estimativa do percentual de gordura em homens - Sanny
estimativa do percentual de gordura em homens - Sanny
estimativa do percentual de gordura em homens - Sanny
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
ESTIMATIVA DO PERCENTUAL DE GORDURA EM HOMENS:Uma Comparação <strong>de</strong> TécnicasFernan<strong>do</strong> José <strong>de</strong> S. P. GUIMARÃES*, Cândi<strong>do</strong> Simões PIRES NETO***D<strong>do</strong> <strong>do</strong> PPGCMH / CEFD / UFSM,RS e Prof. Assist. da ESEF / UPE,PE**Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Laboratório <strong>de</strong> Cineantropometria - Prof. Dr. DMTD / UFSM,RSIntroduçãoA avaliação da composição corporal (CC) é um importante fator na<strong>de</strong>terminação <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> nutricional <strong>de</strong> um indivíduo e <strong>de</strong> uma população.Porém, a maioria das técnicas utilizadas são limitadas quan<strong>do</strong> aplicadas<strong>em</strong> laboratórios clínicos e nas pesquisas, e inclu<strong>em</strong> <strong>de</strong>nsitometria,<strong>de</strong>terminação <strong>do</strong> potássio, diluição <strong>de</strong> nitrogênio, impedância bioelétrica e<strong>do</strong>bras cutâneas (Lukaski et alli, 1985).Dentre as técnicas não-invasivas citadas anteriormente, os próximosparágrafos irão abordar aspectos relaciona<strong>do</strong>s a pesag<strong>em</strong> hidrostática(PH), impedância bioelétrica(BIA) e <strong>do</strong>bras cutâneas(DC).A PH é geralmente consi<strong>de</strong>rada uma técnica padrão para a <strong>de</strong>terminaçãoda composição corporal (CC), quan<strong>do</strong> comparada com outras técnicasnão-invasivas. Contu<strong>do</strong>, a sua aplicação requer muito t<strong>em</strong>po, édispendiosa e requer procedimentos complexos. Segun<strong>do</strong> Mukherjee &Roche(1984) a PH é a técnica não-invasiva mais válida e comumenteusada que envolve a pesag<strong>em</strong> na água, a pesag<strong>em</strong> no ar e omensuramento <strong>do</strong> volume residual.A técnica das DC é amplamente usada para <strong>de</strong>terminar a composiçãocorporal <strong>em</strong> diferentes tipos <strong>de</strong> população. Sen<strong>do</strong> uma técnica <strong>de</strong> baixocusto operacional, a técnica da DC é muito b<strong>em</strong> difundida no meio clínico,esportivo e na pesquisa científica (Wilmore & Benhke,1969). Vários sãoos trabalhos <strong>em</strong> que utilizam a técnica antropométrica para a <strong>estimativa</strong>da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> corporal <strong>em</strong> <strong>homens</strong> (Stout et al,1994; Segura et al,1990;
Minguez et al, 1994; Ross et al,1993; Katch et al,1971; Housh et al,1993;Adams et al,1982).Nos últimos anos t<strong>em</strong> aumenta<strong>do</strong> o interesse <strong>do</strong> uso da BIA como umatécnica alternativa para a <strong>estimativa</strong> da composição corporal. Sen<strong>do</strong> a BIAuma técnica que apresenta algumas vantagens <strong>em</strong> relação as outrastécnicas que compõ<strong>em</strong> o méto<strong>do</strong> indireto, tais como: o equipamento éportátil facilitan<strong>do</strong> o seu <strong>de</strong>slocamento para estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> campo, a sualeitura é facilmente i<strong>de</strong>ntificada pelos observa<strong>do</strong>res, os pontos anatômicospara a colocação <strong>do</strong>s eletro<strong>do</strong>s são facilmente i<strong>de</strong>ntificáveis e sen<strong>do</strong> umatécnica não-invasiva que é feita <strong>em</strong> poucos minutos (Diaz et al,1989;Caton et al,1988; Jackson et al.,1988; Baumgartner et al.,1990).Contu<strong>do</strong>,a BIA apresenta algumas probl<strong>em</strong>as quanto a análise da composiçãocorporal. Alguns possíveis probl<strong>em</strong>as como: