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Por um Mundo Melhor para as Crianças ... - Fundação Abrinq

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<strong>Por</strong> <strong>um</strong> <strong>Mundo</strong><strong>Melhor</strong> <strong>para</strong> <strong>as</strong>Crianç<strong>as</strong> Br<strong>as</strong>ileir<strong>as</strong>,até 2015


Esta é a Rede de Monitoramento Amiga da Criança


REDE DE MONITORAMENTO AMIGA DA CRIANÇASecretaria Executiva:<strong>Fundação</strong> <strong>Abrinq</strong> pelos Direitos da Criança e do AdolescenteOrganizações da Rede:Ação EducativaAgência de Notíci<strong>as</strong> dos Direitos da Infância - ANDIÁgere Cooperação em AdvocacyAldei<strong>as</strong> Infantis SOSAPAE de São PauloAssociação de Voluntários <strong>para</strong> o Serviço Internacional - AVSICampanha Nacional pelo Direito à EducaçãoCentro de Recuperação e Educação Nutricional - CRENCidadania, Estudo, Pesquisa, Informação e Ação - CEPIACipó Comunicação InterativaComitê Nacional de Enfrentamento a Exploração Sexual -Representado pelo CECRIAComunidade Bahá’iECOS - Comunicação em SexualidadeFór<strong>um</strong> Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil- FNPETI<strong>Fundação</strong> <strong>Abrinq</strong> pelos Direitos da Criança e do Adolescente<strong>Fundação</strong> OrsaFundo d<strong>as</strong> Nações Unid<strong>as</strong> <strong>para</strong> a Infância - UNICEFGrupo de Apoio à Prevenção à AIDS - GAPA/BAInstituto ÂmbarInstituto Br<strong>as</strong>ileiro de Administração <strong>para</strong> o Desenvolvimento- IBRADInstituto de Estudos Sócioeconômicos - INESCInstituto Ethos de Responsabilidade SocialInstituto Latino Americano d<strong>as</strong> Nações Unid<strong>as</strong> <strong>para</strong> Prevenção doDelito e Tratamento do Delinquente - ILANUDInstituto PromundoInstituto Sou da PazInstituto TelemigMissão CriançaMovimento Interfóruns de Educação Infantil do Br<strong>as</strong>il - MIEIBOrganização Internacional do Trabalho - OITOrganização d<strong>as</strong> Nações Unid<strong>as</strong> <strong>para</strong> a Educação, a Ciência e aCultura - UNESCOPlan International Br<strong>as</strong>ilPólis - Instituto de Estudos, Formação e Assessoria em Polític<strong>as</strong>SociaisPrograma d<strong>as</strong> Nações Unid<strong>as</strong> <strong>para</strong> o Desenvolvimento – PNUDRede Sou de AtitudeSave the Children - UKSociedade Br<strong>as</strong>ileira de PediatriaVisão MundialViva RioA produção desterelatório teve o apoio financeiro de“<strong>Por</strong> <strong>um</strong> <strong>Mundo</strong> <strong>para</strong> <strong>as</strong> Crianç<strong>as</strong> Br<strong>as</strong>ileir<strong>as</strong>, até 2015”Br<strong>as</strong>il, maio de 2007ISBN: 978-85-88060-29-6Redação:Adelaide Jóia e Ana ValimEdição:Maria Pia ParenteLeitura Crítica:Fernando Mendes e Raul de CarvalhoRevisão:Verba Agência EditorialFotografi<strong>as</strong>:As imagens utilizad<strong>as</strong> neste extrato foram feit<strong>as</strong> gentilmentepelo fotógrafo Pedro Rubens na Aldeia do Futuro, na AssociaçãoEvangélica Beneficente Pérola Byington, na Associação FilantrópicaCriança Feliz, na Associação d<strong>as</strong> Mulheres pela Educação, noCentro Educacional e Assistencial C<strong>as</strong>a do Zezinho e no Centro deCapacitação Profissional Henry Ford, de São Paulo, organizaçõesparticipantes da Rede Noss<strong>as</strong> Crianç<strong>as</strong>, da <strong>Fundação</strong> <strong>Abrinq</strong>.Projeto gráfico e editoração eletrônica:Bbox Design e PublicidadeIlustrações:Pingado Sociedade IlustrativaCoordenação Editorial:Solange T<strong>as</strong>sottiImpressão:Estação Gráfica LtdaTiragem:10 mile o apoioinstitucional do


