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Frotas Auto A crise anda de carro - Autofrotas

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<strong>Auto</strong><strong>Frotas</strong><br />

QuedA nAs vendAs AtenuAdA<br />

por regimes <strong>de</strong> incentivos Ao AbAte<br />

n.º 39 agos. set. out. ‘09 publicação trimestral 2,25 euros<br />

A <strong>crise</strong> <strong>anda</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>carro</strong><br />

ensAio<br />

renault mégane sport tourer 1.5 dci<br />

dynamique s 110 cv 5p :<br />

mégane? oh-Lá-Lá!<br />

sALÃo<br />

mais voltagem do que nunca<br />

segurAnÇA<br />

contra o álcool da noite


editorial<br />

auto<strong>Frotas</strong> 39<br />

Proprieda<strong>de</strong> da leasePlan Portugal<br />

Lagoas Park, Edifício 6<br />

2740-244 Porto Salvo<br />

Linha <strong>de</strong> Apoio ao Cliente: 707 20 20 20<br />

Linha <strong>de</strong> Apoio ao Condutor: 800 204 298<br />

Fax. 21 441 95 35<br />

DirECtOr<br />

António Oliveira Martins<br />

EDitOr<br />

Grupo Algébrica<br />

COMPOSiÇÃO GrÁFiCA<br />

Margarida Soares<br />

FOtOGrAFiA<br />

Marina Marques<br />

CONCEPÇÃO, EDiÇÃO E PrODUÇÃO<br />

Grupo Algébrica<br />

Av. da Liberda<strong>de</strong>, 227 - 3º<br />

1250-142 Lisboa<br />

iMPrESSÃO<br />

Peres - Soctip<br />

Estada Nacional, 10 - Km 103, 8 - Porto Alto<br />

2135-114 Samora Correia<br />

Periocida<strong>de</strong>: trimestral<br />

registo no iCS n.º 123455<br />

Depósito Legal: M-44002-1999<br />

tiragem: 12 600 exemplares<br />

Caro Leitor<br />

O final do verão é sinónimo <strong>de</strong> Salão <strong>Auto</strong>móvel <strong>de</strong> Frankfurt,<br />

ponto <strong>de</strong> encontro das principais marcas mundiais.<br />

Setembro é o mês escolhido pelos construtores para apresentarem<br />

as suas armas secretas para os próximos meses.<br />

Quisemos assegurar que os acontecimentos mais relevantes<br />

ocorridos neste evento lhe chegariam às mãos o mais<br />

cedo possível.<br />

O futuro <strong>de</strong>senha-se a “ver<strong>de</strong>”. Prova disso foram alguns<br />

dos mais mediáticos lançamentos do certame. A actual<br />

aposta em mais eficientes concept cars eléctricos faz crer<br />

que, a massificação <strong>de</strong>sta corrente será uma realida<strong>de</strong> no<br />

dia-a-dia <strong>de</strong> todos. Basta também estar atento aos media<br />

e aos constantes anúncios <strong>de</strong> alternativas ao petróleo e ao<br />

actual paradigma da indústria automóvel.<br />

Agora que se assinala um ano <strong>de</strong> turbulência económica, e<br />

para projectar os tempos que se avizinham, resolvemos <strong>de</strong>stacar<br />

também o actual estado do sector automóvel. O objectivo<br />

foi perceber como é que os fabricantes se adaptaram à<br />

nova realida<strong>de</strong> emergente.<br />

Na secção <strong>de</strong> Segurança optámos <strong>de</strong>sta vez por uma nova<br />

abordagem, mais prática, acompanhando uma operação<br />

Stop nocturna. Através <strong>de</strong>sta reportagem quisemos <strong>de</strong>monstrar<br />

aos condutores/leitores que o álcool e o automóvel<br />

não são variáveis da mesma equação.<br />

Nesta revista convidamo-lo a ler os <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong> Walter<br />

Lamego, Administrador da MCoutinho Colisão, e <strong>de</strong> Carlos<br />

Lopes, Corporate Supply Chain and Procurement da Siemens<br />

Portugal. O responsável do gigante alemão confessa<br />

que a casa-mãe se preparou <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006 para enfrentar a<br />

actual <strong>crise</strong>. Esta antevisão permite hoje um ritmo normal<br />

na contratação <strong>de</strong> viaturas para a respectiva frota. Já Walter<br />

Lamego <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que, mais do que uma política comercial<br />

isolada, a oferta <strong>de</strong>ve ser adaptada em termos <strong>de</strong> serviços.<br />

Espero que este número lhe proporcione agradáveis momentos<br />

<strong>de</strong> leitura!<br />

ANtóNiO OLivEirA MArtiNS<br />

Director Geral LeasePlan Portugal<br />

editorial 3


06 Notícias<br />

A actualida<strong>de</strong> do mundo automóvel<br />

13 LP Card<br />

As parcerias mais recentes da LeasePlan Portugal<br />

14 Mercado<br />

Produção ainda em queda<br />

16 Disponibilida<strong>de</strong><br />

Li<strong>de</strong>ranças consistentes<br />

18 Lançamentos<br />

toda a carne no assador<br />

24 tema <strong>de</strong> Capa<br />

A <strong>crise</strong> <strong>anda</strong> <strong>de</strong> <strong>carro</strong><br />

30 Salão <strong>Auto</strong>móvel <strong>de</strong> Frankfurt<br />

Mais voltagem do que nunca<br />

024<br />

tema <strong>de</strong> Capa<br />

A <strong>crise</strong> <strong>anda</strong> <strong>de</strong> <strong>carro</strong>: prudência para 2010, apesar da recuperação<br />

062<br />

36 Entrevista<br />

Walter Lamego, Administrador da MCoutinho Colisão<br />

40 Ensaio<br />

renaul Mégane Sport tourer<br />

46 Ensaio<br />

Land rover Freelan<strong>de</strong>r 2<br />

52 Entrevista<br />

Carlos Lopes, Corporate Supply Chain and Procurement<br />

da Siemens Portugal<br />

56 Segurança<br />

Contra o álcool da noite<br />

62 turismo<br />

Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> viseu: capital <strong>de</strong> vinha e do vinho<br />

030<br />

Salão <strong>Auto</strong>móvel <strong>de</strong> Frankfurt<br />

Aposta num “choque eléctrico” para reanimar o sector<br />

ÍNdiCe 5


A renault vai lançar em Portugal, no final do ano, um teste piloto para os <strong>carro</strong>s eléctricos, sendo que o Kangoo e o Fluence<br />

serão os primeiros a chegar ao nosso país. O fabricante francês reforça assim a sua aposta num produto que preten<strong>de</strong> tornar<br />

acessível a todas as carteiras. Segundo Carlos Ghosn, CEO da aliança renault Nissan, este “é o momento i<strong>de</strong>al para os veículos<br />

zero emissões <strong>de</strong> CO2”. Este responsável garante ainda que os custos <strong>de</strong> manutenção <strong>de</strong>sta gama - ao nível do “leasing” da<br />

bateria (que não estará incluída no preço <strong>de</strong> venda, sendo alugada aos fornecedores locais) carregamento e manutenção, -<br />

<strong>de</strong>verão ser inferiores em 20% a um <strong>carro</strong> com motor <strong>de</strong> combustão. As baterias <strong>de</strong> ião-lítio que alimentarão esta gama serão<br />

produzidas em Portugal e no reino Unido e po<strong>de</strong>m ser trocadas em 3 minutos, carregadas numa artéria da cida<strong>de</strong> em 30<br />

minutos ou entre 4 a 8 horas em casa. A primeira geração <strong>de</strong> baterias permitirá uma autonomia da or<strong>de</strong>m dos 160 km.<br />

ELÉCtriCOS EM POrtUGAL


CArrOS<br />

ELÉCtriCOS vÃO<br />

CrESCEr AtÉ 2030<br />

Em 2030, 86% das vendas automóveis nos E.U.A. terão<br />

uma motorização eléctrica, <strong>de</strong> acordo com o relatório<br />

apresentado pela Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Berkeley, citado pela<br />

agência reuters. A mesma fonte revela ainda que a<br />

implementação <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> carregamento energético<br />

custará mais <strong>de</strong> 230 mil milhões <strong>de</strong> euros, enquanto a<br />

poupança em custos energéticos não ultrapassará os 151<br />

mil milhões <strong>de</strong> euros.<br />

Para que este cenário se revele viável, urge fomentar os<br />

aspectos tecnológicos. Porém, são os próprios analistas<br />

do mercado a apontar reservas quanto ao futuro imediato<br />

<strong>de</strong>sta alternativa. As perspectivas mais optimistas indicam<br />

que o aumento da capacida<strong>de</strong> das baterias <strong>de</strong> lítio para<br />

valores bem acima dos actuais 20 kWh, com custos muito<br />

abaixo dos agora praticados – 20.000 € – po<strong>de</strong>rá ditar o<br />

arranque da produção em massa <strong>de</strong> veículos eléctricos.<br />

Esta po<strong>de</strong>rá ser a resposta que falta no sentido <strong>de</strong><br />

aumentar a pegada ecológica das frotas. Um outro estudo<br />

a cargo da Corporate vehicle Observatory (CvO) refere<br />

que só no reino Unido 20% das frotas já incluem pelo<br />

menos um veículo amigo do ambiente, subindo para 60%<br />

a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> empresas que preten<strong>de</strong>m seguir o mesmo<br />

caminho, nos próximos três anos.<br />

tecnologia<br />

asiática domina<br />

veículos<br />

eléctricos<br />

O sector automóvel asiático está a aproveitar<br />

as novas tendências para impulsionar as suas<br />

qualida<strong>de</strong>s tecnológicas, com gran<strong>de</strong> enfoque para<br />

os veículos eléctricos. Depois do choque petrolífero<br />

do ano passado, procuram-se respostas para os<br />

anseios dos consumidores, receosos <strong>de</strong> eventual<br />

escalada no preço do cru<strong>de</strong>.<br />

A Mitsubishi e a Nissan encontram-se na linha da<br />

frente <strong>de</strong>sta revolução, que po<strong>de</strong>rá dar frutos nas<br />

próximas décadas. No caso da Nissan, cujo capital<br />

é <strong>de</strong>tido em 40% pela renault, foi já anunciado<br />

para Portugal e Grã-Bretanha um investimento <strong>de</strong><br />

250 milhões <strong>de</strong> euros numa unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção<br />

<strong>de</strong> baterias <strong>de</strong> lítio, perspectivando para 2010 a<br />

entrega das primeiras unida<strong>de</strong>s dos seus mo<strong>de</strong>los<br />

<strong>de</strong> conceptuais eléctricos. Quanto à Mitsubishi, os<br />

responsáveis do gigante nipónico contam lançar<br />

no mercado ainda 2009 o primeiro veículo eléctrico<br />

<strong>de</strong> produção em série, o i-MiEV, veículo com 60 cv<br />

<strong>de</strong> potência e 160 km <strong>de</strong> autonomia. Para Portugal,<br />

prevê-se que a nova aposta <strong>de</strong>sta marca estará<br />

disponível para comercialização no 2º semestre <strong>de</strong><br />

2010.<br />

NotÍCiaS 7


NotÍCiaS 8<br />

LEASEPLAN APOiA rESPONSABiLiDADE<br />

SOCiAL DA EArtH WAtEr<br />

A LeasePlan, no âmbito da sua cultura <strong>de</strong> empresa socialmente responsável, incentiva a beber<br />

Earth Water, que se encontra disponível <strong>de</strong>s<strong>de</strong> finais <strong>de</strong> 2008 para venda em Portugal. Esta é uma<br />

água mineral embalada, com uma missão humanística cujo reconhecimento máximo é ser o único<br />

produto comercializado em todo o mundo com o logotipo <strong>de</strong> uma organização das Nações Unidas<br />

na embalagem. Os lucros que esta bebida <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> premium obtiver reverterão integralmente<br />

a favor <strong>de</strong>ssa organização e nos países em <strong>de</strong>senvolvimento. A Earth Water garante a doação <strong>de</strong><br />

quatro cêntimos por embalagem, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente dos lucros, valor esse que permite fornecer<br />

água potável a uma pessoa durante um dia.<br />

Portugal é o segundo país europeu a comercializar a marca, que conta com a Socieda<strong>de</strong> Central<br />

<strong>de</strong> Cervejas e Bebidas (SCC), tetra Pak, Continente, MStF Partners, Sonae, Grupo GCi e Fundação<br />

Luís Figo entre os seus parceiros. O antigo internacional português <strong>de</strong> futebol é, inclusivamente,<br />

o embaixador da Earth Water na Europa. O produto é ainda comercializado nos E.U.A., Canadá e<br />

Hol<strong>anda</strong>, França e Bélgica, para muito em breve chegar ao Japão e Espanha.<br />

O projecto Earth Water, cujo conceito é “Nunca bebe sozinho”, foi concebido para tentar<br />

minorar a tragédia que assola boa parte do mundo, que é a falta <strong>de</strong> água potável, e cuja gran<strong>de</strong><br />

consequência é a morte diária <strong>de</strong> 6000 pessoas, 80% das quais crianças.<br />

Salão <strong>de</strong> Lisboa<br />

adiado para 2011<br />

A <strong>crise</strong> financeira obrigou a Associação <strong>Auto</strong>móvel<br />

<strong>de</strong> Portugal (ACAP) a adiar o Salão internacional<br />

<strong>de</strong> <strong>Auto</strong>móvel, previsto para Maio <strong>de</strong> 2010, para o<br />

último trimestre <strong>de</strong> 2011.<br />

A <strong>de</strong>cisão é justificada pela situação que o sector<br />

automóvel tem atravessado ao longo do último ano.<br />

Em <strong>de</strong>clarações à agência Lusa, o secretário-geral<br />

da ACAP, Hél<strong>de</strong>r Pedro, explicou que a associação<br />

“achou pru<strong>de</strong>nte adiar por um ano a realização<br />

do salão”, uma vez que “não há perspectivas <strong>de</strong><br />

retoma no primeiro semestre <strong>de</strong> 2010”. “Haverá,<br />

quanto muito, uma estagnação. Por isso, a ACAP<br />

achou pru<strong>de</strong>nte adiar a realização do salão para o<br />

último trimestre <strong>de</strong> 2011, altura em que haverá mais<br />

condições para se fazer um gran<strong>de</strong> salão”, justificou<br />

Hél<strong>de</strong>r Pedro.<br />

O Salão automóvel <strong>de</strong> Lisboa é o maior evento do<br />

sector e realiza-se <strong>de</strong> 2 em 2 anos.


NotÍCiaS 10<br />

Ecológicos<br />

e seguros<br />

O prestigiado organismo que avalia a<br />

segurança dos veículos comercializados<br />

na Europa <strong>de</strong>tectou nos mais recentes<br />

testes uma maior preocupação com os<br />

peões. Segundo o secretário-geral do Euro<br />

NCAP, Michiel van ratingen, sobretudo ao<br />

nível da protecção aos peões, os híbridos<br />

Honda insight e toyota Prius, “mostram<br />

que excelentes níveis <strong>de</strong> economia <strong>de</strong><br />

combustível não impe<strong>de</strong>m um alto grau<br />

<strong>de</strong> segurança”. refira-se que até ao ano<br />

passado apenas 25% dos automóveis<br />

obtinha mais do que duas estrelas (40%)<br />

nesse tipo <strong>de</strong> teste. O motivo <strong>de</strong>sta melhoria<br />

está relacionado com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

novos projectos com a segurança dos peões<br />

por parte das marcas.<br />

Das viaturas testadas recentemente,<br />

<strong>de</strong>staca-se a atribuição da classificação<br />

máxima (cinco estrelas), além dos referidos<br />

híbridos, ao volkswagen Polo, Subaru<br />

Legacy, Kia Sorento, renault Grand Scénic<br />

e Skoda Yeti. Nesta cada vez mais exigente<br />

prova <strong>de</strong> segurança, apenas o Citroën C3<br />

não recebeu a classificação máxima, por não<br />

oferecer <strong>de</strong> série o controle <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong><br />

(ESC). Em comunicado, o organismo refere,<br />

inclusivamente, que os híbridos não só<br />

cumprem com os actuais requisitos para<br />

merecer as cinco estrelas, como já cumprem<br />

com os previstos para 2012.<br />

eCall<br />

a caminho<br />

A Comissão Europeia assinou um acordo com<br />

a GSMA, órgão que representa a indústria <strong>de</strong><br />

comunicações móveis no mundo inteiro, para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento do eCall. iniciado há cerca <strong>de</strong> quatro<br />

anos este sistema permite, em caso <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> viação, uma chamada automática ou manual<br />

para os serviços <strong>de</strong> emergência, comunicando a<br />

localização exacta do veículo e reduzindo, <strong>de</strong>sta<br />

forma, substancialmente o tempo <strong>de</strong> resposta <strong>de</strong>stes<br />

serviços.<br />

O preço associado à instalação do eCall, estimado<br />

em cerca <strong>de</strong> 100 euros por veículo, e a <strong>de</strong>mora na<br />

adaptação dos centros <strong>de</strong> urgência e na formação <strong>de</strong><br />

pessoal, po<strong>de</strong>m ser uma das principais justificações<br />

para o facto <strong>de</strong> este sistema ainda não estar<br />

operacional em qualquer país da UE. Caso não<br />

haja progressos quanto à implementação <strong>de</strong>ste<br />

sistema até ao final do ano, Bruxelas pon<strong>de</strong>ra vir<br />

a estabelecer esta tecnologia com carácter <strong>de</strong><br />

obrigatorieda<strong>de</strong> nas viaturas já em 2010. Segundo<br />

este organismo esta po<strong>de</strong>rá ser uma forma eficaz <strong>de</strong><br />

reduzir cerca <strong>de</strong> 2500 vidas aos 39 mil mortos e 1,7<br />

milhões <strong>de</strong> feridos registados nas estradas europeias<br />

em 2008. De momento, a implementação <strong>de</strong>ste<br />

sistema é voluntária mas já aplicada por autorida<strong>de</strong>s<br />

públicas, fabricantes <strong>de</strong> automóveis e operadores <strong>de</strong><br />

telemóveis.


NotÍCiaS 12<br />

OPEL iNSiGNiA:<br />

24 PrÉMiOS EM<br />

MENOS DE UM ANO<br />

O Opel insignia celebra este mês <strong>de</strong> Setembro o seu<br />

primeiro aniversário, dando à Opel mais uma razão<br />

para comemorar um número <strong>de</strong> sucessos acima da<br />

média. Des<strong>de</strong> o seu lançamento, no Outono passado,<br />

que o novo topo <strong>de</strong> gama da marca foi inundado <strong>de</strong><br />

elogios por parte <strong>de</strong> todos os sectores da indústria<br />

automóvel e do mercado, tendo rapidamente<br />

conquistado a admiração <strong>de</strong> especialistas em <strong>de</strong>sign,<br />

<strong>de</strong> a<strong>de</strong>ptos <strong>de</strong> alta tecnologia e do público consumidor.<br />

Actualmente, o Opel insignia sedan é lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vendas<br />

do seu segmento na Europa. Do seu vasto conjunto<br />

<strong>de</strong> inovações tecnológicas, <strong>de</strong>staca-se a nova geração<br />

<strong>de</strong> faróis adaptativos AFL+, o sistema <strong>de</strong> chassis<br />

adaptativo Flexri<strong>de</strong>, os bancos ergonómicos e a Câmara<br />

Opel Eye – um sistema inovador com câmara capaz <strong>de</strong><br />

reconhecer sinais <strong>de</strong> trânsito e <strong>de</strong> alertar para uma<br />

saída inadvertida da faixa <strong>de</strong> rodagem, que conquistou<br />

General Motors vai<br />

lançar 25 novos<br />

mo<strong>de</strong>los até 2011<br />

O consórcio norte-americano <strong>de</strong> automóveis, General<br />

Motors, vai lançar 25 novos mo<strong>de</strong>los das suas quatro<br />

marcas principais (Chevrolet, Cadillac, GMC e Buik)<br />

entre 2009 e 2011, <strong>de</strong> acordo com dados revelados<br />

pela Europa Press.<br />

Estes lançamentos fazem parte do processo <strong>de</strong><br />

renascimento da empresa <strong>de</strong>pois da <strong>de</strong>claração <strong>de</strong><br />

insolvência e preten<strong>de</strong>m cativar um novo tipo <strong>de</strong><br />

clientes, pelo que, em 2010, o mercado irá receber<br />

seis novos mo<strong>de</strong>los, <strong>de</strong> acordo com o presi<strong>de</strong>nte da<br />

General Motors, Fritz Hen<strong>de</strong>rson.<br />

No que se refere a marcas, a Chevrolet e a Buik<br />

lançarão <strong>de</strong>z novos automóveis, cada uma, e a<br />

Cadillac outros cinco mo<strong>de</strong>los.<br />

o prémio Plus X, o mais abrangente concurso europeu <strong>de</strong><br />

tecnologia, <strong>de</strong>sporto e lifestyle.<br />

Em menos <strong>de</strong> um ano <strong>de</strong> comercialização, o Opel insignia<br />

conquistou 24 prémios e distinções, entre os quais o<br />

título <strong>de</strong> “Carro do Ano Europeu 2009” e diversos outros<br />

atribuídos por painéis <strong>de</strong> especialistas <strong>de</strong> consumidores<br />

<strong>de</strong> 11 países. Para além disso, foi nomeado “Melhor<br />

<strong>Auto</strong>móvel Executivo <strong>de</strong> 2009” no reino Unido, Dinamarca<br />

e Eslovénia. recebeu por duas vezes o prémio <strong>de</strong> “Melhor<br />

<strong>Auto</strong>móvel Familiar” na irl<strong>anda</strong> e foi eleito o melhor mo<strong>de</strong>lo<br />

para <strong>Frotas</strong> em Portugal e na Áustria. Foi ainda galardoado<br />

em Espanha na área da Segurança.


lPcard<br />

Novas parcerias<br />

O LP Card foi concebido exclusivamente para os condutores LeasePlan, permitindo ace<strong>de</strong>r <strong>de</strong> uma<br />

forma cómoda e rápida a toda uma panóplia <strong>de</strong> serviços. Po<strong>de</strong>rá usufruir <strong>de</strong> condições especiais<br />

junto <strong>de</strong> diversas entida<strong>de</strong>s, nomeadamente, em hotéis, agências <strong>de</strong> viagens e entertainment,<br />

serviços <strong>Auto</strong>, serviços ópticos, entre outros.<br />

trata-se <strong>de</strong> um cartão sem encargos e muito simples <strong>de</strong> utilizar, bastando apenas apresentá-lo<br />

antes <strong>de</strong> efectuar a sua reserva ou pagamento, sendo-lhe efectuado o <strong>de</strong>sconto acordado com os<br />

nossos parceiros.<br />

Conheça as parcerias LP Card:<br />

agências <strong>de</strong> Viagens<br />

- Check-in viagens e turismo<br />

- Geotour<br />

- Sporski<br />

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Entertainment<br />

- Air Nimbus<br />

- A vida é Bela<br />

- Confiquatro<br />

- Grupo Persona<br />

- João Pedro themudo<br />

- Kartódromo <strong>de</strong> Évora<br />

- WD – World Driver<br />

- Yasmin Day SPA<br />

Hotéis<br />

- Casa D. Diniz<br />

- Casa Zanzibar<br />

- Estalagem Abrigo<br />

da Montanha<br />

- Estalagem do Sado<br />

- Estalagem Parque do rio<br />

- Fontana Park Hotel<br />

- Grupo Pestana<br />

- Grupo Hoteleiro Fernando<br />

Barata<br />

- Hotel Alvorada<br />

- Hotel Arribas<br />

- Hotel da Cartuxa<br />

- Hotel Fundador<br />

- Hotel Mar & Sol<br />

- Hotel Montechoro<br />

- Hotel roca Mar<br />

- Hotel royal Orchid<br />

- Hotel Solar Palmeiras<br />

- Hotéis Belver<br />

- Hotéis tivoli<br />

- Hotéis vila Gale<br />

- Pousadas <strong>de</strong> Portugal<br />

- Selecção Hotéis<br />

- Solares <strong>de</strong> Portugal<br />

- Solver<strong>de</strong>, Hotéis e casinos<br />

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Serviços auto<br />

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- Midas<br />

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Serviços Ópticos<br />

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diversos<br />

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Para mais informações consulte o nosso site em www.leaseplan.pt


Comércio<br />

ainda em queda<br />

A indústria automóvel nacional continua a <strong>de</strong>parar-se com valores <strong>de</strong> vendas em queda<br />

permanente. O panorama continua sombrio para o sector automóvel, mesmo com sinais<br />

menos negativos no <strong>de</strong>correr do verão.<br />

O mês <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2009 permitiu observar uma clara atenuação<br />

da queda acumulada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início do ano do mercado<br />

