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A leitura de imagens de jogos eletrônicos por alunos do ... - anpap

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16° Encontro Nacional da Associação Nacional <strong>de</strong> Pesquisa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Artes PlásticasDinâmicas Epistemológicas em Artes Visuais – 24 a 28 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2007 – FlorianópolisA <strong>leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>imagens</strong> <strong>de</strong> <strong>jogos</strong> eletrônicos <strong>por</strong> <strong>alunos</strong> <strong>do</strong> Ensino MédioAraci Hack Catapan (UFSC)Débora da Rocha Gaspar (UFSC)Sandra Regina Ramalho e Oliveira (UDESC)Resumo:Este artigo apresenta a pesquisa <strong>de</strong>senvolvida para o Programa <strong>de</strong> Pós-Graduaçãoem Educação da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina, cuja temática situa-se noâmbito da <strong>leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>imagens</strong> <strong>de</strong> <strong>jogos</strong> eletrônicos <strong>por</strong> estudantes que estãoconcluin<strong>do</strong> a Educação Básica, ten<strong>do</strong> como referencial teórico uma abordagem <strong>de</strong><strong>leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>imagens</strong> <strong>de</strong>senvolvida a partir da semiótica discursiva.Palavras-chave: Leitura <strong>de</strong> Imagens, Jogos Eletrônicos, Ensino <strong>de</strong> Arte.Abstract:This article presents in a brief way the research <strong>de</strong>veloped in the Master in Education ofthe Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina. The main thematic is placed in the scopeof the reading of images of electronic games for stu<strong>de</strong>nts who are concluding basiceducation, having as theoretical reference a reading boarding of images <strong>de</strong>veloped fromthe visual semiotic.Keywords: Eletronic game; Reading of image; Arte class.A temática <strong>de</strong>sta investigação situa-se no plano da construção dasignificação, mais especificamente no âmbito da <strong>leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>imagens</strong> <strong>de</strong> <strong>jogos</strong>eletrônicos, mídias que fazem parte <strong>do</strong> cotidiano <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong>a<strong>do</strong>lescentes em ida<strong>de</strong> escolar. No entanto, tais <strong>jogos</strong> são pouco explora<strong>do</strong>snas disciplinas curriculares da Educação Básica, principalmente nas aulas <strong>de</strong>Artes Visuais, área <strong>de</strong> conhecimento que tem a imagem visual como principalobjeto <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>.Ao tomar como variável o jogo eletrônico vincula<strong>do</strong> ao merca<strong>do</strong> <strong>de</strong>games, e como participantes da pesquisa, estudantes que estão concluin<strong>do</strong> oEnsino Médio no Colégio <strong>de</strong> Aplicação da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> SantaCatarina, busca-se direcionar o olhar <strong>de</strong>sses jovens para as <strong>imagens</strong> <strong>de</strong> <strong>jogos</strong>eletrônicos, em uma situação distinta daquela habitual que eles têm na suavida cotidiana. Assim, ao interagir com os <strong>jogos</strong> e ao selecionar um recorte,screenshot 1 , esses estudantes conseguiriam realizar uma <strong>leitura</strong> <strong>de</strong> imagemutilizan<strong>do</strong> os conhecimentos específicos da linguagem visual 2 para alcançaremos efeitos <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>?Na busca <strong>de</strong> um referencial teórico a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> às questõeslevantadas, é necessário levar em conta as especificida<strong>de</strong>s da pesquisa que sepreten<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver. Logo, entre as inúmeras abordagens <strong>de</strong> <strong>leitura</strong> <strong>de</strong>781