Apresentação.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07Um <strong>Mundo</strong> <strong>Melhor</strong> <strong>para</strong> <strong>as</strong> Crianç<strong>as</strong> Br<strong>as</strong>ileir<strong>as</strong>.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10A Rede de Monitoramento Amiga da Criança.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11O Relatório da Rede de Monitoramento Amiga da Criança. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12As Met<strong>as</strong> de Um <strong>Mundo</strong> <strong>para</strong> <strong>as</strong> Crianç<strong>as</strong>.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15Promovendo Vid<strong>as</strong> Saudáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16Acesso à Educação de Qualidade .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18Proteção Contra Maus-Tratos, Exploração e Violência .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20Combatendo HIV/AIDS.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22Mobilização, Monitoramento e Co-responsabilidade.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26


Esta publicação é <strong>um</strong> breve res<strong>um</strong>o do segundo relatório feito pelaRede de Monitoramento Amiga da Criança sobre <strong>as</strong> polític<strong>as</strong> federais<strong>para</strong> a infância e a adolescência, <strong>para</strong> saber se o governo federalc<strong>um</strong>priu os compromissos fixados no Plano Presidente Amigo daCriança e do Adolescente (PPACA) 2004-2007 e conseguirá atingir <strong>as</strong>met<strong>as</strong> <strong>para</strong> melhorar a vida d<strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> br<strong>as</strong>ileir<strong>as</strong> até 2015.6


ApresentaçãoRede de Monitoramento Amiga da Criança surge emA 2003 <strong>para</strong> acompanhar a implementação dos compromissosdescritos no Termo Presidente Amigo da Criança, lançado no ano anterior,pela <strong>Fundação</strong> <strong>Abrinq</strong>.Composta atualmente por 38 organizações, a Rede monitora oPlano de Ação Presidente Amigo da Criança e do Adolescente (PPA-CA), analisa os avanços d<strong>as</strong> met<strong>as</strong> n<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> de educação, saúde eproteção, descrit<strong>as</strong> no doc<strong>um</strong>ento Um mundo <strong>para</strong> <strong>as</strong> Crianç<strong>as</strong> faz recomendaçõesao governo e apóia a sociedade civil no controle sociald<strong>as</strong> ações governamentais.A experiência de diálogo qualificado entre sociedade civile poder público, vivenciado na Rede de Monitoramento constituiexperiência inédita, dada a sua dimensão e diversidade deenfoques.Os obstáculos encontrados pela Rede Amiga durante a análisedos relatórios de acompanhamento (2004 e 2005) apresentados pelogoverno federal - como a precariedade dos sistem<strong>as</strong> de informação -não impediram que avanços objetivos fossem obtidos e que a Redepudesse elencar <strong>um</strong>a série de recomendações <strong>para</strong> orientar a açãodo governo em favor da criança e do adolescente br<strong>as</strong>ileiro. Entreel<strong>as</strong>, a necessidade de superar <strong>as</strong> iniqüidades e desigualdades derenda, raça, gênero, territoriais e entre gerações, bem como melhorara qualidade dos dados e indicadores sobre a situação da populaçãoinfanto-juvenil no país e garantir o orçamento necessário <strong>para</strong> concretizar<strong>as</strong> ações planejad<strong>as</strong>.<strong>Por</strong> outro lado, a Rede Amiga constatou que, se a tendência históricados g<strong>as</strong>tos públicos continuar a mesma, ao longo da década2000-2010 serão despendidos apen<strong>as</strong> 56% dos recursos necessários<strong>para</strong> alcançar <strong>as</strong> met<strong>as</strong> sociais propost<strong>as</strong>.Levando-se em conta a execução orçamentária do PPACA, porexemplo, quando se consideram <strong>as</strong> despes<strong>as</strong> federais per capita, verifica-seque de cada R$1.000,00 g<strong>as</strong>tos por cidadão, apen<strong>as</strong> R$ 35,00se destinam às crianç<strong>as</strong> e aos adolescentes.Quando com<strong>para</strong>d<strong>as</strong> com <strong>as</strong> despes<strong>as</strong> com o pagamento dadívida externa, el<strong>as</strong> representam 21 anos de g<strong>as</strong>tos com <strong>as</strong> açõesdo Plano.É claro que a Rede não esperava que, em três ou quatro anos,o Br<strong>as</strong>il conseguisse modificar de modo significativo a condição deiniqüidade em que vive a sua população. M<strong>as</strong>, considerando o tantoque precisa ser realizado, é preciso avançar em muitos <strong>as</strong>pectos, desdeo aprimoramento dos sistem<strong>as</strong> de informação e dos indicadoressobre a condição da infância e da adolescência no Br<strong>as</strong>il, até a qualidadedos relatórios e dados existentes sobre execução orçamentáriae financeira. Estes, são pouco transparentes e incompreensíveis <strong>para</strong>a maioria dos atores sociais, dificultando seu acompanhamento eavaliação do impacto sobre o desempenho d<strong>as</strong> met<strong>as</strong> sociais.