<strong>de</strong> veículos ligeiros em Portugal. Face ao mês homólogo do<br />

ano passado, verificou-se um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 14,8% (10520<br />

unida<strong>de</strong>s vendidas). O sector automóvel mantém ainda a<br />

tendência fortemente negativa que vem registando ao longo<br />

<strong>de</strong> todo o ano. Entre Janeiro e Agosto <strong>de</strong> 2009, o mercado<br />

<strong>de</strong> ligeiros <strong>de</strong> passageiros manteve a tendência <strong>de</strong>pressiva<br />

<strong>de</strong> quebra na venda <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s, 32,1% face ao mesmo período<br />

<strong>de</strong> 2008. Em valores nominais, foram comercializados<br />

nos primeiros oito meses <strong>de</strong>ste ano 100775 veículos ligeiros<br />

<strong>de</strong> passageiros.<br />

Perante números tão negativos, importa salientar dois<br />

exemplos positivos <strong>de</strong> marcas cujas vendas aumentaram<br />

no nosso país, apesar <strong>de</strong> não se encontrarem sequer na<br />

lista das quinze mais vendidas: a Chevrolet e a Saab, cujo<br />

crescimento foi <strong>de</strong> 7% e 34,9%, respectivamente. O caso do<br />

fabricante sueco é relevante, mas justifica-se pela pequena<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> automóveis comercializados entre nós (dos<br />

63 vendidos até Agosto <strong>de</strong> 2008, este ano atingiu os 85).<br />

Quanto aos construtores mais populares, nenhum fugiu à<br />

<strong>crise</strong>. Em alguns casos, a queda é acentuada, com números<br />

preocupantes, como é o caso da Opel, a marca mais afectada<br />

com a actual conjuntura (ven<strong>de</strong>u menos 56,5% que em<br />

igual período do ano passado – 18773 para apenas 8171).<br />

A renault continua a ser muito popular em Portugal, mas<br />

nem essa distinção impediu que os franceses baixassem as<br />

vendas em 42,4%, para apenas 13748 unida<strong>de</strong>s vendidas.<br />

Outros gigantes fortemente afectados são a Seat (menos<br />

40,1%), Honda (quebras na or<strong>de</strong>m dos 40%) e Peugeot (com


venda <strong>de</strong> veículos ligeiros em Portugal<br />

agosto 2009 Janeiro<br />

agosto 2009<br />

Ligeiros <strong>de</strong> Passageiros 10.520 -14,8% 100.775 -32,1%<br />

Comerciais Ligeiros 2.382 -23,8% 23.123 -36,7%<br />

total <strong>de</strong> Ligeiros 12.902 -16,7% 123.898 -33,0%<br />

veículos Pesados 192 -46,8% 2.642 -40,9%<br />

total Mercado <strong>Auto</strong>móvel 13.094 -17,3% 126.540 -33,2%<br />

Fonte: ACAP - Associação <strong>Auto</strong>móvel <strong>de</strong> Portugal<br />

uma baixa <strong>de</strong> 36,4%). Aliás, entre as principais marcas, a<br />

que menos sentiu estes tempos conturbados foi a Audi,<br />

cujas perdas quedaram-se pelos 11,2%, ven<strong>de</strong>ndo até Agosto<br />

<strong>de</strong>ste ano 4374 contra os 4926 do período homólogo <strong>de</strong><br />

2008.<br />

Ligeiros comerciais da Fiat em alta no mês <strong>de</strong> Agosto<br />

também os veículos comerciais ligeiros sofreram uma quebra,<br />

assistindo-se, em Agosto, a um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 23,8%<br />

em relação ao mês homólogo do ano anterior, com 2382 vendas.<br />

O gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>staque, pela positiva, vai para a Fiat, cujas<br />

vendas subiram 36%, <strong>de</strong> 146 para 228 unida<strong>de</strong>s e vieram<br />

atenuar o período negro que também afecta o grupo italiano.<br />

De resto, o panorama é sombrio, com a Citroën, novo lí<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> mercado, a sofrer um rombo <strong>de</strong> 14,7%. Mas, se houvesse<br />

prémio para a queda mais dramática na época <strong>de</strong> verão, essa<br />

ficaria na posse da renault, que em 2008 li<strong>de</strong>rou as vendas<br />

no mês <strong>de</strong> Agosto e que este ano <strong>de</strong>scresceu 47,5%.<br />

No comparativo global, entre Janeiro e Agosto, o mercado caiu<br />

36,7% em relação a igual período prece<strong>de</strong>nte, o que correspon<strong>de</strong><br />

a um total <strong>de</strong> 23123 unida<strong>de</strong>s comercializadas. Nenhuma<br />

das principais marcas foge ao cenário: Opel com uma impressionante<br />

quebra <strong>de</strong> 58,5%, renault a cair 50,2% e volkswagen<br />

a baixar 50%, só para citar os casos mais sonantes.<br />

Com alguns programas <strong>de</strong> incentivos ao abate já esgotados,<br />

como nos EUA e na Alemanha, a maioria dos quais a terminar<br />

no final do ano, acrescem os receios <strong>de</strong> uma nova queda<br />

<strong>de</strong> vendas em 2010. Em Portugal, estes incentivos começam<br />

agora a colher os primeiros frutos, mas, sem continuida<strong>de</strong><br />

em 2010, dificilmente salvarão o mercado <strong>de</strong> novas quedas.<br />

O alargamento do <strong>de</strong>sconto no imposto Sobre veículos parece<br />

estar a trazer os portugueses <strong>de</strong> volta aos stands. A própria<br />

Associação dos Construtores <strong>Auto</strong>móveis Europeus já<br />

fez notar que a recuperação do mercado automóvel europeu<br />

em 2010 po<strong>de</strong>rá estar comprometida, caso os esquemas <strong>de</strong><br />

incentivo sejam retirados abruptamente nos 13 países em<br />

que foram lançados.<br />

venda <strong>de</strong> veículos ligeiros em Portugal *<br />

Janeiro a agosto<br />

Unida<strong>de</strong>s % % no Mercado<br />

2009 2008 Var. 2009 2008<br />

renault 13.748 23.865 -42,4 11,10 12,91<br />

Ford 10.060 14.345 -29,9 8,12 7,76<br />

Citröen 9.953 13.920 -28,5 8,03 7,53<br />

volkswagen 9.621 13.434 -28,4 7,77 7,27<br />

Peugeot 9.599 15.097 -36,4 7,75 8,17<br />

Opel 8.171 18.773 -56,5 6,59 10,16<br />

Fiat 7.870 10.160 -22,5 6,35 5,50<br />

toyota 7.774 10.994 -29,3 6,27 5,95<br />

Seat 5.927 9.901 -40,1 4,78 5,36<br />

Merce<strong>de</strong>s 5.642 6.603 -14,6 4,55 3,57<br />

BMW 4.878 7.088 -31,2 3,94 3,83<br />

Audi 4.374 4.926 -11,2 3,53 2,66<br />

Nissan 3.392 4.646 -27,0 2,74 2,51<br />

Mitsubishi 2.961 4.278 -30,8 2,39 2,31<br />

Mazda 2.460 3.310 -25,7 1,99 1,79<br />

Honda 2.406 4.008 -40,0 1,94 2,17<br />

Chevrolet 2.310 2.159 7,0 1,86 1,17<br />

Kia 1.880 2.189 -14,1 1,52 1,18<br />

Hyundai 1.620 2.211 -26,7 1,31 1,20<br />

Smart 1.615 1.987 -18,7 1,30 1,07<br />

Skoda 1.565 2.797 -44,0 1,26 1,51<br />

volvo 1.082 1.534 -29,5 0,87 0,83<br />

MiNi 738 1.078 -31,5 0,60 0,58<br />

Alfa romeo 723 579 24,9 0,58 0,31<br />

iveco 568 893 -36,4 0,46 0,48<br />

Lancia 467 482 -3,1 0,38 0,26<br />

Suzuki 459 1.270 -63,9 0,37 0,69<br />

Dacia 358 210 70,5 0,29 0,11<br />

isuzu 288 428 -32,7 0,23 0,23<br />

Jeep 281 273 2,9 0,23 0,15<br />

Dodge 210 114 84,2 0,17 0,06<br />

Lexus 174 219 -20,5 0,14 0,12<br />

Porsche 172 168 2,4 0,14 0,09<br />

Jaguar 128 257 -50,2 0,10 0,14<br />

Land rover 107 219 -51,1 0,09 0,12<br />

Saab 85 63 34,9 0,07 0,03<br />

Subaru 78 89 -12,4 0,06 0,05<br />

Daihatsu 50 64 -21,9 0,04 0,03<br />

Chrysler 39 146 -73,3 0,03 0,08<br />

Ferrari 22 10 120,0 0,02 0,01<br />

Aston Martin 19 21 -9,5 0,02 0,01<br />

Bentley 8 6 33,3 0,01 0,00<br />

tata 7 5 40,0 0,01 0,00<br />

Maserati 6 13 -53,8 0,00 0,01<br />

Lamborghini 2 0 … 0,00 0,00<br />

Lotus 1 3 -66,7 0,00 0,00<br />

Piaggio 0 0 … 0,00 0,00<br />

Daimler 0 1 … 0,00 0,00<br />

Mahindra 0 5 … 0,00 0,00<br />

Ssang Yong 0 14 … 0,00 0,01<br />

Total 123.898 184.855 -33,0 100,00 100,00<br />

* Ínclui veículos Ligeiros <strong>de</strong> Passageiros, todo-o-terreno e Com. Ligeiros<br />

Fonte: ACAP - Associação <strong>Auto</strong>móvel <strong>de</strong> Portugal<br />

NOtA: Com base no instrumento <strong>de</strong> Notação registado no iNE sob o nº 1892, válido até 09.12.31<br />

MerCadoS 15


li<strong>de</strong>ranças<br />

consistentes<br />

Se, por um lado, a Merce<strong>de</strong>s-Benz mantém a intromissão entre japoneses, por outro, a<br />

Fiat ganha terreno entre lí<strong>de</strong>res ligeiros comerciais, segundo as tabelas <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong><br />

da LeasePlan referentes ao período 1 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2008 e 31 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2009.<br />

No pódio da tabela <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong> da frota <strong>de</strong> veículos<br />

ligeiros <strong>de</strong> passageiros da LeasePlan Portugal regista-se<br />

apenas uma alteração face ao anterior relatório (análise <strong>de</strong><br />

1 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2008 a 28 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2009) – uma troca<br />

<strong>de</strong> posições entre Mitsubishi, agora no terceiro posto, e Nissan,<br />

que <strong>de</strong>sce para quarto.<br />

A Honda e a Merce<strong>de</strong>s-Benz seguram o primeiro e segundo<br />

lugares com 1,60 e 1,73 intervenções médias por veículo, respectivamente,<br />

mas note-se que, ao passo que a Honda apresenta<br />

um resultado ligeiramente pior em duas décimas, a Merce<strong>de</strong>s<br />

melhora consecutivamente a sua marca, que estava em<br />

1,77 operações, sedimentando a posição germânica entre os<br />

nipónicos do costume e aproximando-se do topo. De ressalvar<br />

que o resultado apresentado pela Merce<strong>de</strong>s é <strong>de</strong> facto digno<br />

<strong>de</strong> registo, especialmente se consi<strong>de</strong>rarmos que os seus 1144<br />

ligeiros <strong>de</strong> passageiros (mais 14) ultrapassam significativamente<br />

em número as frotas <strong>de</strong> Honda (os mesmos 183 veículos<br />

anteriores), Mitsubishi (37) e Nissan (51) juntas.<br />

No pódio, a habitualmente volátil Mitsubishi conta 1,76<br />

intervenções médias na mais pequena frota <strong>de</strong> ligeiros <strong>de</strong><br />

passageiros da LeasePlan, melhorando em muito o anterior<br />

resultado (1,97) e distanciando-se da Nissan, que soma 94<br />

intervenções em 51 veículos, ou seja, 1,84 intervenções por<br />

automóvel.<br />

A Opel – <strong>de</strong>stacada como a maior frota dos registos, com<br />

6516 <strong>carro</strong>s –, por seu turno, é o furão da tabela, subindo<br />

três lugares, para sexto, com 2,08 intervenções médias –<br />

apenas mais duas décimas que o valor anterior, cuja subida<br />

se justifica pelas quedas acentuadas <strong>de</strong> outras marcas no<br />

período em análise.


vW<br />

rENAULt<br />

PEUGEOt<br />

FiAt<br />

SKODA<br />

ALFA rOMEO<br />

AUDi<br />

NiSSAN<br />

CitrOEN<br />

FOrD<br />

MitSUBiSHi<br />

SEAt<br />

OPEL<br />

MAZDA<br />

tOYOtA<br />

MErCEDES<br />

BMW<br />

HONDA<br />

0,00<br />

0,00<br />

0,00<br />

0,00<br />

Sempre no fundo tem estado, no 18.º posto, a volkswagen,<br />

apesar <strong>de</strong> ter melhorado percentualmente em sete décimas,<br />

com 2,60 intervenções médias nos seus 4649 <strong>carro</strong>s, mantendo-se<br />

como a terceira maior frota da LeasePlan Portugal,<br />

após Opel e renault (5464).<br />

Mazda irredutível <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Verão passado<br />

No segmento dos veículos ligeiros comerciais, a pequena<br />

frota <strong>de</strong> 39 veículos da Mazda não <strong>de</strong>scola da li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

o verão passado, agora com uma média <strong>de</strong> 1,95 intervenções,<br />

piorando o anterior resultado numa décima apenas.<br />

Segue-se novamente a mais pequena frota LeasePlan <strong>de</strong> comerciais<br />

(cada vez mais pequena, diga-se, se é que frota é<br />

termo que se aplique nestas circunstâncias): a Skoda, <strong>de</strong>sta<br />

feita com apenas dois <strong>carro</strong>s e quatro operações, mantendo<br />

as mesmas duas intervenções médias anteriores, segurando<br />

o segundo posto.<br />

Subindo uma posição, a Fiat está agora em terceiro, com<br />

um valor distante dos lí<strong>de</strong>res: 2,17 intervenções médias<br />

que permitiram aos transalpinos ultrapassarem a Peugeot,<br />

que se encontra em queda suave <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> já ter estado em<br />

1,60<br />

1,76<br />

1,73<br />

1,84<br />

1,95<br />

2,00<br />

2,00<br />

2,09<br />

2,08<br />

2,08<br />

2,22<br />

2,23<br />

2,17<br />

2,17<br />

2,16<br />

2,25<br />

2,26<br />

2,34<br />

2,39<br />

2,37<br />

2,37<br />

2,60<br />

2,50<br />

2,48<br />

2,56<br />

2,66<br />

2,54<br />

2,51<br />

2,57<br />

2,56<br />

2,65<br />

2,70<br />

Média <strong>de</strong><br />

intervenções<br />

<strong>de</strong> 01.06.2008 até<br />

31.05.2009 por<br />

veículo ligeiro <strong>de</strong><br />

passageiros<br />

Média <strong>de</strong><br />

intervenções<br />

<strong>de</strong> 01.06.2008 até<br />

31.05.2009 por<br />

veículo comercial<br />

ligeiro<br />

segundo e em terceiro. Na realida<strong>de</strong>, a quebra da Peugeot<br />

neste período é algo significativa, apontando 3030 intervenções<br />

em 1366 veículos, o que se traduz em 2,22 operações<br />

médias naquela que é a segunda maior frota do Top Ten dos<br />

comerciais e a terceira maior do conjunto total <strong>de</strong> marcas<br />

abrangidas neste segmento, após Opel (3298) e renault<br />

(2612).<br />

Nem a propósito, a Opel, que assim segura ambos os títulos<br />

das frotas mais numerosas (e sempre a crescer!), subiu aqui<br />

um lugar, situando-se em quinto, com o resultado <strong>de</strong> 2,37<br />

intervenções médias, percentualmente a par com a sexta<br />

classificada Ford, que apresenta 2135 operações em 899 veículos<br />

e que <strong>de</strong>sceu uma posição.<br />

A subida mais relevante, para sétimo, é protagonizada pela<br />

Mitsubishi, dando entrada no clube dos <strong>de</strong>z primeiros com<br />

uma média <strong>de</strong> 2,48 intervenções referentes a 568 intervenções<br />

em 229 <strong>carro</strong>s.<br />

Não fugindo à regra, damos registo do último posicionado –<br />

novamente a toyota, em 14.º, ainda assim melhorando consecutivamente,<br />

<strong>de</strong>sta feita em quatro décimas, o número <strong>de</strong><br />

intervenções médias (2,70) nos seus 793 <strong>carro</strong>s.<br />

diSPoNiBilida<strong>de</strong> 17


laNÇaMeNtoS 18<br />

A maioria dos fabricantes, aproveitando a “boleia” do importante salão <strong>de</strong> Frankfurt,<br />

aposta forte para o último terço do ano, com lançamentos para todos os gostos. Numa<br />

altura em que a palavra <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m é ressuscitar o volume <strong>de</strong> vendas, as propostas que<br />

se seguem sublinham o esforço ecológico e a visão <strong>de</strong> futuro optimista da indústria.<br />

tODA A CArNE<br />

NO ASSADOr


Porsche Panamera<br />

A nova aposta da Porsche chegou ao mercado nacional em Setembro,<br />

em simultâneo com o advento do salão <strong>de</strong> Frankfurt.<br />

Segundo dados do fabricante alemão, só em Portugal foram<br />

feitas mais <strong>de</strong> 3 mil encomendas <strong>de</strong>ste mo<strong>de</strong>lo, sendo <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar<br />

que entre 80 e 85% dos pedidos foram feitos por clientes<br />

que nunca tinham optado por esta marca <strong>de</strong> prestígio. Os<br />

interessados po<strong>de</strong>rão optar pelas já disponíveis versões Panamera<br />

S, 4S e turbo. Só no final <strong>de</strong> 2010 estará disponível a<br />

versão v6 e, apesar <strong>de</strong> sem data <strong>de</strong> lançamento prevista, ainda<br />

é esperada uma versão híbrida do Panamera. O preço <strong>de</strong>ste<br />

bóli<strong>de</strong> começa nos 134.561 € com o S e acaba nos 174.431 €<br />

com o turbo.<br />

Estamos perante um respeitável motor <strong>de</strong> 500 cavalos, já dado<br />

a conhecer em Abril, no último Salão do <strong>Auto</strong>móvel <strong>de</strong> Xan-<br />

gai, na China. Estima-se que as vendas po<strong>de</strong>rão atingir, pelo<br />

menos, 20 mil unida<strong>de</strong>s no espaço <strong>de</strong> um ano. Olhando para<br />

a típica silhueta da Porsche, bem patente no Panamera, constatamos<br />

que todo o know-how dos engenheiros foi investido<br />

neste espaçoso Grand turismo, que representa uma expansão<br />

do seu portfolio.<br />

Jaguar XJ<br />

revelada ao mundo no último salão internacional <strong>de</strong> Frankfurt,<br />

a nova geração XJ <strong>de</strong>staca-se pela <strong>carro</strong>çaria maioritariamente<br />

construída em alumínio (usando mais <strong>de</strong> 50% <strong>de</strong><br />

material reciclado), <strong>de</strong>ntro dos padrões estabelecidos pelo<br />

recente proprietário, o construtor indiano tata Motors. O nível<br />

da estrutura e sobretudo a qualida<strong>de</strong> dos seus materiais,<br />

além <strong>de</strong> representar um upgra<strong>de</strong> em refinamento e segurança<br />

Porsche Panamera<br />

O super <strong>de</strong>sportivo é também<br />

um sucesso em Portugal<br />

laNÇaMeNtoS 19


laNÇaMeNtoS 20<br />

Jaguar XJ<br />

O estado-da-arte em <strong>carro</strong>s <strong>de</strong>sportivos <strong>de</strong> luxo<br />

BMW X1<br />

versões do crossover foram lançadas em Frankfurt<br />

superior, permite que este sedan seja o mais leve da sua classe.<br />

Exibindo linhas inspiradas no XF, esta nova aposta da marca<br />

britânica tem sob o capot o novo propulsor 5.0 litros v8,<br />

com faixas <strong>de</strong> potência que vão <strong>de</strong> 385 cv até 510 cv, quando<br />

sobrealimentado por um compressor. De acordo com a Jaguar,<br />

o XJ acelera <strong>de</strong> zero a 100 km/h em 4,9 segundos na versão<br />

“top” Supersport.<br />

Estamos perante um mo<strong>de</strong>lo que representa simultaneamente<br />

o melhor do universo <strong>de</strong>sportivo e clássico. É dos mais aerodinâmicos<br />

Jaguar <strong>de</strong> sempre, com um <strong>de</strong>sign fluído e <strong>de</strong>sportivo,<br />

conforto, espaço e equipamento tecnologicamente<br />

superior, prontos a encantar o mais exigente dos condutores.<br />

E, acima <strong>de</strong> tudo, comprova que a marca cumpre com o lema<br />

<strong>de</strong> construir <strong>carro</strong>s <strong>de</strong>slumbrantes e velozes.<br />

BMW X1<br />

Disponível a partir <strong>de</strong> Novembro na Europa, o X1 é apresentado<br />

como um SAv (Sport Activity vehicle, ou seja, viatura <strong>de</strong><br />

activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sportiva) representa uma das principais apostas<br />

do fabricante alemão para conquistar o, cada vez mais<br />

dodge Caliber<br />

Novo motor a diesel apresentado em Frankfurt<br />

VW Golf Vi Variant<br />

Carrinha surge em Novembro na senda dos restylings Golf<br />

povoado, segmento <strong>de</strong> pequenos crossovers. No que toca a<br />

dimensões, estamos perante uma versão 10cm mais curta que<br />

a actual do X3. A verda<strong>de</strong> é que o X1 assemelha-se mais à<br />

plataforma modificada do série 3, que à <strong>de</strong> um série 1. Como<br />

tal, maiores parecenças a uma station wagon que a um offroa<strong>de</strong>r.<br />

Apesar <strong>de</strong> não fugir muito aos padrões estéticos dos<br />

últimos BMW, é um <strong>carro</strong> compacto bonito e espaçoso (tem<br />

4,45 metros <strong>de</strong> comprimento e leva cinco passageiros). O<br />

compartimento <strong>de</strong> bagagem tem capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 420 litros que<br />

po<strong>de</strong> aumentar para 1350 litros, com os bancos traseiros rebatidos.<br />

O X1 disponibiliza configurações para uma condução<br />

com tracção traseira (rWD) ou integral (4x4), duas motorizações<br />

a gasolina (um 141cv 2.0 e 258cv 3.0 <strong>de</strong> seis cilindros) e<br />

três a diesel 2.0 litros (141cv, 175cv e uma versão twin-turbo<br />

que alcança 201cv).<br />

Dodge Caliber<br />

A versão actualizada <strong>de</strong>ste crossover surge com o interior re<strong>de</strong>senhado<br />

e motores mais potentes, sendo um <strong>de</strong>les a novida<strong>de</strong><br />

a diesel para a Europa. No interior encontramos um novo


painel feito com materiais melhores e um novo grafismo, além<br />

<strong>de</strong> comandos do ar-condicionado e o porta-objectos à frente<br />

da alavanca <strong>de</strong> mudanças. Nos equipamentos, a Dodge incluiu<br />

o sistema <strong>de</strong> som com ligação Bluetooth para telemóveis.<br />

Em estreia no mercado europeu, <strong>de</strong>staca-se o bloco <strong>de</strong><br />

2,2 litros com 163 cv <strong>de</strong> potência, mais 16% em relação ao<br />

antigo 2,0 litros <strong>de</strong> 140 cv. Disponíveis nos restantes mercados,<br />

seguem-se também as opções a gasolina, com um<br />

novo 2,0 litros (156 cv) – em substituição do 1,8 l <strong>de</strong> 150 cv<br />

- e o agora topo <strong>de</strong> gama <strong>de</strong> 2,4 l e quatro cilindros (170 cv).<br />

O facto é que o grupo Chrysler foi obrigado a aumentar a produção<br />

na fábrica <strong>de</strong> illinois, em mais 10 mil unida<strong>de</strong>s até ao<br />

final do ano, para dar resposta à enorme procura <strong>de</strong>ste compacto,<br />

<strong>de</strong>tentor <strong>de</strong> um dos mais eficientes níveis <strong>de</strong> consumo<br />

do seu segmento.<br />

Volkswagen Golf Variant<br />

Apesar da aposta na reformulação da sexta geração Golf, a vW<br />

parece ter optado por não arriscar tanto com versão variant.<br />

A frente inspirada na versão hatchback (on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>stacam os<br />

grupos ópticos rasgados e uma grelha mais dinâmica) foi as-<br />

sociada à <strong>carro</strong>çaria antiga, apenas com alterações <strong>de</strong> monta<br />

na quinta porta, pára-choques traseiro – agora pintado da<br />

cor da <strong>carro</strong>çaria - e o vinco que liga os farolins. Partilhando<br />

a maioria das motorizações com o Golf, a variant surge disponível<br />

em três versões (trendline, Comfortline e Highline) e<br />

partindo <strong>de</strong> três motores: o tSi turbo <strong>de</strong> 1,4 litros a gasolina<br />

