11.07.2015 Views

Desenho da Metodologia da Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) do ...

Desenho da Metodologia da Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) do ...

Desenho da Metodologia da Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) do ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Desenho</strong> <strong>da</strong> <strong>Meto<strong>do</strong>logia</strong> <strong>da</strong> Avaliação <strong>do</strong><strong>Ciclo</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> (<strong>ACV</strong>) <strong>do</strong> Etanol Combustívelpelo Méto<strong>do</strong> CML 2000 com SimaPROI. D. Zapparoli a , S. S. <strong>da</strong> Silva ba. Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Londrina, Londrina, zapparoli@uel.brb. Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Maringá, Maringá, sidinei.uem@gmail.comResumoO objetivo <strong>da</strong> pesquisa consiste em estu<strong>da</strong>r a meto<strong>do</strong>logia <strong>da</strong> avaliação <strong>do</strong> ciclo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>(<strong>ACV</strong>) nos aspectos econômicos e ambientais concernentes à produção <strong>do</strong> etanolcombustível, a partir <strong>da</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar. O etanol combustível por ser passível <strong>de</strong> melhoriasambientais durante seu ciclo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> e ser alternativo frente aos combustíveis fósseis é <strong>de</strong>gran<strong>de</strong> relevância estratégica para o Brasil. A estrutura meto<strong>do</strong>lógica está basea<strong>da</strong> nasrecomen<strong>da</strong>ções <strong>da</strong> série ISO 14040 e será utiliza<strong>do</strong> o méto<strong>do</strong> CML 2000, na avaliação <strong>do</strong>ciclo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. Serão consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s as seguintes categorias <strong>de</strong> impacto: mu<strong>da</strong>nça climática;<strong>de</strong>struição <strong>da</strong> cama<strong>da</strong> <strong>de</strong> ozônio; acidificação; eutrofização; ecotoxi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> águas <strong>do</strong>ces etoxici<strong>da</strong><strong>de</strong> humana. Espera-se que este trabalho ao i<strong>de</strong>ntificar os impactos ambientais emca<strong>da</strong> etapa <strong>do</strong> ciclo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>do</strong> etanol combustível, possa contribuir para o <strong>de</strong>bate sobre asnovas formas <strong>de</strong> atuação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e <strong>do</strong>s <strong>de</strong>safios e perspectivas <strong>de</strong> merca<strong>do</strong> para o setorsucroalcooleiro, após a <strong>de</strong>sregulamentação <strong>da</strong> agroindústria canavieira, buscan<strong>do</strong> umamelhor eficiência ambiental e econômica.Palavras-chave: <strong>Meto<strong>do</strong>logia</strong>. Avaliação <strong>do</strong> ciclo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> (<strong>ACV</strong>). Etanol combustível. CML 2000.Agroindústria canavieira.1 IntroduçãoAs ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s humanas <strong>de</strong> consumo e produção industrial <strong>de</strong>man<strong>da</strong>m ca<strong>da</strong> vez maisconsumo <strong>de</strong> energéticos. Nesse contexto, tem-se expandi<strong>do</strong> no Brasil a produção<strong>do</strong> etanol a partir <strong>da</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar, com <strong>de</strong>staque no âmbito mundial, comomatriz energética renovável e alternativa aos combustíveis <strong>de</strong> origem fóssil. Além<strong>de</strong> ser um produto renovável, o etanol tem potencial para reduzir os gases <strong>do</strong> efeitoestufa. O ciclo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar busca por novas tecnologias e aumentona produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> tornam-se necessários no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> minimizar o empobrecimento<strong>do</strong> solo e riscos <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> surtos <strong>de</strong> pragas ou <strong>do</strong>enças e mitigar os<strong>de</strong>sequilíbrios nos corpos hídricos.A Avaliação <strong>do</strong> <strong>Ciclo</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> (<strong>ACV</strong>) é uma ferramenta que permite avaliar oimpacto potencial associa<strong>do</strong> a um produto ou ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> durante seu ciclo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. A<strong>ACV</strong> também permite i<strong>de</strong>ntificar quais estágios <strong>do</strong> ciclo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> têm contribuiçãomais significativa para o impacto ambiental <strong>do</strong> processo ou produto estu<strong>da</strong><strong>do</strong>.Empregan<strong>do</strong> a <strong>ACV</strong> é possível avaliar a implementação <strong>de</strong> melhorias ou alternativaspara produtos, processos ou serviços.“CLEANER PRODUCTION INITIATIVES AND CHALLENGES FOR A SUSTAINABLE WORLD”São Paulo – Brazil – May 18 th -20 ndth - 2011