Caminhos<strong>para</strong> o Diálogo


Um <strong>Mundo</strong> <strong>Melhor</strong><strong>para</strong> <strong>as</strong> Crianç<strong>as</strong> Br<strong>as</strong>ileir<strong>as</strong>urante a campanha <strong>para</strong> a Presidência da República, o entãoD candidato Luiz Inácio Lula da Silva <strong>as</strong>sinou, em 2002, o Termode Compromisso Presidente Amigo da Criança, pelo qual se comprometeua dar prioridade à criança e ao adolescente na sua gestão. OTermo foi elaborado pela <strong>Fundação</strong> <strong>Abrinq</strong>, com b<strong>as</strong>e no doc<strong>um</strong>entoUm <strong>Mundo</strong> <strong>para</strong> <strong>as</strong> Crianç<strong>as</strong> e n<strong>as</strong> decisões da Cúpula do Milênio daOrganização d<strong>as</strong> Nações Unid<strong>as</strong> (ONU), e traz <strong>um</strong>a série de compromissosde met<strong>as</strong> e gestão <strong>para</strong> melhorar <strong>as</strong> condições de vida atuaise <strong>as</strong> futur<strong>as</strong> d<strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> e dos adolescentes br<strong>as</strong>ileiros.Em dezembro de 2003, o Presidente Lula aprovou, no Conselho Nacionaldos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), o Planode Ação Presidente Amigo da Criança e do Adolescente (PPACA) commais de 200 ações <strong>para</strong> a população infanto-juvenil e <strong>um</strong> orçamentoUm <strong>Mundo</strong> <strong>para</strong> <strong>as</strong> Crianç<strong>as</strong>O doc<strong>um</strong>ento Um <strong>Mundo</strong> <strong>para</strong> <strong>as</strong> Crianç<strong>as</strong> (MPC) convocatodos os membros da sociedade a se unir em movimentomundial, <strong>para</strong> alcançar os seguintes objetivos:• Colocar <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> em primeiro lugar;• Erradicar a pobreza e investir na infância ;• Não abandonar nenh<strong>um</strong>a criança;• Cuidar de cada criança;• Educar tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong>;• Proteger <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> da violência e da exploração;• Proteger <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> da guerra;• Ouvir <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> e <strong>as</strong>segurar sua participação;• Proteger a Terra <strong>para</strong> <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong>.de aproximadamente R$ 56 bilhões <strong>para</strong> sua execução ao longo dequatro anos.Em janeiro de 2006, o governo federal apresentou <strong>um</strong> relatório com<strong>as</strong> principais conquist<strong>as</strong> e desafios de sua gestão, na área da infância.A Rede Amiga se b<strong>as</strong>eou neste e em outros doc<strong>um</strong>entos e informações,<strong>para</strong> produzir seu próprio relatório.Termo de Compromisso PresidenteAmigo da CriançaCompromissos de met<strong>as</strong> – melhorar, de formadesafiadora e significativa, os índices relativos à situaçãoda criança e do adolescente, tendo como referência ocompromisso <strong>as</strong>s<strong>um</strong>ido pelo governo br<strong>as</strong>ileiro na SessãoEspecial pela Criança da Organização d<strong>as</strong> Nações Unid<strong>as</strong>,em maio de 2002.Compromissos de gestão – garantir, em até seis mesesapós a posse, a elaboração de <strong>um</strong> plano de ação, o PlanoPresidente Amigo da Criança e do Adolescente, sendo que:• As iniciativ<strong>as</strong> e estratégi<strong>as</strong> deveriam serincorporad<strong>as</strong> ao Plano Plurianual do governo;• Os recursos programados não seriamcontingenciados;• Seria implantado <strong>um</strong> sistema de monitoramento eavaliação da execução do Plano de Ação;• O governo federal disponibilizaria, a <strong>um</strong>a rede deorganizações da sociedade, <strong>as</strong> informações necessári<strong>as</strong><strong>para</strong> o acompanhamento e avaliação d<strong>as</strong> açõesfederais, fornecendo <strong>um</strong> balanço anual da atuaçãogovernamental.10