<strong>de</strong> 122 cv e as unida<strong>de</strong>s turbodiesel <strong>de</strong> 1,6 e 2,0 litros (105 e<br />

140 cv, respectivamente). A motorização mais económica é a<br />

opção 1.6 a diesel <strong>de</strong> 105 cv, com apenas 4,5 l/100 km. A outra<br />

unida<strong>de</strong> a diesel tem um consumo médio homologado <strong>de</strong> 5,0<br />

l/100 km. Já os motores tSi gastam entre 6,0 e 6,4l/100 km.<br />

todos os motores surgem equipados com caixas manuais <strong>de</strong><br />

cinco ou seis velocida<strong>de</strong>s, contudo todos eles po<strong>de</strong>rão acoplar<br />

alternativamente uma caixa automática DSG <strong>de</strong> sete relações.<br />

No interior, a variant ganhou um painel re<strong>de</strong>senhado mas muito<br />

parecido ao antigo, e praticamente igual às versões Golf <strong>de</strong><br />

3 e 5 portas.<br />

Saab 9-4X<br />

Anunciado inicialmente para o final <strong>de</strong> 2008, e na altura vítima<br />

da <strong>crise</strong>, o novo SUv da marca sueca surge a tempo <strong>de</strong><br />

laNÇaMeNtoS 21


laNÇaMeNtoS 22<br />

Saab 9-4X<br />

Após adiamento, SUv surge no fim do ano<br />

Skoda Yeti<br />

Fabricante checo entra no segmento dos pequenos crossovers<br />

a ajudar a aumentar o número <strong>de</strong> vendas e recuperar o seu<br />

peso no mercado mundial.<br />

Este novo e luxuoso compacto é a aposta num segmento<br />

lucrativo, on<strong>de</strong> irá esgrimir argumentos com o BMW X5 (<strong>de</strong><br />

on<strong>de</strong> parece ter colhido alguma inspiração) e o volvo XC90.<br />

Além disso, a inspiração no 9-3 faz-se notar por <strong>de</strong>ntro,<br />

através do seu impressionante habitáculo, muito virado<br />

para o condutor, mas também por fora, numa frente e traseira<br />

similares ao irmão mais pequeno.<br />

O selo BioPower é uma tentativa <strong>de</strong> fazer <strong>de</strong>ste 4x4 um off-<br />

-roa<strong>de</strong>r com consciência ambiental. É possível optar por<br />

gasolina sem chumbo, bioetanol (E85) ou uma mistura <strong>de</strong><br />

ambos, significando uma oferta <strong>de</strong> 300 cv a partir <strong>de</strong> um<br />

motor turbo <strong>de</strong> 2,0 litros. O sistema <strong>de</strong> condução XWD permite<br />

enviar a energia para as rodas traseiras a maior parte<br />

do tempo – e usa apenas as quatro quando necessário.<br />

Contudo, apesar da possibilida<strong>de</strong> acrescida <strong>de</strong> reduzir <strong>de</strong><br />

50 a 70% as emissões <strong>de</strong> CO2, a limitação <strong>de</strong> postos <strong>de</strong><br />

abastecimento do bioetanol po<strong>de</strong> limitar as suas cre<strong>de</strong>nciais<br />

“ver<strong>de</strong>s”.<br />

Kia Magentis<br />

O arrojado facelift po<strong>de</strong> fazê-lo “subir <strong>de</strong> divisão”<br />

Nissan Cube<br />

Formas invulgares versus apetite voraz<br />

Skoda Yeti<br />

A partir <strong>de</strong> Novembro já estará disponível no mercado nacional<br />

o quinto mo<strong>de</strong>lo da Skoda, o Yeti. Apresentado ao público em<br />

Março, no Salão <strong>de</strong> Genebra, esta aposta da Skoda entretanto<br />

saída da linha <strong>de</strong> montagem da fábrica <strong>de</strong> Kvasiny, é proposta,<br />

numa primeira fase, com dois blocos a gasolina (1.2 tSi <strong>de</strong> 105<br />

cv e 1.8 tSi <strong>de</strong> 160 cv) e o motor a diesel 2.0 tDi com vários níveis<br />

<strong>de</strong> potência (110, 140 e 170 cv). A transmissão DSG estará<br />

disponível na versão 1.2 tSi. O Yeti baseia-se na plataforma do<br />

Octavia e o sistema <strong>de</strong> tracção é o mesmo do Octavia Scout.<br />

Com um comprimento total <strong>de</strong> 4,223 metros, largura <strong>de</strong> 1,793<br />

metros, altura <strong>de</strong> 1,691 metros, e distância entre eixos <strong>de</strong><br />

2,578 metros, o novo mo<strong>de</strong>lo da marca checa é proposto com<br />

tracção dianteira ou tracção integral permanente. Devido à sua<br />

envergadura e espaço, po<strong>de</strong> facilmente suportar cinco passageiros.<br />

A mala aguenta até 416 litros, que po<strong>de</strong> esten<strong>de</strong>r-se até aos<br />

1760 litros quando rebatidos os bancos. Este mo<strong>de</strong>lo, que foi<br />

buscar a sua <strong>de</strong>signação ao “abominável homem das neves”,<br />

representa uma excelente conjugação entre um forte 4x4 e um<br />

prático hatchback na linha <strong>de</strong> um Nissan Qashqai.


Kia Magentis<br />

Na revolução estética do Magentis em 2009, <strong>de</strong>stacam-se, sobretudo,<br />

as mudanças na frente, com uma nova grelha cromada<br />

e faróis mais bicudos. Já a traseira lembra a <strong>de</strong> um BMW. Certo é<br />

que, apesar <strong>de</strong> não po<strong>de</strong>r concorrer com os “big boys”, este Kia<br />

tem porte e alguns argumentos para ombrear com propostas<br />

como o novo vW Golf, Citroën C4 ou o Ford Mon<strong>de</strong>o. Contudo,<br />

o preço mais elevado em relação ao anterior mo<strong>de</strong>lo, apesar<br />

do upgra<strong>de</strong> em potência do motor, agora disponibilizando 164<br />

cv (em vez dos 145 cv) num bloco <strong>de</strong> 2.0 litros 16v, talvez possa<br />

ser dissuasor. Afinal, e apesar do sucesso que a marca coreana<br />

tem conseguido, sobretudo em terras americanas, estamos perante<br />

um <strong>carro</strong> com algumas condicionantes no mercado europeu.<br />

A começar pelo <strong>de</strong>sign interior algo ultrapassado e a qualida<strong>de</strong><br />

dos materiais. Mesmo com a dimensão imponente, típica<br />

dos mo<strong>de</strong>los para executivos, na prática a performance na condução,<br />

conforto e espaço po<strong>de</strong>m não estar à altura dos rivais.<br />

De série, o Kia Magentis traz airbag duplo, travões com ABS<br />

e caixa automática. Oferecendo os já habituais 5 anos <strong>de</strong> garantia,<br />

sem limite <strong>de</strong> quilometragem, a Kia po<strong>de</strong> captar mais<br />

V LEASEPLAN alguns 210x149 clientes 4/22/09 no difícil 11:51 mercado AM Page 1 do velho continente.<br />

Nissan Cube<br />

Após uma década <strong>de</strong> sucesso no Japão, que lhe valeram mais<br />

<strong>de</strong> 1 milhão <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s produzidas, a variante europeia do<br />

Cube chega em Novembro ao mercado português com duas<br />

motorizações, incluindo uma diesel (1.5 dCi com 106 cv). Já a<br />

gasolina disponibiliza um motor com a mesma cilindrada e 111<br />

cavalos <strong>de</strong> potência.<br />

Apesar do seu audacioso aspecto, o Cube parece estar a<br />

agradar sobretudo a consumidores <strong>de</strong> meia-ida<strong>de</strong>, que o<br />

encaram como um “dispositivo móvel”, a um preço competitivo,<br />

num <strong>carro</strong> <strong>de</strong> características únicas. Da parte do<br />

fabricante japonês, este pequeno mo<strong>de</strong>lo parece reunir<br />

condições para o seu sucesso global. De tal forma que esta<br />

terceira geração (e mundial) do Cube teve a colaboração <strong>de</strong><br />

engenheiros europeus e americanos. Erguido da plataforma<br />

do Micra, além das formas rectilíneas e uma ou outra assimetria<br />

apelativa, o que se <strong>de</strong>staca neste “cubo” é o interior<br />

espaçoso e chamativo. A funcionalida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>streza garantidas<br />

são <strong>de</strong> tal or<strong>de</strong>m que, segundo a Nissan, este é um tipo<br />

<strong>de</strong> <strong>carro</strong> tão especial que irá atrair mesmo aqueles que não<br />

se interessam por automóveis.<br />

laNÇaMeNtoS 23


Des<strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong>ste ano que muitos economistas têm vindo a projectar cenários optimistas<br />

para a economia e para a indústria automóvel, concordando que o pior já passou,<br />

perante sinais <strong>de</strong> recuperação um pouco por todo o mundo. Os planos <strong>de</strong> incentivo<br />

fiscal ajudaram as vendas e aceleraram a produção. O corte <strong>de</strong> custos e o lançamento<br />

<strong>de</strong> veículos populares são também parte da solução.<br />

A CriSE ANDA DE CArrO


Governos <strong>de</strong> vários países <strong>de</strong>cidiram implementar medidas<br />

<strong>de</strong> incentivo para os construtores, especialmente na Alemanha,<br />

tendo a UE registado melhorias na compra <strong>de</strong> veículos<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> Maio e Junho. Segundo um estudo Bank of America<br />

Securities-Merrill Lynch, a retoma da indústria automóvel<br />

será reflexo da reestruturação das economias <strong>de</strong>senvolvidas.<br />

também nos EUA a <strong>crise</strong> obrigou as construtoras a<br />

pedirem ajuda ao governo para a manutenção das suas operações.<br />

O mercado americano estabilizou no segundo trimestre do<br />

ano, com um crescimento <strong>de</strong> 1%, por comparação com o trimestre<br />

anterior, ainda assim 32% inferior ao registado em<br />

período homólogo do ano passado, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>, no dia 24 <strong>de</strong><br />

Julho, o Congresso norte-americano ter aprovado o programa<br />

Car Allowance rebate System, que oferece, ao longo <strong>de</strong><br />

quatro meses, acesso a um crédito <strong>de</strong> 4500 dólares (cerca<br />

<strong>de</strong> 3061 euros) na troca <strong>de</strong> um veículo antigo por outro menos<br />

poluente.<br />

Jean-Michel Jalinier, que assumiu a li<strong>de</strong>rança da renault<br />

Mercosul em Maio, afirmou entretanto à reuters que a empresa<br />

passa por um processo global <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> custos,<br />

acentuado pela <strong>crise</strong> financeira internacional. Não obstante,<br />

a renault lançou sete veículos nos últimos três anos e preten<strong>de</strong><br />

reforçar a presença em alguns segmentos, como por<br />

exemplo nas pickups, além <strong>de</strong> reforçar a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> concessionários,<br />

<strong>de</strong>cisiva para novas conquistas.<br />

Nisto, <strong>de</strong>senvolvem-se outras perspectivas, nomeadamente<br />

na Europa, para a mobilida<strong>de</strong> sustentável nos próximos anos,<br />

sobretudo a partir dos profundos impactos da actual <strong>crise</strong>, que<br />

colocou General Motors e volkswagen em xeque. Mas para os<br />

optimistas, até as <strong>crise</strong>s trazem consequências positivas, como<br />

a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se escutarem mais atentamente i<strong>de</strong>ias menos<br />

convencionais e ortodoxas.<br />

Neste prisma, a discussão em torno da mobilida<strong>de</strong> sustentável<br />

parece não po<strong>de</strong>r dissociar-se da mudança <strong>de</strong> paradigma<br />

quanto à forma como as pessoas se locomovem – o que po<strong>de</strong>rá<br />

contribuir para a emergência <strong>de</strong> um novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong>.<br />

Defen<strong>de</strong>m os estudiosos <strong>de</strong> ciência política, Weert Canzler<br />

e Andreas Knie, que o <strong>de</strong>bate não se restringe ao tipo <strong>de</strong> combustível<br />

que moverá os veículos, abarcando inovações organizacionais<br />

e culturais <strong>de</strong> fundo, com a convergência <strong>de</strong> sectores<br />

que até agora não se comunicavam, adaptando mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />

negócios.<br />

Na visão <strong>de</strong> Canzler e Knie, a indústria automóvel <strong>de</strong>ixará <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r<br />

<strong>carro</strong>s, admitindo que essa já nem é a sua “praia”, mas sim o<br />

financiamento das vendas – que, conforme os autores, respondia<br />

por cerca <strong>de</strong> 70% do resultado económico das empresas até<br />

ao ano passado. Como um dos principais motores da economia<br />

mundial <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o pós-guerra, a indústria automóvel precisará <strong>de</strong><br />

se reinventar novamente e quanto antes, já que a questão climática,<br />

a escassez <strong>de</strong> recursos não renováveis e os problemas<br />

<strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> nas gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s exigem urgência.<br />

teMa <strong>de</strong> CaPa 25


teMa <strong>de</strong> CaPa 26<br />

Ambos os autores sugerem que as empresas <strong>de</strong> transportes<br />

públicos assumam e operem frotas <strong>de</strong> bicicletas e <strong>carro</strong>s<br />

públicos como elementos centrais da mobilida<strong>de</strong> urbana do<br />

futuro. Do sector energético viriam, não só a oferta <strong>de</strong> novos<br />

produtos, mas novos mo<strong>de</strong>los tarifários, e as tecnologias <strong>de</strong><br />

informação encarregar-se-iam <strong>de</strong> articular, organizar, distribuir<br />

e racionalizar o transporte nas cida<strong>de</strong>s.<br />

Novos incentivos aos abates anteciparam corrida à compra<br />

<strong>de</strong> automóveis<br />

Com alguns programas <strong>de</strong> incentivos já esgotados, como nos<br />

EUA e na Alemanha, e a maioria <strong>de</strong>les a terminar no final do<br />

ano, crescem os receios <strong>de</strong> uma nova queda <strong>de</strong> vendas em<br />

2010. Em Portugal, um dos 13 países da UE que abraçaram<br />

este programa, o incentivo ao abate <strong>de</strong> veículos em fim <strong>de</strong> vida<br />

registou, em 2008, o número recor<strong>de</strong> <strong>de</strong> 36128 viaturas – mais<br />

125,4% do que no ano anterior. No entanto, em Maio <strong>de</strong>ste<br />

ano as vendas <strong>de</strong> <strong>carro</strong>s continuavam em queda e as medidas<br />

tomadas pelo Executivo não eram suficientes. O Governo implementara<br />

um Plano <strong>de</strong> Apoio ao Sector <strong>Auto</strong>móvel (PASA)<br />

mas os critérios apresentavam-se “<strong>de</strong>masiados exigentes”<br />

para as empresas, reiterava então Hél<strong>de</strong>r Pedro, secretáriogeral<br />

da Associação <strong>Auto</strong>móvel <strong>de</strong> Portugal (ACAP), apontando<br />

o “elevado grau <strong>de</strong> exigência nos rácios <strong>de</strong> solvabilida<strong>de</strong> e<br />

autonomia financeira” como entrave à a<strong>de</strong>são ao PASA.<br />

O aumento da <strong>de</strong>spesa fiscal com os abates será, no entanto,<br />

contrabalançado com o fim da redução <strong>de</strong> imposto Sobre<br />

veículos (iSv), na aquisição <strong>de</strong> viaturas menos poluentes,<br />

previsto para 2009. A ANECrA critica “veementemente” as<br />

alterações nesta matéria, uma vez que o Executivo acabou<br />

com a redução <strong>de</strong> 500 euros no iSv para veículos a gasóleo<br />

com emissão <strong>de</strong> partículas inferiores a 0,005 g/km.<br />

O Ministério das Finanças prevê que, com o reforço dos incentivos,<br />

o número <strong>de</strong> veículos abatidos aumente 16%, batendo<br />

a marca das 42 mil unida<strong>de</strong>s. Por seu lado, a ACAP<br />

consi<strong>de</strong>ra ser difícil atingir esta meta e o secretário-geral<br />

Hél<strong>de</strong>r Pedro alerta que, “se em 2010 não continuar a haver<br />

estes incentivos ao abate, que começaram mais cedo noutros<br />

países europeus, o mercado nem sequer irá estagnar,<br />

mas sim cair novamente”. Na gaveta continuam, para já, outras<br />

propostas da ACAP, como o alargamento do incentivo<br />

para abate à compra <strong>de</strong> veículos até dois anos e a suspensão<br />

temporária do imposto Único <strong>de</strong> Circulação (iUC).<br />

tal como verificado em países como os EUA ou a Alemanha, o<br />

reforço <strong>de</strong> incentivos em Portugal tem carácter excepcional,<br />

estando em vigor apenas até 31 <strong>de</strong> Dezembro. Na Alemanha,<br />

on<strong>de</strong> os incentivos adoptados em Fevereiro findaram a 2 <strong>de</strong><br />

Setembro, faltavam ainda 4382 requerimentos para esgotar o<br />

fundo <strong>de</strong> cinco mil milhões <strong>de</strong> euros atribuído pelo Estado ao<br />

abate <strong>de</strong> veículos antigos na compra <strong>de</strong> <strong>carro</strong>s novos. O prémio<br />

<strong>de</strong> 2500 euros gerou, no entanto, uma média <strong>de</strong> entrada<br />

<strong>de</strong> nove mil requerimentos por dia, tendo-se intensificado a<br />

entrega nos últimos dias, apontando um acréscimo nas vendas<br />

<strong>de</strong> 40%. Os especialistas temem que o prémio só tenha


servido para antecipar a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> quem pretendia comprar<br />

<strong>carro</strong> nos próximos tempos e que no próximo ano haja uma<br />

quebra nas vendas <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> um milhão <strong>de</strong> veículos. Ainda<br />

assim, as vendas <strong>de</strong> <strong>carro</strong>s na Alemanha em 2009 <strong>de</strong>verão<br />

atingir os 3,7 milhões, graças ao prémio ao abate.<br />

A consultora roland Berger estima que as vendas na Alemanha<br />

caiam mais <strong>de</strong> 20 por cento em 2010 e que até 90 mil<br />

empregos possam ser eliminados <strong>de</strong>pois do Governo retirar<br />

a sua ajuda às vendas – cenário que po<strong>de</strong>ria comprometer a<br />

portuguesa <strong>Auto</strong>europa (ver texto abaixo).<br />

Já nos EUA, o programa <strong>de</strong> abate <strong>de</strong> <strong>carro</strong>s velhos também<br />

foi visto como um sucesso, apesar <strong>de</strong> ter terminado dois<br />

meses antes do previsto, a 24 <strong>de</strong> Agosto, porque se haviam<br />

esgotado os 2 mil milhões <strong>de</strong> euros previstos pelo governo<br />

dos EUA. O incentivo era <strong>de</strong> até 4500 dólares (3125 euros),<br />

oferecidos a quem quisesse trocar o seu <strong>carro</strong> por outro<br />

mais eficiente do ponto <strong>de</strong> vista energético, e <strong>de</strong>nominouse<br />

“Cash for Clunkers” (Dinheiro por Sucata). As vendas<br />

dispararam, levando a General Motors, Ford e o grupo<br />

Chrysler a aumentarem os planos <strong>de</strong> produção, mas foi a<br />

toyota quem mais vendas fez ao abrigo do programa subsidiado<br />

pelo governo norte-americano, com 19% dos 700<br />

mil novos automóveis vendidos.<br />

Nos EUA, mais <strong>de</strong> 180 mil veículos acabaram no ferro-velho<br />

em apenas um mês, com benefício do meio ambiente.<br />

Apesar do “sucesso maior do que se imaginava”, segundo<br />

palavras do presi<strong>de</strong>nte Barack Obama, também quanto ao<br />

caso norte-americano há cépticos, consi<strong>de</strong>rando-se ainda<br />

cedo para dizer se há realmente uma retoma duradoura da<br />

indústria. ironicamente, os quatro automóveis mais vendidos<br />

ao abrigo do programa são japoneses.<br />

Na direcção contrária, o Governo <strong>de</strong> Nicolas Sarkozy<br />

<strong>de</strong>cidiu prolongar por mais dois anos o programa <strong>de</strong> in-<br />

centivo ao abate, em mol<strong>de</strong>s ainda por <strong>de</strong>finir. Entre<br />

os franceses continua viva a má experiência <strong>de</strong> 1996,<br />

quando o fim <strong>de</strong> um esquema <strong>de</strong> incentivos semelhante<br />

fez o mercado automóvel per<strong>de</strong>r mais <strong>de</strong> 30 por cento.<br />

Antes mesmo da <strong>de</strong>cisão francesa, vários especialistas<br />

e associações do sector automóvel na Europa e<br />

nos EUA alertaram para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> prolongar os<br />

programas <strong>de</strong> incentivos ou retirá-los gradualmente.<br />

<strong>Auto</strong>europa pru<strong>de</strong>nte quanto a programa <strong>de</strong> produção em<br />

2010<br />

Perante a recuperação do mercado automóvel, a <strong>Auto</strong>europa,<br />

que dá emprego directo a 3028 pessoas na fábrica <strong>de</strong><br />

Palmela, anunciou em finais <strong>de</strong> Agosto o cancelamento dos<br />

quatro primeiros dias <strong>de</strong> lay-off previstos para Setembro e<br />

Outubro, com base em reflexos positivos nas encomendas<br />

da volkswagen.<br />

Com capacida<strong>de</strong> instalada <strong>de</strong> 150 mil veículos por ano, a administração<br />

da unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Palmela já então advertia que o<br />

cenário <strong>de</strong> retoma <strong>de</strong>via ser “encarado com prudência”.<br />

A 21 <strong>de</strong> Agosto também a fábrica <strong>de</strong> componentes automóveis<br />

da Dura <strong>Auto</strong>motives, na Guarda, suspen<strong>de</strong>u a redução<br />

temporária do horário <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>vido ao aumento<br />

<strong>de</strong> encomendas. A <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> lay-off previa inicialmente a<br />

suspensão da laboração às quintas e sextas-feiras, mas,<br />

entretanto, os trabalhadores já laboram a tempo inteiro e<br />

recebem o vencimento na totalida<strong>de</strong>.<br />

Ainda que os incentivos <strong>de</strong> vários governos europeus à compra<br />

<strong>de</strong> viaturas novas esteja a resultar numa clara recuperação<br />

do mercado, nomeadamente na Alemanha, e que esta<br />

recuperação tenha reflexos positivos nas encomendas da<br />

volkswagen <strong>Auto</strong>europa, o responsável admite que o comportamento<br />

dos consumidores possa não manter, em 2010,<br />

teMa <strong>de</strong> CaPa 27


teMa <strong>de</strong> CaPa 28<br />

a tendência positiva recente, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> esgotado o período<br />

<strong>de</strong> vigência dos programas <strong>de</strong> incentivo.<br />

O tempo é <strong>de</strong> “realismo”, sendo necessário antecipar o próximo<br />

ano com todas as cautelas, esperando para ver como<br />

reagirão os consumidores e o próprio mercado. António Chora,<br />

coor<strong>de</strong>nador da Comissão <strong>de</strong> trabalhadores da <strong>Auto</strong>europa,<br />

reconheceu, no entanto, que no curto prazo a medida<br />

<strong>de</strong> incentivo governamental <strong>de</strong> Berlim “não terá implicações<br />

no programa <strong>de</strong> produção” estabelecido pelo construtor automóvel<br />

alemão em Portugal.<br />

A Norte, e pela positiva, as empresas do sector instaladas<br />

no cluster <strong>de</strong> valença, que apoia a construção automóvel na<br />

Galiza, apresentam claros sinais <strong>de</strong> retoma e preparam-se<br />

para gerir mais <strong>de</strong> meio milhar <strong>de</strong> novos postos <strong>de</strong> trabalho,<br />

o que colocará novamente o concelho com taxas <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego<br />

residuais. Depois <strong>de</strong> a activida<strong>de</strong> industrial local ter<br />

batido no fundo no primeiro trimestre <strong>de</strong>ste ano, o sector<br />

automóvel, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da Galiza, dá sinais <strong>de</strong> uma evolução<br />

positiva, especialmente com o surgimento do interesse<br />

<strong>de</strong> uma nova empresa espanhola em instalar-se em valença,<br />

ao passo que a Dayco se prepara para alargar a sua unida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> produção – além <strong>de</strong> uma nova nave industrial, já concluída,<br />

por parte do grupo Antolin.<br />

Quedas nas vendas atenuadas por regimes<br />

<strong>de</strong> incentivos ao abate<br />

Em Junho <strong>de</strong>ste ano, as vendas <strong>de</strong> <strong>carro</strong>s novos na Europa<br />

estavam em queda há 13 meses, e apenas volkswagen (vW),<br />

Fiat e Hyundai se mantinham acima da linha <strong>de</strong> água, enquanto<br />