16° Encontro Nacional da Associação Nacional <strong>de</strong> Pesquisa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Artes PlásticasDinâmicas Epistemológicas em Artes Visuais – 24 a 28 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2007 – Florianópolis<strong>imagens</strong>, na bibliografia disponível, selecionou-se uma que foi elaborada paraser aplicada na educação. Essa abordagem <strong>de</strong> <strong>leitura</strong> tem como marco teóricoa semiótica discursiva 3 e foi elaborada <strong>por</strong> Ramalho e Oliveira (1998),consistin<strong>do</strong>-se em uma proposta para penetrar na imagem que parte <strong>do</strong> textovisual como expressão para chegar aos efeitos <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>, possibilitan<strong>do</strong>, nocaso <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong>, uma coleta e análise <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s focada na própria imagem,no intuito <strong>de</strong> buscar informações necessárias para verificar como se dá a <strong>leitura</strong>das <strong>imagens</strong> <strong>do</strong>s games pelos estudantes.A pesquisa <strong>de</strong> campo foi realizada em duas etapas. Na primeiraaplicou-se um questionário para to<strong>do</strong>s os <strong>alunos</strong> <strong>do</strong> terceiro ano <strong>do</strong> EnsinoMédio <strong>do</strong> Colégio <strong>de</strong> Aplicação da UFSC, campo da investigação. Na segundaetapa foram realizadas entrevistas em uma lan house com os estudantes queafirmaram no questionário fazerem screenshots. Este artigo apresenta osresulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ste segun<strong>do</strong> momento da pesquisa.As entrevistas realizadas com os estudantes na lan house seconstituíram em conversas individuais, filmadas e gravadas para posteriortranscrição. Formulou-se um roteiro <strong>de</strong> perguntas e ações que conduziram aentrevista. Como menciona<strong>do</strong> anteriormente, como referencial teórico para aelaboração <strong>de</strong>ste roteiro optou-se pelo estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Ramalho e Oliveira, em que aabordagem da <strong>leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>imagens</strong> compreen<strong>de</strong> os seguintes passos: 1) umolhar geral para a imagem; 2) Reconhecer a estrutura básica da imagem; 3)Construir o esquema visual da imagem; 4) I<strong>de</strong>ntificar os elementos constitutivosda linguagem visual presentes na imagem; 5) I<strong>de</strong>ntificar os procedimentosrelacionais presentes na imagem; 6) Chegar aos efeitos <strong>de</strong> senti<strong>do</strong> da imagem.Deste mo<strong>do</strong>, a entrevista partiu <strong>do</strong> seguinte roteiro: Um olhar geralpara a imagem (a) Antes <strong>de</strong> iniciar o jogo, <strong>de</strong>ve-se pedir ao aluno(a) que aolongo da partida selecionar uma cena para “fotografar”, um screenshot; b)Enquanto joga <strong>de</strong>ixar o aluno falar livremente sobre o jogo e suas <strong>imagens</strong>; c)Após, terminada a partida, olhar o screenshot (fotografia da cena selecionadadurante o jogo) e perguntar o motivo <strong>de</strong> ter seleciona<strong>do</strong> essa imagem; d)Instigar o aluno a comentar livremente acerca da imagem selecionada);Estrutura básica da imagem (você i<strong>de</strong>ntifica linhas ou formas que po<strong>de</strong>m nãoestar evi<strong>de</strong>ntes, mas que formam a estrutura básica <strong>de</strong>ssa imagem?);782


16° Encontro Nacional da Associação Nacional <strong>de</strong> Pesquisa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Artes PlásticasDinâmicas Epistemológicas em Artes Visuais – 24 a 28 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2007 – FlorianópolisEsquema Visual (abrir o screenshot seleciona<strong>do</strong> pelo aluno em um programa<strong>de</strong> edição <strong>de</strong> imagem para ele retirar da imagem as linhas principais que acompõe.); Elementos constitutivos da linguagem visual (Quais são oselementos da linguagem visual (ponto, linha, textura, dimensão, cor, volume,...) que compõem essa imagem? Conduzir a conversa fazen<strong>do</strong> com que oaluno aponte na imagem on<strong>de</strong> se encontram os elementos e <strong>de</strong> que maneiraestão sen<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong>s); Procedimentos relacionais (Como os elementos quecompõem essa imagem estão articula<strong>do</strong>s? Você observa ritmo, contraste,simetria, equilíbrio... ? Conduzir a conversa fazen<strong>do</strong> com que o aluno apontena imagem on<strong>de</strong> se encontram os elementos e <strong>de</strong> que maneira estão sen<strong>do</strong>utiliza<strong>do</strong>s); Efeitos <strong>de</strong> senti<strong>do</strong> ou significação (agora que você já faloubastante <strong>de</strong>ssa imagem, o que