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Cochonilha Dysmicoccus brevipes - Emepa

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segundo estádio. O macho, após o quarto estádio, permanecepor alguns dias no interior do casulo até atingir a maturidadesexual. Este pode copular com mais de uma fêmea e esta,após ser fecundada, não mais atrai outros. A longevidademédia do macho está em torno de 28 dias (Menezes, 1973). Arazão sexual é de, aproximadamente, um macho para duasfêmeas. As fêmeas têm a capacidade de ovipositar cerca de240 ovos num período de 40 dias, aproximadamente (Ito,1938; Ghose, 1983).Alguns fatores climáticos podem afetar odesenvolvimento populacional desta praga. No período seco,o índice populacional da cochonilha é elevado, ao passo que,no período das chuvas, em virtude do arrastamento de boaparte dos indivíduos, há um decréscimo da população(Rocha, 1960). Além do clima, outros fatores, como ascondições fisiológicas das plantas e do solo, a presença deformigas e a procedência do material de plantio, contribuempara elevar o nível populacional da praga. As condições maisfavoráveis ao desenvolvimento desta praga são os períodosquentes e úmidos (Choairy, 1992)A cochonilha do abacaxizeiro vive em simbiose porprotocooperação com várias espécies de formigas-doceiras,as quais se nutrem de uma substância adocicada produzidapelas cochonilhas e, em troca, as formigas protegem as suascolônias das intempéries e dos inimigos naturais, cobrindo-acom terra e restos orgânicos e servindo-lhes de agentes dedispersão, dos hospedeiros nativos e dos restos de culturas,para os novos plantios (Sanches & Matos, 1999).Além do abacaxizeiro, a D. <strong>brevipes</strong> pode ser encontradaprincipalmente em raízes de um grande número de plantas,tais como: arroz, batatinha, algodoeiro, abacateiro,amendoim, amoreira, ananás, bananeira, cajueiro, cana-deaçúcar,fruta-do-conde, caquizeiro, citrus, coqueiro, diversoscapins, dendezeiro, Hybiscus spp., Cyberus spp.,jaboticabeira, milho, sorgo, palmeira, tamareira, sapé,cafeeiro, soja, bambu, jaca, cacau e mangueira (Lima,1939;Costa & Redaelli,1948; Galli,1958; Silva et al.,1968).Sintomas e DanosOs primeiros sintomas de ataque da praga na plantaocorrem no sistema radicular, antes do aparecimento dossintomas foliares. O crescimento das raízes é afetado emtorno dos 42 dias após a infestação, enquanto os primeirossintomas foliares somente aparecem entre 63 e 82 dias,podendo o desenvolvimento desses sintomas se estender até295 dias (Sanches & Matos,1999). Com o ataque dacochonilha, as raízes paralisam o crescimento, entram emcolapso por causa do apodrecimento dos tecidos, exceto asraízes muito novas, que aparentemente estão sadias (Figura2). As plantas, ao serem arrancadas do solo, apresentam umsistema radicular totalmente destruído e raramente sãolocalizadas cochonilhas, que migram para outras plantas àprocura de alimento.Figura 2. Sintomas iniciais da cochonilha do abacaxizeiro,na Estação Experimental do Abacaxi, em Sapé, PB, Brasil.O período de tempo entre a infestação e o aparecimentodos sintomas da murcha, sua intensidade e evoluçãodependem de vários fatores, principalmente, daquelesligados à cochonilha, à planta e dos climáticos (Py etal.,1984). Geralmente, a expressão dos sintomas ficaevidente de dois a três meses após a infestação, em plantas decinco meses de idade, e em quatro a cinco meses, naquelasinfestadas aos nove meses de idade (Piza Júnior,1969;Cunha et al.,1994).Em plantas da cultivar Smooth Cayenne, Carter (1933)descreveu quatro estágios da sequência sintomatológica damurcha-do-abacaxizeiro associada à cochonilha:1-inicialmente as folhas apresentam coloração vermelhobronzeadas,cujas margens tendem a se recurvar para a faceinferior, mas as extremidades permanecem eretas; 2-posteriormente as folhas perdem turgescência, com a cortendendo para o rosa vivo e amarelo, suas extremidadesapresentam um leve “bronzeamento”. Ocasionalmente, asfolhas apresentam a ponta enrolada, com uma área necróticano ápice; 3 - as folhas encurvam-se para baixo, com asmargens amarelas, e suas partes medianas tornam-se rosavivo com uma tendência das extremidades a se enrolarem; 4 -as folhas mais jovens estão eretas, mas não túrgidas. Asextremidades da maioria das outras folhas estão enroladas,com intensidade variável de murcha e cor bege; aquelas quepermanecem verdes são descoradas com manchas rosadasesparsas, principalmente nas folhas recurvadas.A m u r c h a d o a b a c a x i z e i r o p o d e r e d u z i rpronunciadamente a colheita, pela morte de plantas sem quetenham frutificado (Figura 3), ou impedindo a frutificaçãonormal, pelo elevado número de frutos atrofiados e murchos,impróprios para o consumo.Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.3, n.2, p.15-21, jun. 200917

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