A Rede de MonitoramentoAmiga da Criançam 2003, a <strong>Fundação</strong> <strong>Abrinq</strong> mobilizou organizações sociaisE nacionais e internacionais, que atuam na área da infância ejuventude, <strong>para</strong> compor a Rede de Monitoramento Amiga da Criança, afim de fazer c<strong>um</strong>prir os compromissos <strong>as</strong>s<strong>um</strong>idos pelo Presidente daRepública e o governo federal, especialmente aqueles descritos noPlano de Ação Presidente Amigo da Criança e do Adolescente.São taref<strong>as</strong> da Rede monitorar, analisar e avaliar <strong>as</strong> ações do Estadobr<strong>as</strong>ileiro, discutir soluções, recomendar caminhos e apoiar a sociedadecivil no controle social d<strong>as</strong> ações do governo, principalmentepor meio do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente(Conanda) e do Fór<strong>um</strong> Nacional dos Direitos da Criança e doAdolescente.Com o propósito de promover a participação juvenil, junto com aRede Amiga n<strong>as</strong>ceu também a Rede Sou de Atitude, que reúne jovensde diversos estados br<strong>as</strong>ileiros, no monitoramento e incidênciapolítica <strong>para</strong> que <strong>as</strong> propost<strong>as</strong> do governo saiam do papel e sejamefetivamente implementad<strong>as</strong>.Ao longo da gestão Lula, a Rede Amiga dialogou com o governo,elaborou e divulgou estudos sobre a situação da criança e do adolescenteno Br<strong>as</strong>il. Sua principal contribuição foi realizar a primeiraanálise d<strong>as</strong> ações do governo federal, mostrando <strong>as</strong> possibilidadesde o Br<strong>as</strong>il alcançar <strong>as</strong> met<strong>as</strong> pactuad<strong>as</strong> <strong>para</strong> 2010 e 2015. A análise resultouno relatório Um Br<strong>as</strong>il <strong>para</strong> <strong>as</strong> Crianç<strong>as</strong>: a sociedade br<strong>as</strong>ileira e osobjetivos do milênio <strong>para</strong> a infância e adolescência – 2004, considerado,pela Rede Amiga, como <strong>um</strong> importante momento de diálogo com ogoverno e expressão de <strong>um</strong>a sociedade mais participativa.11


O Relatório da Redede Monitoramento Amigada CriançaII Relatório da Rede Amiga analisa <strong>as</strong> realizações do governoO entre 2004 e 2006 e apresenta <strong>um</strong> conjunto de recomendações<strong>para</strong> que o Br<strong>as</strong>il consiga avançar na direção do c<strong>um</strong>primentod<strong>as</strong> met<strong>as</strong> de Um <strong>Mundo</strong> <strong>para</strong> <strong>as</strong> Crianç<strong>as</strong>.Para melhorar a qualidade de vida d<strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> e dos adolescentes, até2015, são propostos três eixos de atuação: Promovendo Vid<strong>as</strong> Saudáveis,Acesso à Educação de Qualidade e Proteção contra os Maus-Tratos,a Exploração e a Violência, cada qual com <strong>um</strong> conjunto de met<strong>as</strong>.As análises da Rede Amiga se dirigem ao governo federal, m<strong>as</strong> tambémdizem respeito aos Estados, aos Municípios e às organizaçõesda sociedade civil. Para melhorar a saúde e a educação de noss<strong>as</strong>crianç<strong>as</strong> e protegê-l<strong>as</strong> de toda e qualquer forma de violência é precisoque todos se engajem nesse esforço. O Br<strong>as</strong>il tem de superar <strong>as</strong> iniqüidadese desigualdades de renda, raça, gênero, territoriais e entregerações; promover a articulação entre União, Estados e Municípiosna implementação de polític<strong>as</strong> sociais, melhorar a qualidade dos dadose indicadores sobre a situação da infância e da adolescência nopaís e garantir o orçamento necessário <strong>para</strong> concretizar tais ações.O Relatório da Rede Amiga pretenderesponder às seguintes questões:• O governo federal c<strong>um</strong>priu com seuscompromissos, especialmente aqueles fixados noPlano de Ação Presidente Amigo da Criança e doAdolescente?• Considerando <strong>as</strong> análises e informações adicionaisque <strong>as</strong> organizações da Rede aportaram às discussões,foram alterad<strong>as</strong> <strong>as</strong> avaliações sobre o alcance d<strong>as</strong>met<strong>as</strong> propost<strong>as</strong> no MPC?• As condições <strong>para</strong> o monitoramento d<strong>as</strong> met<strong>as</strong>melhoraram?• Quais <strong>as</strong> recomendações <strong>para</strong> o Br<strong>as</strong>il?Pacto FederativoA Constituição Federal de 1988 consolidou o Pacto Federativoao estabelecer, a descentralização, municipalização eparticipação popular. O artigo 1 0 define a República Federativado Br<strong>as</strong>il como <strong>um</strong>a união indissolúvel de entes autônomos– 5.563 Municípios, 26 Estados e <strong>um</strong> Distrito Federal.Os dois princípios que fundamentam ou quesustentam o Pacto Federativo são: a autonomia dos entesfederados e a cooperação. A autonomia está definidano artigo 18 e a cooperação no artigo 23, parágrafoúnico, que, em lei complementar, estabelece <strong>as</strong> form<strong>as</strong>da cooperação entre os entes federados. Assim o PactoFederativo não se dá só n<strong>as</strong> polític<strong>as</strong> e nos program<strong>as</strong>, m<strong>as</strong>também na formulação de leis.Na República Federativa do Br<strong>as</strong>il existem competênci<strong>as</strong>própri<strong>as</strong> da União, própri<strong>as</strong> dos Estados e própri<strong>as</strong> dosMunicípios. À União, compete legislar fazendo norm<strong>as</strong> gerais.Cabe aos Estados e Municípios fazer <strong>as</strong> norm<strong>as</strong> específic<strong>as</strong>,operacionais e detalhad<strong>as</strong>.O pacto é, portanto, <strong>um</strong> termo de compromisso entre os trêsentes públicos (União, Estado e Município), que define <strong>as</strong>responsabilidades da gestão de cada <strong>um</strong> e também <strong>as</strong> met<strong>as</strong> eresultados a serem alcançados.12


