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INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDAESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO COMUNICAÇÃO E DESPORTOR E L A T Ó R I O D E E S T Á G I ORICARDO JORGE MARCELO ALMEIDARELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO DIPLOMA DE ESPECIALIZAÇÃO TECNOLÓGICAEM TÉCNICAS DE GERONTOLOGIAOutubro/2011Gesp.007.03


RELATÓRIO DE ESTÁGIOCurso de Especialização Tecnológica em Técnicas de GerontologiaRicar<strong>do</strong> Jorge Marcelo Almei<strong>da</strong>Orienta<strong>do</strong>res:Prof. Rosário Martins e Prof. Mário Almei<strong>da</strong><strong>Instituto</strong> Politécnico <strong>da</strong> Guar<strong>da</strong>Centro Paroquial e Social de VinhóÍNDICEIntrodução_____________________________________________________________3Activi<strong>da</strong>des e conhecimentos propostos______________________________________4Objectivos <strong>do</strong> estágio____________________________________________________7Conclusão_____________________________________________________________8Agardecimentos________________________________________________________9Anexos______________________________________________________________10


IntroduçãoO presente relatório, descreve os principais momentos e acontecimentos <strong>do</strong> estágioproposto e realiza<strong>do</strong>, para a finalização <strong>do</strong> curso de especialização tecnológica emtécnicas de gerontologia. Foi realiza<strong>do</strong> com base num plano de estágio (em anexo) eteve como objectivos principais o enquadramento nas diversas activi<strong>da</strong>des, queenvolvem o dia-a-dia <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so. Este teve a duração de 600 horas, reparti<strong>da</strong>s por diversosperío<strong>do</strong>s consoante a disponibili<strong>da</strong>de de tempo.A instituição escolhi<strong>da</strong> para esta missão foi o Centro Paroquial e Social de Vinhó, porpreferência própria e pelo facto de, no decorrer <strong>do</strong> curso, os trabalhos práticos eactivi<strong>da</strong>des terem si<strong>do</strong> realiza<strong>da</strong>s nesta instituição.O Centro Paroquial e Social de Vinhó abriu as portas à população em 1988, a funcionarapenas em regime de Centro de Dia. Anos depois, mais concretamente no dia 15 deAgosto de 1995 já em novas instalações, as actuais, foi inaugura<strong>do</strong> o novo lar, comcapaci<strong>da</strong>de para acolher vinte e um utentes internos, manten<strong>do</strong> em funcionamento oregime de centro de dia e apoio <strong>do</strong>miciliário, com o fornecimento de refeições a cercade dez utentes. Esta instituição possui ain<strong>da</strong> um quarto com duas camas articula<strong>da</strong>s,para prestação de cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s continua<strong>do</strong>s a <strong>do</strong>entes em fase mais delica<strong>da</strong> ou terminal.Colaboram no desempenho <strong>da</strong>s activi<strong>da</strong>des e funções desta instituição, além <strong>da</strong> direcçãoe coordena<strong>do</strong>ra, <strong>do</strong>ze funcionárias incluin<strong>do</strong> duas cozinheiras, laboran<strong>do</strong> em regime derotativi<strong>da</strong>de de turnos.3


Activi<strong>da</strong>des e conhecimentos propostosDurante a minha frequência ao longo <strong>do</strong> estágio nesta instituição, a minha priori<strong>da</strong>deapesar de conhecer alguns <strong>do</strong>s utentes ali a residir, foi adquirir a sua confiança esimpatia. Através <strong>do</strong> diálogo e algumas entrevistas fui-me aproximan<strong>do</strong> para assimpoder contar com a sua experiência de vi<strong>da</strong> e sabe<strong>do</strong>ria e aprender algo de produtivoatravés <strong>da</strong>s suas memórias.<strong>Ver</strong>ifiquei nas conversas que trocámos, que o facto de se falar na sua juventude lhesagra<strong>da</strong>va. Não hesitei e aproveitei a oportuni<strong>da</strong>de de conhecer e recor<strong>da</strong>r alguns jogostradicionais. O jogo de pião, a bilhar<strong>da</strong>, as escondi<strong>da</strong>s eram os passatempos preferi<strong>do</strong>sno recreio <strong>da</strong> escola. No meio <strong>da</strong> conversa alguém lembrou o jogo <strong>do</strong> cinto, não muitoaconselha<strong>do</strong> a crianças, devi<strong>do</strong> à violência com que podia ser joga<strong>do</strong>. Constava de umelemento esconder o cinto e os outros tentavam encontrá-lo. O objectivo era consegui-lopara correr atrás <strong>do</strong>s colegas, movimentan<strong>do</strong>-o como chicote. Nessa época prevalecia alei <strong>do</strong> mais forte.Mais adultos, além <strong>do</strong>s namoricos, era comum juntarem-se no terreiro principalmenteao Domingo. Os jogos mais habituais eram o fito e a malha, sempre disputa<strong>do</strong>s a coposde vinho, quem perdia pagava a ro<strong>da</strong><strong>da</strong> aos outros to<strong>do</strong>s.Os jogos são tradicionais devi<strong>do</strong> à época em que decorreram. Actualmente, podemmanter-se, mas tecnologicamente a<strong>da</strong>pta<strong>do</strong>s ao meio e ao local onde vão serrealiza<strong>do</strong>s.(fig.1)Fig.1 – Realização de jogos4


