INEGI colabora com NASA

Entrevista com Eng. Rui Neto
A UNIDADE DE FUNDIÇÃO E NOVAS TECNOLOGIAS (CETECOFF) TEM, AO LONGO DA SUA EXISTÊNCIA, VINDO A
APETRECHAR-SE EM TERMOS DE TECNOLOGIA. A APOSTA TEM-SE REVELADO POSITIVA, PERMITINDO DAR AS
RESPOSTAS ADEQUADAS ÀS EXIGÊNCIAS DA INDÚSTRIA. EM CONVERSA COM O DIRECTOR DA UNIDADE, ENG.
RUI NETO, FICAMOS A SABER QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS ACTIVIDADES E PROJECTOS DE FUTURO DO CETECOFF.
4ENTREVISTA
INEGInotícias (IN) - Que tipo de actividades
são desenvolvidas pelo CETECOFF?
Engº. Rui Neto (RN) - Participação em
projectos nacionais de I&D, como o Praxis,
ICPME, Pedip e POE, seja em consórcio
com empresas, seja como entidade subcontratada.
Também existem alguns projectos internacionais,
nomeadamente o CRAFT, mas
na realidade são poucos. Além disso, existe a
prestação de serviços, especialmente na área
da prototipagem rápida e ferramentas rápidas,
mas também na área da consultoria técnica e
apoio à realização de diagnósticos, análise
estratégica e apoio à realização de candidaturas
a projectos de investimento.
CETECOFF participa em programas
nacionais e internacionais de I&D,
bem como presta serviços em
diferentes áreas
IN - Uma das características da Unidade é
a sua capacidade para fazer ligações entre
a engenharia e o design industrial. Esta
ligação surgiu com o tempo ou esteve
presente desde o início?
RN - Não foi premeditada: é apenas consequência
de algumas solicitações na realização
de serviços, tendo sido espevitada pelo contrato
de leccionação de aulas laboratoriais de fundição
com os alunos de "Oficinas II", da Universidade
Lusíada.
IN - E como surgiu essa colaboração com
a Lusíada?
RN - Como disse, este contrato não foi
processado pelo INEGI no sentido de dar
formação laboratorial de fundição a alunos da
notícias inegi
Universidade Lusíada. Com o decorrer das
aulas, a formação em fundição passou a ser
formação em tecnologias de prototipagem
rápida, especialmente LOM, conversão em
plástico com moldes de silicone, e conversão
em areia com técnicas de fundição em areia
ou fundição por cera perdida. Resumidamente,
surgiu a pedido da própria Universidade
Lusíada.
IN - A indústria automóvel é um dos
grandes clientes da Unidade...
RN - É verdade, mas nem sempre os fabricantes
de componentes são novos clientes
directos, havendo de premeio a colaboração
de algumas empresas de desenvolvimento,
de moldes, etc.... No entanto, o nosso leque
de clientes / parceiros é realmente vasto.
IN - Desde o início da sua existência que a
Unidade se tem vindo a apetrechar em
termos de tecnologia, isto por forma a dar
resposta às exigências da indústria. Está
em vista a aquisição de novas tecnologias?
RN - Claramente que sim, senão morremos.
No entanto é nosso hábito adquirir apenas os
equipamentos básicos. A tecnologia, por norma,
é desenvolvida por nós. A título de exemplo,
neste momento o INEGI pode vender tecnologia
de vazamento em moldes de silicone (através
da Protoclick) e tecnologia de fundição por cera
perdida. Neste último caso, estamos a negociar
um contrato de transferência (venda)
com a CIFIAL, que vai montar essa pequena
instalação para fazer protótipos de ferragens
e torneiras em latão, bem como para fazer
pequenas produções de ferragens em aço
inoxidável. O que estamos a pensar comprar,
no âmbito de novos projectos de I&D em
consórcio, nomeadamente através do projectos
mobilizadores POE, são os seguintes equipamentos:
• Novo equipamento de prototipagem
Thermoject;
• Novo equipamento de prototipagem de
Estereolitografia;
• Fornos de Zamack para produção de
grandes ferramentas (2 TON);
• Fornos para fundir titânio.
O INEGI pode vender tecnologia de
vazamento em moldes de silicone e
tecnologia de fundição por cera
perdida.
IN - Quais são os principais projectos do
CETECOFF para o futuro?
RN - O CETECOFF, conjuntamente com o
CEMACOM a AND e o LOME, concorreu a
três grandes projectos: "Projecto Mobilizador
FRF"; "Projecto Mobilizador Modelos Médicos";
e o Projecto DEMOWAL. Nesse sentido, e
como estratégia, o CETECOFF pretende a-
daptar a tecnologia de prototipagem e de fundição
que possui, para o desenvolvimento de
produtos em ligas especiais, como o titânio
para aplicações médicas, aeronáuticas e outras
menos utilizadas em Portugal.