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Untitled - Unifenas

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força para isso, para propor e conseguir a contrapartida. Nofinal da inundação, querem-no mas não são ouvidos. VirãoGrupos de Trabalho, Comissão Parlamentar de Inquérito. Osinvestimentos não chegam. Caem migalhas que as prefeiturasrecolhem avidamente. Nenhum grande gasto em infraestrutura,em ferrovias, em meio-ambiente, nada. Apenas ou aadesão dos agressores de ontem, concordando com os justospreços da indenização, ou a nomeação de chefes políticos regionaispara conselhos da sociedade elétrica, conselhos que,desenhados por Furnas, não decidem nada... Perde a regiãoa oportunidade de desenvolver-se à custa de suas terras ficaremdebaixo de água. Hoje, ao enxergar a lâmina de água,não se vislumbra nem de longe o que há debaixo. Perde-se achance de trocar terras alagadas por investimentos em ferroviase rodovias porque acreditam naquele fevereiro de 1957,ou seja, que a represa permanece apenas na prancheta deJohn Reginald Cotrim, norte-americano-brasileiro que veio àVila Formosa e, no Clube XV, escuta sem emoção o palavróriode políticos, juristas, fazendeiros e demais pessoas gradasque postulam, com ranger de dentes, a não construção darepresa de Furnas.– Sua opinião da reunião, Waldir?– O engenheiro ouviu tudo, seco e frio como um isolador.A eletricidade, pelo menos no domingo passado, estava como público.– Muita ilusão?– A ideia de que Furnas fará brotar em Alfenas quinhentasfábricas é tão ridícula como a ideia de que se tivermos umcurso de filosofia, todos os nossos filhos serão filósofos.– Quando vemos, agora, um frade em greve de fome interrompera divisão das águas do Rio São Francisco...– O homem que calcula, o técnico, é amoral. O engenhei-47

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