Frotas Auto A crise anda de carro - Autofrotas
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<strong>Auto</strong><strong>Frotas</strong><br />
QuedA nAs vendAs AtenuAdA<br />
por regimes <strong>de</strong> incentivos Ao AbAte<br />
n.º 39 agos. set. out. ‘09 publicação trimestral 2,25 euros<br />
A <strong>crise</strong> <strong>anda</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>carro</strong><br />
ensAio<br />
renault mégane sport tourer 1.5 dci<br />
dynamique s 110 cv 5p :<br />
mégane? oh-Lá-Lá!<br />
sALÃo<br />
mais voltagem do que nunca<br />
segurAnÇA<br />
contra o álcool da noite
editorial<br />
auto<strong>Frotas</strong> 39<br />
Proprieda<strong>de</strong> da leasePlan Portugal<br />
Lagoas Park, Edifício 6<br />
2740-244 Porto Salvo<br />
Linha <strong>de</strong> Apoio ao Cliente: 707 20 20 20<br />
Linha <strong>de</strong> Apoio ao Condutor: 800 204 298<br />
Fax. 21 441 95 35<br />
DirECtOr<br />
António Oliveira Martins<br />
EDitOr<br />
Grupo Algébrica<br />
COMPOSiÇÃO GrÁFiCA<br />
Margarida Soares<br />
FOtOGrAFiA<br />
Marina Marques<br />
CONCEPÇÃO, EDiÇÃO E PrODUÇÃO<br />
Grupo Algébrica<br />
Av. da Liberda<strong>de</strong>, 227 - 3º<br />
1250-142 Lisboa<br />
iMPrESSÃO<br />
Peres - Soctip<br />
Estada Nacional, 10 - Km 103, 8 - Porto Alto<br />
2135-114 Samora Correia<br />
Periocida<strong>de</strong>: trimestral<br />
registo no iCS n.º 123455<br />
Depósito Legal: M-44002-1999<br />
tiragem: 12 600 exemplares<br />
Caro Leitor<br />
O final do verão é sinónimo <strong>de</strong> Salão <strong>Auto</strong>móvel <strong>de</strong> Frankfurt,<br />
ponto <strong>de</strong> encontro das principais marcas mundiais.<br />
Setembro é o mês escolhido pelos construtores para apresentarem<br />
as suas armas secretas para os próximos meses.<br />
Quisemos assegurar que os acontecimentos mais relevantes<br />
ocorridos neste evento lhe chegariam às mãos o mais<br />
cedo possível.<br />
O futuro <strong>de</strong>senha-se a “ver<strong>de</strong>”. Prova disso foram alguns<br />
dos mais mediáticos lançamentos do certame. A actual<br />
aposta em mais eficientes concept cars eléctricos faz crer<br />
que, a massificação <strong>de</strong>sta corrente será uma realida<strong>de</strong> no<br />
dia-a-dia <strong>de</strong> todos. Basta também estar atento aos media<br />
e aos constantes anúncios <strong>de</strong> alternativas ao petróleo e ao<br />
actual paradigma da indústria automóvel.<br />
Agora que se assinala um ano <strong>de</strong> turbulência económica, e<br />
para projectar os tempos que se avizinham, resolvemos <strong>de</strong>stacar<br />
também o actual estado do sector automóvel. O objectivo<br />
foi perceber como é que os fabricantes se adaptaram à<br />
nova realida<strong>de</strong> emergente.<br />
Na secção <strong>de</strong> Segurança optámos <strong>de</strong>sta vez por uma nova<br />
abordagem, mais prática, acompanhando uma operação<br />
Stop nocturna. Através <strong>de</strong>sta reportagem quisemos <strong>de</strong>monstrar<br />
aos condutores/leitores que o álcool e o automóvel<br />
não são variáveis da mesma equação.<br />
Nesta revista convidamo-lo a ler os <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong> Walter<br />
Lamego, Administrador da MCoutinho Colisão, e <strong>de</strong> Carlos<br />
Lopes, Corporate Supply Chain and Procurement da Siemens<br />
Portugal. O responsável do gigante alemão confessa<br />
que a casa-mãe se preparou <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006 para enfrentar a<br />
actual <strong>crise</strong>. Esta antevisão permite hoje um ritmo normal<br />
na contratação <strong>de</strong> viaturas para a respectiva frota. Já Walter<br />
Lamego <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que, mais do que uma política comercial<br />
isolada, a oferta <strong>de</strong>ve ser adaptada em termos <strong>de</strong> serviços.<br />
Espero que este número lhe proporcione agradáveis momentos<br />
<strong>de</strong> leitura!<br />
ANtóNiO OLivEirA MArtiNS<br />
Director Geral LeasePlan Portugal<br />
editorial 3
06 Notícias<br />
A actualida<strong>de</strong> do mundo automóvel<br />
13 LP Card<br />
As parcerias mais recentes da LeasePlan Portugal<br />
14 Mercado<br />
Produção ainda em queda<br />
16 Disponibilida<strong>de</strong><br />
Li<strong>de</strong>ranças consistentes<br />
18 Lançamentos<br />
toda a carne no assador<br />
24 tema <strong>de</strong> Capa<br />
A <strong>crise</strong> <strong>anda</strong> <strong>de</strong> <strong>carro</strong><br />
30 Salão <strong>Auto</strong>móvel <strong>de</strong> Frankfurt<br />
Mais voltagem do que nunca<br />
024<br />
tema <strong>de</strong> Capa<br />
A <strong>crise</strong> <strong>anda</strong> <strong>de</strong> <strong>carro</strong>: prudência para 2010, apesar da recuperação<br />
062<br />
36 Entrevista<br />
Walter Lamego, Administrador da MCoutinho Colisão<br />
40 Ensaio<br />
renaul Mégane Sport tourer<br />
46 Ensaio<br />
Land rover Freelan<strong>de</strong>r 2<br />
52 Entrevista<br />
Carlos Lopes, Corporate Supply Chain and Procurement<br />
da Siemens Portugal<br />
56 Segurança<br />
Contra o álcool da noite<br />
62 turismo<br />
Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> viseu: capital <strong>de</strong> vinha e do vinho<br />
030<br />
Salão <strong>Auto</strong>móvel <strong>de</strong> Frankfurt<br />
Aposta num “choque eléctrico” para reanimar o sector<br />
ÍNdiCe 5
A renault vai lançar em Portugal, no final do ano, um teste piloto para os <strong>carro</strong>s eléctricos, sendo que o Kangoo e o Fluence<br />
serão os primeiros a chegar ao nosso país. O fabricante francês reforça assim a sua aposta num produto que preten<strong>de</strong> tornar<br />
acessível a todas as carteiras. Segundo Carlos Ghosn, CEO da aliança renault Nissan, este “é o momento i<strong>de</strong>al para os veículos<br />
zero emissões <strong>de</strong> CO2”. Este responsável garante ainda que os custos <strong>de</strong> manutenção <strong>de</strong>sta gama - ao nível do “leasing” da<br />
bateria (que não estará incluída no preço <strong>de</strong> venda, sendo alugada aos fornecedores locais) carregamento e manutenção, -<br />
<strong>de</strong>verão ser inferiores em 20% a um <strong>carro</strong> com motor <strong>de</strong> combustão. As baterias <strong>de</strong> ião-lítio que alimentarão esta gama serão<br />
produzidas em Portugal e no reino Unido e po<strong>de</strong>m ser trocadas em 3 minutos, carregadas numa artéria da cida<strong>de</strong> em 30<br />
minutos ou entre 4 a 8 horas em casa. A primeira geração <strong>de</strong> baterias permitirá uma autonomia da or<strong>de</strong>m dos 160 km.<br />
ELÉCtriCOS EM POrtUGAL
CArrOS<br />
ELÉCtriCOS vÃO<br />
CrESCEr AtÉ 2030<br />
Em 2030, 86% das vendas automóveis nos E.U.A. terão<br />
uma motorização eléctrica, <strong>de</strong> acordo com o relatório<br />
apresentado pela Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Berkeley, citado pela<br />
agência reuters. A mesma fonte revela ainda que a<br />
implementação <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> carregamento energético<br />
custará mais <strong>de</strong> 230 mil milhões <strong>de</strong> euros, enquanto a<br />
poupança em custos energéticos não ultrapassará os 151<br />
mil milhões <strong>de</strong> euros.<br />
Para que este cenário se revele viável, urge fomentar os<br />
aspectos tecnológicos. Porém, são os próprios analistas<br />
do mercado a apontar reservas quanto ao futuro imediato<br />
<strong>de</strong>sta alternativa. As perspectivas mais optimistas indicam<br />
que o aumento da capacida<strong>de</strong> das baterias <strong>de</strong> lítio para<br />
valores bem acima dos actuais 20 kWh, com custos muito<br />
abaixo dos agora praticados – 20.000 € – po<strong>de</strong>rá ditar o<br />
arranque da produção em massa <strong>de</strong> veículos eléctricos.<br />
Esta po<strong>de</strong>rá ser a resposta que falta no sentido <strong>de</strong><br />
aumentar a pegada ecológica das frotas. Um outro estudo<br />
a cargo da Corporate vehicle Observatory (CvO) refere<br />
que só no reino Unido 20% das frotas já incluem pelo<br />
menos um veículo amigo do ambiente, subindo para 60%<br />
a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> empresas que preten<strong>de</strong>m seguir o mesmo<br />
caminho, nos próximos três anos.<br />
tecnologia<br />
asiática domina<br />
veículos<br />
eléctricos<br />
O sector automóvel asiático está a aproveitar<br />
as novas tendências para impulsionar as suas<br />
qualida<strong>de</strong>s tecnológicas, com gran<strong>de</strong> enfoque para<br />
os veículos eléctricos. Depois do choque petrolífero<br />
do ano passado, procuram-se respostas para os<br />
anseios dos consumidores, receosos <strong>de</strong> eventual<br />
escalada no preço do cru<strong>de</strong>.<br />
A Mitsubishi e a Nissan encontram-se na linha da<br />
frente <strong>de</strong>sta revolução, que po<strong>de</strong>rá dar frutos nas<br />
próximas décadas. No caso da Nissan, cujo capital<br />
é <strong>de</strong>tido em 40% pela renault, foi já anunciado<br />
para Portugal e Grã-Bretanha um investimento <strong>de</strong><br />
250 milhões <strong>de</strong> euros numa unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção<br />
<strong>de</strong> baterias <strong>de</strong> lítio, perspectivando para 2010 a<br />
entrega das primeiras unida<strong>de</strong>s dos seus mo<strong>de</strong>los<br />
<strong>de</strong> conceptuais eléctricos. Quanto à Mitsubishi, os<br />
responsáveis do gigante nipónico contam lançar<br />
no mercado ainda 2009 o primeiro veículo eléctrico<br />
<strong>de</strong> produção em série, o i-MiEV, veículo com 60 cv<br />
<strong>de</strong> potência e 160 km <strong>de</strong> autonomia. Para Portugal,<br />
prevê-se que a nova aposta <strong>de</strong>sta marca estará<br />
disponível para comercialização no 2º semestre <strong>de</strong><br />
2010.<br />
NotÍCiaS 7
NotÍCiaS 8<br />
LEASEPLAN APOiA rESPONSABiLiDADE<br />
SOCiAL DA EArtH WAtEr<br />
A LeasePlan, no âmbito da sua cultura <strong>de</strong> empresa socialmente responsável, incentiva a beber<br />
Earth Water, que se encontra disponível <strong>de</strong>s<strong>de</strong> finais <strong>de</strong> 2008 para venda em Portugal. Esta é uma<br />
água mineral embalada, com uma missão humanística cujo reconhecimento máximo é ser o único<br />
produto comercializado em todo o mundo com o logotipo <strong>de</strong> uma organização das Nações Unidas<br />
na embalagem. Os lucros que esta bebida <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> premium obtiver reverterão integralmente<br />
a favor <strong>de</strong>ssa organização e nos países em <strong>de</strong>senvolvimento. A Earth Water garante a doação <strong>de</strong><br />
quatro cêntimos por embalagem, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente dos lucros, valor esse que permite fornecer<br />
água potável a uma pessoa durante um dia.<br />
Portugal é o segundo país europeu a comercializar a marca, que conta com a Socieda<strong>de</strong> Central<br />
<strong>de</strong> Cervejas e Bebidas (SCC), tetra Pak, Continente, MStF Partners, Sonae, Grupo GCi e Fundação<br />
Luís Figo entre os seus parceiros. O antigo internacional português <strong>de</strong> futebol é, inclusivamente,<br />
o embaixador da Earth Water na Europa. O produto é ainda comercializado nos E.U.A., Canadá e<br />
Hol<strong>anda</strong>, França e Bélgica, para muito em breve chegar ao Japão e Espanha.<br />
O projecto Earth Water, cujo conceito é “Nunca bebe sozinho”, foi concebido para tentar<br />
minorar a tragédia que assola boa parte do mundo, que é a falta <strong>de</strong> água potável, e cuja gran<strong>de</strong><br />
consequência é a morte diária <strong>de</strong> 6000 pessoas, 80% das quais crianças.<br />
Salão <strong>de</strong> Lisboa<br />
adiado para 2011<br />
A <strong>crise</strong> financeira obrigou a Associação <strong>Auto</strong>móvel<br />
<strong>de</strong> Portugal (ACAP) a adiar o Salão internacional<br />
<strong>de</strong> <strong>Auto</strong>móvel, previsto para Maio <strong>de</strong> 2010, para o<br />
último trimestre <strong>de</strong> 2011.<br />
A <strong>de</strong>cisão é justificada pela situação que o sector<br />
automóvel tem atravessado ao longo do último ano.<br />
Em <strong>de</strong>clarações à agência Lusa, o secretário-geral<br />
da ACAP, Hél<strong>de</strong>r Pedro, explicou que a associação<br />
“achou pru<strong>de</strong>nte adiar por um ano a realização<br />
do salão”, uma vez que “não há perspectivas <strong>de</strong><br />
retoma no primeiro semestre <strong>de</strong> 2010”. “Haverá,<br />
quanto muito, uma estagnação. Por isso, a ACAP<br />
achou pru<strong>de</strong>nte adiar a realização do salão para o<br />
último trimestre <strong>de</strong> 2011, altura em que haverá mais<br />
condições para se fazer um gran<strong>de</strong> salão”, justificou<br />
Hél<strong>de</strong>r Pedro.<br />
O Salão automóvel <strong>de</strong> Lisboa é o maior evento do<br />
sector e realiza-se <strong>de</strong> 2 em 2 anos.
NotÍCiaS 10<br />
Ecológicos<br />
e seguros<br />
O prestigiado organismo que avalia a<br />
segurança dos veículos comercializados<br />
na Europa <strong>de</strong>tectou nos mais recentes<br />
testes uma maior preocupação com os<br />
peões. Segundo o secretário-geral do Euro<br />
NCAP, Michiel van ratingen, sobretudo ao<br />
nível da protecção aos peões, os híbridos<br />
Honda insight e toyota Prius, “mostram<br />
que excelentes níveis <strong>de</strong> economia <strong>de</strong><br />
combustível não impe<strong>de</strong>m um alto grau<br />
<strong>de</strong> segurança”. refira-se que até ao ano<br />
passado apenas 25% dos automóveis<br />
obtinha mais do que duas estrelas (40%)<br />
nesse tipo <strong>de</strong> teste. O motivo <strong>de</strong>sta melhoria<br />
está relacionado com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />
novos projectos com a segurança dos peões<br />
por parte das marcas.<br />
Das viaturas testadas recentemente,<br />
<strong>de</strong>staca-se a atribuição da classificação<br />
máxima (cinco estrelas), além dos referidos<br />
híbridos, ao volkswagen Polo, Subaru<br />
Legacy, Kia Sorento, renault Grand Scénic<br />
e Skoda Yeti. Nesta cada vez mais exigente<br />
prova <strong>de</strong> segurança, apenas o Citroën C3<br />
não recebeu a classificação máxima, por não<br />
oferecer <strong>de</strong> série o controle <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong><br />
(ESC). Em comunicado, o organismo refere,<br />
inclusivamente, que os híbridos não só<br />
cumprem com os actuais requisitos para<br />
merecer as cinco estrelas, como já cumprem<br />
com os previstos para 2012.<br />
eCall<br />
a caminho<br />
A Comissão Europeia assinou um acordo com<br />
a GSMA, órgão que representa a indústria <strong>de</strong><br />
comunicações móveis no mundo inteiro, para o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento do eCall. iniciado há cerca <strong>de</strong> quatro<br />
anos este sistema permite, em caso <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> viação, uma chamada automática ou manual<br />
para os serviços <strong>de</strong> emergência, comunicando a<br />
localização exacta do veículo e reduzindo, <strong>de</strong>sta<br />
forma, substancialmente o tempo <strong>de</strong> resposta <strong>de</strong>stes<br />
serviços.<br />
O preço associado à instalação do eCall, estimado<br />
em cerca <strong>de</strong> 100 euros por veículo, e a <strong>de</strong>mora na<br />
adaptação dos centros <strong>de</strong> urgência e na formação <strong>de</strong><br />
pessoal, po<strong>de</strong>m ser uma das principais justificações<br />
para o facto <strong>de</strong> este sistema ainda não estar<br />
operacional em qualquer país da UE. Caso não<br />
haja progressos quanto à implementação <strong>de</strong>ste<br />
sistema até ao final do ano, Bruxelas pon<strong>de</strong>ra vir<br />
a estabelecer esta tecnologia com carácter <strong>de</strong><br />
obrigatorieda<strong>de</strong> nas viaturas já em 2010. Segundo<br />
este organismo esta po<strong>de</strong>rá ser uma forma eficaz <strong>de</strong><br />
reduzir cerca <strong>de</strong> 2500 vidas aos 39 mil mortos e 1,7<br />
milhões <strong>de</strong> feridos registados nas estradas europeias<br />
em 2008. De momento, a implementação <strong>de</strong>ste<br />
sistema é voluntária mas já aplicada por autorida<strong>de</strong>s<br />
públicas, fabricantes <strong>de</strong> automóveis e operadores <strong>de</strong><br />
telemóveis.
NotÍCiaS 12<br />
OPEL iNSiGNiA:<br />
24 PrÉMiOS EM<br />
MENOS DE UM ANO<br />
O Opel insignia celebra este mês <strong>de</strong> Setembro o seu<br />
primeiro aniversário, dando à Opel mais uma razão<br />
para comemorar um número <strong>de</strong> sucessos acima da<br />
média. Des<strong>de</strong> o seu lançamento, no Outono passado,<br />
que o novo topo <strong>de</strong> gama da marca foi inundado <strong>de</strong><br />
elogios por parte <strong>de</strong> todos os sectores da indústria<br />
automóvel e do mercado, tendo rapidamente<br />
conquistado a admiração <strong>de</strong> especialistas em <strong>de</strong>sign,<br />
<strong>de</strong> a<strong>de</strong>ptos <strong>de</strong> alta tecnologia e do público consumidor.<br />
Actualmente, o Opel insignia sedan é lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vendas<br />
do seu segmento na Europa. Do seu vasto conjunto<br />
<strong>de</strong> inovações tecnológicas, <strong>de</strong>staca-se a nova geração<br />
<strong>de</strong> faróis adaptativos AFL+, o sistema <strong>de</strong> chassis<br />
adaptativo Flexri<strong>de</strong>, os bancos ergonómicos e a Câmara<br />
Opel Eye – um sistema inovador com câmara capaz <strong>de</strong><br />
reconhecer sinais <strong>de</strong> trânsito e <strong>de</strong> alertar para uma<br />
saída inadvertida da faixa <strong>de</strong> rodagem, que conquistou<br />
General Motors vai<br />
lançar 25 novos<br />
mo<strong>de</strong>los até 2011<br />
O consórcio norte-americano <strong>de</strong> automóveis, General<br />
Motors, vai lançar 25 novos mo<strong>de</strong>los das suas quatro<br />
marcas principais (Chevrolet, Cadillac, GMC e Buik)<br />
entre 2009 e 2011, <strong>de</strong> acordo com dados revelados<br />
pela Europa Press.<br />
Estes lançamentos fazem parte do processo <strong>de</strong><br />
renascimento da empresa <strong>de</strong>pois da <strong>de</strong>claração <strong>de</strong><br />
insolvência e preten<strong>de</strong>m cativar um novo tipo <strong>de</strong><br />
clientes, pelo que, em 2010, o mercado irá receber<br />
seis novos mo<strong>de</strong>los, <strong>de</strong> acordo com o presi<strong>de</strong>nte da<br />
General Motors, Fritz Hen<strong>de</strong>rson.<br />
No que se refere a marcas, a Chevrolet e a Buik<br />
lançarão <strong>de</strong>z novos automóveis, cada uma, e a<br />
Cadillac outros cinco mo<strong>de</strong>los.<br />
o prémio Plus X, o mais abrangente concurso europeu <strong>de</strong><br />
tecnologia, <strong>de</strong>sporto e lifestyle.<br />
Em menos <strong>de</strong> um ano <strong>de</strong> comercialização, o Opel insignia<br />
conquistou 24 prémios e distinções, entre os quais o<br />
título <strong>de</strong> “Carro do Ano Europeu 2009” e diversos outros<br />
atribuídos por painéis <strong>de</strong> especialistas <strong>de</strong> consumidores<br />
<strong>de</strong> 11 países. Para além disso, foi nomeado “Melhor<br />
<strong>Auto</strong>móvel Executivo <strong>de</strong> 2009” no reino Unido, Dinamarca<br />
e Eslovénia. recebeu por duas vezes o prémio <strong>de</strong> “Melhor<br />
<strong>Auto</strong>móvel Familiar” na irl<strong>anda</strong> e foi eleito o melhor mo<strong>de</strong>lo<br />
para <strong>Frotas</strong> em Portugal e na Áustria. Foi ainda galardoado<br />
em Espanha na área da Segurança.
