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Segurança GLP .pdf - Fundacentro

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SEGURANÇA COM<br />

GÁS LIQUEFEITO<br />

DE PETRÓLEO - <strong>GLP</strong><br />

Fernando Vieira Sobrinho – <strong>Fundacentro</strong>/SP


O <strong>GLP</strong> é basicamente uma mistura de propano e<br />

butano e sua composição é função de<br />

disponibilidade dos gases nas refinarias.<br />

Pequenas quantidades de propileno e butileno<br />

também podem ser encontradas na mistura.<br />

Na temperatura ambiente todas essas<br />

substâncias se encontram na fase gasosa.<br />

Para liquefação submete-se a mistura a pressões<br />

que variam entre 3 a 15kgf/cm 2<br />

O <strong>GLP</strong> é inodoro e por medida de segurança e<br />

para facilitar a detecção de vazamentos, são<br />

adicionadas ao <strong>GLP</strong> pequenas quantidades de<br />

substância odorizante (mercaptanas)


PROPRIEDADES DO <strong>GLP</strong><br />

DENSIDADE RELATIVA<br />

RELATIVA À AGUA ~ 0,55<br />

RELATIVA AO AR ~ 1,8<br />

Por serem mais pesados que o ar, os vapores de<br />

<strong>GLP</strong> em caso de vazamento ocuparão as partes<br />

mais baixas, podendo adentrar por ralos<br />

canalizações e bueiros


PROPRIEDADES DO <strong>GLP</strong><br />

O <strong>GLP</strong> não polui o meio ambiente, mas a queima<br />

deve ser feita em local com ventilação adequada<br />

para evitar o acumulo dos gases resultantes da<br />

combustão (CO 2 )<br />

O contato com a pele na fase líquida pode causar<br />

queimaduras por enregelamento (frio)<br />

Se inalado em grande quantidade pode causar<br />

efeito anestésico e também asfixia


FAIXA DE INFLAMABILIDADE<br />

LIE = Limite inferior de explosividade<br />

LSE = Limite superior de explosividade<br />

pobre ideal mistura rica<br />

0% LIE LSE 100%<br />

Para o <strong>GLP</strong>: LIE ~ 1,8% e LSE ~ 9,0%<br />

1 kg de <strong>GLP</strong> ~ 0,98kg de TNT


CICLO DE VIDA DO <strong>GLP</strong><br />

PRODUÇÃO E ESTOCAGEM<br />

(REFINARIA / EXTRAÇÃO)