Met<strong>as</strong> deUm <strong>Mundo</strong><strong>para</strong> <strong>as</strong> Crianç<strong>as</strong>15


PromovendoVid<strong>as</strong> SaudáveisMet<strong>as</strong>a) Reduzir em 1/3 a taxa de mortalidade infantil e de crianç<strong>as</strong> menores de 5 anos até 2010, em 2/3 até 2015 e a iniqüidade;b) Reduzir em 1/3 a taxa de mortalidade materna até 2010, em 3/4 até 2015 e a iniqüidade;c) Reduzir em 1/3 a desnutrição d<strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> menores de 5 anos, com baixo peso ao n<strong>as</strong>cer e a iniqüidade;d) Reduzir em 1/3 o número de lares sem água potável e saneamento a preços acessíveis e a iniqüidade;e) Desenvolver e implementar polític<strong>as</strong> que <strong>as</strong>segurem o desenvolvimento físico, social, emocional, espiritual, psicológico e cognitivo d<strong>as</strong>crianç<strong>as</strong>;f) Elaborar e implementar polític<strong>as</strong> e program<strong>as</strong> <strong>para</strong> promover a saúde mental e física dos adolescentes;g) Dar acesso a serviços de saúde reprodutiva a tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> com idade apropriada, por meio de sistem<strong>as</strong> de atenção primária à saúde.Rede Amiga avalia que a ação do governo federal foi insuficiente<strong>para</strong> alcançar <strong>as</strong> met<strong>as</strong> de redução da mortalidadeAinfantil e da mortalidade na infância, o que reforça a necessidade deque os governos (federal, estaduais e municipais), de forma compartilhada,estabeleçam ações integrad<strong>as</strong> mais ousad<strong>as</strong>, especialmentejunto aos segmentos da população freqüentemente negligenciadospelos sistem<strong>as</strong> públicos de saúde.A Rede acredita que a efetiva implementação do Pacto pela Saúdeproporcionará o alcance d<strong>as</strong> met<strong>as</strong> desse eixo, tendo em vista que seuobjetivo é garantir recursos e qualidade <strong>para</strong> os serviços de saúde.16