lPcard<br />
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Comércio<br />
ainda em queda<br />
A indústria automóvel nacional continua a <strong>de</strong>parar-se com valores <strong>de</strong> vendas em queda<br />
permanente. O panorama continua sombrio para o sector automóvel, mesmo com sinais<br />
menos negativos no <strong>de</strong>correr do verão.<br />
O mês <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2009 permitiu observar uma clara atenuação<br />
da queda acumulada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do ano do mercado<br />
<strong>de</strong> veículos ligeiros em Portugal. Face ao mês homólogo do<br />
ano passado, verificou-se um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 14,8% (10520<br />
unida<strong>de</strong>s vendidas). O sector automóvel mantém ainda a<br />
tendência fortemente negativa que vem registando ao longo<br />
<strong>de</strong> todo o ano. Entre Janeiro e Agosto <strong>de</strong> 2009, o mercado<br />
<strong>de</strong> ligeiros <strong>de</strong> passageiros manteve a tendência <strong>de</strong>pressiva<br />
<strong>de</strong> quebra na venda <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s, 32,1% face ao mesmo período<br />
<strong>de</strong> 2008. Em valores nominais, foram comercializados<br />
nos primeiros oito meses <strong>de</strong>ste ano 100775 veículos ligeiros<br />
<strong>de</strong> passageiros.<br />
Perante números tão negativos, importa salientar dois<br />
exemplos positivos <strong>de</strong> marcas cujas vendas aumentaram<br />
no nosso país, apesar <strong>de</strong> não se encontrarem sequer na<br />
lista das quinze mais vendidas: a Chevrolet e a Saab, cujo<br />
crescimento foi <strong>de</strong> 7% e 34,9%, respectivamente. O caso do<br />
fabricante sueco é relevante, mas justifica-se pela pequena<br />
quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> automóveis comercializados entre nós (dos<br />
63 vendidos até Agosto <strong>de</strong> 2008, este ano atingiu os 85).<br />
Quanto aos construtores mais populares, nenhum fugiu à<br />
<strong>crise</strong>. Em alguns casos, a queda é acentuada, com números<br />
preocupantes, como é o caso da Opel, a marca mais afectada<br />
com a actual conjuntura (ven<strong>de</strong>u menos 56,5% que em<br />
igual período do ano passado – 18773 para apenas 8171).<br />
A renault continua a ser muito popular em Portugal, mas<br />
nem essa distinção impediu que os franceses baixassem as<br />
vendas em 42,4%, para apenas 13748 unida<strong>de</strong>s vendidas.<br />
Outros gigantes fortemente afectados são a Seat (menos<br />
40,1%), Honda (quebras na or<strong>de</strong>m dos 40%) e Peugeot (com
venda <strong>de</strong> veículos ligeiros em Portugal<br />
agosto 2009 Janeiro<br />
agosto 2009<br />
Ligeiros <strong>de</strong> Passageiros 10.520 -14,8% 100.775 -32,1%<br />
Comerciais Ligeiros 2.382 -23,8% 23.123 -36,7%<br />
total <strong>de</strong> Ligeiros 12.902 -16,7% 123.898 -33,0%<br />
veículos Pesados 192 -46,8% 2.642 -40,9%<br />
total Mercado <strong>Auto</strong>móvel 13.094 -17,3% 126.540 -33,2%<br />
Fonte: ACAP - Associação <strong>Auto</strong>móvel <strong>de</strong> Portugal<br />
uma baixa <strong>de</strong> 36,4%). Aliás, entre as principais marcas, a<br />
que menos sentiu estes tempos conturbados foi a Audi,<br />
cujas perdas quedaram-se pelos 11,2%, ven<strong>de</strong>ndo até Agosto<br />
<strong>de</strong>ste ano 4374 contra os 4926 do período homólogo <strong>de</strong><br />
2008.<br />
Ligeiros comerciais da Fiat em alta no mês <strong>de</strong> Agosto<br />
também os veículos comerciais ligeiros sofreram uma quebra,<br />
assistindo-se, em Agosto, a um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 23,8%<br />
em relação ao mês homólogo do ano anterior, com 2382 vendas.<br />
O gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>staque, pela positiva, vai para a Fiat, cujas<br />
vendas subiram 36%, <strong>de</strong> 146 para 228 unida<strong>de</strong>s e vieram<br />
atenuar o período negro que também afecta o grupo italiano.<br />
De resto, o panorama é sombrio, com a Citroën, novo lí<strong>de</strong>r<br />
<strong>de</strong> mercado, a sofrer um rombo <strong>de</strong> 14,7%. Mas, se houvesse<br />
prémio para a queda mais dramática na época <strong>de</strong> verão, essa<br />
ficaria na posse da renault, que em 2008 li<strong>de</strong>rou as vendas<br />
no mês <strong>de</strong> Agosto e que este ano <strong>de</strong>scresceu 47,5%.<br />
No comparativo global, entre Janeiro e Agosto, o mercado caiu<br />
36,7% em relação a igual período prece<strong>de</strong>nte, o que correspon<strong>de</strong><br />
a um total <strong>de</strong> 23123 unida<strong>de</strong>s comercializadas. Nenhuma<br />
das principais marcas foge ao cenário: Opel com uma impressionante<br />
quebra <strong>de</strong> 58,5%, renault a cair 50,2% e volkswagen<br />
a baixar 50%, só para citar os casos mais sonantes.<br />
Com alguns programas <strong>de</strong> incentivos ao abate já esgotados,<br />
como nos EUA e na Alemanha, a maioria dos quais a terminar<br />
no final do ano, acrescem os receios <strong>de</strong> uma nova queda<br />
<strong>de</strong> vendas em 2010. Em Portugal, estes incentivos começam<br />
agora a colher os primeiros frutos, mas, sem continuida<strong>de</strong><br />
em 2010, dificilmente salvarão o mercado <strong>de</strong> novas quedas.<br />
O alargamento do <strong>de</strong>sconto no imposto Sobre veículos parece<br />
estar a trazer os portugueses <strong>de</strong> volta aos stands. A própria<br />
Associação dos Construtores <strong>Auto</strong>móveis Europeus já<br />
fez notar que a recuperação do mercado automóvel europeu<br />
em 2010 po<strong>de</strong>rá estar comprometida, caso os esquemas <strong>de</strong><br />
incentivo sejam retirados abruptamente nos 13 países em<br />
que foram lançados.<br />
venda <strong>de</strong> veículos ligeiros em Portugal *<br />
Janeiro a agosto<br />
Unida<strong>de</strong>s % % no Mercado<br />
2009 2008 Var. 2009 2008<br />
renault 13.748 23.865 -42,4 11,10 12,91<br />
Ford 10.060 14.345 -29,9 8,12 7,76<br />
Citröen 9.953 13.920 -28,5 8,03 7,53<br />
volkswagen 9.621 13.434 -28,4 7,77 7,27<br />
Peugeot 9.599 15.097 -36,4 7,75 8,17<br />
Opel 8.171 18.773 -56,5 6,59 10,16<br />
Fiat 7.870 10.160 -22,5 6,35 5,50<br />
toyota 7.774 10.994 -29,3 6,27 5,95<br />
Seat 5.927 9.901 -40,1 4,78 5,36<br />
Merce<strong>de</strong>s 5.642 6.603 -14,6 4,55 3,57<br />
BMW 4.878 7.088 -31,2 3,94 3,83<br />
Audi 4.374 4.926 -11,2 3,53 2,66<br />
Nissan 3.392 4.646 -27,0 2,74 2,51<br />
Mitsubishi 2.961 4.278 -30,8 2,39 2,31<br />
Mazda 2.460 3.310 -25,7 1,99 1,79<br />
Honda 2.406 4.008 -40,0 1,94 2,17<br />
Chevrolet 2.310 2.159 7,0 1,86 1,17<br />
Kia 1.880 2.189 -14,1 1,52 1,18<br />
Hyundai 1.620 2.211 -26,7 1,31 1,20<br />
Smart 1.615 1.987 -18,7 1,30 1,07<br />
Skoda 1.565 2.797 -44,0 1,26 1,51<br />
volvo 1.082 1.534 -29,5 0,87 0,83<br />
MiNi 738 1.078 -31,5 0,60 0,58<br />
Alfa romeo 723 579 24,9 0,58 0,31<br />
iveco 568 893 -36,4 0,46 0,48<br />
Lancia 467 482 -3,1 0,38 0,26<br />
Suzuki 459 1.270 -63,9 0,37 0,69<br />
Dacia 358 210 70,5 0,29 0,11<br />
isuzu 288 428 -32,7 0,23 0,23<br />
Jeep 281 273 2,9 0,23 0,15<br />
Dodge 210 114 84,2 0,17 0,06<br />
Lexus 174 219 -20,5 0,14 0,12<br />
Porsche 172 168 2,4 0,14 0,09<br />
Jaguar 128 257 -50,2 0,10 0,14<br />
Land rover 107 219 -51,1 0,09 0,12<br />
Saab 85 63 34,9 0,07 0,03<br />
Subaru 78 89 -12,4 0,06 0,05<br />
Daihatsu 50 64 -21,9 0,04 0,03<br />
Chrysler 39 146 -73,3 0,03 0,08<br />
Ferrari 22 10 120,0 0,02 0,01<br />
Aston Martin 19 21 -9,5 0,02 0,01<br />
Bentley 8 6 33,3 0,01 0,00<br />
tata 7 5 40,0 0,01 0,00<br />
Maserati 6 13 -53,8 0,00 0,01<br />
Lamborghini 2 0 … 0,00 0,00<br />
Lotus 1 3 -66,7 0,00 0,00<br />
Piaggio 0 0 … 0,00 0,00<br />
Daimler 0 1 … 0,00 0,00<br />
Mahindra 0 5 … 0,00 0,00<br />
Ssang Yong 0 14 … 0,00 0,01<br />
Total 123.898 184.855 -33,0 100,00 100,00<br />
* Ínclui veículos Ligeiros <strong>de</strong> Passageiros, todo-o-terreno e Com. Ligeiros<br />
Fonte: ACAP - Associação <strong>Auto</strong>móvel <strong>de</strong> Portugal<br />
NOtA: Com base no instrumento <strong>de</strong> Notação registado no iNE sob o nº 1892, válido até 09.12.31<br />
MerCadoS 15
li<strong>de</strong>ranças<br />
consistentes<br />
Se, por um lado, a Merce<strong>de</strong>s-Benz mantém a intromissão entre japoneses, por outro, a<br />
Fiat ganha terreno entre lí<strong>de</strong>res ligeiros comerciais, segundo as tabelas <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong><br />
da LeasePlan referentes ao período 1 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2008 e 31 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2009.<br />
No pódio da tabela <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong> da frota <strong>de</strong> veículos<br />
ligeiros <strong>de</strong> passageiros da LeasePlan Portugal regista-se<br />
apenas uma alteração face ao anterior relatório (análise <strong>de</strong><br />
1 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2008 a 28 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2009) – uma troca<br />
<strong>de</strong> posições entre Mitsubishi, agora no terceiro posto, e Nissan,<br />
que <strong>de</strong>sce para quarto.<br />
A Honda e a Merce<strong>de</strong>s-Benz seguram o primeiro e segundo<br />
lugares com 1,60 e 1,73 intervenções médias por veículo, respectivamente,<br />
mas note-se que, ao passo que a Honda apresenta<br />
um resultado ligeiramente pior em duas décimas, a Merce<strong>de</strong>s<br />
melhora consecutivamente a sua marca, que estava em<br />
1,77 operações, sedimentando a posição germânica entre os<br />
nipónicos do costume e aproximando-se do topo. De ressalvar<br />
que o resultado apresentado pela Merce<strong>de</strong>s é <strong>de</strong> facto digno<br />
<strong>de</strong> registo, especialmente se consi<strong>de</strong>rarmos que os seus 1144<br />
ligeiros <strong>de</strong> passageiros (mais 14) ultrapassam significativamente<br />
em número as frotas <strong>de</strong> Honda (os mesmos 183 veículos<br />
anteriores), Mitsubishi (37) e Nissan (51) juntas.<br />
No pódio, a habitualmente volátil Mitsubishi conta 1,76<br />
intervenções médias na mais pequena frota <strong>de</strong> ligeiros <strong>de</strong><br />
passageiros da LeasePlan, melhorando em muito o anterior<br />
resultado (1,97) e distanciando-se da Nissan, que soma 94<br />
intervenções em 51 veículos, ou seja, 1,84 intervenções por<br />
automóvel.<br />
A Opel – <strong>de</strong>stacada como a maior frota dos registos, com<br />
6516 <strong>carro</strong>s –, por seu turno, é o furão da tabela, subindo<br />
três lugares, para sexto, com 2,08 intervenções médias –<br />
apenas mais duas décimas que o valor anterior, cuja subida<br />
se justifica pelas quedas acentuadas <strong>de</strong> outras marcas no<br />
período em análise.
vW<br />
rENAULt<br />
PEUGEOt<br />
FiAt<br />
SKODA<br />
ALFA rOMEO<br />
AUDi<br />
NiSSAN<br />
CitrOEN<br />
FOrD<br />
MitSUBiSHi<br />
SEAt<br />
OPEL<br />
MAZDA<br />
tOYOtA<br />
MErCEDES<br />
BMW<br />
HONDA<br />
0,00<br />
0,00<br />
0,00<br />
0,00<br />
Sempre no fundo tem estado, no 18.º posto, a volkswagen,<br />
apesar <strong>de</strong> ter melhorado percentualmente em sete décimas,<br />
com 2,60 intervenções médias nos seus 4649 <strong>carro</strong>s, mantendo-se<br />
como a terceira maior frota da LeasePlan Portugal,<br />
após Opel e renault (5464).<br />
Mazda irredutível <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Verão passado<br />
No segmento dos veículos ligeiros comerciais, a pequena<br />
frota <strong>de</strong> 39 veículos da Mazda não <strong>de</strong>scola da li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
o verão passado, agora com uma média <strong>de</strong> 1,95 intervenções,<br />
piorando o anterior resultado numa décima apenas.<br />
Segue-se novamente a mais pequena frota LeasePlan <strong>de</strong> comerciais<br />
(cada vez mais pequena, diga-se, se é que frota é<br />
termo que se aplique nestas circunstâncias): a Skoda, <strong>de</strong>sta<br />
feita com apenas dois <strong>carro</strong>s e quatro operações, mantendo<br />
as mesmas duas intervenções médias anteriores, segurando<br />
o segundo posto.<br />
Subindo uma posição, a Fiat está agora em terceiro, com<br />
um valor distante dos lí<strong>de</strong>res: 2,17 intervenções médias<br />
que permitiram aos transalpinos ultrapassarem a Peugeot,<br />
que se encontra em queda suave <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> já ter estado em<br />
1,60<br />
1,76<br />
1,73<br />
1,84<br />
1,95<br />
2,00<br />
2,00<br />
2,09<br />
2,08<br />
2,08<br />
2,22<br />
2,23<br />
2,17<br />
2,17<br />
2,16<br />
2,25<br />
2,26<br />
2,34<br />
2,39<br />
2,37<br />
2,37<br />
2,60<br />
2,50<br />
2,48<br />
2,56<br />
2,66<br />
2,54<br />
2,51<br />
2,57<br />
2,56<br />
2,65<br />
2,70<br />
Média <strong>de</strong><br />
intervenções<br />
<strong>de</strong> 01.06.2008 até<br />
31.05.2009 por<br />
veículo ligeiro <strong>de</strong><br />
passageiros<br />
Média <strong>de</strong><br />
intervenções<br />
<strong>de</strong> 01.06.2008 até<br />
31.05.2009 por<br />
veículo comercial<br />
ligeiro<br />
segundo e em terceiro. Na realida<strong>de</strong>, a quebra da Peugeot<br />
neste período é algo significativa, apontando 3030 intervenções<br />
em 1366 veículos, o que se traduz em 2,22 operações<br />
médias naquela que é a segunda maior frota do Top Ten dos<br />
comerciais e a terceira maior do conjunto total <strong>de</strong> marcas<br />
abrangidas neste segmento, após Opel (3298) e renault<br />
(2612).<br />
Nem a propósito, a Opel, que assim segura ambos os títulos<br />
das frotas mais numerosas (e sempre a crescer!), subiu aqui<br />
um lugar, situando-se em quinto, com o resultado <strong>de</strong> 2,37<br />
intervenções médias, percentualmente a par com a sexta<br />
classificada Ford, que apresenta 2135 operações em 899 veículos<br />
e que <strong>de</strong>sceu uma posição.<br />
A subida mais relevante, para sétimo, é protagonizada pela<br />
Mitsubishi, dando entrada no clube dos <strong>de</strong>z primeiros com<br />
uma média <strong>de</strong> 2,48 intervenções referentes a 568 intervenções<br />
em 229 <strong>carro</strong>s.<br />
Não fugindo à regra, damos registo do último posicionado –<br />
novamente a toyota, em 14.º, ainda assim melhorando consecutivamente,<br />
<strong>de</strong>sta feita em quatro décimas, o número <strong>de</strong><br />
intervenções médias (2,70) nos seus 793 <strong>carro</strong>s.<br />
diSPoNiBilida<strong>de</strong> 17
laNÇaMeNtoS 18<br />
A maioria dos fabricantes, aproveitando a “boleia” do importante salão <strong>de</strong> Frankfurt,<br />
aposta forte para o último terço do ano, com lançamentos para todos os gostos. Numa<br />
altura em que a palavra <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m é ressuscitar o volume <strong>de</strong> vendas, as propostas que<br />
se seguem sublinham o esforço ecológico e a visão <strong>de</strong> futuro optimista da indústria.<br />
tODA A CArNE<br />
NO ASSADOr
Porsche Panamera<br />
A nova aposta da Porsche chegou ao mercado nacional em Setembro,<br />
em simultâneo com o advento do salão <strong>de</strong> Frankfurt.<br />
Segundo dados do fabricante alemão, só em Portugal foram<br />
feitas mais <strong>de</strong> 3 mil encomendas <strong>de</strong>ste mo<strong>de</strong>lo, sendo <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar<br />
que entre 80 e 85% dos pedidos foram feitos por clientes<br />
que nunca tinham optado por esta marca <strong>de</strong> prestígio. Os<br />
interessados po<strong>de</strong>rão optar pelas já disponíveis versões Panamera<br />
S, 4S e turbo. Só no final <strong>de</strong> 2010 estará disponível a<br />
versão v6 e, apesar <strong>de</strong> sem data <strong>de</strong> lançamento prevista, ainda<br />
é esperada uma versão híbrida do Panamera. O preço <strong>de</strong>ste<br />
bóli<strong>de</strong> começa nos 134.561 € com o S e acaba nos 174.431 €<br />
com o turbo.<br />
Estamos perante um respeitável motor <strong>de</strong> 500 cavalos, já dado<br />
a conhecer em Abril, no último Salão do <strong>Auto</strong>móvel <strong>de</strong> Xan-<br />
gai, na China. Estima-se que as vendas po<strong>de</strong>rão atingir, pelo<br />
menos, 20 mil unida<strong>de</strong>s no espaço <strong>de</strong> um ano. Olhando para<br />
a típica silhueta da Porsche, bem patente no Panamera, constatamos<br />
que todo o know-how dos engenheiros foi investido<br />
neste espaçoso Grand turismo, que representa uma expansão<br />
do seu portfolio.<br />
Jaguar XJ<br />
revelada ao mundo no último salão internacional <strong>de</strong> Frankfurt,<br />
a nova geração XJ <strong>de</strong>staca-se pela <strong>carro</strong>çaria maioritariamente<br />
construída em alumínio (usando mais <strong>de</strong> 50% <strong>de</strong><br />
material reciclado), <strong>de</strong>ntro dos padrões estabelecidos pelo<br />
recente proprietário, o construtor indiano tata Motors. O nível<br />
da estrutura e sobretudo a qualida<strong>de</strong> dos seus materiais,<br />
além <strong>de</strong> representar um upgra<strong>de</strong> em refinamento e segurança<br />
Porsche Panamera<br />
O super <strong>de</strong>sportivo é também<br />
um sucesso em Portugal<br />
laNÇaMeNtoS 19
laNÇaMeNtoS 20<br />
Jaguar XJ<br />
O estado-da-arte em <strong>carro</strong>s <strong>de</strong>sportivos <strong>de</strong> luxo<br />
BMW X1<br />
versões do crossover foram lançadas em Frankfurt<br />
superior, permite que este sedan seja o mais leve da sua classe.<br />
Exibindo linhas inspiradas no XF, esta nova aposta da marca<br />
britânica tem sob o capot o novo propulsor 5.0 litros v8,<br />
com faixas <strong>de</strong> potência que vão <strong>de</strong> 385 cv até 510 cv, quando<br />
sobrealimentado por um compressor. De acordo com a Jaguar,<br />
o XJ acelera <strong>de</strong> zero a 100 km/h em 4,9 segundos na versão<br />
“top” Supersport.<br />
Estamos perante um mo<strong>de</strong>lo que representa simultaneamente<br />
o melhor do universo <strong>de</strong>sportivo e clássico. É dos mais aerodinâmicos<br />
Jaguar <strong>de</strong> sempre, com um <strong>de</strong>sign fluído e <strong>de</strong>sportivo,<br />
conforto, espaço e equipamento tecnologicamente<br />
superior, prontos a encantar o mais exigente dos condutores.<br />
E, acima <strong>de</strong> tudo, comprova que a marca cumpre com o lema<br />
<strong>de</strong> construir <strong>carro</strong>s <strong>de</strong>slumbrantes e velozes.<br />
BMW X1<br />
Disponível a partir <strong>de</strong> Novembro na Europa, o X1 é apresentado<br />
como um SAv (Sport Activity vehicle, ou seja, viatura <strong>de</strong><br />
activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sportiva) representa uma das principais apostas<br />
do fabricante alemão para conquistar o, cada vez mais<br />
dodge Caliber<br />
Novo motor a diesel apresentado em Frankfurt<br />
VW Golf Vi Variant<br />
Carrinha surge em Novembro na senda dos restylings Golf<br />
povoado, segmento <strong>de</strong> pequenos crossovers. No que toca a<br />
dimensões, estamos perante uma versão 10cm mais curta que<br />
a actual do X3. A verda<strong>de</strong> é que o X1 assemelha-se mais à<br />
plataforma modificada do série 3, que à <strong>de</strong> um série 1. Como<br />
tal, maiores parecenças a uma station wagon que a um offroa<strong>de</strong>r.<br />
Apesar <strong>de</strong> não fugir muito aos padrões estéticos dos<br />
últimos BMW, é um <strong>carro</strong> compacto bonito e espaçoso (tem<br />
4,45 metros <strong>de</strong> comprimento e leva cinco passageiros). O<br />
compartimento <strong>de</strong> bagagem tem capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 420 litros que<br />
po<strong>de</strong> aumentar para 1350 litros, com os bancos traseiros rebatidos.<br />
O X1 disponibiliza configurações para uma condução<br />
com tracção traseira (rWD) ou integral (4x4), duas motorizações<br />
a gasolina (um 141cv 2.0 e 258cv 3.0 <strong>de</strong> seis cilindros) e<br />
três a diesel 2.0 litros (141cv, 175cv e uma versão twin-turbo<br />
que alcança 201cv).<br />
Dodge Caliber<br />
A versão actualizada <strong>de</strong>ste crossover surge com o interior re<strong>de</strong>senhado<br />
e motores mais potentes, sendo um <strong>de</strong>les a novida<strong>de</strong><br />
a diesel para a Europa. No interior encontramos um novo
painel feito com materiais melhores e um novo grafismo, além<br />
<strong>de</strong> comandos do ar-condicionado e o porta-objectos à frente<br />
da alavanca <strong>de</strong> mudanças. Nos equipamentos, a Dodge incluiu<br />
o sistema <strong>de</strong> som com ligação Bluetooth para telemóveis.<br />
Em estreia no mercado europeu, <strong>de</strong>staca-se o bloco <strong>de</strong><br />
2,2 litros com 163 cv <strong>de</strong> potência, mais 16% em relação ao<br />
antigo 2,0 litros <strong>de</strong> 140 cv. Disponíveis nos restantes mercados,<br />
seguem-se também as opções a gasolina, com um<br />
novo 2,0 litros (156 cv) – em substituição do 1,8 l <strong>de</strong> 150 cv<br />
- e o agora topo <strong>de</strong> gama <strong>de</strong> 2,4 l e quatro cilindros (170 cv).<br />
O facto é que o grupo Chrysler foi obrigado a aumentar a produção<br />
na fábrica <strong>de</strong> illinois, em mais 10 mil unida<strong>de</strong>s até ao<br />
final do ano, para dar resposta à enorme procura <strong>de</strong>ste compacto,<br />
<strong>de</strong>tentor <strong>de</strong> um dos mais eficientes níveis <strong>de</strong> consumo<br />
do seu segmento.<br />
Volkswagen Golf Variant<br />
Apesar da aposta na reformulação da sexta geração Golf, a vW<br />
parece ter optado por não arriscar tanto com versão variant.<br />
A frente inspirada na versão hatchback (on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>stacam os<br />
grupos ópticos rasgados e uma grelha mais dinâmica) foi as-<br />
sociada à <strong>carro</strong>çaria antiga, apenas com alterações <strong>de</strong> monta<br />
na quinta porta, pára-choques traseiro – agora pintado da<br />
cor da <strong>carro</strong>çaria - e o vinco que liga os farolins. Partilhando<br />
a maioria das motorizações com o Golf, a variant surge disponível<br />
em três versões (trendline, Comfortline e Highline) e<br />
partindo <strong>de</strong> três motores: o tSi turbo <strong>de</strong> 1,4 litros a gasolina<br />
<strong>de</strong> 122 cv e as unida<strong>de</strong>s turbodiesel <strong>de</strong> 1,6 e 2,0 litros (105 e<br />
140 cv, respectivamente). A motorização mais económica é a<br />
opção 1.6 a diesel <strong>de</strong> 105 cv, com apenas 4,5 l/100 km. A outra<br />
unida<strong>de</strong> a diesel tem um consumo médio homologado <strong>de</strong> 5,0<br />
l/100 km. Já os motores tSi gastam entre 6,0 e 6,4l/100 km.<br />
todos os motores surgem equipados com caixas manuais <strong>de</strong><br />
cinco ou seis velocida<strong>de</strong>s, contudo todos eles po<strong>de</strong>rão acoplar<br />
alternativamente uma caixa automática DSG <strong>de</strong> sete relações.<br />
No interior, a variant ganhou um painel re<strong>de</strong>senhado mas muito<br />
parecido ao antigo, e praticamente igual às versões Golf <strong>de</strong><br />
3 e 5 portas.<br />
Saab 9-4X<br />
Anunciado inicialmente para o final <strong>de</strong> 2008, e na altura vítima<br />
da <strong>crise</strong>, o novo SUv da marca sueca surge a tempo <strong>de</strong><br />
laNÇaMeNtoS 21
laNÇaMeNtoS 22<br />
Saab 9-4X<br />
Após adiamento, SUv surge no fim do ano<br />
Skoda Yeti<br />
Fabricante checo entra no segmento dos pequenos crossovers<br />
a ajudar a aumentar o número <strong>de</strong> vendas e recuperar o seu<br />
peso no mercado mundial.<br />
Este novo e luxuoso compacto é a aposta num segmento<br />
lucrativo, on<strong>de</strong> irá esgrimir argumentos com o BMW X5 (<strong>de</strong><br />
on<strong>de</strong> parece ter colhido alguma inspiração) e o volvo XC90.<br />
Além disso, a inspiração no 9-3 faz-se notar por <strong>de</strong>ntro,<br />
através do seu impressionante habitáculo, muito virado<br />
para o condutor, mas também por fora, numa frente e traseira<br />
similares ao irmão mais pequeno.<br />
O selo BioPower é uma tentativa <strong>de</strong> fazer <strong>de</strong>ste 4x4 um off-<br />
-roa<strong>de</strong>r com consciência ambiental. É possível optar por<br />
gasolina sem chumbo, bioetanol (E85) ou uma mistura <strong>de</strong><br />
ambos, significando uma oferta <strong>de</strong> 300 cv a partir <strong>de</strong> um<br />
motor turbo <strong>de</strong> 2,0 litros. O sistema <strong>de</strong> condução XWD permite<br />
enviar a energia para as rodas traseiras a maior parte<br />
do tempo – e usa apenas as quatro quando necessário.<br />
Contudo, apesar da possibilida<strong>de</strong> acrescida <strong>de</strong> reduzir <strong>de</strong><br />
50 a 70% as emissões <strong>de</strong> CO2, a limitação <strong>de</strong> postos <strong>de</strong><br />
abastecimento do bioetanol po<strong>de</strong> limitar as suas cre<strong>de</strong>nciais<br />
“ver<strong>de</strong>s”.<br />
Kia Magentis<br />
O arrojado facelift po<strong>de</strong> fazê-lo “subir <strong>de</strong> divisão”<br />
Nissan Cube<br />
Formas invulgares versus apetite voraz<br />
Skoda Yeti<br />
A partir <strong>de</strong> Novembro já estará disponível no mercado nacional<br />
o quinto mo<strong>de</strong>lo da Skoda, o Yeti. Apresentado ao público em<br />
Março, no Salão <strong>de</strong> Genebra, esta aposta da Skoda entretanto<br />
saída da linha <strong>de</strong> montagem da fábrica <strong>de</strong> Kvasiny, é proposta,<br />
numa primeira fase, com dois blocos a gasolina (1.2 tSi <strong>de</strong> 105<br />
cv e 1.8 tSi <strong>de</strong> 160 cv) e o motor a diesel 2.0 tDi com vários níveis<br />
<strong>de</strong> potência (110, 140 e 170 cv). A transmissão DSG estará<br />
disponível na versão 1.2 tSi. O Yeti baseia-se na plataforma do<br />
Octavia e o sistema <strong>de</strong> tracção é o mesmo do Octavia Scout.<br />
Com um comprimento total <strong>de</strong> 4,223 metros, largura <strong>de</strong> 1,793<br />
metros, altura <strong>de</strong> 1,691 metros, e distância entre eixos <strong>de</strong><br />
2,578 metros, o novo mo<strong>de</strong>lo da marca checa é proposto com<br />
tracção dianteira ou tracção integral permanente. Devido à sua<br />
envergadura e espaço, po<strong>de</strong> facilmente suportar cinco passageiros.<br />
A mala aguenta até 416 litros, que po<strong>de</strong> esten<strong>de</strong>r-se até aos<br />
1760 litros quando rebatidos os bancos. Este mo<strong>de</strong>lo, que foi<br />
buscar a sua <strong>de</strong>signação ao “abominável homem das neves”,<br />
representa uma excelente conjugação entre um forte 4x4 e um<br />
prático hatchback na linha <strong>de</strong> um Nissan Qashqai.