43 rd International Workshop | Advances in Cleaner Production(2010, p.1):[...] o problema <strong>da</strong> economia política <strong>da</strong> sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> é visto como umproblema <strong>de</strong> distribuição intertemporal <strong>de</strong> recursos naturais finitos, o que pressupõe a<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> limites para seu uso (escala). Além disso, trata-se <strong>de</strong> um processo envolven<strong>do</strong>agentes econômicos cujo comportamento é complexo em suas motivações (as quais incluemdimensões sociais, culturais, morais e i<strong>de</strong>ológicas) e que atuam num contexto <strong>de</strong> incertezase <strong>de</strong> riscos <strong>de</strong> per<strong>da</strong>s irreversíveis que o progresso <strong>da</strong> ciência não tem como eliminar. Dessemo<strong>do</strong>, tanto a natureza como o papel <strong>da</strong> ação coletiva são completamente distintos <strong>da</strong>quelespressupostos no esquema analítico convencional. Trata-se <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> escolhapública em que caberá à socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civil, em suas várias formas <strong>de</strong> organização (o Esta<strong>do</strong>entre outras), <strong>de</strong>cidir, em última instância, com base em consi<strong>de</strong>rações morais e éticas.Segun<strong>do</strong> Georgescu-Roegen (1976), o sistema econômico não po<strong>de</strong> contrariar asleis <strong>da</strong> física. A segun<strong>da</strong> lei <strong>da</strong> termodinâmica estabelece que o grau <strong>de</strong><strong>de</strong>generaçao <strong>de</strong> um sistema isola<strong>do</strong> ten<strong>de</strong> a aumentar com o tempo, impedin<strong>do</strong> aexistência <strong>de</strong> moto-perpétuos. Da mesma forma, o sistema econômico não po<strong>de</strong> semover para sempre sem entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> recursos e saí<strong>da</strong> <strong>de</strong> resíduos. Georgescu<strong>de</strong>stacou ain<strong>da</strong> que o sistema produtivo não é circular, mas linear e aberto. Amagnitu<strong>de</strong> <strong>da</strong> escala atual <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s humanas tem levanta<strong>do</strong> o problema <strong>do</strong>limite <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> suporte <strong>do</strong> planeta Terra, seja como fornece<strong>do</strong>r <strong>de</strong> bens eserviços naturais, seja como receptor <strong>do</strong>s rejeitos <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s humanas <strong>de</strong>consumo e produção industrial.De acor<strong>do</strong> com Cohen (2003, p. 262), a luta contra o aumento <strong>do</strong> efeito estufa émuito mais complexa <strong>do</strong> que aquela que vem sen<strong>do</strong> trata<strong>da</strong>, por exemplo, pelaproteção <strong>da</strong> cama<strong>da</strong> <strong>de</strong> ozônio. O uso <strong>de</strong> Clorofluorcarbonetos (CFC) restringe-se apoucas aplicações industriais e alguns eletro<strong>do</strong>mésticos, como gela<strong>de</strong>iras eaparelhos <strong>de</strong> ar condiciona<strong>do</strong>, on<strong>de</strong> sua substituição por gases inócuos ou menosnocivos não constitui uma tarefa tão custosa. Já a redução <strong>da</strong>s emissões <strong>de</strong> Gases<strong>de</strong> Efeito Estufa (GEE) se apresenta como algo mais difícil <strong>de</strong> atingir, pois suaprincipal causa, a queima <strong>de</strong> combustíveis fósseis, está presente em quase to<strong>da</strong>s asativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s humanas.Para Pereira e May (2003, p. 219), há milhares <strong>de</strong> anos, o efeito estufa naturalproporciona ao nosso planeta as condições i<strong>de</strong>ais para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>.A partir <strong>da</strong> era industrial, no entanto, o homem vem progressivamente interferin<strong>do</strong>no sistema climático <strong>do</strong> planeta, que passa por um processo <strong>de</strong> aquecimentoglobal, trazen<strong>do</strong> conseqüências irreversíveis e possivelmente catastróficas para associe<strong>da</strong><strong>de</strong>s humanas e para os ecossistemas e sua biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Em função <strong>de</strong><strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s econômicas, <strong>da</strong>s quais <strong>de</strong>correm emissões <strong>de</strong> alguns GEE,principalmente o dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> carbono (CO 2 ), a concentração <strong>do</strong>s mesmos naatmosfera <strong>da</strong> Terra vem aumentan<strong>do</strong>. Essa é a principal causa <strong>do</strong> atual processo <strong>de</strong>intensificação <strong>do</strong> efeito estufa natural e <strong>do</strong> aquecimento <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong>ste.Segun<strong>do</strong> Cohen (2003 p. 262), atualmente, não se encontram disponíveis em largaescala substitutos baratos para os combustíveis fósseis, ain<strong>da</strong> que, a médio e longoprazos, as perspectivas <strong>da</strong>s energias renováveis (solar, eólica, biomassa,eletrici<strong>da</strong><strong>de</strong> e outras) e <strong>da</strong>s tecnologias <strong>de</strong> conservação <strong>de</strong> energia sejam ca<strong>da</strong> vezmais promissoras. Portanto, reduções significativas <strong>da</strong>s emissões <strong>de</strong> GEE, a curtoprazo, envolveriam custos e/ou mu<strong>da</strong>nças em estilos <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> e padrões <strong>de</strong>consumo. Essa é a principal razão pela qual alguns países, especialmente osEsta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, vêm resistin<strong>do</strong> contra qualquer tentativa <strong>de</strong> fixação <strong>de</strong> metas eprazos para a redução <strong>da</strong>s emissões <strong>de</strong> GEE.Os recursos naturais po<strong>de</strong>m ser classifica<strong>do</strong>s em renováveis (reprodutíveis) e nãorenováveis (exauríveis). Os solos, o ar, as águas, as florestas, a fauna e a flora sãoconsi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s recursos naturais renováveis, pois seus ciclos <strong>de</strong> recomposição sãocompatíveis com o horizonte <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>do</strong> homem. Os minérios em geral e oscombustíveis fósseis (petróleo e gás natural) são ti<strong>do</strong> como não renováveis, umavez que são necessárias eras geológicas para sua formação (SILVA, 2003).