As mulheres, recor<strong>da</strong>ram com sau<strong>da</strong>de o tempo de muito trabalho, muito sacrifício, massempre alegres e bem-dispostas. Depois de um longo dia de trabalho, o cansaço não asvencia e ain<strong>da</strong> corropiavam com o cântaro para a fonte <strong>do</strong> terreiro, só para lançar umolhar ao namorico.As festas <strong>do</strong> Senhor <strong>da</strong> Agonia são recor<strong>da</strong><strong>da</strong>s com alguma tristeza. Fazia-se sacrifíciodurante to<strong>do</strong> o ano para se oferecer ao Senhor no dia <strong>do</strong>s festejos. As fogaças, quedesfilavam durante o cortejo <strong>da</strong> procissão, ofereci<strong>da</strong>s pelos diversos bairros <strong>da</strong> aldeiatornavam-se uma reali<strong>da</strong>de e disputa. To<strong>do</strong>s se orgulhavam por ser a <strong>do</strong> seu bairro amelhor oferta. Atrás <strong>do</strong> Senhor crucifica<strong>do</strong> desfilavam os anjinhos, descalços comosinal de sacrifício e agradecimento pela graça concedi<strong>da</strong>. Para as crianças era umaalegria por serem escolhi<strong>da</strong>s para cumprir esta missão, faziam-no com muitaconcentração, mas no final esperavam pela recompensa. Além <strong>da</strong> parte religiosa, era nosdias de festa que tinham mais liber<strong>da</strong>de para vestir a melhor roupa, sair e divertir-se nobailarico.Contan<strong>do</strong> com a disponibili<strong>da</strong>de de alguns i<strong>do</strong>sos mais capacita<strong>do</strong>s, propus a elaboraçãode alguns trabalhos manuais de fácil execução e a<strong>da</strong>pta<strong>do</strong>s às suas capaci<strong>da</strong>des físicas ementais. (fig. 2 e 3)Fig. 2 – Frasco de sal colori<strong>do</strong>Fig. 3 – Ramo de flores5


Com a colaboração e aju<strong>da</strong> <strong>da</strong> coordena<strong>do</strong>ra e para receber a festa <strong>do</strong> nascimento <strong>do</strong>menino Jesus, foi proposto fazer o presépio e a decoração <strong>da</strong> árvore de Natal. (fig.4)Fig. 4 – Decorações de NatalCom o objectivo de <strong>da</strong>r oportuni<strong>da</strong>de aos i<strong>do</strong>sos e familiares de partilhar as suas ideiascom a instituição, foi cria<strong>do</strong> um livro que lhes foi dedica<strong>do</strong>, onde podem deixar a suamensagem ou sugestão acerca <strong>do</strong> funcionamento <strong>da</strong> instituição. Apesar <strong>do</strong> empenho ededicação que to<strong>da</strong> a equipa desta instituição dá aos i<strong>do</strong>sos, uma sugestão ou umamensagem de carinho, nunca é demais para os aju<strong>da</strong>r a ultrapassar as dificul<strong>da</strong>des queesta fase <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> lhes traz.Decidi organizar o organigrama <strong>da</strong> instituição (em anexo) para melhor conhecimento eorientação <strong>do</strong> espaço. Quanto a mim está de acor<strong>do</strong> e bem a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong> às capaci<strong>da</strong>des <strong>do</strong>si<strong>do</strong>sos, isenta de esca<strong>da</strong>s e de fácil acesso, com espaço amplo e seguro para passear narua à volta <strong>do</strong> lar. São-lhes presta<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s os cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s de higiene, saúde, alimentação esobretu<strong>do</strong> o carinho e dedicação que necessitam e merecem.6