Kia Magentis<br />
Na revolução estética do Magentis em 2009, <strong>de</strong>stacam-se, sobretudo,<br />
as mudanças na frente, com uma nova grelha cromada<br />
e faróis mais bicudos. Já a traseira lembra a <strong>de</strong> um BMW. Certo é<br />
que, apesar <strong>de</strong> não po<strong>de</strong>r concorrer com os “big boys”, este Kia<br />
tem porte e alguns argumentos para ombrear com propostas<br />
como o novo vW Golf, Citroën C4 ou o Ford Mon<strong>de</strong>o. Contudo,<br />
o preço mais elevado em relação ao anterior mo<strong>de</strong>lo, apesar<br />
do upgra<strong>de</strong> em potência do motor, agora disponibilizando 164<br />
cv (em vez dos 145 cv) num bloco <strong>de</strong> 2.0 litros 16v, talvez possa<br />
ser dissuasor. Afinal, e apesar do sucesso que a marca coreana<br />
tem conseguido, sobretudo em terras americanas, estamos perante<br />
um <strong>carro</strong> com algumas condicionantes no mercado europeu.<br />
A começar pelo <strong>de</strong>sign interior algo ultrapassado e a qualida<strong>de</strong><br />
dos materiais. Mesmo com a dimensão imponente, típica<br />
dos mo<strong>de</strong>los para executivos, na prática a performance na condução,<br />
conforto e espaço po<strong>de</strong>m não estar à altura dos rivais.<br />
De série, o Kia Magentis traz airbag duplo, travões com ABS<br />
e caixa automática. Oferecendo os já habituais 5 anos <strong>de</strong> garantia,<br />
sem limite <strong>de</strong> quilometragem, a Kia po<strong>de</strong> captar mais<br />
V LEASEPLAN alguns 210x149 clientes 4/22/09 no difícil 11:51 mercado AM Page 1 do velho continente.<br />
Nissan Cube<br />
Após uma década <strong>de</strong> sucesso no Japão, que lhe valeram mais<br />
<strong>de</strong> 1 milhão <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s produzidas, a variante europeia do<br />
Cube chega em Novembro ao mercado português com duas<br />
motorizações, incluindo uma diesel (1.5 dCi com 106 cv). Já a<br />
gasolina disponibiliza um motor com a mesma cilindrada e 111<br />
cavalos <strong>de</strong> potência.<br />
Apesar do seu audacioso aspecto, o Cube parece estar a<br />
agradar sobretudo a consumidores <strong>de</strong> meia-ida<strong>de</strong>, que o<br />
encaram como um “dispositivo móvel”, a um preço competitivo,<br />
num <strong>carro</strong> <strong>de</strong> características únicas. Da parte do<br />
fabricante japonês, este pequeno mo<strong>de</strong>lo parece reunir<br />
condições para o seu sucesso global. De tal forma que esta<br />
terceira geração (e mundial) do Cube teve a colaboração <strong>de</strong><br />
engenheiros europeus e americanos. Erguido da plataforma<br />
do Micra, além das formas rectilíneas e uma ou outra assimetria<br />
apelativa, o que se <strong>de</strong>staca neste “cubo” é o interior<br />
espaçoso e chamativo. A funcionalida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>streza garantidas<br />
são <strong>de</strong> tal or<strong>de</strong>m que, segundo a Nissan, este é um tipo<br />
<strong>de</strong> <strong>carro</strong> tão especial que irá atrair mesmo aqueles que não<br />
se interessam por automóveis.<br />
laNÇaMeNtoS 23
Des<strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong>ste ano que muitos economistas têm vindo a projectar cenários optimistas<br />
para a economia e para a indústria automóvel, concordando que o pior já passou,<br />
perante sinais <strong>de</strong> recuperação um pouco por todo o mundo. Os planos <strong>de</strong> incentivo<br />
fiscal ajudaram as vendas e aceleraram a produção. O corte <strong>de</strong> custos e o lançamento<br />
<strong>de</strong> veículos populares são também parte da solução.<br />
A CriSE ANDA DE CArrO
Governos <strong>de</strong> vários países <strong>de</strong>cidiram implementar medidas<br />
<strong>de</strong> incentivo para os construtores, especialmente na Alemanha,<br />
tendo a UE registado melhorias na compra <strong>de</strong> veículos<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> Maio e Junho. Segundo um estudo Bank of America<br />
Securities-Merrill Lynch, a retoma da indústria automóvel<br />
será reflexo da reestruturação das economias <strong>de</strong>senvolvidas.<br />
também nos EUA a <strong>crise</strong> obrigou as construtoras a<br />
pedirem ajuda ao governo para a manutenção das suas operações.<br />
O mercado americano estabilizou no segundo trimestre do<br />
ano, com um crescimento <strong>de</strong> 1%, por comparação com o trimestre<br />
anterior, ainda assim 32% inferior ao registado em<br />
período homólogo do ano passado, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>, no dia 24 <strong>de</strong><br />
Julho, o Congresso norte-americano ter aprovado o programa<br />
Car Allowance rebate System, que oferece, ao longo <strong>de</strong><br />
quatro meses, acesso a um crédito <strong>de</strong> 4500 dólares (cerca<br />
<strong>de</strong> 3061 euros) na troca <strong>de</strong> um veículo antigo por outro menos<br />
poluente.<br />
Jean-Michel Jalinier, que assumiu a li<strong>de</strong>rança da renault<br />
Mercosul em Maio, afirmou entretanto à reuters que a empresa<br />
passa por um processo global <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> custos,<br />
acentuado pela <strong>crise</strong> financeira internacional. Não obstante,<br />
a renault lançou sete veículos nos últimos três anos e preten<strong>de</strong><br />
reforçar a presença em alguns segmentos, como por<br />
exemplo nas pickups, além <strong>de</strong> reforçar a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> concessionários,<br />
<strong>de</strong>cisiva para novas conquistas.<br />
Nisto, <strong>de</strong>senvolvem-se outras perspectivas, nomeadamente<br />
na Europa, para a mobilida<strong>de</strong> sustentável nos próximos anos,<br />
sobretudo a partir dos profundos impactos da actual <strong>crise</strong>, que<br />
colocou General Motors e volkswagen em xeque. Mas para os<br />
optimistas, até as <strong>crise</strong>s trazem consequências positivas, como<br />
a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se escutarem mais atentamente i<strong>de</strong>ias menos<br />
convencionais e ortodoxas.<br />
Neste prisma, a discussão em torno da mobilida<strong>de</strong> sustentável<br />
parece não po<strong>de</strong>r dissociar-se da mudança <strong>de</strong> paradigma<br />
quanto à forma como as pessoas se locomovem – o que po<strong>de</strong>rá<br />
contribuir para a emergência <strong>de</strong> um novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong>.<br />
Defen<strong>de</strong>m os estudiosos <strong>de</strong> ciência política, Weert Canzler<br />
e Andreas Knie, que o <strong>de</strong>bate não se restringe ao tipo <strong>de</strong> combustível<br />
que moverá os veículos, abarcando inovações organizacionais<br />
e culturais <strong>de</strong> fundo, com a convergência <strong>de</strong> sectores<br />
que até agora não se comunicavam, adaptando mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />
negócios.<br />
Na visão <strong>de</strong> Canzler e Knie, a indústria automóvel <strong>de</strong>ixará <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r<br />
<strong>carro</strong>s, admitindo que essa já nem é a sua “praia”, mas sim o<br />
financiamento das vendas – que, conforme os autores, respondia<br />
por cerca <strong>de</strong> 70% do resultado económico das empresas até<br />
ao ano passado. Como um dos principais motores da economia<br />
mundial <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o pós-guerra, a indústria automóvel precisará <strong>de</strong><br />
se reinventar novamente e quanto antes, já que a questão climática,<br />
a escassez <strong>de</strong> recursos não renováveis e os problemas<br />
<strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> nas gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s exigem urgência.<br />
teMa <strong>de</strong> CaPa 25
teMa <strong>de</strong> CaPa 26<br />
Ambos os autores sugerem que as empresas <strong>de</strong> transportes<br />
públicos assumam e operem frotas <strong>de</strong> bicicletas e <strong>carro</strong>s<br />
públicos como elementos centrais da mobilida<strong>de</strong> urbana do<br />
futuro. Do sector energético viriam, não só a oferta <strong>de</strong> novos<br />
produtos, mas novos mo<strong>de</strong>los tarifários, e as tecnologias <strong>de</strong><br />
informação encarregar-se-iam <strong>de</strong> articular, organizar, distribuir<br />
e racionalizar o transporte nas cida<strong>de</strong>s.<br />
Novos incentivos aos abates anteciparam corrida à compra<br />
<strong>de</strong> automóveis<br />
Com alguns programas <strong>de</strong> incentivos já esgotados, como nos<br />
EUA e na Alemanha, e a maioria <strong>de</strong>les a terminar no final do<br />
ano, crescem os receios <strong>de</strong> uma nova queda <strong>de</strong> vendas em<br />
2010. Em Portugal, um dos 13 países da UE que abraçaram<br />
este programa, o incentivo ao abate <strong>de</strong> veículos em fim <strong>de</strong> vida<br />
registou, em 2008, o número recor<strong>de</strong> <strong>de</strong> 36128 viaturas – mais<br />
125,4% do que no ano anterior. No entanto, em Maio <strong>de</strong>ste<br />
ano as vendas <strong>de</strong> <strong>carro</strong>s continuavam em queda e as medidas<br />
tomadas pelo Executivo não eram suficientes. O Governo implementara<br />
um Plano <strong>de</strong> Apoio ao Sector <strong>Auto</strong>móvel (PASA)<br />
mas os critérios apresentavam-se “<strong>de</strong>masiados exigentes”<br />
para as empresas, reiterava então Hél<strong>de</strong>r Pedro, secretáriogeral<br />
da Associação <strong>Auto</strong>móvel <strong>de</strong> Portugal (ACAP), apontando<br />
o “elevado grau <strong>de</strong> exigência nos rácios <strong>de</strong> solvabilida<strong>de</strong> e<br />
autonomia financeira” como entrave à a<strong>de</strong>são ao PASA.<br />
O aumento da <strong>de</strong>spesa fiscal com os abates será, no entanto,<br />
contrabalançado com o fim da redução <strong>de</strong> imposto Sobre<br />
veículos (iSv), na aquisição <strong>de</strong> viaturas menos poluentes,<br />
previsto para 2009. A ANECrA critica “veementemente” as<br />
alterações nesta matéria, uma vez que o Executivo acabou<br />
com a redução <strong>de</strong> 500 euros no iSv para veículos a gasóleo<br />
com emissão <strong>de</strong> partículas inferiores a 0,005 g/km.<br />
O Ministério das Finanças prevê que, com o reforço dos incentivos,<br />
o número <strong>de</strong> veículos abatidos aumente 16%, batendo<br />
a marca das 42 mil unida<strong>de</strong>s. Por seu lado, a ACAP<br />
consi<strong>de</strong>ra ser difícil atingir esta meta e o secretário-geral<br />
Hél<strong>de</strong>r Pedro alerta que, “se em 2010 não continuar a haver<br />
estes incentivos ao abate, que começaram mais cedo noutros<br />
países europeus, o mercado nem sequer irá estagnar,<br />
mas sim cair novamente”. Na gaveta continuam, para já, outras<br />
propostas da ACAP, como o alargamento do incentivo<br />
para abate à compra <strong>de</strong> veículos até dois anos e a suspensão<br />
temporária do imposto Único <strong>de</strong> Circulação (iUC).<br />
tal como verificado em países como os EUA ou a Alemanha, o<br />
reforço <strong>de</strong> incentivos em Portugal tem carácter excepcional,<br />
estando em vigor apenas até 31 <strong>de</strong> Dezembro. Na Alemanha,<br />
on<strong>de</strong> os incentivos adoptados em Fevereiro findaram a 2 <strong>de</strong><br />
Setembro, faltavam ainda 4382 requerimentos para esgotar o<br />
fundo <strong>de</strong> cinco mil milhões <strong>de</strong> euros atribuído pelo Estado ao<br />
abate <strong>de</strong> veículos antigos na compra <strong>de</strong> <strong>carro</strong>s novos. O prémio<br />
<strong>de</strong> 2500 euros gerou, no entanto, uma média <strong>de</strong> entrada<br />
<strong>de</strong> nove mil requerimentos por dia, tendo-se intensificado a<br />
entrega nos últimos dias, apontando um acréscimo nas vendas<br />
<strong>de</strong> 40%. Os especialistas temem que o prémio só tenha
servido para antecipar a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> quem pretendia comprar<br />
<strong>carro</strong> nos próximos tempos e que no próximo ano haja uma<br />
quebra nas vendas <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> um milhão <strong>de</strong> veículos. Ainda<br />
assim, as vendas <strong>de</strong> <strong>carro</strong>s na Alemanha em 2009 <strong>de</strong>verão<br />
atingir os 3,7 milhões, graças ao prémio ao abate.<br />
A consultora roland Berger estima que as vendas na Alemanha<br />
caiam mais <strong>de</strong> 20 por cento em 2010 e que até 90 mil<br />
empregos possam ser eliminados <strong>de</strong>pois do Governo retirar<br />
a sua ajuda às vendas – cenário que po<strong>de</strong>ria comprometer a<br />
portuguesa <strong>Auto</strong>europa (ver texto abaixo).<br />
Já nos EUA, o programa <strong>de</strong> abate <strong>de</strong> <strong>carro</strong>s velhos também<br />
foi visto como um sucesso, apesar <strong>de</strong> ter terminado dois<br />
meses antes do previsto, a 24 <strong>de</strong> Agosto, porque se haviam<br />
esgotado os 2 mil milhões <strong>de</strong> euros previstos pelo governo<br />
dos EUA. O incentivo era <strong>de</strong> até 4500 dólares (3125 euros),<br />
oferecidos a quem quisesse trocar o seu <strong>carro</strong> por outro<br />
mais eficiente do ponto <strong>de</strong> vista energético, e <strong>de</strong>nominouse<br />
“Cash for Clunkers” (Dinheiro por Sucata). As vendas<br />
dispararam, levando a General Motors, Ford e o grupo<br />
Chrysler a aumentarem os planos <strong>de</strong> produção, mas foi a<br />
toyota quem mais vendas fez ao abrigo do programa subsidiado<br />
pelo governo norte-americano, com 19% dos 700<br />
mil novos automóveis vendidos.<br />
Nos EUA, mais <strong>de</strong> 180 mil veículos acabaram no ferro-velho<br />
em apenas um mês, com benefício do meio ambiente.<br />
Apesar do “sucesso maior do que se imaginava”, segundo<br />
palavras do presi<strong>de</strong>nte Barack Obama, também quanto ao<br />
caso norte-americano há cépticos, consi<strong>de</strong>rando-se ainda<br />
cedo para dizer se há realmente uma retoma duradoura da<br />
indústria. ironicamente, os quatro automóveis mais vendidos<br />
ao abrigo do programa são japoneses.<br />
Na direcção contrária, o Governo <strong>de</strong> Nicolas Sarkozy<br />
<strong>de</strong>cidiu prolongar por mais dois anos o programa <strong>de</strong> in-<br />
centivo ao abate, em mol<strong>de</strong>s ainda por <strong>de</strong>finir. Entre<br />
os franceses continua viva a má experiência <strong>de</strong> 1996,<br />
quando o fim <strong>de</strong> um esquema <strong>de</strong> incentivos semelhante<br />
fez o mercado automóvel per<strong>de</strong>r mais <strong>de</strong> 30 por cento.<br />
Antes mesmo da <strong>de</strong>cisão francesa, vários especialistas<br />
e associações do sector automóvel na Europa e<br />
nos EUA alertaram para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prolongar os<br />
programas <strong>de</strong> incentivos ou retirá-los gradualmente.<br />
<strong>Auto</strong>europa pru<strong>de</strong>nte quanto a programa <strong>de</strong> produção em<br />
2010<br />
Perante a recuperação do mercado automóvel, a <strong>Auto</strong>europa,<br />
que dá emprego directo a 3028 pessoas na fábrica <strong>de</strong><br />
Palmela, anunciou em finais <strong>de</strong> Agosto o cancelamento dos<br />
quatro primeiros dias <strong>de</strong> lay-off previstos para Setembro e<br />
Outubro, com base em reflexos positivos nas encomendas<br />
da volkswagen.<br />
Com capacida<strong>de</strong> instalada <strong>de</strong> 150 mil veículos por ano, a administração<br />
da unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Palmela já então advertia que o<br />
cenário <strong>de</strong> retoma <strong>de</strong>via ser “encarado com prudência”.<br />
A 21 <strong>de</strong> Agosto também a fábrica <strong>de</strong> componentes automóveis<br />
da Dura <strong>Auto</strong>motives, na Guarda, suspen<strong>de</strong>u a redução<br />
temporária do horário <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>vido ao aumento<br />
<strong>de</strong> encomendas. A <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> lay-off previa inicialmente a<br />
suspensão da laboração às quintas e sextas-feiras, mas,<br />
entretanto, os trabalhadores já laboram a tempo inteiro e<br />
recebem o vencimento na totalida<strong>de</strong>.<br />
Ainda que os incentivos <strong>de</strong> vários governos europeus à compra<br />
<strong>de</strong> viaturas novas esteja a resultar numa clara recuperação<br />
do mercado, nomeadamente na Alemanha, e que esta<br />
recuperação tenha reflexos positivos nas encomendas da<br />
volkswagen <strong>Auto</strong>europa, o responsável admite que o comportamento<br />
dos consumidores possa não manter, em 2010,<br />
teMa <strong>de</strong> CaPa 27
teMa <strong>de</strong> CaPa 28<br />
a tendência positiva recente, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> esgotado o período<br />
<strong>de</strong> vigência dos programas <strong>de</strong> incentivo.<br />
O tempo é <strong>de</strong> “realismo”, sendo necessário antecipar o próximo<br />
ano com todas as cautelas, esperando para ver como<br />
reagirão os consumidores e o próprio mercado. António Chora,<br />
coor<strong>de</strong>nador da Comissão <strong>de</strong> trabalhadores da <strong>Auto</strong>europa,<br />
reconheceu, no entanto, que no curto prazo a medida<br />
<strong>de</strong> incentivo governamental <strong>de</strong> Berlim “não terá implicações<br />
no programa <strong>de</strong> produção” estabelecido pelo construtor automóvel<br />
alemão em Portugal.<br />
A Norte, e pela positiva, as empresas do sector instaladas<br />
no cluster <strong>de</strong> valença, que apoia a construção automóvel na<br />
Galiza, apresentam claros sinais <strong>de</strong> retoma e preparam-se<br />
para gerir mais <strong>de</strong> meio milhar <strong>de</strong> novos postos <strong>de</strong> trabalho,<br />
o que colocará novamente o concelho com taxas <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego<br />
residuais. Depois <strong>de</strong> a activida<strong>de</strong> industrial local ter<br />
batido no fundo no primeiro trimestre <strong>de</strong>ste ano, o sector<br />
automóvel, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da Galiza, dá sinais <strong>de</strong> uma evolução<br />
positiva, especialmente com o surgimento do interesse<br />
<strong>de</strong> uma nova empresa espanhola em instalar-se em valença,<br />
ao passo que a Dayco se prepara para alargar a sua unida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> produção – além <strong>de</strong> uma nova nave industrial, já concluída,<br />
por parte do grupo Antolin.<br />
Quedas nas vendas atenuadas por regimes<br />
<strong>de</strong> incentivos ao abate<br />
Em Junho <strong>de</strong>ste ano, as vendas <strong>de</strong> <strong>carro</strong>s novos na Europa<br />
estavam em queda há 13 meses, e apenas volkswagen (vW),<br />
Fiat e Hyundai se mantinham acima da linha <strong>de</strong> água, enquanto<br />
GM, BMW e toyota apresentavam quedas superiores a 8%<br />
em Maio, por comparação com o mês homólogo <strong>de</strong> 2008. No<br />
geral, o panorama era negativo e, se Áustria (+4,8%), Grécia<br />
(+5,1%), França (+11,8%) e Alemanha (+39,7%) contribuíam<br />
para atenuar a queda <strong>de</strong> 3,2% na Europa Oci<strong>de</strong>ntal, graças<br />
aos programas <strong>de</strong> incentivos à renovação <strong>de</strong> frotas, o cenário<br />
não se estendia à maioria dos países. Portugal, por exemplo,<br />
registava uma queda <strong>de</strong> 33,6% em Maio, o reino Unido<br />
-24,8% e Espanha -38,7%.<br />
A quebra, reflexo da <strong>crise</strong> económica, acentuou-se no primeiro<br />
semestre <strong>de</strong>ste ano, mas Augusto Bernardo, do gabinete <strong>de</strong><br />
estatísticas da ANECrA, recorda ainda outros factores, como<br />
a reforma da tributação automóvel, nomeadamente o menor<br />
iSv, que é pago à cabeça. Neste caso, tornou-se mais atractiva<br />
a opção por <strong>carro</strong>s novos. também o iUC, pago anualmente,<br />
<strong>de</strong>sincentivou a importação <strong>de</strong> usados, uma vez que os veículos<br />
importados com matrícula portuguesa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong><br />
2007 passaram a pagar no mínimo 100 euros.<br />
Finalmente, em Julho, as vendas davam sinais <strong>de</strong> recuperação, e<br />
as três marcas <strong>de</strong> automóveis que mais ven<strong>de</strong>ram em Portugal<br />
– renault, Ford e Citroën – estancaram as quedas <strong>de</strong>sastrosas<br />
dos primeiros meses do ano, que superaram os 50%. A renault<br />
Portugal justificou os números menos gravosos do primeiro<br />
mês do segundo semestre com o lançamento <strong>de</strong> novos mo<strong>de</strong>los,<br />
como o Mégane, o Clio, o Scénic e o Mégane Sport tourer.<br />
Já a Opel evoluiu em sentido oposto, apresentando quedas próximas<br />
dos 45%. A situação financeira da casa-mãe, a General<br />
Motors, em processo <strong>de</strong> falência, bem como a ausência <strong>de</strong> novos<br />
mo<strong>de</strong>los, po<strong>de</strong> ter estado na base <strong>de</strong>stes valores. A toyota<br />
foi o único construtor a subir as vendas – nove por cento.<br />
Mas nem todos sentem a <strong>crise</strong> com a mesma intensida<strong>de</strong>. A<br />
Hyundai Motor Company registou um aumento <strong>de</strong> 25,1% nas<br />
vendas globais, por comparação com o mês <strong>de</strong> Agosto do<br />
ano transacto. O resultado <strong>de</strong>correu dos benefícios fiscais<br />
implementados pelo governo coreano <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Maio, visando<br />
a substituição <strong>de</strong> veículos com mais <strong>de</strong> 10 anos. A estratégia<br />
da Hyundai Motor passa pela concentração <strong>de</strong> esforços no<br />
crescimento da quota <strong>de</strong> mercado mundial, aumentando o<br />
fornecimento <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los económicos e funcionais suportados<br />
por a<strong>de</strong>quadas campanhas <strong>de</strong> marketing <strong>de</strong> suporte aos<br />
mercados locais, além do lançamento <strong>de</strong> novos produtos em<br />
