CAPÍTULO 14CHEGADA A PARISO passeante curioso, curioso, à sua maneira, e de acordo com seu temperamento, tiraproveito de tudo que se apresenta.Uma única regra: fugir do lugar-comum, do esperado e do previsível da cidadecontemporânea. 1O avião se aproximou do aeroporto Charles de Gaulle. O tempo estava chuvoso, um contrastegritante com os dias suaves que havíamos passado em Londres. Olhei pela janela, sentadoquase na mesma posição em que estava na ida. Wilson e Ângela estavam ao meu lado, falandosem parar.– E no final, deu tudo certo? – perguntou Ângela.– Aparentemente sim – explicou Wilson – A polícia concluiu que o que aconteceu com oscorvos na Torre foi apenas um acidente, e o caso foi encerrado. Coisas inexplicáveis sãocomuns por lá. Não é, Sérgio?Tive vontade de esganá-lo. Não me deixava esquecer meu encontro com Ana Bolena e nãofazia muita questão de falar a respeito. A noite tinha mesmo sido de outro mundo…Dos dois dias de descanso, Ângela e eu aproveitamos apenas um. Visitamos o MuseuBritânico e o Museu de Cera de Madame Toussaud, entre outros lugares. Tivemos tempo deconsolidar nosso namoro e vimos que estávamos mais unidos do que nunca. O dia anterior ànossa partida, entretanto, passamos recuperando nossas coisas dos armários do albergue emGolders Green. Fui até um cybercafé e fiz um primeiro sketch de tudo o que tinha acontecido.Enviei-o, em seguida, para minha caixa postal, para posterior utilização na confecção dolivro, enquanto Ângela se ocupava com os preparativos para nossa ida a Paris.Wilson ajeitou suas coisas, pegou algumas credenciais na Loja maçônica de Londres ejuntou-se a nós para pegar o avião que atravessaria o Canal da Mancha.Ângela comprara um livro, chamado Paris Insólita e Misteriosa 2 , que contava a históriaoculta de vários lugares da cidade, a maioria deles ligada a castelos, vilas e prédios. Achavaque poderia nos servir de guia, uma vez que nenhum de nós éramos experts na cidade.– Diga-me uma coisa – comecei, voltando-me para Wilson – Estamos indo participar deuma segunda Caça, certo?Wilson concordou com a cabeça.– Esse suposto diário de William Blake, como foi parar em Paris?– Não sabemos. Nossas fontes indicam que o general Williams sabia do valor de suasantiguidades e que teria escondido tudo antes de seu desaparecimento.
– Quanto tempo faz isso? – perguntou Ângela.– Aproximadamente dez ou 12 anos.– E por que teria se dado ao trabalho de espalhá-los por três países diferentes?– Talvez para dificultar que outras pessoas pusessem as mãos neles. Na verdade, nãosabemos. Talvez soubesse que os livros pudessem ter seu valor e não quis perdê-los. Vaisaber…– Ele não tem família?– Não que saibamos. Era separado e a ex-mulher não quis saber de qualquer tipo deherança. Talvez por saber de seu envolvimento com uma Sociedade Secreta como osIlluminati.Ângela confirmou com a cabeça. Sabia que pertencer a uma Sociedade não era algo de quese devesse fazer alarde.– E quanto ao Processo? – perguntei.Wilson pareceu não gostar da pergunta.– Não sei ainda. Preciso de mais tempo para pensar a respeito. Vamos aproveitar o tempoque nos resta de voo e repassar o que sabemos sobre Blake.Fechei os olhos e comecei a puxar pela lembrança.– William Blake nasceu em Londres, em 1757, e morreu em 1827. Foi lá que viveupraticamente a maior parte de sua vida. Era filho de um comerciante rico e desde criançagostava de ler e desenhar. Foi enviado à escola de desenho aos dez anos e, quando completou14, tornou-se aprendiz de James Basire, um famoso gravador. Dois anos depois, começou aestudar e desenhar as igrejas de Londres, particularmente a Abadia de Westminster, cujo estilogótico grandioso o impressionou e fascinou.Wilson sorriu e olhou para Ângela.– Desde quando estamos viajando com a Enciclopédia Britânica?Ângela olhou-me nos olhos.– Muito bem, engraçadinho, qual é o elo roqueiro?Sorri. “Desta vez, a vantagem é minha”, pensei.– Falarei quando for a hora. Espero, pelo menos, que, desta vez, não tenha que ficarlembrando de muitos detalhes.– Está indo bem. Continue – falou Wilson.Fechei de novo os olhos e recomecei a pescar os dados em minha memória.– Foi o primeiro dos grandes poetas românticos ingleses, pintor, impressor e um dosmaiores gravadores da história inglesa. Suas obras incluem o poeta do século XVII, JohnMilton, descendo dos céus na forma de um cometa e caindo sobre o teto do pintor. Teve seuspoemas impressos em 1792, sob o título de Poetical Sketches. Sua poesia tinha uma métricaque recorre, em grande parte, ao verso branco, que era uma característica inovadora para aEra Elizabetana. Outros trabalhos incluem, a partir de 1784, Song of Innocence, The Book ofThel e The Marriage of Heaven and Hell 3 , todos gravados e impressos por ele, com auxílioda esposa. Sobre a pessoa de Blake, pode-se dizer que era uma voz solitária contra a marchada ciência e da razão. Foi visto por seus contemporâneos como um lunático, e desfrutou poucosucesso enquanto vivia. Diz-se que falava com anjos nas árvores e, certa vez, foi encontradono jardim com sua mulher, ambos nus, brincando de Adão e Eva. A partir de 1794, dedicou-sea trabalhos de natureza poética, ilustrando tanto seus próprios trabalhos quanto os de amigos.
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