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ReflexSes sobre o papel da cultura organizacional como fat… - Fiesc

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Reflexões <strong>sobre</strong> o <strong>papel</strong> <strong>da</strong> <strong>cultura</strong> <strong>organizacional</strong> <strong>como</strong> fator crítico de sucesso nainovação<strong>da</strong>s organizaçõesVera Lúcia Maia LellisInstituto Nacional de TecnologiaMaria Fernan<strong>da</strong> FernandesTelemar/Hicorp Comunicações CorporativasResumoEste artigo não pretende ser inovador nem exaustivo no tema proposto. A idéia é chamaraatenção para as questões relaciona<strong>da</strong>s a <strong>cultura</strong> <strong>organizacional</strong> enquanto fator crítico desucesso nas organizações que mu<strong>da</strong>m. Inicialmente procurou-se mostrar o panorama <strong>da</strong>evolução <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças mundiais que mais afetaram a socie<strong>da</strong>de dos homens. Emsegui<strong>da</strong>,abriu-se um espaço para definição de conceitos estabelecidos <strong>sobre</strong> <strong>cultura</strong> e suaimportânciaenquanto fator crítico de sucesso nas organizações vistos através do modelo de gestãodoconhecimento.. Finalmente, são explicita<strong>da</strong>s algumas práticas de aprendizado<strong>organizacional</strong><strong>como</strong> forma de quebrar paradigmas vigentes nas organizações.ABSTRACTSThis article doesn't intend to be innovator or exhaustive. The idea is an overview abouthowthe culture has an important role in the organisation. Due to the world changes caused byglobalization, allof the organisations need to change too. But it isn't easy because theorganisational culture is wrong. The article consists of brief conceptual basis aboutorganisation culture and its great importance as a competitive advantage. In the secondplacethere is a comment on the organisation view point of the human being into the workenvironment and how the professional becomes an impediment due to his organisation<strong>cultura</strong>l values, trasmmited by a group a long time ago. At last it shows on point o view toknowledge management, some important practices is being utilized for one stateorganisationand private entreprise, necesssary that have a hand in to break to organisational paradigmpresent in the working group.1. AS MUDANÇAS ATRAVÉS DO TEMPOO mundo tem sofrido gra<strong>da</strong>tivamente com mu<strong>da</strong>nças que ocasionaram efeitos profundosna socie<strong>da</strong>de. A globalização vem colocando para as empresas desafios crescentes,tanto naforma de inserção e interação em socie<strong>da</strong>des diversas, <strong>como</strong> no sistema de gestãoadotado.c:\paginas\conhecimento\arquivos\anais\arru<strong>da</strong> 03-10 papers\reflexses <strong>sobre</strong> o1/1<strong>papel</strong> <strong>da</strong> <strong>cultura</strong> <strong>organizacional</strong> <strong>como</strong> fator crítico de sucesso na inovaç¦o.doc


2O registro <strong>da</strong> primeira e mais longa mu<strong>da</strong>nça que se tem registro, foi a passagem <strong>da</strong> eraagrícola e pastoril para a era <strong>da</strong> revolução industrial. Esta era marca o surgimento denovasformas de trabalho, a gra<strong>da</strong>tiva mecanização <strong>da</strong> agri<strong>cultura</strong>, a aplicação <strong>da</strong> força motriz, odesenvolvimento do sistema fabril e um extraordinário aumento dos transportes e <strong>da</strong>scomunicações, com o advento <strong>da</strong> lo<strong>como</strong>tiva a vapor, o telégrafo elétrico, o selo postal eprincipalmente do telefone.Independente do desenvolvimento industrial, até a metade do século XX podemos afirmarque o ambiente empresarial era previsível. As organizações buscavam a eficiência e aprecisão nos processos de trabalho, e o modelo <strong>organizacional</strong> que