As principais recomendações da Rede Amiga:1. Que o Pacto da Saúde seja c<strong>um</strong>prido efetiva e integralmente;2. Que se estabeleça <strong>um</strong>a política efetiva de combate à desnutrição infantil, lembrando que polític<strong>as</strong> de transferência de renda são muitoimportantes <strong>para</strong> combater a desnutrição, m<strong>as</strong> insuficientes <strong>para</strong> enfrentar o problema;3. Que se invista na implementação de program<strong>as</strong> <strong>para</strong> a redução da mortalidade infantil, em especial n<strong>as</strong> Regiões Norte e Nordeste, ondeos indicadores são mais elevados, e na Região Centro-Oeste, onde a taxa vem a<strong>um</strong>entando;4. Que se implementem polític<strong>as</strong> públic<strong>as</strong> <strong>para</strong> o enfrentamento da mortalidade materna. Isto contribuirá <strong>para</strong> a redução da mortalidadeinfantil, <strong>um</strong>a vez que a maior incidência de óbitos no País se dá no grupo neonatal. Cerca de 2/3 dos óbitos acontecem até 1 ano de idadee <strong>as</strong> afecções perinatais representam mais de 80% do total dos óbitos;5. Que o governo federal aprimore seus mecanismos de prestação de cont<strong>as</strong> dos g<strong>as</strong>tos com a saúde, pois hoje não fica claro onde os recursossão aplicados e não é possível relacionar a finalidade do g<strong>as</strong>to com o c<strong>um</strong>primento d<strong>as</strong> met<strong>as</strong> do MPC;6. Que os program<strong>as</strong> de transferência de renda – Fome Zero e Bolsa-Família –, não substituam ações específic<strong>as</strong> de saúde, que continuamsendo indispensáveis.17


Acesso àEducação de QualidadeMet<strong>as</strong>a) Ampliar e melhorar os cuidados e a educação integral na primeira infância;b) Reduzir em 50% o número de crianç<strong>as</strong> em idade escolar fora da escola e a<strong>um</strong>entar em, pelo menos 90%, <strong>as</strong> matrícul<strong>as</strong> no ensino primário,incluindo a redução da iniqüidade;c) Eliminar <strong>as</strong> disparidades entre sexos, nos ensinos primário e secundário, até 2005 e alcançar a igualdade entre gêneros até 2015;d) <strong>Melhor</strong>ar a qualidade da educação em todos os <strong>as</strong>pectos;e) Assegurar que <strong>as</strong> necessidades de aprendizagem de tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> e adolescentes sejam alcançad<strong>as</strong>;f) Atingir até 2015, no mais tardar, <strong>um</strong> a<strong>um</strong>ento de 50% nos índices de alfabetização de adultos, especialmente d<strong>as</strong> mulheres.Rede Amiga reconhece que a qualidade da educação é oA principal desafio a ser enfrentado, ainda que existam grandeslacun<strong>as</strong> na oferta de vag<strong>as</strong> no ensino médio e na educação infantil.<strong>Por</strong>tanto, entende que o governo federal deve investir fortemente namelhoria da qualidade da educação em tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> etap<strong>as</strong>, na universalizaçãodo acesso ao ensino fundamental, na ampliação da coberturada educação infantil e do ensino médio e no fortalecimento daeducação inclusiva.Br<strong>as</strong>il: país iníquo e desigualA concentração de renda faz do Br<strong>as</strong>il <strong>um</strong> dos países maisdesiguais e injustos do mundo. São desigualdades que semanifestam por região, etnia/raça e gênero, entre outr<strong>as</strong>. Parailustrar, podemos citar a Taxa de Mortalidade Infantil que,enquanto no país estava em 26 por mil n<strong>as</strong>cidos vivos (UNICEF,2004), entre <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> indígen<strong>as</strong> esse índice se elevava <strong>para</strong> 47por mil. D<strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> que freqüentam creche, 44,4% residem naRegião Sudeste, enquanto que apen<strong>as</strong> 6,8% moram na RegiãoCentro-Oeste (MEC/INEP, 2006).As pesquis<strong>as</strong> revelam ainda que o problema do analfabetismose agrava na Região Nordeste e entre a população negra, cujataxa é mais de du<strong>as</strong> vezes superior (12,9%) à verificada entre osbrancos (5,7%).Reduzir a iniqüidade pressupõe polític<strong>as</strong> públic<strong>as</strong> eficazesque possam melhorar <strong>as</strong> condições de vida da maioria dapopulação br<strong>as</strong>ileira, que está excluída dos direitos sociaisbásicos, especialmente d<strong>as</strong> crianç<strong>as</strong>. Essa é a condiçãonecessária <strong>para</strong> o desenvolvimento h<strong>um</strong>ano e social e o grandedesafio imposto aos governos federal, estaduais e municipais eà sociedade civil organizada.18


