11.07.2015 Views

Avaliação microscópica e bioquímica da resposta celular a enxertos ...

Avaliação microscópica e bioquímica da resposta celular a enxertos ...

Avaliação microscópica e bioquímica da resposta celular a enxertos ...

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

2SICCA, C. M.; OLIVEIRA, R. C. de; SILVA, T. L. <strong>da</strong>; CESTARI, T. M.; OLIVEIRA, D. T.; BUZALAF, M. A. R.; TAGA, R.; TAGA, E. M.;GRANJEIRO, J. M.; KINA, J. R.<strong>Avaliação</strong> <strong>microscópica</strong> e <strong>bioquímica</strong> <strong>da</strong> <strong>resposta</strong> <strong>celular</strong> a <strong>enxertos</strong> de osso cortical bovino em subcutâneo de ratos. Efeito do tamanho <strong>da</strong> partículaIntroduçãoNa busca de desenvolver substitutos biológicos pararestaurar, manter ou melhorar a função de diversostecidos, um novo campo interdisciplinar tem emergidocom intenso vigor: a Engenharia de Tecidos. Váriasestratégias têm sido utiliza<strong>da</strong>s nesse campo 27 , como: 1)reposição com material sintético; 2) <strong>enxertos</strong> xenogênicossubmetido à ligação cruza<strong>da</strong> para estabilização; 3) célulaspresas em câmaras de difusão, microcápsulas ou quecresceram sobre substratos reabsorvíveis; 4) substâncias,capazes de induzir células ou tecidos (fatores decrescimentos e morfogenes), destina<strong>da</strong>s e/ou implanta<strong>da</strong>sno local adequado.Um dos poucos tecidos de mamíferos capazes deregeneração é o tecido ósseo. Em grande parte isto sedeve a habili<strong>da</strong>de dos fatores de crescimento emdirecionar as células-tronco para as vias condrogênica eosteogênica, e ao papel <strong>da</strong>s forças mecânicas estimulandoa remodelação óssea.Contudo, grandes per<strong>da</strong>s ósseas ocasiona<strong>da</strong>s pordoenças ou acidentes simplesmente não reparam. Nasdéca<strong>da</strong>s recentes, temos aprendido a utilizar <strong>enxertos</strong> deoutros locais do corpo para seu tratamento. No entanto,em vários pacientes, a quanti<strong>da</strong>de e quali<strong>da</strong>de do ossoque poderia ser utilizado simplesmente sãoinsuficientes 35 . Com a finali<strong>da</strong>de de superar taislimitações, vários pesquisadores em todo mundo têmbuscado materiais alternativos para substituição doenxerto autógeno.As características deseja<strong>da</strong>s de um material ósseosubstitutosão: biocompatibili<strong>da</strong>de, previsibili<strong>da</strong>de eaplicação clínica sem riscos transoperatórios e seqüelaspós-operatórias mínimas, além de aceitação por parte dopaciente. Apesar de não se ter encontrado um materialque preencha todos esses requisitos, atualmente há umagrande varie<strong>da</strong>de de opções para <strong>enxertos</strong> ósseos,associa<strong>da</strong> a um avanço crescente no desenvolvimento eaperfeiçoamento de materiais para esse fim.Os materiais para enxerto ósseo podem serclassificados como osteogênicos, osteoindutores eosteocondutores. Os osteogênicos referem-se a materiaisorgânicos capazes de estimular a formação de ossodiretamente a partir de osteoblastos 25 . Os osteoindutoressão aqueles capazes de induzir a diferenciação de célulasmesenquimais indiferencia<strong>da</strong>s em osteoblastos oucondroblastos, aumentando a formação óssea no localou mesmo estimular a formação de osso em um sítioheterotópico 39,41 . Os materiais osteocondutores(geralmente inorgânicos) permitem a aposição de umnovo tecido ósseo na sua superfície, requerendo apresença de tecido ósseo pré-existente como fonte decélulas osteoprogenitoras 24 .Deste modo, diversos materiais têm sido empregadosna clínica odontológica em defeitos intra-ósseos, como:o enxerto alógeno mineralizado (FDBA) ou odesmineralizado liofilizado (DFDBA), e as cerâmicasbiocompatíveis como a de coral natural, fosfato de cálcioe hidroxiapatita sintética, vidros bioativos epolímeros 5,17,26,38,43,45, . Os derivados inorgânicos sintéticoscomo a hidroxiapatita e fosfato tricálcico, têm recebidogrande atenção como materiais de preenchimento,espaçadores e substitutos para os <strong>enxertos</strong> ósseos,principalmente devido a sua biocompatibili<strong>da</strong>de,bioativi<strong>da</strong>de e características de osteocondução emrelação ao tecido hospedeiro 1,2,3,7,9,12,15,28,20,37 . Contudo,Stephan 36 (1999) relatou que a hidroxiapatita sintéticapossui microestrutura e tamanho do cristal muitodiferente do osso natural, o que poderia produzir <strong>resposta</strong>biológica indeseja<strong>da</strong>. O osso cortical bovino é umahidroxiapatita natural de composição química,porosi<strong>da</strong>de, tamanho e forma semelhantes à humana, queparece ter um comportamento mais fisiológico durante aregeneração óssea.Durante o desenvolvimento de novos biomateriais apreocupação com a forma e o tamanho do materialutilizado tem sido uma preocupação constante. Ain<strong>da</strong> émuito controverso o real papel do tamanho de partículasna <strong>resposta</strong> <strong>celular</strong> e tecidual aos <strong>enxertos</strong> ósseos 10,33 .O papel de carreador dos fatores de indução ósseapotencialmente pode ser desempenhado pelo osso bovinocortical ou medular, macro ou microgranular,desproteinizado, como já foi demonstrado em estudosclínicos 43 . Além de fornecer uma estrutura de suporte eosteocondução, podem prover também um alto conteúdode cálcio e fósforo, essenciais para a neoformação dotecido ósseo 8,32 .Continuando o estudo sistemático sobre potenciaiscarreadores para fatores de crescimento ou materiais parapreenchimento ósseo 29 , objetivamos neste trabalhocomparar a <strong>resposta</strong> tecidual ao osso inorgânico corticalbovino desproteinizado a 100°C (Gen-Ox ® , BaumerS.A.), nas formas micro (250-1000 µm) e macrogranular(1000-2000 µm), implantados em tecido subcutâneo deratos. Foi avalia<strong>da</strong> a correlação entre as características<strong>microscópica</strong>s do tecido reacional com a ativi<strong>da</strong>deespecífica <strong>da</strong> fosfatase áci<strong>da</strong> de alta massa molecular (ummarcador lisossomal) e <strong>da</strong> fosfotirosina proteínafosfatase, uma classe de enzimas responsáveis pelocontrole do processo de proliferação e diferenciação<strong>celular</strong> 13,14 .

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!