“CLEANER PRODUCTION INITIATIVES AND CHALLENGES FOR A SUSTAINABLE WORLD”São Paulo – Brazil – May 18 th -20 th - 2011


53 rd International Workshop | Advances in Cleaner ProductionApesar <strong>do</strong> etanol figurar como o principal biocombustível substituto <strong>do</strong>scombustíveis <strong>de</strong> origem fóssil, segun<strong>do</strong> Skiki<strong>da</strong> et al. (2008, p. 6), o mesmo estásujeito a questionamentos por parte <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s internacionais quanto à suacapaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> expandir a oferta, em linha com as práticas <strong>da</strong> produção sustentável.Por esta razão, os mesmos propõem a certificação socioambiental (ISO 14001, SA8000 e NBR 16001) para a cultura <strong>da</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar como ferramenta <strong>de</strong> garantia<strong>da</strong> produção sustentável <strong>do</strong> etanol brasileiro, reduzin<strong>do</strong> a assimetria <strong>de</strong> informaçõescom o merca<strong>do</strong> externo e mitigan<strong>do</strong> ou eliminan<strong>do</strong> barreiras não tarifárias aoproduto.A<strong>de</strong>mais, segun<strong>do</strong> Dufey (2006) apud Skiki<strong>da</strong> et al. (2008), o <strong>de</strong>bate envolven<strong>do</strong>biocombustíveis e <strong>de</strong>senvolvimento sustentável é varia<strong>do</strong> e complexo. Isso ocorre,porque os biocombustíveis apesar <strong>de</strong> implicar em maior segurança no suprimento<strong>de</strong> energia, ganhos econômicos, <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> áreas rurais e redução nasemissões <strong>do</strong>s gases <strong>de</strong> efeito estufa; expan<strong>de</strong>m a fronteira agrícola, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> gerar<strong>de</strong>smatamento, monoculturas, poluição <strong>da</strong> água, ameaças à segurança alimentar,condições precárias <strong>de</strong> trabalho e distribuição injusta <strong>do</strong>s benefícios ao longo <strong>da</strong>ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor.Goes et al. (2009) afirmam que a cana-<strong>de</strong>-açúcar tornou-se um produto quealcançou novas práticas e novos manejos no trato <strong>do</strong> solo, que permitem aintrodução <strong>de</strong> novas tecnologias e novas varie<strong>da</strong><strong>de</strong>s a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>s as várias regiões. Aseguir apresenta-se a ca<strong>de</strong>ia produtiva <strong>do</strong> etanol a partir <strong>da</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar (figura1).Fig.1. Ca<strong>de</strong>ia produtiva <strong>do</strong> Etanol. GOES, (2009)No que se refere às publicações nacionais sobre <strong>ACV</strong>, <strong>de</strong>stacam-se os trabalhos <strong>de</strong>Gatti; Queiroz e Garcia (2007), que estu<strong>da</strong>ram a reciclagem <strong>de</strong> embalagem <strong>de</strong>alumínio; Jaime (2007), que analisou o ciclo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> embalagem <strong>de</strong> vidro parasistemas retornável e <strong>de</strong>scartável; e, Coltro e Mourad (2007), que realizaram umetu<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>ACV</strong> para a produção brasileira <strong>de</strong> café. No caso <strong>do</strong>s biocombustíveis,po<strong>de</strong>-se citar o trabalho <strong>de</strong> Angarita (2008) que estu<strong>do</strong>u a avaliação <strong>do</strong> impactoenergético e ambiental <strong>da</strong> cogeração no balanço e no ciclo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>do</strong> biodiesel <strong>de</strong>óleo <strong>de</strong> palma africana; e, Ometto (2005), que utilizan<strong>do</strong>-se <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s EDIP,Exergia e Emergia avaliou o ciclo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> (<strong>ACV</strong>) <strong>do</strong> álcool etílico hidrata<strong>do</strong>combustível, <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> que a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> colheita <strong>de</strong> cana apresenta o maiorpotencial <strong>de</strong> impacto para o consumo <strong>de</strong> recursos renováveis, o aquecimentoglobal, a formação fotoquímica <strong>de</strong> ozônio troposférico, a acidificação e a toxi<strong>da</strong><strong>de</strong>humana. O preparo <strong>do</strong> solo apresentou maior potencial para o consumo <strong>de</strong> recursosnão renováveis e para a ecotoxi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> água. O trato cultural apresentou maiorinfluência na eutrofização e na ecotoxici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> solo.3 <strong>Meto<strong>do</strong>logia</strong> para Análise <strong>do</strong> <strong>Ciclo</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> <strong>do</strong> Setor SucroalcooleiroEsse estu<strong>do</strong> apresenta uma pesquisa exploratória com a utilização <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>sprimários e secundários. Define-se pesquisa exploratória como o estu<strong>do</strong> preliminar“CLEANER PRODUCTION INITIATIVES AND CHALLENGES FOR A SUSTAINABLE WORLD”São Paulo – Brazil – May 18 th -20 th - 2011