regia as relações detrabalho era de controle através <strong>da</strong> hierarquia.A partir <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 80, o ambiente tornou-se mutável devido as influências sociais,<strong>cultura</strong>is, econômicas e tecnológicas <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças em curso. A mu<strong>da</strong>nça ambientaltrouxedesafios de uma nova reali<strong>da</strong>de basea<strong>da</strong> na globalização <strong>da</strong> economia, onde o mundovirouuma província graças as modernas tecnologias de comunicação e telecomunicação.Na era <strong>da</strong> globalização, a fonte de riqueza passa a ser o conhecimento, aplicado aosmodelos organizacionais flexíveis, isto é, maleável, com ênfase na criativi<strong>da</strong>de, devido aveloci<strong>da</strong>de com que as mu<strong>da</strong>nças tem ocorrido e atropelado a economia, a socie<strong>da</strong>de e a<strong>cultura</strong>. Novos padrões de comportamento surgem neste contexto para fazer frente aSocie<strong>da</strong>de do Conhecimento.A passagem do uso intensivo do capital para o uso intensivo do conhecimento ampliou ofoco de treinamento até então centrado no indivíduo para o desenvolvimento deprocessos deaprendizado na organização <strong>como</strong> um todo.O impasse com que se deparam as organizações hoje entrando e saindo de mercados fazcom que ressurjam antigas questões <strong>como</strong>: o que mu<strong>da</strong>r, o que conservar e <strong>como</strong> mu<strong>da</strong>r.Agestão de mu<strong>da</strong>nças passou a encontrar algumas respostas a partir do entendimento do<strong>papel</strong><strong>da</strong> <strong>cultura</strong> <strong>organizacional</strong> no contexto externo e interno às organizações.2. O QUE É CULTURA CULTURA ORGANIZACIONALNas organizações, onde a mu<strong>da</strong>nça não é entendi<strong>da</strong> em sua essência, é praxe esbarrarna<strong>cultura</strong> <strong>organizacional</strong> <strong>como</strong> primeiro fator impeditivo <strong>da</strong>s transformações, e as estratégiasvolta<strong>da</strong>s para este fim são consequentemente fa<strong>da</strong><strong>da</strong>s ao insucesso.A expressão <strong>cultura</strong> <strong>organizacional</strong> surge explicitamente no vocabulário deadministração a partir <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 60 pelos consultores de desenvolvimento<strong>organizacional</strong>(Barbosa, 1999). Entretanto, só a partir do artigo <strong>sobre</strong> <strong>cultura</strong> <strong>organizacional</strong> publicadoporc:\paginas\conhecimento\arquivos\anais\arru<strong>da</strong> 03-10 papers\reflexses <strong>sobre</strong> o2/2<strong>papel</strong> <strong>da</strong> <strong>cultura</strong> <strong>organizacional</strong> <strong>como</strong> fator crítico de sucesso na inovaç¦o.doc


3Pettigrew em 1979 citado por Barbosa (1999), é que o termo foi largamente difundido <strong>como</strong>conceito utilizado atualmente.De forma geral, o conceito de <strong>cultura</strong> <strong>organizacional</strong> representa um conjunto de elementosquedefinem os domínios públicos e são percebidos através de aspectos emocionais,estabelecendosemelhanças e diferenças nos seguintes elementos:• Valores que constituem-se nos pressupostos básicos dos indivíduos; crenças presentesem seusmodelos mentais; mitos criados no contexto <strong>da</strong> organização que reforçam suas crençasexistentes;tabus aceitos e inquestionáveis que funcionam com o objetivo de disciplinar através <strong>da</strong> óticado "nãopermitido" e comunicação formal direciona<strong>da</strong> através de regras e procedimentos explícitos, einformal,onde os indivíduos interagem através de um canal de comunicação que foge ao controle e asregras.O conceito mais utilizado de <strong>cultura</strong> <strong>organizacional</strong> foi