segmentos on<strong>de</strong> a procura é maior; nova i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> da re<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> distribuição; introdução <strong>de</strong> maior flexibilida<strong>de</strong> na capacida<strong>de</strong><br />
industrial na Europa; aumento das receitas vindas das<br />
frotas e uma maior notorieda<strong>de</strong> da marca. Os responsáveis<br />
coreanos crêem que a procura <strong>de</strong> veículos compactos com<br />
gran<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e elevado valor <strong>de</strong> retoma vai continuar.<br />
A Kia Motors Corporation anunciou vendas globais <strong>de</strong><br />
139656 unida<strong>de</strong>s em Agosto - o que representa um aumento<br />
<strong>de</strong> 24,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. A marca<br />
obteve aumento nas vendas na China (21770 unida<strong>de</strong>s,
crescimento <strong>de</strong> 104,9%), na América do Norte (44870 unida<strong>de</strong>s,<br />
55%) e na Coreia (25184 unida<strong>de</strong>s, 8,1%). O mo<strong>de</strong>lo<br />
mais vendido este ano nos mercados externos foi o Cerato,<br />
do segmento C (conhecido como Spectra ou Forte).<br />
Por seu turno, a Audi AG começou também a apresentar<br />
sinais <strong>de</strong> crescimento das vendas em importantes pontos<br />
<strong>de</strong> venda, como Estados Unidos, China e Europa. Em todo<br />
o mundo, no mês <strong>de</strong> Agosto, a marca comercializou 65900<br />
<strong>carro</strong>s Premium, sofrendo uma baixa <strong>de</strong> apenas 2,7% por<br />
comparação com o mesmo mês do ano passado. De Janeiro<br />
a Agosto, o volume <strong>de</strong> vendas da Audi na Europa foi 7,5%<br />
inferior ao verificado no mesmo período <strong>de</strong> 2008 mas os responsáveis<br />
da empresa consi<strong>de</strong>ram que os números foram<br />
satisfatórios face à <strong>crise</strong> que se instalou.<br />
A volkswagen ven<strong>de</strong>u mais <strong>de</strong> 3,12 milhões <strong>de</strong> <strong>carro</strong>s até<br />
Junho <strong>de</strong> 2009 e está a caminho <strong>de</strong> fundir-se com a Porsche.<br />
Mas parece não haver fundo para a queda das acções da<br />
vW, que em 2009 já <strong>de</strong>slizaram 22,37%, enquanto o mercado<br />
vai recuperando – as 30 maiores empresas alemãs subiram<br />
mais <strong>de</strong> 10% no mesmo período. Nos primeiros seis<br />
meses do ano, as vendas do grupo que agrega marcas como<br />
Audi, Seat e Skoda não conseguiram evitar que os lucros caíssem<br />
quase 78% face ao período homólogo. Os mercados<br />
que mais sentiram o contágio da <strong>crise</strong> foram, nas contas da<br />
vW, a África do Sul, reino Unido, Argentina, Índia, Japão e os<br />
EUA, todos com quebras superiores a 15% nas entregas <strong>de</strong><br />
automóveis a clientes. Nas marcas, as piores notícias chegam<br />
dos construtores <strong>de</strong> luxo. A Bentley viu as vendas <strong>de</strong><br />
unida<strong>de</strong>s caírem para menos <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> das registadas nos<br />
primeiros seis meses do ano anterior, enquanto a Lamborghini<br />
e Bugatti ven<strong>de</strong>ram menos um terço <strong>de</strong> veículos.<br />
Nem fusões animam as bolsas<br />
Mas o gran<strong>de</strong> golpe nas acções da volkswagen po<strong>de</strong> ter<br />
sido dado pela notícia da fusão entre o maior fabricante <strong>de</strong><br />
automóveis europeu e a empresa que eternizou o nome <strong>de</strong><br />
Ferdinand Porsche, <strong>de</strong>tentora <strong>de</strong> 50,75% do capital do grupo.<br />
O banco norte-americano Goldman Sachs acredita que a<br />
fusão, que <strong>de</strong>verá levar dois anos a consumar-se, será mais<br />
vantajosa para a fabricante do famoso 911.<br />
Assim, nem os números da fusão, que fará da marca Porsche<br />
a décima do grupo da Baixa Saxónia, parecem animar<br />
as bolsas. Apesar <strong>de</strong> Martin Winterkorn, presi<strong>de</strong>nte executivo<br />
do grupo que será também o novo lí<strong>de</strong>r da Porsche, ter<br />
anunciado que a empresa tem agora “o que é preciso para<br />
ser o número um na indústria automóvel”, o mercado reagiu<br />
mal às novida<strong>de</strong>s. A volkswagen espera cortar três mil milhões<br />
<strong>de</strong> euros <strong>de</strong> custos na junção com a Porsche e vai ter<br />
vendas <strong>de</strong> 6,4 milhões <strong>de</strong> veículos anualmente, que sairão<br />
do esforço <strong>de</strong> 400 mil trabalhadores. Além disso, a Qatar<br />
Holding, vai ser um forte accionista do novo formato do grupo,<br />
passando a <strong>de</strong>ter 17 por cento e a ser o terceiro maior<br />
accionista, <strong>de</strong>pois da Porsche e do Estado da Baixa Saxónia,<br />
<strong>de</strong> acordo com a empresa.<br />
Por outro lado, a longa e complicada negociação entre Magna<br />
international, General Motors, governo alemão e os trabalhadores,<br />
para <strong>de</strong>cidir o futuro da Opel e da vauxhall na<br />
Europa parece ter chegado ao fim. A construtora norte-americana<br />
<strong>de</strong>cidiu ven<strong>de</strong>r 55% da subsidiária Opel ao consórcio<br />
entre Magna e o banco russo Sberbank, ao passo que a GM<br />
manterá 35% e os trabalhadores terão os restantes 10%.<br />
Os funcionários da Opel e da vauxhall <strong>de</strong>vem abrir mão <strong>de</strong><br />
benefícios e concordar com cortes <strong>de</strong> custos significativos<br />
para a viabilização das operações na Europa, que se esten<strong>de</strong>m<br />
à Alemanha, reino Unido, Espanha, Polónia e Bélgica,<br />
somando 54500 pessoas. O entendimento envolve também<br />
o governo do reino Unido, interessado em preservar empregos<br />
e instalações produtivas.<br />
Mas a <strong>crise</strong> parece não ter prejudicado a indústria automóvel<br />
da rússia, on<strong>de</strong> três dos maiores construtores <strong>de</strong><br />
automóveis e camiões po<strong>de</strong>m unir forças. A nova empresa,<br />
que seria baptizada como rosavto, contaria com a Avtovaz<br />
(responsável pela produção dos mo<strong>de</strong>los da Lada), a marca<br />
<strong>de</strong> camiões Kamaz – que compete anualmente no rali<br />
Dakar – e a fabricante <strong>de</strong> motores Avtodizel. A nova empresa<br />
po<strong>de</strong>rá ser formada por quatro subsidiárias, responsáveis<br />
pela produção <strong>de</strong> veículos leves, camiões, motores e<br />
peças. O comando ficaria a cargo da russian technologies,<br />
conglomerado que actua em diversos sectores. Apesar <strong>de</strong><br />
vista com bons olhos pela indústria, analistas financeiros<br />
con<strong>de</strong>nam a fusão. Georgy ivanin, do banco <strong>de</strong> investimentos<br />
Alfa Bank, afirmou que “não vê sinergia na união <strong>de</strong> um<br />
fabricante <strong>de</strong> automóveis com outro que produz camiões”.<br />
Note-se que, actualmente, a renault <strong>de</strong>tém 25% da Avtovaz,<br />
enquanto que a Daimler possui 10% das acções da Kamaz.<br />
teMa <strong>de</strong> CaPa 29
Mais<br />
voltagem<br />
do que<br />
nunca<br />
O Salão <strong>Auto</strong>móvel <strong>de</strong> Frankfurt,<br />
que <strong>de</strong>correu entre os dias 17 e<br />
27 <strong>de</strong> Setembro, somou cerca <strong>de</strong><br />
850 mil visitantes. Apesar da <strong>crise</strong><br />
sentida na Europa, a 63.ª edição do<br />
evento somou 150 lançamentos e<br />
foi marcada pela aposta dos construtores<br />
em mo<strong>de</strong>los “amigos do<br />
ambiente”.
SalÕeS 32<br />
O maior salão automóvel da Europa foi inaugurado pela<br />
chanceler alemã Angela Merkel, que começou por visitar<br />
o stand da Opel, <strong>de</strong>pois do aval do governo para a venda<br />
da filial europeia da General Motors à fabricante <strong>de</strong> peças<br />
canadiana Magna e ao banco russo Sberbank. também o<br />
ministro alemão da economia, Karl-theodor zu Guttenberg,<br />
visitou o certame, tendo trocado impressões com os executivos<br />
dos construtores germânicos, posando ainda para as<br />
fotos no interior <strong>de</strong> alguns <strong>carro</strong>s. Com efeito, as gran<strong>de</strong>s<br />
estrelas foram, naturalmente, os <strong>carro</strong>s alemães, responsáveis<br />
por quase 70% dos lançamentos.<br />
Segundo o presi<strong>de</strong>nte da Associação da indústria <strong>Auto</strong>móvel<br />
Alemã, Matthias Wissmann, a importância da feira é inegável,<br />
ocupando o “primeiro lugar entre eventos do sector”.<br />
Em 11 dias, estiveram em exposição 82 mo<strong>de</strong>los inéditos<br />
apresentados por 62 construtores nos 190 mil metros quadrados<br />
do centro <strong>de</strong> exposições Festhalle/Messe.<br />
Mesmo assim, o salão contou com menos expositores (as<br />
japonesas Nissan, Honda e Mitsubishi, por exemplo, não se<br />
apresentaram), numa quebra <strong>de</strong> 30% face aos números verificados<br />
na edição anterior. No entanto, Wissmann salientou<br />
que “nenhuma outra feira apresenta toda a ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> produção<br />
– <strong>de</strong> produtores a fornecedores”.<br />
O Salão <strong>de</strong> Frankfurt centrou-se em veículos <strong>de</strong> baixo consumo<br />
e automóveis eléctricos. Mesmo as marcas ditas <strong>de</strong> luxo,<br />
ou premium, exibiram “versões” ver<strong>de</strong>s dos seus <strong>carro</strong>s<br />
mais cobiçados. A BMW lançou o vision, um híbrido equipado<br />
com dois motores eléctricos e um terceiro a diesel, e com<br />
a particularida<strong>de</strong> das portas ao estilo “asas <strong>de</strong> borboleta”<br />
– método <strong>de</strong> abertura <strong>de</strong> portas que surgiu, aliás, num outro<br />
veículo em <strong>de</strong>staque, o Merce<strong>de</strong>s-Benz SLS, o qual <strong>de</strong>verá<br />
ter igualmente uma versão híbrida no futuro próximo.<br />
A estrear<br />
Quanto a lançamentos, comecemos por alguns mo<strong>de</strong>los menos<br />
inacessíveis como as duas estreias mundiais da Citroën,<br />
que comemorou este ano os seus 90 anos. Com a Creative<br />
technology, a Citroën oferece a gama mais vasta <strong>de</strong> sempre,<br />
evi<strong>de</strong>nciada pelas estreias do C3 e do primeiro representante<br />
da linha DS: o DS3 – duas novida<strong>de</strong>s totalmente adaptadas<br />
ao <strong>de</strong>senvolvimento actual dos veículos do segmento.<br />
A concorrer com o C3, com o Honda Fit ou com o Opel Meriva,<br />
a Kia apresentou o monovolume venga, somando pouco<br />
mais <strong>de</strong> quatro metros <strong>de</strong> comprimento, 1,6 metros <strong>de</strong> altura<br />
e distância entre-eixos <strong>de</strong> 2,615 metros. Este monovolume<br />
estará disponível na Europa no início <strong>de</strong> 2010 com motor 1.4<br />
a gasolina <strong>de</strong> 75 cv e 1.6 a diesel <strong>de</strong> 115 cv.<br />
Por seu turno, o novo Opel Astra hatchback <strong>de</strong> cinco portas<br />
<strong>de</strong>monstrou um <strong>de</strong>sign elegante e mo<strong>de</strong>rno que <strong>de</strong>riva do<br />
mesmo conceito aplicado no insignia, embora com uma in-<br />
lexus lF-Ch<br />
terpretação diferente, estreando-se com uma gama <strong>de</strong> oito<br />
motores cuja média <strong>de</strong> consumo representa uma significativa<br />
melhoria <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 12% face à actual geração. O novo<br />
Astra traz para o segmento dos automóveis compactos muitas<br />
inovações em matéria <strong>de</strong> conforto e <strong>de</strong> segurança.<br />
Outra estreia foi a do novo Ford C-MAX, disponível em duas<br />
versões, prometendo estabelecer padrões <strong>de</strong> estilo no segmento<br />
dos veículos multi-activida<strong>de</strong>s (MAv) compactos,<br />
assinalando uma evolução do elogiado “kinetic <strong>de</strong>sign”, da<br />
Ford. Pela primeira vez, os clientes <strong>de</strong> MAv da Ford po<strong>de</strong>rão<br />
escolher entre o C-MAX <strong>de</strong> 5 lugares e o novo Grand C-MAX<br />
<strong>de</strong> 7 lugares, dotado <strong>de</strong> duas portas <strong>de</strong>slizantes e bancos<br />
inovadores, além <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> tecnologias avançadas,<br />
<strong>de</strong>stinadas a melhorar o conforto, segurança e sustentabilida<strong>de</strong>,<br />
incluindo os novos e potentes motores a gasolina Eco-<br />
Boost da Ford, <strong>de</strong> elevada eficiência e baixas emissões.<br />
Já a Alfa romeo mostrou os primeiros dois motores MultiAir<br />
do Mito – o 1.4 <strong>de</strong> 135 cv e o 1.4 <strong>de</strong> 105 cv, disponíveis para<br />
todos os actuais níveis <strong>de</strong> equipamento da gama. O Alfa<br />
romeo Mito 1.4 estreia a tecnologia MultiAir, <strong>de</strong>senvolvida<br />
e patenteada pela Fiat Powertrain technologies. Posteriormente,<br />
será comercializado o 1.4 MultiAir turbobenzina <strong>de</strong><br />
170 cv, que completará a gama <strong>de</strong> motores a gasolina do<br />
Alfa romeo Mito e que será proposto exclusivamente com<br />
o equipamento “Quadrifoglio ver<strong>de</strong>”. Aliado às motoriza
ções MultiAir, é lançado pela primeira vez na Alfa romeo o<br />
“Start&Stop”.<br />
Outra novida<strong>de</strong> foi o mais emblemático mo<strong>de</strong>lo Saab, o novo<br />
9-5, que irá ser comercializado a partir do início <strong>de</strong> 2010. Entre<br />
os luxuosos, notaram-se muitos coupés <strong>de</strong> quatro portas.<br />
Além do Panamera, da Porsche, a Aston Martin trouxe o rapi<strong>de</strong><br />
e a Bugatti o inédito Galibier. A Bentley mostrou o Mulssane<br />
e a rolls royce apresentou o Ghost.<br />
Acima dos 300 km/h, a Merce<strong>de</strong>s-Benz revelou o SLS AMG,<br />
sucessor do SLr McLaren, como o <strong>de</strong>sportivo por excelência<br />
da marca. A Ferrari não fez por menos e levou ao evento o<br />
458 italia, que substituirá o F430 como principal máquina da<br />
marca italiana. Este mo<strong>de</strong>lo chega com o motor exclusivo 4.5<br />
<strong>de</strong> 8 cilindros com injecção directa <strong>de</strong> gasolina, sete velocida<strong>de</strong>s<br />
e dupla embraiagem. Os 570 cv <strong>de</strong> potência levamno<br />
dos 0 aos 100 km/h em 3,4 segundos, a uma velocida<strong>de</strong><br />
máxima <strong>de</strong> 325 km/h.<br />
Destaque também para o Porsche 911 turbo, com um motor<br />
3.8 <strong>de</strong> 6 cilindros que recebeu mais 80 cv em relação aos<br />
420 cv da versão anterior, e para o Audi Spy<strong>de</strong>r, já famoso<br />
pela aparição no filme iron Man 2, com motor v10 5.2 (525<br />
cv) e duas opções <strong>de</strong> caixa: manual <strong>de</strong> seis marchas ou automática<br />
r-tronic. O primeiro vai dos 0 aos 100 km/h em<br />
3,4s e atinge 312 km/h, e o segundo chama a atenção pelos<br />
<strong>de</strong>talhes.<br />
Ligados à corrente<br />
Corria no pavilhão a i<strong>de</strong>ia que nunca haviam sido vistos tantos<br />
<strong>carro</strong>s eléctricos num mesmo local. De pequenos mo<strong>de</strong>los<br />
como o e-up! (apenas disponível em 2013), da vW, ao <strong>de</strong>sportivo<br />
e-tron, da Audi – concept com um visual sci-fi equipado<br />
com quatro motores eléctricos <strong>de</strong> 313 cavalos que permitem<br />
acelerar dos 0 aos 100 km/h em apenas 4,8 segundos; velocida<strong>de</strong><br />
máxima limitada <strong>de</strong> 200 km/h e autonomia <strong>de</strong> 248<br />
km.<br />
A Merce<strong>de</strong>s-Benz prometeu uma versão eléctrica do SLS<br />
AMG; a BMW revelou o vision Efficient Dynamics (coupé com<br />
três motores – um diesel e dois eléctricos que somam 276 cv).<br />
Mas insista-se no vision, que oferece uma potência <strong>de</strong> 356<br />
cv e 800 Nm <strong>de</strong> par, consumindo apenas 3,76 l/100 km <strong>de</strong><br />
gasóleo, atinge os 250 km/h e acelerar aos 100 km/h num<br />
tempo digno <strong>de</strong> super-<strong>de</strong>sportivo: 4,8 segundos.<br />
A renault, que não revelou qualquer mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> produção,<br />
compensou a falha com quatro veículos eléctricos, todos conceptuais<br />
ainda, da linha Z.E, <strong>de</strong> “zero emission”. tratam-se <strong>de</strong><br />
protótipos da aliança com a Nissan que antecipam os mo<strong>de</strong>los<br />
<strong>de</strong> série que chegarão em 2011. O mais curioso é talvez o<br />
twizy, espécie <strong>de</strong> <strong>carro</strong> urbano <strong>de</strong> dois lugares e dimensões<br />
compactas cujo <strong>de</strong>sempenho é semelhante ao <strong>de</strong> uma mota<br />
<strong>de</strong> 125 cc. Com capacida<strong>de</strong> para duas pessoas (uma na frente<br />
e outra atrás), chega a 75 km/h e tem autonomia <strong>de</strong> 100<br />
SalÕeS 33
SalÕeS 34<br />
audi e-tron<br />
km. O Kangoo Z.E., por seu lado, antecipa a pequena carrinha<br />
eléctrica <strong>de</strong>stinada a frotistas e utilizadores profissionais, com<br />
uma motorização eléctrica <strong>de</strong> 70 kW e binário <strong>de</strong> 226 Nm.<br />
Digno <strong>de</strong> nota, o Opel Ampera eléctrico, com capacida<strong>de</strong> para<br />
quatro pessoas e espaço para bagagens, é um automóvel familiar<br />
com o ADN do Astra e do insignia, mas utiliza uma tecnologia<br />
revolucionária <strong>de</strong> propulsão eléctrica <strong>de</strong>signada voltec,<br />
recorrendo à electricida<strong>de</strong> como fonte <strong>de</strong> energia primária<br />
e à gasolina como meio para produzir electricida<strong>de</strong>. Os planos<br />
para a entrada em produção apontam para o final <strong>de</strong> 2011.<br />
A Opel vai lançar também em Janeiro <strong>de</strong> 2010 uma nova versão<br />
ecoFLEX do popular Corsa, cujas emissões <strong>de</strong> CO2 se fixam em<br />
apenas 98 g/km. Este será o primeiro Opel a baixar da barreira<br />
dos 100 g/km. O próximo passo na evolução da gama ecoFLEX<br />
<strong>de</strong> emissões extremamente reduzidas será dado pelo novo<br />
Astra, na Primavera, com uma versão <strong>de</strong> 109 g/km. A Opel<br />
mostrou ainda o novo insignia <strong>de</strong> 130 cv, da linha ecoFLEX,<br />
capaz <strong>de</strong> aliar um consumo baixíssimo <strong>de</strong> 5,2 l/100 km a uma<br />
performance digna <strong>de</strong> registo graças aos 320 Nm <strong>de</strong> binário<br />
disponibilizados pelo motor turbodiesel 2.0 CDti.<br />
Protótipos e invulgares<br />
O volkswagen L1 é outro <strong>carro</strong> que po<strong>de</strong>ria eventualmente<br />
figurar entre eléctricos, mas o facto <strong>de</strong> ser também pouco<br />
ortodoxo em vários aspectos confere-lhe acima <strong>de</strong> tudo a<br />
dimensão <strong>de</strong> protótipo. O L1 é, pois, um dos veículos mais<br />
económicos do mundo, “bebendo” 1,38 litros <strong>de</strong> diesel a<br />
cada 100 km, graças ao seu motor turbodiesel <strong>de</strong> dois cilindros,<br />
combinado com um motor eléctrico e sete mudanças.<br />
A leveza do veículo também ajuda na economia, em função<br />
da <strong>carro</strong>çaria <strong>de</strong> fibra <strong>de</strong> carbono, que contribui para o peso<br />
total <strong>de</strong> apenas 380 kg.<br />
O mo<strong>de</strong>lo BB1, da Peugeot, tem 2,5 metros <strong>de</strong> comprimento<br />
muito fáceis <strong>de</strong> estacionar, inclusivamente em posição perpendicular<br />
à via, salta à vista um aspecto cruzado <strong>de</strong> motociclo<br />
e <strong>carro</strong>. A condução é semelhante à <strong>de</strong> uma moto,<br />
VW l1<br />
com posição dos assentos mais vertical – possível graças à<br />
ausência dos pedais no piso. incrivelmente, o BB1 é capaz<br />
<strong>de</strong> receber quatro pessoas e tem tracção 100% eléctrica,<br />
reinventa o automóvel em todas as suas dimensões.<br />
Num cenário on<strong>de</strong> os híbridos e os eléctricos conseguiram<br />
ser as estrelas também entre “bombas” e protótipos, falemos<br />
agora do Mazda MX-5 Superlight version, em comemoração<br />
aos 20 anos do <strong>de</strong>scapotável MX-5, o dois lugares<br />
mais vendido do mundo. O protótipo MX-5 Superlight mescla<br />
linhas futurista com um visual retro que não traz capota<br />
e nem pára-brisas. Sob o capot, tem o mesmo motor do mo<strong>de</strong>lo<br />
menos potente do MX-5: 1.8 litros, a gasolina, <strong>de</strong> 127<br />
cavalos <strong>de</strong> potência.<br />
Nisto, enterrado aquando da queda do Muro <strong>de</strong> Berlim, há<br />
20 anos, o <strong>carro</strong> comunista trabant surgiu como versão eléctrica<br />
às mãos da empresa indiKar em parceria com a Herpa,<br />
<strong>de</strong>tentora da marca. O <strong>carro</strong>, produzido na Alemanha Oriental<br />
a partir <strong>de</strong> 1958, tem um motor eléctrico com potência<br />
equivalente a 63 cv e, segundo o fabricante, po<strong>de</strong> rodar 160<br />
km com uma carga <strong>de</strong> bateria. Com algumas alterações <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sign em relação ao original, que ven<strong>de</strong>u mais <strong>de</strong> três milhões<br />
<strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s em 30 anos <strong>de</strong> produção, o trabant nt é<br />
apresentado como <strong>carro</strong>-conceito, mas o fabricante está em<br />
busca <strong>de</strong> parceiros para transformá-lo num <strong>carro</strong> comercialmente<br />
viável, a lançar no mercado em 2012.<br />
Por fim, no segmento <strong>de</strong> luxo, esten<strong>de</strong>u-se a passa<strong>de</strong>ira<br />
vermelha para o inovador protótipo Lexus LF-Ch, o primeiro<br />
compacto <strong>de</strong> luxo totalmente híbrido. A Lexus aplicou a<br />
sua inovadora tecnologia 100% híbrida, <strong>de</strong>nominada Lexus<br />
Hybrid Drive, que permite uma condução praticamente silenciosa,<br />
com zero emissões e modo totalmente eléctrico a<br />
baixas velocida<strong>de</strong>s. A aceleração é linear e dinâmica, mas<br />
extraordinariamente suave. O LF-Ch combina dimensões exteriores<br />
compactas <strong>de</strong> hatchback com 5 portas, criando a<br />
impressão <strong>de</strong> um coupé dinâmico. O <strong>de</strong>sign interior é futurista,<br />
com um tablier assimétrico e Remote Touch.
