popular que ele próprio promoveu”, – diz sobre ele alguémda época.-“Nos poucos instantes em que a encontrávamos, pressentíamosnela a mulher superior, a mulher útil à comunidade,a mulher de quem Alfenas precisava mais do que nunca”,relembra Waldir de Luna Carneiro.-“Seria impossível enumerar em ordem cronológica e comexatidão todos os cargos e funções que desempenhou e o fezsempre no alto sentido de servir, de ser útil, de acrescentarparcelas à obra admirável que realizou em prol da terra natal”– diz contemporâneo de Pedro Martins de Siqueira, ememocionado depoimento.E ambos navegam pelas águas da história local como figurasde extraordinária importância. E com méritos inegáveis.Cursando o 1º. ano Normal, Elvira Rodrigues Ramos entrana polêmica discussão:-“Gostavam todos daquele bosquezinho agradável; nemtodos aplaudem os que os homens erguem com suas mãos.”– Como assim, Elvira, como aluna do Colégio das Irmãs,como enxerga tudo?-“As luzes brilharão nas noites do futuro e o tempo farácom que a população alfenense se habitue a contemplar, indiferente,aquilo que ontem a feriu tão profundamente”.– Espera aí, Elvira, você está sendo vidente, ou clarividente?– “A praça estava nua, agora aos poucos vai se enfeitando.São arquinhos, delicados, de contorno moderno, quevolteiam, ainda desambientados, os limites dos canteiros, nocoração da cidade.” -Elvira, então se conclui que você gostada mudança?-“Conquistará a atual praça afeto igual ao que inspiravaaquela que foi destruída?”26
– Elvira, e a mudança?– “A mudança radical abalou...”Igual à música de Nelson Gonçalves, “vestida de azul ebranco, trazendo um sorriso franco”, a futura normalistaElvira Rodrigues Ramos fala liricamente ou com expressõesgongóricas que “gemendo as árvores tombam uma a uma;Alfenas parece ter trocado o ar de moça recatada e respeitosa;onde está sangrando ainda a cicatriz de um gigantesco tronco,ergue-se a concha” e prossegue na linguagem adjetivadae adoçada de aluna do 1º. Normal a descrição da paisagemcomo se há devastação de um tsunâmi da Indonésia na praçaprincipal da Vila Formosa de São José e Dores de Alfenas.O vento assobia como no filme “O Mágico de Oz”, e amemória de Pedro Martins de Siqueira permanece sem manchas:o bosque, que incomoda tanto as moças quando caemos mandruvás, cede lugar a espaço urbano que ao longo dosanos torna-se belo. O vento se veste de brisa porque traz amemória de que a professora “A. Dei” possui cultura inigualável;talvez é a mais culta mulher que pisa debaixo do arvoredoda praça principal. Não tem tempo de vida para contemplar“Como era verde o meu vale”, isto é, “como ficoulinda a minha praça”. Equivoca-se a professora? Engana-seo Prefeito? Nenhum dos dois. A pequena floresta pode continuarou a moderna praça pode ser construída. Na verdade,cambia-se uma beleza por outra.“Mira, abuelito, el tiempo vuela”. Voam também as ilusões.Os ventos voam também. Corre o ano de 1966: artistasdo cinema e da televisão na filmagem de “O Levante dasSaias”, de Waldir de Luna Carneiro. Caminham pela praçacom as novas árvores já crescidas, poucas, porém dão sombrapara Maria Lúcia Dahl, hospedada na casa de dona LurdesFigueiredo. Sombreiam Rodolfo Arena, André Villon,Dinorah Marzullo, mãe de Marília Pêra, artistas do ancien27
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