elaborado por Schein(1983) e afirma:"Cultura <strong>organizacional</strong> "é o modelo dos pressupostos básicos, que determinado grupo teminventado,descoberto ou desenvolvido no processo de aprendizagem para li<strong>da</strong>r com os problemas dea<strong>da</strong>ptaçãoexterna e integração interna. Uma vez que os pressupostos tenham funcionado bem osuficiente paraserem considerados válidos, são ensinados aos demais membros <strong>como</strong> a maneira corretapara seproceder, se pensar e sentir-se em relação àqueles problemas".Apesar de constar na maioria dos textos <strong>sobre</strong> este assunto, o conceito de Schein(1983)possuialguns seguidores e alguns contestadores. Alguns pensadores no assunto alegam que oconceito deSchein(1983) não contempla o ambiente externo à empresa, <strong>como</strong> se a <strong>cultura</strong> <strong>organizacional</strong>secriasse e desenvolvesse restrita ao ambiente interno <strong>da</strong>s organizações.3. OS PARADIGMAS VIGENTES COMO FATOR CRÍTICO DE SUCESSOMu<strong>da</strong>nça <strong>organizacional</strong> para efeito deste estudo representa redefinir cognitiva eemocionalmentea reali<strong>da</strong>de de uma organização. Planejar, ritualizar e gerenciar as proposições de mu<strong>da</strong>nçasãofun<strong>da</strong>mentais para a implementação de uma mu<strong>da</strong>nça <strong>organizacional</strong> acontecer sem ageração defontes de stress e prováveis insucessos operacionais., e segundo o autor, necessariamentesão questõesque devem ser trata<strong>da</strong>s no âmbito <strong>da</strong> <strong>cultura</strong> <strong>organizacional</strong>, <strong>como</strong> por exemplo:• Alegação de falta de tempo para tratar do assunto mu<strong>da</strong>nça;• Descrédito relação aos argumentos colocados em favor <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça;• Descrédito e m relação as ações que irão efetivar as mu<strong>da</strong>nças;• Ansie<strong>da</strong>de e inseguranças pessoais, <strong>como</strong> preocupação com relação ao própriodesempenho;• Insatisfação nos primeiros resultados apresentado;• Arrogância <strong>da</strong> equipe dividindo a organização em crentes e descrentes;• Falta de autonomia para o grupo piloto;c:\paginas\conhecimento\arquivos\anais\arru<strong>da</strong> 03-10 papers\reflexses <strong>sobre</strong> o3/3<strong>papel</strong> <strong>da</strong> <strong>cultura</strong> <strong>organizacional</strong> <strong>como</strong> fator crítico de sucesso na inovaç¦o.doc


aprender a dispersar poder de maneira ordena<strong>da</strong>, isto é, de modo que a autodisciplina possaem grandeparte substituir a burocracia por aspirações e valores. Outra condição importante que o autorconsideraé passar para a equipe o entendimento sistêmico do negócio, <strong>da</strong> organização e do ambienteque orodeia. A capaci<strong>da</strong>de de conversação que não seja apenas de cortesia e a de conquistarseguidoresvoluntários são também citados por Klein(1998)<strong>como</strong> condições básicas para li<strong>da</strong>r com asmu<strong>da</strong>nças,5A percepção <strong>da</strong> importância <strong>da</strong> dimensão <strong>cultura</strong>l <strong>como</strong> vantagem competitiva para asorganizações tem por base conforme Barbosa(1999), a compreensão <strong>da</strong> <strong>cultura</strong><strong>organizacional</strong> <strong>como</strong>um conjunto de símbolos e valores compartilhados por determinado grupo. Quando osignificado dotermo compartilhar passa a ser apenas de concor<strong>da</strong>r, adotar e <strong>sobre</strong>tudo envolver-se semcomprometer-se,neste contexto a dimensão <strong>cultura</strong>l enquanto vantagem competitiva torna-se um fator deresistênciaao processo de mu<strong>da</strong>nça. Os valores definidos pela organização sem a participação dosníveis maisinferiores tem pouca legitimi<strong>da</strong>de