ela está dizen<strong>do</strong>? O que significa essaimagem?)Os da<strong>do</strong>s foram organiza<strong>do</strong>s em um quadro conten<strong>do</strong> os itens <strong>do</strong>roteiro da entrevista, os nomes fictícios <strong>do</strong>s estudantes e a transcrição dasrespostas <strong>de</strong> cada estudante. Para manter o sigilo da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>do</strong>sestudantes foram selecionadas, aleatoriamente, cores para i<strong>de</strong>ntificá-los:Vermelho, Azul, Ver<strong>de</strong> e Roxo.Um olhar geral para a imagemNo primeiro momento, os estudantes jogaram sem qualquerinterferência, eles conversavam entre si, haven<strong>do</strong> uma interação entre eles<strong>de</strong>svelada na ajuda mútua e no olhar da tela. Três estudantes jogaram juntos,um jogo online, como se encontravam no mesmo ambiente virtual seusavatares lutavam um contra o outro ou mesmo juntos contra monstros e outrascriaturas. Num <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> momento, <strong>do</strong>is <strong>alunos</strong> conversavam e um disseque estava com pouca <strong>por</strong>ção <strong>de</strong> vida, então o outro se prontificou a se <strong>de</strong>ixarabater pelo avatar <strong>do</strong> colega para que ele conseguir mais vidas, assim oambiente <strong>de</strong> duelos se transformou também em um espaço colaborativo.A primeira questão que foi pontuada na entrevista referiu-se aseleção <strong>do</strong> jogo. Vermelho, optou <strong>por</strong> jogar Tíbia, pois é o game que vemjogan<strong>do</strong> ultimamente, costuma jogá-lo com seu irmão. Ver<strong>de</strong> e Roxoselecionaram MU influencia<strong>do</strong>s <strong>por</strong> Azul. Ambos os <strong>jogos</strong> seleciona<strong>do</strong>s <strong>por</strong>783


16° Encontro Nacional da Associação Nacional <strong>de</strong> Pesquisa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Artes PlásticasDinâmicas Epistemológicas em Artes Visuais – 24 a 28 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2007 – Florianópoliseles é um MMORPG (Massive Multiplayer Online Role-Playing Game), é umjogo eletrônico que permite milhares <strong>de</strong> joga<strong>do</strong>res criarem personagens econviverem em um mun<strong>do</strong> virtual dinâmico via Internet.Acerca da escolha da imagem Vermelho comenta que estavamatan<strong>do</strong> <strong>do</strong>is monstros ao mesmo tempo, mas afirmou que “era para ter saí<strong>do</strong>o foguinho que tava sain<strong>do</strong> <strong>de</strong> mim, mas não saiu (risos) não sei <strong>por</strong>quê”. Emsua afirmação sobre a escolha da imagem Vermelho fez seu screenshotachan<strong>do</strong> que iria aparecer a cena <strong>de</strong> seu êxito quan<strong>do</strong> matou ao mesmo tempo<strong>do</strong>is monstros, feito que possui alto grau <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>, mas a cena registradanão retrata tal façanha. Vermelho, diferente <strong>de</strong> seus colegas, fez uma únicaimagem, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer screenshot no jogo que selecionou.As <strong>imagens</strong> que Azul, Ver<strong>de</strong> e Roxo selecionaram apresentam omesmo efeito <strong>de</strong> ataque, em forma <strong>de</strong> estrela amarela brilhante no chão, noentanto Azul justifica sua escolha pelo contraste <strong>de</strong>ste efeito com seupersonagem e <strong>por</strong> estar lutan<strong>do</strong> com Ver<strong>de</strong>, este <strong>por</strong> sua vez justifica a escolhapela composição da imagem, personagem centraliza<strong>do</strong> e noção <strong>de</strong> movimentoe Roxo <strong>por</strong> aparecem os avatares <strong>do</strong>s três estudantes, to<strong>do</strong>s lutan<strong>do</strong> contra omesmo inimigo, além <strong>de</strong> <strong>do</strong>is ataques que geram efeitos visuais distintos.Estrutura BásicaPara Vermelho a estrutura básica <strong>de</strong> sua imagem seria “o contorno”,esse contorno <strong>do</strong> qual Vermelho <strong>de</strong> refere seriam as linhas que remetem a ummuro que emoldura a imagem.Azul <strong>de</strong>screve o que seria a estrutura básica <strong>de</strong> seu trabalho assim:Deixa eu ver... uma linha pro personagem aqui, uma linha para a estrela aquiassim, uma estrela mais ou menos aqui pra fazer o ataque <strong>de</strong>le e as linhashorizontais aqui pro cenário. Segun<strong>do</strong> Ver<strong>de</strong> a estrutura básica <strong>de</strong> sua imagem“seriam os personagens, se tu for ver, to<strong>do</strong>s eles po<strong>de</strong>riam estar numa linhavertical. Esse mais atrás... esse...”