63 rd International Workshop | Advances in Cleaner Productionrealiza<strong>do</strong> com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> melhor a<strong>de</strong>quar o instrumento <strong>de</strong> medi<strong>da</strong> à reali<strong>da</strong><strong>de</strong>que se preten<strong>de</strong> conhecer. Em outras palavras, a pesquisa exploratória, ou estu<strong>do</strong>exploratório, tem por objetivo conhecer a variável <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> tal como se apresenta,seu significa<strong>do</strong> e o contexto on<strong>de</strong> ela se insere.Os <strong>da</strong><strong>do</strong>s primários serão obti<strong>do</strong>s a partir <strong>de</strong> informações estrutura<strong>da</strong>s a seremcoleta<strong>da</strong>s na própria Usina, em levantamentos in loco.Os <strong>da</strong><strong>do</strong>s secundários serãocoleta<strong>do</strong>s por meio <strong>de</strong> relatórios e outras publicações disponibiliza<strong>da</strong>s: i) peloInstituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística (IBGE); ii) pelo Ministério <strong>da</strong>Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); iii) pelo Ministério <strong>do</strong>Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC); iv) pela União <strong>da</strong>Agroindústria Canavieira <strong>de</strong> São Paulo (UNICA); v) pela Associação <strong>de</strong> Produtores<strong>de</strong> Bioenergia <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná (ALCOPAR); vi) pela Empresa Brasileira <strong>de</strong>Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), e, vi) pela Associação Nacional <strong>do</strong>s Fabricantes<strong>de</strong> Veículos Automotores (ANFAVEA).Os procedimentos <strong>de</strong> pesquisa e análise compreen<strong>de</strong>m as etapas consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s emum estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>ACV</strong>. A Avaliação <strong>do</strong> <strong>Ciclo</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> (<strong>ACV</strong>), conheci<strong>da</strong>internacionalmente por Life Cycle Assessment (LCA), é uma técnica <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong>impacto ambiental associa<strong>do</strong> a um produto ou serviço, durante o seu ciclo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>(GOEDKOOP, 1998).As avaliações <strong>do</strong> ciclo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> produtos, processos e serviços avaliam osaspectos ambientais e os impactos potenciais associa<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a extração <strong>do</strong>srecursos naturais até o uso e disposição final <strong>do</strong> produto, conforme figura 2.Fig.2. Representação <strong>da</strong>s etapas consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s em um estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>ACV</strong>. COLTRO (2007)Um estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>ACV</strong> é dividi<strong>do</strong> em quatro fases, conforme apresenta<strong>do</strong> na figura 3.Na primeira fase, Definição e Escopo, o propósito <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> e sua amplitu<strong>de</strong> são<strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s, envolven<strong>do</strong> <strong>de</strong>cisões importantes sobre as fronteiras e a uni<strong>da</strong><strong>de</strong>funcional. Na fase <strong>de</strong> Análise e Inventário, informações sobre o sistema <strong>do</strong> produtosão levanta<strong>da</strong>s e as entra<strong>da</strong>s e as saí<strong>da</strong>s consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s relevantes para o sistemasão quantifica<strong>da</strong>s. Na fase <strong>de</strong> Avaliação <strong>de</strong> Impacto, os <strong>da</strong><strong>do</strong>s e as informaçõesgera<strong>do</strong>s <strong>da</strong> Análise <strong>de</strong> Inventário são associa<strong>do</strong>s a impactos ambientais específicos,<strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que o significa<strong>do</strong> <strong>de</strong>stes impactos potenciais possa ser avalia<strong>do</strong>. E, na fase<strong>de</strong> Interpretação, os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s nas fases <strong>de</strong> Análise <strong>de</strong> Inventário e <strong>de</strong>Avaliação <strong>de</strong> Impacto são combina<strong>do</strong>s e interpreta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os objetivos<strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s previamente no estu<strong>do</strong>.As <strong>de</strong>finições <strong>do</strong>s Objetivos e Escopo <strong>da</strong> <strong>ACV</strong> para o estu<strong>do</strong> será conduzi<strong>do</strong> <strong>de</strong>acor<strong>do</strong> com a série <strong>de</strong> normas ISO 14040 (1997) – Environmental Management –Life Cycle Assessment – Principles and Framework, objetivan<strong>do</strong> i<strong>de</strong>ntificar os pontoscríticos no ciclo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>do</strong> etanol combustível e propor melhorias no produto,“CLEANER PRODUCTION INITIATIVES AND CHALLENGES FOR A SUSTAINABLE WORLD”São Paulo – Brazil – May 18 th -20 th - 2011