e configura-se sempre <strong>como</strong> corporativos, sendo portantodefun<strong>da</strong>mental importância identificar o conjunto de valores resultantes do pensamento <strong>da</strong>organização<strong>como</strong> um todo para interpretá-los <strong>como</strong> vantagem competitiva.O relacionamento <strong>da</strong>s pessoas com o seu trabalho, estabelece as bases comportamentaisnecessárias para a mu<strong>da</strong>nça qualitativa, que depende muito mais <strong>da</strong>s atitudes e decisõesindividuais doque <strong>da</strong> tecnologia e de decisões vin<strong>da</strong>s de cima para baixo. As organizações são o reflexo<strong>da</strong>s pessoasque as compõem, por isso, é importante compatibilizar os anseios e os objetivos <strong>da</strong>s pessoascom aspolíticas, objetivos e metas, a fim de garantir a satisfação plena dos clientes interno e externoàorganização e sua posição competitiva no mercado.A organização deve <strong>da</strong>r a máxima importância a atributos que possam, mais que palavras,transformar intenções em ações bem sucedi<strong>da</strong>s. Neste contexto, ca be a organizaçãoidentificar eaproveitar o capital humano de que dispõe para conseguir romper a barreira <strong>da</strong> manutenção<strong>da</strong> rotinaque acaba por tornar os processos obsoletos. A criativi<strong>da</strong>de nem sempre é basea<strong>da</strong> em algonovo ouraro, porém, é sempre surpreendente e de grande valor.4. VALORIZAÇÃO DO CAPITAL HUMANO NAS ORGANIZAÇÕESO indivíduo redescoberto, tem-se valorizado <strong>como</strong> o único personagem gerador deconhecimento,fator fun<strong>da</strong>mental ao sucesso dos negócios. O indivíduo passou a ser o principal agente doprocessode inovação por possuir e processar o conhecimento, bem <strong>como</strong> por interagir e compartilharestec:\paginas\conhecimento\arquivos\anais\arru<strong>da</strong> 03-10 papers\reflexses <strong>sobre</strong> o5/5<strong>papel</strong> <strong>da</strong> <strong>cultura</strong> <strong>organizacional</strong> <strong>como</strong> fator crítico de sucesso na inovaç¦o.doc


conhecimento com demais indivíduos à sua volta. A redescoberta deste princípio fez com queumnúmero crescente de organizações criassem programas de incentivo ao aprendizado contínuoe práticasde gestão do conhecimento para entender, focalizar e gerir a criação sistemática, explícita edelibera<strong>da</strong>de idéias oriun<strong>da</strong>s <strong>da</strong> única fonte que cria, inova e renova o conhecimento que é o capitalhumano <strong>da</strong>sorganizações. O termo capital humano encerra to<strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de, conhecimento, habili<strong>da</strong>de eexperiência individuais dos empregados e gerentes de uma organização.A capaci<strong>da</strong>de de gerenciar o intelecto humano e de convertê-lo em produtos e serviços úteisestárapi<strong>da</strong>mente se tornando a habili<strong>da</strong>de executiva crítica do momento, mas apesar <strong>da</strong> crescenteimportância do valor do conhecimento do indivíduo nas organizações, ain<strong>da</strong> sabemos depoucasiniciativas para alavancá-lo.Nas empresas volta<strong>da</strong>s para o conhecimento, os profissionais são pessoas responsáveis peloacúmulo e pela geração de conhecimento tácito e explícito. Eles acumulam, geram eatualizam agindo6quase <strong>como</strong> arquivos vivo. A quali<strong>da</strong>de do conhecimento que eles incorporam é determina<strong>da</strong>pelaquali<strong>da</strong>de de suas experiências diretas nas linhas de frente do negócio e alcance de metasestratégicas.O Conhecimento gerado em uma organização passou a ser considerado uma armafun<strong>da</strong>mental naguerra que se trava no mercado concorrencial atual. Esta conscientização do conhecimento<strong>como</strong> fatorde produção distinto aponta para