Walter lamego<br />
ADMiNiStrADOr DA MCOUtiNHO COLiSÃO<br />
Em contra-ciclo, e prevendo um crescimento do seu negócio na or<strong>de</strong>m dos 8% para este<br />
ano, a MCoutinho Colisão consi<strong>de</strong>ra que, mais do que uma política comercial isolada, a<br />
oferta <strong>de</strong>ve ser adaptada em termos <strong>de</strong> serviços. Esta empresa <strong>de</strong> reparação <strong>de</strong> sinistros,<br />
pintura e recondicionamento <strong>de</strong> viaturas sente que a LeasePlan é o parceiro i<strong>de</strong>al,<br />
pois há mútua compreensão das expectativas e necessida<strong>de</strong>s.
Que tipo <strong>de</strong> serviços presta a<br />
MCoutinho Colisão?<br />
A MCoutinho Colisão opera no negócio<br />
da reparação <strong>de</strong> sinistros, pintura e<br />
recondicionamento <strong>de</strong> viaturas. temos<br />
procurado centrar a nossa estratégia<br />
no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um serviço<br />
perfeitamente orientado para as<br />
necessida<strong>de</strong>s do cliente.<br />
É nossa missão oferecer um serviço<br />
completo e integrado, aspectos que<br />
nos permitem evi<strong>de</strong>nciar as vantagens<br />
que o cliente po<strong>de</strong> usufruir connosco,<br />
face à reparação efectuada num<br />
operador <strong>de</strong>signado por “tradicional”.<br />
A viatura <strong>de</strong> substituição, a rapi<strong>de</strong>z<br />
no início da reparação e <strong>de</strong> todo o<br />
“timing” em termos <strong>de</strong> processo –<br />
possível através do estabelecimento <strong>de</strong><br />
canais <strong>de</strong> comunicação privilegiados<br />
com as seguradoras – são exemplos do<br />
valor que conseguimos criar na oferta<br />
do serviço da MCoutinho Colisão.<br />
Que balanço faz da relação com a<br />
casa-mãe MCoutinho?<br />
O nosso negócio está integrado num<br />
Grupo que conta com mais <strong>de</strong> 50<br />
anos <strong>de</strong> experiência na distribuição<br />
automóvel, actualmente representa 17<br />
marcas <strong>de</strong> veículos, com uma oferta<br />
<strong>de</strong> produtos e serviços alargada a<br />
todos os segmentos do negócio.<br />
Estes factores são uma permanente<br />
alavanca do negócio e reforçam<br />
permanentemente a nossa ambição.<br />
refira-se que a MCoutinho Colisão<br />
conta já com 20 anos <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>,<br />
tendo sido a primeira área <strong>de</strong> negócio<br />
do Grupo a ser alvo <strong>de</strong> uma política<br />
<strong>de</strong> centralização e <strong>de</strong> especialização.<br />
Consi<strong>de</strong>ramos que o pioneirismo com<br />
que <strong>de</strong>senvolvemos esta activida<strong>de</strong><br />
tem contribuído para manter uma<br />
dinâmica <strong>de</strong> permanente inovação – e,<br />
<strong>de</strong> facto estes são também aspectos<br />
que pertencem ao código genético<br />
MCoutinho.<br />
O Grupo tem prosseguido uma política<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentado do<br />
negócio, tendo ao longo dos últimos<br />
anos concretizado o arranque <strong>de</strong> novas<br />
empresas. Estas circunstâncias vêm<br />
gerar novas oportunida<strong>de</strong>s para o<br />
negócio, através da abertura <strong>de</strong> novos<br />
Centros <strong>de</strong> Colisão.<br />
Qual é o perfil dos vossos clientes?<br />
Como já referi anteriormente, o<br />
nosso esforço tem sido orientado<br />
para a concretização <strong>de</strong> uma oferta<br />
<strong>de</strong> serviços integrados, mas também<br />
adaptados às diferentes necessida<strong>de</strong>s<br />
do cliente.<br />
Nesse sentido, po<strong>de</strong>mos afirmar que<br />
a nossa oferta está particularmente<br />
adaptada para uma gran<strong>de</strong> parte<br />
do mercado, nomeadamente, para<br />
viaturas ligeiras e comerciais ligeiras,<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da marca, com<br />
ida<strong>de</strong> compreendida entre os 0 e os 10<br />
anos.<br />
apesar da conjuntura menos favorável<br />
no mundo automóvel, o vosso negócio<br />
está em contra-ciclo. até on<strong>de</strong><br />
prevêem crescer?<br />
O nosso negócio <strong>de</strong>para-se com<br />
constrangimentos acentuados e<br />
permanentes. São exemplo disso a<br />
tendência da redução <strong>de</strong> sinistralida<strong>de</strong><br />
e o aumento da ida<strong>de</strong> média do<br />
parque automóvel. Associado a este<br />
aumento, verifica-se a <strong>de</strong>svalorização<br />
das viaturas, com sérias implicações<br />
no crescimento do volume das perdas<br />
totais. É neste sentido que se torna<br />
eNtreViSta 37
eNtreViSta 38<br />
relevante a oferta <strong>de</strong> uma solução <strong>de</strong><br />
reparação multimarca e com soluções<br />
<strong>de</strong> custo para além da marca.<br />
terminámos 2008 com mais <strong>de</strong> 14.000<br />
reparações e perspectivamos para<br />
2009 um crescimento na or<strong>de</strong>m dos<br />
oito por cento – estes são números<br />
que muito nos entusiasmam.<br />
Pensamos que os resultados<br />
que temos conseguido atingir<br />
evi<strong>de</strong>nciam que estamos realmente<br />
com propostas a<strong>de</strong>quadas às<br />
necessida<strong>de</strong>s dos nossos clientes, o<br />
que nos permite posicionar em contra<br />
ciclo com o mercado.<br />
Mais do que servir uma quota <strong>de</strong><br />
mercado, até que ponto tencionam<br />
crescer?<br />
A <strong>de</strong>finição da nossa política <strong>de</strong><br />
crescimento e dos objectivos para o<br />
nosso negócio advêm da resposta<br />
às necessida<strong>de</strong>s dos clientes.<br />
Enten<strong>de</strong>mos que só com muita<br />
atenção ao mercado e a estas<br />
necessida<strong>de</strong>s é que po<strong>de</strong>remos<br />
ter objectivos <strong>de</strong> crescimento<br />
sustentáveis – é assim que<br />
preten<strong>de</strong>mos prosseguir.<br />
Quanto à relação com a leasePlan,<br />
qual o historial da vossa parceria?<br />
O nosso relacionamento comercial<br />
com a LeasePlan conta já com<br />
alguns anos <strong>de</strong> experiência, o<br />
que nos permitiu perceber as<br />
respectivas verda<strong>de</strong>iras necessida<strong>de</strong>s<br />
– sem dúvida com objectivos e<br />
necessida<strong>de</strong>s específicas para as<br />
suas viaturas e clientes.<br />
Fomos ao longo da nossa<br />
convivência profissional assumindo<br />
e ultrapassando <strong>de</strong>safios vários, que<br />
julgo ter permitido cimentar e crescer<br />
o nosso envolvimento com este<br />
cliente <strong>de</strong> dimensão consi<strong>de</strong>rável.<br />
Qual o vosso mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lização<br />
para um cliente com o peso da<br />
leasePlan?<br />
A fi<strong>de</strong>lização <strong>de</strong> um cliente passa<br />
sobretudo por compreen<strong>de</strong>rmos<br />
as suas expectativas e as suas<br />
necessida<strong>de</strong>s.<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da importância<br />
da LeasePlan, no que se refere ao<br />
volume <strong>de</strong> reparações, é imperativo<br />
agir sobre essas mesmas expectativas<br />
e necessida<strong>de</strong>s. Desta análise resulta a<br />
configuração <strong>de</strong> uma oferta adaptada<br />
em termos <strong>de</strong> serviços pretendidos e<br />
<strong>de</strong> um princípio <strong>de</strong> parceria – mais do<br />
que uma política comercial isolada.<br />
Ao abrigo <strong>de</strong>sta parceria temos vindo<br />
a evoluir na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> objectivos<br />
quantitativos claros que nos permitem<br />
efectuar uma optimização <strong>de</strong> custos e<br />
consequentemente da nossa política<br />
<strong>de</strong> preços, repercutindo a vantagem<br />
para o nosso cliente.<br />
Quais são os projectos, parcerias<br />
e perspectivas <strong>de</strong> negócio até ao<br />
final do ano? Há uma estratégia <strong>de</strong><br />
internacionalização ou é incompatível<br />
com o vosso core business?<br />
Os nossos projectos centram-se no<br />
fundamento essencial da oferta da<br />
MCoutinho Colisão – qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
serviço e competitivida<strong>de</strong>. É com<br />
estes dois vectores que po<strong>de</strong>remos<br />
ambicionar a manutenção da confiança<br />
dos nossos clientes e parceiros,<br />
assegurando o crescimento sustentado<br />
do nosso negócio.<br />
acredita que as frotas têm vindo a<br />
li<strong>de</strong>rar uma espécie <strong>de</strong> revolução<br />
ecológica no parque automóvel<br />
mundial? Qual é a vossa expectativa<br />
em termos <strong>de</strong> introdução <strong>de</strong> veículos<br />
“ver<strong>de</strong>s” nos próximos tempos?<br />
A revolução ecológica no parque<br />
automóvel é <strong>de</strong> facto um tema que está<br />
na or<strong>de</strong>m do dia. A subida <strong>de</strong> preços<br />
dos combustíveis verificada em 2008<br />
no mercado internacional <strong>de</strong>spertou<br />
novamente esta preocupação – <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
essa altura assistimos à intensificação<br />
do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos<br />
automóveis e soluções alternativas aos<br />
combustíveis tradicionais, por parte da<br />
generalida<strong>de</strong> dos fabricantes.<br />
O mercado europeu irá certamente<br />
acolher essas soluções com agrado,<br />
até porque os consumidores valorizam<br />
o factor novida<strong>de</strong>. O nosso país tem<br />
evi<strong>de</strong>nciado a importância <strong>de</strong>sta<br />
concretização, nomeadamente através<br />
do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projectospiloto<br />
na área <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong><br />
viaturas eléctricas.<br />
Sabemos também que o sucesso <strong>de</strong>sta<br />
revolução ecológica <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá em<br />
gran<strong>de</strong> parte da questão central para<br />
a generalida<strong>de</strong> dos consumidores<br />
– o custo que estas novida<strong>de</strong>s vão<br />
implicar. E quando falamos das frotas<br />
das empresas e instituições, temos<br />
noção <strong>de</strong> que os custos, a par das<br />
garantias funcionais e <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong>,<br />
constituirão factores <strong>de</strong>terminantes na<br />
<strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> compra. Por isso, acredito<br />
que o mercado po<strong>de</strong>rá oferecer<br />
soluções interessantes para os<br />
consumidores, para que estes possam<br />
a<strong>de</strong>rir a essa revolução ecológica.<br />
O Grupo acompanha e perspectiva as<br />
evoluções e os <strong>de</strong>safios do mercado,<br />
também neste sector do ambiente.<br />
Como operador especializado na área<br />
da reparação, a MCoutinho Colisão<br />
incorporará as necessárias implicações<br />
no serviço que oferecemos, com o<br />
objectivo <strong>de</strong> po<strong>de</strong>rmos servir o cliente<br />
sempre com excelência.
eNSaio 40<br />
requintada e com um toque <strong>de</strong> charme tipicamente francês, a nova carrinha da marca<br />
parisiense não se quer restringir à preferência das famílias.
Mégane?<br />
oh-lá-lá!<br />
renault Mégane Sport tourer 1.5 dCi dynamique S 110 cv 5p<br />
eNSaio 41
eNSaio 42<br />
Os ventos sopram <strong>de</strong> feição para os lados <strong>de</strong> Boulogne-<br />
Billancourt, nos subúrbios <strong>de</strong> Paris, se<strong>de</strong> da renault. O motivo<br />
para tanta algazarra dá pelo nome <strong>de</strong> Mégane Sport tourer,<br />
reforço <strong>de</strong> luxo para o gigante automóvel presidido por<br />
Carlos Ghosn. Este veículo vai ocupar o espaço do segmento<br />
familiar, sem <strong>de</strong>scurar um toquezinho <strong>de</strong> ousadia e <strong>de</strong>safio.<br />
Com 110 cv e uma velocida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> 190 km/h, vai ser<br />
preciso mão-<strong>de</strong>-ferro para travar os instintos aventureiros <strong>de</strong><br />
quem, mesmo numa banal viagem <strong>de</strong> trabalho ou negócios,<br />
tem à sua disposição – para total entretenimento – uma temível<br />
fera das estradas.<br />
Com todos estes predicados, cheira a dinastia. Em 2008, a<br />
break do anterior Mégane já tinha garantido a preferência<br />
dos consumidores, ao ser a mais vendida no segmento das<br />
carrinhas familiares compactas. E quando as anteriores versões<br />
(a berlina, o coupé e os monovolumes Grand Scénic e<br />
Scénic) têm a qualida<strong>de</strong> e a aceitação das massas, então é<br />
porque estamos mesmo perante um caso sério <strong>de</strong> popularida<strong>de</strong>.<br />
Carros com um conceito predominantemente familiar<br />
já não se querem apenas utilitários, sem pinga <strong>de</strong> emoção ou<br />
beleza no <strong>de</strong>sign. As linhas fluidas do Mégane Sport tourer<br />
são <strong>de</strong> cortar a respiração, <strong>de</strong> uma beleza clássica e uma estética<br />
inabalável. Motivo, pois, para um conselho: a carrinha<br />
não é recomendável a corações fracos, susceptíveis <strong>de</strong> largar<br />
tudo em nome da paixão por umas hipnóticas quatro rodas.<br />
A bagageira mais ampla do segmento<br />
Logo à primeira vista <strong>de</strong>staca-se a sua dinâmica e agilida<strong>de</strong>.<br />
De imediato, e numa primeira avaliação diferenciadora<br />
do mo<strong>de</strong>lo anterior, o <strong>de</strong>staque visual vai inteirinho para o<br />
tejadilho mergulhante e as ópticas traseiras bem salientes<br />
e agressivas, incomuns para uma carrinha familiar, mas que<br />
comprovam na perfeição que o objectivo dos responsáveis<br />
franceses é agradar a um público bem mais abrangente. Nes-<br />
te caso, é curioso efectuar uma rápida comparação com os<br />
principais concorrentes e verificar as evi<strong>de</strong>ntes vantagens<br />
do Mégane. O volkswagen Golf variant sofre dos males <strong>de</strong><br />
usar a imagem do Golf v – a nova geração da carrinha alemã<br />
só será comercializada mais para o final do ano, pelo que é<br />
ainda uma incógnita. Já o volvo v50, mesmo com a palavra<br />
qualida<strong>de</strong> escrita em cada cm2 da chapa <strong>de</strong>ste veículo sueco,<br />
torna-se <strong>de</strong>masiado austero no seu <strong>de</strong>sign, o que contrapõe<br />
ao espírito jovial da wagon da renault.<br />
O novo <strong>de</strong>sign tem como consequência a diminuição do espaço<br />
interior, mais concretamente na bagageira. Em relação ao<br />
anterior mo<strong>de</strong>lo, esta per<strong>de</strong>u 30 litros, para os actuais 491 litros,<br />
ainda assim o volume mais generoso, quando comparado<br />
com os seus concorrentes directos. Como gran<strong>de</strong> virtu<strong>de</strong>,<br />
o baixo plano <strong>de</strong> carga facilita o acesso ao seu interior, fundamental<br />
quando é necessário carregar volumes mais pesados.<br />
Para quem necessitar <strong>de</strong> ainda mais espaço no interior do habitáculo,<br />
o rebatimento dos bancos traseiros, e inclusivamente<br />
do banco dianteiro do passageiro, possibilita aumentar a<br />
capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carga para valores na or<strong>de</strong>m dos 1600 litros.<br />
E como todos os pormenores não po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>scurados,<br />
foram instalados <strong>de</strong>baixo da mala dois espaços suplementares.<br />
Aqui fica um conselho: este é o espaço a<strong>de</strong>quado para<br />
arrumar o colete <strong>de</strong> segurança, em <strong>de</strong>trimento do inestético<br />
hábito <strong>de</strong> o colocar sob o banco do condutor. Com o Mégane<br />
todos os centímetros são aproveitados, garantindo zonas<br />
<strong>de</strong> arrumação para todos os gastos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o porta-luvas, às<br />
bolsas das portas e das costas dos bancos dianteiros, inclusivamente<br />
na consola central e nos alçapões que se encontram<br />
aos pés do condutor e do passageiro da frente. Entre tantas<br />
alternativas, são mais 25 litros à disposição.<br />
Um interior que se quer amplo<br />
As atenções viram-se agora para o habitáculo. Sem gran<strong>de</strong>s
novida<strong>de</strong>s para além da melhor qualida<strong>de</strong> dos materiais, o<br />
banco do condutor tem várias regulações possíveis, <strong>de</strong> acordo<br />
com as preferências <strong>de</strong> cada um. O volante é igualmente<br />
regulável, para além <strong>de</strong> ergonómico. Já quanto ao painel <strong>de</strong><br />
equipamentos, sem ser a última maravilha que a renault tem<br />
para mostrar, está longe <strong>de</strong> uma qualquer consola draconiana,<br />
que apenas inclui o essencial, sem margem para a pose<br />
artística. As duas secções na parte inferior da consola são <strong>de</strong><br />
fácil manuseamento. Cheio <strong>de</strong> pequenos truques e engenhocas,<br />
o Mégane permite que o travão <strong>de</strong> parqueamento assistido<br />
seja activado electricamente quando o motor é <strong>de</strong>sligado<br />
e <strong>de</strong>sactivado com o arranque do veículo apenas por força <strong>de</strong><br />
uma pequena pressão no pedal do acelerador. A nova menina<br />
dos olhos franceses possui ainda um cartão <strong>de</strong> abertura<br />
mãos-livres, que funciona como chave para acen<strong>de</strong>r os faróis<br />
à distância. É constituído ainda um dispositivo que tranca automaticamente<br />
as portas quando o condutor se afasta uma<br />
certa distância do veículo.<br />
Quanto aos restantes ocupantes, nada têm que recear; a<br />
liberda<strong>de</strong> para as pernas não sofreu quaisquer alterações<br />
em relação ao anterior mo<strong>de</strong>lo, que é como quem diz, vão<br />
sentir-se à “gran<strong>de</strong> e à francesa”. Apenas a altura traseira se<br />
ressentiu, fruto do já salientado tejadilho em curva <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte<br />
à retaguarda, um handicap no acesso à segunda fila,<br />
mesmo que esta opção beneficie a imagem mais <strong>de</strong>sposrtiva<br />
da wagon.<br />
Mas o tablier também apresenta alguns <strong>de</strong>feitos que importa<br />
referir. Des<strong>de</strong> logo, <strong>de</strong>staca-se pela polémica, pois ao mostrador<br />
analógico <strong>de</strong> contra-rotações junta-se um painel digital<br />
para o manómetro central – que tem como objectivo melhorar<br />
a leitura e controlo visual da velocida<strong>de</strong>. É provável que este<br />
ponto referente à mistura do digital com o analógico levante<br />
alguns anti-corpos e críticas por parte dos mais puristas e <strong>de</strong><br />
quem <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> acirradamente que “cada macaco no seu galho”.<br />
Outra falha apontada pren<strong>de</strong>-se com a luz do mostrador<br />
central que, quando ligada à noite, quase ofusca. É necessário<br />
utilizar o reóstato para a regular, pormenor pouco digno<br />
quando se fala numa das melhores wagon do mercado.<br />
Viajar à vonta<strong>de</strong> num labirinto <strong>de</strong> estradas<br />
O sistema <strong>de</strong> som é outra pequena maravilha a reter. O radioSat<br />
Classic possui uma potência<strong>de</strong> 80W, e integra quatro<br />
altifalantes, um conector rCA e um leitor <strong>de</strong> CD – compatível<br />
com MP3. Se a preferência passar pelo topo <strong>de</strong> gama, então a<br />
proposta da renault vai para o 3D Sound by Arkamys. É ainda<br />
possível ouvir as músicas armazenadas num leitor portátil ou<br />
telemóvel. Basta efectuar a ligação USB ou bluetooth a dispositivos<br />
externos instalados na consola central.<br />
indispensável nos dias <strong>de</strong> hoje, em que tempo é dinheiro e já<br />
ninguém dispensa um sistema <strong>de</strong> navegação capaz <strong>de</strong> evitar<br />
Características técnicas<br />
Motor<br />
tipo: 4 cilindros em<br />
linha Diesel, transversal,<br />
dianteiro<br />
Cilindrada (cc): 1461<br />
Diâmetro x curso (mm):<br />
76,0x80,5<br />
taxa <strong>de</strong> compressão:<br />
15,2:1<br />
Potência máxima<br />
(cv/rpm): 110/4000<br />
Binário máximo (Nm/rpm):<br />
240/1750<br />
Distribuição: 1 v.e.c. 16<br />
válvulas<br />
Alimentação: injecção<br />
directa common-rail<br />
Sobrealimentação: turbo +<br />
intercooler<br />
direCÇÃo<br />
tipo: Pinhão e cremalheira<br />
Assistida: Sim<br />
Diâmetro <strong>de</strong> viragem (m):<br />
11,0<br />
traVÕeS<br />
Dianteiros (mm): Discos<br />
ventilados (280)<br />
traseiros (mm): Discos<br />
maciços (260)<br />
ABS: Sim<br />
traNSMiSSÃo<br />
tracção: Dianteira<br />
Caixa <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>s:<br />
manual <strong>de</strong> 6+ma<br />
SUSPeNSÕeS<br />
Dianteira: McPherson<br />
traseira: eixo semi-rígido<br />
Barra estabilizadora<br />
frente/trás: sim/não<br />
diMeNSÕeS, PeSo e<br />
CaPaCida<strong>de</strong>S<br />
Comprimento/<br />
Largura/Altura (mm):<br />
4559/1804/1468<br />
Distância entre eixos<br />
(mm): 2701 mm<br />
vias frente/trás (mm):<br />
1468/1501<br />
Capacida<strong>de</strong> do <strong>de</strong>pósito<br />
(l): 60<br />
Capacida<strong>de</strong> da bagageira<br />
(l): 491<br />
Peso (kg): 1320<br />
relação peso/potência<br />
(kg/cv): 12,0<br />
Jantes <strong>de</strong> série – pneus<br />
<strong>de</strong> série: 7 1/2Jx17´´ –<br />
205/50r17<br />
PreStaÇÕeS<br />
velocida<strong>de</strong> máxima<br />
(km/h): 190<br />
Aceleração 0 – 100 km/h<br />
(s): 10,8<br />
Consumos (l/100 km)<br />
Extra-urbano/Combinado/<br />
Urbano: 4,2/4,8/5,8<br />
Emissões <strong>de</strong> CO2 (g/km):<br />
126<br />
eNSaio 43
eNSaio 44<br />
Custos <strong>de</strong> exploração<br />
que o mais distraído se perca em labirínticas estradas e ruas,<br />
a renault propõe como extra o Carminat tomtom, opcional<br />
que tem um valor um pouco inferior a 500 €, perfeitamente<br />
acessível, se comparado com a generalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes equipamentos.<br />
As informações <strong>de</strong>ste po<strong>de</strong>rão ser actualizadas<br />
através da internet, bastando para tal recarregar o seu cartão<br />
<strong>de</strong> memória SD. O condutor terá acesso a tudo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
mapas bastante <strong>de</strong>talhados, informações <strong>de</strong> trânsito, limites<br />
<strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>, pontos turísticos para quem vai em viagem <strong>de</strong><br />
férias, tudo <strong>de</strong> fácil acesso e execução. E não diga a ninguém,<br />
mas esta tecnologia transmite inclusivamente um alerta <strong>de</strong><br />
radar nas imediações. tudo isto num ecrã <strong>de</strong> 5,8 polegadas.<br />
Para quem as engenhocas contam, e muito, na escolha <strong>de</strong><br />
um automóvel, terão igualmente à disposição o Carminat<br />
Bluetooth DvD, um topo <strong>de</strong> gama entre os sistemas <strong>de</strong> navegação.<br />
Entre as principais características po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>stacar o<br />
comando central, o mapa cartográfico da Europa, ligação ao<br />
telemóvel através do bluetooth e reconhecimento vocal para<br />
as funções <strong>de</strong> navegação.<br />
Novas motorizações a somar ao popular 1.5<br />
Quanto aos motores, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo se <strong>de</strong>staca a manutenção<br />
do silencioso bloco <strong>de</strong> base 1.5 dCi, disponível para a potência<br />
<strong>de</strong> 90 e 110 cv e com um consumo médio anunciado <strong>de</strong><br />
4,8l/100km – isto ao nível dos turbodiesel, com as emissões<br />
<strong>de</strong> CO2 a atingir os 126g/km. Estes são os números oficiais,<br />
que <strong>de</strong>pois na prática os valores aumentam, <strong>de</strong> acordo com<br />
condução e as condições em que esta se efectua. A fiabilida<strong>de</strong><br />
e rentabilida<strong>de</strong> do 1.5 dCi fizeram <strong>de</strong>ste um dos principais<br />
motivos para o sucesso do anterior mo<strong>de</strong>lo. No mais, e sem<br />
estar fadado para gran<strong>de</strong>s velocida<strong>de</strong>s, a verda<strong>de</strong> é que a<br />
qualida<strong>de</strong> do chassis e o equilíbrio entre conforto e eficácia<br />
em curva permitem viagens excitantes, com o pedal do acelerador<br />
a po<strong>de</strong>r ser utilizado até ao seu limite. Mas atenção<br />
com os excessos! Para evitar entusiasmos <strong>de</strong>smesurados, ao<br />
volante <strong>de</strong>ste ondulante Mégane, o ESP permanente actua<br />
sempre que necessário, o que dá pouca margem <strong>de</strong> manobra<br />
PVP Locação Manutenção Seguro Imposto Renda Mensal<br />
& Pneus Circulação<br />
12 meses/30,000 Km 27375,99 796,21 30,36 91,73 29,23 963,06<br />
24 meses/60,000 Km 27375,99 525,26 85,45 91,73 22,24 741,39<br />
36 meses/90,000 Km 27375,99 432,64 107,53 91,73 20,07 669,04<br />
48 meses/120,000 Km 27375,99 393,86 105,27 91,73 19,11 627,20<br />
4pneus por cada 40,000Km *todos os valores têm ivA incluído<br />
ao condutor. A ajudar a todo este cenário <strong>de</strong> requinte, a suspensão<br />
e a direcção são extremamente dinâmicas. Um must<br />
<strong>de</strong> suavida<strong>de</strong> e conforto, como se a estrada não passasse <strong>de</strong><br />
um aglomerado <strong>de</strong> fofas nuvens ou, em alternativa, um tapete<br />
persa bem liso.<br />
Mas também há que apontar algumas críticas. A mais evi<strong>de</strong>nte,<br />
e para tal basta olhar atentamente para a traseira do<br />
Mégane, pren<strong>de</strong>-se com a visibilida<strong>de</strong> e dimensão reduzida<br />
do óculo. Motivo para levar em alta consi<strong>de</strong>ração a adopção<br />
<strong>de</strong> sensores <strong>de</strong> estacionamento (que é um opcional) que<br />
facilitem esta manobra. Quanto ao registo em estrada, o<br />
1.5 dCi nem sequer é particularmente rápido a <strong>de</strong>senvolver<br />
o seu motor e atingir os 100km/h, quando comparado com<br />
os seus adversários mais directos; mas a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
travagem compensa qualquer pequena <strong>de</strong>cepção quanto ao<br />
ligeiríssimo défice <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>.<br />
Sumário <strong>de</strong> uma carrinha familiar<br />
Para quem soma todas as contas e analisa ao pormenor os<br />
gastos com o seu <strong>carro</strong>, importa frisar a baixa carga fical que<br />
acompanha o Mégane Sport tourer. Garantia <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong><br />
comercial, os consumos reduzidos e as excelentes<br />
prestações são as gran<strong>de</strong>s armas que os franceses oferecem<br />
quando o dinheiro fala mais alto.<br />
As boas notícias não se restringem à beleza visual ou à performance<br />
da máquina em plena estrada. tal como vendo<br />
sendo a regra, as questões referentes à segurança activa<br />
e passiva são fundamentais para o sucesso <strong>de</strong> vendas, em<br />
particular quando o segmento <strong>de</strong> mercado preferencial é o<br />
familiar. Neste caso, não há que recear, pois a nova coqueluche<br />
francesa adoptou todas as resoluções e <strong>de</strong>senvolveu os<br />
aspectos técnicos que permitem a esta wagon a obtenção da<br />
nota máxima nos testes EuroNCAP. Por 23.375,99 €, a versão<br />
Dynamique S do Mégane Sport tourer promote dar que falar<br />
em Portugal, e não apenas entre as famílias. As suas características<br />
e <strong>de</strong>sign são perfeitas para que muitos se apaixonem<br />
pela aposta da renault.