MOVIMENTAÇÃO<br />

DUTOS<br />

NAVIOS TANQUES<br />

CAMINHÕES<br />

E VAGÕES TANQUES


MOVIMENTAÇÃO<br />

DISTRIBUIÇÃO


TIPOS DE BOTIJÕES E SEUS USOS<br />

Tipo<br />

Vol.<br />

Peso<br />

Uso mais comum<br />

(litros)<br />

(kg)<br />

P-2 5,5 2,0 Fogareiros, lampiões e maçaricos<br />

P-5<br />

P-8<br />

5,0<br />

8,0<br />

Cozimento e maçaricos<br />

P-13 31,5 13,0 Cozimento<br />

P-20 48,0 20,0 Exclusivo para empilhadeiras<br />

(opera na posição horizontal)<br />

P-45 108,0 45,0 Doméstico e industrial – cozimento,<br />

aquecimento, soldas, etc<br />

P-90 216,0 90,0 Em desuso


CARACTERÍSTICAS DOS BOTIJÕES DE GÁS<br />

Os botijões são construídos de acordo com<br />

normas técnicas nacionais<br />

Um botijão de gás deve conter em seu interior não<br />

mais que 85% do volume em líquido, portanto<br />

com 15% do volume na fase gasosa.<br />

A válvula do P-2 é automática. Ao encaixar o<br />

engate ele empurra o pino que libera o gás.<br />

O P-2 não possui regulador de pressão nem<br />

parafuso de segurança para sobrepressão<br />

ou aquecimento.<br />

As válvulas do P-5, P-8 e P-13 são automáticas,<br />

com reguladores de pressão e eles possuem no<br />

bojo um parafuso fusível que se funde a ~ 70c.<br />

permitindo o alívio de pressão no recipiente,<br />

se necessário


As válvulas do P-45 são manuais e próprias para<br />

interligação a uma tubulação coletora. Possui também<br />

uma válvula de segurança para sobrepressão e<br />

aquecimento.<br />

Existem 2 tipos de P-20, que são destinados a<br />

empilhadeiras. Um deles é retornável à distribuidora<br />

e o outro possui uma válvula como um tanque de<br />

combustível para que o próprio usuário recarregue,<br />

injetando a partir de uma central de gás. Como o<br />

enchimento deve ser no máximo de 85%, existe uma<br />

outra válvula de excesso que indica o final do<br />

abastecimento.<br />

O P-20 opera deitado, pois o <strong>GLP</strong> é injetado na forma<br />

líquida no carburador das empilhadeiras.<br />

Possui uma válvula de segurança e alívio que libera<br />

gás se a pressão interna ultrapassar 17.5 kgf/cm 2.


B.L.E.V.E & BOLA DE FOGO


B.L.E.V.E & BOLA DE FOGO


Devido à pressão no interior, não há como ocorrer<br />

a entrada de ar para formar a mistura explosiva<br />

dentro do recipiente.<br />

A bola de fogo só ocorre em caso de incêndio<br />

do lado de fora do tanque, com ruptura da chapa.<br />

Bola de fogo


CASOS HISTÓRICOS DE BLEVES<br />

ANO LOCAL PRODUTO MORTOS FERIDOS<br />

1966 Feyzin Propano 18 81<br />

1970 Cresc.City <strong>GLP</strong> 0 70<br />

1971 Houston MCV 1 50<br />

1972 REDUC <strong>GLP</strong> 40<br />

1978 Waverly Propano 12 5<br />

1984 San Juanico <strong>GLP</strong> 560


BOLA DE FOGO – DIMENSÕES E EFEITOS<br />

FORMULA DE MARSHALL<br />

D = 55 x M 1/3 (ton)<br />

Válida para alcanos<br />

C n H (2n+2)<br />

D = Diâmetro da bola de fogo (metros)<br />

M = Massa em toneladas


BOLA DE FOGO – DIMENSÕES E EFEITOS<br />

FÓRMULA DE HIGH (1968)<br />

D = 3,9 x W<br />

t = 0,3 x W 0,33<br />

D = Diâmetro em m<br />

W = Massa em kg<br />

t = Duração em segundos


BOLA DE FOGO – DIMENSÕES E EFEITOS<br />

CORRELAÇÃO DE BRASIE<br />

(Grau de queimadura em função da<br />

distância da bola de fogo)<br />

2D<br />

1D<br />

D<br />

Queimaduras de<br />

3° grau<br />

Queimaduras de<br />

1° e de 2° graus


ACIDENTES COM BOTIJÕES<br />

24.06.2011- Natal-RN – Explosão de um P2<br />

deixou 23 feridos


ACIDENTES COM BOTIJÕES<br />

23/08/2010- Porto Alegre-RS – Explosão de<br />

um P2 deixou 14 feridos


ACIDENTES COM BOTIJÕES<br />

17/09/2011- Maceió-AL – Explosão de gás<br />

vazado de um P2 deixou 1 morto e 4 feridos


ACIDENTES COM BOTIJÕES<br />

INCÊNDIO EM DEPÓSITO NO PERU


ACIDENTES COM BOTIJÕES<br />

13/10/2011- Rio de Janeiro-RJ – Explosão de<br />

gás vazado de P45 deixou 4 mortos e<br />

16 feridos


É reduzida a probabilidade dos botijões P13,<br />

fabricados conforme normas<br />

brasileiras gerarem BLEVE se expostos<br />

a incêndios, mas eles podem explodir<br />

por impacto mecânico violento<br />

Os botijões de uso doméstico são projetados<br />

com pressão de ruptura de 86 kgf/cm 2 , e a<br />

Pressão Máxima de Trabalho Admissível é de<br />

17,6 kgf/cm 2 ou seja, o botijão<br />

explode se for submetido a cerca de 5 vezes<br />

à sua pressão máxima de trabalho<br />

(Fonte: Cartilha Sindigás)