a crescente substituição <strong>da</strong> força física pela cerebral. Ocapitalhumano vem ca<strong>da</strong> vez mais determinando sua posição <strong>como</strong> fonte essencial de vantagemcompetitiva.Porque todo conhecimento de uma empresa está ligado à sua ativi<strong>da</strong>de de negócio e deveser encarado<strong>como</strong> um recurso vital a ser administrado.Para Stewart(1998) o perfil <strong>da</strong> força de trabalho de uma organização não compõe-se apenasdecapital humano. Encontramos indivíduos com habili<strong>da</strong>des do tipo commodity, ou habili<strong>da</strong>descomvalor menor para o alcance <strong>da</strong>s metas organizacionais, que podem ser facilmentesubstituíveis a curtoprazo, sem prejuízo para o negócio. Encontramos também indivíduos com habili<strong>da</strong>desproprietáriasconsiderados <strong>como</strong> os que detêm conhecimento essencial à geração do negócio. Sãopessoas difíceisde substituir em razão de que seu talento gera produtos e serviços de valor percebido pelosclientes.Sob a ótica de Fonseca(2000) a organização do conhecimento se faz com multiespecialistas,capital intelectual e competência. Um conjunto de competências necessárias ao negócio,segundoFonseca(2000), podem ser classifica<strong>da</strong>s <strong>como</strong>:• Competência de extensão: ativi<strong>da</strong>des que permitem a empresa obter lucros em açõesrelaciona<strong>da</strong>sc:\paginas\conhecimento\arquivos\anais\arru<strong>da</strong> 03-10 papers\reflexses <strong>sobre</strong> o6/6<strong>papel</strong> <strong>da</strong> <strong>cultura</strong> <strong>organizacional</strong> <strong>como</strong> fator crítico de sucesso na inovaç¦o.doc


De forma resumi<strong>da</strong> apresentamos abaixo os conceitos de capitais elaborado por Cavalcanti &Gomes & Pereira:Capital ambiental: Conjunto de fatores que descrevem o ambiente sócio -econômico e legalondea organização está inseri<strong>da</strong>.Capital estrutural: Conjunto de sistemas administrativos, conceitos , modelos, rotinas, marcas,patentes, programas de computador , ou seja, todos os sistemas e processos que fazem umaempresafuncionar.Capital In telectual: Refere -se a capaci<strong>da</strong>de, habili<strong>da</strong>de, experiência acumulados <strong>como</strong>conhecimento de uma pessoa.Capital de Relacionamento: É a rede de relacionamentos de uma organização com seusclientes,fornecedores e parceiros .Quando as empresas de tecnologia, em especial as duas seleciona<strong>da</strong>s para o estudo, isto é,as deP&D de base tecnológica e as empresas provedoras de serviço de telecomunicações, saemdo sua visãode tecnologia e passam a focar o cliente, isto acarreta uma grande transformação<strong>organizacional</strong>.Talvez essas mu<strong>da</strong>nças ain<strong>da</strong> não sejam percebi<strong>da</strong>s pelo cliente final, mas internamente, jáse notam osefeitos em diversas frentes.c:\paginas\conhecimento\arquivos\anais\arru<strong>da</strong> 03-10 papers\reflexses <strong>sobre</strong> o9/9<strong>papel</strong> <strong>da</strong> <strong>cultura</strong> <strong>organizacional</strong> <strong>como</strong> fator crítico de sucesso na inovaç¦o.doc


Quadro 1.Mu<strong>da</strong>nças organizacionais ocorri<strong>da</strong>s entre as déca<strong>da</strong>s de 80/90FOCO ANTERIOR NA TECNOLOGIA FOCO RECENTE NO CLIENTECAPITAISORGANIZAÇÃO DE P&D EMPRESA DE TELECOM ORGANIZAÇÃO DE P&D EMPRESA DETELECOMCapitalEstrutural² TI para gestão deInformação e gestão deProcessos² P&D para o setor produtivode bens e serviços² Quali<strong>da</strong>de total paramelhoria de processos² TI para gestão deInformação e gestão deProcessos² Foco em redes decompartilhamento² Percepção do uso <strong>da</strong> tecnologiapara toma<strong>da</strong> de decisão² Práticas isola<strong>da</strong>s de IC e GC² Estruturas organizacionaismenos