variação nos níveis <strong>de</strong>hidratação corporal (Kahled et al.,1988;Malina,1987); posicionamento <strong>do</strong>braço (Schell & Gross,1987); t<strong>em</strong>peratura da pele (Caton et al.,1988); fase<strong>do</strong> ciclo menstrual (Deurenberg et al.,1988); variabilida<strong>de</strong> interobserva<strong>do</strong>r(Schell& Gross,1987) e posição <strong>do</strong> eletro<strong>do</strong> (Dunbar etal.,1994).O presente estu<strong>do</strong> teve por objetivo comparar as diferentes técnicas paraa <strong>de</strong>terminação da CC através da BIA e antropometria <strong>em</strong> <strong>homens</strong> jovenstoman<strong>do</strong> como padrão os valores obti<strong>do</strong>s pela PH.MATERIAIS E MÉTODOA amostra foi composta por 18 militares <strong>do</strong> sexo masculino, com média <strong>de</strong>ida<strong>de</strong> 18,68±0,478 (amp.=18-19) anos, com uma média <strong>de</strong> estatura <strong>de</strong>175,75±5,20 (amp.=170,60-190,80) cm e com uma média da massacorporal <strong>de</strong> 69,64±7,37 (amp.=57,10-84,00) Kg.Foram registra<strong>do</strong>s os 3 maiores valores da PH das 6-10 tentativas <strong>de</strong>cada sujeito. To<strong>do</strong>s os sujeitos estavam vesti<strong>do</strong>s com sunga. Para a
mensuração da PH foi utiliza<strong>do</strong> uma caixa <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> dimensões <strong>de</strong>140 x 140 x 140 cm, uma balança FILIZOLA <strong>de</strong> precisão <strong>de</strong> 0,05 Kg; paraa <strong>de</strong>terminação <strong>do</strong> volume residual (VR) foi utilizada a equação sugerida<strong>em</strong> Goldman & Becklake (1959) :VR = 0,017 X (Ida<strong>de</strong>,anos) + 0,027 (Estatura,cm)Para a <strong>de</strong>terminação da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> corporal (DC) foi utilizada a equaçãosugerida <strong>em</strong> Behnke & Wilmore (1974)PD = ----------------------------------(P - Ps) / Da - (VR + 0,1)P = Peso <strong>em</strong> Kg Da = Densida<strong>de</strong> da água Ps = Peso submerso<strong>em</strong> Kg VR = Volume residual <strong>em</strong> l 0,1 = volume <strong>de</strong> argastrintestinal (constante)A equação utilizada para a <strong>estimativa</strong> da <strong>gordura</strong> corporal relativa (%G) foia <strong>de</strong> Siri (1961):%G = (495 / D) - 450 on<strong>de</strong>,D = <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> corporal encontrada na pesag<strong>em</strong> hidrostática.Para a BIA foram utiliza<strong>do</strong>s os aparelhos BYODINAMICS - Mo<strong>de</strong>lo 310 eVALHALLA, San Diego, CA. Foram segui<strong>do</strong>s os procedimentos básicos,<strong>de</strong>scritos nos manuais <strong>do</strong>s aparelhos, para a avaliação da CC <strong>do</strong>s sujeitosestuda<strong>do</strong>s.Para a DC foi utiliza<strong>do</strong> o compasso <strong>de</strong> <strong>do</strong>bras cutâneas CESCORF, comescala <strong>de</strong> 0,1 cm e pressão constante <strong>de</strong> 10 g/mm 2 . As <strong>do</strong>bras cutâneasseguiram a padronização <strong>de</strong> Harrison et al (1991) com excessão da <strong>do</strong>bracutânea Ab<strong>do</strong>minal Vertical que seguiu o procedimento <strong>de</strong> Behnke &
Wilmore (1974). As circunferências seguiram a padronização <strong>de</strong> Callawayet al (1991). Foi utilizada uma fita métrica MABIS, com precisão <strong>de</strong> 0,1cm. Todas as mensurações das DC S foram realizadas no la<strong>do</strong> direito <strong>do</strong>sujeito e repetidas 3 vezes sucessivas <strong>em</strong> cada local (FrançaVívolo,1984). Foi utilizada a média com o valor da medida. As equaçõespara a <strong>estimativa</strong> da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> corporal utilizadas foram as seguintes :Gue<strong>de</strong>s (1985), Petroski (1995) e Katch & McArdle (1973). Para a<strong>estimativa</strong> da <strong>gordura</strong> corporal relativa foi utilizada a equação <strong>de</strong> Siri(1961).As equações utilizadas para a <strong>estimativa</strong> da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> corporal, pelatécnica antropométrica foram as seguintes:Gue<strong>de</strong>s (1985) = 1,18282 - 0,0703 x log(tr + axo + sio + abdv).Petroski (1995) = 1,08566598 - 0,0003275 x (se + tr + pt + axo + sio +abdv + cx) + 0,00000036 x (se + tr + pt + axo + sio + abdv + cx) 2 -0,00017521 x ida<strong>de</strong> (anos) + 0,00161816 x (panb) - 0,00041043 x(pabd25).Katch & Mcardle(1973) = 1,12691 - 0,00357 x (pbr) - 0,00127 x (pabd25)+ 0,00524 x (panb).On<strong>de</strong> : se = DC subescapular ; tr = DC tríceps; pt = DC peitoral; axo = DCaxilar oblíqua; sio = DC supra-ilíaca oblíqua; abdv = DC ab<strong>do</strong>minalvertical; cx = DC coxa; panb = perímetro <strong>do</strong> antebraço; pabd25 =perímetro ab<strong>do</strong>minal (2,5 cm acima da cicatriz umbilical)Todas <strong>de</strong>terminações da CC foram realizadas no mesmo dia e to<strong>do</strong>sencontravam-se no mínimo 12 horas s<strong>em</strong> ingerir alcóol e s<strong>em</strong> terrealiza<strong>do</strong> ativida<strong>de</strong> física. A valida<strong>de</strong> das técnicas (BIA e antropométrica)foram baseada na avaliação <strong>do</strong> coeficiente <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação (CD), <strong>do</strong> erro
padrão <strong>de</strong> <strong>estimativa</strong> (EPE), slopes e intercepts. A or<strong>de</strong>m da coleta <strong>do</strong>sda<strong>do</strong>s seguiu da seguinte forma: (1) BIA; (2) DC e (3) PH.RESULTADO E DISCUSSÃOAs características <strong>de</strong>scritivas <strong>do</strong>s sujeitos e os valores médios da <strong>gordura</strong>corporal relativa, massa <strong>de</strong> <strong>gordura</strong> e massa corporal magra calcula<strong>do</strong>satravés da pesag<strong>em</strong> hidrostática <strong>de</strong> cada indivíduo estão apresenta<strong>do</strong>s naTabela-1.Os valores médios encontra<strong>do</strong>s <strong>do</strong> <strong>percentual</strong> <strong>de</strong> <strong>gordura</strong>, da massa <strong>de</strong><strong>gordura</strong> e da massa corporal magra, no presente estu<strong>do</strong>, caracterizam ogrupo estuda<strong>do</strong>. On<strong>de</strong> os sujeitos eram consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s ativos (praticantes<strong>de</strong> Atletismo), e realizavam ativida<strong>de</strong>s esportivas 5 vezes/s<strong>em</strong>ana com 2hs. <strong>de</strong> duração. Estu<strong>do</strong>s similares (Eckerson et alli,1996; Stout et al,1994)encontraram valores médios mais altos no <strong>percentual</strong> <strong>de</strong> <strong>gordura</strong> atravésda pesag<strong>em</strong> hidrostática, 12,5 ±5,8% e 15,1±6,2% respectivamente.Contu<strong>do</strong>, esses valores médios mais altos <strong>de</strong>ve-se ao fato <strong>de</strong> que asmédias <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> foram 22 ± 4 anos e 22 ± 3 anos, respectivamente.1:Impedância Bioelétrica (Byodinamics)2:Impedância Bioelétrica (Valhalla)3:Equação para <strong>estimativa</strong> da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> corporal (Gue<strong>de</strong>s,1985)*4:Equação para <strong>estimativa</strong> da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> corporal (Petroski,1995)*5:Equação para <strong>estimativa</strong> da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> corporal (Katch &McArdle,1973)**: Para o cálculo da <strong>gordura</strong> relativa utilizou-se Siri,1961.TABELA 1 - Da<strong>do</strong>s referentes a composição corporal <strong>do</strong>s militares (n =18) obti<strong>do</strong>s através da Pesag<strong>em</strong> Hidrostática.