eNSaio 46<br />
Pusemos à prova o primeiro 4x4 do mercado com a tecnologia stop/start. tal sistema<br />
inteligente faz <strong>de</strong>ste o Land rover mais ecológico até à data.
o bom gigante<br />
land rover Freelan<strong>de</strong>r td4_e Stop/Start 2.2<br />
MY10 160cv 5p<br />
eNSaio 47
eNSaio 48<br />
Características técnicas<br />
Motor<br />
Cilindrada: 2.179 cc<br />
Diâmetro X curso: 85 mm<br />
X 96 mm – 4 cilindros em<br />
linha<br />
relação <strong>de</strong> compressão:<br />
16,5:1<br />
Potência máxima: 118kW<br />
(160cv) /4000rpm<br />
Binário máximo:<br />
400Nm/2000rpm<br />
Sistema <strong>de</strong> injecção<br />
commom rail 3<br />
Caixa manual <strong>de</strong> seis<br />
velocida<strong>de</strong>s<br />
direCÇÃo<br />
tipo: Assistida <strong>de</strong> pinhão<br />
e cremalheira<br />
volante: 2,6 ajuste em<br />
altura <strong>de</strong> série<br />
Diâmetro <strong>de</strong> viragem:<br />
11,3 m<br />
JaNteS e PNeUS<br />
Em liga leve <strong>de</strong> 16’’ com 5<br />
raios duplos – 215/75 At<br />
traVÕeS<br />
Dianteiros: discos<br />
ventilados (300 mm)<br />
traseiros: discos sólidos<br />
(302 mm)<br />
PeSoS<br />
tara: <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1775 kg<br />
Peso bruto: 2505 kg<br />
Peso máximo rebocável –<br />
com travões: 2000 kg<br />
Peso máximo rebocável –<br />
sem travões: 750 kg<br />
Capacida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong><br />
carga (incluindo Condutor<br />
75 kg) = 550 kg<br />
PreStaÇÕeS e<br />
CoNSUMoS<br />
VeloCida<strong>de</strong> MáXiMa:<br />
181KM/H<br />
Aceleração: 11,7seg dos<br />
0-100km/h<br />
Consumo urbano:<br />
8,5l/100km<br />
Consumo extra-urbano:<br />
5,7l/100km<br />
Consumo combinado:<br />
6,7l/100km<br />
Emissões CO2: 179g/km<br />
Capacida<strong>de</strong> útil do<br />
<strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> combustível:<br />
68 litros<br />
ruído <strong>de</strong> rolamento: 73dB<br />
diMeNSÕeS<br />
Altura ao solo: até 210<br />
mm<br />
Espaço máximo <strong>de</strong> carga<br />
– bancos rebatidos: 1670<br />
litros<br />
Espaço máximo <strong>de</strong> carga<br />
– bancos na posição<br />
normal: 405 litros<br />
Largura: 2005 mm com<br />
espelhos recolhidos<br />
Altura: 1740 mm<br />
Distância entre eixos:<br />
2660 mm<br />
Comprimento: 4500 mm<br />
Os jipes nunca foram propriamente conhecidos pela eficiência<br />
do seu consumo, ao nível dos combustíveis, taxas e<br />
portagens. Contudo, a segunda geração Freelan<strong>de</strong>r, apesar<br />
<strong>de</strong> (ainda, infelizmente) presa ao pagamento <strong>de</strong> portagens<br />
<strong>de</strong> um classe 2, abre caminho a uma atitu<strong>de</strong> responsável<br />
para este tipo <strong>de</strong> viaturas. O investimento superior a 800<br />
milhões <strong>de</strong> euros em tecnologias sustentáveis por parte da<br />
Jaguar e Land rover não <strong>de</strong>ixam margem para dúvidas sobre<br />
a opção “ver<strong>de</strong>” <strong>de</strong>ste fabricante, começando no novo Freelan<strong>de</strong>r<br />
o combate às emissões <strong>de</strong> CO2. O tD4_e representa<br />
a primeira aposta na inclusão <strong>de</strong> elementos do programa <strong>de</strong><br />
engenharia sustentável “e_tErrAiN tECHNOLOGiES” da<br />
Land rover. Deste, é parte <strong>de</strong>cisiva a introdução do stop/<br />
start <strong>de</strong> origem, sem aumento <strong>de</strong> custo associado, em todos<br />
os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> caixa manual a diesel, contribuindo para<br />
uma economia geral até 20% e uma redução 15g/km nas<br />
emissões - ou seja <strong>de</strong> 8%, permitindo-lhe atingir os 179g/<br />
km, sem afectar o <strong>de</strong>sempenho.<br />
Potente e eficiente<br />
Apesar <strong>de</strong> simples, este sistema <strong>de</strong> paragem e arranque é<br />
mais “inteligente” do que à primeira vista possa parecer.<br />
Utiliza sensores que <strong>de</strong>sligam o motor quando paramos o<br />
<strong>carro</strong> e o colocamos em ponto morto, arrancando novamente<br />
sempre que pisemos a embraiagem, prontos para iniciar a<br />
marcha. É verda<strong>de</strong> que é necessário à maioria dos condutores<br />
adaptarem o seu estilo <strong>de</strong> condução para po<strong>de</strong>rem tirar<br />
partido <strong>de</strong>sta tecnologia, pois é fundamental disciplinarmonos<br />
para usar o ponto morto com regularida<strong>de</strong> – principalmente<br />
tendo em conta o intrincado trânsito citadino. No entanto,<br />
este esforço compensa na factura final a quem per<strong>de</strong><br />
muito tempo no “pára-arranca”. O uso do stop/start é apenas<br />
anulado em situações excepcionais (com o intuito <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>ixar o motor funcionar até estar disponível mais potência<br />
na bateria): se a bateria se encontrar com pouca carga, se<br />
o controlador climático estiver em esforço, caso a temperatura<br />
<strong>de</strong>sça dos quatro graus ou suba mais do que os 25, ou<br />
se a viatura operar num dos modos <strong>de</strong> “terreno especial”,<br />
fazendo uso da tracção.<br />
Esta versão ecológica do Freelan<strong>de</strong>r conta ainda com uma<br />
luz indicadora <strong>de</strong> mudança <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> (aconselhando<br />
a engrenar uma mudança superior), um novo software <strong>de</strong><br />
transmissão e pneus <strong>de</strong> baixa resistência ao rolamento, factores<br />
<strong>de</strong>cisivos para atingir os impressionantes 6,7l/100 km<br />
<strong>de</strong> consumo combinado – uma redução <strong>de</strong> 0,7 litros em cada<br />
100km em relação à primeira versão.<br />
Mas que não restem dúvidas sobre a excelente resposta que<br />
oferece o motor 2.2 e os 160 cv <strong>de</strong>ste compacto <strong>de</strong> luxo. Disponível<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> meados <strong>de</strong>ste ano, o Freelan<strong>de</strong>r parece não<br />
<strong>de</strong>sconhecer qualquer tipo <strong>de</strong> terreno e não <strong>de</strong>silu<strong>de</strong> nem
um pouco quem aprecie a precisão e potência do mo<strong>de</strong>lo<br />
original. Portanto, esta tentativa <strong>de</strong> cortar nas emissões resulta<br />
num redundante sucesso que nos faz esperar ansiosamente<br />
pela próxima tecnologia <strong>de</strong> ponta a levar a cabo pelo<br />
construtor <strong>de</strong> Solihull, inglaterra. Atrevemo-nos a afirmar<br />
que a partir <strong>de</strong> agora, graças ao novo Freelan<strong>de</strong>r, o futuro se<br />
tornou mais risonho para os SUv.<br />
Preparado para tudo<br />
No interior o espaço é amplo, a qualida<strong>de</strong> é elevada, o equipamento<br />
convincente e o posto <strong>de</strong> condução absolutamente<br />
<strong>de</strong>licioso. Este último é, <strong>de</strong> resto, uma das principais maisvalias<br />
do habitáculo, permitindo uma visibilida<strong>de</strong> ampla e<br />
uma maior sensação <strong>de</strong> controlo da viatura. O capítulo da<br />
segurança merece também particular ênfase, sobretudo em<br />
virtu<strong>de</strong> dos travões ABS, Controlo Electrónico <strong>de</strong> tracção e<br />
do sistema inteligente 4x4. Qualquer um <strong>de</strong>stes ingredientes<br />
são <strong>de</strong>cisivos para o condutor evitar situações <strong>de</strong> perigo.<br />
Perante a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> equipamento <strong>de</strong> protecção à<br />
disposição não restam dúvidas que estamos perante um<br />
verda<strong>de</strong>iro Land rover. Alguns dos mais sofisticados sistemas<br />
<strong>de</strong> segurança e tecnologia do mercado, comprovados<br />
pelos exigentes testes do Euro NCAP em 2007, fizeram do<br />
novo Freelan<strong>de</strong>r o primeiro veículo do seu segmento a obter<br />
a classificação máxima. Estes equipamentos incluem ainda<br />
7 airbags, o novo sistema <strong>de</strong> Controlo <strong>de</strong> Estabilida<strong>de</strong> da<br />
inclinação, Distribuição Electrónica da Força <strong>de</strong> travagem,<br />
travagem Assistida <strong>de</strong> Emergência, Controlo <strong>de</strong> travagem<br />
em Curva e o Controlo <strong>de</strong> Estabilida<strong>de</strong> Dinâmica (que auxilia<br />
o condutor a manter o controlo do veículo em situações<br />
<strong>de</strong> perda <strong>de</strong> tracção). O sistema terrain response, que tivemos<br />
a felicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> experimentar, encontra-se ao alcance<br />
<strong>de</strong> um pequeno comando e permite, sem esforço, alterar o<br />
tipo <strong>de</strong> condução (condução geral; relva/gelo/neve; lama<br />
e trilhos; areia) maximizando as capacida<strong>de</strong>s absolutas da<br />
viatura. Mas não convém esquecer que na base da magní-<br />
fica combinação <strong>de</strong> eficiência e <strong>de</strong>sempenho está também<br />
a introdução <strong>de</strong> tecnologias inteligentes menos visíveis<br />
como o módulo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> da tensão eléctrica, sistema<br />
<strong>de</strong> monitorização da bateria, sensor <strong>de</strong> vácuo do sistema <strong>de</strong><br />
travagem e o sistema <strong>de</strong> ar condicionado automático maximizado.<br />
A adição <strong>de</strong> um motor <strong>de</strong> arranque maximizado,<br />
nova roda <strong>de</strong> coroa, volante <strong>de</strong> massa dupla e a bateria AGM<br />
(electrólito absorvido) são ainda aspectos que contribuem<br />
para uma durabilida<strong>de</strong> sem compromisso <strong>de</strong>sta novida<strong>de</strong>.<br />
De série tirámos partido <strong>de</strong> uma caixa manual <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> 6 relações, faróis <strong>de</strong> halogéneo, espelhos exteriores<br />
com ajuste eléctrico, computador <strong>de</strong> bordo com centro <strong>de</strong><br />
mensagens, a tomada auxiliar áudio para dispositivos MP3,<br />
entre outros. À parte disso, o excelente sistema <strong>de</strong> ar condicionado,<br />
os revestimentos e qualida<strong>de</strong> dos bancos dian-<br />
eNSaio 49
eNSaio 50<br />
Custos <strong>de</strong> exploração<br />
PVP Locação Manutenção Seguro Imposto Renda Mensal<br />
& Pneus Circulação<br />
12 meses/30,000 Km 44260,81 1930,98 57,60 113,06 40,89 2156,12<br />
24 meses/60,000 Km 44260,81 1169,83 125,07 113,06 31,14 1454,32<br />
36 meses/90,000 Km 44260,81 912,3 161,07 113,06 28,09 1230,25<br />
48 meses/120,000 Km 44260,81 793,49 168,55 113,06 26,73 1117,79<br />
4pneus por cada 40,000Km *todos os valores têm ivA incluído<br />
teiros e traseiros não <strong>de</strong>ixam margem para gran<strong>de</strong>s dúvidas<br />
que nos encontramos perante uma viatura <strong>de</strong> luxo.<br />
No entanto, apesar da excelente capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carga, até<br />
1670 litros (possível com o rebatimento dos bancos) o único<br />
ponto negativo que <strong>de</strong>mos conta é o espaço e praticabilida<strong>de</strong><br />
dos ocupantes do veículo que são, por vezes, relegados<br />
para segundo plano. Além disso, foi com muita pena nossa<br />
que só pu<strong>de</strong>mos apreciar um pack <strong>de</strong> extras mais reduzido,<br />
ainda assim com um volante em pele com controlos do excelente<br />
sistema <strong>de</strong> som e cruise control incluídos e um rádio<br />
com caixa <strong>de</strong> 6 CD e 6 altifalantes. Alguns dos opcionais disponíveis<br />
na versão “_e” incluem navegação por satélite com<br />
DvD, filtro <strong>de</strong> partículas diesel, sensores <strong>de</strong> estacionamento<br />
dianteiros e traseiros, tecto <strong>de</strong> abrir, vidros fumados e pintura<br />
metalizada.<br />
Irresistível fora da estrada<br />
O mo<strong>de</strong>lo que tivemos o prazer <strong>de</strong> conduzir foi um vistoso<br />
branco “alaska”. Deparámo-nos com a quase improvável<br />
mistura do requinte <strong>de</strong> uma berlina que “acumula funções”<br />
com um 4x4 <strong>de</strong> topo. Na cida<strong>de</strong> pu<strong>de</strong>mos constatar que é<br />
ágil, dinâmico e confortável. A resposta é excepcional, fican-<br />
do a sensação que há mais cavalagem para puxar sempre<br />
que for necessário. A maleabilida<strong>de</strong> da viatura sofre um<br />
pouco em curva, <strong>de</strong> resto como todos os veículos com estas<br />
características – o mesmo acontece, por exemplo, com o seu<br />
principal rival o Honda Cr-v i-CtDi. Mas nada impeditivo <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sfrutar da condução com um refinamento enorme e que<br />
transmite a confiança necessária para arriscar, com segurança,<br />
em qualquer tipo <strong>de</strong> piso e condições climatéricas.<br />
O facto é que o atraente e inspirado <strong>de</strong>sign frontal <strong>de</strong>ste<br />
revolucionário e avançado Land rover, aliado a um interior<br />
que é o <strong>de</strong> um verda<strong>de</strong>iro habitáculo premium e o seu alto<br />
nível <strong>de</strong> conforto não comprometem a sua principal qualida<strong>de</strong>,<br />
a tracção em terra batida. Bem mais convincente offroad,<br />
este robusto Freelan<strong>de</strong>r 2, mesmo assim, <strong>de</strong>marca-se<br />
da concorrência sobretudo <strong>de</strong>vido ao sistema “eco” que lhe<br />
permite baixar os consumos sem beliscar as performances,<br />
num futuro que parece muito mais “ver<strong>de</strong>” para este famoso<br />
fabricante. Se para muitos esta gama é uma espécie <strong>de</strong> parente<br />
pobre da Land rover, e que vive à sombra dos irmãos<br />
range rover e Discovery, a verda<strong>de</strong> é que o Freelan<strong>de</strong>r e o<br />
seu recente selo ecológico po<strong>de</strong>m ajudar a puxar a marca<br />
britânica <strong>de</strong>sta recessão.<br />
De referir que o Freelan<strong>de</strong>r é o primeiro SUv a conseguir a<br />
certificação completa <strong>de</strong> veículos em Fim <strong>de</strong> vida, relativa<br />
à homologação <strong>de</strong> veículos a motor, no que diz respeito à<br />
sua potencial reutilização. Ou seja, 85% dos componentes<br />
serão reutilizados ou reciclados, com mais 10% em massa<br />
reutilizável e/ou reciclável.<br />
Na hora <strong>de</strong> comprar, em caso <strong>de</strong> dúvida, recomendamos a<br />
escolha <strong>de</strong> uma versão a diesel, tal como a que testámos.<br />
Além <strong>de</strong> mais económica face à versão a gasolina, as emissões<br />
reduzidas fazem todo o sentido quando nos referimos<br />
a um <strong>carro</strong> <strong>de</strong> empresa e, no final, os preços são também<br />
mais em conta. in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente disso, enten<strong>de</strong>mos<br />
que, apesar <strong>de</strong> caro, este Freelan<strong>de</strong>r vale o peso do seu investimento.
