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Educar para os Media - A Televisão como Escola Paralela

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Fundament<strong>os</strong>:‣ Valorização do “ec<strong>os</strong>sistema” informativo em que ocorre asocialização das crianças e d<strong>os</strong> adolescentes;‣ A imp<strong>os</strong>sibilidade de compreensão das práticas sócio -culturais desligadas do quadro configurado pel<strong>os</strong> mei<strong>os</strong> decomunicação social;‣ A consciência de que, <strong>para</strong> além d<strong>os</strong> risc<strong>os</strong> de manipulaçãoe distorção, <strong>os</strong> media constituem um produto socialmenteconstruído


Os media impõem-se no processo desocialização:Element<strong>os</strong> do meio<strong>Media</strong>dores do Real e do Ficcional


PERSPECTIVA HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO PARA OSMEDIAPRINCIPAIS ORIENTAÇÕES:(Desde <strong>os</strong> an<strong>os</strong> 30 do séc.XX)ABORDAGEM INOCULADORAA FORMAÇÃO DO ESPECTADOR CRÍTICOA ABORDAGEM ORIENTADA PARA ACOMUNIDADEA ORIENTAÇÃO DE ANÁLISE IDEOLÓGICA


Questão emergenteQual o ponto de partida daeducação <strong>para</strong> <strong>os</strong> media?


A televisão <strong>como</strong> “escola<strong>para</strong>lela”• Qual é a função da televisão? Televisão <strong>como</strong> veículo privilegiado deconheciment<strong>os</strong>. A televisão <strong>como</strong> produtora de significad<strong>os</strong>verbais e audiovisuais.


Condicionantes dapercepção/interpretaçãoProdutotelevisivoCaracterísticasd<strong>os</strong> seusconteúd<strong>os</strong>Característicasindividuais doreceptorCircunstânciasespecíficas darecepçãoConstrução de significad<strong>os</strong>


Grau de envolvimentoTelespectador - TV“O mundo da televisão constitui umaparte do mundo real das crianças”(David Tripp, 1992)


Processo de gratificaçãoindividual‣ Gratificação sensorial‣ Gratificação mental« O mundo da fantasia, d<strong>os</strong> sonh<strong>os</strong>, da poesiae das fábulas é tão necessário <strong>para</strong> a saúdemental <strong>como</strong> o alimento <strong>para</strong> o corpo.»‣ Gratificação psíquica( L. González, 1998, p. 35)


DIMENSÃO DA MODALIDADE APLICADA ÀTELEVISÃOMODALIDADE – Constitui, ao lado e em articulação com otempo e o espaço, uma categoria fundamental da compreensão da vidasocial, uma vez que se refere ao modo <strong>como</strong> pensam<strong>os</strong> e enunciam<strong>os</strong> omundo e as relações com ele e nele.Alguns autores têm utilizado este conceito em investigações empíricassobre a relação crianças – televisão numa acepção mais restrita.Buckingham, por exemplo, define esse conceito, num d<strong>os</strong> seus trabalh<strong>os</strong>(1993, p.46), <strong>como</strong> “o grau em que um programa pode ser visto <strong>como</strong>realista”. Neste sentido, o grau de modalidade é tanto mais elevado, quantomais elevado for o grau de realismo percebido num determinado programa,entendendo o realismo <strong>como</strong> a representação de problemas e situações“representativas” e familiares da vida quotidiana. Deparám<strong>os</strong> aqui com ovelho problema das relações entre REALIDADE e FANTASIA.(M. Pinto, 2000, p.318)


INTERACÇÃO PARASSOCIALIDENTIFICAÇÃOPROJECÇÃO«A identificação refere-se à adopção, total ouparcial, pelo telespectador, de características,propriedades ou atribut<strong>os</strong> de uma determinadapersonagem, passando a tomá-l<strong>os</strong> <strong>como</strong> seus. Paraque ocorra, é necessário que exista um quadro derelação entre um eu e um outro e que esse outr<strong>os</strong>eja considerado por esse eu <strong>como</strong> modelo.


A projecção, em contrapartida, ocorre quando otelespectador faz deslocar características, sentiment<strong>os</strong>ou desej<strong>os</strong> que recusa (e desconhece) em si <strong>para</strong>determinadas personagens televisivas. Constitui, porconseguinte, um mecanismo inconsciente de(auto)defesa.»(M. Pinto, 2000, p.321)


LUZES E SOMBRAS NA INVESTIGAÇÃO SOBRE ARELAÇÃO CRIANÇAS – TVContribut<strong>os</strong> de algumas abordagens teóricas1- Teoria da aprendizagem social e a questão daviolência televisivaAlbert Bandura


Violência televisivacontextoQual a direcção desta correlação? É a TVque induz comportament<strong>os</strong> agressiv<strong>os</strong> ou é a agressividadeexistente na sociedade que leva <strong>os</strong> responsáveis televisiv<strong>os</strong> aprogramar conteúd<strong>os</strong> violent<strong>os</strong>?“Efeito de deslocação” (Concentrar apenas na TVa explicação de cert<strong>os</strong> tip<strong>os</strong> de fenómen<strong>os</strong> sociais)Porque é que o público se sente tão fascinado por programas queretratam a violência?