COMPONENTES DA COMPOSIÇÃO CORPORAL ESTIMADOSATRAVÉS DA PESAGEM HIDROSTÁTICAPHMédia ± D.P.(máx. - mín.)Amplitu<strong>de</strong>GorduraRelativa(%)9,88 ± 2,24 (6,68 -15,56) 8,885Massa <strong>de</strong>Gordura (Kg)6,99 ± 2,26(4,53 - 12,68)8,153M.C.M.(Kg)62,65 ± 5,79(51,79 - 73,40)21,60TABELA 2 - Comparação das diferentes técnicas <strong>de</strong> <strong>estimativa</strong> dacomposição corporal com a pesag<strong>em</strong> hidrostática realizada com osmilitares.COMPONENTES DA COMPOSIÇÃO CORPORALTécnica12345Gordura Relativa(%)11,43±2,80t = -4,23p = 0,001r = 0,833Dif% = 15,610,59 ±3,23 t = -1,51p = 0,149r = 0,795Dif% = 7,1210,87 ±3,61 t = -1,51p = 0,148r = 0,641Dif% = 9,9510,00 ±2,09 t = -0,31p = 0,764r = 0,709Dif% = 1,1511,08±3,25 t = -1,97p = 0,066r = 0,613Dif% = 12,0Massa <strong>de</strong> Gordura(Kg)8,13±2,78t = -4,44p = 0,000r = 0,928Dif% = 16,27,83 ±3,18 t = -2,24p = 0,039r = 0,883Dif% = 11,97,72 ±3,08 t = -1,66p = 0,116r = 0,798Dif% = 10,37,04 ±2,01 t = -0,20p = 0,846r = 0,855Dif% = 0,67,84 ±2,97 t = -1,89p = 0,077r = 0,766Dif% = 12,1Massa Corporal Magra(Kg)61,57±5,45t = 4,04p = 0,001r = 0,982Dif% = -1,861,95 ±4,84 t = 2,20p = 0,042r = 0,984Dif% = -1,261,91 ±5,61 t = 1,66p = 0,116r = 0,947Dif% = -1,262,59 ±6,10 t = 0,20p = 0,846r = 0,982Dif% = -0,161,80 ±5,78 t = 1,89p = 0,077r = 0,946Dif% = -1,4
Apresenta<strong>do</strong>s são posteriormente, na Tabela 2, os da<strong>do</strong>s referentes aosvalores encontra<strong>do</strong>s nas diferentes técnicas <strong>em</strong>pregadas para a<strong>estimativa</strong> da composição corporal. A impedância bioelétrica -Byodinamics (1), impedância bioelétrica - Valhalla (2), equação para<strong>estimativa</strong> da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> corporal por Gue<strong>de</strong>s (1985) (3), equação para<strong>estimativa</strong> da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> corporal por Petroski (1995) (4) e a equação para<strong>estimativa</strong> da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> corporal por Katch & McArdle(1973) -circunferência - (5) estão representa<strong>do</strong>s com as características <strong>de</strong>scritivase valores comparativos na Tabela 2. Como mostra, Tabela 2, ficouevi<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong> diferenças significativas da <strong>gordura</strong> corporal relativa(%G),massa corporal magra(MCM) (p < 0,05) e na massa <strong>de</strong> <strong>gordura</strong>(MG) ( p 0,05). Sen<strong>do</strong> as diferenças percentuaismais acentuadas na técnica (1) (15,6% na %G, 16,2% na MG e -1,8% naMCM) <strong>do</strong> que na técnica (2) (7,12% na %G, 11,9% na MG e -1,2% naMCM). Mesmo apresentan<strong>do</strong> correlações significativas entre as variáveisda CC, quan<strong>do</strong> analisadas pelas técnicas (1) e (2), com as variáveis daCC encontradas na PH. O que nos sugere que a técnica (1) no estu<strong>do</strong> daCC, neste tipo <strong>de</strong> amostra, não é recomendável. Enquanto que a técnica(2) po<strong>de</strong> ser sugerida para o estu<strong>do</strong> da CC, neste tipo <strong>de</strong> amostra, porémos resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser analisa<strong>do</strong>s com muita cautela <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> asdiferenças significativas (p < 0,05) evi<strong>de</strong>nciadas na MG e MCM.Quanto as técnicas antropoméricas (3), (4) e (5) não foram evi<strong>de</strong>nciadasdiferenças significativas (p > 0,05) entre as variáveis da CC, quan<strong>do</strong>comparadas com as variáveis da CC pela PH. Porém valorescorrelacionais mais altos foram encontra<strong>do</strong>s nas variáveis da CC pelatécnica (4) <strong>do</strong> que pela técnica (3) e (5) quan<strong>do</strong> confrontadas com asvariáveis da CC pela PH. Como, também, os valores das diferençaspercentuais foram mais altos nas variáveis da CC pelas técnicas (3) e (5),
