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Cochonilha Dysmicoccus brevipes - Emepa

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(Choairy et al.,1984). Giacomelli e Py (1981) relataramdiferenças de suscetibilidade à murcha entre cultivares,sendo a cultivar Cayenne mais susceptível quandocomparada à cultivar Pérola. A murcha do abacaxi associadaà cochonilha constitui-se em um dos maiores entraves para oaumento da produtividade da cultura no Estado de MinasGerais, pois, pode gerar perdas na produção de 70% e aindapromover o abandono de muitas áreas cultivadas (SantaCecília & Chalfoun, 1998). Os prejuízos causados por essacochonilha à cultura foram estimados entre 80 e 100% daprodução (Celestino, Gadelha & Vieira, 1991).A ocorrência da cochonilha é constatada durante todo ociclo da cultura, com variação na intensidade de infestação.Os períodos quentes e úmidos são os mais favoráveis aodesenvolvimento dessa praga (Giacomelli, 1969; Choairy,1992). A fecundidade e a longevidade deste inseto sãoafetadas pelo clima. Após um período de elevadapluviosidade, geralmente, ocorre um decréscimo nainfestação da praga (Santa-Cecília, 1990).Durante o desenvolvimento vegetativo, as plantasinfestadas pela cochonilha apresentam paralisação nocrescimento, redução no número de folhas e do comprimentoda raiz (Lim, 1972). Essa praga impede a frutificaçãonormal, provoca o enfraquecimento das plantas pelaconstante sucção de seiva, podendo levá-las a morte. Ascochonilhas, ao sugarem a seiva da planta, injetam toxinasque podem provocar alterações no seu metabolismo,podendo levá-la à morte. O sintoma provocado pelainoculação desta toxina é vulgarmente conhecido pormurcha-do-abacaxizeiro e pode estar associado a agentesviróticos. Em alguns estudos, já foi constatada a presença deum closterovirus a partir de abacaxizeiros com sintomas demurcha de cochonilha, indicando a etiologia da doença(Gunasinghe & German,1986; 1989; Ullman etal.,1989;1991).As cochonilhas vivem em colônias e são comumenteencontradas sugando seiva nas raízes e axilas das folhas, masquando a colônia sofre um aumento populacional, elaspodem ser encontradas também nos frutos, na parte superiordas folhas, coroas e nas mudas (Sanches & Matos, 1999).Este trabalho tem como objetivo relatar uma descrição,aspectos da biologia e hábito, danos e medidas de controle dacochonilha <strong>Dysmicoccus</strong> <strong>brevipes</strong> que ataca a abacaxiculturamundial.Descrição, Biologia e HábitoA fêmea adulta é ovalada e possui uma coloração geralrósea, recoberta por uma secreção pulverulenta de cerabranca, com 34 filamentos cerosos ao redor do corpo, sendoaproximadamente iguais exceto os oito posteriores que sãomais robustos e longos, porém, nunca atingindo a metade docomprimento do corpo que mede 3 mm de comprimento e,sem secreção cerosa, um pouco mais de 1mm (Figura 1). Nafêmea a metamorfose é incompleta, envolvendo três estádiosninfais e fase adulta (Lim, 1973). O macho adulto é deestrutura frágil, delicada, apresentando as peças bucais nãotão desenvolvidas e antenas com oito segmentos. O aspectodo macho, com exceção do primeiro ínstar, é diferente dafêmea, é menor, alado e possui o corpo distinto em cabeça,tórax e abdome, e um par de filamentos caudais longos ebrancos. A metamorfose no macho é completa, apresentandodois estádios ninfais, um pré-pupal, um pupal e um adulto.No primeiro estádio ninfal, imediatamente após aemergência, a ninfa possui coloração marrom-avermelhada,passando para branco-acastanhado, por conta de um par deprolongamentos cerosos brancos e filiformes produzidos nasmargens dos lobos anais (Ghose, 1983).Figura 1. <strong>Cochonilha</strong> <strong>Dysmicoccus</strong> <strong>brevipes</strong>, a principalpraga que ataca o abacaxizeiro.A reprodução é sexuada e as fêmeas são ovovivíparas. Oovo possui forma elíptica, com cório liso e coloraçãoamarelo-alaranjado-pálida (Menezes, 1973). As fecundadascolocam os ovos em uma secreção filamentosa, o ovissaco,eliminada por poros localizados na região postero-ventral doabdome, e após a postura, a forma jovem que se encontratotalmente formada no interior do ovo, inicia o rompimentoda membrana envolvente (Menezes, 1973). A produçãopartenogenética com essa espécie foi concentrada no Havaí(Ito, 1938). As formas jovens do primeiro estádio possuemgrande atividade e podem se locomover com maior rapidez.Já as formas dos estádios posteriores se locomovem maislentamente enquanto os adultos, ao contrário das ninfas,permanecem praticamente imóveis. A produção média dedescendentes gira em torno de 295 indivíduos e alongevidade da fêmea fecundada é em torno de 58 diascontra os 148 dias das fêmeas virgens (Menezes, 1973). Omacho, após o terceiro estádio, não mais se alimenta, ficandoapenas com o papel de fecundar a fêmea. Os segundo,terceiro e quarto estádios vão ocorrer no interior de umcasulo de filamentos ceráceos, construído pela ninfa de16Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.3, n.2, p.15-21, jun. 2009

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