SEGURANÇA NO USO DOMESTICO DO <strong>GLP</strong><br />

Observar por ocasião da compra se o lacre é<br />

original e se o botijão encontra-se em bom estado<br />

Utilizar mangueira certificada pelo INMETRO<br />

A mesma não deve passar pela parte traseira do<br />

fogão


SEGURANÇA NO USO DOMESTICO DO <strong>GLP</strong><br />

MANGUEIRA CERTIFICADA<br />

COM DATA DE VALIDADE<br />

REGULADOR CERTIFICADO<br />

VALIDADE DE CINCO ANOS


Manter sempre o botijão na posição vertical.<br />

• O regulador de pressão é dimensionado para gás.<br />

• Em caso de vazamento deitado, a fase líquida<br />

sairá para o exterior do recipiente, aumentando a<br />

quantidade de gás liberado e agravando<br />

consequências de incêndio.<br />

Guardar sempre os botijões fora de uso em locais<br />

abertos e ventilados, mas protegidos do sol,<br />

chuva e umidade.<br />

O odor característico do <strong>GLP</strong> é indicador de<br />

vazamento, caso persista no ambiente.<br />

Não utilizar sabão para vedar vazamento, pois o<br />

mesmo absorve a mecaptana e neutraliza o odor.<br />

Usar o botijão sempre em pé. A prática de deitálo<br />

para aproveitar o “restinho” aumenta o risco.


O QUE FAZER EM CASO DE VAZAMENTO<br />

SEM FOGO:<br />

1 - Desligar a chave geral de eletricidade<br />

pelo lado de fora da residência;<br />

2 - Afastar as pessoas do local;<br />

3 - Não acionar interruptores de<br />

eletricidade;<br />

4 - Fechar o registro de gás/retirar o<br />

botijão;<br />

5 - Não fumar nem acender fósforos ou<br />

isqueiros;<br />

6 - Se ocorrer em ambiente fechado, abrir<br />

as portas e janelas;<br />

7 - Chamar a empresa distribuidora ou,<br />

em caso grave, os Bombeiros


O QUE FAZER EM CASO DE VAZAMENTO<br />

COM FOGO:<br />

1 – Fechar o registro de gás se for<br />

possível;<br />

2 – Afastar as pessoas do local;<br />

3 – Desligar a chave geral de<br />

eletricidade;<br />

4 – Retirar do local todos os materiais<br />

combustíveis;


O QUE FAZER EM CASO DE VAZAMENTO<br />

COM FOGO:<br />

5 – Vedar a saída do gás


O QUE FAZER EM CASO DE VAZAMENTO<br />

COM FOGO:<br />

6 – Jamais deitar o botijão


ACIDENTES RESIDENCIAIS<br />

Estatísticas de<br />

atendimentos do<br />

corpo de bombeiros<br />

do Estado de SP<br />

2009 + de 3.600<br />

2010 - 3300<br />

2011 - 3.976<br />

2012 - 4.550<br />

Dona de casa acendeu<br />

um fósforo par testar<br />

vazamento


ACIDENTES RESIDENCIAIS<br />

Vazamento de gás de cozinha<br />

SP 2010


O botijão de gás natural<br />

veicular é projetado<br />

para resistir a uma<br />

pressão de 220 kgf/cm 2 .<br />

O botijão de <strong>GLP</strong><br />

rompe a 86 kgf/cm 2 .


Normas ABNT<br />

(construção de botijões,inspeção, requalificação,<br />

depósitos, redes de distribuição internas)<br />

PORTARIA ANP Nº 47, DE 24 DE MARÇO DE 1999<br />

condomínios e centrais de gases<br />

(Faz referência a INMETRO e ABNT)<br />

Legislações municipais e estaduais<br />

Sites úteis:<br />

IPEM<br />

SINDIGÁS


Obrigado<br />

pela<br />

atenção<br />

FIM<br />

fernando@fundacentro.gov.br

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