po<strong>de</strong>ríam ser sugeridas para a <strong>estimativa</strong> <strong>do</strong> %G. Quan<strong>do</strong> estima<strong>do</strong> osvalores da MCM, ver Tabela 4, as técnicas 4 e 5 apresentam os valores<strong>de</strong> slope e intercept mais a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s para a <strong>estimativa</strong> da MCMStout et al (1994) encontraram valores <strong>do</strong> EPE, com relação a %G, maiseleva<strong>do</strong>s tanto na BIA (EPE = 4,2 %) quanto na antropometria (EPE =2,7%) <strong>do</strong> que os valores encontra<strong>do</strong>s no presente estu<strong>do</strong>.TABELA 3 - Valores <strong>de</strong> R 2 e <strong>do</strong> EPE da Gordura CorporalRelativaencontrada pelas técnicas.Técnica Slop Intercept R 2 EPE1 1,0439 1,1129 0,693 1,5492 1,1473 - 0,7474 0,632 1,9593 1,0355 0,6394 0,410 2,7704 0,6638 3,4425 0,502 1,4745 0,8910 2,2737 0,375 2,568TABELA 4 - Valores <strong>de</strong> R 2 e <strong>do</strong> EPE da MCM das técnicasTécnica Slop Intercept R 2 EPE1 0,9219 3,8080 0,964 1,02292 0,8214 10,492 0,968 0,8623 0,9168 4,4820 0,896 1,8024 1,0342 - 2,1967 0,964 1,1525 0,9422 2,7675 0,895 1,873Quanto a influência <strong>do</strong> R 2 , ou seja, <strong>de</strong> uma variável sobre a outra
po<strong>de</strong>mos observar que: <strong>em</strong> relação ao %G e MCM, as técnicas 1,2 e 4apresentaram valores <strong>de</strong> R 2 mais altos nessas duas variáveis. O quepo<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a gran<strong>de</strong> relação existente entre estas variáveis para<strong>estimativa</strong> <strong>do</strong> %G(estima<strong>do</strong>) e MCM(estimada), com as variáveisestimadas pela técnica padrão (atual).Mukherjee & Roche(1984) suger<strong>em</strong>que a validação <strong>de</strong> equações baseadas no R 2 é um méto<strong>do</strong> melhor epo<strong>de</strong>rá ser mais acura<strong>do</strong> <strong>do</strong> que o procedimento da regressãoSTEPWISE FORWARD para a <strong>estimativa</strong> da %G, massa <strong>de</strong> <strong>gordura</strong>(MG)e-MCMTABELA 5 - Comparação entre os valores <strong>do</strong>s <strong>de</strong>svios padrões (s)encontra<strong>do</strong>s pelas técnicas ( %G ) com o valor <strong>do</strong> ( s ) encontra<strong>do</strong> pelaPHTécnica s t Dif %1 2,80 1,060 25,0%2 3,23 1,875 44,1%3 3,61 2,594 61,1%4 2,09 - 0,284 6,7%5 3,25 1,913 45.0%Os valores <strong>do</strong>s (s) para a predição da %G das cinco técnicas utilizadas nopresente trabalho (BIA - Byodinamics(1); BIA - Valhalla(2); as equações<strong>de</strong> Gue<strong>de</strong>s(3), Petroski(4) e Katch e McArdle(5)), apresenta<strong>do</strong>s na Tabelaacima, não apresentaram diferença significativa ( p > 0,05) quan<strong>do</strong>compara<strong>do</strong>s com o valor <strong>de</strong> (s) da PH.Contu<strong>do</strong>, analisan<strong>do</strong> pelos valores <strong>de</strong> t e Dif% obti<strong>do</strong>s, observamos que atécnica 4 apresentou os menores valores, -0,284 e 6,7% respectivamente.O que nos sugere a utilização da técnica 4 para a <strong>estimativa</strong> da %G,