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Com uma frota <strong>de</strong> 400 veículos, totalmente alocados à LeasePlan,<br />
a Siemens apenas em alguns casos prolongou os seus serviços<br />
<strong>de</strong> renting. Ciente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006/2007 da <strong>crise</strong> económica que<br />
ainda se faz sentir, o gigante alemão assume actualmente uma<br />
política ambiental e lança-se no objectivo <strong>de</strong> reduzir a curto prazo<br />
as emissões <strong>de</strong> CO2 das suas frotas.<br />
Como é composta a frota da Siemens? É toda ela alugada<br />
à leasePlan?<br />
De facto, neste momento toda a frota automóvel da<br />
Siemens Portugal – cerca <strong>de</strong> 400 viaturas - está ligada à<br />
LeasePlan, que é um fornecedor preferencial da empresa.<br />
o que leva a Siemens a ter a sua frota alocada à<br />
leasePlan? optaram prolongar os contratos <strong>de</strong> renting?<br />
Como fornecedor preferencial da Siemens, a LeasePlan<br />
ofereceu um conjunto <strong>de</strong> condições que foram ao<br />
encontro das nossas expectativas. Procuramos sempre<br />
que possível estabelecer parcerias sustentadas e <strong>de</strong><br />
eNtreViSta 53
eNtreViSta 54<br />
longa duração, como é o caso. Quanto à questão<br />
do prolongamento do renting, apenas o fizemos em<br />
alguns casos pontuais.<br />
Que condições vos são apresentadas pela leasePlan<br />
quanto ao estado dos veículos? Na Siemens também<br />
são exigentes com os vossos condutores?<br />
Neste âmbito, as exigências da LeasePlan não<br />
diferem das normalmente praticadas no mercado.<br />
Da nossa parte, temos o cuidado <strong>de</strong> sensibilizar os<br />
nossos colaboradores para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuidar<br />
o melhor possível das viaturas a seu cargo e <strong>de</strong> ter<br />
uma condução responsável. É importante mencionar<br />
que o índice <strong>de</strong> sinistralida<strong>de</strong> da Siemens está abaixo<br />
da média do mercado, o que revela que os nossos<br />
esforços têm sido bem acolhidos pelos condutores/<br />
colaboradores.<br />
os utilizadores passam um tempo crescente no<br />
interior dos veículos <strong>de</strong> serviço. Contudo, também<br />
lhes é exigido cada vez mais melhor <strong>de</strong>sempenho e<br />
produtivida<strong>de</strong>. Não será contraproducente?<br />
A viatura <strong>de</strong> serviço é um instrumento <strong>de</strong> trabalho,<br />
logo <strong>de</strong> promoção da competitivida<strong>de</strong> do colaborador<br />
e da empresa. E é importante não esquecer que com as<br />
novas tecnologias o trabalho move-se connosco. Como<br />
tal, parece-me que o tempo que se passa nos veículos<br />
não é um obstáculo à produtivida<strong>de</strong>.<br />
a <strong>crise</strong> económica teve como resultado uma<br />
diminuição das trocas comerciais, também com<br />
consequências ao nível da tecnologia e dos sistemas<br />
<strong>de</strong> informação. este factor implicou um menor<br />
investimento na frota da Siemens?<br />
A Siemens começou a preparar-se para a <strong>crise</strong> em<br />
2006/2007, reestruturando-se em apenas três<br />
sectores – Industry, Healthcare e Energy. Esta<br />
antevisão permitiu-nos reagir <strong>de</strong> uma forma saudável<br />
ao actual cenário económico e financeiro. Por isso,<br />
ao longo <strong>de</strong>ste ano temos mantido o ritmo normal <strong>de</strong><br />
contratação <strong>de</strong> viaturas para a nossa frota.<br />
Uma das questões que o gestor <strong>de</strong> frotas tem <strong>de</strong> estar<br />
alerta é a protecção contra oficinas – mesmo as que<br />
trabalham com as locadoras – que possam cobrar<br />
em <strong>de</strong>masia pelos seus serviços. Consi<strong>de</strong>ra que<br />
esta situação po<strong>de</strong> conduzir muitos responsáveis a<br />
<strong>de</strong>sistirem <strong>de</strong>ste serviço incluso nos contratos <strong>de</strong> aoV?<br />
Como em todas as negociações comerciais,<br />
esperamos que os serviços contratados não só<br />
correspondam à proposta <strong>de</strong> valor intrínseca,<br />
como as suas condições não sofram alterações<br />
inesperadas. A inflação dos valores é naturalmente<br />
um problema para o qual qualquer gestor tem <strong>de</strong><br />
estar atento. No caso concreto da frota, o que a<br />
Siemens espera do seu fornecedor é justamente<br />
um serviço chave-na-mão cujo valor cobrado seja<br />
mais competitivo do que se este fosse <strong>de</strong>sintegrado,<br />
permitindo ainda uma racionalização/optimização<br />
dos seus recursos.<br />
Quando estas vantagens não mais existirem, então o<br />
AOv po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fazer sentido, pelo menos nos<br />
mol<strong>de</strong>s em que hoje existe.<br />
Na maioria das situações em que se optou por viaturas<br />
híbridas, os diagnósticos <strong>de</strong> consumo avançados<br />
pelas marcas foram totalmente contrariados. Qual é a<br />
sua percepção sobre os híbridos? estará o problema<br />
apenas na condução? Há espaço para melhoria da sua<br />
tecnologia ou serão apenas mo<strong>de</strong>los transitórios para<br />
o eléctrico ou outras opções mais sustentáveis?<br />
A questão da mobilida<strong>de</strong> tem sido um dos temas<br />
dominantes em quase todas as discussões e<br />
propostas para o <strong>de</strong>senvolvimento urbano à escala<br />
local e global. No caso da indústria automóvel, é<br />
notória a preocupação da maioria dos construtores<br />
em lançar propostas ambientalmente mais eficientes.<br />
O recente Salão <strong>Auto</strong>móvel <strong>de</strong> Frankfurt <strong>de</strong>monstrou<br />
exactamente esta tendência, com todas as marcas
a apresentarem mo<strong>de</strong>los para comercialização ou<br />
concepts com motorizações eléctricas ou híbridas.<br />
Neste contexto, convém realçar que a Siemens tem<br />
como objectivo a curto prazo, e à escala global,<br />
limitar os valores <strong>de</strong> emissões <strong>de</strong> CO2 da sua frota.<br />
Orgulhamo-nos <strong>de</strong> ser uma empresa profundamente<br />
envolvida na <strong>de</strong>fesa e promoção <strong>de</strong> boas práticas<br />
ambientais. Este envolvimento revela-se com<br />
particular evidência no nosso Portefólio Ambiental.<br />
Este conceito inclui produtos e soluções integradas<br />
que contribuem para a eficiência ambiental e<br />
financeira das instituições, abrangendo praticamente<br />
todas as áreas da produção, transporte e consumo<br />
<strong>de</strong> energia, assim como tecnologias ambientais para<br />
a purificação da água, controlo da poluição do ar e<br />
poupança <strong>de</strong> energia em ambientes hospitalares.<br />
Um estudo feito no reino Unido mostra que, se<br />
forem opções “amigas do ambiente”, os <strong>carro</strong>s<br />
frota reduzem 29% da sua pegada ecológica, que<br />
correspon<strong>de</strong> aos valores das emissões <strong>de</strong> Co2. Se<br />
assim é, porque será que há tantos gestores <strong>de</strong><br />
frotas pouco receptivos a esta opção da máxima<br />
importância?<br />
Conforme já disse anteriormente, a redução <strong>de</strong><br />
emissões <strong>de</strong> CO2 para a atmosfera é um tema para o<br />
qual a Siemens está sensível. Para dar um exemplo, no<br />
ano passado as nossas soluções ajudaram os clientes<br />
a reduzir as emissões <strong>de</strong> CO2 em 148 milhões <strong>de</strong><br />
toneladas – um valor 30 vezes superior às emissões <strong>de</strong><br />
CO2 emitidas pela Siemens, que são <strong>de</strong> 5,1 milhões <strong>de</strong><br />
toneladas.<br />
Na minha opinião, a partir do momento em que a<br />
alteração do quadro fiscal (redução na carga fiscal<br />
das empresas, logo, menos custos) seja totalmente<br />
absorvida pela comunida<strong>de</strong> empresarial, acredito que a<br />
adopção <strong>de</strong> práticas ambientalmente correctas passe a<br />
ser a regra e não a excepção.<br />
eNtreViSta 55
operação policial<br />
Contra<br />
o álcool da noite<br />
As saídas nocturnas dão azo a excessos, e nem todos são pueris. Acompanhar a PSP na<br />
fiscalização aos condutores, mesmo numa noite <strong>de</strong> Agosto em Lisboa, é fundamental para<br />
conhecer o comportamento <strong>de</strong> quem <strong>de</strong>ve ser responsável para consigo e os outros.
O local é escolhido em cima da hora,<br />
ainda nas instalações da Divisão <strong>de</strong><br />
trânsito, na Alta <strong>de</strong> Lisboa. São quase<br />
3h00 <strong>de</strong> uma madrugada amena e todos<br />
os agentes <strong>de</strong>stacados para esta<br />
operação parecem estar tranquilos, jucosos<br />
até. Ninguém sabe on<strong>de</strong> <strong>de</strong>correrá<br />
a operação. Os oficiais <strong>de</strong> serviço<br />
<strong>de</strong>batem rapidamente os prós e contras<br />
das várias alternativas. A <strong>de</strong>cisão é<br />
breve. Ainda antes das 3h30 <strong>de</strong> quinta<br />
para sexta-feira já os agentes da Divisão<br />
<strong>de</strong> trânsito da Polícia <strong>de</strong> Segurança<br />
Pública (PSP) estão a postos para<br />
mais uma rotineira operação <strong>de</strong> combate<br />
às ilegalida<strong>de</strong>s no tráfego urbano<br />
–vulgarmente conhecida por Operação<br />
Stop. Durante cerca <strong>de</strong> quatro horas,<br />
algumas centenas <strong>de</strong> condutores serão<br />
m<strong>anda</strong>dos parar. “Em todas estas operações<br />
temos o cuidado <strong>de</strong> verificar os<br />
aspectos <strong>de</strong> segurança passiva e activa<br />
do automóvel, com especial atenção<br />
ao cinto <strong>de</strong> segurança, utilização do<br />
telemóvel por parte do automobilista,<br />
colete conforme a lei, triângulo, pneu<br />
sobresselente, etc.”, explica o comissário<br />
João Pinheiro, responsável pela<br />
equipa <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 27 homens e mulheres<br />
que se instalam na rua da Cintura<br />
do Porto <strong>de</strong> Lisboa, mesmo em frente<br />
ao Museu do Oriente, em Alcântara<br />
(e também na Avenida <strong>de</strong> Ceuta). Mas<br />
confessa que “a maior preocupação<br />
vai para o <strong>de</strong>spiste <strong>de</strong> álcool. Ninguém<br />
que seja m<strong>anda</strong>do parar segue viagem<br />
sem soprar no balão”.<br />
Tudo a postos junto ao Museu do<br />
Oriente<br />
O trabalho ainda agora começou mas<br />
a noite já não é uma criança. Os pinos<br />
laranja encerram uma faixa <strong>de</strong> rodagem.<br />
três veículos da PSP mantêm-se<br />
ligados, com o dispositivo informático<br />
necessário para i<strong>de</strong>ntificar os condutores,<br />
verificar os seus cadastros, bem<br />
como assegurar a legalida<strong>de</strong> dos documentos<br />
que estes possuem. Mesmo<br />
em pleno Agosto, as saídas nocturnas<br />
induzem a excessos. E, quando o calor<br />
aperta, mais comuns se tornam os abusos<br />
por parte <strong>de</strong> quem <strong>de</strong>veria ser responsável.<br />
“A verda<strong>de</strong> é que as pessoas<br />
conduzem muito mal, são perigosas ao<br />
volante”, admite um agente, enquanto<br />
observa um automobilista a passar um<br />
sinal vermelho, na Avenida 24 <strong>de</strong> Julho,<br />
no sentido do Cais do Sodré, como se<br />
fosse perfeitamente natural. A distância<br />
para o infractor não permite uma<br />
actuação imediata da autorida<strong>de</strong>. Outro<br />
<strong>carro</strong> passa, no mesmo sentido; mo-<br />
SeGUraNÇa 57
SeGUraNÇa 58<br />
mento i<strong>de</strong>al para um ocupante <strong>de</strong>sse<br />
veículo gritar uns quantos impropérios<br />
em direcção da brigada policial: “Há<br />
cada vez menos respeito pela polícia,<br />
em especial pela Brigada <strong>de</strong> trânsito”,<br />
lamenta o comissário Pinheiro. Ao longo<br />
<strong>de</strong>sta missão, em particular <strong>de</strong>pois<br />
das 5h30, alguns comportamentos tornarão<br />
essa constatação bem evi<strong>de</strong>nte.<br />
Não é preciso esperar muito tempo<br />
até todos os polícias começarem a<br />
carburar em pleno. E logo surgem as<br />
contra-or<strong>de</strong>nações. relembre-se que<br />
estas são graves quando a quantida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> álcool no sangue se situa entre os<br />
0,5 g/litro até aos 0,79 g/litro. A coima<br />
para esta infracção varia entre os 250€<br />
e 1.250€ e sanção acessória <strong>de</strong> inibição<br />
<strong>de</strong> condução. Se a taxa for igual ou<br />
superior a 0,8 g/litro até 1,19 g/litro, a<br />
contra-or<strong>de</strong>nação é muito grave e a coima<br />
variará entre os 500€ e os 2.500€,<br />
para além do respectivo impedimento<br />
<strong>de</strong> condução. Acima <strong>de</strong>ste valor é cri-<br />
me e o automobilista é <strong>de</strong>tido. Caso<br />
o condutor não concor<strong>de</strong> com a taxa<br />
acusada, po<strong>de</strong> pedir uma contra-prova<br />
no local ou um novo teste no hospital.<br />
Porém, neste último caso, terá ainda<br />
que pagar 263€ pela análise sanguínea.<br />
E se esta corroborar os dados da<br />
primeira prova, po<strong>de</strong>rá ser um fim <strong>de</strong><br />
festa bem aziago do ponto <strong>de</strong> vista financeiro.<br />
Nesta noite o excesso <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong><br />
não será uma preocupação:<br />
os agentes estão bem visíveis, numa<br />
recta larga. todos abr<strong>anda</strong>m a marcha,<br />
muitos são – mesmo assim – m<strong>anda</strong>dos<br />
parar. A estratégia não passa pela<br />
surpresa, como adianta o comissário<br />
Pinheiro: “Nós costumamos estar nos<br />
mesmos locais, não variamos muito,<br />
até porque não é logisticamente possível<br />
montarmos uma operação <strong>de</strong>stas<br />
nas ruas mais estreitas no interior da<br />
cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa”. Assim, locais como<br />
as avenidas <strong>de</strong> Ceuta, 24 <strong>de</strong> Julho, rua<br />
da Cintura do Porto <strong>de</strong> Lisboa, junto à<br />
discoteca Lux-Frágil, Parque das Nações<br />
ou Cais do Sodré são pontos óbvios<br />
para a PSP aos fins-<strong>de</strong>-semana,<br />
quinta-feira incluída.<br />
Os perigos e medos após beber álcool<br />
Um dos aspectos mais marcantes ao<br />
longo da operação policial reporta-se à<br />
expressão facial dos condutores. A tensão<br />
e os músculos túrgidos, o sangue<br />
a latejar nas frontes, outros mostramse<br />
lívidos, mas todos enfrentam o contacto<br />
com os agentes. É latente o medo<br />
com que a generalida<strong>de</strong> das pessoas se<br />
encaminha para a carrinha policial, on<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>verá proce<strong>de</strong>r à análise ao álcool. Os<br />
espíritos mostram-se inebriados, nem<br />
sempre consequência do excesso <strong>de</strong><br />
bebidas, por vezes ouvem-se risos nervosos<br />
e conversas <strong>de</strong> ocasião para tentar<br />
ganhar a simpatia dos agentes.<br />
Contam-se pelos <strong>de</strong>dos das mãos os<br />
condutores e passageiros com mais<br />
<strong>de</strong> 35 anos. A noite atrai as faixas mais<br />
jovens e é propícia a excessos. Nos<br />
últimos anos têm sido apresentadas<br />
diversas campanhas <strong>de</strong> sensibilização<br />
contra os perigos do álcool e das<br />
drogas. Mesmo que os resultados não<br />
sejam excepcionais, têm-se sentido<br />
melhoras (ver Caixa): “se ao nível das<br />
contra-or<strong>de</strong>nações não verificamos<br />
gran<strong>de</strong>s alterações nos valores estatísticos,<br />
quanto aos crimes a verda<strong>de</strong> é que<br />
há uma diminuição na quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
condutores presos”, salienta o comissário<br />
Pinheiro. E são mesmo os automobilistas<br />
que viajam com uma taxa <strong>de</strong><br />
alcoolemia entre os 0,5 g/litro e 1,19 g/<br />
litro <strong>de</strong> sangue que maior perigo representam<br />
para quem os ro<strong>de</strong>ia. O oficial<br />
da PSP lembra “que a taxa <strong>de</strong> sinistralida<strong>de</strong><br />
é maior junto daqueles que beberam<br />
álcool mas que não atingiram<br />
valores consi<strong>de</strong>rados passíveis <strong>de</strong> crime”.<br />
E explica: “quanto mais se bebe<br />
mais <strong>de</strong>vegar se guia. É muito comum<br />
estes indivíduos terem aci<strong>de</strong>ntes após<br />
adormecerem ao volante e baterem em<br />
baixíssima velocida<strong>de</strong> contra postes
ou até <strong>carro</strong>s estacionados”. Pior é entre<br />
aqueles que têm uma taxa <strong>de</strong> 0,9 g/<br />
litro <strong>de</strong> sangue, por exemplo, os quais<br />
“encontram-se eufóricos, acham que<br />
são capazes <strong>de</strong> tudo, e muitas vezes<br />
são incitados pelos amigos, que estão<br />
igualmente alcoolizados. Ora, acontece<br />
que a velocida<strong>de</strong> a que viajam é<br />
bem superior, com consequências tantas<br />
vezes dramáticas”, explica.<br />
“Se sair à quinta-feira não conduza”<br />
Com o raiar da manhã os agentes já<br />
sabem que cresce a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> potenciais<br />
infractores. Por ser Agosto, o<br />
número não é muito elevado nem exige<br />
uma espera exagerada por parte dos<br />
condutores para efectuarem o respectivo<br />
teste. Aliás, até às 7h apenas uma pessoa<br />
aguardava no local a sua <strong>de</strong>tenção,<br />
pois <strong>de</strong>tinha uma taxa superior a 1,19 g/<br />
litro <strong>de</strong> sangue, para além <strong>de</strong> não ter consigo<br />
quaisquer documentos do veículo.<br />
Para piorar a sua situação, nem sequer o<br />
computador policial apresentava dados<br />
electrónicos referentes à i<strong>de</strong>ntificação do<br />
automobilista. Um factor a levar em consi<strong>de</strong>ração<br />
é que cada vez mais mulheres<br />
são fiscalizadas e, infelizmente, autuadas.<br />
Mesmo assim, e pelo que foi dado<br />
a ver nesta operação, numa conjectura<br />
puramente empírica, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> álcool<br />
que ingerem é inferior aos homens.<br />
Outro dado casuístico que foi dado a<br />
observar refere-se ao dia da semana<br />
mais susceptível. Um agente confessa<br />
que “as quintas-feiras são, por vezes,<br />
bem complicadas, pois é comum os<br />
jovens universitários sairem, jantarem<br />
e irem para a noite”. O comissário Pinheiro<br />
corrobora e graceja: “como<br />
costumamos dizer, «se sair à quintafeira<br />
não conduza»”. Mas é aos fins<strong>de</strong>-semana<br />
que os ânimos aquecem.<br />
Às sextas-feiras aumentam as acções<br />
policiais e, proporcionalmente, as autuações.<br />
Dado curioso refere que, em<br />
contrapartida, há também um maior<br />
cuidado ao volante, por parte <strong>de</strong> uma<br />
franja da população: “é comum os casais<br />
jantarem fora e levarem os filhos.<br />
A faixa etária que sai para se divertir é<br />
também mais elevada e responsável”,<br />
adianta o oficial da PSP, o qual explica<br />
ainda “que os sábados, até pela quantida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> pessoas que se encontra na<br />
rua, os excessos <strong>de</strong> álcool e condução<br />
perigosa, são propícios à montagem<br />
das operações <strong>de</strong> maior calibre”.<br />
Atenção às corridas <strong>de</strong> automóveis<br />
Às 7h30 inicia-se o <strong>de</strong>smontar da tenda.<br />
restam alguns automobilistas, que<br />
anseiam por finalmente baixar a quantida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> álcool no sangue para números<br />
legais e seguir viagem; alguns fazem<br />
exercício físico, há quem tenha ido comer<br />
qualquer coisa ou beber água.<br />
Permanece igualmente o <strong>de</strong>tido, que<br />
aguardará pela abertura do tribunal<br />
para ser apresentado ao juíz. O comissário<br />
Pinheiro ainda se dirige à Avenida<br />
<strong>de</strong> Ceuta, on<strong>de</strong> a operação até parece<br />
não ter horas para acabar, pois ainda se<br />
efectuam testes <strong>de</strong> alcoolemia. termina<br />
mais uma noite rotineira para a Divisão<br />
<strong>de</strong> trânsito lisboeta. O cansaço apo<strong>de</strong>ra-se<br />
<strong>de</strong> todos, mas há ainda alguns aspectos<br />
burocráticos a tratar, bem como<br />
a análise aos dados estatísticos. O sol<br />
já nasceu, a luz matinal rejuvenesce os<br />
espíritos, a capital ganha nova vida –<br />
<strong>de</strong>sta vez <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> pessoas que<br />
se dirigem para o seu local <strong>de</strong> trabalho.<br />
Ainda há tempo para lembrar que não<br />
só <strong>de</strong> Operações Stop vive esta equipa.<br />
A fiscalização da segurança automóvel<br />
é também feita através <strong>de</strong> veículos<br />
<strong>de</strong>scaracterizados, que circulam em<br />
pontos estratégicos, com o objectivo<br />
<strong>de</strong> impedir que se verifiquem as corridas<br />
<strong>de</strong> automóveis transformados, diversão<br />
para alguns e que é geralmente<br />
intitulada <strong>de</strong> tunning. “A nossa atenção<br />
vai para a Ponte vasco da Gama e o<br />
Parque das Nações, locais on<strong>de</strong> se concentram<br />
muitos jovens, também para<br />
assistir”, explica o graduado. Se o <strong>de</strong>sejável<br />
é evitar o início <strong>de</strong> <strong>de</strong>spiques,<br />
SeGUraNÇa 59
SeGUraNÇa 60<br />
Pedir para fazer o teste do balão antes <strong>de</strong> conduzir<br />
É um facto facilmente constatável que o álcool <strong>de</strong>sinibe mesmo o mais<br />
empe<strong>de</strong>rnido. Uma noite <strong>de</strong> operação policial é disso retrato fiel. Um<br />
dos aspectos mais curiosos <strong>de</strong> uma noite com a PSP pren<strong>de</strong>-se com<br />
o método <strong>de</strong> abordagem com que os agentes são alvo por parte <strong>de</strong><br />
transeuntes, potenciais automobilistas. A operação junto ao Museu<br />
do Oriente encontrava-se a cerca <strong>de</strong> 200 metros <strong>de</strong> algumas das<br />
discotecas mais frequentadas <strong>de</strong> Lisboa igualmente próxima das Docas<br />
<strong>de</strong> Santo Amaro. Depois <strong>de</strong> algumas horas <strong>de</strong> folia, diversos noctívagos<br />
verificavam a presença da Divisão <strong>de</strong> trânsito nas imediações. Logo se<br />
dirigiam junto da polícia e pediam para soprar no balão. Cerca <strong>de</strong> uma<br />
<strong>de</strong>zena o fez, nem todos nas melhores condições. Ao conselho: “vá<br />
apanhar ar, comer qualquer coisa, beber água ou correr”, quase sempre<br />
se afastavam <strong>de</strong>sgostosos, alguns <strong>de</strong>sagradados, garantindo “estar em<br />
perfeitas condições <strong>de</strong> conduzir”, apesar <strong>de</strong> cambaleantes. Os agentes<br />
apenas sorriam. Alguns asseguravam que a noite estava a ser “muito<br />
tranquila”. “Nem sempre estas pessoas se dirigem com os melhores<br />
modos, fazem exigências, dizem que somos obrigados a facultar-lhes<br />
um balão para soprar”, refere um dos agentes no local. Porém, como<br />
o material para efectuar a operação é limitado, nem sempre é possível<br />
disponibilizá-lo para aqueles que querem saber se estão em condições<br />
<strong>de</strong> guiar. Motivo suficiente para manifestações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sagrado, em<br />
especial <strong>de</strong> quem acabou por fazer o teste – após muita insistência – e<br />
tinha uma taxa <strong>de</strong> 1,63 g/litro <strong>de</strong> sangue, ou <strong>de</strong> um outro indivíduo, que,<br />
acompanhado <strong>de</strong> quatro jovens mulheres, ameaçava chamar o advogado<br />
se não fizesse o teste, isto sob uma voz manifestamente entaramelada.<br />
também é verda<strong>de</strong> que, se necessário<br />
for, os <strong>carro</strong>s <strong>de</strong>scaracterizados da PSP<br />
perseguem os autores <strong>de</strong> quaisquer<br />
façanhas: “Já atingimos os 240 km/h<br />
numa perseguição, mas o i<strong>de</strong>al é evitar<br />
essa situação ao máximo”, assegura,<br />
até porque, “acima <strong>de</strong> tudo, está a<br />
segurança dos agentes e também <strong>de</strong><br />
quem conduz esses <strong>carro</strong>s”.<br />
Infracções entre os condutores<br />
chegam aos 13%<br />
Os números da PSP não enganam.<br />
No <strong>de</strong>correr do primeiro semestre <strong>de</strong><br />
2009 foram <strong>de</strong>tidos 710 automobilistas<br />
por força <strong>de</strong> conduzirem sob o efeito<br />
<strong>de</strong> álcool. isto num total <strong>de</strong> 136.459<br />
viaturas fiscalizadas, no <strong>de</strong>correr das<br />
1.458 Operações Stop realizadas pela<br />
autorida<strong>de</strong> policial em todo o país. As<br />
fontes policiais referem que <strong>de</strong> todas<br />
estas fiscalizações, foram <strong>de</strong>tectadas<br />
18.172 infracções (13,3%). Estatisticamente,<br />
este número não foge à média<br />
registada em anos anteriores. É no que<br />
concerne à condução com índices <strong>de</strong><br />
álcool no sangue acima do legalmente<br />
estabelecido que se tem sentido uma<br />
quebra, actualmente a rondar os 0,5%.<br />
O comissário Pinheiro não se mostra<br />
muito convicto com a mudança <strong>de</strong> hábitos<br />
junto dos condutores nacionais:<br />
“Muitas vezes, as pessoas fogem aos<br />
pontos mais críticos. Para regressarem<br />
a casa embrenham-se por ruas menos<br />
frequentadas, on<strong>de</strong> sabem que não<br />
estará a <strong>de</strong>correr qualquer operação”.<br />
É um jogo do gato e do rato, on<strong>de</strong> as<br />
manhas do rato po<strong>de</strong>m resultar num<br />
<strong>de</strong>sfazamento estatístico face à realida<strong>de</strong><br />
social.<br />
É curioso verificar que o abuso <strong>de</strong> bebidas<br />
alcoólicas nem sequer é a principal<br />
infracção <strong>de</strong>tectada. Entre Janeiro e<br />
Junho, 1.081 automobilistas foram autuados<br />
por força da sua condução com<br />
taxa <strong>de</strong> álcool acima dos 0,49 g/litro <strong>de</strong><br />
sangue. De facto, a falta dos documentos<br />
da viatura, com 2.975 infracções,<br />
e a falta da inspecção periódica, com<br />
2.499 infracções, li<strong>de</strong>ram o ranking.<br />
voltando às <strong>de</strong>tenções por violação<br />
dos aspectos estipulados no Código da<br />
Estrada, 462 condutores foram presentes<br />
a tribunal por não possuirem habilitações<br />
legais para guiar um veículo automóvel.<br />
Outros 132 foram igualmente<br />
<strong>de</strong>tidos pelos mais diversos motivos.<br />
Quanto aos números <strong>de</strong>sta noite <strong>de</strong><br />
acompanhamento à operação policial,<br />
os 27 agentes <strong>de</strong>stacados para a rua<br />
da Cintura do Porto <strong>de</strong> Lisboa e Avenida<br />
<strong>de</strong> Ceuta verificaram 177 automóveis,<br />
que resultaram em cinco <strong>de</strong>tenções<br />
– duas <strong>de</strong>las por <strong>de</strong>sobediência,<br />
12 contra-or<strong>de</strong>nações por infracções<br />
graves e 15 infracções muito graves.<br />
Percentualmente, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> automobilistas<br />
infractores até subiu, face<br />
aos números globais do semestre do<br />
ano, pois foram <strong>de</strong>tectadas situações<br />
anómalas em 18% dos condutores avaliados.<br />
Mesmo assim, esta até po<strong>de</strong><br />
consi<strong>de</strong>rar uma operação rotineira e<br />
tranquila. A noite seguinte, mesmo em<br />
pleno mês <strong>de</strong> férias para a generalida<strong>de</strong><br />
dos portugueses, revelou-se muito<br />
mais movimentada, com um total <strong>de</strong> 10<br />
<strong>de</strong>tidos por parte dos agentes da Divisão<br />
<strong>de</strong> trânsito da capital.
Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Viseu<br />
CAPitAL<br />
DA viNHA<br />
E DO viNHO<br />
viseu Catedral<br />
viseu é um pequeno burgo situado no interior <strong>de</strong> Portugal, perto do sopé <strong>de</strong> uma gran-<br />
<strong>de</strong> montanha que foi crescendo até se transformar numa cida<strong>de</strong>, a que foi dada o nome<br />
<strong>de</strong> viseu. Antiquíssima e episcopal, a Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> viseu é a terra <strong>de</strong> cultivo da vinha para<br />
os famosos vinhos do Dão e <strong>de</strong> Lafões.
viseu é o único distrito português que<br />
não faz fronteira nem com o mar nem<br />
com Espanha. Situado na região Norte/Centro<br />
do país, abrange três Subregiões:<br />
Dão-Lafões, Douro e tâmega.<br />
trata-se <strong>de</strong> um dos distritos mais montanhosos<br />
do país, sendo constituído<br />
pelos maciços das serras da Lapa, Le-<br />
omil, Caramulo, Gralheira e Montemuro.<br />
Nos seus vales correm os afluentes<br />
do Douro, nomeadamente, o távora, o<br />
varosa e o Paiva, e os rios vouga, Dão<br />
e Mon<strong>de</strong>go, além <strong>de</strong> várias ribeiras.<br />
A sua história foi-se construindo ao<br />
longo dos anos com as conquistas dos<br />
seus heróis, com as suas tradições, com<br />
os seus artistas e monumentos, transformando-se<br />
num espaço agradável e<br />
digno <strong>de</strong> ser visitado.<br />
A capital do distrito é a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> viseu,<br />
on<strong>de</strong> se cultiva a vinha que dá vida aos<br />
famosos vinhos do Dão e <strong>de</strong> Lafões.<br />
A cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> viseu tem uma posição<br />
quase central em relação ao Distrito e
tUriSMo 64<br />
ao Município, localizando-se no chamado<br />
“Planalto <strong>de</strong> viseu”. É envolvida por<br />
um sistema montanhoso constituído a<br />
norte pelas Serras <strong>de</strong> Leomil, Montemuro<br />
e Lapa, a noroeste pela Serra do<br />
Arado, a sul e a sudoeste pelas Serras<br />
da Estrela e Lousã, e a oeste pela Serra<br />
que mais directamente influencia esta<br />
área, a Serra do Caramulo.<br />
Cenários encantados, al<strong>de</strong>ias escondidas,<br />
caminhos sinuosos e velhas estradas<br />
romanas fazem da cida<strong>de</strong> um <strong>de</strong>stino<br />
<strong>de</strong> cortar a respiração.<br />
Com um relevo aci<strong>de</strong>ntado, a cida<strong>de</strong> é<br />
ro<strong>de</strong>ada por numerosos cursos e linhas<br />
<strong>de</strong> água. De um modo geral, estes organizam-se<br />
em três bacias: a do vouga, a<br />
do Dão e a do Paiva. Existem outras <strong>de</strong><br />
menor caudal mas igualmente importantes,<br />
nomeadamente, o rio Pavia e rio<br />
<strong>de</strong> Mel.<br />
Situado numa zona <strong>de</strong> transição, o Concelho<br />
apresenta um conjunto <strong>de</strong> micro-climas,<br />
pelo que o clima <strong>de</strong> viseu caracterizase<br />
pela existência <strong>de</strong> elevadas amplitu<strong>de</strong>s<br />
térmicas, com invernos rigorosos e húmidos<br />
e verões quentes e secos.<br />
A cida<strong>de</strong> encontra-se a apenas duas<br />
horas e meia <strong>de</strong> Lisboa e Salamanca, a<br />
cerca <strong>de</strong> uma hora do Porto e a pouco<br />
mais <strong>de</strong> meia hora da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Aveiro,<br />
o que facilita as incursões dos viseenses<br />
até à beira-mar. A aumento do “betão”<br />
tornou os contactos mais fáceis e<br />
cómodos, mas viseu é uma cida<strong>de</strong> muito<br />
mais <strong>de</strong> gentes <strong>de</strong> acolhimento do<br />
que <strong>de</strong> êxodo. As cores <strong>de</strong> Grão vasco,<br />
quentes e calorosas, constituem o seu<br />
principal elemento <strong>de</strong> atracção.<br />
Viseu Histórica<br />
interpretando os vestígios <strong>de</strong>scobertos,<br />
a povoação que <strong>de</strong>u origem a viseu nasceu<br />
no alto do monte on<strong>de</strong> hoje se situa a<br />
Sé. As origens <strong>de</strong> viseu antiga, ilustre cida<strong>de</strong>,<br />
per<strong>de</strong>m-se nos confins do tempo.<br />
Por aqui passaram homens das ida<strong>de</strong>s<br />
remotas da pré-história, conviveram<br />
Celtas e Lusitanos, fixaram-se os romanos<br />
em séculos <strong>de</strong> prosperida<strong>de</strong> e paz,<br />
interior da Sé<br />
e passaram povos invasores como os<br />
Suevos, os Godos ou os Muçulmanos.<br />
Foi em 1058, quando conseguiu <strong>de</strong>finitivamente<br />
recuperar a sua liberda<strong>de</strong>, que<br />
a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> viseu se <strong>de</strong>senvolveu como<br />
nunca. Levantou as abóbadas da Catedral<br />
e mandou esculpir nos portais, nas<br />
janelas e nas cornijas das suas casas<br />
em artísticos lavores, os sinais da sua<br />
prosperida<strong>de</strong>. Ainda hoje a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> viseu<br />
se po<strong>de</strong> orgulhar <strong>de</strong> possuir um dos<br />
mais belos conjuntos <strong>de</strong> casas, portais<br />
e janelas dos estilo gótico e manuelino<br />
do país, dispersos um pouco por todos<br />
os recantos, sobretudo nas típicas ruazinhas<br />
junto à Catedral.<br />
Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> existência mais que milenar,<br />
não podia <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> reflectir no seu rosto<br />
<strong>de</strong>teriorado pelo tempo o testemunho<br />
da passagem das sucessivas gerações.<br />
Felizmente, os monumentos artísticos<br />
<strong>de</strong> todas as ida<strong>de</strong>s foram poupados ao<br />
impiedoso <strong>de</strong>sgaste dos séculos e à indiferença<br />
dos Homens.<br />
Durante a dominação romana, viseu já<br />
era a capital <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> território, a<br />
Lusitânia, e um centro urbano <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />
importância, como se po<strong>de</strong> comprovar<br />
pelos inúmeros vestígios arqueológicos<br />
encontrados na região, entre os<br />
quais se <strong>de</strong>stacam moedas, sepulturas,<br />
marcos milenares e, principalmente, estradas<br />
romanas.<br />
A importância que viseu teve em toda a<br />
Beira, na época dos romanos, po<strong>de</strong> ser<br />
comprovada com uma visita a Cava <strong>de</strong><br />
viriato, antigo quartel-general dos romanos<br />
em forma octogonal, com dois<br />
quilómetros <strong>de</strong> perímetro, que servia<br />
<strong>de</strong> ponto <strong>de</strong> vigia e <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> todas as<br />
estradas que ali convergiam.<br />
No século vi, com o domínio dos visigodos,<br />
a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> viseu foi elevada<br />
a se<strong>de</strong> <strong>de</strong> diocese. reza a história que<br />
ramiro, rei visigodo, está sepultado na<br />
igreja <strong>de</strong> S. Miguel do Fétal.<br />
Do conjunto constituído pela colina da<br />
Sé e a Cava <strong>de</strong> viriato nasceu uma vila<br />
intermédia <strong>de</strong> fornecedores, serviçais e<br />
negociantes, hoje chamada <strong>de</strong> Cida<strong>de</strong><br />
velha.<br />
Muralha da Cida<strong>de</strong> Velha<br />
É <strong>de</strong> paragem obrigatória a quem visita<br />
a cida<strong>de</strong>. Surgiu na sequência <strong>de</strong> um<br />
ataque, em 1385, na qual foi saqueada<br />
e incendiada pelas tropas <strong>de</strong> Castela,<br />
que foram posteriormente vencidas<br />
em Aljubarrota. Depois <strong>de</strong>ste ataque,<br />
D. João i mandou construir uma muralha<br />
para <strong>de</strong>fesa da cida<strong>de</strong>, que só foi<br />
concluída no reinado <strong>de</strong> D. Afonso v<br />
(daí chamar-se muralha afonsina), cujos<br />
vestígios são hoje, para além <strong>de</strong> algumas<br />
partes da muralha, as portas do<br />
Soar e a Porta dos Cavaleiros.
viseu<br />
A partir do séc. Xiv, a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolveu-se<br />
para fora das muralhas da Sé. Foi<br />
neste século que a cida<strong>de</strong> iniciou uma<br />
fase <strong>de</strong> expansão, que se esten<strong>de</strong>u para<br />
a actual zona central, o rossio. Em pouco<br />
tempo, este novo centro começou a<br />
ser local <strong>de</strong> encontro da socieda<strong>de</strong>. No<br />
entanto, só três séculos mais tar<strong>de</strong> foi<br />
construído o actual edifício da Câmara<br />
Municipal.<br />
Assim, foi ao longo <strong>de</strong> muitos e atribulados<br />
séculos <strong>de</strong> história, no meio <strong>de</strong> lutas,<br />
sacrifícios, <strong>de</strong>rrotas e vitórias, que<br />
se construiu uma cida<strong>de</strong> em que hoje o<br />
passado e o presente se fun<strong>de</strong>m harmoniosamente,<br />
dando-lhe uma personalida<strong>de</strong><br />
própria, que lhe permite oferecer<br />
qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida aos seus habitantes<br />
e visitantes.<br />
Cava <strong>de</strong> Viriato<br />
Era um octógono regular constituído<br />
por uma alta trincheira <strong>de</strong> terra batida,<br />
cercada por um fosso, <strong>de</strong> que ainda<br />
existe uma pequena extensão. A água,<br />
para este fosso, era encaminhada do rio<br />
Pavia e da ribeira do Pintor, assim como<br />
das nascentes locais.<br />
A cida<strong>de</strong> adoptou viriato como seu herói,<br />
confundindo-se a lenda com a história<br />
<strong>de</strong>ste pastor lusitano, que não se<br />
sabe bem ao certo on<strong>de</strong> terá nascido,<br />
e que batalhou nos campos do sul <strong>de</strong><br />
Espanha, chefiando os lusitanos nas lutas<br />
contra os romanos que ameaçavam<br />
os limites do seu território. Acabou por<br />
morrer atraiçoado por alguns dos seus<br />
companheiros <strong>de</strong> armas, constituindo a<br />
imortalida<strong>de</strong> do seu nome, a sua maior<br />
vingança. viseu guarda a memória <strong>de</strong><br />
viriato no monumento erguido junto<br />
à rotunda da Feira <strong>de</strong> S. Mateus, em<br />
1940, fronteiro à Cava.<br />
Sé <strong>de</strong> Viseu<br />
É uma das construções mais antigas <strong>de</strong><br />
viseu, não havendo certezas relativamente<br />
à data <strong>de</strong> início da sua construção.<br />
A torre do relógio é românico-gótica<br />
e a fachada central e a torre dos sinos<br />
são maneiristas do séc. Xvii-Xviii.<br />
Na interior da Sé po<strong>de</strong>rá ver as colunas<br />
coroadas por arcos ogivais, que<br />
suportam a abóbada dos nós do séc.<br />
Xvi. Os claustros inferiores da Sé datam<br />
do séc. Xvi e os claustros superiores<br />
datam do séc. Xviii, sendo os vários<br />
portais do claustro inferior <strong>de</strong> estilo<br />
românico-gótico. Os azulejos do claustro<br />
da Sé remontam ao final do séc. Xvi,<br />
início do séc. Xvii, e são, sem dúvida,<br />
merecedores <strong>de</strong> uma visita. No <strong>anda</strong>r<br />
superior, po<strong>de</strong>rá ver o Museu <strong>de</strong> Arte<br />
Sacra, constituído pelo antigo tesouro<br />
da Sé e que se encontra localizado em<br />
<strong>de</strong>pendências dos claustros. Cofres <strong>de</strong><br />
Limoges do séc. Xiii, imagens, cruzes,<br />
hostiários, relicários e inúmeras peças<br />
<strong>de</strong> ouro e prata fazem parte do valioso<br />
espólio <strong>de</strong>ste museu.<br />
Praça do Rossio<br />
É o “Salão <strong>de</strong> visitas da Cida<strong>de</strong>”. Sofreu<br />
as transformações inerentes ao passar<br />
dos tempos, mas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sempre se<br />
constituiu como um atractivo local <strong>de</strong><br />
passeio e convívio das gentes <strong>de</strong> viseu,<br />
sobretudo ao longo dos séculos Xviii e<br />
var<strong>anda</strong> Cónegos<br />
XiX. Hoje em dia, continua a ser o coração<br />
da cida<strong>de</strong>, o local por excelência<br />
on<strong>de</strong> se sente o pulsar da socieda<strong>de</strong><br />
viseense.<br />
Capela <strong>de</strong> S. Sebastião<br />
reedificada no século Xviii, a Capela<br />
<strong>de</strong> S. Sebastião é como um templo <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>licada arquitectura, que encanta pela<br />
simplicida<strong>de</strong> do seu traço e pelas suas<br />
equilibradas proporções. Apresenta na<br />
fachada um portal <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho primário<br />
e duas janelas <strong>de</strong> risco simples que<br />
iluminam o interior. Por cima do portal<br />
encontrará uma espécie <strong>de</strong> óculo <strong>de</strong> formas<br />
dinâmicas e movimentadas. Duas<br />
pilastras adossadas, encimadas por<br />
urnas ornamentais, parecem enquadrar<br />
esta fachada. O conjunto é rematado<br />
por um frontão ondulante que, sustentando<br />
uma cruz, assinala a religiosida<strong>de</strong><br />
do local.<br />
Capela da Sr.ª dos Remédios<br />
Situada num pitoresco largo do centro<br />
histórico, Largo Pintor Gata, antiga Praça<br />
da Erva, esta capela é um pequeno<br />
templo que se abre às <strong>de</strong>voções <strong>de</strong><br />
quem passa. Entrando, <strong>de</strong>slumbra-se<br />
um interior que apesar <strong>de</strong> dimensões<br />
reduzidas, o convidará ao recolhimento,<br />
tUriSMo 65
tUriSMo 66<br />
On<strong>de</strong> Ficar<br />
Hotel Senhora do Castelo ***<br />
Situa-se no Monte Senhora do<br />
Castelo, a 600 metros <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong><br />
e a 15 km <strong>de</strong> viseu. Possui uma<br />
paisagem relaxante, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> se<br />
po<strong>de</strong>m observar as Serras da Estrela<br />
e Caramulo, e partir à <strong>de</strong>scoberta<br />
da região na sua diversida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> paisagens, lugares, usos e<br />
costumes.<br />
Contacto<br />
Monte Senhora do Castelo<br />
Apartado 4<br />
3534-909 Mangual<strong>de</strong><br />
telefone: +351 232 619 950<br />
Fax: +351 232 623 877<br />
E-mail: reservas@cotel.pt<br />
Web: http://www.cotel.pt/<br />
Hotel do Parque ****<br />
Unida<strong>de</strong> hoteleira equipada com<br />
Health Club & Spa. restaurante<br />
com pratos essencialmente da<br />
gastronomia regional.<br />
Contacto<br />
termas <strong>de</strong> S. Pedro do Sul<br />
3660-692 S. Pedro do Sul<br />
telefone: +351 232 723 461<br />
Fax: +351 232 723 047<br />
E-mail: geral@hoteldoparque.pt<br />
Web: http://www.hoteldoparque.pt/<br />
ao envolvê-lo numa atmosfera mística.<br />
O atenção <strong>de</strong> quem visita este monumento<br />
é conduzida quase <strong>de</strong> imediato<br />
ao altar principal, que se inscreve numa<br />
capela pouco profunda, <strong>de</strong> volta perfeita<br />
e abóbada <strong>de</strong> berço.<br />
O retábulo, datado <strong>de</strong> meados <strong>de</strong> setecentos,<br />
ostenta dois pares <strong>de</strong> colunas<br />
coríntias <strong>de</strong> fuste liso, um dossel que<br />
ambienta a imagem da Senhora com o<br />
Menino ao colo, e no remate uma “glória”<br />
radiante exibida por dois anjos. A<br />
imagem da Santa <strong>de</strong>vota é obra das oficinas<br />
<strong>de</strong> Coimbra e é feita em calcário.<br />
Solar dos Treixedos<br />
É um edifício que se impõe pela sua<br />
organização espacial e, acima <strong>de</strong> tudo,<br />
pela sua fabulosa linguagem <strong>de</strong>corativa.<br />
De planta rectangular, o edifício<br />
distribui-se por dois <strong>anda</strong>res, bem<br />
evi<strong>de</strong>ntes na leitura da fachada, on<strong>de</strong><br />
se rasgam dois registos <strong>de</strong> aberturas.<br />
tratam-se <strong>de</strong> janelas majestosamente<br />
embelezadas por uma moldura <strong>de</strong> granito,<br />
sendo que as do <strong>anda</strong>r superior se<br />
distinguem e evi<strong>de</strong>nciam por um maior<br />
cuidado e requinte. Em conjunto com os<br />
imponentes e altivos portais, <strong>de</strong> traçada<br />
nobre, compõem uma fachada extremamente<br />
apelativa e dinâmica no seu jogo<br />
<strong>de</strong> contrastes.<br />
Ruas e Ruelas<br />
Um passeio pelas encantadoras e pitorescas<br />
ruelas da cida<strong>de</strong> é obrigatório<br />
a quem optar por este <strong>de</strong>stino para as<br />
suas férias.<br />
A rua Grão vasco é uma ruela la<strong>de</strong>ada<br />
por típicas e vernáculas casas, fazendo<br />
a ligação entre a Praça D. Duarte e o Largo<br />
Pintor Gata.<br />
Por seu turno, a Praça D. Duarte situase<br />
a Sudoeste da Sé, sendo a sua configuração<br />
resultante <strong>de</strong> sucessivos ajustamentos,<br />
com a eliminação <strong>de</strong> edifícios<br />
menos característicos.<br />
A rua Formosa liga o centro da cida<strong>de</strong><br />
e a Praça do rossio ao Largo <strong>de</strong> Santa<br />
Cristina, sendo envolvida por casas <strong>de</strong><br />
comércio tradicional e edifícios que<br />
obe<strong>de</strong>cem à estética Arte Nova. Nela se<br />
localiza o Mercado Municipal, um espaço<br />
reconvertido em zona <strong>de</strong> comércio e<br />
<strong>de</strong> lazer, segundo projecto do arquitecto<br />
Álvaro Siza vieira.<br />
Não <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> visitar também o<br />
Mercado 2 <strong>de</strong> Maio, que ressurgiu do<br />
antigo Mercado Municipal, com um<br />
novo espaço urbano que mantém uma<br />
ligação estética com o rossio. i<strong>de</strong>alizada<br />
por Siza vieira, esta Praça é palco <strong>de</strong><br />
diversas Feiras e Espectáculos realizados<br />
na cida<strong>de</strong>, assim como <strong>de</strong> inúmeras<br />
esplanadas que, em noites <strong>de</strong> verão,<br />
enchem a cida<strong>de</strong> e toda a zona histórica<br />
<strong>de</strong> vida e movimento.<br />
igreja do Carmo<br />
A rua do Comércio é transversal à rua<br />
Formosa e conduzi-lo-á até à Praça D.<br />
Duarte. É envolvida por estabelecimentos<br />
tradicionais que se conjugam com a<br />
intervenção contemporânea no antigo<br />
Mercado Municipal.<br />
Não <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> apreciar ainda a rua Direita,<br />
situada no interior das muralhas medievais.<br />
Estreita e sinuosa, contrariando<br />
o seu nome, esta rua tinha gran<strong>de</strong> activida<strong>de</strong><br />
comercial, sendo conhecida por<br />
“rua das tendas”. Possui vários edifícios<br />
interessantes, dos séculos Xvi e<br />
Xviii, sendo um dos mais impressionantes<br />
<strong>de</strong>sta época o Solar dos treixedos.<br />
Gastronomia<br />
rica e variada, a gastronomia tradicional<br />
<strong>de</strong>sta região é um dos seus principais<br />
atractivos. Caldo ver<strong>de</strong>, sopa da Beira,<br />
rancho à moda <strong>de</strong> viseu, arroz <strong>de</strong> carqueja,<br />
lampreia ou pato, vitela assada<br />
à moda <strong>de</strong> Lafões, cabrito da Gralheira<br />
assado, trutas do Paiva são alguns dos<br />
pratos regionais, não esquecendo os<br />
enchidos, o presunto, o pão <strong>de</strong> mistura<br />
ou <strong>de</strong> centeio e a broa <strong>de</strong> milho. As sobremesas<br />
passam pelos doces <strong>de</strong> ovos,<br />
leite-creme, papas doces <strong>de</strong> milho, arroz<br />
doce...
MICHELIN ENERGY Saver,<br />
o pneu que vai mais longe com menos combustível*.<br />
Sabia que os pneus têm uma infl uência directa no consumo <strong>de</strong> combustível?<br />
Também nesta área, a Michelin li<strong>de</strong>rou a mudança. Des<strong>de</strong> 1992, com o lançamento do seu compromisso ao lançar o seu<br />
primeiro “Pneu com baixo consumo <strong>de</strong> combustível”, uma inovadora geração <strong>de</strong> pneus que permite uma poupança<br />
<strong>de</strong> combustível signifi cativa, e que contribui para a protecção do meio ambiente. Agora, a inovadora tecnologia <strong>de</strong><br />
“baixo consumo <strong>de</strong> combustível” faz parte do pneu MICHELIN ENERGY Saver, i<strong>de</strong>ntifi cada na parte lateral do pneu<br />
com a indicação “GREEN X” .<br />
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*Poupe o preço equivalente a 1 pneu em cada 4 graças ao menor consumo <strong>de</strong> combustível. Em média comparando com os seus principais<br />
concorrentes. Testes <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> combustível TÜV SÜD <strong>Auto</strong>motive 2008 nas dimensões 195/65 R 15 H e 205/55 R 16 V. Preço médio <strong>de</strong><br />
combustível em 2008.<br />
<strong>Auto</strong><strong>Frotas</strong> 39