GM, BMW e toyota apresentavam quedas superiores a 8%<br />

em Maio, por comparação com o mês homólogo <strong>de</strong> 2008. No<br />

geral, o panorama era negativo e, se Áustria (+4,8%), Grécia<br />

(+5,1%), França (+11,8%) e Alemanha (+39,7%) contribuíam<br />

para atenuar a queda <strong>de</strong> 3,2% na Europa Oci<strong>de</strong>ntal, graças<br />

aos programas <strong>de</strong> incentivos à renovação <strong>de</strong> frotas, o cenário<br />

não se estendia à maioria dos países. Portugal, por exemplo,<br />

registava uma queda <strong>de</strong> 33,6% em Maio, o reino Unido<br />

-24,8% e Espanha -38,7%.<br />

A quebra, reflexo da <strong>crise</strong> económica, acentuou-se no primeiro<br />

semestre <strong>de</strong>ste ano, mas Augusto Bernardo, do gabinete <strong>de</strong><br />

estatísticas da ANECrA, recorda ainda outros factores, como<br />

a reforma da tributação automóvel, nomeadamente o menor<br />

iSv, que é pago à cabeça. Neste caso, tornou-se mais atractiva<br />

a opção por <strong>carro</strong>s novos. também o iUC, pago anualmente,<br />

<strong>de</strong>sincentivou a importação <strong>de</strong> usados, uma vez que os veículos<br />

importados com matrícula portuguesa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong><br />

2007 passaram a pagar no mínimo 100 euros.<br />

Finalmente, em Julho, as vendas davam sinais <strong>de</strong> recuperação, e<br />

as três marcas <strong>de</strong> automóveis que mais ven<strong>de</strong>ram em Portugal<br />

– renault, Ford e Citroën – estancaram as quedas <strong>de</strong>sastrosas<br />

dos primeiros meses do ano, que superaram os 50%. A renault<br />

Portugal justificou os números menos gravosos do primeiro<br />

mês do segundo semestre com o lançamento <strong>de</strong> novos mo<strong>de</strong>los,<br />

como o Mégane, o Clio, o Scénic e o Mégane Sport tourer.<br />

Já a Opel evoluiu em sentido oposto, apresentando quedas próximas<br />

dos 45%. A situação financeira da casa-mãe, a General<br />

Motors, em processo <strong>de</strong> falência, bem como a ausência <strong>de</strong> novos<br />

mo<strong>de</strong>los, po<strong>de</strong> ter estado na base <strong>de</strong>stes valores. A toyota<br />

foi o único construtor a subir as vendas – nove por cento.<br />

Mas nem todos sentem a <strong>crise</strong> com a mesma intensida<strong>de</strong>. A<br />

Hyundai Motor Company registou um aumento <strong>de</strong> 25,1% nas<br />

vendas globais, por comparação com o mês <strong>de</strong> Agosto do<br />

ano transacto. O resultado <strong>de</strong>correu dos benefícios fiscais<br />

implementados pelo governo coreano <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Maio, visando<br />

a substituição <strong>de</strong> veículos com mais <strong>de</strong> 10 anos. A estratégia<br />

da Hyundai Motor passa pela concentração <strong>de</strong> esforços no<br />

crescimento da quota <strong>de</strong> mercado mundial, aumentando o<br />

fornecimento <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los económicos e funcionais suportados<br />

por a<strong>de</strong>quadas campanhas <strong>de</strong> marketing <strong>de</strong> suporte aos<br />

mercados locais, além do lançamento <strong>de</strong> novos produtos em<br />

segmentos on<strong>de</strong> a procura é maior; nova i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> da re<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> distribuição; introdução <strong>de</strong> maior flexibilida<strong>de</strong> na capacida<strong>de</strong><br />

industrial na Europa; aumento das receitas vindas das<br />

frotas e uma maior notorieda<strong>de</strong> da marca. Os responsáveis<br />

coreanos crêem que a procura <strong>de</strong> veículos compactos com<br />

gran<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e elevado valor <strong>de</strong> retoma vai continuar.<br />

A Kia Motors Corporation anunciou vendas globais <strong>de</strong><br />

139656 unida<strong>de</strong>s em Agosto - o que representa um aumento<br />

<strong>de</strong> 24,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. A marca<br />

obteve aumento nas vendas na China (21770 unida<strong>de</strong>s,


crescimento <strong>de</strong> 104,9%), na América do Norte (44870 unida<strong>de</strong>s,<br />

55%) e na Coreia (25184 unida<strong>de</strong>s, 8,1%). O mo<strong>de</strong>lo<br />

mais vendido este ano nos mercados externos foi o Cerato,<br />

do segmento C (conhecido como Spectra ou Forte).<br />

Por seu turno, a Audi AG começou também a apresentar<br />

sinais <strong>de</strong> crescimento das vendas em importantes pontos<br />

<strong>de</strong> venda, como Estados Unidos, China e Europa. Em todo<br />

o mundo, no mês <strong>de</strong> Agosto, a marca comercializou 65900<br />

<strong>carro</strong>s Premium, sofrendo uma baixa <strong>de</strong> apenas 2,7% por<br />

comparação com o mesmo mês do ano passado. De Janeiro<br />

a Agosto, o volume <strong>de</strong> vendas da Audi na Europa foi 7,5%<br />

inferior ao verificado no mesmo período <strong>de</strong> 2008 mas os responsáveis<br />

da empresa consi<strong>de</strong>ram que os números foram<br />

satisfatórios face à <strong>crise</strong> que se instalou.<br />

A volkswagen ven<strong>de</strong>u mais <strong>de</strong> 3,12 milhões <strong>de</strong> <strong>carro</strong>s até<br />

Junho <strong>de</strong> 2009 e está a caminho <strong>de</strong> fundir-se com a Porsche.<br />

Mas parece não haver fundo para a queda das acções da<br />

vW, que em 2009 já <strong>de</strong>slizaram 22,37%, enquanto o mercado<br />

vai recuperando – as 30 maiores empresas alemãs subiram<br />

mais <strong>de</strong> 10% no mesmo período. Nos primeiros seis<br />

meses do ano, as vendas do grupo que agrega marcas como<br />

Audi, Seat e Skoda não conseguiram evitar que os lucros caíssem<br />

quase 78% face ao período homólogo. Os mercados<br />

que mais sentiram o contágio da <strong>crise</strong> foram, nas contas da<br />

vW, a África do Sul, reino Unido, Argentina, Índia, Japão e os<br />

EUA, todos com quebras superiores a 15% nas entregas <strong>de</strong><br />

automóveis a clientes. Nas marcas, as piores notícias chegam<br />

dos construtores <strong>de</strong> luxo. A Bentley viu as vendas <strong>de</strong><br />

unida<strong>de</strong>s caírem para menos <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> das registadas nos<br />

primeiros seis meses do ano anterior, enquanto a Lamborghini<br />

e Bugatti ven<strong>de</strong>ram menos um terço <strong>de</strong> veículos.<br />

Nem fusões animam as bolsas<br />

Mas o gran<strong>de</strong> golpe nas acções da volkswagen po<strong>de</strong> ter<br />

sido dado pela notícia da fusão entre o maior fabricante <strong>de</strong><br />

automóveis europeu e a empresa que eternizou o nome <strong>de</strong><br />

Ferdinand Porsche, <strong>de</strong>tentora <strong>de</strong> 50,75% do capital do grupo.<br />

O banco norte-americano Goldman Sachs acredita que a<br />

fusão, que <strong>de</strong>verá levar dois anos a consumar-se, será mais<br />

vantajosa para a fabricante do famoso 911.<br />

Assim, nem os números da fusão, que fará da marca Porsche<br />

a décima do grupo da Baixa Saxónia, parecem animar<br />

as bolsas. Apesar <strong>de</strong> Martin Winterkorn, presi<strong>de</strong>nte executivo<br />

do grupo que será também o novo lí<strong>de</strong>r da Porsche, ter<br />

anunciado que a empresa tem agora “o que é preciso para<br />

ser o número um na indústria automóvel”, o mercado reagiu<br />

mal às novida<strong>de</strong>s. A volkswagen espera cortar três mil milhões<br />

<strong>de</strong> euros <strong>de</strong> custos na junção com a Porsche e vai ter<br />

vendas <strong>de</strong> 6,4 milhões <strong>de</strong> veículos anualmente, que sairão<br />

do esforço <strong>de</strong> 400 mil trabalhadores. Além disso, a Qatar<br />

Holding, vai ser um forte accionista do novo formato do grupo,<br />

passando a <strong>de</strong>ter 17 por cento e a ser o terceiro maior<br />

accionista, <strong>de</strong>pois da Porsche e do Estado da Baixa Saxónia,<br />

<strong>de</strong> acordo com a empresa.<br />

Por outro lado, a longa e complicada negociação entre Magna<br />

international, General Motors, governo alemão e os trabalhadores,<br />

para <strong>de</strong>cidir o futuro da Opel e da vauxhall na<br />

Europa parece ter chegado ao fim. A construtora norte-americana<br />

<strong>de</strong>cidiu ven<strong>de</strong>r 55% da subsidiária Opel ao consórcio<br />

entre Magna e o banco russo Sberbank, ao passo que a GM<br />

manterá 35% e os trabalhadores terão os restantes 10%.<br />

Os funcionários da Opel e da vauxhall <strong>de</strong>vem abrir mão <strong>de</strong><br />

benefícios e concordar com cortes <strong>de</strong> custos significativos<br />

para a viabilização das operações na Europa, que se esten<strong>de</strong>m<br />

à Alemanha, reino Unido, Espanha, Polónia e Bélgica,<br />

somando 54500 pessoas. O entendimento envolve também<br />

o governo do reino Unido, interessado em preservar empregos<br />

e instalações produtivas.<br />

Mas a <strong>crise</strong> parece não ter prejudicado a indústria automóvel<br />

da rússia, on<strong>de</strong> três dos maiores construtores <strong>de</strong><br />

automóveis e camiões po<strong>de</strong>m unir forças. A nova empresa,<br />

que seria baptizada como rosavto, contaria com a Avtovaz<br />

(responsável pela produção dos mo<strong>de</strong>los da Lada), a marca<br />

<strong>de</strong> camiões Kamaz – que compete anualmente no rali<br />

Dakar – e a fabricante <strong>de</strong> motores Avtodizel. A nova empresa<br />

po<strong>de</strong>rá ser formada por quatro subsidiárias, responsáveis<br />

pela produção <strong>de</strong> veículos leves, camiões, motores e<br />

peças. O comando ficaria a cargo da russian technologies,<br />

conglomerado que actua em diversos sectores. Apesar <strong>de</strong><br />

vista com bons olhos pela indústria, analistas financeiros<br />

con<strong>de</strong>nam a fusão. Georgy ivanin, do banco <strong>de</strong> investimentos<br />

Alfa Bank, afirmou que “não vê sinergia na união <strong>de</strong> um<br />

fabricante <strong>de</strong> automóveis com outro que produz camiões”.<br />

Note-se que, actualmente, a renault <strong>de</strong>tém 25% da Avtovaz,<br />

enquanto que a Daimler possui 10% das acções da Kamaz.<br />

teMa <strong>de</strong> CaPa 29


Mais<br />

voltagem<br />

do que<br />

nunca<br />

O Salão <strong>Auto</strong>móvel <strong>de</strong> Frankfurt,<br />

que <strong>de</strong>correu entre os dias 17 e<br />

27 <strong>de</strong> Setembro, somou cerca <strong>de</strong><br />

850 mil visitantes. Apesar da <strong>crise</strong><br />

sentida na Europa, a 63.ª edição do<br />

evento somou 150 lançamentos e<br />

foi marcada pela aposta dos construtores<br />

em mo<strong>de</strong>los “amigos do<br />

ambiente”.


SalÕeS 32<br />

O maior salão automóvel da Europa foi inaugurado pela<br />

chanceler alemã Angela Merkel, que começou por visitar<br />

o stand da Opel, <strong>de</strong>pois do aval do governo para a venda<br />

da filial europeia da General Motors à fabricante <strong>de</strong> peças<br />

canadiana Magna e ao banco russo Sberbank. também o<br />

ministro alemão da economia, Karl-theodor zu Guttenberg,<br />

visitou o certame, tendo trocado impressões com os executivos<br />

dos construtores germânicos, posando ainda para as<br />

fotos no interior <strong>de</strong> alguns <strong>carro</strong>s. Com efeito, as gran<strong>de</strong>s<br />

estrelas foram, naturalmente, os <strong>carro</strong>s alemães, responsáveis<br />

por quase 70% dos lançamentos.<br />

Segundo o presi<strong>de</strong>nte da Associação da indústria <strong>Auto</strong>móvel<br />

Alemã, Matthias Wissmann, a importância da feira é inegável,<br />

ocupando o “primeiro lugar entre eventos do sector”.<br />

Em 11 dias, estiveram em exposição 82 mo<strong>de</strong>los inéditos<br />

apresentados por 62 construtores nos 190 mil metros quadrados<br />

do centro <strong>de</strong> exposições Festhalle/Messe.<br />

Mesmo assim, o salão contou com menos expositores (as<br />

japonesas Nissan, Honda e Mitsubishi, por exemplo, não se<br />

apresentaram), numa quebra <strong>de</strong> 30% face aos números verificados<br />

na edição anterior. No entanto, Wissmann salientou<br />

que “nenhuma outra feira apresenta toda a ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> produção<br />

– <strong>de</strong> produtores a fornecedores”.<br />

O Salão <strong>de</strong> Frankfurt centrou-se em veículos <strong>de</strong> baixo consumo<br />

e automóveis eléctricos. Mesmo as marcas ditas <strong>de</strong> luxo,<br />

ou premium, exibiram “versões” ver<strong>de</strong>s dos seus <strong>carro</strong>s<br />

mais cobiçados. A BMW lançou o vision, um híbrido equipado<br />

com dois motores eléctricos e um terceiro a diesel, e com<br />

a particularida<strong>de</strong> das portas ao estilo “asas <strong>de</strong> borboleta”<br />

– método <strong>de</strong> abertura <strong>de</strong> portas que surgiu, aliás, num outro<br />

veículo em <strong>de</strong>staque, o Merce<strong>de</strong>s-Benz SLS, o qual <strong>de</strong>verá<br />

ter igualmente uma versão híbrida no futuro próximo.<br />

A estrear<br />

Quanto a lançamentos, comecemos por alguns mo<strong>de</strong>los menos<br />

inacessíveis como as duas estreias mundiais da Citroën,<br />

que comemorou este ano os seus 90 anos. Com a Creative<br />

technology, a Citroën oferece a gama mais vasta <strong>de</strong> sempre,<br />

evi<strong>de</strong>nciada pelas estreias do C3 e do primeiro representante<br />

da linha DS: o DS3 – duas novida<strong>de</strong>s totalmente adaptadas<br />

ao <strong>de</strong>senvolvimento actual dos veículos do segmento.<br />

A concorrer com o C3, com o Honda Fit ou com o Opel Meriva,<br />

a Kia apresentou o monovolume venga, somando pouco<br />

mais <strong>de</strong> quatro metros <strong>de</strong> comprimento, 1,6 metros <strong>de</strong> altura<br />

e distância entre-eixos <strong>de</strong> 2,615 metros. Este monovolume<br />

estará disponível na Europa no início <strong>de</strong> 2010 com motor 1.4<br />

a gasolina <strong>de</strong> 75 cv e 1.6 a diesel <strong>de</strong> 115 cv.<br />

Por seu turno, o novo Opel Astra hatchback <strong>de</strong> cinco portas<br />

<strong>de</strong>monstrou um <strong>de</strong>sign elegante e mo<strong>de</strong>rno que <strong>de</strong>riva do<br />

mesmo conceito aplicado no insignia, embora com uma in-<br />

lexus lF-Ch<br />

terpretação diferente, estreando-se com uma gama <strong>de</strong> oito<br />

motores cuja média <strong>de</strong> consumo representa uma significativa<br />

melhoria <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 12% face à actual geração. O novo<br />

Astra traz para o segmento dos automóveis compactos muitas<br />

inovações em matéria <strong>de</strong> conforto e <strong>de</strong> segurança.<br />

Outra estreia foi a do novo Ford C-MAX, disponível em duas<br />

versões, prometendo estabelecer padrões <strong>de</strong> estilo no segmento<br />

dos veículos multi-activida<strong>de</strong>s (MAv) compactos,<br />

assinalando uma evolução do elogiado “kinetic <strong>de</strong>sign”, da<br />

Ford. Pela primeira vez, os clientes <strong>de</strong> MAv da Ford po<strong>de</strong>rão<br />

escolher entre o C-MAX <strong>de</strong> 5 lugares e o novo Grand C-MAX<br />

<strong>de</strong> 7 lugares, dotado <strong>de</strong> duas portas <strong>de</strong>slizantes e bancos<br />

inovadores, além <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> tecnologias avançadas,<br />

<strong>de</strong>stinadas a melhorar o conforto, segurança e sustentabilida<strong>de</strong>,<br />

incluindo os novos e potentes motores a gasolina Eco-<br />

Boost da Ford, <strong>de</strong> elevada eficiência e baixas emissões.<br />

Já a Alfa romeo mostrou os primeiros dois motores MultiAir<br />

do Mito – o 1.4 <strong>de</strong> 135 cv e o 1.4 <strong>de</strong> 105 cv, disponíveis para<br />

todos os actuais níveis <strong>de</strong> equipamento da gama. O Alfa<br />

romeo Mito 1.4 estreia a tecnologia MultiAir, <strong>de</strong>senvolvida<br />

e patenteada pela Fiat Powertrain technologies. Posteriormente,<br />

será comercializado o 1.4 MultiAir turbobenzina <strong>de</strong><br />

170 cv, que completará a gama <strong>de</strong> motores a gasolina do<br />

Alfa romeo Mito e que será proposto exclusivamente com<br />

o equipamento “Quadrifoglio ver<strong>de</strong>”. Aliado às motoriza


ções MultiAir, é lançado pela primeira vez na Alfa romeo o<br />

“Start&Stop”.<br />

Outra novida<strong>de</strong> foi o mais emblemático mo<strong>de</strong>lo Saab, o novo<br />

9-5, que irá ser comercializado a partir do início <strong>de</strong> 2010. Entre<br />

os luxuosos, notaram-se muitos coupés <strong>de</strong> quatro portas.<br />

Além do Panamera, da Porsche, a Aston Martin trouxe o rapi<strong>de</strong><br />

e a Bugatti o inédito Galibier. A Bentley mostrou o Mulssane<br />

e a rolls royce apresentou o Ghost.<br />

Acima dos 300 km/h, a Merce<strong>de</strong>s-Benz revelou o SLS AMG,<br />

sucessor do SLr McLaren, como o <strong>de</strong>sportivo por excelência<br />

da marca. A Ferrari não fez por menos e levou ao evento o<br />

458 italia, que substituirá o F430 como principal máquina da<br />

marca italiana. Este mo<strong>de</strong>lo chega com o motor exclusivo 4.5<br />

<strong>de</strong> 8 cilindros com injecção directa <strong>de</strong> gasolina, sete velocida<strong>de</strong>s<br />

e dupla embraiagem. Os 570 cv <strong>de</strong> potência levamno<br />

dos 0 aos 100 km/h em 3,4 segundos, a uma velocida<strong>de</strong><br />

máxima <strong>de</strong> 325 km/h.<br />

Destaque também para o Porsche 911 turbo, com um motor<br />

3.8 <strong>de</strong> 6 cilindros que recebeu mais 80 cv em relação aos<br />

420 cv da versão anterior, e para o Audi Spy<strong>de</strong>r, já famoso<br />

pela aparição no filme iron Man 2, com motor v10 5.2 (525<br />

cv) e duas opções <strong>de</strong> caixa: manual <strong>de</strong> seis marchas ou automática<br />

r-tronic. O primeiro vai dos 0 aos 100 km/h em<br />

3,4s e atinge 312 km/h, e o segundo chama a atenção pelos<br />

<strong>de</strong>talhes.<br />

Ligados à corrente<br />

Corria no pavilhão a i<strong>de</strong>ia que nunca haviam sido vistos tantos<br />

<strong>carro</strong>s eléctricos num mesmo local. De pequenos mo<strong>de</strong>los<br />

como o e-up! (apenas disponível em 2013), da vW, ao <strong>de</strong>sportivo<br />

e-tron, da Audi – concept com um visual sci-fi equipado<br />

com quatro motores eléctricos <strong>de</strong> 313 cavalos que permitem<br />

acelerar dos 0 aos 100 km/h em apenas 4,8 segundos; velocida<strong>de</strong><br />

máxima limitada <strong>de</strong> 200 km/h e autonomia <strong>de</strong> 248<br />

km.<br />

A Merce<strong>de</strong>s-Benz prometeu uma versão eléctrica do SLS<br />

AMG; a BMW revelou o vision Efficient Dynamics (coupé com<br />

três motores – um diesel e dois eléctricos que somam 276 cv).<br />

Mas insista-se no vision, que oferece uma potência <strong>de</strong> 356<br />

cv e 800 Nm <strong>de</strong> par, consumindo apenas 3,76 l/100 km <strong>de</strong><br />

gasóleo, atinge os 250 km/h e acelerar aos 100 km/h num<br />

tempo digno <strong>de</strong> super-<strong>de</strong>sportivo: 4,8 segundos.<br />

A renault, que não revelou qualquer mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> produção,<br />

compensou a falha com quatro veículos eléctricos, todos conceptuais<br />

ainda, da linha Z.E, <strong>de</strong> “zero emission”. tratam-se <strong>de</strong><br />

protótipos da aliança com a Nissan que antecipam os mo<strong>de</strong>los<br />

<strong>de</strong> série que chegarão em 2011. O mais curioso é talvez o<br />

twizy, espécie <strong>de</strong> <strong>carro</strong> urbano <strong>de</strong> dois lugares e dimensões<br />

compactas cujo <strong>de</strong>sempenho é semelhante ao <strong>de</strong> uma mota<br />

<strong>de</strong> 125 cc. Com capacida<strong>de</strong> para duas pessoas (uma na frente<br />

e outra atrás), chega a 75 km/h e tem autonomia <strong>de</strong> 100<br />

SalÕeS 33


SalÕeS 34<br />

audi e-tron<br />

km. O Kangoo Z.E., por seu lado, antecipa a pequena carrinha<br />

eléctrica <strong>de</strong>stinada a frotistas e utilizadores profissionais, com<br />

uma motorização eléctrica <strong>de</strong> 70 kW e binário <strong>de</strong> 226 Nm.<br />

Digno <strong>de</strong> nota, o Opel Ampera eléctrico, com capacida<strong>de</strong> para<br />

quatro pessoas e espaço para bagagens, é um automóvel familiar<br />

com o ADN do Astra e do insignia, mas utiliza uma tecnologia<br />

revolucionária <strong>de</strong> propulsão eléctrica <strong>de</strong>signada voltec,<br />

recorrendo à electricida<strong>de</strong> como fonte <strong>de</strong> energia primária<br />

e à gasolina como meio para produzir electricida<strong>de</strong>. Os planos<br />

para a entrada em produção apontam para o final <strong>de</strong> 2011.<br />

A Opel vai lançar também em Janeiro <strong>de</strong> 2010 uma nova versão<br />

ecoFLEX do popular Corsa, cujas emissões <strong>de</strong> CO2 se fixam em<br />

apenas 98 g/km. Este será o primeiro Opel a baixar da barreira<br />

dos 100 g/km. O próximo passo na evolução da gama ecoFLEX<br />

<strong>de</strong> emissões extremamente reduzidas será dado pelo novo<br />

Astra, na Primavera, com uma versão <strong>de</strong> 109 g/km. A Opel<br />

mostrou ainda o novo insignia <strong>de</strong> 130 cv, da linha ecoFLEX,<br />

capaz <strong>de</strong> aliar um consumo baixíssimo <strong>de</strong> 5,2 l/100 km a uma<br />

performance digna <strong>de</strong> registo graças aos 320 Nm <strong>de</strong> binário<br />

disponibilizados pelo motor turbodiesel 2.0 CDti.<br />

Protótipos e invulgares<br />

O volkswagen L1 é outro <strong>carro</strong> que po<strong>de</strong>ria eventualmente<br />

figurar entre eléctricos, mas o facto <strong>de</strong> ser também pouco<br />

ortodoxo em vários aspectos confere-lhe acima <strong>de</strong> tudo a<br />

dimensão <strong>de</strong> protótipo. O L1 é, pois, um dos veículos mais<br />

económicos do mundo, “bebendo” 1,38 litros <strong>de</strong> diesel a<br />

cada 100 km, graças ao seu motor turbodiesel <strong>de</strong> dois cilindros,<br />

combinado com um motor eléctrico e sete mudanças.<br />

A leveza do veículo também ajuda na economia, em função<br />

da <strong>carro</strong>çaria <strong>de</strong> fibra <strong>de</strong> carbono, que contribui para o peso<br />

total <strong>de</strong> apenas 380 kg.<br />

O mo<strong>de</strong>lo BB1, da Peugeot, tem 2,5 metros <strong>de</strong> comprimento<br />

muito fáceis <strong>de</strong> estacionar, inclusivamente em posição perpendicular<br />

à via, salta à vista um aspecto cruzado <strong>de</strong> motociclo<br />

e <strong>carro</strong>. A condução é semelhante à <strong>de</strong> uma moto,<br />

VW l1<br />

com posição dos assentos mais vertical – possível graças à<br />

ausência dos pedais no piso. incrivelmente, o BB1 é capaz<br />

<strong>de</strong> receber quatro pessoas e tem tracção 100% eléctrica,<br />

reinventa o automóvel em todas as suas dimensões.<br />

Num cenário on<strong>de</strong> os híbridos e os eléctricos conseguiram<br />

ser as estrelas também entre “bombas” e protótipos, falemos<br />

agora do Mazda MX-5 Superlight version, em comemoração<br />

aos 20 anos do <strong>de</strong>scapotável MX-5, o dois lugares<br />

mais vendido do mundo. O protótipo MX-5 Superlight mescla<br />

linhas futurista com um visual retro que não traz capota<br />

e nem pára-brisas. Sob o capot, tem o mesmo motor do mo<strong>de</strong>lo<br />

menos potente do MX-5: 1.8 litros, a gasolina, <strong>de</strong> 127<br />

cavalos <strong>de</strong> potência.<br />

Nisto, enterrado aquando da queda do Muro <strong>de</strong> Berlim, há<br />

20 anos, o <strong>carro</strong> comunista trabant surgiu como versão eléctrica<br />

às mãos da empresa indiKar em parceria com a Herpa,<br />

<strong>de</strong>tentora da marca. O <strong>carro</strong>, produzido na Alemanha Oriental<br />

a partir <strong>de</strong> 1958, tem um motor eléctrico com potência<br />

equivalente a 63 cv e, segundo o fabricante, po<strong>de</strong> rodar 160<br />

km com uma carga <strong>de</strong> bateria. Com algumas alterações <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sign em relação ao original, que ven<strong>de</strong>u mais <strong>de</strong> três milhões<br />

<strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s em 30 anos <strong>de</strong> produção, o trabant nt é<br />

apresentado como <strong>carro</strong>-conceito, mas o fabricante está em<br />

busca <strong>de</strong> parceiros para transformá-lo num <strong>carro</strong> comercialmente<br />

viável, a lançar no mercado em 2012.<br />

Por fim, no segmento <strong>de</strong> luxo, esten<strong>de</strong>u-se a passa<strong>de</strong>ira<br />

vermelha para o inovador protótipo Lexus LF-Ch, o primeiro<br />

compacto <strong>de</strong> luxo totalmente híbrido. A Lexus aplicou a<br />

sua inovadora tecnologia 100% híbrida, <strong>de</strong>nominada Lexus<br />

Hybrid Drive, que permite uma condução praticamente silenciosa,<br />

com zero emissões e modo totalmente eléctrico a<br />

baixas velocida<strong>de</strong>s. A aceleração é linear e dinâmica, mas<br />

extraordinariamente suave. O LF-Ch combina dimensões exteriores<br />

compactas <strong>de</strong> hatchback com 5 portas, criando a<br />

impressão <strong>de</strong> um coupé dinâmico. O <strong>de</strong>sign interior é futurista,<br />

com um tablier assimétrico e Remote Touch.