<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> que esta técnica estimada quan<strong>do</strong> comparada com a técnicapadrão não difere <strong>em</strong> variabilida<strong>de</strong>.Eckerson et al (1996) , num estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> validação <strong>de</strong> equações <strong>de</strong> BIA para<strong>estimativa</strong> <strong>do</strong> %G, quan<strong>do</strong> comparan<strong>do</strong> os valores <strong>de</strong> (s) estima<strong>do</strong> pelovalor <strong>de</strong> (s) atual, não encontraram diferença significativa (p > 0,05) <strong>em</strong>cinco equações (Guo, Deurenberg, Segal-G, Lohman, Van Loan) eencontraram diferença significativa (p < 0,05) <strong>em</strong> três equações (Jackson& Pollock (3 DC), Oppliger e as equações <strong>do</strong> RJL syst<strong>em</strong>s).CONCLUSÃOAtravés <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s encontra<strong>do</strong>s concluímos que as variáveis da CC,quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>terminadas pela BIA, apresentam diferenças significativasquan<strong>do</strong> comparadas às variáveis da CC obtidas através da PH, apesardas significativas correlações entre as variáveis das técnicas da CC.Corroboran<strong>do</strong> com vários estu<strong>do</strong>s que examinaram a valida<strong>de</strong> da BIA(RJL Syst<strong>em</strong> Detroit,MI; Valhalla Scientific, San Diego,CA), contu<strong>do</strong>,quan<strong>do</strong> comparadas com a PH, como uma técnica <strong>de</strong> critério,encontraram diferenças significativas (Eckerson et al,1992; Eckerson etal,1992; Heyward et alli,1992; Jackson et al,1988).Contu<strong>do</strong> a BIA, pelatécnica 2, po<strong>de</strong> ser sugerida para o estu<strong>do</strong> da CC, neste tipo <strong>de</strong> amostra.Porém, os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser analisa<strong>do</strong>s com muita cautela <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> adiferença significativa (p < 0,05) evi<strong>de</strong>nciada na MCM.Quanto as técnicas antropométricas não foram evi<strong>de</strong>nciadas diferençassignificativas (p > 0,05) entre as variáveis da CC, quan<strong>do</strong> comparadascom as variáveis da CC pela PH. Contu<strong>do</strong>, segun<strong>do</strong> os critérios <strong>de</strong>
Lohman(1992), a técnica antropométrica (4) po<strong>de</strong> ser sugerida nautilização <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> da CC, <strong>em</strong> <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong>: apresentar maioresvalores correlacionais entre as variáveis da CC quan<strong>do</strong> confrontadas comas variáveis da CC pela PH; por apresentar menores diferençaspercentuais (Dif%) nas variáveis da CC, quan<strong>do</strong> comparadas com asvraiáveis da CC pela PH; por apresentar menores EPE S nas variáveis %Ge MCM e; na comparação <strong>do</strong> (s) estima<strong>do</strong> com o (s) atual não foievi<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong> diferença significativa (p > 0,05), sugerin<strong>do</strong> que, quan<strong>do</strong>aplicada a técnica (4) não altera significativamente a variabilida<strong>de</strong> daamostra* D <strong>do</strong> <strong>do</strong> PPGCMH/CEFD/UFSM,RS e Prof. Assist. da ESEF/UPE,PE.* Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Laboratório <strong>de</strong> Cineantropometria -Prof.Dr.DMTD/UFSM, RS.