Guião para a Celebração Eucarística - FEC
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do Bom Samaritano, que se abeira do seu próximo com um coração que vê e responde às<br />
necessidades que encontra. Até que ponto é que percebemos que o nosso próximo são<br />
também os nossos irmãos que em situação de fome extrema em Moçambique e em tantos<br />
outros países do Mundo?<br />
É muito interessante ver como na Carta de Paulo a Timóteo, o Apóstolo recomenda em<br />
primeiro lugar que se façam orações por todos os homens, reis e por todas as autoridades, <strong>para</strong><br />
que todos os homens possam levar uma vida digna. Hoje também nós somos convidados a<br />
lembrar a Cimeira dos próximos dias.<br />
No Evangelho de Lucas (Lc 16, 1-13), Jesus lembra-nos que somos apenas administradores<br />
dos bens que nos confia, os quais muitas vezes desperdiçamos. Esta Palavra de Jesus vem<br />
iluminar um dos pontos-chave <strong>para</strong> reflexão e acção na actualidade e em concreto na Cimeira<br />
dos próximos dias, a questão ecológica. Nos últimos tempos, é com frequência que ouvimos<br />
falar das alterações climáticas e das negociações políticas necessárias <strong>para</strong> equilibrar as<br />
emissões dos gases poluentes que provocam o desequilíbrio ambiental. Porém, talvez não<br />
ouçamos tanto falar das consequências desses desequilíbrios em zonas do planeta mais<br />
vulneráveis e dos impactos nas populações locais destas zonas mais desfavorecidas, as quais<br />
são as que menos contribuem <strong>para</strong> este desequilíbrio.<br />
Não é por acaso que o Papa Bento XVI escolheu como tema <strong>para</strong> a Mensagem de Ano Novo<br />
de 1 de Janeiro de 2010, “Se quiseres cultivar a paz, preserva a criação.” Ouçamos um excerto<br />
desta mensagem:<br />
O respeito pela criação … e a sua salvaguarda torna-se hoje essencial <strong>para</strong> a convivência<br />
pacífica da humanidade. Com efeito, se são numerosos os perigos que ameaçam a paz e o<br />
autêntico desenvolvimento humano integral, devido à desumanidade do homem <strong>para</strong> com<br />
o seu semelhante – guerras, conflitos internacionais e regionais, actos terroristas e violações<br />
dos direitos humanos –, não são menos preocupantes os perigos que derivam do desleixo, se<br />
não mesmo do abuso, em relação à terra e aos bens naturais que Deus nos concedeu.<br />
…Como descurar o fenómeno crescente das pessoas que, por causa da degradação do<br />
ambiente onde vivem, se vêem obrigadas a abandoná-lo – deixando lá muitas vezes<br />
também os seus bens – tendo de enfrentar os perigos e as incógnitas de uma deslocação<br />
forçada? Como não reagir perante os conflitos, já em acto ou potenciais, relacionados com o<br />
acesso aos recursos naturais? Trata-se de um conjunto de questões que têm um impacto<br />
profundo no exercício dos direitos humanos, como, por exemplo, o direito à vida, à<br />
alimentação, à saúde, ao desenvolvimento.<br />
As consequências da degradação ambiental são cada vez mais palpáveis também a nível local em<br />
Portugal, com o abandono das terras agrícolas e florestais, com a consequente devastação dos<br />
<strong>FEC</strong><br />
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