leitura da palavra. Ler imagens possibilita o desenvolvimento necessário para acompreensão dos símbolos mais sofisticados que são as letras. Além disso, permiteo contato com outras formas de expressão e de pensamento além de leiturasdiferentes por parte das crianças. A mesma imagem pode ter inúmeros significados,pode remeter a variadas sensações, emoções e experiências prévias dos leitores. “Olivro de imagem, ao permitir a invenção de diferentes textos, a partir de umamesma narrativa visual, estimula a diferença e o respeito pela diferença, sem o quenão há democracia” 19 .A poesia também é importante, pois a criança se relaciona ludicamente com omundo, com a linguagem, com o crescimento. A poesia carrega em si o lúdico, o jogo, oritmo e a sonoridade que as crianças reconhecem e se identificam. Ler e ouvir poesianem sempre é prática usual, mas as crianças cantam, fazem adivinhas, versos e rimasem suas brincadeiras. Além de autores já consagrados, procura-se incorporar ao acervoobras poéticas contemporâneas, voltadas ao público infantil.A seleção de livros de literatura infantil e juvenil contemporânea deve contemplartambém a ficção científica, o romance policial e de suspense, os contos de terror e demistério, histórias de amor e histórias do cotidiano. Livros dessa natureza levam aoleitor diferentes visões e a possibilidade de reflexão, pois abordam aspectos próprios doimaginário ou questões como o amor, a morte, a separação, o crescimento, a violência,a sexualidade, a descoberta de usos e costumes de outros países, conquistas, opreconceito, as minorias, as drogas, as amizades etc.A título de orientação, vale lembrar que a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil(FNLIJ) realiza anualmente uma seleção de obras de qualidade, por categoria, editadas no anoanterior. Este rol pode servir de base e orientação para as instituições montarem seu próprioacervo, assim como fazem outras organizações que também trabalham com literatura.4.3.1 • Selecionando livros para a mediaçãoO conhecimento de todo o acervo é indicado para que o mediador possa fazer daleitura uma atividade significativa, uma vez que cabe a ele selecionar os livros e estarpreparado para acolher as reações das crianças. Quanto mais informações tiver sobre oacervo, maior proveito poderá tirar da leitura. Além disso, é por meio desse19CAMARGO, L. Ilustração do livro infantil. Belo Horizonte: Ed. Lê, 1995.60
conhecimento que poderá exercer a tarefa de preservar do acervo além de indicar oslivros para reposição.O que vai orientar a seleção do acervo é o conhecimento que o mediador tem doseu grupo de crianças. É ele que percebe, aos poucos, o tipo de leitura que mais agradae mais prende a atenção delas, e também o que poderia introduzir como novidade.“Percebo que as crianças menores sempre adoram participar dashistórias,quando quero mudar os livros, trocando os que elas já conhecem pornovos, a participação e o envolvimento por parte delas não são totais. Por essemotivo, a troca de livros entre uma mediação e outra é feita aos poucos.”(Educadora do C.S. Ana Rosa – Recife – PE).Além da variedade de títulos, o número de exemplares em quantidade suficiente éoutro aspecto importante a ser observado em cada mediação, para garantir que ascrianças tenham mais opções de escolha e possam ficar com um livro só para si,durante aquele momento.Quando se trata de um público heterogêneo, o mediador precisa selecionar umavariedade de livros de interesse desse grupo, lembrando que muitos adultos apreciamlivros infantis com ilustrações, assim como crianças podem apreciar livros comhistórias mais complexas e até semilustrações.“As crianças não queriamque a gente lesse, elas sóqueriam olhar os desenhos. Ointeressante foi que os paisacabavam ouvindo e contandohistórias. Muitas crianças sóqueriam folhear as páginas doslivros, mas outras escutavam ahistória e riam. Eu adorei essecontato com muitas crianças eadultos.” (Jovem mediadora daInstituição Parelheiros – SãoPaulo – SP)61
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