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.ADAMS,J. ; MOTTOLA, M.; BAGNALL, K.M.; McFADDEN, K.D. Totalbody content in a group of professional football players.Appl. Spt. Sci. v.7,n.1. p. 36-40, 1982.BAUMGARTNER, R.N. ; CHUMLEA, C.; ROCHE, A. F. Bioeletricalimpendance for body composition.Exercise and Sport ScienceReviews.v.18. p.193-224,1990.CALLAWAY,C.W; CHUMLEA, W.C.; BOUCHARD, C.; HIMES, J.H.;MARTIN, A.D.; LOHMAN, T.G.; MARTIN, A.D.; MITCHELL, C.D.;MUELLER, W.; ROCHE, A.F.; SEEFELDT, V.D.Circunference.INLOHMAN, T.G.; ROCHE, A.F.; MARTORELL, R. Anthropometricstandardization reference manual. Human Kinetics Books, Champaing, IL,1991CATON, J.R.; MOLÉ, P.A.; ADAMS, W.C.; HEUSTIS, D.S. Bodycomposition analysis by bioeletrical impedance: effect of skin t<strong>em</strong>perature.Medicine and Science in Sports and Exercise. v.20, n.5. p. 489-491,1988.DEURENBERG, P.; WESTSTRATE, J.A.; PAYMANS, I.; KOOY van <strong>de</strong>r,K. Factors affecting bioeletrical impendance measur<strong>em</strong>ents in humans.European Journal of Clinical Nutrition. v.42. p.1017-1022, 1988.DIAZ, J.V.; IMMINK, M.; GONZALES, T. Bioimpendance oranthropometry?. European Journal of Clinical Nutrition. v.43. p.129-137,1989.DUNBAR, C.C.; MELAHRINIDES, E.; MICHIELLI, D.W.; KALINSKI, M.I.Effects of small errors in electro<strong>de</strong> plac<strong>em</strong>ent on body compositionassessment by bioeletrical impedance. Research Quartely for Exerciseand Sport. v.65, n.3. p. 291-294, 1994.ECKERSON, J.M.; HOUSH, T.J.; JOHNSON, G.O. Validity of visualestimations of percent body fat in lean males. Medicine and Sciences inSports and Exercise. v.24. p.615-618, 1992.
ECKERSON, J.M.; HOUSH, T.J.; JOHNSON, G.O. Validity of bioeletricalimpendance equations for estimating fat-free weight in lean males.Medicine and Sciences in Sports and Exercise. v.24. p.1298-1302, 1992.ECKERSON, J.M.; STOUT, J.R.; HOUSH, T.J.; JOHNSON, G.O. Validityof bioeletrical impedance equations for estimating percent fat in males.Medicine and Science in Sports and Exercise. v.28, n.4. p. 523-530,1996.FRANÇA, M. N. & VÍVOLO, M. A. Medidas antropométricas. In V. K .R.MATSUDO (Ed). Testes <strong>em</strong> ciências <strong>do</strong> esporte. São Caetano <strong>do</strong> Sul, SP.Burti, 1984HARRISON, G.G.; BUSKIRK, E.R.; CARTER, J.E.L.;J OHNSTON, F.E.;LOHMAN, T.G.; POLLOCK, M.L.; ROCHE, A.F.; WILMORE, J. Skinfoldthicknesses and measur<strong>em</strong>ent technique. IN LOHMAN, T.G. ; ROCHE,A.F.; MARTORELL, R. Anthropometric standardization referenc<strong>em</strong>anual.Human Kinetics Books, Champaing, IL, 1991.HEYWARD, V.H.; COOK, V.L.; HICKS, K.A.; JENKINS, J.A.;QUANROCHI, J.A.; WILSON, W.L. Predictive accuracy of three fieldmethods for estimating relative body fatness of nonobese and obesewomen. International Journal of Sports and Nutrition. v.2. p.75-86, 1992.HOUSH, T.J.; JOHNSON, G.O.; STOUT, J.; HOUSH, D.J. Anthropometricgrowth patterns of high school wrestlers Medicine and Science in Sportsand Exercise. v.25, n.10. p.1141-1150, 1993.JACKSON, A.S.; POLLOCK, M.L.; GRAVES, J.E.; MAHAR, M.T.Reliability and validity of bioeletrical impendance in <strong>de</strong>termining bodycomposition. Journal Applied of Physiology. v.64. p.529-534, 1988.KAHLED, M.A.; McCUTCHEON, M.J.; REDDY, S.; PEARMAN, P.L.;HUNTER G.R.; WEINSIER, R.L. Eletrical impendance in assessing humanbody composition: The BIA method. American Journal of ClinicalNutrition.v.47. p.789-792,1988.
