INEGI colabora com NASA

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INEGI colabora com a NASA INTERNACIONALIZAÇÃO O OBJECTIVO DA COLABORAÇÃO É O DESENVOLVIMENTO DE MODELOS PARA SIMULAR O INÍCIO E A PROGRESSÃO DE DANO EM MATERIAIS COMPÓSITOS AVANÇADOS. INEGI participou na ORGAGEC ´02 INICIATIIVAS A colaboração entre o INEGI e o Langley Research Center, da NASA, iniciou-se com um convite dirigido ao Prof. Pedro Ponces Camanho, director da Unidade para o Estudo do Comportamento à Fadiga de Estruturas (CEFAD), para colaborar como “Visiting Scientist" nas actividades de Investigação e Desenvolvimento deste Centro Tecnológico da NASA. Nascia assim o princípio de uma colaboração que já dura há dois anos. O uso de materiais compósitos na indústria aeroespacial O trabalho que vem sendo desenvolvido está relacionado com a utilização de materiais compósitos avançados na indústria aeroespacial. Estes materiais têm excelente resistência e rigidez específicas, um bom comportamento à fadiga e uma boa resistência à corrosão. Segundo o Prof. Pedro Ponces Camanho, "as estruturas aeroespaciais fabricadas em materiais compósitos avançados devem ter um desempenho satisfatório durante o tempo de vida especificado. Estas estruturas, para além de terem de suportar as cargas de projecto, estão expostas a uma série de factores que podem comprometer a sua integridade, tais como defeitos de fabrico, sobrecargas e impactos de vários tipos". Estes factores podem levar à ocorrência de dano e, como consequência, a um colapso estrutural. E para evitar este tipo de situações tornam-se, então, necessários modelos que permitam prever o início e a propagação de dano em materiais compósitos avançados, bem como avaliar a integridade estrutural de um componente na presença destes. A inexistência de modelos de previsão de dano leva a que "seja necessário um grande número de ensaios experimentais para a certificação de um componente: desde ensaios em provetes até ensaios dos componentes, o que implica custos elevados", afirma o director do CEFAD. Os objectivos da investigação Assim, o objectivo deste trabalho, em colaboração com o Langley Research Center, da NASA, é o desenvolvimento de modelos para simular o início e a progressão de dano em materiais compósitos avançados. E, para simular o processo de fractura, estão- -se a desenvolver modelos numéricos utilizando novos tipos de Elementos Finitos, onde se implementam critérios baseados na Mecânica da Fractura que permitem prever a propagação do dano e do colapso estrutural. Além do desenvolvimento de modelos numéricos, e como se tem estado "a lidar com um problema não-linear, estamos também a investigar a forma mais eficaz para a solução numérica do problema, de forma a que os resultados sejam obtidos o mais rapidamente possível", conclui o investigador. Futuros trabalhos em colaboração com o Langley Research Center da NASA serão focados no comportamento à fadiga de materiais compósitos laminados. Os engenheiros António Joaquim Mendes Ferreira e António Torres Marques, investigadores do CEMACOM, estiveram em Poitiers, na França, entre 13 e 15 de Março, para participarem na ORGAGEC`02 - Colloque Européen. Assim, foi apresentado o artigo "Polymer Concrete Under Several Conditions", da autoria dos já referidos investigadores do INEGI e das engenheiras Cassilda Tavares e Maria Cristina Ribeiro. O colóquio, organizado pelo Laboratoire Central des Ponts et Chaussées, contou com a presença do Eng. António Torres Marques na Comissão Científica. INEGI no CIMTEC 2002 A Conferência CIMTEC 2002 - International Conferences on Modern Materials & Technologies, International Ceramics Congress & Forum on New Materials - que se realizará entre 14 e 19 de Julho, em Florença, Itália, vai contar com a participação de dois investigadores do INEGI: os engenheiros Jorge Lino e Pedro Vasconcelos. Assim, no âmbito dos projectos FACER e FARAF, serão apresentados dois artigos: "Coated Flame Sprayed Ceramic Components" (F. Jorge Lino, T. M. Duarte e R. S. Maia) e "Metallic Tools Obtained from Ceramic Moulding Using a Sol-Gel Process" (T. P. Duarte, F. Jorge Lino, A. Barbedo e J. M. Ferreira) e um poster,"Optimization of Resin Tooling Processing - - Aluminium Filled and Fiber Reinforced Epoxies" (Pedro V. Vasconcelos, F. Jorge Lino e Rui J. Neto). 6 notícias inegi