As principais recomendações da Rede Amiga:1. Que seja universalizado o ensino fundamental;2. Que se amplie a cobertura e melhore a qualidade da educação infantil;3. Que se amplie a cobertura e melhore a qualidade do ensino médio;4. Que se reduza a iniqüidade: ampliando o acesso d<strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> de famíli<strong>as</strong> pobres às creches e pré-escol<strong>as</strong>; garantindo o acesso d<strong>as</strong> crianç<strong>as</strong>e dos adolescentes com deficiência e garantindo <strong>as</strong> condições adequad<strong>as</strong> de aprendizagem <strong>para</strong> <strong>as</strong> populações indígen<strong>as</strong> e quilombol<strong>as</strong>;5. Que o governo federal cuide d<strong>as</strong> disparidades regionais (no ano de 2005, enquanto a taxa média nacional de distorção na 8a série era de36,4%, na Região Nordeste alcançava os 53,4% e na Região Sudeste era menos da metade);6. Que se estruture o Sistema de Formação de Professores da Educação Básica, levando em conta que a formação do professor é <strong>um</strong> dosfatores que mais fortemente incide sobre o desempenho dos alunos 1 .7. Que se cuide da alfabetização de jovens e adultos olhando <strong>para</strong> <strong>as</strong> vári<strong>as</strong> dimensões do analfabetismo.1. Informação do Sistema de Avaliação da Educação Básica - SAEB19


Proteção contra osMaus-Tratos, a Exploraçãoe a ViolênciaMet<strong>as</strong>a) Proteger <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> de tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> form<strong>as</strong> de maus-tratos, abandono, exploração e violência;b) Proteger <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> dos impactos dos conflitos armados e <strong>as</strong>segurar o c<strong>um</strong>primento do direito internacional h<strong>um</strong>anitário edos instr<strong>um</strong>entos de direitos h<strong>um</strong>anos;c) Proteger <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> de tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> form<strong>as</strong> de exploração sexual, da pedofilia, do tráfico e do seqüestro;d) Tomar medid<strong>as</strong> imediat<strong>as</strong> e efetiv<strong>as</strong> <strong>para</strong> eliminar <strong>as</strong> piores form<strong>as</strong> de trabalho infantil;e) <strong>Melhor</strong>ar a situação de milhões de crianç<strong>as</strong> que vivem em condições especialmente difíceis.o analisar <strong>as</strong> ações governamentais, a Rede observou que foiA mínimo o avanço relacionado às informações, dados e indicadoresreferentes ao eixo Proteção. Essa situação limita o diálogoentre Estado e sociedade civil, prejudicando o diagnóstico e o aprimoramentod<strong>as</strong> polític<strong>as</strong>.A Rede Amiga acredita que a implementação efetiva do Sistema deGarantia de Direitos d<strong>as</strong> Crianç<strong>as</strong> e dos Adolescentes é imprescindível<strong>para</strong> a solução dos problem<strong>as</strong> relativos a esse eixo. Isto significaatribuir papéis e funções a cada esfera governamental e integrar <strong>as</strong>polític<strong>as</strong> públic<strong>as</strong>, trabalhando a partir da lógica da prevenção.20


As principais recomendações da Rede Amiga:1. Que o governo federal invista na efetiva implementação do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sin<strong>as</strong>e);2. Que o governo federal, os estados e os municípios invistam na erradicação do trabalho infantil, se empenhem em potencializar <strong>um</strong>conjunto de ações integrad<strong>as</strong> que garantam o efetivo c<strong>um</strong>primento do Plano Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) e apóiem<strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> e os adolescentes em condições especialmente difíceis: abrigados, c<strong>um</strong>prindo medid<strong>as</strong> socioeducativ<strong>as</strong>, trabalhando emlixões, envolvidos com o narcotráfico e crianç<strong>as</strong> que vivem em extrema pobreza;3. Que os governos protejam o adolescente trabalhador;4. Que os governos eliminem o abuso e a exploração sexual;5. Que se consolide o Sistema de Informações <strong>para</strong> a Infância e Adolescência (Sipia), disponibilizando informações em quantidade e comqualidade, <strong>para</strong> que seja possível planejar ações e implementar polític<strong>as</strong> <strong>para</strong> o enfrentamento da violência;6. Que se criem ações integrad<strong>as</strong> (governo federal, Estados e Municípios) <strong>para</strong> superar o problema do envolvimento com o tráfico,oferecendo trajetóri<strong>as</strong> de vida alternativ<strong>as</strong>, que sustentem a decisão d<strong>as</strong> crianç<strong>as</strong>, dos adolescentes e dos jovens de se af<strong>as</strong>tar dess<strong>as</strong>atividades.21