. Já Roxo consi<strong>de</strong>ra que sua estrutura básicaafirma que “não seria o contorno mas sim o brilho... o que tu vê assim, neh!”Elementos constitutivos da linguagem visualAntes <strong>de</strong> iniciarem a <strong>leitura</strong> foi solicita<strong>do</strong> que realizassem o esquemavisual <strong>do</strong>s screenshots, to<strong>do</strong>s usaram o programa “Paint” para fazê-lo. Destaforma, antes mesmo <strong>de</strong> iniciar a <strong>leitura</strong>, enquanto fazem o esquema, os784


16° Encontro Nacional da Associação Nacional <strong>de</strong> Pesquisa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Artes PlásticasDinâmicas Epistemológicas em Artes Visuais – 24 a 28 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2007 – Florianópolisestudantes tiveram a o<strong>por</strong>tunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se aterem mais aos <strong>de</strong>talhes nomomento <strong>de</strong> salientar suas linhas.Vermelho foi o primeiro a fazê-lo, optou <strong>por</strong> utilizar inúmeras corespara representar cada objeto ou personagem. Quan<strong>do</strong> questiona<strong>do</strong> sobre oselementos constitutivos presentes em sua imagem Vermelho diz: A linha daespada ela é um pouco mais grossa. Essa aqui, <strong>por</strong> exemplo, ela é maisclarinha. Vermelho não i<strong>de</strong>ntifica que o mo<strong>do</strong> como a linha é usada po<strong>de</strong> gerartextura. Porém ao se referir ao gráfico atual <strong>do</strong> game em relação ao anterior,Vermelho afirma que a textura foi melhorada, alteran<strong>do</strong> a presentificação <strong>do</strong>que seria grama e pedra. Como consegue i<strong>de</strong>ntificar o senti<strong>do</strong> que a textura serefere, Vermelho afirma que o jogo não é “tão pobre assim” em relação a esseelemento.Olhan<strong>do</strong> para seu esquema visual, Azul é questiona<strong>do</strong> acerca <strong>do</strong>selementos constitutivos da linguagem visual. O elemento ressalta<strong>do</strong> <strong>por</strong> Azul éa cor, mais especificamente as diferenças <strong>de</strong> tons, ou segun<strong>do</strong> ele, o contraste<strong>de</strong> cor. Pois para Azul não existe uma linha <strong>de</strong> contorno e sim a diferença <strong>de</strong>cor entre o laranja <strong>do</strong> ataque e o ver<strong>de</strong> da vegetação.Diante <strong>de</strong> seu esquema visual Ver<strong>de</strong> foi pergunta<strong>do</strong> quais tipos <strong>de</strong>linhas ele i<strong>de</strong>ntificava, Ver<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>ra que as “curvas po<strong>de</strong>riam ser a estradaque varia um pouco. As retas po<strong>de</strong>riam ser os personagens, como eu tinhafala<strong>do</strong> e outras retas horizontais po<strong>de</strong>riam ser a barra que tem embaixo e...”Ver<strong>de</strong> <strong>de</strong>screve com mais <strong>de</strong>talhes a imagem, observa-se que ele percebe quea textura po<strong>de</strong> ser formada <strong>por</strong> linhas e diferença <strong>de</strong> tons, ressalta a noção <strong>de</strong>perspectiva, citan<strong>do</strong> inclusive sua especificação, isométrica. Comenta sobre asformas e ressalta que to<strong>do</strong>s esses recursos são utiliza<strong>do</strong>s para dar a “idéia <strong>de</strong>dimensionalida<strong>de</strong>”, ou seja, <strong>de</strong> tridimensionalida<strong>de</strong>.Roxo vai respon<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a partir <strong>do</strong>s exemplos que são da<strong>do</strong>s napergunta, ele reafirma o que se acabou <strong>de</strong> mencionar. Não parece tersegurança em suas afirmações.Vermelho, Azul e Ver<strong>de</strong> não <strong>de</strong>monstraram dificulda<strong>de</strong> emi<strong>de</strong>ntificarem os elementos constitutivos. Mas é Ver<strong>de</strong> que apresenta uma<strong>de</strong>scrição mais consistente <strong>do</strong>s elementos na imagem selecionada. Enquanto785