73 rd International Workshop | Advances in Cleaner Productionpropician<strong>do</strong> otimização <strong>de</strong> recursos, elaboração <strong>de</strong> políticas públicas e planejamentoestratégico. (Figura 3).Fig. 3. Fases <strong>de</strong> um estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>ACV</strong> (ISO 14040, 1997)As informações utiliza<strong>da</strong>s serão obti<strong>da</strong>s a partir <strong>da</strong> coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s feita por meio<strong>de</strong> protocolo específico a ser aplica<strong>do</strong> em uma Usina, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> as entra<strong>da</strong>s <strong>de</strong>água, energia, fertilizantes, pestici<strong>da</strong>s, corretivos e disposição <strong>de</strong> resíduos.Aseleção <strong>da</strong> região <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>rará a importância econômica <strong>da</strong> Usina para oEsta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná, <strong>da</strong>n<strong>do</strong> priori<strong>da</strong><strong>de</strong> para a maior agroindústria canavieiraparanaense. Serão contabiliza<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s os insumos necessários para a produção <strong>do</strong>etanol em termos <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> fertilizantes, corretivos, <strong>de</strong>fensivos agrícolas, água,óleo diesel e energia.O sistema a ser avalia<strong>do</strong> inclui o cultivo agrícola <strong>da</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar, a colheita, obeneficiamento, a estocagem e o transporte por caminhões até o porto paraexportação. Somente as entra<strong>da</strong>s e saí<strong>da</strong>s associa<strong>da</strong>s ao cultivo <strong>da</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcarserão consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s nas fronteiras <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong>. A produção <strong>de</strong> fertilizantes,corretivos e pestici<strong>da</strong>s não será incluí<strong>da</strong> na fronteira <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>, mas somente seuconsumo e transporte até as fazen<strong>da</strong>s.A uni<strong>da</strong><strong>de</strong> funcional a<strong>do</strong>ta<strong>da</strong> será <strong>de</strong> 1.000 litros <strong>de</strong> etanol <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> a exportação.A abrangência temporal <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong> será <strong>de</strong> duas safras completas (2007/2008 e2009/2010). O fluxograma elabora<strong>do</strong> para a produção <strong>do</strong> etanol consi<strong>de</strong>rará osprincipais processos <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia produtiva. Para a construção <strong>do</strong> Inventário <strong>do</strong> <strong>Ciclo</strong><strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> serão utiliza<strong>do</strong>s os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> Transporte <strong>de</strong> Cargas e <strong>de</strong> Geração <strong>de</strong>Energia Elétrica <strong>da</strong> Re<strong>de</strong> Pública <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s pelo CETEA para <strong>ACV</strong> <strong>de</strong> produtosbrasileiros (COLTRO et al, 2003).Dentre as ferramentas <strong>de</strong> Avaliação <strong>de</strong> <strong>Ciclo</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong>, <strong>de</strong>stacam-se: o Ecoindicator95; o Ecoindicator 99; o EDIP; o TRACI e o CML 2000.Nesse estu<strong>do</strong> será utiliza<strong>do</strong> o Méto<strong>do</strong> CML 2000, consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> um méto<strong>do</strong> "multifase",sen<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s primeiros méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> avaliação, <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> e utiliza<strong>do</strong> emvários países. O seu nome está relaciona<strong>do</strong> com a enti<strong>da</strong><strong>de</strong> on<strong>de</strong> foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> -o Centro <strong>de</strong> Gestão Ambiental <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Lei<strong>de</strong>n, Holan<strong>da</strong>.Com o CML 2000 serão avalia<strong>da</strong>s as seguintes categorias <strong>de</strong> impactos:• mu<strong>da</strong>nça climática: Climate change - The characterisation mo<strong>de</strong>l as<strong>de</strong>veloped by the Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) is selectedfor <strong>de</strong>velopment of characterisation factors. Factors are expressed as GlobalWarming Potential for time horizon 100 years (GWP100), in kg carbon dioxi<strong>de</strong>equivalent/kg emission;• <strong>de</strong>struição <strong>da</strong> cama<strong>da</strong> <strong>de</strong> ozônio: Stratospheric Ozone <strong>de</strong>pletion - Thecharacterisation mo<strong>de</strong>l is <strong>de</strong>veloped by the World Meteorological Organisation(WMO) and <strong>de</strong>fines ozone <strong>de</strong>pletion potential of different gasses (kg CFC-11“CLEANER PRODUCTION INITIATIVES AND CHALLENGES FOR A SUSTAINABLE WORLD”São Paulo – Brazil – May 18 th -20 th - 2011


