Núm. 31: 169-197Marzo 2011manejo consciente. As plantas coletadasenglobam as nativas representando 83% dasespécies utilizadas na região e as espontânes,ou seja, as que nascem e crescem sem interferênciahumana nesse ambiente natural.Assim, nas matas de galeria a equivalênciadas categorias de uso medicinal e alimentíciademonstra a diversidade vegetal do ambientee a conseqüente diversidade culturalna utilização das plantas locais. Quanto aovalor de uso das espécies nativas destacamse:Copaifera langsdorffi i Desf (copaíba),Diptychandra aurantiaca Tul. (carvão vermelho),Cariniana rubra Gardner. ex. Miers(jequitibá), Tabebuia aurea (M.) Benth &Hook (paratudo), Acosmium subelegans(Mohl.) Yak. (quina genciana), Aspidospermapolyneuron Muell. Arg. (guatambu),Tabebuia ochracea Standl. (ipê-amarelo),Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo (ipêroxo),Croton salutaris Muell. Arg. (sangrad’água), Myracroduon urundeuva (Fr.All.)Engl. (aroeira), Orbignya oleifera Burret.(babaçu), Hymenaea stigonocarpa Mart.ex. Hayne (jatobá), Lafoensia pacari St.Hil. (mangava-brava), Bactris glaucescensDrude (tucum), entre outros. Destaque paraas famílias Mimosaceae, Bignoniaceae,Caesalpiniaceae, Fabaceae e Sapindaceae. Acomunidade de Conceição-Açu concebe osrecursos vegetais dentro de um significadomuito amplo de utilidade apresentando umadependência dos recursos localmente disponíveis,especialmente de plantas medicinaisna mata de galeria e alimentar nas roçase quintais. Os usos dos recursos vegetaisdescritos na mata de galeria revelam umexpressivo aproveitamento em relação àsfunções de coleta, demonstrando uma preocupaçãocom a manutenção das potencialidadesvegetais contribuindo, dessa forma,para a conservação da biodiversidade nosecossistemas naturais.AGRA<strong>DE</strong>CIMENTOSAo Grupo de Pesquisas da Flora, Vegetaçãoe Etnobotânica – FLOVET da UniversidadeFederal de Mato Grosso, em especial Prof.Dr. Germano Guarim Neto. Aos moradoresde Conceição-Açu pela disponibilidade ecarinho. Às Profas. Dra. Carmen EugeniaRodríguez Ortíz, pelo resumen e MarceleLazzari, pelo Abstract.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASAlmeida, C.F.C.B.R. & Albuquerque, U.P.,2002. “Uso e conservação de plantase animais medicinais no Estado dePernambuco (Nordeste do Brasil): umestudo de caso”. Interciência, 27(6):276-285.Albuquerque, U.P. & Andrade, L.H.C.,2002. “Uso de recursos vegetais dacaatinga: o caso do Agreste do Estadode Pernambuco (Nordeste do Brasil)”.Interciência, 27(7): 336-346., 2002a. “Conhecimento botânicotradicional e conservação em uma áreade caatinga no Estado de Pernambuco,Nordeste do Brasil”. Acta BotanicaBrasilica, 16(3): 273-285.Albuquerque, U.P.; Lucena, R.F.P.; Cunha,L.V.F.C (org.), 2008. Métodos e técnicasna pesquisa etnobotânica. Recife,Comunigraf Editora/ NUPEEA,Recife-PE.Albuquerque, U.P. & Lucena, R.F.P., 2005.“Can apparency affect the use of plantsby local people in Tropical Forests?”Interciencia, 30(8): 506-511.194