Objectivos <strong>do</strong> estágioO objectivo principal desta formação, não foi de âmbito profissional, visto queactualmente trabalho em outra área. O meu objectivo foi mais de carácter pessoal, paraadquirir novos conhecimentos numa área que ca<strong>da</strong> vez mais necessita de pessoalcompetente e especializa<strong>do</strong>, visto ser uma fase <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> muito frágil e complexa.Futuramente com as dificul<strong>da</strong>des que a vi<strong>da</strong> nos apresenta devemos estar prepara<strong>do</strong>spara uma possível mu<strong>da</strong>nça.O objectivo deste estágio é essencialmente, estabelecer um contacto directo com osi<strong>do</strong>sos e com to<strong>da</strong>s as activi<strong>da</strong>des e tarefas que se desenvolvem à volta deles, para ummelhor conhecimento <strong>do</strong>s seus problemas e necessi<strong>da</strong>des.Ao longo deste tempo verifiquei que as aulas teóricas só se complementam na prática.Muito aprendi ao longo deste tempo, mas reconheço que ain<strong>da</strong> mais ficou por fazer. Porisso, e com o objectivo de aprofun<strong>da</strong>r os conhecimentos e complementar o que iniciei,vou <strong>da</strong>r continui<strong>da</strong>de à minha missão sempre que tiver disponibili<strong>da</strong>de para o fazer.7


ConclusãoDurante to<strong>do</strong> o percurso <strong>da</strong> formação e estágio, confrontei-me com algumasdificul<strong>da</strong>des e barreiras. A a<strong>da</strong>ptação, o grau de dificul<strong>da</strong>de de alguns trabalhos, gerir otempo <strong>do</strong> emprego com o <strong>da</strong> formação e algumas fases de desânimo. Depois deultrapassa<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s estes obstáculos, sinto que valeu a pena seguir em frente e chegar aesta fase final. Foi uma experiência enriquece<strong>do</strong>ra a nível pessoal e quem sabe,futuramente também profissional.Aprendi com to<strong>da</strong>s estas experiências, que com a i<strong>da</strong>de se adquire sabe<strong>do</strong>ria e partilha<strong>da</strong>se torna mais produtiva.8


AgradecimentosAo longo <strong>do</strong> tempo que estive envolvi<strong>do</strong> no curso e estágio, até à respectiva elaboraçãodeste relatório, pude contar com a colaboração de várias pessoas, que se dignaramaju<strong>da</strong>r-me na sua conclusão.Aos professores que me incutiram o gosto, interesse e necessi<strong>da</strong>de de fazer estaformação.À professora Rosário Martins, um especial agradecimento pela colaboração, apoio eincentivo. Quero também agradecer à instituição que me acolheu neste estágio, o CentroParoquial e Social de Vinhó, ao seu director, professor Mário Alberto Almei<strong>da</strong>, pelaoportuni<strong>da</strong>de que me deu, facilitan<strong>do</strong> a elaboração <strong>do</strong> estágio.Por último, não posso deixar de agradecer às colegas e amigas que me aju<strong>da</strong>ram com oseu apoio e carinho que sempre me dedicaram e ain<strong>da</strong> pela constante força que mederam para seguir em frente e ultrapassar as dificul<strong>da</strong>des.A to<strong>da</strong>s as pessoas quero deixar o meu agradecimento, sem eles não seria possível.9


ANEXOS10


Plano de estágioAluno: Ricar<strong>do</strong> Jorge Marcelo Almei<strong>da</strong>Orienta<strong>do</strong>res: Professora Rosário Martins e Professor Mário Almei<strong>da</strong>Instituição: Centro Paroquial e Social de VinhóData: Novembro de 2010 a Junho de 2011Tema: "Velhice produtiva é velhice bem sucedi<strong>da</strong>"População Alvo: Comuni<strong>da</strong>de <strong>do</strong> Lar – i<strong>do</strong>sos Conhecimento <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> de trabalho <strong>da</strong> instituição Activi<strong>da</strong>des com os i<strong>do</strong>sos Recor<strong>da</strong>r memórias, jogos tradicionais Árvore de Natal e respectiva decoração Livro de sugestões para i<strong>do</strong>sos e familiares Elaboração de um organigrama <strong>da</strong> instituição11


Organigrama <strong>da</strong> instituiçãoDirecçãoResponsávelTra.AuxiliaresMédicoEnfermeiraCozinheiras12


Centro Paroquial e Social de VinhóLivroDeSugestões


Centro Paroquial e Social de VinhóEsta obra deve-se ao esforço e colaboração <strong>da</strong> paróquia, bem comoaos paroquianos que deram e continuam a <strong>da</strong>r o seu contributo,para que esta casa continue a prestar os melhores cui<strong>da</strong><strong>do</strong>s ededicação àqueles que deles necessitam.Senhor utente, familiar ou visitante:Este livro está aberto à sua opinião, sugestão ou até umamensagem de apoio e carinho. Pretendemos melhorar a quali<strong>da</strong>dede vi<strong>da</strong> <strong>do</strong>s utentes desta instituição.Colabore connosco e com eles e ajude-nos a aju<strong>da</strong>r!Ricar<strong>do</strong> Almei<strong>da</strong>

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