83 rd International Workshop | Advances in Cleaner Productionequivalent/ kg emission);• acidificação: Acidification - only characterization factors including fate wereused for the CML baseline method. The method was exten<strong>de</strong>d with Nitric oxi<strong>de</strong>,air (is nitrogen monoxi<strong>de</strong>). Acidification: Corrected the characterisation factorfor Sulphur dioxi<strong>de</strong> from 1 to 1,2 SO2 eq . This factor of 1,2 SO2 eq for SO2 isincluding fate;• eutrofização: Euthrophication - nitrogen compounds completed. Nitrogen isreplaced by Nitrogen, total, with same characterisation factor;• ecotoxi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> águas <strong>do</strong>ces: Fresh water aquatic ecotox - Marine aquaticecotoxicity, Terrestrial ecotoxicity: Characterisation factors Naphthalene andNaphthalene (subcompartment Ocean) corrected;• toxici<strong>da</strong><strong>de</strong> humana: Human toxicity - Characterisation factors, expressed asHuman Toxicity Potentials (HTP), are calculated with USES-LCA, <strong>de</strong>scribing fate,exposure and effects of toxic substances for an infinite time horizon. For eachtoxic substance HTP's are expressed as 1,4-dichlorobenzene equivalents/ kgemission. Chromium (soil) -> Chromium (VI) (soil, agricultural).O software a ser utiliza<strong>do</strong> é o SimaPro 7, <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> pela empresa PréConsultants, e que trata-se <strong>de</strong> uma ferramenta profissional para coletar, analisar emonitorar o <strong>de</strong>sempenho ambiental <strong>de</strong> produtos, processos e serviços. Ele permitemo<strong>de</strong>lar e analisar <strong>do</strong>s mais complexos aos mais simples ciclos <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> umaforma sistemática e transparente, seguin<strong>do</strong> as recomen<strong>da</strong>ções <strong>da</strong> série ISO 14040.A informação no SimaPro encontra-se organiza<strong>da</strong> em projetos, os quais po<strong>de</strong>mincluir diversos ciclos <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> um ou vários produtos e cujos processos po<strong>de</strong>mser extraí<strong>do</strong>s <strong>da</strong>s bases <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>do</strong> SimaPro. Uma vez <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> o <strong>Ciclo</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong>, oSimaPro calcula a soma <strong>da</strong>s diversas intervenções ambientais associa<strong>da</strong>s à uni<strong>da</strong><strong>de</strong>funcional <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> na mo<strong>de</strong>lação.Para verificar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s será utiliza<strong>da</strong>a matriz pedigree. A Análise <strong>do</strong> Inventário <strong>do</strong> <strong>Ciclo</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> envolve a coleta <strong>de</strong><strong>da</strong><strong>do</strong>s e procedimentos <strong>de</strong> cálculo para quantificar as entra<strong>da</strong>s e saí<strong>da</strong>s <strong>de</strong> umsistema <strong>de</strong> produto. Itens a serem consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s:• Fases: coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s; vali<strong>da</strong>ção <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s; relacionar <strong>da</strong><strong>do</strong>s a uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>processo (alocação inclui reuso e reciclagem); relacionar <strong>da</strong><strong>do</strong>s a uni<strong>da</strong><strong>de</strong>funcional; agregação <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s; refinamento <strong>da</strong>s fronteiras <strong>do</strong> sistema;• Recomen<strong>da</strong>ções <strong>da</strong> ISO 14040: <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> fluxogramas <strong>de</strong> processo que<strong>de</strong>lineiam to<strong>da</strong>s as uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> processo; <strong>de</strong>scrição <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> processoscom os <strong>da</strong><strong>do</strong>s categoriza<strong>do</strong>s; <strong>de</strong>scrição <strong>da</strong> técnica <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s e cálculo;fornecimento <strong>de</strong> instruções para <strong>do</strong>cumentação <strong>de</strong> casos especiais,irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong> ou outros;• Evitar a duplicação ou falhas <strong>de</strong> contagem: <strong>de</strong>screver ca<strong>da</strong> processo;<strong>do</strong>cumentar os procedimentos <strong>de</strong> alocação; referenciar as fontes <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s;incluir informações sobre a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s;• Vali<strong>da</strong>ção <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s: balanço <strong>de</strong> massa; balanço <strong>de</strong> energia; análisecomparativa <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong> emissão;• Procedimentos a a<strong>do</strong>tar no caso <strong>de</strong> ausência <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s: incluir um valordiferente <strong>de</strong> zero, com justificativa; incluir um valor igual a zero, comjustificativa; incluir um valor calcula<strong>do</strong> com bases em tecnologias similares;<strong>do</strong>cumentar <strong>da</strong><strong>do</strong>s ausentes;• Relacionar <strong>da</strong><strong>do</strong>s a uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> processo: dividir as entra<strong>da</strong>s e saí<strong>da</strong>sproporcionalmente;• Relacionar <strong>da</strong><strong>do</strong>s a uni<strong>da</strong><strong>de</strong> funcional: normalizar o fluxo <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s osprocessos para uni<strong>da</strong><strong>de</strong> funcional;• Agregação <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s – recomen<strong>da</strong>ções: que o nível <strong>de</strong> agregação sejasuficiente para satisfazer o objetivo <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>; que somente sejam agrega<strong>da</strong>ssubstâncias equivalentes e que tenham impactos ambientais similares; casonecessário agregar outros <strong>da</strong><strong>do</strong>s, incluir a justificativa na <strong>de</strong>finição <strong>do</strong> objetivo e<strong>do</strong> escopo ou na avaliação <strong>de</strong> impacto;• Uso <strong>da</strong> análise <strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>: excluir ou incluir etapas <strong>do</strong> ciclo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>“CLEANER PRODUCTION INITIATIVES AND CHALLENGES FOR A SUSTAINABLE WORLD”São Paulo – Brazil – May 18 th -20 th - 2011


93 rd International Workshop | Advances in Cleaner Productioncom pouca ou nenhuma significância; excluir ou incluir entra<strong>da</strong>s e saí<strong>da</strong>s semsignificância para os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>.A Avaliação <strong>do</strong>s Impactos no <strong>Ciclo</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> (AICV) é a etapa <strong>da</strong> <strong>ACV</strong> em que seme<strong>de</strong> e avalia a significância <strong>do</strong>s impactos ambientais potenciais <strong>do</strong> sistema <strong>do</strong>produto. Itens a serem consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s:• Classificação: enquadramento <strong>do</strong>s aspectos ambientais inventaria<strong>do</strong>s nasdiferentes categorias <strong>de</strong> efeitos ambientais; classificar os aspectos ambientaisnos impactos ambientais causa<strong>do</strong>s por eles;• Etapas: seleção <strong>da</strong>s categorias <strong>de</strong> impacto, indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> categoria e mo<strong>de</strong>los<strong>de</strong> caracterização; correlação <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>do</strong> ICV (classificação); cálculos <strong>do</strong>sresulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> categoria (caracterização); resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>sindica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> categoria (perfil <strong>da</strong> AICV); normalização, pon<strong>de</strong>ração e análise<strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s.A pon<strong>de</strong>ração é um assunto controverso na <strong>ACV</strong> e, por isso, é uma etapa opcional,<strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a norma ISO. Computacionalmente, entretanto, a pon<strong>de</strong>ração ésimples e consiste em um vetor w em que ca<strong>da</strong> elemento w i é o peso para ca<strong>da</strong>categoria <strong>de</strong> impacto. A Interpretação <strong>do</strong> <strong>Ciclo</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> mostra o resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> painele perspectivas culturais, que po<strong>de</strong>m ser: hierarquísta, individualista ou equalitária.4 ConclusãoA meto<strong>do</strong>logia para a realização <strong>da</strong> Avaliação <strong>do</strong> <strong>Ciclo</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> no setorsucroalcooleiro mostra o tipo <strong>de</strong> análise que a <strong>ACV</strong> promove, sen<strong>do</strong> basea<strong>da</strong> embalanços <strong>de</strong> massa e energia, e utiliza indica<strong>do</strong>res para a avaliação <strong>do</strong> impactoambiental.De acor<strong>do</strong> com as Normas Internacionais, essa meto<strong>do</strong>logia po<strong>de</strong> ser estrutura<strong>da</strong>em quatro fases: <strong>de</strong>finição <strong>do</strong>s objetivos e âmbito <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> (ISO 14041); análise<strong>de</strong> inventário, compilação <strong>de</strong> um inventário <strong>de</strong> entra<strong>da</strong>s e saí<strong>da</strong>s relevantes <strong>do</strong>sistema (ISO 14041); avaliação <strong>de</strong> impactos ambientais potenciais associa<strong>do</strong>s aessas entra<strong>da</strong>s e saí<strong>da</strong>s (ISO 14042); e, interpretação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>da</strong>s fases <strong>de</strong>análise <strong>de</strong> inventário e <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong>s impactos, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os objetivos <strong>do</strong>estu<strong>do</strong> (ISO 14043).Entre os maiores problemas no setor sucroalcooleiro estão os aspectossocioambientais. A <strong>ACV</strong> constitui uma ferramenta em <strong>de</strong>senvolvimento e apesar<strong>da</strong>s limitações <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> que o mo<strong>de</strong>lo está sujeito ao simplificar a reali<strong>da</strong><strong>de</strong>(inerente a qualquer mo<strong>de</strong>lo socioeconômico), essas limitações po<strong>de</strong>m serminimiza<strong>da</strong>s. A<strong>de</strong>mais, a <strong>ACV</strong> tem se consoli<strong>da</strong><strong>do</strong> como uma ferramenta <strong>de</strong> gestãoambiental, <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> relevância na busca <strong>da</strong> sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> na