Tipificação da violência televisivaViolência RealProgramas deinformaçãoViolência FiccionalDe cunho realistaTelenovelas,séries, filmesDe cunhopuramente ficcionalDesenh<strong>os</strong> animad<strong>os</strong>,Ficção Científica,…‣Violência Explícita‣Lei da Proximidade‣Violência Implícita‣Estatuto da VítimaGRAU DE PERTURBAÇÃO E DE ACEITAÇÃO DA VIOLÊNCIA POR PARTE DOTELESPECTADOREsquema/Síntese – Adelaide Ribeiro


2- O construtivismo e a psicologia cognitivaNova perspectiva no estudo da relação crianças –TV: Participação activa das crianças naconstrução de significad<strong>os</strong>.O significado de uma determinada mensagem<strong>para</strong> um determinado indivíduo depende da suaestrutura cognitiva.Limitações desta teoria:Redução da realidade individual a uma das suasvertentes, a vertente cognitiva.


3- A corrente d<strong>os</strong> “us<strong>os</strong> e gratificações” (orientaçã<strong>os</strong>ociológica de inspiração funcionalista)Mudança de perspectivaImporta compreender e analisar o que as criançasfazem com a televisão.4- Utilização da TV e “efeit<strong>os</strong> p<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong>”O caso da “Rua Sésamo”Mudança de atitudes sociais face à TVAfirmação das potencialidades da TV


A DIMENSÃO CONTEXTUAL NO ESTUDO DASPRÁTICAS TELEVISIVAS DAS CRIANÇASOs temp<strong>os</strong> e as modalidades de consumo infantilVariáveis a ter em contaIdadeSexoNível socioculturalRitm<strong>os</strong> diári<strong>os</strong>, semanais e anuaisOferta televisiva


COMO ENTENDER AS INTERACÇÕESFAMILIARES QUE TÊM COMO PRETEXTO A TV?“A forma <strong>como</strong> uma família usa a televisão éindicativa de <strong>como</strong> essa família se comporta emgeral”As condições físicas, psico-sociais e culturais decada família exercem uma grande influência sobre aforma <strong>como</strong> ela se organiza no seu todo e em relaçãoà televisão e, consequentemente, determinam asinteracções que se geram nesse contexto.


PADRÕES DE UTILIZAÇÃO DA TV VIGENTES NOQUADRO DA VIDA FAMILIARModalidades de consumo (François Mariet):Tele-escolhaTele-companhiaTele-substituiçãoTele “Baby - sitter” ( A TV <strong>como</strong> objectotransitivo/Roger Silverstone)


Dimensões da relaçãotelevisão – escolaTelevisãoeducativaAlfabetizaçãotelevisivaA educação naTVDimensão educativa da programaçãoEnsino-aprendizagem com a televisãoEnsino-aprendizagem pela televisãoMod<strong>os</strong> e métod<strong>os</strong> de produçãoCaracterísticas da indústria televisivaAnálise crítica d<strong>os</strong> “text<strong>os</strong>” televisiv<strong>os</strong>Análise das práticas sociais relacionadascom a TVRepresentações das instituições e agentesConteúd<strong>os</strong> e formas de cobertura notici<strong>os</strong>a( M. Pinto, 2000, p.157)


Referências Bibliográficas•PINTO, M. (2000). A televisão no quotidiano dascrianças. Porto: Biblioteca da Ciência do Homem, EdiçõesAfrontamento.• JOHNSON, S. (2005). Tudo o que é mau faz bem: ASAEditores.•FREIXO, M. J. V. (2002). A Televisão e a Instituição<strong>Escola</strong>r . Lisboa: Instituto Piaget.•PINTO, M. (2005). Televisão e cidadania – Contribut<strong>os</strong><strong>para</strong> o debate sobre o serviço público. Porto: Campo dasLetras – Editores, S.A.


•PINTO, M. (2002). Televisão, Família e <strong>Escola</strong>. EditorialPresença.•FERRONHA, A. L. (2001). Linguagem Audiovisual.Pedagogia com a imagem. Pedagogia da imagem. Mafra:Eduforma.•ABRANTES, J. C. (1992). Os <strong>Media</strong> e a <strong>Escola</strong>. DaImprensa a<strong>os</strong> Audiovisuais no Ensino e na Formação.Lisboa: Texto Editora.•TISSERON, S. (2004). As crianças e a violência n<strong>os</strong> ecrãs.Porto: Edições Ambar.

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