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tratamento pela técnica de Rockwood - Portal Saude Brasil . com

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J.B. VOLPON & R.A. TREJOxação, <strong>com</strong> traumatismos cada vez menores. Somente foramanalisados os casos virgens <strong>de</strong> <strong>tratamento</strong>, traumáticos e <strong>com</strong>instabilida<strong>de</strong> anterior predominante, <strong>com</strong>provada pelo examefísico ou atendimento prévio para redução da luxação.Assim, a maioria <strong>de</strong>les tinha <strong>com</strong>o documentação uma radiografiamostrando a luxação glenumeral. Tipos mistos <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong>,já operados ou submetidos a outros <strong>tratamento</strong>s,não foram incluídos nesta análise. O seguimento mínimoconsi<strong>de</strong>rado foi <strong>de</strong> dois anos.Nessas condições, houve 28 pacientes tratados (29 ombros),sendo que ocorreram dois abandonos <strong>de</strong> <strong>tratamento</strong> eum óbito por causa não relacionada <strong>com</strong> a cirurgia (aci<strong>de</strong>ntemotociclístico). Portanto, 25 casos foram analisados (26 ombros).A ida<strong>de</strong> mediana na época da cirurgia foi <strong>de</strong> 20 anos(média <strong>de</strong> 24, mínima <strong>de</strong> 16 e máxima <strong>de</strong> 35 anos). Oitopacientes eram trabalhadores braçais, sete estudantes e <strong>de</strong>zexerciam profissão que <strong>de</strong>mandava ativida<strong>de</strong> física leve. Doisrealizavam esporte <strong>com</strong>petitivo, 13 praticavam regularmenteesporte <strong>com</strong>o lazer e <strong>de</strong>z não praticavam esporte ou só ofaziam esporadicamente. O lado dominante foi a<strong>com</strong>etido14 vezes, o não dominante, <strong>de</strong>z vezes e um caso foi bilateral.A ida<strong>de</strong> mediana da primeira luxação foi <strong>de</strong> 18 anos (média20, mínima 15 e máxima 31 anos). O número médio <strong>de</strong> luxaçõesantes do <strong>tratamento</strong> foi <strong>de</strong> 6,5 (mínima três e máxima31), sendo que em 27% dos casos a luxação ocorria tambémdurante o sono. A cirurgia foi realizada em média 27 mesesapós o primeiro episódio (mínimo nove, máximo 108 meses).No achado físico, todos os pacientes tinham sinal <strong>de</strong>apreensão anterior; em dois <strong>de</strong>les não se i<strong>de</strong>ntificou frouxidãocapsular anterior, em 18, a frouxidão era mo<strong>de</strong>rada e emcinco pacientes era acentuada.Resumidamente, a técnica consistiu em abordagem anteriorpelo acesso <strong>de</strong>ltopeitoral, preservando a veia cefálicalateralmente, manutenção da inserção do tendão conjunto edo <strong>de</strong>ltói<strong>de</strong>, <strong>de</strong>sinserção <strong>com</strong>pleta dos três quartos superioresdo tendão do subescapular, incisão vertical da cápsula,reinserção do <strong>de</strong>scolamento capsuloperiosteal na borda anteriorda glenói<strong>de</strong> após cruentar o leito e <strong>com</strong> pontos transósseos.A cápsula foi fechada <strong>com</strong> superposição dos retalhose tensionada o suficiente para permitir 20 graus <strong>de</strong> rotaçãoextema <strong>com</strong> o braço abduzido em <strong>de</strong>z graus. De particularimportância foi o redirecionamento capsular <strong>pela</strong>s suturas,que <strong>de</strong>ve ser feito <strong>de</strong> inferior para superior, <strong>de</strong> modo a corrigira redundância inferior, quando presente. O tendão dosubescapular foi reinserido, o subcutâneo aproximado e a pelereparada <strong>com</strong> sutura intradérmica (9) . O período <strong>de</strong> imobilizaçãofoi <strong>de</strong> um mês em tipóia, permitindo a retirada para o648banho; um sem imobilização, realizando ativida<strong>de</strong>s cotidianasleves; um mês <strong>de</strong> exercícios para estiramento e, <strong>de</strong>pois,fortalecimento muscular. A prática <strong>de</strong> esportes foi permitidaapós seis meses.O tempo <strong>de</strong> seguimento mediano foi <strong>de</strong> três anos (média<strong>de</strong> dois anos e 11 meses, mínimo <strong>de</strong> dois anos e três meses emáximo <strong>de</strong> quatro anos e dois meses).Para a atual avaliação, foram verificados a estabilida<strong>de</strong>da articulação, queixas, limitação física, restrição da rotaçãoexterna e aspecto da cicatriz.RESULTADOSNos achados cirúrgicos, a cápsula esteve redundante em15 casos, a lesão <strong>de</strong> Bankart foi encontrada em 20 (77%), emum caso havia fratura-avulsão na borda anterior da glenói<strong>de</strong>e em outro, em corpo livre intra-articular. A porção anteriorda cápsula era excessivamente fina em três casos e em umhavia sinovite associada. Não houve infecção ou <strong>de</strong>iscênciada incisão. A cicatriz foi estética em 24 casos, antiestéticaem um e queloidiana em outro.Houve três casos <strong>de</strong> recidiva (11,5%), sendo que em um<strong>de</strong>les houve forte trauma quando o membro superior do pacienteficou preso em um laço que foi puxado por uma rês.Nos dois outros casos, ocorreram traumas menores, sendoum <strong>de</strong>les no judô. Os tempos <strong>de</strong> recidiva foram sete, 31 e 12meses após a cirurgia. O primeiro paciente não aceitou areoperação, enquanto que os dois últimos casos foram reoperados,sendo que em um <strong>de</strong>les encontrou-se a cápsula suturadamuito frouxamente. No outro, não se i<strong>de</strong>ntificou falhatécnica. Ambos os casos ficaram bem após a reoperação.Segundo a opinião dos pacientes em que não houve recidiva,o ombro estava normal em 20 casos; em três outroshavia discreta dor ou <strong>de</strong>sconforto após esforços físicos gran<strong>de</strong>s.Todos os pacientes, <strong>com</strong> exceção do caso recidivado nãotratado, retornaram ao esporte praticado anteriormente a luxação.Antes da cirurgia, a rotação externa média estava limitadaem 5° no lado afetado. Após a cirurgia, ela estava limitada<strong>de</strong> 5 a 10° em oito casos e simétrica nos <strong>de</strong>mais. Entretanto,houve um caso <strong>com</strong> limitação <strong>de</strong> 15° da rotação externa.DISCUSSÃOEm 1975, uma revisão <strong>de</strong> 1.934 reconstruções para luxaçãotraumática <strong>de</strong> ombro relatadas na literatura revelouque a incidência <strong>de</strong> recidiva era em torno <strong>de</strong> 3% (9) , porémRev Bras Ortop – Vol. 29, Nº 9 – Setembro, 1994

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