16° Encontro Nacional da Associação Nacional <strong>de</strong> Pesquisa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Artes PlásticasDinâmicas Epistemológicas em Artes Visuais – 24 a 28 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2007 – Florianópolisque Roxo apresenta mais dificulda<strong>de</strong> em i<strong>de</strong>ntificá-los e suas respostas nãoapresentam consistência na compreensão <strong>de</strong>sses elementos.Procedimentos RelacionaisVermelho quan<strong>do</strong> questiona<strong>do</strong> sobre os procedimentos relacionaispergunta se seria para falar apenas da cena <strong>do</strong> jogo ou da borda também,então é orienta<strong>do</strong> a falar <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> o que vê. Em sua fala fica perceptível queVermelho analisa a construção da imagem, mas inicialmente emitiu juízo <strong>de</strong>valor, “(...) é bom, <strong>por</strong>que (...)” , todavia não lhe foi pergunta<strong>do</strong> se os recursosvisuais foram utiliza<strong>do</strong>s <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> bom ou ruim. Vermelho acrescenta que euacredito que tem uma harmonia nas cores, na hora que eu vejo nada me dói oolho, digamos assim neh! Pô<strong>de</strong>-se observar nas palavras <strong>de</strong> Vermelho queeste consegue fazer mais articulações <strong>do</strong> que quan<strong>do</strong> foi questiona<strong>do</strong> sobre oselementos.Azul ressalta a simetria das armaduras e também <strong>do</strong> ataque: é opróprio ataque, aqui assim ele é simétrico, to<strong>do</strong>s os negócios são iguais sómuda a posição aqui, aqui também é igual. Volta a falar <strong>do</strong> contraste <strong>de</strong> cores.Ver<strong>de</strong> <strong>de</strong>staca o movimento <strong>de</strong> seu screenshot, como se po<strong>de</strong>perceber em suas palavras:“Ah, acho que... o personagem que parece que ta cain<strong>do</strong>, omovimento <strong>de</strong>le dá a impressão <strong>de</strong> ele ta dan<strong>do</strong> uma espécie, talvez,<strong>de</strong> soco no chão. E isso dá uma noção <strong>de</strong> movimento. Ainda mais,<strong>por</strong>que ele tem meio que um rosto <strong>de</strong> fogo <strong>por</strong> cima <strong>de</strong>le. Dá a idéiaque ele já esteve ali, já esteve naquela posição, agora ele ta emoutra. E a estrela embaixo daria mais uma idéia <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino, pra on<strong>de</strong>ele iria. Talvez, a direção <strong>de</strong>le mostra pra on<strong>de</strong> seria essemovimento. Esse aqui mostra que ele ta vira<strong>do</strong> pra direita, entãoesse seria o senti<strong>do</strong> <strong>de</strong>le”.Ver<strong>de</strong> não faz afirmações fechadas, utiliza palavras como: “parece;“dá a impressão <strong>de</strong>”; “uma espécie <strong>de</strong> “; “dá uma noção <strong>de</strong>”; “dá a idéia <strong>de</strong>”. Emto<strong>do</strong> seu discurso ele justifica a noção <strong>de</strong> movimento que ele ressaltou,<strong>de</strong>screve as coisas que dão esse senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> movimento.Roxo <strong>de</strong>monstra não ter compreendi<strong>do</strong> o que são os procedimentosrelacionais, primeiro pergunta se é para falar da linha da imagem, então voltoua chamar atenção para simetria, para ver se ele iria se <strong>de</strong>spren<strong>de</strong>r da linha. Elediz que não havia repara<strong>do</strong> e <strong>de</strong>pois diz que sim, que às vezes ela é simétrica,esse “ela” se refere à linha. Depois muda o eixo da conversa para as786


16° Encontro Nacional da Associação Nacional <strong>de</strong> Pesquisa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Artes PlásticasDinâmicas Epistemológicas em Artes Visuais – 24 a 28 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2007 – Florianópolisconfigurações <strong>do</strong> computa<strong>do</strong>r. Roxo não consegue visualizar na imagem osprocedimentos quan<strong>do</strong> questiona<strong>do</strong>.Efeitos <strong>de</strong> Senti<strong>do</strong> ou significaçãoO último questionamento da entrevista foi sobre o significa<strong>do</strong> daimagem. Vermelho quan<strong>do</strong> questiona<strong>do</strong> afirma: Ô! Eu estou morren<strong>do</strong>. (risos).Então, perguntou-se o <strong>por</strong>quê ele afirmava que estava morren<strong>do</strong>, sua respostafoi: Por quê? Porque eu estou toman<strong>do</strong> “hit”. Como não se sabia o que seriaum “hit”, foi pedi<strong>do</strong> que explicasse o que seria: Hit é <strong>por</strong>rada. (risos) Eu estoutoman<strong>do</strong> hit <strong>de</strong> <strong>do</strong>is monstros ao mesmo tempo, isso na verda<strong>de</strong> é uma coisaruim, neh! Questionou-se, ainda, o que na imagem indicava que Vermelhoestaria morren<strong>do</strong>, se seria a posição <strong>do</strong>s bonecos.Quan<strong>do</strong> questiona<strong>do</strong> sobre o senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> seu screenshot Azul quissaber se seria para falar usan<strong>do</strong> seus conhecimentos sobre o jogo ou como senão conhecesse, então foi pedi<strong>do</strong> que ele falasse <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is mo<strong>do</strong>s. Osignifica<strong>do</strong> da imagem para Azul é o ataque, percebe que os recursos visuaisindicariam esse senti<strong>do</strong> mesmo que ele não conhecesse o jogo e <strong>de</strong>poisacrescenta que pela forma <strong>de</strong> presentificação <strong>do</strong> ataque ele sabe quem o fez,pois o ataque <strong>de</strong> seu personagem tem outra forma, racha o chão.Para Ver<strong>de</strong> o significa<strong>do</strong> se sua imagem é luta, um personagemcontra o outro. Justifica tal senti<strong>do</strong> das indicações fornecidas pelo jogo e <strong>por</strong>meio <strong>do</strong> movimento e posição <strong>do</strong>s personagens.Ação foi o significa<strong>do</strong> atribuí<strong>do</strong> <strong>por</strong> Roxo a seu screenshot. Então,perguntou-se o que na imagem lhe dizia que era ação, Roxo respon<strong>de</strong>u:Acho que é a pose <strong>de</strong> batalha, também... aqui eu salto pra atacar obicho... em volta, aqui, <strong>de</strong>le, <strong>por</strong> exemplo: eu atacan<strong>do</strong> ele com fogoe ele espisotean<strong>do</strong>, não sei, acho que é. Dá uma imagem bem <strong>de</strong>ação. Assim <strong>de</strong> luta.A divisão da análise em itens aju<strong>do</strong>u a compreen<strong>de</strong>r como cada um<strong>do</strong>s participantes reagiu em relação aos questionamentos, ao longo daentrevista verificou-se que o <strong>do</strong>mínio sobre os elementos constitutivos eprocedimentos relacionais Vermelho, Azul e Ver<strong>de</strong> conseguiram fazercomentários com mais facilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> que Roxo, que em muitos momentosrepetia o que se dava como exemplo, não conseguia justificar ou apresentava787


16° Encontro Nacional da Associação Nacional <strong>de</strong> Pesquisa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Artes PlásticasDinâmicas Epistemológicas em Artes Visuais – 24 a 28 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2007 – Florianópolisargüições pouco significativas. Convém lembrar que Roxo não teve a mesmaformação na área <strong>de</strong> Arte que os <strong>de</strong>mais, pois iniciou seus estu<strong>do</strong>s no Colégio<strong>de</strong> Aplicação somente no Ensino Médio. Po<strong>de</strong>-se dizer que Vermelho e Azultiveram o mesmo nível <strong>de</strong> argumentação, citaram alguns elementos eprocedimentos, sem se <strong>de</strong>stacarem nas argumentações. Entretanto Ver<strong>de</strong> foi oque construiu argüições mais consistentes acerca <strong>do</strong> plano <strong>de</strong> expressão. Noplano <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s indicaram um único senti<strong>do</strong> à imagem selecionada, oque estava explícito na imagem.Quan<strong>do</strong> se observou os estudantes jogan<strong>do</strong> na lan house o MU,pô<strong>de</strong>-se perceber que aquele ambiente virtual <strong>de</strong> fantasia e lutas, se mostratambém um espaço colaborativo, em que eles se <strong>de</strong>ixam morrer para ajudar oamigo e que o ato <strong>de</strong> “matar” se distância <strong>do</strong> conceito que se tem na“realida<strong>de</strong>”, não é exterminar, pois no jogo eles possuem muitas <strong>por</strong>ções <strong>de</strong>vida. Tal observação vem ao encontro das conclusões da pesquisa <strong>de</strong> Alves(2005), que apoiada nos estu<strong>do</strong>s da psicanálise, analisa a influência <strong>do</strong>s <strong>jogos</strong>eletrônicos e as possíveis implicações em com<strong>por</strong>tamentos violentos,consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>, então, que o jogo eletrônico é um espaço <strong>de</strong> catarse.De acor<strong>do</strong> com as entrevistas, po<strong>de</strong>-se concluir que Ver<strong>de</strong><strong>de</strong>monstra