rígi<strong>da</strong>s² Percepção <strong>da</strong> importância depatentear² Foco em redes de compartilhamento² Telecommuting² Uso intensivo de tecnologia paratoma<strong>da</strong> de decisão² Estruturas fortes de IC e GC² Estruturas organizacionais maisflexíveisCapitalIntelectual² Distanciamento hierárquico² Destaque para ooperacional² Ausência de política de RH² Rede de relacionamentospessoais/afetivi<strong>da</strong>de² Cult. Org. forte² Ausência de capacitação² Distanciamento hierárquico² Ênfase operacional² Ausência de política de RH² Rede de relacionamentospessoais/afetivi<strong>da</strong>de² Cultura org. forte² Ausência capacitação parac:\paginas\conhecimento\arquivos\anais\arru<strong>da</strong> 03-10 papers\reflexses <strong>sobre</strong> o10/10<strong>papel</strong> <strong>da</strong> <strong>cultura</strong> <strong>organizacional</strong> <strong>como</strong> fator crítico de sucesso na inovaç¦o.doc


a gestão² Empreendedorismo² Inovação² Compartilhamento² Oxigenação² Rede de relacionamentospessoais/resultados² Empreendedorismo² Inovação² Criação de conhecimento² Compartilhamento² Oxigenação² Rede de relacionamentospessoais/resultadosCapitalAmbiental² Diretrizes institucionaisrestritas² Interferência política forte² Diretrizes institucionaisrestritas² Interferência política forte² Diretrizes governamentais² Monitoramento tecnológico² Mercado/socie<strong>da</strong>de² Cultura <strong>organizacional</strong> forte² Diretrizes governamentais² Estruturas fortes de IC e CG² Mercado/socie<strong>da</strong>de² Cultura <strong>da</strong>s organizaçõesCapital deRelacionamento² Reativo² Entrave burocrático² Relacionamento distanteentre cliente/fornecedor² Reativo² Entrave burocrático² Mercado/estadual² Proativo² Fortalecimento <strong>da</strong> imagem² Uso de sistemas para a melhoria<strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de² Segmentação de mercado² Relação compartilha<strong>da</strong>cliente/fornecedor² Proativo² Fortalecimento <strong>da</strong> imagem² Uso de sistemas <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de² Segmentação de mercado² Relação compartilha<strong>da</strong>cliente/fornecedorc:\paginas\conhecimento\arquivos\anais\arru<strong>da</strong> 03-10 papers\reflexses <strong>sobre</strong> o11/11<strong>papel</strong> <strong>da</strong> <strong>cultura</strong> <strong>organizacional</strong> <strong>como</strong> fator crítico de sucesso na inovaç¦o.doc


Esta visão torna-se mais urgente quando ocorre a privatização de um setor e estasorganizações saem de sua constituição estatal e passam a competir num mercadoagressivo,com competidores internacionais. Por outro lado, mesmo as instituições governamentaisquenão sofreram transformações do tipo fusões ou aquisições e privatizações, estão sendoforça<strong>da</strong>s a entrar competitivamente em seus nichos de mercado, devido a uma posturamaisagressiva do governo federal na modernização do Estado.No primeiro caso, o <strong>da</strong> organização volta<strong>da</strong> para prestação de serviços em P&D éevidente que o foco no cliente não representava uma preocupação eminente. A tecnologiaeraconsidera<strong>da</strong> o negócio <strong>da</strong> organização, e era entendi<strong>da</strong> <strong>como</strong> o sistema articulado deinformações, preposições, métodos, instrumentos, etc., que se relacionavam com o fazer,gerando um produto inovador. Nesta fase, a ênfase era no capital estrutural. O ambiente<strong>organizacional</strong> era estável e as iniciativas volta<strong>da</strong>s para a gestão de processos ,e aimplantaçãode programas de quali<strong>da</strong>de total passaram a fazer parte do dia <strong>da</strong> dia <strong>da</strong>s organizaçõespreocupa<strong>da</strong>s com a melhoria interna <strong>da</strong> cadeia produtivaPara passar de um modelo onde o capital estrutural é o mais valorizado para o capital,onde a