EXT. SECO DE CAFÉ VERDE - EMBRAFARMA

EXT. SECO DE CAFÉ VERDE
Nome botânico: Coffea canephora robusta Pierre
Nome popular: Café Robusta, Green Coffe extrato seco.
Família: Rubiaceae
Parte usada: grãos de café verde, descafeinados.
Princípios ativos: ácidos clorogênicos, ácido 5-cafeiolquinico.
1.Introdução:
Arbustos perenes, com altura variável e copa cilíndrica, multicaule. As folhas ondulada e
elíptica. O fruto é uma drupa elipsóide, que contem duas lojas e duas sementes (3) .
Seus grãos são menos perfumados, o termo “robusta” é o nome cuja árvore tem frutas
arredondadas e que demoram até onze meses para amadurecer, mais resistente e mais
produtiva que a variedade arábica (2) .
O café robusta é encontrado na África Ocidental e Oriental, no Sudeste Asiático e
algumas extensões no Brasil, onde é conhecido como Conillon (2) .
O extrato seco pó concentrado e descafeinado deverá apresentar 45,0-50,0% de ácidos
clorogênicos totais; 10,0% – 15,0% de ácido 5-cafeoilquinico; 0,2% – 0,3% de ácido 5-
cafeoilquinico / ácido clorogênico; 50,0% - 55,0% de polifenóis totais e no Maximo 2,0%
de cafeína.
2.Indicações e Ações Farmacológicas:
Auxilia na redução dos níveis de glicose, perda de peso, tratamento da Diabetes tipo 2.
O café verde apresenta ação benéfica na hipertensão, hiperlipidêmica e no estresse
oxidativo (4) .
Estudos in vitro demonstraram que o ácido clorogênico, em particular o ácido 5-
cafeionilquinico reduziu a absorção intestinal de glicose e inibiu a atividade da glicose-
6-fosfatase. Essa combinação diminuiu a glicose no sangue resultando na liberação e
quebra do triglicérides do tecido adiposo (Informação do Fabricante).
Em estudo 30 pacientes receberam duas cápsulas de 200mg por dia de extrato de café
verde e 20 pacientes receberam placebo. Após 60 dias de tratamento, houve uma
redução significativa de peso de 5,7% (Informação do Fabricante).
Os ácidos clorogênicos podem ser encontrados em uma variedade de frutas , legumes,
vegetais e etc. como maçãs, frutas vermelhas e grãos de café. São considerados os
mais importantes e os que se apresentam em maior quantidade no café, sendo atribuído
a eles a indução da diminuição dos níveis sanguíneos de glicose, por meio da inibição
da enzima glicose-6-fosfatase (1) .
Os ácidos clorogênicos apresentam poderosas propriedades antioxidantes, as quais
podem proteger as células β-pancreáticas do estresse oxidativo ou promover a
sensibilidade insulínica dos tecidos periféricos, permitindo assim atrasar ou prevenir o
inicio da Diabete Mellitus tipo 2. Reduzem a geração de radicais livres e
consequentemente promovem uma redução na formação das LDL, o que vai permitir
estabilizar a homeostasia da glicose (1) .
Aos ácidos clorogênicos ainda é apontada a capacidade de potencializar uma
diminuição do índice glicêmico dos alimentos. A diminuição do índice glicêmico reduz a
concentração de glicose sérica, estando associada a uma redução da secreção
insulínica, cuja influencia se observa a nível do perfil lipídico (1) .
Em uma pesquisa foi investigado o efeito dos ácidos clorogênicos contidos no extrato de
café verde em pacientes com hipertensão arterial branda. Os voluntários receberam 140
mg/dia de ácido clorogênico e placebo. No grupo que recebeu o extrato de café verde, a
pressão (sistólica e diastólica) diminuiu significadamente durante o período de ingestão,
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sem nenhum aparente efeito colateral, o que sugere o efeito hipotensor e sem riscos
deste polifenol (4) .
Em estudos com ratos obesos, hiperlipidêmicos e resistentes à insulina, o ácido
clorogênico reduziu significadamente à resposta glicêmica à sobrecarga de glicose. As
concentrações séricas de colesterol diminuíram em 44% e as de triglicerídeos sérico e
hepático em 58% e 24%, respectivamente. Os resultados sugerem que o ácido
clorogênico agiu como agente anti-hiperglicêmico, com ação similar a de drogas como a
metformina que aumentam a sensibilidade à insulina e não a sua liberação (4) .
3.Toxicidade/Contra-indicações:
Verificam-se interações entre o café e alguns fármacos, nomeadamente entre
antidepressivos inibidores da monoamino-oxídase e a tiramina, presente no café, o que
pode conduzir a crises de hipertensão; entre a teofilina, utilizada como broncodilatador e
broncoasmático e a teofilina que resulta da metabolização do café pelo citocromo P450,
conduzindo a uma elevada concentração plasmática deste composto, o que pode levar
a toxicidade, insônias e arritmias cardíacas (1) .
4. Dosagem usual:
- Extrato seco: 400 mg/dia
5. Referências Bibliográficas:
1. Ambrósio, E., Efeitos metabólicos do Café na Diabetes Mellitus tipo 2.
Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação. Universidade do Porto. 2010.
2. CNC – Conselho Nacional Do Café – Disponível em
www.cncafe.com.br/conteudo.asp?id=13 - Acesso em 07/2011.
3. Favarin, J.L. Botânica, morfologia e zoneamento agrícola do cafeeiro.
Esalq – USP. 2011.
4. Garambone, E.; Rosa, G. Possíveis benefícios do ácido clorogênico à saúde.
Alim.Nutr. Araraquara. 2007.
5. Lima, D.C. O café pode ser bom para a saúde. I Simpósio de Pesquisas dos
Cafés do Brasil. 2002.
6. Simões, C.M.O. Farmacognosia da planta ao medicamento. Editora da UFSC.
1999.
7. Quimer - Opção Natural de Qualidade.
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