ter mais <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong>s conhecimentos estéticos específicos dalinguagem visual que Azul e Vermelho, que <strong>de</strong>monstraram pouco conhecer, jáRoxo conhece pouquíssimo. Todavia, to<strong>do</strong>s chegam aos efeitos <strong>de</strong> senti<strong>do</strong> daimagem, eles foram diretos e pontuais na significação: Vermelho diz que estámorren<strong>do</strong>, Azul, Ver<strong>de</strong> e Roxo que é luta. Mas só fazem relação <strong>do</strong> significa<strong>do</strong>atribuí<strong>do</strong> <strong>por</strong> eles com a composição da imagem quan<strong>do</strong> questiona<strong>do</strong>s, isso<strong>de</strong>monstra a dificulda<strong>de</strong> <strong>do</strong>s estudantes em realizar a tradução da linguagemvisual para a verbal, apresentam, então, <strong>leitura</strong>s superficiais, com visõesaceleradas que po<strong>de</strong>m levar a manipulação.Convém lembrar que Ver<strong>de</strong>, Azul e Vermelho estudaram no EnsinoFundamental no Colégio <strong>de</strong> Aplicação, em seus respostas percebe-se que elesjá ouviram falar nos elementos constitutivos e procedimentos relacionais, nãocom essa nomenclatura, o que confirma como esta unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino<strong>de</strong>senvolve um trabalho diferencia<strong>do</strong> na área <strong>de</strong> Artes, se <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong> narealida<strong>de</strong> brasileira, presentificada aqui <strong>por</strong> Roxo que veio <strong>de</strong> uma instituição788


16° Encontro Nacional da Associação Nacional <strong>de</strong> Pesquisa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Artes PlásticasDinâmicas Epistemológicas em Artes Visuais – 24 a 28 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2007 – Florianópolis<strong>de</strong> outro esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> país e quase nada sabe sobre os conhecimentos estéticosespecíficos da linguagem visual.A preocupação com a <strong>leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>imagens</strong> no Brasil, está presente<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a década <strong>de</strong> 1980, quan<strong>do</strong> Ana Mae Barbosa divulga sua então“meto<strong>do</strong>logia triangular”. Porém, pô<strong>de</strong>-se perceber que os estudantes<strong>de</strong>monstraram dificulda<strong>de</strong>s em utilizar os conhecimentos específicos dalinguagem visual no ato <strong>de</strong> ler, ou seja, não relacionam esses conhecimentoscom os efeitos <strong>de</strong> senti<strong>do</strong> das <strong>imagens</strong>. Nesta verificação, percebe-se, aefetivação da preocupação apontada <strong>por</strong> Ramalho e Oliveira, em fornecersubsídios mínimos para a formação <strong>de</strong> leitores críticos <strong>de</strong> <strong>imagens</strong>.Abordagens <strong>de</strong> <strong>leitura</strong> <strong>de</strong> <strong>imagens</strong> para o ensino <strong>de</strong> Arte vêm sen<strong>do</strong><strong>de</strong>senvolvidas no Brasil, como apresenta<strong>do</strong> no terceiro capítulo <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong>,mas o que se percebe é que essas propostas não fazem parte da formação<strong>do</strong>s estudantes na Educação Básica. Então, aponta-se para um outroquestionamento: como articular esses estu<strong>do</strong>s na prática pedagógica?Os <strong>jogos</strong> eletrônicos e as <strong>de</strong>mais <strong>imagens</strong> em movimento fazemparte <strong>do</strong> cotidiano <strong>de</strong>sses estudantes em ida<strong>de</strong> escolar, mas a escola não osprepara como leitores nem para as <strong>imagens</strong> fixas, nem para as em movimentoe muito menos para <strong>imagens</strong> digitais. Viu-se que os estudantes têm <strong>do</strong>mínio <strong>do</strong>computa<strong>do</strong>r e <strong>de</strong> seus recursos, assim a educação no contexto da ciberculturanão se encontra apenas no âmbito <strong>do</strong> uso das tecnologias, mas, como ressaltaRamal (2002), em acompanhar a mutação <strong>do</strong>s processos comunicacionais ecognitivos que questionam as formas institucionais e culturais <strong>do</strong>s sistemaseducacionais tradicionais.Portanto, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que a aprendizagem se dá no espaçotem<strong>por</strong>al<strong>de</strong> interação, conforme