Walter lamego<br />

ADMiNiStrADOr DA MCOUtiNHO COLiSÃO<br />

Em contra-ciclo, e prevendo um crescimento do seu negócio na or<strong>de</strong>m dos 8% para este<br />

ano, a MCoutinho Colisão consi<strong>de</strong>ra que, mais do que uma política comercial isolada, a<br />

oferta <strong>de</strong>ve ser adaptada em termos <strong>de</strong> serviços. Esta empresa <strong>de</strong> reparação <strong>de</strong> sinistros,<br />

pintura e recondicionamento <strong>de</strong> viaturas sente que a LeasePlan é o parceiro i<strong>de</strong>al,<br />

pois há mútua compreensão das expectativas e necessida<strong>de</strong>s.


Que tipo <strong>de</strong> serviços presta a<br />

MCoutinho Colisão?<br />

A MCoutinho Colisão opera no negócio<br />

da reparação <strong>de</strong> sinistros, pintura e<br />

recondicionamento <strong>de</strong> viaturas. temos<br />

procurado centrar a nossa estratégia<br />

no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um serviço<br />

perfeitamente orientado para as<br />

necessida<strong>de</strong>s do cliente.<br />

É nossa missão oferecer um serviço<br />

completo e integrado, aspectos que<br />

nos permitem evi<strong>de</strong>nciar as vantagens<br />

que o cliente po<strong>de</strong> usufruir connosco,<br />

face à reparação efectuada num<br />

operador <strong>de</strong>signado por “tradicional”.<br />

A viatura <strong>de</strong> substituição, a rapi<strong>de</strong>z<br />

no início da reparação e <strong>de</strong> todo o<br />

“timing” em termos <strong>de</strong> processo –<br />

possível através do estabelecimento <strong>de</strong><br />

canais <strong>de</strong> comunicação privilegiados<br />

com as seguradoras – são exemplos do<br />

valor que conseguimos criar na oferta<br />

do serviço da MCoutinho Colisão.<br />

Que balanço faz da relação com a<br />

casa-mãe MCoutinho?<br />

O nosso negócio está integrado num<br />

Grupo que conta com mais <strong>de</strong> 50<br />

anos <strong>de</strong> experiência na distribuição<br />

automóvel, actualmente representa 17<br />

marcas <strong>de</strong> veículos, com uma oferta<br />

<strong>de</strong> produtos e serviços alargada a<br />

todos os segmentos do negócio.<br />

Estes factores são uma permanente<br />

alavanca do negócio e reforçam<br />

permanentemente a nossa ambição.<br />

refira-se que a MCoutinho Colisão<br />

conta já com 20 anos <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>,<br />

tendo sido a primeira área <strong>de</strong> negócio<br />

do Grupo a ser alvo <strong>de</strong> uma política<br />

<strong>de</strong> centralização e <strong>de</strong> especialização.<br />

Consi<strong>de</strong>ramos que o pioneirismo com<br />

que <strong>de</strong>senvolvemos esta activida<strong>de</strong><br />

tem contribuído para manter uma<br />

dinâmica <strong>de</strong> permanente inovação – e,<br />

<strong>de</strong> facto estes são também aspectos<br />

que pertencem ao código genético<br />

MCoutinho.<br />

O Grupo tem prosseguido uma política<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentado do<br />

negócio, tendo ao longo dos últimos<br />

anos concretizado o arranque <strong>de</strong> novas<br />

empresas. Estas circunstâncias vêm<br />

gerar novas oportunida<strong>de</strong>s para o<br />

negócio, através da abertura <strong>de</strong> novos<br />

Centros <strong>de</strong> Colisão.<br />

Qual é o perfil dos vossos clientes?<br />

Como já referi anteriormente, o<br />

nosso esforço tem sido orientado<br />

para a concretização <strong>de</strong> uma oferta<br />

<strong>de</strong> serviços integrados, mas também<br />

adaptados às diferentes necessida<strong>de</strong>s<br />

do cliente.<br />

Nesse sentido, po<strong>de</strong>mos afirmar que<br />

a nossa oferta está particularmente<br />

adaptada para uma gran<strong>de</strong> parte<br />

do mercado, nomeadamente, para<br />

viaturas ligeiras e comerciais ligeiras,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da marca, com<br />

ida<strong>de</strong> compreendida entre os 0 e os 10<br />

anos.<br />

apesar da conjuntura menos favorável<br />

no mundo automóvel, o vosso negócio<br />

está em contra-ciclo. até on<strong>de</strong><br />

prevêem crescer?<br />

O nosso negócio <strong>de</strong>para-se com<br />

constrangimentos acentuados e<br />

permanentes. São exemplo disso a<br />

tendência da redução <strong>de</strong> sinistralida<strong>de</strong><br />

e o aumento da ida<strong>de</strong> média do<br />

parque automóvel. Associado a este<br />

aumento, verifica-se a <strong>de</strong>svalorização<br />

das viaturas, com sérias implicações<br />

no crescimento do volume das perdas<br />

totais. É neste sentido que se torna<br />

eNtreViSta 37


eNtreViSta 38<br />

relevante a oferta <strong>de</strong> uma solução <strong>de</strong><br />

reparação multimarca e com soluções<br />

<strong>de</strong> custo para além da marca.<br />

terminámos 2008 com mais <strong>de</strong> 14.000<br />

reparações e perspectivamos para<br />

2009 um crescimento na or<strong>de</strong>m dos<br />

oito por cento – estes são números<br />

que muito nos entusiasmam.<br />

Pensamos que os resultados<br />

que temos conseguido atingir<br />

evi<strong>de</strong>nciam que estamos realmente<br />

com propostas a<strong>de</strong>quadas às<br />

necessida<strong>de</strong>s dos nossos clientes, o<br />

que nos permite posicionar em contra<br />

ciclo com o mercado.<br />

Mais do que servir uma quota <strong>de</strong><br />

mercado, até que ponto tencionam<br />

crescer?<br />

A <strong>de</strong>finição da nossa política <strong>de</strong><br />

crescimento e dos objectivos para o<br />

nosso negócio advêm da resposta<br />

às necessida<strong>de</strong>s dos clientes.<br />

Enten<strong>de</strong>mos que só com muita<br />

atenção ao mercado e a estas<br />

necessida<strong>de</strong>s é que po<strong>de</strong>remos<br />

ter objectivos <strong>de</strong> crescimento<br />

sustentáveis – é assim que<br />

preten<strong>de</strong>mos prosseguir.<br />

Quanto à relação com a leasePlan,<br />

qual o historial da vossa parceria?<br />

O nosso relacionamento comercial<br />

com a LeasePlan conta já com<br />

alguns anos <strong>de</strong> experiência, o<br />

que nos permitiu perceber as<br />

respectivas verda<strong>de</strong>iras necessida<strong>de</strong>s<br />

– sem dúvida com objectivos e<br />

necessida<strong>de</strong>s específicas para as<br />

suas viaturas e clientes.<br />

Fomos ao longo da nossa<br />

convivência profissional assumindo<br />

e ultrapassando <strong>de</strong>safios vários, que<br />

julgo ter permitido cimentar e crescer<br />

o nosso envolvimento com este<br />

cliente <strong>de</strong> dimensão consi<strong>de</strong>rável.<br />

Qual o vosso mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lização<br />

para um cliente com o peso da<br />

leasePlan?<br />

A fi<strong>de</strong>lização <strong>de</strong> um cliente passa<br />

sobretudo por compreen<strong>de</strong>rmos<br />

as suas expectativas e as suas<br />

necessida<strong>de</strong>s.<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da importância<br />

da LeasePlan, no que se refere ao<br />

volume <strong>de</strong> reparações, é imperativo<br />

agir sobre essas mesmas expectativas<br />

e necessida<strong>de</strong>s. Desta análise resulta a<br />

configuração <strong>de</strong> uma oferta adaptada<br />

em termos <strong>de</strong> serviços pretendidos e<br />

<strong>de</strong> um princípio <strong>de</strong> parceria – mais do<br />

que uma política comercial isolada.<br />

Ao abrigo <strong>de</strong>sta parceria temos vindo<br />

a evoluir na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> objectivos<br />

quantitativos claros que nos permitem<br />

efectuar uma optimização <strong>de</strong> custos e<br />

consequentemente da nossa política<br />

<strong>de</strong> preços, repercutindo a vantagem<br />

para o nosso cliente.<br />

Quais são os projectos, parcerias<br />

e perspectivas <strong>de</strong> negócio até ao<br />

final do ano? Há uma estratégia <strong>de</strong><br />

internacionalização ou é incompatível<br />

com o vosso core business?<br />

Os nossos projectos centram-se no<br />

fundamento essencial da oferta da<br />

MCoutinho Colisão – qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

serviço e competitivida<strong>de</strong>. É com<br />

estes dois vectores que po<strong>de</strong>remos<br />

ambicionar a manutenção da confiança<br />

dos nossos clientes e parceiros,<br />

assegurando o crescimento sustentado<br />

do nosso negócio.<br />

acredita que as frotas têm vindo a<br />

li<strong>de</strong>rar uma espécie <strong>de</strong> revolução<br />

ecológica no parque automóvel<br />

mundial? Qual é a vossa expectativa<br />

em termos <strong>de</strong> introdução <strong>de</strong> veículos<br />

“ver<strong>de</strong>s” nos próximos tempos?<br />

A revolução ecológica no parque<br />

automóvel é <strong>de</strong> facto um tema que está<br />

na or<strong>de</strong>m do dia. A subida <strong>de</strong> preços<br />

dos combustíveis verificada em 2008<br />

no mercado internacional <strong>de</strong>spertou<br />

novamente esta preocupação – <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

essa altura assistimos à intensificação<br />

do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos produtos<br />

automóveis e soluções alternativas aos<br />

combustíveis tradicionais, por parte da<br />

generalida<strong>de</strong> dos fabricantes.<br />

O mercado europeu irá certamente<br />

acolher essas soluções com agrado,<br />

até porque os consumidores valorizam<br />

o factor novida<strong>de</strong>. O nosso país tem<br />

evi<strong>de</strong>nciado a importância <strong>de</strong>sta<br />

concretização, nomeadamente através<br />

do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projectospiloto<br />

na área <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong><br />

viaturas eléctricas.<br />

Sabemos também que o sucesso <strong>de</strong>sta<br />

revolução ecológica <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá em<br />

gran<strong>de</strong> parte da questão central para<br />

a generalida<strong>de</strong> dos consumidores<br />

– o custo que estas novida<strong>de</strong>s vão<br />

implicar. E quando falamos das frotas<br />

das empresas e instituições, temos<br />

noção <strong>de</strong> que os custos, a par das<br />

garantias funcionais e <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong>,<br />

constituirão factores <strong>de</strong>terminantes na<br />

<strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> compra. Por isso, acredito<br />

que o mercado po<strong>de</strong>rá oferecer<br />

soluções interessantes para os<br />

consumidores, para que estes possam<br />

a<strong>de</strong>rir a essa revolução ecológica.<br />

O Grupo acompanha e perspectiva as<br />

evoluções e os <strong>de</strong>safios do mercado,<br />

também neste sector do ambiente.<br />

Como operador especializado na área<br />

da reparação, a MCoutinho Colisão<br />

incorporará as necessárias implicações<br />

no serviço que oferecemos, com o<br />

objectivo <strong>de</strong> po<strong>de</strong>rmos servir o cliente<br />

sempre com excelência.


eNSaio 40<br />

requintada e com um toque <strong>de</strong> charme tipicamente francês, a nova carrinha da marca<br />

parisiense não se quer restringir à preferência das famílias.


Mégane?<br />

oh-lá-lá!<br />

renault Mégane Sport tourer 1.5 dCi dynamique S 110 cv 5p<br />

eNSaio 41


eNSaio 42<br />

Os ventos sopram <strong>de</strong> feição para os lados <strong>de</strong> Boulogne-<br />

Billancourt, nos subúrbios <strong>de</strong> Paris, se<strong>de</strong> da renault. O motivo<br />

para tanta algazarra dá pelo nome <strong>de</strong> Mégane Sport tourer,<br />

reforço <strong>de</strong> luxo para o gigante automóvel presidido por<br />

Carlos Ghosn. Este veículo vai ocupar o espaço do segmento<br />

familiar, sem <strong>de</strong>scurar um toquezinho <strong>de</strong> ousadia e <strong>de</strong>safio.<br />

Com 110 cv e uma velocida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> 190 km/h, vai ser<br />

preciso mão-<strong>de</strong>-ferro para travar os instintos aventureiros <strong>de</strong><br />

quem, mesmo numa banal viagem <strong>de</strong> trabalho ou negócios,<br />

tem à sua disposição – para total entretenimento – uma temível<br />

fera das estradas.<br />

Com todos estes predicados, cheira a dinastia. Em 2008, a<br />

break do anterior Mégane já tinha garantido a preferência<br />

dos consumidores, ao ser a mais vendida no segmento das<br />

carrinhas familiares compactas. E quando as anteriores versões<br />

(a berlina, o coupé e os monovolumes Grand Scénic e<br />

Scénic) têm a qualida<strong>de</strong> e a aceitação das massas, então é<br />

porque estamos mesmo perante um caso sério <strong>de</strong> popularida<strong>de</strong>.<br />

Carros com um conceito predominantemente familiar<br />

já não se querem apenas utilitários, sem pinga <strong>de</strong> emoção ou<br />

beleza no <strong>de</strong>sign. As linhas fluidas do Mégane Sport tourer<br />

são <strong>de</strong> cortar a respiração, <strong>de</strong> uma beleza clássica e uma estética<br />

inabalável. Motivo, pois, para um conselho: a carrinha<br />

não é recomendável a corações fracos, susceptíveis <strong>de</strong> largar<br />

tudo em nome da paixão por umas hipnóticas quatro rodas.<br />

A bagageira mais ampla do segmento<br />

Logo à primeira vista <strong>de</strong>staca-se a sua dinâmica e agilida<strong>de</strong>.<br />

De imediato, e numa primeira avaliação diferenciadora<br />

do mo<strong>de</strong>lo anterior, o <strong>de</strong>staque visual vai inteirinho para o<br />

tejadilho mergulhante e as ópticas traseiras bem salientes<br />

e agressivas, incomuns para uma carrinha familiar, mas que<br />

comprovam na perfeição que o objectivo dos responsáveis<br />

franceses é agradar a um público bem mais abrangente. Nes-<br />

te caso, é curioso efectuar uma rápida comparação com os<br />

principais concorrentes e verificar as evi<strong>de</strong>ntes vantagens<br />

do Mégane. O volkswagen Golf variant sofre dos males <strong>de</strong><br />

usar a imagem do Golf v – a nova geração da carrinha alemã<br />

só será comercializada mais para o final do ano, pelo que é<br />

ainda uma incógnita. Já o volvo v50, mesmo com a palavra<br />

qualida<strong>de</strong> escrita em cada cm2 da chapa <strong>de</strong>ste veículo sueco,<br />

torna-se <strong>de</strong>masiado austero no seu <strong>de</strong>sign, o que contrapõe<br />

ao espírito jovial da wagon da renault.<br />

O novo <strong>de</strong>sign tem como consequência a diminuição do espaço<br />

interior, mais concretamente na bagageira. Em relação ao<br />

anterior mo<strong>de</strong>lo, esta per<strong>de</strong>u 30 litros, para os actuais 491 litros,<br />

ainda assim o volume mais generoso, quando comparado<br />

com os seus concorrentes directos. Como gran<strong>de</strong> virtu<strong>de</strong>,<br />

o baixo plano <strong>de</strong> carga facilita o acesso ao seu interior, fundamental<br />

quando é necessário carregar volumes mais pesados.<br />

Para quem necessitar <strong>de</strong> ainda mais espaço no interior do habitáculo,<br />

o rebatimento dos bancos traseiros, e inclusivamente<br />

do banco dianteiro do passageiro, possibilita aumentar a<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carga para valores na or<strong>de</strong>m dos 1600 litros.<br />

E como todos os pormenores não po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>scurados,<br />

foram instalados <strong>de</strong>baixo da mala dois espaços suplementares.<br />

Aqui fica um conselho: este é o espaço a<strong>de</strong>quado para<br />

arrumar o colete <strong>de</strong> segurança, em <strong>de</strong>trimento do inestético<br />

hábito <strong>de</strong> o colocar sob o banco do condutor. Com o Mégane<br />

todos os centímetros são aproveitados, garantindo zonas<br />

<strong>de</strong> arrumação para todos os gastos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o porta-luvas, às<br />

bolsas das portas e das costas dos bancos dianteiros, inclusivamente<br />

na consola central e nos alçapões que se encontram<br />

aos pés do condutor e do passageiro da frente. Entre tantas<br />

alternativas, são mais 25 litros à disposição.<br />

Um interior que se quer amplo<br />

As atenções viram-se agora para o habitáculo. Sem gran<strong>de</strong>s


novida<strong>de</strong>s para além da melhor qualida<strong>de</strong> dos materiais, o<br />

banco do condutor tem várias regulações possíveis, <strong>de</strong> acordo<br />

com as preferências <strong>de</strong> cada um. O volante é igualmente<br />

regulável, para além <strong>de</strong> ergonómico. Já quanto ao painel <strong>de</strong><br />

equipamentos, sem ser a última maravilha que a renault tem<br />

para mostrar, está longe <strong>de</strong> uma qualquer consola draconiana,<br />

que apenas inclui o essencial, sem margem para a pose<br />

artística. As duas secções na parte inferior da consola são <strong>de</strong><br />

fácil manuseamento. Cheio <strong>de</strong> pequenos truques e engenhocas,<br />

o Mégane permite que o travão <strong>de</strong> parqueamento assistido<br />

seja activado electricamente quando o motor é <strong>de</strong>sligado<br />

e <strong>de</strong>sactivado com o arranque do veículo apenas por força <strong>de</strong><br />

uma pequena pressão no pedal do acelerador. A nova menina<br />

dos olhos franceses possui ainda um cartão <strong>de</strong> abertura<br />

mãos-livres, que funciona como chave para acen<strong>de</strong>r os faróis<br />

à distância. É constituído ainda um dispositivo que tranca automaticamente<br />

as portas quando o condutor se afasta uma<br />

certa distância do veículo.<br />

Quanto aos restantes ocupantes, nada têm que recear; a<br />

liberda<strong>de</strong> para as pernas não sofreu quaisquer alterações<br />

em relação ao anterior mo<strong>de</strong>lo, que é como quem diz, vão<br />

sentir-se à “gran<strong>de</strong> e à francesa”. Apenas a altura traseira se<br />

ressentiu, fruto do já salientado tejadilho em curva <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte<br />

à retaguarda, um handicap no acesso à segunda fila,<br />

mesmo que esta opção beneficie a imagem mais <strong>de</strong>sposrtiva<br />

da wagon.<br />

Mas o tablier também apresenta alguns <strong>de</strong>feitos que importa<br />

referir. Des<strong>de</strong> logo, <strong>de</strong>staca-se pela polémica, pois ao mostrador<br />

analógico <strong>de</strong> contra-rotações junta-se um painel digital<br />

para o manómetro central – que tem como objectivo melhorar<br />

a leitura e controlo visual da velocida<strong>de</strong>. É provável que este<br />

ponto referente à mistura do digital com o analógico levante<br />

alguns anti-corpos e críticas por parte dos mais puristas e <strong>de</strong><br />

quem <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> acirradamente que “cada macaco no seu galho”.<br />

Outra falha apontada pren<strong>de</strong>-se com a luz do mostrador<br />

central que, quando ligada à noite, quase ofusca. É necessário<br />

utilizar o reóstato para a regular, pormenor pouco digno<br />

quando se fala numa das melhores wagon do mercado.<br />

Viajar à vonta<strong>de</strong> num labirinto <strong>de</strong> estradas<br />

O sistema <strong>de</strong> som é outra pequena maravilha a reter. O radioSat<br />

Classic possui uma potência<strong>de</strong> 80W, e integra quatro<br />

altifalantes, um conector rCA e um leitor <strong>de</strong> CD – compatível<br />

com MP3. Se a preferência passar pelo topo <strong>de</strong> gama, então a<br />

proposta da renault vai para o 3D Sound by Arkamys. É ainda<br />

possível ouvir as músicas armazenadas num leitor portátil ou<br />

telemóvel. Basta efectuar a ligação USB ou bluetooth a dispositivos<br />

externos instalados na consola central.<br />

indispensável nos dias <strong>de</strong> hoje, em que tempo é dinheiro e já<br />

ninguém dispensa um sistema <strong>de</strong> navegação capaz <strong>de</strong> evitar<br />