Pasa, M.C.: Abordagem etnobotânica na comunidade de Conceição-açu. Mato Grosso, BrasilAlexíades, M., 1996. Selected guidelinesfor ethnobotanical research: a fi eldmanual. New York. The New YorkBotanical Garden.Amorozo, M.C.M., 2000. “Managementand conservation of Manihot esculentaCrantz. germ. plasm by tradicionalfarmers in Santo Antonio do Leverger,Mato Grosso State, Brazil”. Etnoecologica,4(6): 69-83.Amorozo, M.C. de M. & Gely, A., 1988.“Uso de plantas medicinais por caboclosdo Baixo Amazonas. Barcarena,PA, Brasil”. Bol. Mus. Para, EmílioGoeldi. Sér. Bot., 4: 47-131.Begossi, A., 2001. “Espaços e recursosnaturais de uso comum”. In: Resiliênciae populações neotradicionais: oscaiçaras (Mata Atlântica) e os caboclos(Amazônia, Brasil). São Paulo.NUPAUB, USP, Pp. 205-231.Berg, M.E. van den, 1980. “Contribuiçãoà flora medicinal do estado do MatoGrosso. In: Simpósio de Plantas Medicinaisdo Brasil”. Supl. Ciência eCultura, 33: 163-17.Bertsch, C.; Vogl, R.C.; Da Silva, J.C., 2005.“Ethnoveterinary medicine for cattleand horses in the northern PantanalMato-grossense, Brazil”. P. 233. In:Anais do IV International Congressof Ethnobotany. Ege Yayinlari: Istambul.Borba, A.M. & Macedo, M., 2006. “Plantasmedicinais usadas para a saúde bucalpela comunidade do Bairro Santa Cruz.Chapada dos Guimarães, Mato Grosso.Brasil”. Acta Botânica Brasílica,20(4): 771-782.Bortolotto, I.M. & Amorozo, M.C.M.,2004. “Etnobotânica na comunidadedo amolar, Corumbá, MS”. In: Anaisdo IV Simpósio sobre Recursos Naturaise Sócio-econômicos do Pantanal.Embrapa: Corumbá.Caballero, J., 1994. “La dimension culturellede la diversité végétale au Mexique”.Journal d’ Agriculture Traditionel et deBotanique Appliqué, 36: 145-158., 1979. “La Etnobotânica”. In:Barrera a. (ed.). La Etnobotânica: trespuntos de vista y uma perspectiva.Xalapa.INIREB. Pp. 27-30 .Candido, A., 1964. Os parceiros do RioBonito estudo sobre o caipira paulistae a transformacao dos seus meios devida. Rio de Janeiro: Jose OlympioEditora, 239 pp.Cronquist, A., 1988. The Evolution andClassifi cation of Flowering Plants 2nded., The New York Botanical Garden,New York. 555 pp.Ferraz, J.S.F.; Albuquerque, U.P. de. &Meunier, I.M.J., 2006. “Valor de usoe estrutura da vegetação lenhosa àsmargens do riacho do Navio, Floresta,PE, Brasil”., Acta Bot. Bras., 20(1):258-306.Galeano, G., 2000. “Forest use at the PacificCoast of Chocó, Colômbia: a quantitativeapproach”. Economic Botany,54(3): 358-376.195
- Page 2 and 3: Núm. 31: 169-197Marzo 2011species
- Page 4 and 5: Núm. 31: 169-197Marzo 2011Açu, af
- Page 7 and 8: NspiPasa, M.C.: Abordagem etnobotâ
- Page 9 and 10: Pasa, M.C.: Abordagem etnobotânica
- Page 11 and 12: Pasa, M.C.: Abordagem etnobotânica
- Page 13 and 14: Tabela 2. Conclusión.Pasa, M.C.: A
- Page 15 and 16: Pasa, M.C.: Abordagem etnobotânica
- Page 17 and 18: Pasa, M.C.: Abordagem etnobotânica
- Page 19 and 20: Pasa, M.C.: Abordagem etnobotânica
- Page 21 and 22: Tabela 4. Continuación.Pasa, M.C.:
- Page 23 and 24: Pasa, M.C.: Abordagem etnobotânica
- Page 25: Pasa, M.C.: Abordagem etnobotânica
- Page 29: Pasa, M.C.: Abordagem etnobotânica