Combatendo HIV/AIDSMet<strong>as</strong>a) Até 2003, estabelecer met<strong>as</strong> nacionais com <strong>um</strong> calendário preciso <strong>para</strong> alcançar o objetivo mundial acordado internacionalmentede reduzir a prevalência do HIV;b) Até 2005, reduzir a proporção de lactantes infectad<strong>as</strong> com o HIV em 20% e, até 2010, em 50%, <strong>as</strong>segurando que 80% d<strong>as</strong>mulheres grávid<strong>as</strong> com acesso ao pré-natal recebam informação, orientação e outros serviços disponíveis de prevenção do HIV;c) Até 2003 desenvolver e até 2005 implementar polític<strong>as</strong> nacionais e estratégi<strong>as</strong> <strong>para</strong>: consolidar e fortalecer a capacidade dosgovernos, da família e da comunidade <strong>para</strong> criar meios que dêem apoio aos órfãos e meninos e menin<strong>as</strong> infectados pelo HIV/AIDSou afetados pela doença.Rede Amiga avalia que o sucesso do Br<strong>as</strong>il no enfrentamentodo HIV/AIDS precisa agora alcançar <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> e os ado-Alescentes, tanto no que se refere às iniciativ<strong>as</strong> de prevenção e deeducação, como na atenção às crianç<strong>as</strong>, adolescentes e jovens HIVsoropositivos.Além disso, a Rede reclama a falta de <strong>um</strong>a política consistente deapoio aos órfãos de famíli<strong>as</strong> vitimad<strong>as</strong> pelo vírus HIV.22


As principais recomendações da Rede Amiga:1. Que se amplie o diagnóstico do HIV na rede básica de saúde, em especial durante <strong>as</strong> consult<strong>as</strong> de pré-natal, planejamentofamiliar e em portadores de DST e seus parceiros, utilizando inclusive testes rápidos de HIV em localidades sem estruturaçãoda rede de laboratórios;2. Que seja implantada/implementada a rede de serviços especializada no cuidado de portadores do HIV/AIDS, <strong>para</strong> oatendimento de gestantes/parturientes soropositiv<strong>as</strong> e crianç<strong>as</strong> expost<strong>as</strong>;3. Que sejam implantados/implementados serviços de planejamento familiar <strong>para</strong> a fertilização <strong>as</strong>sistida em c<strong>as</strong>ais queconvivem com o HIV;4. Que sejam desenvolvid<strong>as</strong> ações <strong>para</strong> proporcionar orientação apropriada e apoio psicossocial às crianç<strong>as</strong> e aos adolescentesportadores do HIV/AIDS;5. Que a matrícula e freqüência n<strong>as</strong> escol<strong>as</strong> sejam <strong>as</strong>segurad<strong>as</strong>, <strong>as</strong>sim como o acesso a <strong>um</strong> lar, à boa nutrição e a serviços desaúde e sociais, em igualdade de condições com outr<strong>as</strong> crianç<strong>as</strong>.23


Mobilização, Monitoramentoe Co-responsabilidadeRede de Monitoramento Amiga da Criança acredita que <strong>para</strong>A o c<strong>um</strong>primento d<strong>as</strong> met<strong>as</strong> é fundamental o compromissodos governos na implantação e execução de polític<strong>as</strong> sociais emsistem<strong>as</strong> descentralizados e participativos, onde todos os entes federados– União, Estados e Municípios – em ação conjunta com <strong>as</strong>ociedade civil, se empenhem na garantia dos direitos d<strong>as</strong> crianç<strong>as</strong> edos adolescentes.Para a Rede, participar do processo de monitoramento e avaliaçãod<strong>as</strong> ações governamentais <strong>para</strong> a infância e a adolescência é reafirmaro propósito de transformar a realidade infanto-juvenil br<strong>as</strong>ileira.O trabalho em rede, por si só, representa o importante desafio debuscar caminhos que fortaleçam a democracia e o respeito à diversidade.Tal desafio tem sido enfrentado pelo coletivo da Rede deMonitoramento, que vem buscando nov<strong>as</strong> estratégi<strong>as</strong> de atuação,definição de pactos claros e melhor socialização de responsabilidades<strong>para</strong> dinamização do trabalho.26


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