Características técnicas<br />

Motor<br />

tipo: 4 cilindros em<br />

linha Diesel, transversal,<br />

dianteiro<br />

Cilindrada (cc): 1461<br />

Diâmetro x curso (mm):<br />

76,0x80,5<br />

taxa <strong>de</strong> compressão:<br />

15,2:1<br />

Potência máxima<br />

(cv/rpm): 110/4000<br />

Binário máximo (Nm/rpm):<br />

240/1750<br />

Distribuição: 1 v.e.c. 16<br />

válvulas<br />

Alimentação: injecção<br />

directa common-rail<br />

Sobrealimentação: turbo +<br />

intercooler<br />

direCÇÃo<br />

tipo: Pinhão e cremalheira<br />

Assistida: Sim<br />

Diâmetro <strong>de</strong> viragem (m):<br />

11,0<br />

traVÕeS<br />

Dianteiros (mm): Discos<br />

ventilados (280)<br />

traseiros (mm): Discos<br />

maciços (260)<br />

ABS: Sim<br />

traNSMiSSÃo<br />

tracção: Dianteira<br />

Caixa <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>s:<br />

manual <strong>de</strong> 6+ma<br />

SUSPeNSÕeS<br />

Dianteira: McPherson<br />

traseira: eixo semi-rígido<br />

Barra estabilizadora<br />

frente/trás: sim/não<br />

diMeNSÕeS, PeSo e<br />

CaPaCida<strong>de</strong>S<br />

Comprimento/<br />

Largura/Altura (mm):<br />

4559/1804/1468<br />

Distância entre eixos<br />

(mm): 2701 mm<br />

vias frente/trás (mm):<br />

1468/1501<br />

Capacida<strong>de</strong> do <strong>de</strong>pósito<br />

(l): 60<br />

Capacida<strong>de</strong> da bagageira<br />

(l): 491<br />

Peso (kg): 1320<br />

relação peso/potência<br />

(kg/cv): 12,0<br />

Jantes <strong>de</strong> série – pneus<br />

<strong>de</strong> série: 7 1/2Jx17´´ –<br />

205/50r17<br />

PreStaÇÕeS<br />

velocida<strong>de</strong> máxima<br />

(km/h): 190<br />

Aceleração 0 – 100 km/h<br />

(s): 10,8<br />

Consumos (l/100 km)<br />

Extra-urbano/Combinado/<br />

Urbano: 4,2/4,8/5,8<br />

Emissões <strong>de</strong> CO2 (g/km):<br />

126<br />

eNSaio 43


eNSaio 44<br />

Custos <strong>de</strong> exploração<br />

que o mais distraído se perca em labirínticas estradas e ruas,<br />

a renault propõe como extra o Carminat tomtom, opcional<br />

que tem um valor um pouco inferior a 500 €, perfeitamente<br />

acessível, se comparado com a generalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes equipamentos.<br />

As informações <strong>de</strong>ste po<strong>de</strong>rão ser actualizadas<br />

através da internet, bastando para tal recarregar o seu cartão<br />

<strong>de</strong> memória SD. O condutor terá acesso a tudo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

mapas bastante <strong>de</strong>talhados, informações <strong>de</strong> trânsito, limites<br />

<strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>, pontos turísticos para quem vai em viagem <strong>de</strong><br />

férias, tudo <strong>de</strong> fácil acesso e execução. E não diga a ninguém,<br />

mas esta tecnologia transmite inclusivamente um alerta <strong>de</strong><br />

radar nas imediações. tudo isto num ecrã <strong>de</strong> 5,8 polegadas.<br />

Para quem as engenhocas contam, e muito, na escolha <strong>de</strong><br />

um automóvel, terão igualmente à disposição o Carminat<br />

Bluetooth DvD, um topo <strong>de</strong> gama entre os sistemas <strong>de</strong> navegação.<br />

Entre as principais características po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>stacar o<br />

comando central, o mapa cartográfico da Europa, ligação ao<br />

telemóvel através do bluetooth e reconhecimento vocal para<br />

as funções <strong>de</strong> navegação.<br />

Novas motorizações a somar ao popular 1.5<br />

Quanto aos motores, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo se <strong>de</strong>staca a manutenção<br />

do silencioso bloco <strong>de</strong> base 1.5 dCi, disponível para a potência<br />

<strong>de</strong> 90 e 110 cv e com um consumo médio anunciado <strong>de</strong><br />

4,8l/100km – isto ao nível dos turbodiesel, com as emissões<br />

<strong>de</strong> CO2 a atingir os 126g/km. Estes são os números oficiais,<br />

que <strong>de</strong>pois na prática os valores aumentam, <strong>de</strong> acordo com<br />

condução e as condições em que esta se efectua. A fiabilida<strong>de</strong><br />

e rentabilida<strong>de</strong> do 1.5 dCi fizeram <strong>de</strong>ste um dos principais<br />

motivos para o sucesso do anterior mo<strong>de</strong>lo. No mais, e sem<br />

estar fadado para gran<strong>de</strong>s velocida<strong>de</strong>s, a verda<strong>de</strong> é que a<br />

qualida<strong>de</strong> do chassis e o equilíbrio entre conforto e eficácia<br />

em curva permitem viagens excitantes, com o pedal do acelerador<br />

a po<strong>de</strong>r ser utilizado até ao seu limite. Mas atenção<br />

com os excessos! Para evitar entusiasmos <strong>de</strong>smesurados, ao<br />

volante <strong>de</strong>ste ondulante Mégane, o ESP permanente actua<br />

sempre que necessário, o que dá pouca margem <strong>de</strong> manobra<br />

PVP Locação Manutenção Seguro Imposto Renda Mensal<br />

& Pneus Circulação<br />

12 meses/30,000 Km 27375,99 796,21 30,36 91,73 29,23 963,06<br />

24 meses/60,000 Km 27375,99 525,26 85,45 91,73 22,24 741,39<br />

36 meses/90,000 Km 27375,99 432,64 107,53 91,73 20,07 669,04<br />

48 meses/120,000 Km 27375,99 393,86 105,27 91,73 19,11 627,20<br />

4pneus por cada 40,000Km *todos os valores têm ivA incluído<br />

ao condutor. A ajudar a todo este cenário <strong>de</strong> requinte, a suspensão<br />

e a direcção são extremamente dinâmicas. Um must<br />

<strong>de</strong> suavida<strong>de</strong> e conforto, como se a estrada não passasse <strong>de</strong><br />

um aglomerado <strong>de</strong> fofas nuvens ou, em alternativa, um tapete<br />

persa bem liso.<br />

Mas também há que apontar algumas críticas. A mais evi<strong>de</strong>nte,<br />

e para tal basta olhar atentamente para a traseira do<br />

Mégane, pren<strong>de</strong>-se com a visibilida<strong>de</strong> e dimensão reduzida<br />

do óculo. Motivo para levar em alta consi<strong>de</strong>ração a adopção<br />

<strong>de</strong> sensores <strong>de</strong> estacionamento (que é um opcional) que<br />

facilitem esta manobra. Quanto ao registo em estrada, o<br />

1.5 dCi nem sequer é particularmente rápido a <strong>de</strong>senvolver<br />

o seu motor e atingir os 100km/h, quando comparado com<br />

os seus adversários mais directos; mas a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

travagem compensa qualquer pequena <strong>de</strong>cepção quanto ao<br />

ligeiríssimo défice <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>.<br />

Sumário <strong>de</strong> uma carrinha familiar<br />

Para quem soma todas as contas e analisa ao pormenor os<br />

gastos com o seu <strong>carro</strong>, importa frisar a baixa carga fical que<br />

acompanha o Mégane Sport tourer. Garantia <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong><br />

comercial, os consumos reduzidos e as excelentes<br />

prestações são as gran<strong>de</strong>s armas que os franceses oferecem<br />

quando o dinheiro fala mais alto.<br />

As boas notícias não se restringem à beleza visual ou à performance<br />

da máquina em plena estrada. tal como vendo<br />

sendo a regra, as questões referentes à segurança activa<br />

e passiva são fundamentais para o sucesso <strong>de</strong> vendas, em<br />

particular quando o segmento <strong>de</strong> mercado preferencial é o<br />

familiar. Neste caso, não há que recear, pois a nova coqueluche<br />

francesa adoptou todas as resoluções e <strong>de</strong>senvolveu os<br />

aspectos técnicos que permitem a esta wagon a obtenção da<br />

nota máxima nos testes EuroNCAP. Por 23.375,99 €, a versão<br />

Dynamique S do Mégane Sport tourer promote dar que falar<br />

em Portugal, e não apenas entre as famílias. As suas características<br />

e <strong>de</strong>sign são perfeitas para que muitos se apaixonem<br />

pela aposta da renault.


eNSaio 46<br />

Pusemos à prova o primeiro 4x4 do mercado com a tecnologia stop/start. tal sistema<br />

inteligente faz <strong>de</strong>ste o Land rover mais ecológico até à data.


o bom gigante<br />

land rover Freelan<strong>de</strong>r td4_e Stop/Start 2.2<br />

MY10 160cv 5p<br />

eNSaio 47


eNSaio 48<br />

Características técnicas<br />

Motor<br />

Cilindrada: 2.179 cc<br />

Diâmetro X curso: 85 mm<br />

X 96 mm – 4 cilindros em<br />

linha<br />

relação <strong>de</strong> compressão:<br />

16,5:1<br />

Potência máxima: 118kW<br />

(160cv) /4000rpm<br />

Binário máximo:<br />

400Nm/2000rpm<br />

Sistema <strong>de</strong> injecção<br />

commom rail 3<br />

Caixa manual <strong>de</strong> seis<br />

velocida<strong>de</strong>s<br />

direCÇÃo<br />

tipo: Assistida <strong>de</strong> pinhão<br />

e cremalheira<br />

volante: 2,6 ajuste em<br />

altura <strong>de</strong> série<br />

Diâmetro <strong>de</strong> viragem:<br />

11,3 m<br />

JaNteS e PNeUS<br />

Em liga leve <strong>de</strong> 16’’ com 5<br />

raios duplos – 215/75 At<br />

traVÕeS<br />

Dianteiros: discos<br />

ventilados (300 mm)<br />

traseiros: discos sólidos<br />

(302 mm)<br />

PeSoS<br />

tara: <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1775 kg<br />

Peso bruto: 2505 kg<br />

Peso máximo rebocável –<br />

com travões: 2000 kg<br />

Peso máximo rebocável –<br />

sem travões: 750 kg<br />

Capacida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong><br />

carga (incluindo Condutor<br />

75 kg) = 550 kg<br />

PreStaÇÕeS e<br />

CoNSUMoS<br />

VeloCida<strong>de</strong> MáXiMa:<br />

181KM/H<br />

Aceleração: 11,7seg dos<br />

0-100km/h<br />

Consumo urbano:<br />

8,5l/100km<br />

Consumo extra-urbano:<br />

5,7l/100km<br />

Consumo combinado:<br />

6,7l/100km<br />

Emissões CO2: 179g/km<br />

Capacida<strong>de</strong> útil do<br />

<strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> combustível:<br />

68 litros<br />

ruído <strong>de</strong> rolamento: 73dB<br />

diMeNSÕeS<br />

Altura ao solo: até 210<br />

mm<br />

Espaço máximo <strong>de</strong> carga<br />

– bancos rebatidos: 1670<br />

litros<br />

Espaço máximo <strong>de</strong> carga<br />

– bancos na posição<br />

normal: 405 litros<br />

Largura: 2005 mm com<br />

espelhos recolhidos<br />

Altura: 1740 mm<br />

Distância entre eixos:<br />

2660 mm<br />

Comprimento: 4500 mm<br />

Os jipes nunca foram propriamente conhecidos pela eficiência<br />

do seu consumo, ao nível dos combustíveis, taxas e<br />

portagens. Contudo, a segunda geração Freelan<strong>de</strong>r, apesar<br />

<strong>de</strong> (ainda, infelizmente) presa ao pagamento <strong>de</strong> portagens<br />

<strong>de</strong> um classe 2, abre caminho a uma atitu<strong>de</strong> responsável<br />

para este tipo <strong>de</strong> viaturas. O investimento superior a 800<br />

milhões <strong>de</strong> euros em tecnologias sustentáveis por parte da<br />

Jaguar e Land rover não <strong>de</strong>ixam margem para dúvidas sobre<br />

a opção “ver<strong>de</strong>” <strong>de</strong>ste fabricante, começando no novo Freelan<strong>de</strong>r<br />

o combate às emissões <strong>de</strong> CO2. O tD4_e representa<br />

a primeira aposta na inclusão <strong>de</strong> elementos do programa <strong>de</strong><br />

engenharia sustentável “e_tErrAiN tECHNOLOGiES” da<br />

Land rover. Deste, é parte <strong>de</strong>cisiva a introdução do stop/<br />

start <strong>de</strong> origem, sem aumento <strong>de</strong> custo associado, em todos<br />

os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> caixa manual a diesel, contribuindo para<br />

uma economia geral até 20% e uma redução 15g/km nas<br />

emissões - ou seja <strong>de</strong> 8%, permitindo-lhe atingir os 179g/<br />

km, sem afectar o <strong>de</strong>sempenho.<br />

Potente e eficiente<br />

Apesar <strong>de</strong> simples, este sistema <strong>de</strong> paragem e arranque é<br />

mais “inteligente” do que à primeira vista possa parecer.<br />

Utiliza sensores que <strong>de</strong>sligam o motor quando paramos o<br />

<strong>carro</strong> e o colocamos em ponto morto, arrancando novamente<br />

sempre que pisemos a embraiagem, prontos para iniciar a<br />

marcha. É verda<strong>de</strong> que é necessário à maioria dos condutores<br />

adaptarem o seu estilo <strong>de</strong> condução para po<strong>de</strong>rem tirar<br />

partido <strong>de</strong>sta tecnologia, pois é fundamental disciplinarmonos<br />

para usar o ponto morto com regularida<strong>de</strong> – principalmente<br />

tendo em conta o intrincado trânsito citadino. No entanto,<br />

este esforço compensa na factura final a quem per<strong>de</strong><br />

muito tempo no “pára-arranca”. O uso do stop/start é apenas<br />

anulado em situações excepcionais (com o intuito <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ixar o motor funcionar até estar disponível mais potência<br />

na bateria): se a bateria se encontrar com pouca carga, se<br />

o controlador climático estiver em esforço, caso a temperatura<br />

<strong>de</strong>sça dos quatro graus ou suba mais do que os 25, ou<br />

se a viatura operar num dos modos <strong>de</strong> “terreno especial”,<br />

fazendo uso da tracção.<br />

Esta versão ecológica do Freelan<strong>de</strong>r conta ainda com uma<br />

luz indicadora <strong>de</strong> mudança <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> (aconselhando<br />

a engrenar uma mudança superior), um novo software <strong>de</strong><br />

transmissão e pneus <strong>de</strong> baixa resistência ao rolamento, factores<br />

<strong>de</strong>cisivos para atingir os impressionantes 6,7l/100 km<br />

<strong>de</strong> consumo combinado – uma redução <strong>de</strong> 0,7 litros em cada<br />

100km em relação à primeira versão.<br />

Mas que não restem dúvidas sobre a excelente resposta que<br />

oferece o motor 2.2 e os 160 cv <strong>de</strong>ste compacto <strong>de</strong> luxo. Disponível<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> meados <strong>de</strong>ste ano, o Freelan<strong>de</strong>r parece não<br />

<strong>de</strong>sconhecer qualquer tipo <strong>de</strong> terreno e não <strong>de</strong>silu<strong>de</strong> nem


um pouco quem aprecie a precisão e potência do mo<strong>de</strong>lo<br />

original. Portanto, esta tentativa <strong>de</strong> cortar nas emissões resulta<br />

num redundante sucesso que nos faz esperar ansiosamente<br />

pela próxima tecnologia <strong>de</strong> ponta a levar a cabo pelo<br />

construtor <strong>de</strong> Solihull, inglaterra. Atrevemo-nos a afirmar<br />

que a partir <strong>de</strong> agora, graças ao novo Freelan<strong>de</strong>r, o futuro se<br />

tornou mais risonho para os SUv.<br />

Preparado para tudo<br />

No interior o espaço é amplo, a qualida<strong>de</strong> é elevada, o equipamento<br />

convincente e o posto <strong>de</strong> condução absolutamente<br />

<strong>de</strong>licioso. Este último é, <strong>de</strong> resto, uma das principais maisvalias<br />

do habitáculo, permitindo uma visibilida<strong>de</strong> ampla e<br />

uma maior sensação <strong>de</strong> controlo da viatura. O capítulo da<br />

segurança merece também particular ênfase, sobretudo em<br />

virtu<strong>de</strong> dos travões ABS, Controlo Electrónico <strong>de</strong> tracção e<br />

do sistema inteligente 4x4. Qualquer um <strong>de</strong>stes ingredientes<br />

são <strong>de</strong>cisivos para o condutor evitar situações <strong>de</strong> perigo.<br />

Perante a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> equipamento <strong>de</strong> protecção à<br />

disposição não restam dúvidas que estamos perante um<br />

verda<strong>de</strong>iro Land rover. Alguns dos mais sofisticados sistemas<br />

<strong>de</strong> segurança e tecnologia do mercado, comprovados<br />

pelos exigentes testes do Euro NCAP em 2007, fizeram do<br />

novo Freelan<strong>de</strong>r o primeiro veículo do seu segmento a obter<br />

a classificação máxima. Estes equipamentos incluem ainda<br />

7 airbags, o novo sistema <strong>de</strong> Controlo <strong>de</strong> Estabilida<strong>de</strong> da<br />

inclinação, Distribuição Electrónica da Força <strong>de</strong> travagem,<br />

travagem Assistida <strong>de</strong> Emergência, Controlo <strong>de</strong> travagem<br />

em Curva e o Controlo <strong>de</strong> Estabilida<strong>de</strong> Dinâmica (que auxilia<br />

o condutor a manter o controlo do veículo em situações<br />

<strong>de</strong> perda <strong>de</strong> tracção). O sistema terrain response, que tivemos<br />

a felicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> experimentar, encontra-se ao alcance<br />

<strong>de</strong> um pequeno comando e permite, sem esforço, alterar o<br />

tipo <strong>de</strong> condução (condução geral; relva/gelo/neve; lama<br />

e trilhos; areia) maximizando as capacida<strong>de</strong>s absolutas da<br />

viatura. Mas não convém esquecer que na base da magní-<br />

fica combinação <strong>de</strong> eficiência e <strong>de</strong>sempenho está também<br />

a introdução <strong>de</strong> tecnologias inteligentes menos visíveis<br />

como o módulo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> da tensão eléctrica, sistema<br />

<strong>de</strong> monitorização da bateria, sensor <strong>de</strong> vácuo do sistema <strong>de</strong><br />

travagem e o sistema <strong>de</strong> ar condicionado automático maximizado.<br />

A adição <strong>de</strong> um motor <strong>de</strong> arranque maximizado,<br />

nova roda <strong>de</strong> coroa, volante <strong>de</strong> massa dupla e a bateria AGM<br />

(electrólito absorvido) são ainda aspectos que contribuem<br />

para uma durabilida<strong>de</strong> sem compromisso <strong>de</strong>sta novida<strong>de</strong>.<br />

De série tirámos partido <strong>de</strong> uma caixa manual <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> 6 relações, faróis <strong>de</strong> halogéneo, espelhos exteriores<br />

com ajuste eléctrico, computador <strong>de</strong> bordo com centro <strong>de</strong><br />

mensagens, a tomada auxiliar áudio para dispositivos MP3,<br />

entre outros. À parte disso, o excelente sistema <strong>de</strong> ar condicionado,<br />

os revestimentos e qualida<strong>de</strong> dos bancos dian-<br />

eNSaio 49


eNSaio 50<br />

Custos <strong>de</strong> exploração<br />

PVP Locação Manutenção Seguro Imposto Renda Mensal<br />

& Pneus Circulação<br />

12 meses/30,000 Km 44260,81 1930,98 57,60 113,06 40,89 2156,12<br />

24 meses/60,000 Km 44260,81 1169,83 125,07 113,06 31,14 1454,32<br />

36 meses/90,000 Km 44260,81 912,3 161,07 113,06 28,09 1230,25<br />

48 meses/120,000 Km 44260,81 793,49 168,55 113,06 26,73 1117,79<br />

4pneus por cada 40,000Km *todos os valores têm ivA incluído<br />

teiros e traseiros não <strong>de</strong>ixam margem para gran<strong>de</strong>s dúvidas<br />

que nos encontramos perante uma viatura <strong>de</strong> luxo.<br />

No entanto, apesar da excelente capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carga, até<br />

1670 litros (possível com o rebatimento dos bancos) o único<br />

ponto negativo que <strong>de</strong>mos conta é o espaço e praticabilida<strong>de</strong><br />

dos ocupantes do veículo que são, por vezes, relegados<br />

para segundo plano. Além disso, foi com muita pena nossa<br />

que só pu<strong>de</strong>mos apreciar um pack <strong>de</strong> extras mais reduzido,<br />

ainda assim com um volante em pele com controlos do excelente<br />

sistema <strong>de</strong> som e cruise control incluídos e um rádio<br />

com caixa <strong>de</strong> 6 CD e 6 altifalantes. Alguns dos opcionais disponíveis<br />

na versão “_e” incluem navegação por satélite com<br />

DvD, filtro <strong>de</strong> partículas diesel, sensores <strong>de</strong> estacionamento<br />

dianteiros e traseiros, tecto <strong>de</strong> abrir, vidros fumados e pintura<br />

metalizada.<br />

Irresistível fora da estrada<br />

O mo<strong>de</strong>lo que tivemos o prazer <strong>de</strong> conduzir foi um vistoso<br />

branco “alaska”. Deparámo-nos com a quase improvável<br />

mistura do requinte <strong>de</strong> uma berlina que “acumula funções”<br />

com um 4x4 <strong>de</strong> topo. Na cida<strong>de</strong> pu<strong>de</strong>mos constatar que é<br />

ágil, dinâmico e confortável. A resposta é excepcional, fican-<br />

do a sensação que há mais cavalagem para puxar sempre<br />

que for necessário. A maleabilida<strong>de</strong> da viatura sofre um<br />

pouco em curva, <strong>de</strong> resto como todos os veículos com estas<br />

características – o mesmo acontece, por exemplo, com o seu<br />

principal rival o Honda Cr-v i-CtDi. Mas nada impeditivo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sfrutar da condução com um refinamento enorme e que<br />

transmite a confiança necessária para arriscar, com segurança,<br />

em qualquer tipo <strong>de</strong> piso e condições climatéricas.<br />

O facto é que o atraente e inspirado <strong>de</strong>sign frontal <strong>de</strong>ste<br />

revolucionário e avançado Land rover, aliado a um interior<br />

que é o <strong>de</strong> um verda<strong>de</strong>iro habitáculo premium e o seu alto<br />

nível <strong>de</strong> conforto não comprometem a sua principal qualida<strong>de</strong>,<br />

a tracção em terra batida. Bem mais convincente offroad,<br />

este robusto Freelan<strong>de</strong>r 2, mesmo assim, <strong>de</strong>marca-se<br />

da concorrência sobretudo <strong>de</strong>vido ao sistema “eco” que lhe<br />

permite baixar os consumos sem beliscar as performances,<br />

num futuro que parece muito mais “ver<strong>de</strong>” para este famoso<br />

fabricante. Se para muitos esta gama é uma espécie <strong>de</strong> parente<br />

pobre da Land rover, e que vive à sombra dos irmãos<br />

range rover e Discovery, a verda<strong>de</strong> é que o Freelan<strong>de</strong>r e o<br />

seu recente selo ecológico po<strong>de</strong>m ajudar a puxar a marca<br />

britânica <strong>de</strong>sta recessão.<br />

De referir que o Freelan<strong>de</strong>r é o primeiro SUv a conseguir a<br />

certificação completa <strong>de</strong> veículos em Fim <strong>de</strong> vida, relativa<br />

à homologação <strong>de</strong> veículos a motor, no que diz respeito à<br />

sua potencial reutilização. Ou seja, 85% dos componentes<br />

serão reutilizados ou reciclados, com mais 10% em massa<br />

reutilizável e/ou reciclável.<br />

Na hora <strong>de</strong> comprar, em caso <strong>de</strong> dúvida, recomendamos a<br />

escolha <strong>de</strong> uma versão a diesel, tal como a que testámos.<br />

Além <strong>de</strong> mais económica face à versão a gasolina, as emissões<br />

reduzidas fazem todo o sentido quando nos referimos<br />

a um <strong>carro</strong> <strong>de</strong> empresa e, no final, os preços são também<br />

mais em conta. in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente disso, enten<strong>de</strong>mos<br />

que, apesar <strong>de</strong> caro, este Freelan<strong>de</strong>r vale o peso do seu investimento.


