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Desenho da Metodologia da Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) do ...

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43 rd International Workshop | Advances in Cleaner Production(2010, p.1):[...] o problema <strong>da</strong> economia política <strong>da</strong> sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> é visto como umproblema <strong>de</strong> distribuição intertemporal <strong>de</strong> recursos naturais finitos, o que pressupõe a<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> limites para seu uso (escala). Além disso, trata-se <strong>de</strong> um processo envolven<strong>do</strong>agentes econômicos cujo comportamento é complexo em suas motivações (as quais incluemdimensões sociais, culturais, morais e i<strong>de</strong>ológicas) e que atuam num contexto <strong>de</strong> incertezase <strong>de</strong> riscos <strong>de</strong> per<strong>da</strong>s irreversíveis que o progresso <strong>da</strong> ciência não tem como eliminar. Dessemo<strong>do</strong>, tanto a natureza como o papel <strong>da</strong> ação coletiva são completamente distintos <strong>da</strong>quelespressupostos no esquema analítico convencional. Trata-se <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> escolhapública em que caberá à socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civil, em suas várias formas <strong>de</strong> organização (o Esta<strong>do</strong>entre outras), <strong>de</strong>cidir, em última instância, com base em consi<strong>de</strong>rações morais e éticas.Segun<strong>do</strong> Georgescu-Roegen (1976), o sistema econômico não po<strong>de</strong> contrariar asleis <strong>da</strong> física. A segun<strong>da</strong> lei <strong>da</strong> termodinâmica estabelece que o grau <strong>de</strong><strong>de</strong>generaçao <strong>de</strong> um sistema isola<strong>do</strong> ten<strong>de</strong> a aumentar com o tempo, impedin<strong>do</strong> aexistência <strong>de</strong> moto-perpétuos. Da mesma forma, o sistema econômico não po<strong>de</strong> semover para sempre sem entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> recursos e saí<strong>da</strong> <strong>de</strong> resíduos. Georgescu<strong>de</strong>stacou ain<strong>da</strong> que o sistema produtivo não é circular, mas linear e aberto. Amagnitu<strong>de</strong> <strong>da</strong> escala atual <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s humanas tem levanta<strong>do</strong> o problema <strong>do</strong>limite <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> suporte <strong>do</strong> planeta Terra, seja como fornece<strong>do</strong>r <strong>de</strong> bens eserviços naturais, seja como receptor <strong>do</strong>s rejeitos <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s humanas <strong>de</strong>consumo e produção industrial.De acor<strong>do</strong> com Cohen (2003, p. 262), a luta contra o aumento <strong>do</strong> efeito estufa émuito mais complexa <strong>do</strong> que aquela que vem sen<strong>do</strong> trata<strong>da</strong>, por exemplo, pelaproteção <strong>da</strong> cama<strong>da</strong> <strong>de</strong> ozônio. O uso <strong>de</strong> Clorofluorcarbonetos (CFC) restringe-se apoucas aplicações industriais e alguns eletro<strong>do</strong>mésticos, como gela<strong>de</strong>iras eaparelhos <strong>de</strong> ar condiciona<strong>do</strong>, on<strong>de</strong> sua substituição por gases inócuos ou menosnocivos não constitui uma tarefa tão custosa. Já a redução <strong>da</strong>s emissões <strong>de</strong> Gases<strong>de</strong> Efeito Estufa (GEE) se apresenta como algo mais difícil <strong>de</strong> atingir, pois suaprincipal causa, a queima <strong>de</strong> combustíveis fósseis, está presente em quase to<strong>da</strong>s asativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s humanas.Para Pereira e May (2003, p. 219), há milhares <strong>de</strong> anos, o efeito estufa naturalproporciona ao nosso planeta as condições i<strong>de</strong>ais para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>.A partir <strong>da</strong> era industrial, no entanto, o homem vem progressivamente interferin<strong>do</strong>no sistema climático <strong>do</strong> planeta, que passa por um processo <strong>de</strong> aquecimentoglobal, trazen<strong>do</strong> conseqüências irreversíveis e possivelmente catastróficas para associe<strong>da</strong><strong>de</strong>s humanas e para os ecossistemas e sua biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Em função <strong>de</strong><strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s econômicas, <strong>da</strong>s quais <strong>de</strong>correm emissões <strong>de</strong> alguns GEE,principalmente o dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> carbono (CO 2 ), a concentração <strong>do</strong>s mesmos naatmosfera <strong>da</strong> Terra vem aumentan<strong>do</strong>. Essa é a principal causa <strong>do</strong> atual processo <strong>de</strong>intensificação <strong>do</strong> efeito estufa natural e <strong>do</strong> aquecimento <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong>ste.Segun<strong>do</strong> Cohen (2003 p. 262), atualmente, não se encontram disponíveis em largaescala substitutos baratos para os combustíveis fósseis, ain<strong>da</strong> que, a médio e longoprazos, as perspectivas <strong>da</strong>s energias renováveis (solar, eólica, biomassa,eletrici<strong>da</strong><strong>de</strong> e outras) e <strong>da</strong>s tecnologias <strong>de</strong> conservação <strong>de</strong> energia sejam ca<strong>da</strong> vezmais promissoras. Portanto, reduções significativas <strong>da</strong>s emissões <strong>de</strong> GEE, a curtoprazo, envolveriam custos e/ou mu<strong>da</strong>nças em estilos <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> e padrões <strong>de</strong>consumo. Essa é a principal razão pela qual alguns países, especialmente osEsta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, vêm resistin<strong>do</strong> contra qualquer tentativa <strong>de</strong> fixação <strong>de</strong> metas eprazos para a redução <strong>da</strong>s emissões <strong>de</strong> GEE.Os recursos naturais po<strong>de</strong>m ser classifica<strong>do</strong>s em renováveis (reprodutíveis) e nãorenováveis (exauríveis). Os solos, o ar, as águas, as florestas, a fauna e a flora sãoconsi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s recursos naturais renováveis, pois seus ciclos <strong>de</strong> recomposição sãocompatíveis com o horizonte <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>do</strong> homem. Os minérios em geral e oscombustíveis fósseis (petróleo e gás natural) são ti<strong>do</strong> como não renováveis, umavez que são necessárias eras geológicas para sua formação (SILVA, 2003).“CLEANER PRODUCTION INITIATIVES AND CHALLENGES FOR A SUSTAINABLE WORLD”São Paulo – Brazil – May 18 th -20 th - 2011

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