeios.<br />

Contatos podem ser realiza<strong>do</strong>s<br />

pelo e-mail trenzinhocaicara@<br />

hotmail.com ou pelos telefones<br />

9766-6762 com Hugo ou<br />

9168-7933 com Caru.<br />

Mora<strong>do</strong>res antigos ao longo da trilha<br />

Caçan<strong>do</strong>ca/Figueira<br />

de Sá, Januário Antunes de Sá,<br />

Gregório, Anastácio, Teófilo,<br />

Benedito Araújo, Adelino Araújo,<br />

Paulo Custódio, Virgino Custódio,<br />

Manoel Lourenço, Benedito<br />

Antonio, Luiz Januário (pai<br />

e filho), Emídia, Antonio Barra<br />

Seca, Benedito João, Paulino,<br />

Manoel Eduar<strong>do</strong>, Horácio, Sebastião,<br />

Ambrósio, Aristeu, Girinal<strong>do</strong>,<br />

Jacinta, Ernesto, Aristides,<br />

Jacinta, Ernesto, Aristides,<br />

Roque e Francisco. Fora os vários<br />

nomes que são lembra<strong>do</strong>s<br />

por outros mora<strong>do</strong>res da sua<br />

faixa de idade.<br />

São mora<strong>do</strong>res que tanto estavam<br />

à beira <strong>do</strong> mar, <strong>do</strong> caminho<br />

ou no cerro <strong>do</strong> morro.<br />

Por várias décadas este foi o<br />

lugar que mais tinham mora<strong>do</strong>res<br />

na região. Era tanta<br />

gente que proporcionalmente<br />

tinha mais pessoas que quase<br />

to<strong>do</strong>s os bairros da região sul<br />

de Ubatuba. Muitos que nós<br />

encontramos hoje descendem<br />

<strong>do</strong>s nomes acima relaciona<strong>do</strong>s<br />

e tem ligação direta com o<br />

quilombo lá existente.

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