notícias INEGInotícias entrevista Eng. Pedro Cardoso A PARCERIA ENTRE O INEGI E A SONAFI – SOCIEDADE NACIONAL DE FUNDIÇÃO INJECTADA – EM PROJECTOS COMO O DECOPOFI, SÃO UM BOM EXEMPLO DAS VANTAGENS QUE EXISTEM NA TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA PARA A INDÚSTRIA. ESTE PROJECTO POSSIBILITOU A PRODUÇÃO DE PROTÓTIPOS, ENQUANTO FERRAMENTA INDISPENSÁVEL NA CONCEPÇÃO DE PRODUTOS, E CONSEQUENTEMENTE PROMOVEU O DESENVOLVIMENTO DE AMBAS AS ENTIDADES. INEGInotícias (IN) - A SONAFI - Sociedade Nacional de Fundição Injectada -, como o próprio nome indica, dedica-se à fundição injectada. Para os menos conhecedores, em que consiste a fundição injectada e em que áreas pode ser aplicada? IN - Um dos projectos que a SONAFI desenvolveu em parceria com o INEGI foi o DECOPOFI. Este projecto tinha como objectivo o "Desenvolvimento Cooperativo de Protótipos de Elevada Qualidade para Fundição Injectada". Os resultados foram os esperados? ENTREVISTA Eng. Pedro Cardoso - A fundição injectada é um processo mecânico, no qual o metal fundido é injectado e comprimido num molde metálico, a uma temperatura aproximada dos 650º C. Neste processo, o enchimento do molde está sujeito a uma pressão que se exerce no metal líquido, para que este possa ser introduzido no respectivo molde a alta velocidade. A fundição injectada pode ser encontrada em áreas distintas como a indústria automóvel, indústria de ferragens, electrodomésticos, etc.. A SONAFI, por força do seu posicionamento no mercado onde actua, tem por estratégia um desenvolvimento tecnológico avançado, essencialmente pro-activo. IN - A colaboração entre o INEGI, através do CETECOFF, e a SONAFI iniciou-se há já alguns anos. Até que ponto tem sido positiva? Eng. Pedro Cardoso – A colaboração entre o INEGI e a SONAFI revelou-se fundamental para a afirmação tecnológica da SONAFI junto dos seus clientes. Tendo em conta os elevados custos associados a acções de I&D, estas acções tornam- -se uma missão complicada; no entanto, ciente da importância destas acções, a colaboração com o INEGI revelou-se a melhor solução para assegurar a implementação de acções I&D, numa importante relação de ganho mútuo. Na minha opinião, trata-se de um bom exemplo de interacção entre a indústria e a universidade ou institutos de investigação. IN - A SONAFI desenvolve grande parte da sua actividade no sector automóvel. Estando dentro do meio como descreveria as capacidades da indústria portuguesa? Tem qualidade ou ainda precisa de adquirir mais conhecimentos? Eng. Pedro Cardoso – Li recentemente num jornal diário uma crónica sobre o estado da indústria automóvel em Portugal, na qual a ideia- -chave consistia no facto desta indústria, por falta de capacidade de gestão ou estratégia, estar a ser alienada ou absorvida por grupos O actual Director do Departamento Técnico - Comercial da SONAFI, Pedro Cardoso, apesar dos seus trinta e dois anos, conta já com uma vasta experiência profissional. Enquanto terminava a sua licenciatura em Engenharia Mecânica e o MBA em Comercialização e Marketing, Pedro Cardoso ingressa na Renault C.A.C.I.A. em 1994. Em 1998, ingressa na SONAFI como Director do Departamento de Engenharia, tendo assumido o actual cargo e respectivas funções em 2001. internacionais, perdendo assim capacidade de decisão. Penso que este facto deve ser encarado precisamente ao contrário. Por um lado, só a capacidade de gestão e definição de estratégia da indústria automóvel portuguesa permitiu que esta se afirmasse internacionalmente, ao ponto de ser apetecível para os referidos grupos internacionais; por outro lado, a dimensão destas empresas, bem como a dimensão do mercado nacional tornam quase impossível a continuidade a médio prazo destas empresas, face à sua incapacidade negocial e / ou de realização dos necessários investimentos, cada vez maiores. Relativamente às capacidades técnicas da indústria automóvel portuguesa, penso que está ao nível do que de melhor se faz na Europa, havendo no entanto bons e maus exemplos, embora estes últimos sejam normalmente vítimas da selecção natural. Eng. Pedro Cardoso – O projecto DECOPOFI estava perfeitamente inserido na estratégia da SONAFI. Tratava-se de desenvolver uma vantagem competitiva da SONAFI e uma área essencial para a indústria automóvel: o desenvolvimento de produto. A produção de protótipos é sem dúvida uma ferramenta indispensável neste processo de concepção de produtos. Assim, o objectivo era o de simultaneamente provocar o desenvolvimento do conhecimento e das técnicas, por parte dos técnicos do INEGI e da SONAFI, utilizando os últimos processos de obtenção de protótipos, aplicando-o a um projecto de desenvolvimento de produto em curso. Os resultados foram francamente positivos. IN - O INEGI tem como objectivo transferir tecnologia para a indústria portuguesa promovendo, assim, o seu desenvolvimento. No caso da colaboração com a SONAFI tem sido possível realizar esse propósito? Eng. Pedro Cardoso - Sem dúvida que a progressão tecnológica é atingida através da constatação, ou antevisão, de uma necessidade e o consequente estudo e implementação de soluções, e técnicas, capazes de responder às necessidades, sempre na direcção da evolução das exigências do mercado. A parceria existente com o INEGI tem promovido o desenvolvimento de ambas as instituições, revelando-se claramente uma relação ganhadora. notícias inegi 7
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