Catapan (2001), o gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio parapesquisa<strong>do</strong>res na área <strong>de</strong> Ensino <strong>de</strong> Arte, é entrar no jogo da formação <strong>de</strong>leitores <strong>de</strong> <strong>imagens</strong> digitais. Mas quais armas usar, quais característicasnossos heróis <strong>de</strong>vem ter? Para solucionar este <strong>de</strong>safio o jogo <strong>de</strong>ve ser umMMORPG, em que to<strong>do</strong>s os joga<strong>do</strong>res estejam conecta<strong>do</strong>s, trazen<strong>do</strong> múltiplosrecursos para vencer cada duelo.1 Screenshots são as “fotografias” que o joga<strong>do</strong>r po<strong>de</strong> tirar durante a partida. Alguns <strong>jogos</strong> além <strong>do</strong>screenshot apresentam a possibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> joga<strong>do</strong>r guardar toda a partida em ví<strong>de</strong>o para apreciar seu<strong>de</strong>sempenho após finalizar.789


16° Encontro Nacional da Associação Nacional <strong>de</strong> Pesquisa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Artes PlásticasDinâmicas Epistemológicas em Artes Visuais – 24 a 28 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2007 – Florianópolis2 Os conhecimentos específicos da linguagem visual são seus elementos constitutivos (ponto, linha,plano, textura, cor, dimensão, ...) e seus procedimentos relacionais (ritmo, contraste, harmonia, ...)3 Semiótica Greimasiana refere-se aos estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s <strong>por</strong> Algirdas Julien Greimas e seussegui<strong>do</strong>res, visan<strong>do</strong> a busca <strong>de</strong> efeitos <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>s em textos verbais e não verbais.Bibliografia:ALVES, Lynn. Over Game: <strong>jogos</strong> eletrônicos e violência. São Paulo: Futura, 2005.BARBOSA, Ana Mae Tavares Bastos. A imagem no ensino da arte: anos oitenta enovos tempos. São Paulo: Perspectiva,1991.CATAPAN, Araci Hack. Tertium: o novo mo<strong>do</strong> <strong>do</strong> ser, <strong>do</strong> saber e <strong>do</strong> apren<strong>de</strong>r(construin<strong>do</strong> uma taxionomia para medição pedagógica em tecnologia <strong>de</strong>comunicação digital). Tese (Doutora<strong>do</strong> em Engenharia <strong>de</strong> Produção) – Universida<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina, Florianópolis, 2001.RAMAL, Andréa Cecília. Educação na cibercultura: hipertextualida<strong>de</strong>, <strong>leitura</strong>,escrita e aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2002.RAMALHO E OLIVEIRA. Leitura <strong>de</strong> Imagens: uma busca <strong>de</strong> rizomas significantes. In:ENCONTRO NACIONAL DOS PESQUISADORES EM ARTES PLÁSTICAS, 14.,2005, Goiânia. Cultura Visual e <strong>de</strong>safios da pesquisa em artes. Goiânia, FAV/UFG,2005, p. 430-439.___________________. Imagem também se lê. São Paulo: Rosari, 2006.___________________. Leitura <strong>de</strong> <strong>imagens</strong> para a Educação. 1998. Tese(Doutora<strong>do</strong> em Comunicação e Semiótica) – Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica, SãoPaulo, 1998.Araci Hack CatapanDoutora em Engenharia <strong>de</strong> Produção pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> SantaCatarina (2001). Mestre em Educação pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> SantaCatarina (1993) e Professora da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina.Débora da Rocha GasparMestranda <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Educação da UFSC.Especialista em Ensino <strong>de</strong> Artes Visuais (2004). Graduada em Artes Plásticaspela UDESC (2002).Sandra Regina Ramalho e OliveiraDoutora em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong>São Paulo/PUCSP (1998). Fez pós-<strong>do</strong>utoramento na França na área <strong>de</strong>Semiótica Visual, sob a direção <strong>de</strong> Andrea Semprini (2002). Pesquisa<strong>do</strong>ra eprofessora <strong>de</strong> Ensino Superior da Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> SantaCatarina/UDESC e no Programa <strong>de</strong> Mestra<strong>do</strong> em Artes Visuais. Atualmente é apresi<strong>de</strong>nte da ANPAP/Associação Nacional <strong>de</strong> Pesquisa<strong>do</strong>res em ArtesPlásticas (gestão 2007-2008).790

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