importância está no Relacionamento e no Ambiente externo, exige <strong>da</strong>sorganizaçõesuma forte preocupação com a <strong>cultura</strong> que a envolve.Baseados no modelo de Gestão de Conhecimento de Cavalcanti & Gomes & Pereira,podemos ver a importância dos capitais antes e depois <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça. Nosso entendimentodepriorização desses capitais está apresentado na Figura a seguir.EstruturalFoco na TecnologiaIntelectualRela cionamentoFoco no ClienteIntelectualRelacionamentoAmbientalc:\paginas\conhecimento\arquivos\anais\arru<strong>da</strong> 03-10 papers\reflexses <strong>sobre</strong> o12/12<strong>papel</strong> <strong>da</strong> <strong>cultura</strong> <strong>organizacional</strong> <strong>como</strong> fator crítico de sucesso na inovaç¦o.doc


12Na análise aqui realiza<strong>da</strong>, podemos inferir que o capital estrutural foi o mais valorizadopela gestão basea<strong>da</strong> na Tecnologia. Numa visão interna, o modelo hierárquico épredominante, os cargos de alta gerência são indicações governamentais e as funções deequipe mais valoriza<strong>da</strong>s são as técnicas. No campo do relacionamento, em especial <strong>como</strong>sclientes, as empresas não estavam desafia<strong>da</strong>s a entender suas deman<strong>da</strong>s e tratá-las. Aposturaem relação ao cliente era reativa, fazendo com que as organizações desenvolvessemsuassoluções de negócio ou produtos e serviços distancia<strong>da</strong>s <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de de seu mercado.No aspecto Intelectual, o distanciamento hierárquico, entre os que decidem e os queoperacionalizam era presente. Assim, valorizava-se o funcionário fazedor, que executavacom afinco às ordens recebi<strong>da</strong>s. A política de RH, aqui incluindo remuneração,reconhecimento e capacitação, eram basea<strong>da</strong>s essencialmente na seniori<strong>da</strong>de e ameritocraciapor tempo de serviço, independe de resultados. O aspecto de relacionamento pessoal eramuito importante para o desenvolvimento e mobili<strong>da</strong>de dentro <strong>da</strong> organização. Por seremorganizações que atuam em áreas importantes para o governo, os altos cargos eramdefinidospelo ministério e eram usados, muitas vezes, para a<strong>como</strong><strong>da</strong>r negociações de interessespolíticos. Esta forma de gestão, por vezes, levava o desestímulo de seu quadro depessoal peladescontinui<strong>da</strong>de dos programas e projetos em execução e ou planejados dentro decenáriosfuturosComo a preocupação com o mercado era mínima, a visão do ambiente externo erarestrita, com preocupações apenas regionaliza<strong>da</strong>s e/ou setoriza<strong>da</strong>s. Os investimentostambémeram fortemente dependentes do Ministério, o que estava interrelacionado mais uma vezcominteresses políticos.No momento atual pós privatizaçãopara uma e força<strong>da</strong> a se inserir no contexto <strong>como</strong> é ocaso <strong>da</strong> organização de P&D, o foco com o cliente provoca uma transformação conceitualbastante forte em ca<strong>da</strong> um dos capitais do conhecimento tratados. O capital maisimportanteneste contexto é o capital de Relacionamento, onde o cliente é o principal ativo. Nesteavaliação, o comportamento passa a ser pró-ativo, em busca de se conhecer melhor asnecessi<strong>da</strong>des do mercado e <strong>como</strong> atender as deman<strong>da</strong>s que realmente contribua para o<strong>papel</strong>social <strong>da</strong> organização perante a socie<strong>da</strong>de. Produtos e serviços deman<strong>da</strong>dos <strong>da</strong>socie<strong>da</strong>deprodutiva. Quanto a empresa de telecom, passaram a segmentar o mercado para <strong>da</strong>rmaiorconsistência a suas análises. E neste contexto foi necessário fortalecer a Marca, por meiodedivulgação, anúncio, eventos para gerar confiança. E nesse propósito, a melhoria dequali<strong>da</strong>dec:\paginas\conhecimento\arquivos\anais\arru<strong>da</strong> 03-10 papers\reflexses <strong>sobre</strong> o13/13<strong>papel</strong> <strong>da</strong> <strong>cultura</strong> <strong>organizacional</strong> <strong>como</strong> fator crítico de sucesso na inovaç¦o.doc