KATCH, F.I.; MICHAEL, E.D. Body composition of high school wrestlersaccording to age and wrestling weight category. Medicine and Science inSports.v.3, n.4. p.190-194, 1971.LOHMAN, T.G. Advances in body composition assessment.HumanKinetics Publishers, Champaing, IL, 1992.MALINA, R.M. Bioeletricalmethods for estimating body composition: An overview and discussion.Human Biology.v.59. p.329-335, 1987.MINGUEZ, C.S; OLIVER, M.J.B.; MARTÍNEZ, M.A.S.; GARNERO, J.L.;ROIG, M.J.V. Validación <strong>de</strong> la plicometría frente a la ecografía (mo<strong>do</strong> B)en la estimación <strong>de</strong>l teji<strong>do</strong> adiposo subcutáneo. Arquivos <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong>lDeporte. v.XI, n.41. p.21-28, 1994.MUKHERJEE, D. & ROCHE, A.F. The estimation of percent body <strong>de</strong>nsityand total body fat by maximum R 2 regression equations. Human Biology.v.56, n.1. p.79-109, 1984.ROSS, W.; KERR, D. Fraccionamento <strong>de</strong> la masa corporal: un nuevometo<strong>do</strong> para utilizar en nutricion, clinica y medicina <strong>de</strong>portiva.Actualizacion en ciencias <strong>de</strong>l <strong>de</strong>porte.v.1, n.3. p.33-41, 1993.SCHELL, B. & GROSS, R.The reliability of bioeletrical impendanc<strong>em</strong>easur<strong>em</strong>ents in the assessment of body composition in healthy adults.Nutrition Reports International. v.36. p.449-459, 1987.SEGURA, L.;S AIZ, C.; ERQUIZIA, M.; G AZTAÑAGA, M.T.; LARRAÑGA,P.; JIMÉNEZ, J.L. Estudio comparativo entre tres méto<strong>do</strong>s para laobtención <strong>de</strong>l porcentaje <strong>de</strong> grasa corporal. Arquivos <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong>lDeporte. v.VII, n.28. p.361-364, 1990SINNING, W.E.; DOLNY, D.G.; LITTLE, K.D.; CUNNINGHAM, L.N.;RACANIELLO, A.; SICONOLFI, S.E.; SHOLES, J.L. Validity of"generalized" equations for body composition analysis in male athletes.Medicine and Science in Sports and Exercise. v.17, n.1. p. 124-130,1985.
STOUT, J .R.; ECKERSON, J .M.; HOUSH, T.J.; JOHNSON, G.O.;BETTS , N.M. Validity of percent body fat estimations in males. Medicineand Science in Sports and Exercise. v.26, n.5. p.632-636, 1994.WILMORE, J.H.; BEHNKE, A.R. An anthropometric estimation of body<strong>de</strong>nsity and lean body weight in young men. Journal of applied Physiology.v.27, n.1. p.25,31.1969.