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POrtUGAL<br />

Com uma frota <strong>de</strong> 400 veículos, totalmente alocados à LeasePlan,<br />

a Siemens apenas em alguns casos prolongou os seus serviços<br />

<strong>de</strong> renting. Ciente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2006/2007 da <strong>crise</strong> económica que<br />

ainda se faz sentir, o gigante alemão assume actualmente uma<br />

política ambiental e lança-se no objectivo <strong>de</strong> reduzir a curto prazo<br />

as emissões <strong>de</strong> CO2 das suas frotas.<br />

Como é composta a frota da Siemens? É toda ela alugada<br />

à leasePlan?<br />

De facto, neste momento toda a frota automóvel da<br />

Siemens Portugal – cerca <strong>de</strong> 400 viaturas - está ligada à<br />

LeasePlan, que é um fornecedor preferencial da empresa.<br />

o que leva a Siemens a ter a sua frota alocada à<br />

leasePlan? optaram prolongar os contratos <strong>de</strong> renting?<br />

Como fornecedor preferencial da Siemens, a LeasePlan<br />

ofereceu um conjunto <strong>de</strong> condições que foram ao<br />

encontro das nossas expectativas. Procuramos sempre<br />

que possível estabelecer parcerias sustentadas e <strong>de</strong><br />

eNtreViSta 53


eNtreViSta 54<br />

longa duração, como é o caso. Quanto à questão<br />

do prolongamento do renting, apenas o fizemos em<br />

alguns casos pontuais.<br />

Que condições vos são apresentadas pela leasePlan<br />

quanto ao estado dos veículos? Na Siemens também<br />

são exigentes com os vossos condutores?<br />

Neste âmbito, as exigências da LeasePlan não<br />

diferem das normalmente praticadas no mercado.<br />

Da nossa parte, temos o cuidado <strong>de</strong> sensibilizar os<br />

nossos colaboradores para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuidar<br />

o melhor possível das viaturas a seu cargo e <strong>de</strong> ter<br />

uma condução responsável. É importante mencionar<br />

que o índice <strong>de</strong> sinistralida<strong>de</strong> da Siemens está abaixo<br />

da média do mercado, o que revela que os nossos<br />

esforços têm sido bem acolhidos pelos condutores/<br />

colaboradores.<br />

os utilizadores passam um tempo crescente no<br />

interior dos veículos <strong>de</strong> serviço. Contudo, também<br />

lhes é exigido cada vez mais melhor <strong>de</strong>sempenho e<br />

produtivida<strong>de</strong>. Não será contraproducente?<br />

A viatura <strong>de</strong> serviço é um instrumento <strong>de</strong> trabalho,<br />

logo <strong>de</strong> promoção da competitivida<strong>de</strong> do colaborador<br />

e da empresa. E é importante não esquecer que com as<br />

novas tecnologias o trabalho move-se connosco. Como<br />

tal, parece-me que o tempo que se passa nos veículos<br />

não é um obstáculo à produtivida<strong>de</strong>.<br />

a <strong>crise</strong> económica teve como resultado uma<br />

diminuição das trocas comerciais, também com<br />

consequências ao nível da tecnologia e dos sistemas<br />

<strong>de</strong> informação. este factor implicou um menor<br />

investimento na frota da Siemens?<br />

A Siemens começou a preparar-se para a <strong>crise</strong> em<br />

2006/2007, reestruturando-se em apenas três<br />

sectores – Industry, Healthcare e Energy. Esta<br />

antevisão permitiu-nos reagir <strong>de</strong> uma forma saudável<br />

ao actual cenário económico e financeiro. Por isso,<br />

ao longo <strong>de</strong>ste ano temos mantido o ritmo normal <strong>de</strong><br />

contratação <strong>de</strong> viaturas para a nossa frota.<br />

Uma das questões que o gestor <strong>de</strong> frotas tem <strong>de</strong> estar<br />

alerta é a protecção contra oficinas – mesmo as que<br />

trabalham com as locadoras – que possam cobrar<br />

em <strong>de</strong>masia pelos seus serviços. Consi<strong>de</strong>ra que<br />

esta situação po<strong>de</strong> conduzir muitos responsáveis a<br />

<strong>de</strong>sistirem <strong>de</strong>ste serviço incluso nos contratos <strong>de</strong> aoV?<br />

Como em todas as negociações comerciais,<br />

esperamos que os serviços contratados não só<br />

correspondam à proposta <strong>de</strong> valor intrínseca,<br />

como as suas condições não sofram alterações<br />

inesperadas. A inflação dos valores é naturalmente<br />

um problema para o qual qualquer gestor tem <strong>de</strong><br />

estar atento. No caso concreto da frota, o que a<br />

Siemens espera do seu fornecedor é justamente<br />

um serviço chave-na-mão cujo valor cobrado seja<br />

mais competitivo do que se este fosse <strong>de</strong>sintegrado,<br />

permitindo ainda uma racionalização/optimização<br />

dos seus recursos.<br />

Quando estas vantagens não mais existirem, então o<br />

AOv po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fazer sentido, pelo menos nos<br />

mol<strong>de</strong>s em que hoje existe.<br />

Na maioria das situações em que se optou por viaturas<br />

híbridas, os diagnósticos <strong>de</strong> consumo avançados<br />

pelas marcas foram totalmente contrariados. Qual é a<br />

sua percepção sobre os híbridos? estará o problema<br />

apenas na condução? Há espaço para melhoria da sua<br />

tecnologia ou serão apenas mo<strong>de</strong>los transitórios para<br />

o eléctrico ou outras opções mais sustentáveis?<br />

A questão da mobilida<strong>de</strong> tem sido um dos temas<br />

dominantes em quase todas as discussões e<br />

propostas para o <strong>de</strong>senvolvimento urbano à escala<br />

local e global. No caso da indústria automóvel, é<br />

notória a preocupação da maioria dos construtores<br />

em lançar propostas ambientalmente mais eficientes.<br />

O recente Salão <strong>Auto</strong>móvel <strong>de</strong> Frankfurt <strong>de</strong>monstrou<br />

exactamente esta tendência, com todas as marcas


a apresentarem mo<strong>de</strong>los para comercialização ou<br />

concepts com motorizações eléctricas ou híbridas.<br />

Neste contexto, convém realçar que a Siemens tem<br />

como objectivo a curto prazo, e à escala global,<br />

limitar os valores <strong>de</strong> emissões <strong>de</strong> CO2 da sua frota.<br />

Orgulhamo-nos <strong>de</strong> ser uma empresa profundamente<br />

envolvida na <strong>de</strong>fesa e promoção <strong>de</strong> boas práticas<br />

ambientais. Este envolvimento revela-se com<br />

particular evidência no nosso Portefólio Ambiental.<br />

Este conceito inclui produtos e soluções integradas<br />

que contribuem para a eficiência ambiental e<br />

financeira das instituições, abrangendo praticamente<br />

todas as áreas da produção, transporte e consumo<br />

<strong>de</strong> energia, assim como tecnologias ambientais para<br />

a purificação da água, controlo da poluição do ar e<br />

poupança <strong>de</strong> energia em ambientes hospitalares.<br />

Um estudo feito no reino Unido mostra que, se<br />

forem opções “amigas do ambiente”, os <strong>carro</strong>s<br />

frota reduzem 29% da sua pegada ecológica, que<br />

correspon<strong>de</strong> aos valores das emissões <strong>de</strong> Co2. Se<br />

assim é, porque será que há tantos gestores <strong>de</strong><br />

frotas pouco receptivos a esta opção da máxima<br />

importância?<br />

Conforme já disse anteriormente, a redução <strong>de</strong><br />

emissões <strong>de</strong> CO2 para a atmosfera é um tema para o<br />

qual a Siemens está sensível. Para dar um exemplo, no<br />

ano passado as nossas soluções ajudaram os clientes<br />

a reduzir as emissões <strong>de</strong> CO2 em 148 milhões <strong>de</strong><br />

toneladas – um valor 30 vezes superior às emissões <strong>de</strong><br />

CO2 emitidas pela Siemens, que são <strong>de</strong> 5,1 milhões <strong>de</strong><br />

toneladas.<br />

Na minha opinião, a partir do momento em que a<br />

alteração do quadro fiscal (redução na carga fiscal<br />

das empresas, logo, menos custos) seja totalmente<br />

absorvida pela comunida<strong>de</strong> empresarial, acredito que a<br />

adopção <strong>de</strong> práticas ambientalmente correctas passe a<br />

ser a regra e não a excepção.<br />

eNtreViSta 55


operação policial<br />

Contra<br />

o álcool da noite<br />

As saídas nocturnas dão azo a excessos, e nem todos são pueris. Acompanhar a PSP na<br />

fiscalização aos condutores, mesmo numa noite <strong>de</strong> Agosto em Lisboa, é fundamental para<br />

conhecer o comportamento <strong>de</strong> quem <strong>de</strong>ve ser responsável para consigo e os outros.


O local é escolhido em cima da hora,<br />

ainda nas instalações da Divisão <strong>de</strong><br />

trânsito, na Alta <strong>de</strong> Lisboa. São quase<br />

3h00 <strong>de</strong> uma madrugada amena e todos<br />

os agentes <strong>de</strong>stacados para esta<br />

operação parecem estar tranquilos, jucosos<br />

até. Ninguém sabe on<strong>de</strong> <strong>de</strong>correrá<br />

a operação. Os oficiais <strong>de</strong> serviço<br />

<strong>de</strong>batem rapidamente os prós e contras<br />

das várias alternativas. A <strong>de</strong>cisão é<br />

breve. Ainda antes das 3h30 <strong>de</strong> quinta<br />

para sexta-feira já os agentes da Divisão<br />

<strong>de</strong> trânsito da Polícia <strong>de</strong> Segurança<br />

Pública (PSP) estão a postos para<br />

mais uma rotineira operação <strong>de</strong> combate<br />

às ilegalida<strong>de</strong>s no tráfego urbano<br />

–vulgarmente conhecida por Operação<br />

Stop. Durante cerca <strong>de</strong> quatro horas,<br />

algumas centenas <strong>de</strong> condutores serão<br />

m<strong>anda</strong>dos parar. “Em todas estas operações<br />

temos o cuidado <strong>de</strong> verificar os<br />

aspectos <strong>de</strong> segurança passiva e activa<br />

do automóvel, com especial atenção<br />

ao cinto <strong>de</strong> segurança, utilização do<br />

telemóvel por parte do automobilista,<br />

colete conforme a lei, triângulo, pneu<br />

sobresselente, etc.”, explica o comissário<br />

João Pinheiro, responsável pela<br />

equipa <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 27 homens e mulheres<br />

que se instalam na rua da Cintura<br />

do Porto <strong>de</strong> Lisboa, mesmo em frente<br />

ao Museu do Oriente, em Alcântara<br />

(e também na Avenida <strong>de</strong> Ceuta). Mas<br />

confessa que “a maior preocupação<br />

vai para o <strong>de</strong>spiste <strong>de</strong> álcool. Ninguém<br />

que seja m<strong>anda</strong>do parar segue viagem<br />

sem soprar no balão”.<br />

Tudo a postos junto ao Museu do<br />

Oriente<br />

O trabalho ainda agora começou mas<br />

a noite já não é uma criança. Os pinos<br />

laranja encerram uma faixa <strong>de</strong> rodagem.<br />

três veículos da PSP mantêm-se<br />

ligados, com o dispositivo informático<br />

necessário para i<strong>de</strong>ntificar os condutores,<br />

verificar os seus cadastros, bem<br />

como assegurar a legalida<strong>de</strong> dos documentos<br />

que estes possuem. Mesmo<br />

em pleno Agosto, as saídas nocturnas<br />

induzem a excessos. E, quando o calor<br />

aperta, mais comuns se tornam os abusos<br />

por parte <strong>de</strong> quem <strong>de</strong>veria ser responsável.<br />

“A verda<strong>de</strong> é que as pessoas<br />

conduzem muito mal, são perigosas ao<br />

volante”, admite um agente, enquanto<br />

observa um automobilista a passar um<br />

sinal vermelho, na Avenida 24 <strong>de</strong> Julho,<br />

no sentido do Cais do Sodré, como se<br />

fosse perfeitamente natural. A distância<br />

para o infractor não permite uma<br />

actuação imediata da autorida<strong>de</strong>. Outro<br />

<strong>carro</strong> passa, no mesmo sentido; mo-<br />

SeGUraNÇa 57


SeGUraNÇa 58<br />

mento i<strong>de</strong>al para um ocupante <strong>de</strong>sse<br />

veículo gritar uns quantos impropérios<br />

em direcção da brigada policial: “Há<br />

cada vez menos respeito pela polícia,<br />

em especial pela Brigada <strong>de</strong> trânsito”,<br />

lamenta o comissário Pinheiro. Ao longo<br />

<strong>de</strong>sta missão, em particular <strong>de</strong>pois<br />

das 5h30, alguns comportamentos tornarão<br />

essa constatação bem evi<strong>de</strong>nte.<br />

Não é preciso esperar muito tempo<br />

até todos os polícias começarem a<br />

carburar em pleno. E logo surgem as<br />

contra-or<strong>de</strong>nações. relembre-se que<br />

estas são graves quando a quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> álcool no sangue se situa entre os<br />

0,5 g/litro até aos 0,79 g/litro. A coima<br />

para esta infracção varia entre os 250€<br />

e 1.250€ e sanção acessória <strong>de</strong> inibição<br />

<strong>de</strong> condução. Se a taxa for igual ou<br />

superior a 0,8 g/litro até 1,19 g/litro, a<br />

contra-or<strong>de</strong>nação é muito grave e a coima<br />

variará entre os 500€ e os 2.500€,<br />

para além do respectivo impedimento<br />

<strong>de</strong> condução. Acima <strong>de</strong>ste valor é cri-<br />

me e o automobilista é <strong>de</strong>tido. Caso<br />

o condutor não concor<strong>de</strong> com a taxa<br />

acusada, po<strong>de</strong> pedir uma contra-prova<br />

no local ou um novo teste no hospital.<br />

Porém, neste último caso, terá ainda<br />

que pagar 263€ pela análise sanguínea.<br />

E se esta corroborar os dados da<br />

primeira prova, po<strong>de</strong>rá ser um fim <strong>de</strong><br />

festa bem aziago do ponto <strong>de</strong> vista financeiro.<br />

Nesta noite o excesso <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong><br />

não será uma preocupação:<br />

os agentes estão bem visíveis, numa<br />

recta larga. todos abr<strong>anda</strong>m a marcha,<br />

muitos são – mesmo assim – m<strong>anda</strong>dos<br />

parar. A estratégia não passa pela<br />

surpresa, como adianta o comissário<br />

Pinheiro: “Nós costumamos estar nos<br />

mesmos locais, não variamos muito,<br />

até porque não é logisticamente possível<br />

montarmos uma operação <strong>de</strong>stas<br />

nas ruas mais estreitas no interior da<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa”. Assim, locais como<br />

as avenidas <strong>de</strong> Ceuta, 24 <strong>de</strong> Julho, rua<br />

da Cintura do Porto <strong>de</strong> Lisboa, junto à<br />

discoteca Lux-Frágil, Parque das Nações<br />

ou Cais do Sodré são pontos óbvios<br />

para a PSP aos fins-<strong>de</strong>-semana,<br />

quinta-feira incluída.<br />

Os perigos e medos após beber álcool<br />

Um dos aspectos mais marcantes ao<br />

longo da operação policial reporta-se à<br />

expressão facial dos condutores. A tensão<br />

e os músculos túrgidos, o sangue<br />

a latejar nas frontes, outros mostramse<br />

lívidos, mas todos enfrentam o contacto<br />

com os agentes. É latente o medo<br />

com que a generalida<strong>de</strong> das pessoas se<br />

encaminha para a carrinha policial, on<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>verá proce<strong>de</strong>r à análise ao álcool. Os<br />

espíritos mostram-se inebriados, nem<br />

sempre consequência do excesso <strong>de</strong><br />

bebidas, por vezes ouvem-se risos nervosos<br />

e conversas <strong>de</strong> ocasião para tentar<br />

ganhar a simpatia dos agentes.<br />

Contam-se pelos <strong>de</strong>dos das mãos os<br />

condutores e passageiros com mais<br />

<strong>de</strong> 35 anos. A noite atrai as faixas mais<br />

jovens e é propícia a excessos. Nos<br />

últimos anos têm sido apresentadas<br />

diversas campanhas <strong>de</strong> sensibilização<br />

contra os perigos do álcool e das<br />

drogas. Mesmo que os resultados não<br />

sejam excepcionais, têm-se sentido<br />

melhoras (ver Caixa): “se ao nível das<br />

contra-or<strong>de</strong>nações não verificamos<br />

gran<strong>de</strong>s alterações nos valores estatísticos,<br />

quanto aos crimes a verda<strong>de</strong> é que<br />

há uma diminuição na quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

condutores presos”, salienta o comissário<br />

Pinheiro. E são mesmo os automobilistas<br />

que viajam com uma taxa <strong>de</strong><br />

alcoolemia entre os 0,5 g/litro e 1,19 g/<br />

litro <strong>de</strong> sangue que maior perigo representam<br />

para quem os ro<strong>de</strong>ia. O oficial<br />

da PSP lembra “que a taxa <strong>de</strong> sinistralida<strong>de</strong><br />

é maior junto daqueles que beberam<br />

álcool mas que não atingiram<br />

valores consi<strong>de</strong>rados passíveis <strong>de</strong> crime”.<br />

E explica: “quanto mais se bebe<br />

mais <strong>de</strong>vegar se guia. É muito comum<br />

estes indivíduos terem aci<strong>de</strong>ntes após<br />

adormecerem ao volante e baterem em<br />

baixíssima velocida<strong>de</strong> contra postes


ou até <strong>carro</strong>s estacionados”. Pior é entre<br />

aqueles que têm uma taxa <strong>de</strong> 0,9 g/<br />

litro <strong>de</strong> sangue, por exemplo, os quais<br />

“encontram-se eufóricos, acham que<br />

são capazes <strong>de</strong> tudo, e muitas vezes<br />

são incitados pelos amigos, que estão<br />

igualmente alcoolizados. Ora, acontece<br />

que a velocida<strong>de</strong> a que viajam é<br />

bem superior, com consequências tantas<br />

vezes dramáticas”, explica.<br />

“Se sair à quinta-feira não conduza”<br />

Com o raiar da manhã os agentes já<br />

sabem que cresce a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> potenciais<br />

infractores. Por ser Agosto, o<br />

número não é muito elevado nem exige<br />

uma espera exagerada por parte dos<br />

condutores para efectuarem o respectivo<br />

teste. Aliás, até às 7h apenas uma pessoa<br />

aguardava no local a sua <strong>de</strong>tenção,<br />

pois <strong>de</strong>tinha uma taxa superior a 1,19 g/<br />

litro <strong>de</strong> sangue, para além <strong>de</strong> não ter consigo<br />

quaisquer documentos do veículo.<br />

Para piorar a sua situação, nem sequer o<br />

computador policial apresentava dados<br />

electrónicos referentes à i<strong>de</strong>ntificação do<br />

automobilista. Um factor a levar em consi<strong>de</strong>ração<br />

é que cada vez mais mulheres<br />

são fiscalizadas e, infelizmente, autuadas.<br />

Mesmo assim, e pelo que foi dado<br />

a ver nesta operação, numa conjectura<br />

puramente empírica, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> álcool<br />

que ingerem é inferior aos homens.<br />

Outro dado casuístico que foi dado a<br />

observar refere-se ao dia da semana<br />

mais susceptível. Um agente confessa<br />

que “as quintas-feiras são, por vezes,<br />

bem complicadas, pois é comum os<br />

jovens universitários sairem, jantarem<br />

e irem para a noite”. O comissário Pinheiro<br />

corrobora e graceja: “como<br />

costumamos dizer, «se sair à quintafeira<br />

não conduza»”. Mas é aos fins<strong>de</strong>-semana<br />

que os ânimos aquecem.<br />

Às sextas-feiras aumentam as acções<br />

policiais e, proporcionalmente, as autuações.<br />

Dado curioso refere que, em<br />

contrapartida, há também um maior<br />

cuidado ao volante, por parte <strong>de</strong> uma<br />

franja da população: “é comum os casais<br />

jantarem fora e levarem os filhos.<br />

A faixa etária que sai para se divertir é<br />

também mais elevada e responsável”,<br />

adianta o oficial da PSP, o qual explica<br />

ainda “que os sábados, até pela quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> pessoas que se encontra na<br />

rua, os excessos <strong>de</strong> álcool e condução<br />

perigosa, são propícios à montagem<br />

das operações <strong>de</strong> maior calibre”.<br />

Atenção às corridas <strong>de</strong> automóveis<br />

Às 7h30 inicia-se o <strong>de</strong>smontar da tenda.<br />

restam alguns automobilistas, que<br />

anseiam por finalmente baixar a quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> álcool no sangue para números<br />

legais e seguir viagem; alguns fazem<br />

exercício físico, há quem tenha ido comer<br />

qualquer coisa ou beber água.<br />

Permanece igualmente o <strong>de</strong>tido, que<br />

aguardará pela abertura do tribunal<br />

para ser apresentado ao juíz. O comissário<br />

Pinheiro ainda se dirige à Avenida<br />

<strong>de</strong> Ceuta, on<strong>de</strong> a operação até parece<br />

não ter horas para acabar, pois ainda se<br />

efectuam testes <strong>de</strong> alcoolemia. termina<br />

mais uma noite rotineira para a Divisão<br />

<strong>de</strong> trânsito lisboeta. O cansaço apo<strong>de</strong>ra-se<br />

<strong>de</strong> todos, mas há ainda alguns aspectos<br />

burocráticos a tratar, bem como<br />

a análise aos dados estatísticos. O sol<br />

já nasceu, a luz matinal rejuvenesce os<br />

espíritos, a capital ganha nova vida –<br />

<strong>de</strong>sta vez <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> pessoas que<br />

se dirigem para o seu local <strong>de</strong> trabalho.<br />

Ainda há tempo para lembrar que não<br />

só <strong>de</strong> Operações Stop vive esta equipa.<br />

A fiscalização da segurança automóvel<br />

é também feita através <strong>de</strong> veículos<br />

<strong>de</strong>scaracterizados, que circulam em<br />

pontos estratégicos, com o objectivo<br />

<strong>de</strong> impedir que se verifiquem as corridas<br />

<strong>de</strong> automóveis transformados, diversão<br />

para alguns e que é geralmente<br />

intitulada <strong>de</strong> tunning. “A nossa atenção<br />

vai para a Ponte vasco da Gama e o<br />

Parque das Nações, locais on<strong>de</strong> se concentram<br />

muitos jovens, também para<br />

assistir”, explica o graduado. Se o <strong>de</strong>sejável<br />

é evitar o início <strong>de</strong> <strong>de</strong>spiques,<br />

SeGUraNÇa 59


SeGUraNÇa 60<br />

Pedir para fazer o teste do balão antes <strong>de</strong> conduzir<br />

É um facto facilmente constatável que o álcool <strong>de</strong>sinibe mesmo o mais<br />

empe<strong>de</strong>rnido. Uma noite <strong>de</strong> operação policial é disso retrato fiel. Um<br />

dos aspectos mais curiosos <strong>de</strong> uma noite com a PSP pren<strong>de</strong>-se com<br />

o método <strong>de</strong> abordagem com que os agentes são alvo por parte <strong>de</strong><br />

transeuntes, potenciais automobilistas. A operação junto ao Museu<br />

do Oriente encontrava-se a cerca <strong>de</strong> 200 metros <strong>de</strong> algumas das<br />

discotecas mais frequentadas <strong>de</strong> Lisboa igualmente próxima das Docas<br />

<strong>de</strong> Santo Amaro. Depois <strong>de</strong> algumas horas <strong>de</strong> folia, diversos noctívagos<br />

verificavam a presença da Divisão <strong>de</strong> trânsito nas imediações. Logo se<br />

dirigiam junto da polícia e pediam para soprar no balão. Cerca <strong>de</strong> uma<br />