produção <strong>de</strong>bens e serviços e implementação <strong>de</strong> processos.5 ReferênciasBEN. (2009). Balanço Energético Nacional Disponível em: acessa<strong>do</strong> em fevereiro/2010.CAVALCANTI, C. (Org.) (1998). Desenvolvimento e natureza: estu<strong>do</strong>s para uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong>sustentável. São Paulo: Cortez; Recife: Fun<strong>da</strong>ção Joaquim NabucoCLEMENTE, A., HIGACHI, H. Y. (2000). Economia e <strong>de</strong>senvolvimento regional. São Paulo:Atlas.COLTRO, L; GARCIA, E. E. C.; QUEIROZ, G. C. (2003). Lyfe cycle inventory of electric energysystem in Brazil. Int. J. Life Cycle Assessment, Landsberg, v. 8, n. 5, p. 290-296COLTRO, L.; MOURAD, A. L. <strong>ACV</strong> <strong>de</strong> Produtos Alimentícios. In: COLTRO, Le<strong>da</strong> (Org.) (2007).Avaliação <strong>do</strong> <strong>Ciclo</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> como Instrumento <strong>de</strong> Gestão. Campinas: CETEA/ITAL.“CLEANER PRODUCTION INITIATIVES AND CHALLENGES FOR A SUSTAINABLE WORLD”São Paulo – Brazil – May 18 th -20 th - 2011


103 rd International Workshop | Advances in Cleaner ProductionCOHEN, C. (2003). Padrões <strong>de</strong> consumo e energia: efeitos sobre o meio ambiente e o<strong>de</strong>senvolvimento. In: MAY, P. H.; LUSTOSA, M. C.; VINHA, V. (Org.) Economia <strong>do</strong> meioambiente: teoria e prática. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Elsevier.GATTI, J. B.; QUEIROZ, G. C.; GARCIA, E. E. C. (2007). Reciclagem <strong>de</strong> Embalagem emTermos <strong>de</strong> <strong>ACV</strong> – Estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Caso. In: COLTRO, Le<strong>da</strong> (Org.) Avaliação <strong>do</strong> <strong>Ciclo</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> comoInstrumento <strong>de</strong> Gestão. Campinas: CETEA/ITAL,GEORGESCU-ROEGEN, N. (1976). Energy and Economy Myths. New York: Pergamon Press.GOEDKOOP, M. (1998). The Ecoindicator 95 Final Report. Pré Consultants, Amersfoort, TheNetherlands.GOEDKOOP, M.; SPRIENSMA, R. (2001). The Ecoindicator 99. A Damage oriented method forlife cycle impact assessment, metho<strong>do</strong>logy report, 2. ed. Pré Consultants, Amersfoort, TheNetherlands.GOES, Tarcizio et al. (2009). Novas fronteiras tecnológicas <strong>da</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar no Brasil.Revista <strong>de</strong> Política Agrícola. Brasília: Jan./Fev./Mar., n.1.JAIME, S. B. M. (2007.) <strong>ACV</strong> <strong>de</strong> Embalagem <strong>de</strong> Vidro para Sistemas Retornável eDescartável. In: COLTRO, Le<strong>da</strong> (Org.) Avaliação <strong>do</strong> <strong>Ciclo</strong> <strong>de</strong> Vi<strong>da</strong> como Instrumento <strong>de</strong>Gestão. Campinas: CETEA/ITAL.LUSTOSA, M. C. J. (2009). Economia e meio ambiente: reven<strong>do</strong> <strong>de</strong>safios. Disponível em: acessa<strong>do</strong> em outubro/2009.MAY, P. H.; PEREIRA, A. S. (2003). Economia <strong>do</strong> aquecimento global. In: MAY, Peter H.;LUSTOSA, Maria C.; VINHA, Valéria. (Org.) Economia <strong>do</strong> meio ambiente: teoria e prática. Rio<strong>de</strong> Janeiro: Elsevier.MEADOWS, Dennis L. (Coord.) (1973). Limites <strong>do</strong> crescimento. São Paulo: Perspectiva.MRE. Ministério <strong>da</strong>s Relações Exteriores. (2011). Disponível em: acessa<strong>do</strong> emoutubro /2009.MDIC. (2009). Ministério <strong>do</strong> Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Disponível em:http://www.mdic.gov.br/sitio/interna /interna.php? area=2& menu= 999 acessa<strong>do</strong> emoutubro/2009.MORAES, M. A. F. D. <strong>de</strong>; SHIKIDA, P. F. A. (Org.) (2002). Agroindústria Canavieira noBrasil: Evolução, Desenvolvimento e Desafios. São Paulo: Editora Atlas.PORTAL Biodieselbr. (2011). Álcool combustível. Disponível em: acessa<strong>do</strong> em outubro/2009.ROMEIRO, A. R. (2010). Economia ou economia política <strong>da</strong> sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong>. In: MAY, PeterH.; LUSTOSA, Maria C.; VINHA, Valéria. (Org.) Economia <strong>do</strong> meio ambiente: teoria e prática.Rio <strong>de</strong> Janeiro: Elsevier.ROMEIRO, A. R.; REYDON, B. P.; LEONARDI, M. L. (Org.) Economia <strong>do</strong> meio ambiente:teoria, políticas e gestão <strong>de</strong> espaços regionais. Campinas: UNICAMP/IE, 2001.SHIKIDA, P. F. A. et al. (2007). Álcool combustível e biodiesel no Brasil: quo vadis? Revista<strong>de</strong> Economia e Sociologia Rural, Brasília, v.45, n.03. p.531-565, Jul./Set.___. (2008). Certificação socioambiental: oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s para o etanol brasileiro. Revista <strong>de</strong>Estu<strong>do</strong>s Sociais, Cuiabá, ano 10, v.20, n.2, p.18-43.___. (2009). Um estu<strong>do</strong> <strong>da</strong>s <strong>de</strong>liberações <strong>da</strong> câmara setorial <strong>do</strong> açúcar e <strong>do</strong> álcool usan<strong>do</strong>análise <strong>de</strong> correspondência. Revista <strong>de</strong> Economia e Sociologia Rural, Brasília, v.47 n.01p.183-210, Jan./Mar.SILVA, M. A. R. <strong>da</strong>. (2003). Economia <strong>do</strong>s recursos naturais. In: MAY, Peter H.; LUSTOSA,Maria C.; VINHA, Valéria. (Org.) Economia <strong>do</strong> meio ambiente: teoria e prática. Rio <strong>de</strong>Janeiro: Elsevier.“CLEANER PRODUCTION INITIATIVES AND CHALLENGES FOR A SUSTAINABLE WORLD”São Paulo – Brazil – May 18 th -20 th - 2011

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!