foi essencial.13Já se pode notar grandes investimentos em montagens de uni<strong>da</strong>des de InteligênciaCompetitiva, em aplicação <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong>de Total e sistemas <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de, AtendimentoClasseMundial, entre outros metodologias e ferramentas que apoiam a competitivi<strong>da</strong>de. Poroutrolado, passa-se também a ter um órgão regulador atuante, que preserva as condições decompetitivi<strong>da</strong>de e de universalização dos serviços, conforme o interesse <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de.Muitas são as mu<strong>da</strong>nças que estão se processando internamente nessas organizações,quepassam a ter uma preocupação muito forte em gerar valor, <strong>como</strong> muitos são osinvestimentosem ferramentas de apoio especializa<strong>da</strong>, <strong>como</strong> as que são apresenta<strong>da</strong>s entre outras:² Gestão <strong>da</strong> Quali<strong>da</strong>de Total² Sistema <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de² EVA – Gestão de Resultados² Engenharia Simultânea² Benchmarking² Best PracticeO capital humano começa a ser visto um diferencial nestas organizações, onde se verificaque a tecnologia, muito rapi<strong>da</strong>mente, irá virar commoditie. O valor percebido está noconhecimento agregado. A Gestão do Conhecimento tem sido valoriza<strong>da</strong>, mas aplica<strong>da</strong>deacordo com o entendimento que ca<strong>da</strong> uma destas organizações tem <strong>sobre</strong> GC, horaentendi<strong>da</strong><strong>como</strong> uma metodologia, hora apenas <strong>como</strong> uma ferramenta.O perfil desejado requer mais empreendorismo, inovação e compartilhamento deconhecimento. A rede de relacionamento pessoal ain<strong>da</strong> persiste na <strong>cultura</strong> <strong>da</strong>sorganizações.Mas agora é necessário apresentar resultados e isso requer competência no exercício doofício. Pessoas com visão de tecnologia continuam sendo essenciais para essasorganizações.Mas, é preciso trazer a visão de mercado e de resultados financeiros que permitam a<strong>sobre</strong>vivência dessas empresas no mercado competitivo6. CONSIDERAÇÕES FINAISSão grandes as transformações e podemos perceber que a mu<strong>da</strong>nça <strong>cultura</strong>l exigi<strong>da</strong> éprofun<strong>da</strong> e para se obter sucesso as organizações já entenderam que terão queconsiderar a<strong>cultura</strong> <strong>da</strong>s organizações <strong>como</strong> um fator crítico de sucesso em qualquer gestão demu<strong>da</strong>nça. Acombinação entre oxigenação, capacitação, compartilhamento, novas posturas, visão demercado requer planejamento de programas voltados ao estímulo e a capacitação para a14inserção do indivíduo no ambiente atual de negócio,, tornando-o um agente dessamu<strong>da</strong>nça. Oatraso em entender <strong>como</strong> a <strong>cultura</strong> <strong>da</strong>s organizações é importante na gestão demu<strong>da</strong>nça,farão com que essas empresas fiquem fa<strong>da</strong><strong>da</strong>s ao fracasso.7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASc:\paginas\conhecimento\arquivos\anais\arru<strong>da</strong> 03-10 papers\reflexses <strong>sobre</strong> o14/14<strong>papel</strong> <strong>da</strong> <strong>cultura</strong> <strong>organizacional</strong> <strong>como</strong> fator crítico de sucesso na inovaç¦o.doc

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