<strong>de</strong>zena o fez, nem todos nas melhores condições. Ao conselho: “vá<br />

apanhar ar, comer qualquer coisa, beber água ou correr”, quase sempre<br />

se afastavam <strong>de</strong>sgostosos, alguns <strong>de</strong>sagradados, garantindo “estar em<br />

perfeitas condições <strong>de</strong> conduzir”, apesar <strong>de</strong> cambaleantes. Os agentes<br />

apenas sorriam. Alguns asseguravam que a noite estava a ser “muito<br />

tranquila”. “Nem sempre estas pessoas se dirigem com os melhores<br />

modos, fazem exigências, dizem que somos obrigados a facultar-lhes<br />

um balão para soprar”, refere um dos agentes no local. Porém, como<br />

o material para efectuar a operação é limitado, nem sempre é possível<br />

disponibilizá-lo para aqueles que querem saber se estão em condições<br />

<strong>de</strong> guiar. Motivo suficiente para manifestações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sagrado, em<br />

especial <strong>de</strong> quem acabou por fazer o teste – após muita insistência – e<br />

tinha uma taxa <strong>de</strong> 1,63 g/litro <strong>de</strong> sangue, ou <strong>de</strong> um outro indivíduo, que,<br />

acompanhado <strong>de</strong> quatro jovens mulheres, ameaçava chamar o advogado<br />

se não fizesse o teste, isto sob uma voz manifestamente entaramelada.<br />

também é verda<strong>de</strong> que, se necessário<br />

for, os <strong>carro</strong>s <strong>de</strong>scaracterizados da PSP<br />

perseguem os autores <strong>de</strong> quaisquer<br />

façanhas: “Já atingimos os 240 km/h<br />

numa perseguição, mas o i<strong>de</strong>al é evitar<br />

essa situação ao máximo”, assegura,<br />

até porque, “acima <strong>de</strong> tudo, está a<br />

segurança dos agentes e também <strong>de</strong><br />

quem conduz esses <strong>carro</strong>s”.<br />

Infracções entre os condutores<br />

chegam aos 13%<br />

Os números da PSP não enganam.<br />

No <strong>de</strong>correr do primeiro semestre <strong>de</strong><br />

2009 foram <strong>de</strong>tidos 710 automobilistas<br />

por força <strong>de</strong> conduzirem sob o efeito<br />

<strong>de</strong> álcool. isto num total <strong>de</strong> 136.459<br />

viaturas fiscalizadas, no <strong>de</strong>correr das<br />

1.458 Operações Stop realizadas pela<br />

autorida<strong>de</strong> policial em todo o país. As<br />

fontes policiais referem que <strong>de</strong> todas<br />

estas fiscalizações, foram <strong>de</strong>tectadas<br />

18.172 infracções (13,3%). Estatisticamente,<br />

este número não foge à média<br />

registada em anos anteriores. É no que<br />

concerne à condução com índices <strong>de</strong><br />

álcool no sangue acima do legalmente<br />

estabelecido que se tem sentido uma<br />

quebra, actualmente a rondar os 0,5%.<br />

O comissário Pinheiro não se mostra<br />

muito convicto com a mudança <strong>de</strong> hábitos<br />

junto dos condutores nacionais:<br />

“Muitas vezes, as pessoas fogem aos<br />

pontos mais críticos. Para regressarem<br />

a casa embrenham-se por ruas menos<br />

frequentadas, on<strong>de</strong> sabem que não<br />

estará a <strong>de</strong>correr qualquer operação”.<br />

É um jogo do gato e do rato, on<strong>de</strong> as<br />

manhas do rato po<strong>de</strong>m resultar num<br />

<strong>de</strong>sfazamento estatístico face à realida<strong>de</strong><br />

social.<br />

É curioso verificar que o abuso <strong>de</strong> bebidas<br />

alcoólicas nem sequer é a principal<br />

infracção <strong>de</strong>tectada. Entre Janeiro e<br />

Junho, 1.081 automobilistas foram autuados<br />

por força da sua condução com<br />

taxa <strong>de</strong> álcool acima dos 0,49 g/litro <strong>de</strong><br />

sangue. De facto, a falta dos documentos<br />

da viatura, com 2.975 infracções,<br />

e a falta da inspecção periódica, com<br />

2.499 infracções, li<strong>de</strong>ram o ranking.<br />

voltando às <strong>de</strong>tenções por violação<br />

dos aspectos estipulados no Código da<br />

Estrada, 462 condutores foram presentes<br />

a tribunal por não possuirem habilitações<br />

legais para guiar um veículo automóvel.<br />

Outros 132 foram igualmente<br />

<strong>de</strong>tidos pelos mais diversos motivos.<br />

Quanto aos números <strong>de</strong>sta noite <strong>de</strong><br />

acompanhamento à operação policial,<br />

os 27 agentes <strong>de</strong>stacados para a rua<br />

da Cintura do Porto <strong>de</strong> Lisboa e Avenida<br />

<strong>de</strong> Ceuta verificaram 177 automóveis,<br />

que resultaram em cinco <strong>de</strong>tenções<br />

– duas <strong>de</strong>las por <strong>de</strong>sobediência,<br />

12 contra-or<strong>de</strong>nações por infracções<br />

graves e 15 infracções muito graves.<br />

Percentualmente, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> automobilistas<br />

infractores até subiu, face<br />

aos números globais do semestre do<br />

ano, pois foram <strong>de</strong>tectadas situações<br />

anómalas em 18% dos condutores avaliados.<br />

Mesmo assim, esta até po<strong>de</strong><br />

consi<strong>de</strong>rar uma operação rotineira e<br />

tranquila. A noite seguinte, mesmo em<br />

pleno mês <strong>de</strong> férias para a generalida<strong>de</strong><br />

dos portugueses, revelou-se muito<br />

mais movimentada, com um total <strong>de</strong> 10<br />

<strong>de</strong>tidos por parte dos agentes da Divisão<br />

<strong>de</strong> trânsito da capital.


Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Viseu<br />

CAPitAL<br />

DA viNHA<br />

E DO viNHO<br />

viseu Catedral<br />

viseu é um pequeno burgo situado no interior <strong>de</strong> Portugal, perto do sopé <strong>de</strong> uma gran-<br />

<strong>de</strong> montanha que foi crescendo até se transformar numa cida<strong>de</strong>, a que foi dada o nome<br />

<strong>de</strong> viseu. Antiquíssima e episcopal, a Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> viseu é a terra <strong>de</strong> cultivo da vinha para<br />

os famosos vinhos do Dão e <strong>de</strong> Lafões.


viseu é o único distrito português que<br />

não faz fronteira nem com o mar nem<br />

com Espanha. Situado na região Norte/Centro<br />

do país, abrange três Subregiões:<br />

Dão-Lafões, Douro e tâmega.<br />

trata-se <strong>de</strong> um dos distritos mais montanhosos<br />

do país, sendo constituído<br />

pelos maciços das serras da Lapa, Le-<br />

omil, Caramulo, Gralheira e Montemuro.<br />

Nos seus vales correm os afluentes<br />

do Douro, nomeadamente, o távora, o<br />

varosa e o Paiva, e os rios vouga, Dão<br />

e Mon<strong>de</strong>go, além <strong>de</strong> várias ribeiras.<br />

A sua história foi-se construindo ao<br />

longo dos anos com as conquistas dos<br />

seus heróis, com as suas tradições, com<br />

os seus artistas e monumentos, transformando-se<br />

num espaço agradável e<br />

digno <strong>de</strong> ser visitado.<br />

A capital do distrito é a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> viseu,<br />

on<strong>de</strong> se cultiva a vinha que dá vida aos<br />

famosos vinhos do Dão e <strong>de</strong> Lafões.<br />

A cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> viseu tem uma posição<br />

quase central em relação ao Distrito e


tUriSMo 64<br />

ao Município, localizando-se no chamado<br />

“Planalto <strong>de</strong> viseu”. É envolvida por<br />

um sistema montanhoso constituído a<br />

norte pelas Serras <strong>de</strong> Leomil, Montemuro<br />

e Lapa, a noroeste pela Serra do<br />

Arado, a sul e a sudoeste pelas Serras<br />

da Estrela e Lousã, e a oeste pela Serra<br />

que mais directamente influencia esta<br />

área, a Serra do Caramulo.<br />

Cenários encantados, al<strong>de</strong>ias escondidas,<br />

caminhos sinuosos e velhas estradas<br />

romanas fazem da cida<strong>de</strong> um <strong>de</strong>stino<br />

<strong>de</strong> cortar a respiração.<br />

Com um relevo aci<strong>de</strong>ntado, a cida<strong>de</strong> é<br />

ro<strong>de</strong>ada por numerosos cursos e linhas<br />

<strong>de</strong> água. De um modo geral, estes organizam-se<br />

em três bacias: a do vouga, a<br />

do Dão e a do Paiva. Existem outras <strong>de</strong><br />

menor caudal mas igualmente importantes,<br />

nomeadamente, o rio Pavia e rio<br />

<strong>de</strong> Mel.<br />

Situado numa zona <strong>de</strong> transição, o Concelho<br />

apresenta um conjunto <strong>de</strong> micro-climas,<br />

pelo que o clima <strong>de</strong> viseu caracterizase<br />

pela existência <strong>de</strong> elevadas amplitu<strong>de</strong>s<br />

térmicas, com invernos rigorosos e húmidos<br />

e verões quentes e secos.<br />

A cida<strong>de</strong> encontra-se a apenas duas<br />

horas e meia <strong>de</strong> Lisboa e Salamanca, a<br />

cerca <strong>de</strong> uma hora do Porto e a pouco<br />

mais <strong>de</strong> meia hora da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Aveiro,<br />

o que facilita as incursões dos viseenses<br />

até à beira-mar. A aumento do “betão”<br />

tornou os contactos mais fáceis e<br />

cómodos, mas viseu é uma cida<strong>de</strong> muito<br />

mais <strong>de</strong> gentes <strong>de</strong> acolhimento do<br />

que <strong>de</strong> êxodo. As cores <strong>de</strong> Grão vasco,<br />

quentes e calorosas, constituem o seu<br />

principal elemento <strong>de</strong> atracção.<br />

Viseu Histórica<br />

interpretando os vestígios <strong>de</strong>scobertos,<br />

a povoação que <strong>de</strong>u origem a viseu nasceu<br />

no alto do monte on<strong>de</strong> hoje se situa a<br />

Sé. As origens <strong>de</strong> viseu antiga, ilustre cida<strong>de</strong>,<br />

per<strong>de</strong>m-se nos confins do tempo.<br />

Por aqui passaram homens das ida<strong>de</strong>s<br />

remotas da pré-história, conviveram<br />

Celtas e Lusitanos, fixaram-se os romanos<br />

em séculos <strong>de</strong> prosperida<strong>de</strong> e paz,<br />

interior da Sé<br />

e passaram povos invasores como os<br />

Suevos, os Godos ou os Muçulmanos.<br />

Foi em 1058, quando conseguiu <strong>de</strong>finitivamente<br />

recuperar a sua liberda<strong>de</strong>, que<br />

a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> viseu se <strong>de</strong>senvolveu como<br />

nunca. Levantou as abóbadas da Catedral<br />

e mandou esculpir nos portais, nas<br />

janelas e nas cornijas das suas casas<br />

em artísticos lavores, os sinais da sua<br />

prosperida<strong>de</strong>. Ainda hoje a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> viseu<br />

se po<strong>de</strong> orgulhar <strong>de</strong> possuir um dos<br />

mais belos conjuntos <strong>de</strong> casas, portais<br />

e janelas dos estilo gótico e manuelino<br />

do país, dispersos um pouco por todos<br />

os recantos, sobretudo nas típicas ruazinhas<br />

junto à Catedral.<br />

Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> existência mais que milenar,<br />

não podia <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> reflectir no seu rosto<br />

<strong>de</strong>teriorado pelo tempo o testemunho<br />

da passagem das sucessivas gerações.<br />

Felizmente, os monumentos artísticos<br />

<strong>de</strong> todas as ida<strong>de</strong>s foram poupados ao<br />

impiedoso <strong>de</strong>sgaste dos séculos e à indiferença<br />

dos Homens.<br />

Durante a dominação romana, viseu já<br />

era a capital <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> território, a<br />

Lusitânia, e um centro urbano <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

importância, como se po<strong>de</strong> comprovar<br />

pelos inúmeros vestígios arqueológicos<br />

encontrados na região, entre os<br />

quais se <strong>de</strong>stacam moedas, sepulturas,<br />

marcos milenares e, principalmente, estradas<br />

romanas.<br />

A importância que viseu teve em toda a<br />

Beira, na época dos romanos, po<strong>de</strong> ser<br />

comprovada com uma visita a Cava <strong>de</strong><br />

viriato, antigo quartel-general dos romanos<br />

em forma octogonal, com dois<br />

quilómetros <strong>de</strong> perímetro, que servia<br />

<strong>de</strong> ponto <strong>de</strong> vigia e <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> todas as<br />

estradas que ali convergiam.<br />

No século vi, com o domínio dos visigodos,<br />

a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> viseu foi elevada<br />

a se<strong>de</strong> <strong>de</strong> diocese. reza a história que<br />

ramiro, rei visigodo, está sepultado na<br />

igreja <strong>de</strong> S. Miguel do Fétal.<br />

Do conjunto constituído pela colina da<br />

Sé e a Cava <strong>de</strong> viriato nasceu uma vila<br />

intermédia <strong>de</strong> fornecedores, serviçais e<br />

negociantes, hoje chamada <strong>de</strong> Cida<strong>de</strong><br />

velha.<br />

Muralha da Cida<strong>de</strong> Velha<br />

É <strong>de</strong> paragem obrigatória a quem visita<br />

a cida<strong>de</strong>. Surgiu na sequência <strong>de</strong> um<br />

ataque, em 1385, na qual foi saqueada<br />

e incendiada pelas tropas <strong>de</strong> Castela,<br />

que foram posteriormente vencidas<br />

em Aljubarrota. Depois <strong>de</strong>ste ataque,<br />

D. João i mandou construir uma muralha<br />

para <strong>de</strong>fesa da cida<strong>de</strong>, que só foi<br />

concluída no reinado <strong>de</strong> D. Afonso v<br />

(daí chamar-se muralha afonsina), cujos<br />

vestígios são hoje, para além <strong>de</strong> algumas<br />

partes da muralha, as portas do<br />

Soar e a Porta dos Cavaleiros.


viseu<br />

A partir do séc. Xiv, a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolveu-se<br />

para fora das muralhas da Sé. Foi<br />

neste século que a cida<strong>de</strong> iniciou uma<br />

fase <strong>de</strong> expansão, que se esten<strong>de</strong>u para<br />

a actual zona central, o rossio. Em pouco<br />

tempo, este novo centro começou a<br />

ser local <strong>de</strong> encontro da socieda<strong>de</strong>. No<br />

entanto, só três séculos mais tar<strong>de</strong> foi<br />

construído o actual edifício da Câmara<br />

Municipal.<br />

Assim, foi ao longo <strong>de</strong> muitos e atribulados<br />

séculos <strong>de</strong> história, no meio <strong>de</strong> lutas,<br />

sacrifícios, <strong>de</strong>rrotas e vitórias, que<br />

se construiu uma cida<strong>de</strong> em que hoje o<br />

passado e o presente se fun<strong>de</strong>m harmoniosamente,<br />

dando-lhe uma personalida<strong>de</strong><br />

própria, que lhe permite oferecer<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida aos seus habitantes<br />

e visitantes.<br />

Cava <strong>de</strong> Viriato<br />

Era um octógono regular constituído<br />

por uma alta trincheira <strong>de</strong> terra batida,<br />

cercada por um fosso, <strong>de</strong> que ainda<br />

existe uma pequena extensão. A água,<br />

para este fosso, era encaminhada do rio<br />

Pavia e da ribeira do Pintor, assim como<br />

das nascentes locais.<br />

A cida<strong>de</strong> adoptou viriato como seu herói,<br />

confundindo-se a lenda com a história<br />

<strong>de</strong>ste pastor lusitano, que não se<br />

sabe bem ao certo on<strong>de</strong> terá nascido,<br />

e que batalhou nos campos do sul <strong>de</strong><br />

Espanha, chefiando os lusitanos nas lutas<br />

contra os romanos que ameaçavam<br />

os limites do seu território. Acabou por<br />

morrer atraiçoado por alguns dos seus<br />

companheiros <strong>de</strong> armas, constituindo a<br />

imortalida<strong>de</strong> do seu nome, a sua maior<br />

vingança. viseu guarda a memória <strong>de</strong><br />

viriato no monumento erguido junto<br />

à rotunda da Feira <strong>de</strong> S. Mateus, em<br />

1940, fronteiro à Cava.<br />

Sé <strong>de</strong> Viseu<br />

É uma das construções mais antigas <strong>de</strong><br />

viseu, não havendo certezas relativamente<br />

à data <strong>de</strong> início da sua construção.<br />

A torre do relógio é românico-gótica<br />

e a fachada central e a torre dos sinos<br />

são maneiristas do séc. Xvii-Xviii.<br />

Na interior da Sé po<strong>de</strong>rá ver as colunas<br />

coroadas por arcos ogivais, que<br />

suportam a abóbada dos nós do séc.<br />

Xvi. Os claustros inferiores da Sé datam<br />

do séc. Xvi e os claustros superiores<br />

datam do séc. Xviii, sendo os vários<br />

portais do claustro inferior <strong>de</strong> estilo<br />

românico-gótico. Os azulejos do claustro<br />

da Sé remontam ao final do séc. Xvi,<br />

início do séc. Xvii, e são, sem dúvida,<br />

merecedores <strong>de</strong> uma visita. No <strong>anda</strong>r<br />

superior, po<strong>de</strong>rá ver o Museu <strong>de</strong> Arte<br />

Sacra, constituído pelo antigo tesouro<br />

da Sé e que se encontra localizado em<br />

<strong>de</strong>pendências dos claustros. Cofres <strong>de</strong><br />

Limoges do séc. Xiii, imagens, cruzes,<br />

hostiários, relicários e inúmeras peças<br />

<strong>de</strong> ouro e prata fazem parte do valioso<br />

espólio <strong>de</strong>ste museu.<br />

Praça do Rossio<br />

É o “Salão <strong>de</strong> visitas da Cida<strong>de</strong>”. Sofreu<br />

as transformações inerentes ao passar<br />

dos tempos, mas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sempre se<br />

constituiu como um atractivo local <strong>de</strong><br />

passeio e convívio das gentes <strong>de</strong> viseu,<br />

sobretudo ao longo dos séculos Xviii e<br />

var<strong>anda</strong> Cónegos<br />

XiX. Hoje em dia, continua a ser o coração<br />

da cida<strong>de</strong>, o local por excelência<br />

on<strong>de</strong> se sente o pulsar da socieda<strong>de</strong><br />

viseense.<br />

Capela <strong>de</strong> S. Sebastião<br />

reedificada no século Xviii, a Capela<br />

<strong>de</strong> S. Sebastião é como um templo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>licada arquitectura, que encanta pela<br />

simplicida<strong>de</strong> do seu traço e pelas suas<br />

equilibradas proporções. Apresenta na<br />

fachada um portal <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho primário<br />

e duas janelas <strong>de</strong> risco simples que<br />

iluminam o interior. Por cima do portal<br />

encontrará uma espécie <strong>de</strong> óculo <strong>de</strong> formas<br />

dinâmicas e movimentadas. Duas<br />

pilastras adossadas, encimadas por<br />

urnas ornamentais, parecem enquadrar<br />

esta fachada. O conjunto é rematado<br />

por um frontão ondulante que, sustentando<br />

uma cruz, assinala a religiosida<strong>de</strong><br />

do local.<br />

Capela da Sr.ª dos Remédios<br />

Situada num pitoresco largo do centro<br />

histórico, Largo Pintor Gata, antiga Praça<br />

da Erva, esta capela é um pequeno<br />

templo que se abre às <strong>de</strong>voções <strong>de</strong><br />

quem passa. Entrando, <strong>de</strong>slumbra-se<br />

um interior que apesar <strong>de</strong> dimensões<br />

reduzidas, o convidará ao recolhimento,<br />

tUriSMo 65


tUriSMo 66<br />

On<strong>de</strong> Ficar<br />

Hotel Senhora do Castelo ***<br />

Situa-se no Monte Senhora do<br />

Castelo, a 600 metros <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong><br />

e a 15 km <strong>de</strong> viseu. Possui uma<br />

paisagem relaxante, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> se<br />

po<strong>de</strong>m observar as Serras da Estrela<br />

e Caramulo, e partir à <strong>de</strong>scoberta<br />

da região na sua diversida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> paisagens, lugares, usos e<br />

costumes.<br />

Contacto<br />

Monte Senhora do Castelo<br />

Apartado 4<br />

3534-909 Mangual<strong>de</strong><br />

telefone: +351 232 619 950<br />

Fax: +351 232 623 877<br />

E-mail: reservas@cotel.pt<br />

Web: http://www.cotel.pt/<br />

Hotel do Parque ****<br />

Unida<strong>de</strong> hoteleira equipada com<br />

Health Club & Spa. restaurante<br />

com pratos essencialmente da<br />

gastronomia regional.<br />

Contacto<br />

termas <strong>de</strong> S. Pedro do Sul<br />

3660-692 S. Pedro do Sul<br />

telefone: +351 232 723 461<br />

Fax: +351 232 723 047<br />

E-mail: geral@hoteldoparque.pt<br />

Web: http://www.hoteldoparque.pt/<br />

ao envolvê-lo numa atmosfera mística.<br />

O atenção <strong>de</strong> quem visita este monumento<br />

é conduzida quase <strong>de</strong> imediato<br />

ao altar principal, que se inscreve numa<br />

capela pouco profunda, <strong>de</strong> volta perfeita<br />

e abóbada <strong>de</strong> berço.<br />

O retábulo, datado <strong>de</strong> meados <strong>de</strong> setecentos,<br />

ostenta dois pares <strong>de</strong> colunas<br />

coríntias <strong>de</strong> fuste liso, um dossel que<br />

ambienta a imagem da Senhora com o<br />

Menino ao colo, e no remate uma “glória”<br />

radiante exibida por dois anjos. A<br />

imagem da Santa <strong>de</strong>vota é obra das oficinas<br />

<strong>de</strong> Coimbra e é feita em calcário.<br />

Solar dos Treixedos<br />

É um edifício que se impõe pela sua<br />

organização espacial e, acima <strong>de</strong> tudo,<br />

pela sua fabulosa linguagem <strong>de</strong>corativa.<br />

De planta rectangular, o edifício<br />

distribui-se por dois <strong>anda</strong>res, bem<br />

evi<strong>de</strong>ntes na leitura da fachada, on<strong>de</strong><br />

se rasgam dois registos <strong>de</strong> aberturas.<br />

tratam-se <strong>de</strong> janelas majestosamente<br />

embelezadas por uma moldura <strong>de</strong> granito,<br />

sendo que as do <strong>anda</strong>r superior se<br />

distinguem e evi<strong>de</strong>nciam por um maior<br />

cuidado e requinte. Em conjunto com os<br />

imponentes e altivos portais, <strong>de</strong> traçada<br />

nobre, compõem uma fachada extremamente<br />

apelativa e dinâmica no seu jogo<br />

<strong>de</strong> contrastes.<br />

Ruas e Ruelas<br />

Um passeio pelas encantadoras e pitorescas<br />

ruelas da cida<strong>de</strong> é obrigatório<br />

a quem optar por este <strong>de</strong>stino para as<br />

suas férias.<br />

A rua Grão vasco é uma ruela la<strong>de</strong>ada<br />

por típicas e vernáculas casas, fazendo<br />

a ligação entre a Praça D. Duarte e o Largo<br />

Pintor Gata.<br />

Por seu turno, a Praça D. Duarte situase<br />

a Sudoeste da Sé, sendo a sua configuração<br />

resultante <strong>de</strong> sucessivos ajustamentos,<br />

com a eliminação <strong>de</strong> edifícios<br />

menos característicos.<br />

A rua Formosa liga o centro da cida<strong>de</strong><br />

e a Praça do rossio ao Largo <strong>de</strong> Santa<br />

Cristina, sendo envolvida por casas <strong>de</strong><br />

comércio tradicional e edifícios que<br />

obe<strong>de</strong>cem à estética Arte Nova. Nela se<br />

localiza o Mercado Municipal, um espaço<br />

reconvertido em zona <strong>de</strong> comércio e<br />

<strong>de</strong> lazer, segundo projecto do arquitecto<br />

Álvaro Siza vieira.<br />

Não <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> visitar também o<br />

Mercado 2 <strong>de</strong> Maio, que ressurgiu do<br />

antigo Mercado Municipal, com um<br />

novo espaço urbano que mantém uma<br />

ligação estética com o rossio. i<strong>de</strong>alizada<br />

por Siza vieira, esta Praça é palco <strong>de</strong><br />

diversas Feiras e Espectáculos realizados<br />

na cida<strong>de</strong>, assim como <strong>de</strong> inúmeras<br />

esplanadas que, em noites <strong>de</strong> verão,<br />

enchem a cida<strong>de</strong> e toda a zona histórica<br />

<strong>de</strong> vida e movimento.<br />

igreja do Carmo<br />

A rua do Comércio é transversal à rua<br />

Formosa e conduzi-lo-á até à Praça D.<br />

Duarte. É envolvida por estabelecimentos<br />

tradicionais que se conjugam com a<br />

intervenção contemporânea no antigo<br />

Mercado Municipal.<br />

Não <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> apreciar ainda a rua Direita,<br />

situada no interior das muralhas medievais.<br />

Estreita e sinuosa, contrariando<br />

o seu nome, esta rua tinha gran<strong>de</strong> activida<strong>de</strong><br />

comercial, sendo conhecida por<br />

“rua das tendas”. Possui vários edifícios<br />

interessantes, dos séculos Xvi e<br />

Xviii, sendo um dos mais impressionantes<br />

<strong>de</strong>sta época o Solar dos treixedos.<br />

Gastronomia<br />

rica e variada, a gastronomia tradicional<br />

<strong>de</strong>sta região é um dos seus principais<br />

atractivos. Caldo ver<strong>de</strong>, sopa da Beira,<br />

rancho à moda <strong>de</strong> viseu, arroz <strong>de</strong> carqueja,<br />

lampreia ou pato, vitela assada<br />

à moda <strong>de</strong> Lafões, cabrito da Gralheira<br />

assado, trutas do Paiva são alguns dos<br />

pratos regionais, não esquecendo os<br />

enchidos, o presunto, o pão <strong>de</strong> mistura<br />

ou <strong>de</strong> centeio e a broa <strong>de</strong> milho. As sobremesas<br />

passam pelos doces <strong>de</strong> ovos,<br />

leite-creme, papas doces <strong>de</strong> milho, arroz<br />

doce...


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